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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS


PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
MATERIA DE ANTROPOLOGIA 2
PROFESORA: Cecilia Anne Mccallum

RESUMO DO TEXTO: UMA HISTÓRIA DE “DIFERENÇAS E DESOGUALDADES” AS


DOUTRINAS RACIAIS DO SÉCULO XIX

REBECA SILVA NUNES

Salvador

2017
O texto se inicia apresentando o fato de que as grandes viagens, e as conquistas de
terras, trouxeram o debate sobre as raças à tona, assim, os povos encontrados pelos viajantes
de início eram vistas como selvagens de costumes estranhos, entretanto, no século XVIII,
essas pessoas passam a serem vistas como primitivas. Entretanto, essa visão, tinha respaldo na
teoria Russeauniana de “perfectibilidade”, na qual seria: “a ‘liberdade’ de resistir aos ditames
da natureza, ou acordar neles”. Essa característica humana, de sempre estar se auto-
superando, era uma visão bastante humanística, na qual “marca de uma humanidade una, mas
diversa em seus caminhos”, na qual via esses grupos como “povos” e “nações.

Contudo, havia visões que contrapunham essa noção humanística da humanidade, que
surgiram com o avanço da colonização das terras desses outros grupos sociais, que em geral:
“passa da projeção da inocência à inata maldade do selvagem: ‘a da suposta inferioridade
física do continente, e de uma conseqüente debilidade natural de suas espécies... todos
condenados por natureza a uma decadência irresistível, a uma corrupção fatal’”. Assim,
pensadores como Buffon e De Paul, sustentavam essa visão do outro, cada um com sua
especificidade. Já no século XIX, Ceorges Cuvier, introduz a noção de raça, que consistia na
idéia “de heranças físicas permanentes entre vários grupos humanos” dessa forma:
“determinações do grupo biológico do que sobre o arbítrio do individuo entendido como ‘um
resultado, uma reificação dos atributos específicos de sua raça’”.

Como forma de explicar a origem humana, duas vertentes apresentavam teses como
forma de solucionar esse problema. Assim, a primeira delas, a monogenista, conforme a
escrituras bíblicas, acreditavam que a humanidade era uma só, todos os povos tiveram a
mesma origem, sendo a diferença entre os grupos degenerações e atrasos, diferente para cada
um desses grupos. Todavia, a visão poligenista, tendo bastante credibilidade na comunidade
cientifica, partiu da idéia de vários “centros de criação”, que corresponderiam às “diferenças
raciais observadas”, sendo assim, tinham uma visão biológica do comportamento humano,
passam a interpretar as capacidades humanas, tomando como base de análise medidas do
cérebro dos diferentes povos, as raças humanas assim, seriam como espécies diversas. Dessa
forma, os estudos antropológicos “nascem diretamente vinculados às ciências físicas e
biológicas, em sua interpretação poligenista” dedicados a medição de cérebros, material
essencial para a análise dos povos, enquanto a etnologia se mantinha atrelada a visão
humanista de Rousseau, e, portanto pelo viés monogenista.
Paul Broca, um importante anatomista e craniologista,tinha por sua tese de que, “ as
diversidades humanas observáveis eram um produto direto das diferenças na estrutura racial”,
“o principal elemento de análise do crânio, a partir do qual se poderia comprovar a inter-
relação entre inferioridade física e mental. O objetivo dessa maneira, chegar à reconstrução de
‘tipos’, ‘raças puras’, já que se condenava a hibridização humana, em função da esterilidade
das “espécies miscigenadas’.

Com a publicação do livro “a origem das espécies” de Charles Darwin, as antigas


visões sobre a origem da humanidade tiveram algumas mudanças. Primeiramente, na tese
monogenista, houve uma satisfação com a idéia de um “suposto evolucionismo da origem da
humanidade continuaram a hierarquizar as raças e povos, em função de seus diferentes níveis
mentais e morais”. Já os poligenistas, passam a admitir uma ancestralidade em comum, mas
que as espécies humanas “tinham se separado havia tempo suficiente para configurarem
heranças e aptidões diversas”.

Nasce então, à antropologia cultural, em um momento da historia banhado por idéias


evolucionista, sendo assim, essa corrente não poderia fugir das noções de seu tempo, sendo os
pensadores dessa corrente conhecidos como “evolucionistas culturais”. Dessa forma,
“almejavam captar o ritmo de crescimento sociocultural do homem e, mediante as
similaridades apresentadas, formular esquemas de ampla aplicabilidade que explicassem o
desenrolar comum da história humana”, “segundo os evolucionistas culturais, em todas as
partes do mundo a cultura teria se desenvolvido em estados sucessivos, caracterizados por
organizações econômicas e sociais especificas. Esses estágios entendidos como únicos e
obrigatórios – já que toda a humanidade passaria por eles- seguiam determinada direção, que
ia sempre do mais simples ao mais complexo e diferenciado. Tratava-se de entender toda e
qualquer diferença como contingente, como se o conjunto da humanidade estivesse sujeita a
passar pelos mesmos estágios de progresso evolutivo”, “entendia o progresso como único e
obrigatório e restituía a noção de humanidade única”.

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