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PROJECTOS E ESTALEIROS

Avaliação do estado
de conservação
de estruturas de betão armado enterradas

Nos anos de 1998 e 1999, a Oz levou a ca- propriedades mecânicas e da qualidade do em vista a recolha de informação so-
bo um conjunto de inspecções, com ca- do betão, bem como para avaliação do bre o estado actual e futuro desempenho
rácter sumário, às estruturas de betão ar- estado de corrosão das armaduras, ten- das estruturas.
mado de seis estações do Metropolitano
de Lisboa (com idade superior a 30 anos), QUADRO A – DISTRIBUIÇÃO DOS ENSAIOS PELAS DIFERENTES ZONAS
onde estavam previstas remodelações
Zona de Ensaio
importantes, face à ampliação da rede. Localização/Elemento estrutural
ensaio
C F PH CI I P
A concepção estrutural das estações ins-
peccionadas é semelhante, com todos os 1 Mezzanine – viga a oeste 1 - 2 1 1 -
elementos de betão armado, sendo a es- 2 Mezzanine – parede de contenção de topo a oeste 1 1 2 1 1 1
trutura dos átrios constituída, normal- 3 Galeria do túnel Sul – abóbada a este 1 1 2 1 1 1
mente, por pilares, lajes vigadas e pare- 4 Mezzanine – pilar a oeste 1 - 2 - - -
des de contenção e as galerias do cais de 5 Mezzanine – pilar a este 1 - 2 - - -
embarque e do túnel de circulação cons- 6 Mezzanine – viga a este 1 1 2 - - 1
tituídas por tectos abobadados, paredes 7 Mezzanine – face inferior da laje a este 1 - 2 - - -
laterais e laje de fundo. 8 Mezzanine – face inferior da laje a oeste 1 - 2 - - -
Os trabalhos de inspecção decorreram Mezzanine – parede de contenção de topo a este
9 1 - 2 - - -
durante o período de interrupção da cir-
10 Galeria do túnel Sul – abóbada a oeste 1 - 2 - - -
culação (02h00 às 05h30), de modo a não
11 Galeria do cais de embarque – abóbada a este - 1 - - - 1
interferirem com o normal funciona-
mento da rede. Esta limitação obrigou a C - detecção e medição do recobrimento das armaduras com um pacómetro; F - extracção de carotes para
ensaios de rotura à compressão uniaxial; PH - determinação da profundidade de carbonatação do betão;
um planeamento rigoroso dos trabalhos Cl - determinação do teor de cloretos presente na massa de ligante a várias profundidades; I - medição da
de campo. intensidade de corrosão e do potencial eléctrico das armaduras e da resistividade eléctrica do betão atra-
Em cada estação foi levada a cabo uma vés da técnica da resistência de polarização; P - avaliação da permeabilidade à água do betão através de
ensaios laboratoriais.
campanha de ensaios para avaliação das

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PROJECTOS E ESTALEIROS

O quadro A ilustra a distribuição dos en- A importância da corrosão das armadu- do betão (determinada com uma solu-
saios, adoptada numa das estações ins- ras (durabilidade) foi avaliada, sumaria- ção alcoólica de fenolftaleína) e o teor de
peccionadas. mente, através da confrontação de três cloretos no betão a diferentes profundi-
A Figura 1 ilustra uma zona de ensaios, parâmetros: a espessura de recobrimen- dades (eléctrodo de cloretos). Este últi-
com a representação esquemática da ma- to das armaduras (medida com o pacó- mo determinado apenas para fins de
lha de armaduras levantada numa viga. metro), a profundidade de carbonatação despistagem.

FIGURA 1

Representação esquemática duma zona de ensaios.

30 Pedra & Cal n.º 16 Outubro . Novembro . Dezembro 2002


PROJECTOS E ESTALEIROS

A Fig. 2 ilustra a confrontação dos resul- mo regulamentar (c mín.).


tados da medição do recobrimento das Para a quantificação rigorosa da impor-
armaduras com a profundidade de car- tância da corrosão das armaduras foi uti-
bonatação do betão em várias zonas de lizada a técnica da resistência de polari-
ensaios (vigas, pilares, lajes, etc.). Por zação, que permitiu a medição da
exemplo, na zona de ensaios n.º 1 é pos- intensidade de corrosão em conjunto

FIGURA 2

Figura 3 – Medição de intensidade de


Figura 2 – Frequência acumulada dos valores de recobrimento das armaduras
corrosão e do potencial eléctrico das
armaduras numa zona de ensaios locali-
zada na parede lateral no túnel.

Representação gráfica da frequência acumulada do valores de recobrimento das armaduras,


Figura 4 – Medição da resistividade eléc-
medidos com o pacómetro, da profundidade de carbonatação do betão e recobrimento mínimo
trica do betão noutra zona de ensaios.
regulamentar, em várias zonas de ensaio.

sível verificar que a frente de carbonata- com outros parâmetros como, por exem- não comprometer as importantes obras
ção (PH1), encontra-se, ainda, muito plo, o potencial eléctrico das armaduras, de remodelação previstas. Por outro la-
afastada das armaduras, logo com uma a resistividade eléctrica do betão, a hu- do, a informação recolhida, permitiu,
folga substancial para que ocorra a sua midade relativa e temperatura ambien- também, a definição da estratégia de ma-
despassivação devida à carbonatação. tes (Figuras 3 e 4). nutenção – conservação a empreender
Este tipo de representação permite, tam- A informação recolhida permitiu ao do- de forma a prolongar o tempo de vida
bém, constatar a percentagem dos valo- no de obra decidir sobre a necessidade útil das referidas estruturas.
res de recobrimento, medidos numa da- de implementação de medidas correcti-
da zona de ensaio, que é, por exemplo, vas, face ao estado actual de conservação CARLOS MESQUITA,
inferior a um dado recobrimento míni- das estruturas das estações, de modo a Engenheiro, Director Técnico da OZ.

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