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Introdução
Abordaremos no desenvolvimento desta disciplina temáticas importantes
para seu conhecimento que irão contribuir junto ao entendimento do processo
da educação inclusiva, que se apresenta com avanços na área educacional.
Lembramos que a inclusão é um processo social, por isso, abordaremos o
contexto educacional deste processo.
Você está acessando a temática denominada de “O professor frente
ao processo de inclusão”, onde se encontram os subtemas que entrelaçam a
temática maior da educação inclusiva, como: o direito à educação; o
processo inclusivo; a construção de práticas inclusivas e a importância
das parcerias neste processo.
Os objetivos são:
Problematização
Você é graduado em Matemática, faz um concurso público para ser
professor e é aprovado. Assume a carga horária de 20 horas/aula de sua
disciplina para ministrar aulas numa escola pública. Como você não conhece a
escola a qual foi designado para atuar resolve, portanto, ir até lá para
conversar com a diretora e saber um pouco do histórico das turmas que irá
assumir. Na chegada, é muito bem recebido pela equipe da escola, mas não
consegue conversar com a diretora, pois a mesma estava em reunião, assim
sendo, agenda com a secretária um horário para voltar.
No dia combinado retorna, e a diretora já o aguardava. Conversaram um
pouco sobre os alunos e de repente, a diretora coloca que em uma das turmas
que irá assumir tem uma aluna de 12 anos que apresenta Síndrome de Down.
Você fica assustado e sai de lá preocupado!
No primeiro dia de aula, chega à sala e começa a se apresentar para os
alunos. Em seguida, pediu para que cada um dos alunos dissesse seu nome,
para se familiarizar, e quando chega a aluna que apresenta Síndrome de Down
percebe que terá problemas, pois a mesma não se apresentou e você não
sabe como trabalhar com esta questão. Nos outros dias, observa que a aluna
não consegue nem copiar os conteúdos. Bateu o desespero, o que fazer?
Agora, você como professor de sala de aula, diante do processo
inclusivo, como agiria? Que decisão você adotaria para exercer sua função de
professor diante de alunos que necessitam de um método diferenciado de
aprendizagem?
No final dos estudos deste tema voltaremos a falar sobre isso. Bons
estudos!
O direito à educação
É notório que a educação é proposta central na sociedade
contemporânea desde a Constituição Federal de 1988, a qual defende
explicitamente a “igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola” (BRASIL, 1988) assim, muito se tem buscado diante de erros e acertos,
a construção de uma educação de qualidade, que ofereça aos cidadãos o seu
direito à educação.
No processo educacional é grande a busca para manter o direito à
educação e ainda construir uma escola inclusiva que respeite as diferenças e
traga uma qualidade social a todos os envolvidos, considerando a
universalização de acesso e permanência de todos na educação básica, como
real direito à educação.
Trazendo a legitimidade do direito à educação que se efetivou
enfaticamente na CF de 1988, elenca-se então, nesse contexto, a continuidade
do direito quando se argumenta acerca da educação inclusiva, que visa o
direito de oportunidade, oferecendo a todos a possibilidade de conviver com os
demais alunos no mesmo espaço chamado escola, criando-se assim uma
participação efetiva na sociedade. Diante disso, torna-se interessante ressaltar
o que nos mostra a Declaração de Salamanca:
[...] as escolas comuns com esta orientação inclusiva são o meio mais
eficaz de combater atitudes discriminatórias, criando comunidades
acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e conseguindo
educação para todos; além do mais, elas oferecem uma educação
eficaz para a maioria das crianças e melhora a eficiência e em última
O processo inclusivo
Com um olhar voltado a novas buscas, novos roteiros e também novas
possibilidades, é que muitos documentos foram sendo delineados e publicados
para auxiliar tanto no entendimento de um trabalho diferente, como no auxílio
para a construção da práxis pedagógica que atenda mais proximamente o
direito à educação e as diferenças que possuímos.
Muito simplistamente, coloca Rodrigues (2008), que poderíamos resumir
o conceito de uma Educação Inclusiva como um sistema que assegura o
acesso e permanência de todos os alunos na escola, porém, lança que muitas
injustiças sociais e conflitos podem aumentar, onde o cotidiano pode se tornar
desigual e transformar a inclusão em um mero respeito às diferenças, sem a
preocupação de que esse processo se efetive nas escolas, sejam elas públicas
e/ou privadas. Esse contexto traz também outro alerta, que o mesmo autor
aponta: “[...] quanto mais a exclusão social efetivamente cresce, mais se fala
em inclusão” (2008, p. 300).
Entender a complexidade do processo inclusivo nos faz retomar o olhar
à formação do docente e diretamente para a realidade da inclusão de pessoas
Saiba Mais: O link a seguir mostra um relato muito especial sobre o assunto
que estamos estudando. Confira!
http://pt.slideshare.net/analuciah/bem-vindo-a-holanda
Saiba Mais: Você pode ler mais sobre o assunto nos seguintes artigos.
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A terminologia utilizada “alunos com necessidades educacionais especiais” é decorrente do
documento do Governo Federal – MEC: Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva (2008).
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Portanto Professor, você faz parte desta história e deve contribuir para
que as escolas se transformem e atendam as necessidades de seus alunos,
mantendo um comprometimento com a proposta da educação inclusiva. Para
Lima (2005, p. 100), “assumir o compromisso de organizar uma escola
inclusiva está longe de ser uma tarefa fácil, cômoda ou simples”, pois nossas
escolas sempre apresentaram limitações, assim como o sistema educacional,
que estabelece uma pseudoautonomia concreta para as mesmas, dificultando
assim o desenvolvimento da criação de uma cultura escolar inclusiva.
É preciso estabelecer neste processo inclusivo parcerias,
concorda?
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Para consultar o feedback de cada uma das alternativas, acesse o material on-line.
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FREITAS, Soraia Napoleão; Uma escola para todos: reflexões sobre a prática
educativa. Inclusão. Revista da Educação Especial. Brasília, Ano 2, n. 3,
dez/2006.
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