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Transferência de calor
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25/10/2016
Exemplos de aplicação:
- Tratamento térmico;
- Lingote de metal quente removido de um forno e exposto a uma corrente de ar frio;
- Produção de novos materiais com propriedades melhoradas; 4
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Esse método pode ser utilizado quando o sólido apresentar resistência interna
desprezível.
Esta aproximação é mais exata quanto maior for a relação entre a área superficial
e o volume, como por exemplo em placas finas e fios.
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ou
− E& sai = E& acum (2)
ou
dT ( t )
− hAs ( T ( t ) − T∞ ) = ρVc p (3)
dt
onde As é a área superficial do sólido, em m2, ρ sua massa específica, em kg/m3, V o
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seu volume, em m3 e cp o calor específico, em J/kgK. Na mesma eq., T representa a
temperatura e t o tempo.
dT ( t )
− hAs ( T ( t ) − T∞ ) = ρVc p
1442443 dt (3)
W 14243
m2 K =W kg 3 J K J
m2 K m = =W
m3 kgK s s
θ ( t ) = T ( t ) − T∞ (4)
dθ ( t ) dT ( t )
=
dt dt
a eq. (3) fica:
ρVc p dθ ( t )
= −θ (t ) (5)
8
hAs dt
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onde
θ i = Ti − T∞ (7)
θ T ( t ) − T∞ hAs
= = exp − t (9)
θi Ti − T∞ ρVc p
Dessa forma, essa equação pode ser usada para calcular a temperatura
do sólido no tempo t.
1
( )
ρVc p = τ (10)
hAs
θ T ( t ) − T∞ 1 (11)
= = exp − t
θi Ti − T∞ τ 10
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θ T ( t ) − T∞ hAs
= = exp − t (9)
θi Ti − T∞ ρVc p
1
Resistência à T.C. =R (12)
por convecção hAs
e
1
( )
ρVc p = τ = R ⋅ C (14)
hAs 11
Pela análise da eq. (14) fica evidente que qualquer aumento de R ou C causará uma resposta
mais lenta do sólido às mudanças no ambiente térmico e aumentará o tempo para alcançar o
equilíbrio térmico.
1
( )
ρVc p = τ = R ⋅ C (14)
hAs
Pela observação da figura abaixo, nota-se que a temperatura cai exponencialmente com o
tempo, até alcançar T∞.
Da mesma forma, quanto maior a massa do corpo e/ou seu calor específico, maior será o valor
de τ e, por tanto, mais tempo levará para aquecer ou resfriar.
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t t
Q = ∫0 qdt = hAs ∫0 θdt (15)
t hAs
Q = hAs ∫0 θi exp( − t )dt (16)
ρVc p
hAs
Q = ρVc pθi 1 − exp − t
ρVc p
Ver slide seguinte (17)
ou
(18)
− Q = Eacum
Isso é: 13
Q é + se o sólido experimenta um decréscimo na energia interna ou Q é – se a energia interna
aumenta (sólido é aquecido).
→a
t hAs t
(16) Q = hAs ∫0 θi exp( − t )dt Q = hAsθ i ∫0 exp( −at )dt
ρVc p 14 4244 3
− at
− at e
∫ e dt = − a
t
hAs hAs
exp −
ρVc p
t
exp − t − exp(0 ) → =1
0 ρVc p
=
hAs hAs
− −
ρVc p ρVc p
hA
exp − s
t − 1
ρVc p hAs
Q = hAsθi Q = ρVc pθi 1 − exp − t (17)
hAs ρVc p
−
ρVc p
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25/10/2016
A questão que surge é: quais as condições em que o método pode ser aplicado com
precisão satisfatória??
Para essa análise, considere a condução em regime estacionário através de uma placa plana com
área A. A placa plana possui uma superfície mantida à T1 enquanto a outra, a T2 , está exposta a
um fluido de temperatura T∞ < T1. Fazendo um balanço de energia na superfície:
kA
( T1 − T2 ) = hA( T2 − T∞ ) (19)
L
Rearranjando essa equação, resulta em:
T1 − T2 L / kA Rcond hL
= = = = Bi (20)
T2 − T∞ 1 / hA Rconv k
A grandeza ressaltada na eq. (20) é chamado de
número de Biot e é um parâmetro adimensional.
hL
Bi = (21) 15
T1 − T2 L / kA Rcond hL
= = = = Bi (22)
T2 − T∞ 1 / hA Rconv k
16
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Se:
- Bi<<1, é razoável assumir uma distribuição de temperatura uniforme no sólido, em qualquer
tempo durante o processo transiente → T(x,t)≈T(t). Ou seja, se a resistência à condução no
interior do sólido é muito menor do que a resistência à convecção através da camada limite no
fluido.
hLct
Bi = < 0,1 (23)
k
Se essa condição for satisfeita, o erro associado à utilização do método da capacitância global é
pequeno.
Para uma placa plana de espessura 2L e simetria na posição central, como mostrado na figura
abaixo, o comprimento característico , Lct, será dado por:
Lct = L (24)
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25/10/2016
V
Lct = (25)
As
onde V é a volume do sólido e As é a área da sua superfície.
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4 3
4 πD 3 πr
V = πr 3 = Lct = 3 2 =
r
3 6 (26)
4πr 3
As = 4πr 2 = πD 2
πHD 2 πHr 2 r
V = πHr 2 = Lct = = (27)
H 4 2πHr 2
As = 2πHr = πHD
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θ T ( t ) − T∞ hAs (9)
= = exp − t
θi Ti − T∞ ρVc p
hAs ht kLct ht hL k t hL αt
t = = = ct = ct (28)
ρVc p ρLct c p kLct ρLct c p k ρc p Lct 2 k Lct 2
hAs t hLct αt
= = Bi ⋅ Fo (29)
ρVc p k Lct 2
Voltando novamente na Eq. (9) e substituindo introduzindo nessa equação a Eq. (29):
θ T ( t ) − T∞
= = exp(− Bi ⋅ Fo ) (31)
θi Ti − T∞
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Exemplo 1:
Bolas de aço com 12 mm de diâmetro são temperadas pelo aquecimento a 1150 K seguido do resfriamento lento até
400 K, em um ambiente com ar a T∞ = 325 K e h = 20 W/m2K. Supondo que as propriedades do aço sejam
k=40W/mK, ρ = 7800 kg/m3 e cp = 600 J/kgK:
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Exemplo 2:
Determine o coeficiente de transferência de calor por convecção, h, para o ar escoando sobre uma esfera à partir da
observação do comportamento dinâmico da temperatura da esfera.
A esfera tem D=12,7 mm e encontra-se inicialmente a 66 °C antes de ser inserida em uma corrente de ar a 27 °C.
Um termopar na superfície externa da esfera indica 55 °C após 69 s da inserção da esfera na corrente de ar.
A esfera se comporta como um objeto espacialmente isotérmico? Mostrar.
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O método da capacitância global foi apresentado anteriormente e sua validade foi demonstrada
para condições nas quais o gradiente de temperatura no interior do sólido pode ser considerado
desprezível.
No entanto, surgem situações nas quais o método da capacitância global não é adequado pois os
gradientes de temperatura no interior do meio não são desprezíveis.
Os problemas de condução de calor transiente são descritos pela equação do calor, que em
coordenadas retangulares é dada por:
(32)
A solução dessa equação fornece a variação da temperatura com o tempo e com as coordenadas
espaciais.
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Em muitos problemas, como é o caso da parede plana mostrado anteriormente, somente uma
coordenada espacial é necessária para descrever a distribuição interna da temperatura. Para o
caso de ausência de geração interna de calor e condutividade térmica k constante, a Eq. 32
ficará reduzida a:
∂ ∂T ∂T 1 ∂T
k = ρc p = (33)
∂x ∂x ∂t α ∂t
∂T 2 ρc p ∂T 1 ∂T (34)
= =
∂x 2 k ∂t α ∂t
Notar que o termo α é chamado de difusividade térmica e que no SI sua unidade é m2/s
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T (x ,0) = Ti (35)
que significa que no tempo t=0, todo o volume do sólido encontra-se na mesma temperatura.
∂T
A eq. (36) reflete a exigência de simetria no plano =0 (36)
central da parede. ∂x x=0
∂T
−k = h[T (L ,t ) − T∞ ] (37)
∂x x= L
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Fica evidente pela análise das equações anteriores que, além de serem dependentes da posição
(x) e do tempo (t), também dependem de uma série de parâmetros físicos, conforme Eq. (38):
O problema pode, então, ser resolvido analiticamente ou numericamente, como será visto
posteriormente.
No entanto, em primeiro lugar será mostrado as vantagens que podem ser obtidas pela
adimensionalização das equações que descrevem o processo. Isso pode ser feito pelo
agrupamento das variáveis relevantes em grupos apropriados.
θ T − T∞
θ* = = (39)
θi Ti − T∞
e, como consequência, θ* deve estar no intervalo 0≤θ*≤1.
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x
x* = (40)
L
onde L é a metade da espessura da parede plana.
αt
t* = = Fo (41)
L2
onde t* é equivalente ao adimensional número de Fourier, visto anteriormente. Substituindo
as eq. (39) a (41) na eq. (34), a equação do calor pode ser dada por:
∂ 2θ * ∂θ *
= (42)
∂x* 2 ∂Fo
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θ * ( x* ,0 ) = 1 (43)
∂θ *
=0 (44)
∂x*
∂θ *
= − Biθ * ( 1,t* ) (45)
∂x*
θ * = f ( x* , Fo , Bi ) (46)
O número de Fo fornece uma medida da efetividade relativa com a qual um sólido conduz e
armazena energia térmica.
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A Eq. (46) mostra que para uma dada geometria, a distribuição transiente de temperatura é
uma função universal de x*, Fo e Bi. Isso é, a solução não depende de valores particulares de Ti,
T∞, L, k, α ou h.
Soluções analíticas exatas para problemas de condução transiente foram obtidas para muitas
geometrias e condições de contorno simples.
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Temperatura
ou
θ * = θ o* cos( ξ1 x* ) (48)
To − T∞
θ o* = C1 exp( −ξ12 Fo ) = (49)
Ti − T∞
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4 senξ1
C1 = (50)
2ξ1 + sen(2ξ1 )
ξ1 tan ξ1 = Bi (51)
Os valores de C1 e ξ1 são tabelados para cada geometria em função de Bi. Por exemplo:
33
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25/10/2016
Igualando a quantidade de energia a partir da parede, Q, com Esai e fazendo Eent =0, a partir de uma
condição inicial (t=0) até qualquer tempo (t>0):
Q = −[E( t ) − E( 0 )] (53)
ou
Q = − ∫ ρc p [T ( x ,t ) − Ti ]dV
(54)
onde a integração é realizada no volume da parede. Esse resultado pode ser adimensionalizado pela
introdução da grandeza:
Qo = − ρc pV (Ti − T∞ ) (55)
que pode ser interpretada como a energia interna inicial da parede em relação à temperatura do fluido.
Essa equação também representa a máxima transferência de energia que poderia ocorrer se o processo se
estendesse até t=∞. 35
− [T ( x ,t ) − Ti ] dV 1
Q
Qo
=∫
Ti − T∞ V
= ∫ 1 − θ * dV
V
( ) (56)
Q senξ1 *
= 1− θ0 (57)
Qo ξ1
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− [T ( x ,t ) − Ti ] dV 1
Q
Qo
=∫
Ti − T∞ V
= ∫ 1 − θ * dV
V
( )
[T (x ,t ) − Ti ] = [T (x ,t ) − Ti + T∞ − T∞ ] = (T (x ,t ) − T∞ ) − (Ti − T∞ )
Ti − T∞ Ti − T∞ Ti − T∞
(T (x ,t ) − T∞ ) − (Ti − T∞ ) = θ * − 1
Ti − T∞ Ti − T∞
( )
− θ * −1 = 1 −θ *
37
onde Jo(x) é a função de Bessel (tabelada). Essa equação também pode ser escrita como:
onde
To − T∞
θ o* = C1 exp( −ξ12 Fo ) = (60)
Ti − T∞
A energia transferida durante o processo é dada por:
Q 2θ *
= 1 − o J1( ξ1 ) (61)
Qo ξ1
r
e J1(x) é a função de Bessel (tabelada). Nessas equações: r* = 38
ro
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1
θ * = C1 exp( −ξ12 Fo ) sen( ξ1r* ) (62)
ξ1r*
onde Jo(x) é a função de Bessel (tabelada). Essa equação também pode ser escrita como:
1
θ * = θ o* sen( ξ1r* ) (63)
ξ1r *
onde
To − T∞
θ o* = C1 exp( −ξ12 Fo ) = (64)
Ti − T∞
3θ *
= 1 − 3o [sen( ξ1 ) − ξ1 cos( ξ1 )]
Q
(65)
Qo ξ1
r
e r* = 39
ro
ξ1 ξ1 ξ1
20
25/10/2016
ξ1 ξ1 ξ1
41
42
21
25/10/2016
Sólido semi-infinito
Idealização útil para muitos problemas práticos. Pode ser usada para determinar a resposta transiente
perto da superfície do solo ou a resposta transiente aproximada de um sólido finito onde nos instantes
iniciais a temperatura no interior do sólido ainda não foi afetada pelas alterações superficiais.
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Sólido semi-infinito
∂ 2T 1 ∂T
= ( x ,t ) (65)
∂x 2 α ∂t
Condição inicial: t=0 T(∞,t)=Ti
Condições de contorno:
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25/10/2016
T(x, t) − Ts x
= erf
Ti − Ts 2 αt
onde erf é a função erro de Gauss, cujos valores podem ser calculados ou pegos da tabela.
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