Vous êtes sur la page 1sur 45

Bioquímica da cavidade oral

Profa. Dra. Mariana Feijó


❖ Saliva

Glândula parótida

Língua
Glândula sublingual
Glândula
submandibular

➢ Submandibular e sublingual: secreção serosa (aquosa, rica em


proteínas) e mucosa (viscosa)
➢ Parótida: secreção serosa, rica em amilase

➢ Glândulas menores: produz de 6 a 12 % da saliva total.


❖Saliva: composição

➢ Água (99%)

➢ Proteínas (mucinas, imunoglobulinas, enzimas, etc.)

➢ Eletrólitos: ânions (Cl-, H2PO4-, HPO4-, HCO3-, SO42-, F-) e


cátions (K+, Na+, Ca2+, NH4+, Mg2+)
❖ Saliva
Parótida Submandibular Mista
Saliva
R E R E R E
pH 5,8 7,7 6,5 7,4 6,7 6,8-7,5
Bicarbonato (mM) 1,0 22-30 2,0-4,0 14-16 5,0 15-20
Cálcio (mM) 1,0 1,0 1,0-1,6 1,6-2,0 1,6-4,0 1,5-3,0
Fósforo (mM) 10 3,0 4,0-6,0 2,0 6,0 4,0
Glicose (mg/dL) 0,8 0,2 0,5 --- 0,6-1,0 1,0
Amônia (mg/dL) 0,09 0,06 0,7 0,04 12 4,0-8,0
Ureia (mg/dL) 30 22 10 5,0 20 13-22
Proteína total (mg/dL) 250 270-320 110 150 225-350 280-300
Fluoreto (μg/dL) 3,0 2,0 --- --- 8,0-25 2,0-20
R: repouso; E: estimulada.
Fonte: Pinheiro, C. E. Curso de bioquímica da cárie dental. Biquímica da saliva. Revista Paulista de Odontologia.
❖Saliva: estímulos para a secreção

➢ Psíquico (odor, visão)

➢ Mecânicos (mastigação, intervenção odontológica)

➢ Químico (sabor doce, salgado, azedo, medicamentos)


Fonte: Amerongen, A. V. N.; Veerman, E. C. I. 2002. Saliva – The defender of the oral cavity. Oral Diseases. Vol 8, 12-22.
❖Saliva: função das principais proteínas

• Glicoproteínas
➢ Mucinas • Grande capacidade de adesão ao dente
• Dispersor de micro-organismos

• Anti-fúngico
• Liga-se à hidroxiapatita e inibe a precipitação de
➢ Histatinas
fosfato de cálcio
• Inibe o crescimento bacteriano
❖Saliva: função das principais proteínas

• Inibe a precipitação de fosfato de cálcio


➢ Estaterina
• Auxilia na lubrificação

• Quando adsorvidas à superfície dos dentes


agrega íons cálcio, favorecendo a precipitação em
➢ Proteínas ricas em superfícies destruídas
prolina (PRPs)
• Atividade antimicrobiana
❖Saliva: função das principais proteínas (enzimas)

• Digestão de carboidratos

➢ α-Amilase • Não é essencial na digestão de carboidratos da dieta

• Importante na digestão de restos alimentares aderidos aos


espaços interdentais

• Bactericida
➢ Peroxidase
• Diminui crescimento bacteriano, impede transporte de
aminoácidos bacterianos e lisa parede celular

• Antimicrobiana
➢ Losozima • Degrada parede celular de bactérias, modula o crescimento
de fungos, inibe adesão bacteriana na hidroxiapatita
❖ Ciclo circadiano do fluxo salivar

Adaptado de: Tenovuo, J. O. Human saliva: clinical chemistry and microbiology. Vol. 1. Boca Raton : CRC Press. 1989.
❖ Fluxo salivar e estresse
Fluxo salivar e concentração de compostos sulfurados voláteis (CSV) do ar bucal de
voluntários no dia da prova de bioquímica, 7 dias antes e 7 dias depois.

Fonte: Cury, J.; Tenuta, L. M. A.; Tabechoury, C. P. M. Bioquímica Oral. São Paulo:Artes Médicas, 2017.
❖Saliva: função dos principais eletrólitos

➢ Cálcio: mineralização
➢ Fosfato: mineralização e tampão

10 Ca2+ + 6 PO43- + 2 OH- Ca10 (PO4)6 (OH)2


Hidroxiapatita
❖ Sistemas tampão

➢ Bicarbonato e fosfato: principais tampões

Anidrase
carbônica
CO2 + H2O H2CO3 H+ + HCO3-

PO43- + H+ HPO42- + H+ H2PO4- + H+ H3PO4


❖ Sistemas tampão

Adaptado de: Tenovuo, J. O. Human saliva: clinical chemistry and microbiology. Vol. 1. Boca Raton : CRC Press. 1989.
❖ Estrutura dos dentes
Esmalte

Dentina

Coroa Polpa

Gengiva

Osso

Canal
Raiz da raiz
Cemento

Nervos e vasos
sanguíeos
❖ Estrutura dos dentes

Composição Esmalte Dentina Cemento


Matéria inorgânica 95% 75% 70%
Matéria orgânica 2% 20% 22%
Água 3% 5% 8%
❖ Película adquirida
➢ Filme orgânico formado sobre a superfície do esmalte devido à
adsorção de macromoléculas presentes na saliva (histatinas,
proteínas ricas em prolina, mucina, etc.)
❖ Película adquirida

➢ Formada após a erupção dentária (não tem origem


embrionária)

➢ Formação muito rápida, imediatamente após a exposição


da superfície do dente à saliva

➢ Apresenta efeito protetor contra a erosão dental

➢ Removida pela escovação, mas é reconstituída

➢ Não apresenta microrganismos, porém atua como base


para sua adesão
❖ Placa dental (biofilme)
➢ Biofilme = comunidade de microrganismos aderida na superfície dental
➢ Camada gelatinosa, viscosa, espessa

➢ Constituída de lipídeos, proteínas, glicosaminoglicanos, microrganismos


(Lactobacillus, leveduras, Actinomyces, cocos diversos, estafilococos e

estreptococos), glicanos e frutanos, minerais (Ca2+, Mg2+ , PO43-, etc)

➢ Acidófila, corada com eosina e verde de malaquita

➢ Onde ocorrem reações para formação do tártaro e da cárie

película adquirida placa dental


película adquirida
esmalte esmalte
❖ Placa dental (biofilme)

https://microbewiki.kenyon.edu/index.php/
Relevance_of_biofilms_in_the_oral_cavity_in_the_format
ion_of_dental_plaque,_caries_and_gum_disease
❖ Placa dental (biofilme)
Interações eletrostáticas mediadas por pontes de cálcio

Fonte: Rolla, 1976. In Microbial Aspects of Dental Caries. Stiles, Loesche and O’Brien, eds. Microbial. Abstr. Sp. Suppl.
❖ Placa dental (biofilme)
Ligações de hidrogênio e polissacarídeos bacterianos

Fonte: Rolla, 1976. In Microbial Aspects of Dental Caries. Stiles, Loesche and O’Brien, eds. Informational Retrieval, Washington, D. C.
❖ Placa dental (biofilme)

Fonte: https://www.tankonyvtar.hu/hu/tartalom/tamop412A/2011-0095_fogaszat_angol/ch01s46.html
❖ Placa dental (biofilme)

Tipos de aderência celular envolvidos na formação da placa bacteriana

Fonte: Schactele et al. 1976. Microbial Aspects of Dental Caries. Stiles, Loesce and O’Brien, eds. Information Retrieval Publ.
❖ Placa dental (biofilme)

➢ Biofilme é invisível – para localizá-lo, usa-se um revelador


(corante)
➢ Facilita a localização do acúmulo do biofilme
➢ Revelação pode ser feita periodicamente, assim se tem controle
do grau de higienização
❖ Bioquímica da cárie

➢ Desmineralização do esmalte dental devido à altas concentrações


de ácidos produzidos pelas bactérias presentes nos biofilmes em
presença de carboidratos
❖ Bioquímica da cárie

Biofilme Susceptibilidade do
Dieta
dental hospedeiro

CÁRIE
❖ Bioquímica da cárie

Biofilme Susceptibilidade do
Dieta
dental hospedeiro

Açúcar
Streptococus
(sacarose) Genético
mutans
Propriedades de S. mutans que contribuem para a
cariogenicidade do biofilme

Fonte: Cury, J.; Tenuta, L. M. A.; Tabechoury, C. P. M. Bioquímica Oral. São Paulo:Artes Médicas, 2017.
SACAROSE Glicose + Frutose
ATP ATP

ADP ADP
G–6–P F-6-P
ATP

F-1,6-P2 ADP

GA-3-P DHAP

1,3-BPG
ADP
ATP
3-PGA

Ác. Acético 2-PGA


Ác. Láctico
PEP
ADP
ATP
Piruvato
Biofilme Alto consumo
Baixo pH
de açúcar

Bactérias
Neutralização dos acidúricas
ácidos por saliva
ou produtos
bacterianos
Cárie

Alto consumo
de açúcar

Adaptação
bacteriana ao
ambiente ácido
❖ Bioquímica da cárie

Ácido láctico
Açúcares Ácido Acético
Micro-organismos
(Sacarose) Ácido Propiônico
Ácido Fórmico

Enzimas bacterianas:
- sacarase: sacarose → glicose + frutose
- lactase: lactose → glicose + galactose
- maltase: maltose → glicose + glicose

Enzima endógena:
- amilase: amido → dextranos + maltose
❖ Bioquímica da cárie

10 Ca2+ + 6 PO43- + 2 OH- Ca10 (PO4)6 (OH)2


+
H+

HPO42-
❖ Bioquímica da cárie
• No pH crítico:
desmineralização = remineralização

• Acima do pH crítico:
desmineralização < remineralização

• Abaixo do pH crítico:
desmineralização > remineralização

• pH crítico para dissolução do


esmalte: 5,5; para dentina:
6,5.

Magalhães, A. C.; Oliveira, R. C.; Buzalaf, M. A. R. Bioquímica Básica e Bucal. 1 ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2017.
❖ Bioquímica da cárie
❖ Bioquímica da cárie
Dieta

Polissacarideos de Sacarose Polimeros de adesão


armazenagem outros extracelular
extracelular carboidratos

Metabolismo Polissacarideos de
glicolítico armazenagem
intracelular

Produção ATP Crescimento Acúmulo de placa


Produção de
lactato

Biossintese de
macromoleculas
Carie toxicas
dentaria Doença
Periodontal
Redução do pH do biofilme na exposição a diferentes carboidratos

Fonte: Magalhães, A. C.; Oliveira, R. C.; Buzalaf, M. A. R. Bioquímica Básica e Bucal. 1 ed. Rio de Janeiro:Guanabara
Koogan, 2017.
❖ Efeito da sacarose no pH da placa

Minutos após sacarose


• Sem restrição salivar X Com restrição salivar

Adaptado de: Tenovuo, J. O. Human saliva: clinical chemistry and microbiology. Vol. 1. Boca Raton : CRC Press. 1989.
❖ Fluoreto e prevenção da cárie

• Fluoreto: penetra no esmalte e adsorve-se à superfície dos cristais. Age


como fluorapatita, cujo pH crítico é 4,5.

• Presença de fluoreto: saliva supersaturada com apatia fluoretada, tornando


a remineralização mais rápida.

• Fluoreto inibe metabolismo microbiano.


❖ Fluoreto e prevenção da cárie
Quando fluoreto está presente, age como fluorapatita, cujo pH crítico é 4,5

Fonte: Magalhães, A. C.; Oliveira, R. C.; Buzalaf, M. A. R. Bioquímica Básica e Bucal. 1 ed. Rio de Janeiro:Guanabara
Koogan, 2017.
❖ Fluoreto e prevenção da cárie

Fluoreto acelera remineralização

Fonte: Magalhães, A. C.; Oliveira, R. C.; Buzalaf, M. A. R. Bioquímica Básica e Bucal. 1 ed. Rio de Janeiro:Guanabara
Koogan, 2017.
❖ Fluoreto e prevenção da cárie
Fluoreto inibe metabolismo bacteriano

Fonte: Magalhães, A. C.; Oliveira, R. C.; Buzalaf, M. A. R. Bioquímica Básica e Bucal. 1 ed. Rio de Janeiro:Guanabara
Koogan, 2017.
❖ Bioquímica da cárie
➢ Fatores Nutricionais: importantes durante a odontogênese.
• Proteínas: constituem matrizes do esmalte e dentina. Presença de
proteínas de qualidade para desenvolver o dente. Dietas hipoproteicas
predispõem a cárie.

• Minerais: Ca e Fósforo são importantes na formação de hidroxiapatita.

• Fluor: 1mg/L promove ação protetora, atóxico e não favorece a


fluorose (manchas brancas que escurecem com o tempo).

• Carboidratos: dente-microorganismo-açúcar = disposição a carie.

• Vitaminas: A (produz esmalte bem estruturado), C (formação das


matrizes dentárias) e B6 (formação de matrizes proteicas) promovem
integridade do dente.
❖ Manifestações orais no diabetes mellitus

Alteração bucal Número de % de pacientes


pacientes
Diminuição do fluxo salivar 24 85,71
Periodontite 17 60,71
Gengivite 13 46,42
Queilite angular 12 45,85
Hálito cetônico 11 39,28
Candidíase 5 17,85
Hiperplasia gengival 5 17,85
Periodontite crônica 1 3,57

Fonte: Magalhães, M. H. C. G.; Netto, L. A. H.; Cristante, J. F.; Filho, F. F.; Carboni, A. M. G. 1999. Estudo clínico das
alterações bucais de pacientes diabéticos insulino-dependentes – proposta de protocolo de tratamento odontológico.
Diabetes Clínica, vol 1, 56-60.
❖ Cálculo dental
• Placa bacteriana calcificada: fosfolipídeos bacterianos têm alta afinidade
pelo cálcio

Vous aimerez peut-être aussi