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Direito Penal: Conjunto de normas jurídicas que ligam a certos comportamentos

humanos, os crimes, determinadas consequências jurídicas privativas deste ramo de


direito. A mais importante é a pena, a qual só pode ser aplicado ao agente do crime caso
tenha atuado com culpa.

Uma conduta só pode ser considerada criminosa se preencher os seguintes requisitos:


 Típico (tipicidade)
 Ilícito (ilicitude)
 Culposo (culpa)
 Punível (punibilidade)

Inimputáveis: Não se pode formar juízos de culpa, ou seja, não pode ser condenado
pois não se preenchem todos os pressupostos. Nestes casos são aplicados medidas de
segurança. A inimputabilidade tem de ser provada.

Sanções Criminais:

 Principais - aplicadas por elas próprias autonomamente


 Acessórias - art. 66 CP – só podem ser aplicadas quando forem aplicadas com
uma sanção principal e estiverem preenchidos certos pressupostos

Sentido objetivo ( ius poenale ) : é o complexo de normas e princípios consagrados na


lei que diregem e disciplinam concretamente i exercício a faculdade de punir, defenindo
crimes, as respetivas consequências jurídicas e as condições e modo de aplicação

Sentido subjetivo ( ius puniendi) : é a faculdade que o Estado tem de estabelecer quais
os comportamentos humanos que são crimes, ameaçar os agentes desses
comportamentos com penas ou medidas de segurança e aplicar sanções a quem violar
os preconceitos

Crime em sentido formal: situação em que a lei prevê um comportamento como crime
e para o qual estabelece a respetiva reação criminal: pena de prisão, multa ou medida
de segurança

Crime em sentido material: lesão grave de bens jurídicos; é um crime que não esta na
lei, logo não é crime em sentido formal, mas é um comportamento que tem particular
danosidade social e suscita, portanto, uma particular reprovação por parte da
coletividade

Em sentido formal um comportamento é crime porque é definido como tal pela lei, em
sentido material, um comportamento é definido como tal pela lei porque é crime
Teorias absolutas: a pena como instrumento de retribuição
Para as teorias absolutas, a essência da pena criminal reside na retribuição, expiração,
reparação ou compensação do mal do crime. Durante longo tempo discutiu-se sobre a
forma como deveria ser determinada a “compensação” a operar o “mal do crime” e o
“mal da pena”. Logo porque esta doutrina se reeinvidica de exigências de justiça, essas
implicam que cada pessoa seja tratada segundo a sua culpa e não segundo a lotaria da
sorte e do azar. Daí esta doutrina caracteriza-se dos seguintes princípios:
O principio da culpa: principio segundo o qual, não há pena sem culpa e a pena deverá
ser medida na culpa do agente, funcionando assim a culpa como um limite a pena
aplicar. A pena tem de ser rigorosamente igual a culpa. Não pode haver pena para alem
da culpa.
O principio da bilateralidade da culpa: a culpa é o fundamento (porque não pode haver
pena sem culpa, a razão de ser da aplicaçao da pena é a culpa do agente infrator),
pressuposto (em caso algum pode haver pena sem culpa. Só poderá haver aplicação de
pena quando haja um comportamento culposo), a medida (a pena tem de ser
proporcional á culpa, pelo que so desta forma haverá uma pena justa) e o limite (nunca
a pena pode exceder a medida da culpa) da pena.
Estas teorias tem um dado positivo- definir um limite para a pena- a culpa porque a pena
nunca pode ser superior a culpa.

Críticas:
Estas teorias deixam a sociedade particularmente, desarmada em relação aos
criminosos por tendência, pois quando estes indivíduos cometem crimes têm menos
culpa e por isso, a sua pena é menor. Mas é precisamente nestes casos que as penas
deveriam ser mais graves, pois eles certamente continuarão a cometer crimes.
Como teoria dos fins da pena, a doutrina da retribuição deverá ser recusada. Desde logo,
porque não é assumidamente uma teoria dos fins de pena.
Esta doutrina não faz sentido, a nível de legitimação, estas faziam sentido numa
sociedade em que todos seguissem a mesma relegião. A pena numa sociedade
democrática, vale para cidadãos de varias relegioes. Mas há uma coisa comum ás varias
ideologias: todos querem viver na sociedade com a salvaguarda de todos os bens
jurídicos- contrato social.
As teorias ético- retributivas não dao sentido á pena e a execução destas, a pena deve
ter um sentido, um incentivo por exemplo: ressocializando.

Teorias relativas: a pena como instrumento de prevenção:


Teorias relativas
Contrariamente as teorias absolutas, as teorias relativas são teorias de fins.
Também elas reconhecem que a pena se traduz num mal para quem a sofre.

As doutrinas de prevenção subdividem-se em:


Prevenção geral- aqui pune-se uma pessoa, para através dela “darmos uma lição a
sociedade” Destro destas temos:
- teoria da prevenção geral positiva ou de integração
- teoria da prevenção geral negativa ou de intimidação
prevenção especial- aqui a finalidade da pena é evitar que quem cometeu aquele crime,
não cometa mais crimes. Desntro destas temos:
- teoria da prevenção especial positiva
- teoria da prevenção especial negativa

Teoria de prevenção geral:


O denominador comum das doutrinas da prevenção geral radica na concepçao da pena
como um instrumento politico-criminal destinado a atuar sobre a generalidade dos
membros da comunidade, afastando-os da pratica de crime através da ameaça penal
instituída pela lei, da realidade da aplicação judicial das penas e da efetividade da sua
execução.

Teoria da prevenção geral negativa:


Esta doutrina foi proclamada por platao e aristoteles e teve o seu ponto aureo no
iluminismo. BECCARIA foi um dos seus principais seguidores. De acordo com este autor
italiano, a autoridade punitiva do estado não advem de deus, mas sim da própria
sociedade.
Este autor adoptou a ideia de contrato social ao direito penal: o estado so tinha
legitimidade para punir em nome do contrato social, para proteção dos direitos,
liberdades e garantias dos cidadãos.
Segundo a perpetiva negativa, a pena é concebida como uma forma estatalmente
acolhida de intimidação das outras pessoas através do sofrimento que com ela se inflige
ao delinquente e que as conduzirá a não cometerem factos criminais.

Criticas:
- estas teorias não definem um limite para a pena, porque são teorias de finalidade,
visam atingir objetivos com a pena, assim quando maior é a pena, maior é a prevenção.
- a aplicação desta teoria gera um estado de terror na sociedade porque para atingir os
efeitos de prevenção geral pode-se aumentar as penas desmesuradamente.
- estas teorias não dao sentido a pena
- a prevenção geral parte da logica de determinar um quantum da pena que fosse
inferior ao prazer que retira da pena. Contudo a equação prazer/desprazer varia de
pessoa para pessoa.

Teoria de prevenção geral positiva:


Segundo esta teoria, a pena é concebida como a forma de que o estado se serve para
manter ou reforçar a confiança da comunidade na validade e na força de vigência das
suas normas de tutela de bens jurídicos. A pena tem como finalidade levar a
generalidade das pessoas a não cometerem crimes, através da interiorizaçao de valores
inerentes a lei penal.
Segundo a moderna sociologia, as pessoas e as sociedades existem, funcionam e vivem
porque actuam com base em expectativas, que na sua maioria se confirmam, contudo
muitos vezes as expectativas são frustadas, há duas formas de reagir as expectativas
frustadas: 1. reação cognitiva ou de adaptação: esta consiste em reorientar a vida em
função do fato, adaptar a vida a uma nova realidade.
2. reação contra fática: nesta, a frustaçao não determina a mudança de expectativa,
mas uma reação contra os factos. As expectativas contra faticas são próprias da ciência
normativa.
A mensagem destas teorias não se destinam aos potencias criminosos mas destinam-se
ás pessoas tendencialmente conformistas, as pessoas que já cumpriram as normas.

Criticas:
- dao um sentido a pena, pena com utilidade social
- não segrega um limite a pena
- não é dada uma indicação quanto ao modo de execução da pena mas sugere a ideia
de fidelidade ao direito quando se aplica a pena aos delinquentes.

Teoria da prevenção especial:


As doutrinas da prevenção especial tem por denominador a ideia de que a pena é um
instrumento de actuaçao preventiva sobre a pessoa do delinquente, com o fim de evitar
que, no futuro ele cometa novos crimes.

Teoria da prevenção especial negativa, de intimidação ou de inocuizaçao/neutralização


A prevenção especial logra alcançar um efeito de pura defesa social através da
separação ou segregação do delinquente, so assim podendo atingir-se a necessária
neutralização da sua perigosidade social- inocuizaçao.
Por outro lado, a pena visa atemorizar o delinquente ate um ponto em que ele não
repetirá futuramente, a pratica de novos crimes- intimidação
Esta teoria caracteriza-se pela segregação, pois visa retirar o individuo da sociedade para
que não cometa mais crimes. A sociedade é privada e posta a coberto da perigosidade
do individuo.
Por outro lado, esta teoria visa a neutralização, isto é, quando uma pessoa tem
tendência para certos crimes, deve-se operar através de transformações na sua vida
psíquica e física.

Teoria da prevenção especial positiva ou de ressocialização:


Pretende-se dar a prevenção individual a finalidade de alcançar a reforma interior e
moral do delinquente, conseguida através da sua adesão intima aos valores que
conformam a ordem jurídica- conversão social
Esta teoria comporta três características essenciais:
1. Conversão interior: a pessoa que cometeu o crime e vai ser punido, vai se
submeter a um tratamento para converter essa pessoa ao valor da própria
sociedade.
2. Tratamento: a chave para o direito penal, era tratar os criminosos- a pena devia
ser substituída pelo tratamento ou a própria pena devia ser uma possibilidade
de tratamento.
3. Ressocialização: a pena deve ser uma oportunidade oferecida ao delinquente
para ele se emendar para que ele se adapte a um novo modo de vida que não
passe pela pratica de novos crimes. Art. 40

Criticas:
- Critica de legitimidade ético- a ressocialização não deve corresponder a um direito do
estado, mas sim a um direito do cidadão. O estado tem o dever de garantir a
ressocialização do cidadão que a quiser mas não a pode impor.
- a prevenção especial não pode ser a única finalidade da pena, caso contrario a pena
deveria durar por todo o tempo que persistisse a perigosidade social, o que levaria a que
certos delinquentes incorrigiveis fossem aplicadas penas perpetuas.
- estas teorias de prevenção especial apontam para um limite mas não um limite tao
seguro como o limite das teorias ético- retributicas- perigosidade e necessidade de
ressocialização

teorias mistas/ecléticas:
estas teorias são uma tentativa de conjugar as diferentes teorias dos fins das penas.
Uma das doutrinas, defendia que existia uma pena retributiva no seio da qual procura
dar-se realização a pontos de vista de perevençao geral e especial.
Esta dotrina liga-se a doutrina diacrónica dos fins das penas, segundo a qual no
momento da sua ameaça abstrata a pena seria um instrumento de prevenção geral.
Por outro lado existiam as doutrinas de prevenção integral. Nestas a unificação da
finalidade das penas so pode ocorrer a nível da prevenção, geral e especial.
As primeiras doutrinas não são de aceitar, porque as teorias ético- retributivas não
podem combinar com as teorias de prevenção, porque asz primeiras negam um próprio
fim a pena. Quanto as segundas não são de aceitar porque elas excluem a culpa como
limite do problema, procurando substitui-lo pela perigosidade.

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