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CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica

Resumo: Este procedimento aborda a regulamentação do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ. Nesse
trabalho, o leitor saberá quem está obrigado à inscrição, quais os atos praticados perante o CNPJ, bem como a
situação cadastral da pessoa jurídica.

Sumário
1. INTRODUÇÃO
2. ENTIDADES OBRIGADAS À INSCRIÇÃO
2.1 Outros casos obrigados a se inscrever no CNPJ
2.2 Fundos de investimento e entidades domiciliadas no exterior
2.3 Órgãos regionais dos serviços sociais autônomos
2.4 Coligações de partidos políticos
2.5 Sociedades em conta de participação
2.6 Candidatos e comitês financeiros de partidos políticos
2.7 Unificação de inscrição
3. REPRESENTANTE DA ENTIDADE
3.1 Representante de entidade domiciliada no exterior
4. UNIDADES CADASTRADORAS
5. COMPETÊNCIA DAS UNIDADES CADASTRADORAS
6. COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO CADASTRAL
7. ATOS CADASTRAIS
7.1 Tipos de atos
7.2 Solicitação de atos cadastrais
7.3 Formalização da solicitação
7.4 DBE e Protocolo de Transmissão
7.4.1 DBE de pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior
7.4.2 Microempreendedor individual
8. ATOS CADASTRAIS PRIVATIVOS DO ESTABELECIMENTO MATRIZ
9. INSCRIÇÃO
9.1 Inscrição de entidade domiciliada no exterior exclusivamente para realizar aplicações financeiras
9.2 Inscrição de entidade domiciliada no exterior sujeita ao Cademp
10. IMPEDIMENTOS À INSCRIÇÃO
11. INSCRIÇÃO DE OFÍCIO
12. ALTERAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS
12.1 Impedimentos à alteração de dados cadastrais
12.2 Alteração de ofício
13. BAIXA DA INSCRIÇÃO
13.1 Impedimentos à baixa
13.2 Baixa de ME ou EPP optante ou não pelo Simples Nacional
13.3 Baixa da inscrição de entidade domiciliada no exterior
13.4 Baixa de ofício
13.5 Baixa de MEI
14. PESSOA JURÍDICA OMISSA CONTUMAZ
15. PESSOA JURÍDICA INEXISTENTE DE FATO
16. PESSOA JURÍDICA INAPTA
17. PESSOA JURÍDICA COM REGISTRO CANCELADO
18. RESTABELECIMENTO DA INSCRIÇÃO
19. NULIDADE DO ATO CADASTRAL
20. TIPOS DE SITUAÇÃO CADASTRAL
20.1. Situação cadastral ativa
20.2 Situação cadastral suspensa
20.3 Situação cadastral inapta
20.3.1 Pessoa jurídica omissa de declarações e demonstrativos
20.3.2 Pessoa jurídica não localizada
20.3.3 Pessoa jurídica com irregularidade em operações de comércio exterior
21. EFEITOS DA INSCRIÇÃO INAPTA
21.1 Créditos tributários da pessoa jurídica inapta
22. SITUAÇÃO CADASTRAL BAIXADA
23. SITUAÇÃO CADASTRAL NULA
24. CONVÊNIOS
25. PROGRAMA GERADOR DE DOCUMENTOS DO CNPJ
26. COMITÊS FINANCEIROS DE PARTIDOS POLÍTICOS E DE CANDIDATOS A CARGOS
ELETIVOS

Sumário
1. INTRODUÇÃO

O Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) compreende as informações cadastrais das


entidades de interesse das administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios, cuja administração compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

Salienta-se que a prática de atos perante o CNPJ deve ser efetuada exclusivamente por meio da
Internet, via Programa Gerador de Documentos do CNPJ (PGD CNPJ), utilizando a versão mais
atualizada do ReceitaNet, ou versão web, disponíveis no site da RFB
(www.receita.fazenda.gov.br).

Trataremos, a seguir, dos procedimentos relativos ao CNPJ, conforme a nova disciplina sobre o
assunto introduzida pelaInstrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , bem como das informações
para preenchimento, constantes do Programa Gerador de Documentos do Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica (PGD CNPJ/Cadastro Sincronizado), aprovado pela Instrução Normativa RFB
nº 1.087/2010 .

Sumário
2. ENTIDADES OBRIGADAS À INSCRIÇÃO

Todas as pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil, inclusive as equiparadas pela legislação do


Imposto de Renda, estão obrigadas a inscrever no CNPJ cada um de seus estabelecimentos
localizados no Brasil ou no exterior antes do início de suas atividades.

Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios também devem possuir uma inscrição no CNPJ, na
condição de matriz, que os identifique na qualidade de pessoa jurídica de direito público, sem
prejuízo das inscrições de seus órgãos públicos, desde que se constituam em unidades gestoras
de orçamento.

Notas
(1) No âmbito do CNPJ, estabelecimento é o local, privado ou público, edificado ou não, móvel ou
imóvel, próprio ou de terceiro, onde a entidade exerce, em caráter temporário ou permanente,
suas atividades, inclusive as unidades auxiliares constantes do Anexo VII daInstrução Normativa
RFB nº 1.470/2014 , bem como onde se encontram armazenadas mercadorias.
(2) Considera-se estabelecimento, para fins do disposto na Nota 1, a plataforma de produção e
armazenamento de petróleo e gás natural, ainda que esteja em construção. Nesse caso, o
endereço a ser informado no CNPJ deve ser o do estabelecimento da pessoa jurídica proprietária
ou arrendatária da plataforma, em terra firme, cuja localização seja a mais próxima.
(3) De acordo com a Solução de Consulta Cosit nº 8/2011, as agências ou os escritórios de
empresas prestadoras de serviços temporários que apresentam as características de
estabelecimento mencionadas na nota 1 supra estão obrigadas à inscrição.
(4) A Solução de Consulta Cosit nº 27/2013 esclarece que:
a) a sede da pessoa jurídica é o lugar escolhido pelos seus controladores no qual pode ser
demandada para o cumprimento de suas obrigações;
b) o domicílio da pessoa jurídica de direito privado é o lugar onde funcionam as respectivas
diretorias e administrações ou onde é eleito domicílio especial no seu estatuto ou em atos
constitutivos;
c) caso a pessoa jurídica tenha diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles
será considerado domicílio para os atos nele praticados. A pessoa jurídica de direito privado pode
ter vários domicílios, mas uma só sede;
d) o estabelecimento matriz é aquele no qual se exercem a direção e a administração da pessoa
jurídica.
Ainda que, em regra, um único estabelecimento sirva como lugar para a sede social, para matriz e
para domicílio tributário, inexiste identidade legal plena entre eles, de tal sorte que é possível que
a sede social seja lugar distinto da matriz.
O domicílio tributário é de eleição do contribuinte dentre os possíveis domicílios definidos pela
legislação civil, ressalvada a recusa fiscal quando a escolha impossibilite ou dificulte a arrecadação
ou a fiscalização do tributo, bem como o princípio da autonomia do estabelecimento que faz de
cada filial uma unidade independente, quando se trata de fatos geradores individualizados.
Assim, optar por estabelecer a matriz (centro de direção e administração) em determinado lugar
implica eleger ali, em princípio, seu domicílio tributário.
A norma em referência também esclarece que é ineficaz a consulta formulada na parte em que
não se refira à interpretação da legislação tributária ou que não identifique o dispositivo da
legislação tributária sobre cuja aplicação haja dúvida.
(5) A Solução de Consulta Cosit nº 148/2014 esclareceu que, conforme o disposto na Instrução
Normativa RFB nº 1.183/2011, as pessoas jurídicas estão obrigadas a inscrever no CNPJ todos os
seus estabelecimentos, assim entendidos, grosso modo, todos os locais nos quais desenvolvam
suas atividades. Conforme esta disposição normativa, as entidades religiosas ficaram sujeitas a
inscrever no CNPJ como estabelecimentos, independentes da entidade, todos os seus templos,
isto é, os locais onde desenvolvam a prática ou culto religiosos, ainda que voltados
exclusivamente a essas atividades. Tal conclusão decorre do fato de que o referido diploma não
reproduziu a exceção prevista nos normativos anteriormente vigentes (até a Instrução Normativa
SRF nº 200/2002 , inclusive), os quais estabeleciam que não se caracterizaria como
estabelecimento, para efeito de obrigatoriedade de inscrição, a unidade, móvel ou imóvel, quando
considerada mera extensão da atividade de um outro, assim entendida, entre outros, a que fosse
desenvolvida em templo dedicado, exclusivamente, à prática de atividade religiosa, observada sua
subordinação a entidade nacional ou regional, previamente cadastrada.
A referida norma esclareceu, também, que as torres de transmissão são unidades auxiliares das
operadoras dos serviços de telefonia. Por não estarem incluídas no Anexo VII daInstrução
Normativa RFB nº 1.183/2011 , não necessitam de CNPJ próprio.
Ressalta-se que a Instrução Normativa RFB nº 1.183/2011 foi revogada pela Instrução Normativa
RFB nº 1.470/2014 , que, desde 09.06.2014, passou a disciplinar o assunto.
(6) A Solução de Consulta Cosit nº 222/2014 esclarece que as pessoas jurídicas domiciliadas no
Brasil são obrigadas a inscrever no CNPJ cada um dos seus estabelecimentos. Considera-se
estabelecimento o local, privado ou público, edificado ou não, móvel ou imóvel, próprio ou de
terceiro, onde a entidade exerce, em caráter temporário ou permanente, suas atividades,
inclusive as unidades auxiliares e o local onde armazena mercadorias.

Sumário
2.1 Outros casos obrigados a se inscrever no CNPJ

São também obrigados a se inscrever no CNPJ:


I - órgãos públicos de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, desde que se constituam em unidades gestoras de orçamento;
II - condomínios edilícios, conceituados pelo art. 1.332 da Lei nº 10.406/2002 (Código Civil);
III - grupos e consórcios de sociedades, constituídos, respectivamente, na forma dos
arts. 265 e 278 da Lei nº6.404/1976 ;
IV - consórcios de empregadores, constituídos na forma do art. 25-A da Lei nº 8.212/1991 ;
V - clubes e fundos de investimento, constituídos segundo as normas da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM);
VI - representações diplomáticas estrangeiras no Brasil;
VII - representações diplomáticas do Estado brasileiro no exterior;
VIII - representações permanentes de organizações internacionais ou de instituições
extraterritoriais, no Brasil;
IX - serviços notariais e de registro (cartórios), de que trata a Lei nº 8.935/1994 , inclusive
aqueles que ainda não foram objeto de delegação do Poder Público;
X - fundos públicos a que se refere o art. 71 da Lei nº 4.320/1964 ;
XI - fundos privados;
XII - candidatos a cargos políticos eletivos e comitês financeiros dos partidos políticos e
frentes plebiscitárias ou referendárias, nos termos de legislação específica;
XIII - incorporação imobiliária objeto de opção pelo Regime Especial de Tributação (RET), de
que trata o art. 1º da Lei nº10.931/2004 , na condição de estabelecimento filial da
incorporadora;
XIV - comissões polinacionais, criadas por ato internacional celebrado entre o Brasil e outro(s)
país(es);
XV - entidades domiciliadas no exterior que, no País:
a) sejam titulares de direitos sobre:
1. imóveis;
2. veículos;
3. embarcações;
4. aeronaves;
5. contas-correntes bancárias;
6. aplicações no mercado financeiro;
7. aplicações no mercado de capitais; ou
8. participações societárias;
b) realizem:
1. arrendamento mercantil externo (leasing);
2. afretamento de embarcações, aluguel de equipamentos e arrendamento simples;
3. importação de bens sem cobertura cambial, destinados à integralização de capital de
empresas brasileiras;
4. investimentos;
XVI - instituições bancárias do exterior que realizem operações de compra e venda de moeda
estrangeira com bancos no País, recebendo e entregando reais em espécie na liquidação de
operações cambiais; e
XVII - outras entidades, no interesse da RFB ou dos convenentes.
O disposto no item XV não se aplica:
a) aos direitos relativos à propriedade industrial (marcas e patentes); e
b) aos investimentos estrangeiros mediante mecanismo de certificados representativos de
ações ou outros valores mobiliários (depositary receipts) emitidos no exterior, com lastro em
valores mobiliários depositados em custódia específica no Brasil.

Notas
(1) Para fins do item I, considera-se unidade gestora de orçamento aquela autorizada a
executar parcela do orçamento da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.
(2) As unidades auxiliares, constantes do Anexo VII daInstrução Normativa RFB
nº 1.470/2014 , dos órgãos públicos podem ser inscritas no CNPJ na condição de filial do
órgão público a que estiverem vinculadas, independentemente de se configurarem como
unidades gestoras de orçamento.

Sumário
2.2 Fundos de investimento e entidades domiciliadas no exterior

Os fundos de investimento constituídos no exterior e as entidades domiciliadas no exterior que se


inscreverem no CNPJ exclusivamente para realizar aplicações no mercado financeiro ou de
capitais, observadas as normas do Conselho Monetário Nacional (CMN), devem obter uma
inscrição para cada instituição financeira representante responsável pelo cumprimento das
obrigações tributárias do investidor no País.

Nessa hipótese:
a) a denominação utilizada como nome empresarial a ser indicada para inscrição no CNPJ
deve conter, obrigatoriamente, o nome do fundo de investimento ou da entidade, seguido do
nome da instituição financeira representante, separado por hífen;
b) a expressão "instituição financeira" compreende qualquer instituição autorizada a funcionar
pelo Banco Central do Brasil (Bacen).

Sumário
2.3 Órgãos regionais dos serviços sociais autônomos

Os órgãos regionais dos serviços sociais autônomos podem ser inscritos no CNPJ na condição de
estabelecimento matriz por solicitação do respectivo órgão nacional, sem prejuízo da
responsabilidade tributária deste.

Sumário
2.4 Coligações de partidos políticos

Não são inscritas no CNPJ as coligações de partidos políticos.

Sumário
2.5 Sociedades em conta de participação

A Solução de Consulta Cosit nº 121/2014 havia esclarecido que era de competência da Secretaria
da RFB dispor sobre obrigações acessórias, cuja instituição deveria constar em ato normativo
próprio, e que a possibilidade de instituição de obrigação acessória por ato infralegal não
flexibilizaria a necessidade de que a obrigação estivesse expressa em ato normativo desse órgão.
Assim, enquanto não houvesse a revogação expressa do ato normativo de isenção de obrigação
de fazer e/ou a inclusão em ato normativo da obrigatoriedade de Sociedade em Conta de
Participação (SCP) se inscrever no CNPJ, esta não estaria obrigada a fazê-la.

Porém, com o advento da Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , art. 52, foi revogado
expressamente o item 4 da Instrução Normativa SRF nº 179/1987 , que dispunha justamente
sobre a dispensa da inscrição da SCP no CNPJ.

Sumário
2.6 Candidatos e comitês financeiros de partidos políticos

Estão obrigadas à inscrição no CNPJ as seguintes pessoas físicas e entidades:


a) candidatos a cargos eletivos, inclusive vices e suplentes;
b) comitês financeiros dos partidos políticos.
A inscrição destina-se à abertura de contas bancárias e ao controle de documentos relativos a
captação, movimentação de fundos e gastos de campanha eleitoral.

(Instrução Normativa Conjunta RFB/TSE nº 1.019/2010 , arts. 1º e 9º ; Instrução Normativa


Conjunta RFB/TSE nº 1.179/2011; Instrução Normativa Conjunta RFB/TSE nº 1.480/2014 )

Sumário
2.7 Unificação de inscrição

É facultado à entidade requerer a unificação de inscrição de seus estabelecimentos no CNPJ,


desde que localizados no mesmo município, para:
a) a agência bancária e seus postos ou subagências; e
b) o estabelecimento de concessionária ou permissionária de serviço público e seus postos de
serviços.
No caso de unificação, os estabelecimentos, exceto o unificador, devem solicitar a baixa de sua
inscrição no CNPJ.
Notas
(1) As Soluções de Divergência Cosit nºs 18 e 19/2011 esclarecem que inexiste previsão
normativa autorizando a unificação de inscrições no CNPJ de estabelecimentos da mesma
empresa situados em um mesmo Estado, mesmo que legislação estadual permita esse
procedimento em relação à inscrição cadastral de contribuintes de ICMS.
(2) A Solução de Consulta Cosit nº 30/2013 esclareceu que, para efeito de inscrição no CNPJ,
considera-se estabelecimento cada um dos locais onde a pessoa jurídica exerce as suas
atividades. Não podem ser unificadas as inscrições de estabelecimentos que não se enquadrem
nas hipóteses descritas no art. 7º da Instrução Normativa RFB nº 1.183/2011(atualmente descrita
no art. 6º da Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 ), ou seja, nos casos:
a) das agências bancárias e seus postos ou subagências; e
b) dos estabelecimentos de concessionária ou permissionária de serviço público e seus postos de
serviços.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , arts. 2º a 6º e 52)

Sumário
3. REPRESENTANTE DA ENTIDADE

O representante da entidade no CNPJ deve ser a pessoa física que tenha legitimidade para
representá-la, conforme qualificações do Anexo V daInstrução Normativa RFB nº 1.470/2014 .

Sumário
3.1 Representante de entidade domiciliada no exterior

No caso de entidade domiciliada no exterior, o seu representante no CNPJ deve ser o procurador,
domiciliado no Brasil, com poderes para administrar os bens e direitos da entidade no País e
representá-la perante a RFB.

No caso de entidade domiciliada no exterior inscrita exclusivamente para realizar aplicações no


mercado financeiro ou de capitais decorrerá automaticamente do seu registro na CVM, como
investidor não residente no País, na forma da Instrução Normativa CVM nº 325/2000, vedada
apresentação da solicitação de inscrição em unidade cadastradora do CNPJ.

O representante na modalidade focalizada neste subtópico pode indicar um preposto para a


prática de atos cadastrais da entidade no CNPJ, exceto para os atos de inscrição de
estabelecimento matriz e de indicação, substituição ou exclusão de preposto.

A indicação não elide a competência originária do representante da entidade no CNPJ.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , arts. 7º e 17)

Sumário
4. UNIDADES CADASTRADORAS

São unidades cadastradoras do CNPJ àquelas competentes para deferir atos cadastrais das
entidades no CNPJ, a partir da análise, sob os aspectos formal e técnico, das informações contidas
na documentação apresentada pela entidade.

São unidades cadastradoras do CNPJ:


I - no âmbito da RFB:
a) Delegacias da Receita Federal do Brasil (DRF);
b) Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat);
c) Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Instituições Financeiras (Deinf);
d) Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Maiores Contribuintes (Demac) Rio
de Janeiro;
e) Inspetorias da Receita Federal do Brasil (IRF);
f) Alfândegas da Receita Federal do Brasil (ALF); e
g) Agências da Receita Federal do Brasil (ARF);
II - no âmbito dos convenentes, as unidades designadas no convênio firmado com a RFB.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , art. 8º)

Sumário
5. COMPETÊNCIA DAS UNIDADES CADASTRADORAS

A competência para deferir atos cadastrais no CNPJ é do titular da unidade cadastradora com
jurisdição sobre o domicílio tributário do estabelecimento a que se referir a solicitação, ou da
pessoa por ele designada.

A competência é:
a) do titular da unidade cadastradora com jurisdição sobre o domicílio tributário do
representante da entidade no CNPJ, no caso de entidade domiciliada no exterior;
b) do titular da unidade cadastradora com jurisdição sobre o novo endereço do
estabelecimento, no caso de alteração de endereço que implique mudança na sua jurisdição;
c) do titular da unidade cadastradora com jurisdição sobre o domicílio tributário do
estabelecimento matriz da entidade domiciliada no Brasil, no caso de estabelecimento filial
situado no exterior;
d) do titular da unidade cadastradora com jurisdição sobre o domicílio tributário do
administrador, no caso de fundos e clubes de investimento constituídos no Brasil;
e) do titular da DRF em Brasília, no caso de representações diplomáticas estrangeiras no
Brasil e das representações diplomáticas do Estado brasileiro no exterior;
f) do titular da unidade cadastradora com jurisdição sobre o domicílio tributário da
incorporadora, no caso de entidade baixada no CNPJ por incorporação; e
g) do titular, no âmbito dos convenentes, das unidades designadas no convênio firmado com a
RFB.

Nota
No caso de entidade domiciliada no exterior cujo representante no CNPJ não tenha sido
indicado, a competência é do titular da DRF em Brasília.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , art. 9º)

Sumário
6. COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO CADASTRAL

A comprovação da condição de inscrito no CNPJ e da situação cadastral é feita por meio do


Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral, conforme modelo constante do Anexo III
daInstrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , emitido no site da RFB na Internet
(www.receita.fazenda.gov.br).

O Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral contém as seguintes informações:


a) número de inscrição no CNPJ, com a indicação de estabelecimento matriz ou filial;
b) data de abertura;
c) nome empresarial;
d) nome de fantasia;
e) atividades econômicas principal e secundárias;
f) natureza jurídica;
g) endereço;
h) endereço eletrônico;
i) telefone;
j) ente federativo responsável, no caso de entidades da administração pública;
k) situação cadastral;
l) data da situação cadastral;
m) motivo da situação cadastral, quando diferente de ativa;
n) situação especial, se for o caso, conforme Anexo IX daInstrução Normativa RFB
nº 1.470/2014 e inciso II do § 2º;
o) data da situação especial;
p) data e hora de emissão do comprovante; e
q) outras informações de interesse dos convenentes.

Nota
Na emissão do Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral:
a) para as entidades em situação cadastral suspensa, inapta, baixada ou nula, não são
informados os dados constantes das letras "e", "g", "n" e "o" deste tópico;
b) para os fundos de investimento constituídos no exterior e para as entidades domiciliadas no
exterior inscritas no CNPJ exclusivamente para realizar aplicações no mercado financeiro ou de
capitais, a situação especial de que trata a letra "n" deve trazer a expressão: "CNPJ exclusivo
para operação nos mercados financeiro e de capitais".

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , art. 10)

Sumário
7. ATOS CADASTRAIS

Sumário
7.1 Tipos de atos

São atos cadastrais no CNPJ:


a) inscrição;
b) alteração de dados cadastrais e de situação cadastral;
c) baixa de inscrição;
d) restabelecimento de inscrição; e
e) declaração de nulidade de ato cadastral.

Sumário
7.2 Solicitação de atos cadastrais

Os atos cadastrais no CNPJ são solicitados por meio do Programa Gerador de Documentos (PGD
CNPJ), disponível no site da RFB.

O PGD CNPJ possibilita o preenchimento dos seguintes documentos eletrônicos:


a) Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica (FCPJ);
b) Quadro de Sócios e Administradores (QSA); e
c) Ficha Específica do convenente.
Os documentos preenchidos por meio do PGD CNPJ devem ser transmitidos pela Internet,
conforme orientações constantes do próprio aplicativo.
O QSA deve ser apresentado somente pelas entidades relacionadas no Anexo VI daInstrução
Normativa RFB nº 1.470/2014 , conforme as qualificações constantes do citado Anexo.

A Ficha Específica contém informações do estabelecimento que sejam de interesse de convenente


do Cadastro Sincronizado Nacional (CadSinc), instituído pelo Protocolo de Cooperação nº 1/2004,
do I Encontro Nacional de Administradores Tributários (Enat).

Sumário
7.3 Formalização da solicitação

As solicitações de atos cadastrais no CNPJ são formalizadas:


a) pela remessa postal ou entrega direta do Documento Básico de Entrada (DBE) ou Protocolo
de Transmissão à unidade cadastradora de jurisdição do estabelecimento, acompanhado de:
a.1) cópia autenticada do ato constitutivo, alterador ou extintivo da entidade, devidamente
registrado no órgão competente, observada a tabela de documentos constante do Anexo
VIII daInstrução Normativa RFB nº 1.470/2014;
a.2) no caso de DBE:
a.2.1) cópia autenticada do documento de identificação do signatário para conferência da
assinatura, salvo quando reconhecido firma em cartório, observado o disposto no art. 1º
da Portaria RFB nº 1.880/2013 ;
a.2.2) se assinado por procurador, cópia autenticada da procuração outorgada pela
entidade;
a.2.3) se procuração por instrumento particular, cópia autenticada do documento de
identificação do signatário da procuração para conferência da assinatura, salvo quando
reconhecido firma em cartório, observado o disposto no art. 1º da Portaria RFB
nº 1.880/2013 ;
b) pela entrega direta da documentação solicitada para a prática do ato no órgão de registro
que celebrou convênio com a RFB, acompanhada do DBE ou do Protocolo de Transmissão,
exceto no caso de baixa de inscrição.

Sumário
7.4 DBE e Protocolo de Transmissão

Não havendo incompatibilidades nos documentos eletrônicos transmitidos pela Internet, na forma
do subtópico 7.2, será disponibilizado para impressão o DBE, ou o Protocolo de Transmissão, no
site da RFB na Internet.

O DBE e o Protocolo de Transmissão:


a) serão disponibilizados de acordo com os modelos constantes dos Anexos I e II daInstrução
Normativa RFB nº1.470/2014 , respectivamente;
b) ficarão disponíveis no site da RFB na Internet, pelo prazo de 90 dias, para impressão e
encaminhamento na forma do subtópico 7.3, observando-se que a solicitação de ato cadastral
no CNPJ será cancelada automaticamente no caso de descumprimento desse prazo.
Vale mencionar que o DBE deve ser assinado pelo representante da entidade no CNPJ, por seu
preposto ou procurador.

O Protocolo de Transmissão substituirá o DBE quando a entidade for identificada pelo uso de
certificado digital ou de senha eletrônica fornecida por convenente.

Sumário
7.4.1 DBE de pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior

Quando se tratar de sócio pessoa física ou jurídica domiciliado no exterior, deve acompanhar o
DBE ou Protocolo de Transmissão a cópia autenticada da procuração que nomeia o seu
representante legal no Brasil.

A procuração outorgada no exterior deve ser autenticada por repartição consular brasileira, e
estar acompanhada de sua tradução juramentada, quando redigida em língua estrangeira.

Sumário
7.4.2 Microempreendedor individual

O disposto neste tópico não se aplica à inscrição do microempreendedor individual (MEI) de que
trata o § 1º do art. 18-A daLei Complementar nº 123/2006 , tendo em vista o trâmite especial do
seu processo de registro.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , arts. 11 a 14)

Sumário
8. ATOS CADASTRAIS PRIVATIVOS DO ESTABELECIMENTO MATRIZ

São privativos do estabelecimento matriz, por se tratar de dados cadastrais e situações que dizem
respeito à entidade, os atos cadastrais relativos:
a) ao nome empresarial;
b) à natureza jurídica;
c) ao capital social;
d) ao porte da empresa;
e) à indicação do novo estabelecimento matriz;
f) ao representante da entidade no CNPJ;
g) ao preposto;
h) ao QSA;
i) ao ente federativo responsável, no caso de entidades da Administração Pública;
j) à falência;
k) à recuperação judicial;
l) à intervenção;
m) ao inventário do empresário (individual) ou do titular de empresa individual imobiliária ou
de responsabilidade limitada;
n) à liquidação judicial ou extrajudicial;
o) à incorporação;
p) à fusão; e
q) à cisão parcial ou total.

Nota
A indicação de novo estabelecimento matriz é ato cadastral privativo do estabelecimento filial
que estiver sendo indicado, que conjuntamente pode solicitar os atos cadastrais previstos
neste tópico.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , art. 15)

Sumário
9. INSCRIÇÃO

A solicitação de inscrição no CNPJ de entidade domiciliada no Brasil deve observar o disposto no


tópico 7, inclusive para o caso de estabelecimento no País de pessoa jurídica estrangeira.

Sumário
9.1 Inscrição de entidade domiciliada no exterior exclusivamente para realizar
aplicações financeiras

A inscrição no CNPJ de entidade domiciliada no exterior exclusivamente para realizar aplicações


no mercado financeiro ou de capitais decorre automaticamente do seu registro na CVM como
investidor não residente no País, na forma da Instrução Normativa CVM nº 325/2000, vedada a
apresentação da solicitação de inscrição em unidade cadastradora do CNPJ.

Nesse caso, a inscrição no CNPJ é destinada, exclusivamente, à realização das aplicações no


mercado financeiro ou de capitais.

Sumário
9.2 Inscrição de entidade domiciliada no exterior sujeita ao Cademp

A inscrição no CNPJ de entidade domiciliada no exterior nas hipóteses a seguir mencionadas


decorre automaticamente do seu cadastramento no Cadastro de Empresas (Cademp) do Bacen,
vedada a apresentação da solicitação de inscrição em unidade cadastradora do CNPJ:
a) titulares de direitos sobre participações societárias;
b) realizem:
b.1) arrendamento mercantil externo (leasing);
b.2) afretamento de embarcações, aluguel de equipamentos e arrendamento simples;
b.3) importação de bens sem cobertura cambial, destinados à integralização de capital de
empresas brasileiras;
b.4) investimentos;
c) instituições bancárias do exterior que realizem operações de compra e venda de moeda
estrangeira com bancos no País, recebendo e entregando reais em espécie na liquidação de
operações cambiais.
A inscrição no CNPJ obtida na forma deste subtópico pode ser utilizada para todas as finalidades,
exceto para aquelas descritas no subtópico 9.1.

A inscrição no CNPJ de entidade domiciliada no exterior não enquadrada na forma deste tópico
ocorrerá na forma disciplinada nos subtópicos 7.2 a 7.4.

Nota
O endereço da entidade domiciliada no exterior deve ser informado no CNPJ e, quando for o caso,
transliterado.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , arts. 4º, XV, "a", item 8 e "b", itens 1 a 4 e XVI, 17 a
19)

Sumário
10. IMPEDIMENTOS À INSCRIÇÃO

Impede a inscrição no CNPJ:


a) representante da entidade ou seu preposto, sem inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas
(CPF) ou cuja inscrição seja inexistente ou esteja cancelada ou nula;
b) integrante do QSA da entidade:
b.1) no caso de pessoa jurídica: sem inscrição no CNPJ ou cuja inscrição seja inexistente
ou esteja baixada ou nula;
b.2) no caso de pessoa física: sem inscrição no CPF ou cuja inscrição seja inexistente ou
esteja cancelada ou nula;
c) no caso de clubes ou fundos de investimento constituídos no Brasil, administrador sem
inscrição no CNPJ ou cuja inscrição seja inexistente ou esteja baixada ou nula, ou
representante da administrador no CNPJ sem inscrição no CPF ou cuja inscrição seja
inexistente ou esteja cancelada ou nula;
d) no caso de estabelecimento filial, estabelecimento matriz da entidade sem inscrição no
CNPJ ou cuja inscrição seja inexistente ou esteja baixada ou nula; ou
e) não atendimento das demais condições restritivas estabelecidas em convênio com a RFB.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , art. 20)

Sumário
11. INSCRIÇÃO DE OFÍCIO

A inscrição no CNPJ será realizada de ofício pelo Delegado da DRF, da Derat, da Deinf, da
Delegacia Especial da Receita Federal do Brasil de Fiscalização (Defis), Delegacia Especial da
Receita Federal do Brasil de Fiscalização de Comércio Exterior (Delex), ou da Demac Rio de
Janeiro, que jurisdiciona o estabelecimento:
a) quando o Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB), no exercício de suas funções,
constatar a existência de entidade não inscrita no CNPJ e não for atendida, pelo representante
da entidade, a intimação para providenciar sua inscrição no prazo de 10 dias; ou
b) no interesse da administração tributária, à vista de documentos comprobatórios.
A inscrição de ofício pode ser realizada pelos convenentes, conforme disposto em convênio.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , art. 21)

Sumário
12. ALTERAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS

A entidade está obrigada a atualizar no CNPJ qualquer alteração referente aos seus dados
cadastrais até o último dia útil do mês subsequente ao de sua ocorrência.

No caso de alteração sujeita a registro, o prazo é contado a partir da data do registro da alteração
no órgão competente.

A alteração de dados cadastrais de entidade domiciliada no exterior inscrita no CNPJ na forma do


subtópico 9.2 está condicionada à indicação do representante da entidade a que se refere o
subtópico 3.1.

Cabe ao representante legal nomeado atualizar no CNPJ as ocorrências relativas às seguintes


situações especiais, detalhadas no Anexo IX daInstrução Normativa nº 1.470/2014:
a) liquidação judicial ou extrajudicial;
b) falência;
c) recuperação judicial;
d) intervenção; ou
e) inventário do empresário (individual) ou do titular da empresa individual imobiliária ou de
responsabilidade limitada.

Sumário
12.1 Impedimentos à alteração de dados cadastrais

Impede a alteração de dados cadastrais no CNPJ:


a) representante da entidade ou seu preposto, sem inscrição no CPF ou cuja inscrição seja
inexistente ou esteja cancelada ou nula;
b) entrada ou alteração de integrante do QSA da entidade:
b.1) no caso de pessoa jurídica: sem inscrição no CNPJ ou cuja inscrição seja inexistente
ou esteja baixada ou nula;
b.2) no caso de pessoa física: sem inscrição no CPF ou cuja inscrição seja inexistente ou
esteja cancelada ou nula;
c) procedimento fiscal em andamento, no caso de indicação de novo estabelecimento matriz
da entidade; ou
d) não atendimento das demais condições restritivas estabelecidas em convênio com a RFB.
No caso de alteração do representante da entidade no CNPJ, a verificação de que trata a letra "a"
alcança apenas o novo representante.

Sumário
12.2 Alteração de ofício

O Delegado da DRF, da Derat, da Deinf, da Defis, da Delex ou da Demac Rio de Janeiro, que
jurisdiciona o estabelecimento, pode realizar de ofício alteração de dados cadastrais no CNPJ à
vista de documentos comprobatórios ou mediante comunicação efetuada por convenente.

Verificada divergência em dado cadastral originário do seu ato constitutivo, alterador ou extintivo,
a entidade deve ser intimada a promover, no órgão de registro competente, a respectiva
atualização ou correção no prazo de 30 dias contados do recebimento da intimação.

Caso a intimação não seja atendida, a alteração cadastral no CNPJ pode ser realizada de ofício,
independentemente de formalidade no respectivo órgão de registro.

Os procedimentos mencionados podem ser adotados diretamente pelo AFRFB responsável por
procedimento fiscal na pessoa jurídica.

Observe-se ainda que, no caso de alteração do representante no CNPJ, a entidade deve ser
comunicada por quem promoveu a alteração.

Notas
(1) A opção ou exclusão retroativa do Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples) também pode ser
realizada de ofício pelo titular da unidade da RFB que jurisdiciona a entidade.
(2) O procedimento pode ser adotado pela Equipe de Cadastro (ECD) em sua jurisdição.
(3) O titular do órgão convenente pode promover de ofício, na forma da legislação que lhe seja
aplicável, as alterações de dados específicos de interesse daquele órgão.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , arts. 22 a 24)

Sumário
13. BAIXA DA INSCRIÇÃO

A baixa da inscrição no CNPJ, da entidade ou do estabelecimento filial, deve ser solicitada até o 5º
dia útil do segundo mês subsequente ao da ocorrência de sua extinção nas seguintes situações,
conforme o caso:
a) encerramento da liquidação voluntária, judicial ou extrajudicial;
b) incorporação;
c) fusão;
d) cisão total;
e) encerramento do processo de falência, com extinção das obrigações do falido; ou
f) transformação em estabelecimento matriz de órgão público inscrito como estabelecimento
filial, e vice-versa.
A baixa da inscrição no CNPJ, da entidade ou do estabelecimento filial produz efeitos a partir de
sua extinção, considerando-se esta ocorrida nas datas constantes do Anexo VIII daInstrução
Normativa RFB nº 1.470/2014 .

A baixa da inscrição do estabelecimento matriz no CNPJ implica a baixa de todas as inscrições dos
estabelecimentos filiais da entidade.

Deferida a baixa da inscrição, a RFB disponibilizará em seu site na Internet a Certidão de Baixa de
Inscrição no CNPJ, conforme modelo constante do Anexo IV daInstrução Normativa RFB
nº 1.470/2014 .

A baixa da inscrição no CNPJ não impede que, posteriormente, sejam lançados ou cobrados
impostos, contribuições e respectivas penalidades.

Sumário
13.1 Impedimentos à baixa

Impede a baixa da inscrição da entidade no CNPJ:


a) existência de situação impeditiva para obtenção de certidão negativa de débitos;
b) QSA desatualizado, no caso das entidades relacionadas no Anexo VI àInstrução Normativa
RFB nº 1.470/2014 ; ou
c) não atendimento das demais condições restritivas estabelecidas em convênio com a RFB.
Os impedimentos listados nas letras "a" a "c" não se aplicam à baixa:
a) decorrente de incorporação, fusão ou cisão total da entidade quando a sucessora é
entidade domiciliada no Brasil;
b) de estabelecimento filial, ficando suas pendências fiscais sob responsabilidade da entidade.

Nota
Para efeitos do disposto na letra "a" deste subtópico, não configura situação impeditiva a
omissão de declarações relativas a período posterior à data de extinção da entidade,
considerando-se esta ocorrida nas datas constantes do Anexo VIII daInstrução Normativa RFB
nº 1.470/2014 .

Sumário
13.2 Baixa de ME ou EPP optante ou não pelo Simples Nacional

No caso de baixa de microempresas (ME) ou empresas de pequeno porte (EPP), definidas pelo
art. 3º da Lei Complementar nº123/2006 , optantes ou não pelo Simples Nacional, que estejam
sem movimento há mais de 12 meses:
a) não se aplicam os impedimentos listados no subtópico 13.1;
b) constitui impedimento a situação cadastral suspensa, nas hipóteses dos incisos IV e V do
art. 36, ou inapta, na hipótese do inciso III do art. 37, todos da Instrução Normativa RFB
nº 1.470/2014 ;
c) sua solicitação deve ser analisada no prazo de 60 dias contados do recebimento dos
documentos pela RFB;
d) ultrapassado o prazo previsto sem manifestação da RFB, efetiva-se a baixa de sua inscrição
no CNPJ; e
e) não há impedimento para que, posteriormente, sejam lançados ou cobrados impostos,
contribuições e respectivas penalidades, decorrentes da simples falta de recolhimento ou da
prática, comprovada e apurada em processo administrativo ou judicial, de outras
irregularidades praticadas pelo empresário, pela empresa ou por seus sócios ou
administradores, reputando-se como solidariamente responsáveis o titular, os sócios e os
administradores do período de ocorrência dos respectivos fatos geradores.

Nota
A baixa da inscrição de entidade domiciliada no exterior inscrita no CNPJ deve ser precedida
da indicação do representante da entidade.
O disposto no subtópico 13.2 aplica-se ao MEI independentemente da ausência de movimento.

Sumário
13.3 Baixa da inscrição de entidade domiciliada no exterior

A baixa da inscrição de entidade domiciliada no exterior inscrita no CNPJ na forma do subtópico


9.2 deve ser precedida da indicação do representante da entidade a que se refere o subtópico
3.1.

Sumário
13.4 Baixa de ofício

Pode ser baixada de ofício a inscrição no CNPJ da pessoa jurídica:


a) omissa contumaz: a que, estando obrigada, deixar de apresentar declarações e
demonstrativos por 5 ou mais exercícios, se, intimada por edital, não regularizar sua situação
no prazo de 60 dias contados da data da publicação da intimação;
b) inexistente de fato, assim entendida aquela que:
b.1) não disponha de patrimônio e capacidade operacional necessários à realização de seu
objeto, inclusive a que não comprovar o capital social integralizado;
b.2) não for localizada no endereço constante do CNPJ, bem como não forem localizados
os integrantes do seu QSA, seu representante no CNPJ e seu preposto; ou
b.3) se encontre com as atividades paralisadas, salvo se enquadrada nas hipóteses de
situação cadastral suspensa:
b.3.1) domiciliada no exterior, encontrando-se na situação cadastral ativa, deixar de ser
alcançada, temporariamente, pelas situações previstas no subtópico 2.1, item XV;
b.3.2) solicitar baixa de sua inscrição no CNPJ, enquanto a solicitação estiver em análise
ou caso seja indeferida;
b.3.3) interromper temporariamente suas atividades;
c) inapta: a que, tendo sido declarada inapta, não tenha regularizado sua situação nos 5
exercícios subsequentes, exceto na hipótese de irregularidade em operações de comércio
exterior, assim considerada aquela que não comprovar a origem, a disponibilidade e a efetiva
transferência, se for o caso, dos recursos empregados em operações de comércio exterior, na
forma prevista em lei;
d) com registro cancelado: a que esteja extinta, cancelada ou baixada no respectivo órgão de
registro.
À baixa na forma deste subtópico:
a) não se aplicam os impedimentos listados no subtópico 13.1;
b) constitui impedimento a situação cadastral suspensa, nas hipóteses dos incisos IV e V do
art. 36, ou inapta, na hipótese do inciso III do art. 37, todos da Instrução Normativa RFB
nº 1.470/2014 .

Nota
A baixa da inscrição no CNPJ não impede que, posteriormente, sejam lançados ou cobrados
impostos, contribuições e respectivas penalidades da pessoa jurídica.

Sumário
13.5 Baixa de MEI

A inscrição do MEI nos órgãos e entidades responsáveis pela sua legalização será cancelada
quando, no prazo de 180 dias, for recebida a comunicação de cancelamento por ocasião da
manifestação contrária à possibilidade de que o MEI exerça suas atividades no local indicado no
registro. Nesse caso, a prefeitura municipal deve notificar o interessado, fixando prazo para a
transferência da sede de suas atividades, sob pena de cancelamento do Termo de Ciência e
Responsabilidade com Efeito de Alvará de Licença e Funcionamento Provisório.

Nessa situação, a baixa da inscrição do MEI dispensa a emissão de ADE.

Nota
O disposto no subtópico 13.1, letras "a" a "e", aplica-se ao MEI independentemente da ausência
de movimento.
(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , arts. 14, § 4º, 26, § 4º e 31, § 2º; Resolução CGSIM
nº 16/2009 , arts. 8º , § 4º, e 19)

Sumário
14. PESSOA JURÍDICA OMISSA CONTUMAZ

No caso de pessoa jurídica omissa contumaz de que trata o subtópico 13.4, letra "a", cabe à
Cocad providenciar sua intimação por meio de edital, publicado no Diário Oficial da União (DOU),
no qual a pessoa jurídica deve ser identificada apenas pelo seu número de inscrição no CNPJ.

A regularização da situação da pessoa jurídica intimada dá-se mediante apresentação das


declarações e demonstrativos exigidos, por meio da Internet, ou comprovação de sua anterior
apresentação, na unidade da RFB que a jurisdiciona.

Decorridos 90 dias da publicação do edital de intimação, a Cocad deve publicar Ato Declaratório
Executivo (ADE) no DOU, com a relação das inscrições no CNPJ das pessoas jurídicas que
regularizaram sua situação, tornando automaticamente baixadas as inscrições das demais
pessoas jurídicas relacionadas no edital de intimação.

O disposto neste tópico não elide a competência do Delegado da DRF, da Derat, da Deinf, da
Defis, da Delex ou da Demac Rio de Janeiro, que jurisdiciona a pessoa jurídica.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , art. 28)

Sumário
15. PESSOA JURÍDICA INEXISTENTE DE FATO

No caso de pessoa jurídica inexistente de fato, de que trata o subtópico 13.4, letra "b", o
procedimento administrativo de baixa deve ser iniciado por representação consubstanciada com
elementos que evidenciem qualquer das pendências ou situações descritas.

O Delegado da DRF, da Derat, da Deinf, da Defis, da Delex ou da Demac Rio de Janeiro, que
jurisdiciona a pessoa jurídica, acatando a representação, deve intimar a pessoa jurídica, por meio
de edital publicado no site da RFB ou, alternativamente, no DOU, a regularizar, no prazo de 30
dias, sua situação ou contrapor as razões da representação, suspendendo sua inscrição no CNPJ a
partir da publicação do edital.

Na falta de atendimento à intimação, ou quando não acatadas as contraposições apresentadas, a


inscrição no CNPJ deve ser baixada pelo respectivo Delegado, por meio de ADE, publicado no site
da RFB, ou no DOU, no qual devem ser indicados o nome empresarial e o número de inscrição da
pessoa jurídica no CNPJ.

A pessoa jurídica que teve a inscrição baixada pode solicitar o seu restabelecimento mediante
prova em processo administrativo:
a) de que dispõe de patrimônio e capacidade operacional necessários à realização de seu
objeto, no caso do subtópico 13.4, letra "b.1";
b) de sua localização ou da localização dos integrantes do seu QSA, do seu representante no
CNPJ ou do seu preposto, no caso do subtópico 13.4, letra "b.2"; e
c) do reinício de suas atividades, no caso do subtópico 13.4, letra "b.3".
O restabelecimento da inscrição da pessoa jurídica baixada deve ser realizado pelo respectivo
Delegado, por meio de ADE, publicado no site da RFB, ou no DOU, no qual devem ser indicados o
nome empresarial e o número de inscrição da pessoa jurídica no CNPJ.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , art. 29)

Sumário
16. PESSOA JURÍDICA INAPTA
No caso de pessoa jurídica inapta, de que trata o subtópico 13.4, letra "c", cabe à Cocad emitir
ADE, publicado no site da RFB na Internet, com a relação das inscrições baixadas no CNPJ.

O disposto neste tópico não elide a competência do Delegado da DRF, da Derat, da Deinf, da
Defis, da Delex ou da Demac Rio de Janeiro, que jurisdiciona a pessoa jurídica, para adotar as
medidas mencionadas anteriormente, publicando o ADE no site da RFB ou no DOU.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , art. 30)

Sumário
17. PESSOA JURÍDICA COM REGISTRO CANCELADO

No caso de pessoa jurídica com registro cancelado, de que trata o subtópico 13.4, letra "d", cabe
à Cocad emitir ADE, publicado no site da RFB na Internet, com a relação das inscrições baixadas
no CNPJ.

O disposto neste tópico não elide a competência do Delegado da DRF, da Derat, da Deinf, da
Defis, da Delex ou da Demac Rio de Janeiro, que jurisdiciona a pessoa jurídica, para adotar as
medidas aqui previstas, publicando o ADE no site da RFB ou no DOU.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , art. 31)

Sumário
18. RESTABELECIMENTO DA INSCRIÇÃO

A entidade ou o estabelecimento filial cuja inscrição no CNPJ estiver na situação cadastral baixada
poderá ter sua inscrição restabelecida:
a) a pedido, desde que comprove estar com seu registro ativo no órgão competente; ou
b) de ofício, quando constatado o seu funcionamento.
O restabelecimento da inscrição aplica-se também:
a) à entidade que está na situação cadastral inapta, não localizada, ou seja, a que não for
localizada no endereço constante do CNPJ, caso comprove que o endereço constante do CNPJ
está atualizado; e
b) à entidade ou ao estabelecimento filial, conforme o caso, cuja inscrição foi suspensa na
hipótese de possuir inconsistência(s) em seus dados cadastrais, desde que comprove a
regularização da(s) inconsistência(s) cadastral(is).
O pedido de que trata a letra "a" supra:
a) deve observar o disposto nos subtópicos 7.2 e 7.3; e
b) não se aplica às entidades que estejam na situação cadastral baixada, na hipótese do
subtópico 13.4, "b".

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , art. 32)

Sumário
19. NULIDADE DO ATO CADASTRAL

Deve ser declarada a nulidade do ato cadastral no CNPJ quando:


a) houver sido atribuído mais de um número de inscrição no CNPJ para o mesmo
estabelecimento;
b) for constatado vício no ato cadastral; ou
c) houver sido atribuída inscrição no CNPJ a entidade ou estabelecimento filial não enquadrado
no tópico 2.
Esse procedimento é de responsabilidade do titular da unidade da RFB que jurisdiciona o
estabelecimento, devendo dar publicidade da nulidade por meio de ADE, publicado no site da RFB
ou no DOU.
(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , art. 33)

Sumário
20. TIPOS DE SITUAÇÃO CADASTRAL

A inscrição no CNPJ, da entidade ou do estabelecimento filial, pode ser enquadrada nas seguintes
situações cadastrais:
a) ativa;
b) suspensa;
c) inapta;
d) baixada; ou
e) nula.

Sumário
20.1. Situação cadastral ativa

A inscrição no CNPJ é enquadrada na situação cadastral ativa quando a entidade ou o


estabelecimento filial, conforme o caso, não se enquadra em nenhuma das situações cadastrais
citadas nas letras "b" a "e" do tópico 20.

Sumário
20.2 Situação cadastral suspensa

A inscrição no CNPJ será enquadrada na situação cadastral suspensa quando, conforme o caso, a
entidade ou o estabelecimento filial:
a) domiciliada no exterior, encontrando-se na situação cadastral ativa, deixar de ser
alcançada, temporariamente, pelas situações previstas no subtópico 2.1, item XV;
b) solicitar baixa de sua inscrição no CNPJ, enquanto a solicitação estiver em análise ou caso
seja indeferida;
c) for intimada na forma do § 1º do art. 29 da Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 ;
d) for intimada na forma do § 1º do art. 40 da Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 ;
e) apresentar indício de interposição fraudulenta de sócio ou titular, na situação prevista pelo
§ 2º do art. 3º do Decreto nº 3.724/2001 , enquanto o respectivo processo estiver em
análise;
f) interromper temporariamente suas atividades;
g) não reconstituir, no prazo de 210 dias, a pluralidade de sócios do seu QSA; ou
h) tiver sua suspensão determinada por ordem judicial; ou
i) possuir inconsistência(s) em seus dados cadastrais.
A suspensão da inscrição no CNPJ nas hipóteses das letras "a" e "f" ocorre por solicitação da
entidade ou do estabelecimento filial, conforme o caso, mediante comunicação da interrupção
temporária de suas atividades, na forma dos subtópicos 7.2 e 7.3.

Nota
A inconsistência cadastral a que se refere a letra "i" caracteriza-se, conforme o caso, pela:
a) ausência do representante a que se refere o subtópico 3.1 ou quando sua inscrição no CPF for
inexistente ou estiver cancelada ou nula;
b) ausência do QSA, no caso das entidades relacionadas no Anexo VI àInstrução Normativa RFB
nº 1.470/2014 ;
c) ausência do ente federativo responsável, no caso de entidades da administração pública;
d) ausência da atividade econômica;
e) ausência ou invalidade do Código de Endereçamento Postal (CEP);
f) ausência do valor do capital social, para as entidades cuja informação é obrigatória; ou
g) incompatibilidade entre o Número de Inscrição no Registro de Empresa (Nire) e a natureza
jurídica da entidade.

Sumário
20.3 Situação cadastral inapta

Pode ser declarada inapta a inscrição no CNPJ da pessoa jurídica:


a) omissa de declarações e demonstrativos: a que, estando obrigada, deixar de apresentar
declarações e demonstrativos em 2 exercícios consecutivos;
b) não localizada: a que não for localizada no endereço constante do CNPJ; ou
c) com irregularidade em operações de comércio exterior: a que não comprovar a origem, a
disponibilidade e a efetiva transferência, se for o caso, dos recursos empregados em
operações de comércio exterior, na forma prevista em lei.
O disposto neste subtópico não se aplica à entidade domiciliada no exterior.

Sumário
20.3.1 Pessoa jurídica omissa de declarações e demonstrativos

No caso de pessoa jurídica omissa de declarações e demonstrativos, de que trata o subtópico


20.3, letra "a", cabe à Cocad emitir ADE, publicado no site da RFB na Internet, no endereço da
RFB, com a relação das inscrições no CNPJ declaradas inaptas.

A regularização da situação da pessoa jurídica declarada inapta se dá mediante apresentação das


declarações e demonstrativos exigidos, por meio da Internet, ou comprovação de sua anterior
apresentação, na unidade da RFB que a jurisdiciona.

O disposto neste subtópico não elide a competência do Delegado da DRF, da Derat, da Deinf, da
Defis, da Delex ou da Demac Rio de Janeiro, que jurisdiciona a pessoa jurídica, para adotar as
medidas aqui previstas, publicando o ADE no site da RFB ou no DOU.

Sumário
20.3.2 Pessoa jurídica não localizada

A pessoa jurídica não localizada, de que trata o subtópico 20.3, letra "b", será assim considerada
quando:
a) não confirmar o recebimento de 2 ou mais correspondências enviadas pela RFB,
comprovado pela devolução do Aviso de Recebimento (AR) dos Correios; ou
b) não for localizada no endereço constante do CNPJ, comprovado mediante Termo de
Diligência.
Na hipótese da letra "a", cabe à Cocad emitir ADE, publicado no site da RFB na Internet, no
endereço da RFB, com a relação das inscrições no CNPJ declaradas inaptas.

Na hipótese da letra "b", a inscrição no CNPJ deve ser declarada inapta pelo Delegado da DRF, da
Derat, da Deinf, da Defis, da Delex ou da Demac Rio de Janeiro, que jurisdiciona a pessoa
jurídica, por meio de ADE, publicado no site da RFB, ou no DOU, no qual devem ser indicados o
nome empresarial e o número de inscrição da pessoa jurídica no CNPJ.

Quanto à emissão do ADE pela Cocad, não elide a competência do Delegado da DRF, da Derat, da
Deinf, da Defis, da Delex ou da Demac Rio de Janeiro, que jurisdiciona a pessoa jurídica, para
adotar as medidas nele previstas, publicando o ADE no DOU.

A regularização da situação da pessoa jurídica declarada inapta se dá mediante alteração do seu


endereço no CNPJ, na forma dos subtópicos 7.2 e 7.3, ou restabelecimento de sua inscrição,
conforme tópico 18, caso o seu endereço continue o mesmo constante do CNPJ.

Sumário
20.3.3 Pessoa jurídica com irregularidade em operações de comércio exterior
No caso de pessoa jurídica com irregularidade em operações de comércio exterior, de que trata o
subtópico 20.3, letra "c", o procedimento administrativo de declaração de inaptidão deve ser
iniciado por representação consubstanciada com elementos que evidenciem o fato.

O titular da unidade da RFB com jurisdição para fiscalização dos tributos sobre comércio exterior
que constatar o fato, acatando a representação citada anteriormente, deve intimar a pessoa
jurídica, por meio de edital, publicado no site da RFB na Internet, ou no DOU, a regularizar, no
prazo de 30 dias, sua situação ou contrapor as razões da representação, suspendendo sua
inscrição no CNPJ a partir da publicação do edital.

Na falta de atendimento à intimação, ou quando não acatadas as contraposições apresentadas, a


inscrição no CNPJ deve ser declarada inapta pelo titular da unidade da RFB, por meio de ADE,
publicado no site da RFB, ou no DOU, no qual devem ser indicados o nome empresarial e o
número de inscrição da pessoa jurídica no CNPJ.

A regularização da situação da pessoa jurídica declarada inapta se dá mediante comprovação da


origem, da disponibilidade e da efetiva transferência, se for o caso, dos recursos empregados em
operações do comércio exterior, na forma prevista em lei, e deve ser realizada pelo titular da
unidade da RFB, por meio de ADE, publicado no site da RFB, ou no DOU, no qual devem ser
indicados o nome empresarial e o número de inscrição da pessoa jurídica no CNPJ

Para fins do disposto no subtópico 20.3, letra "c" e na situação do parágrafo anterior, a
comprovação da origem de recursos provenientes do exterior dá-se mediante, cumulativamente:
a) prova do regular fechamento da operação de câmbio, inclusive com a identificação da
instituição financeira no exterior encarregada da remessa dos recursos para o País; e
b) identificação do remetente dos recursos, assim entendido como a pessoa física ou jurídica
titular dos recursos remetidos.
No caso de o remetente referido na letra "b" ser pessoa jurídica, devem ser também identificados
os integrantes do seu QSA.

O disposto neste subtópico aplica-se também na hipótese de que trata o § 2º do


art. 23 do Decreto-lei nº 1.455/1976 .

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , arts. 34 a 41)

Sumário
21. EFEITOS DA INSCRIÇÃO INAPTA

Sem prejuízo das sanções previstas na legislação, a pessoa jurídica cuja inscrição no CNPJ tenha
sido declarada inapta é:
a) incluída no Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal
(Cadin);
b) impedida de:
b.1) participar de concorrência pública;
b.2) celebrar convênios, acordos, ajustes ou contratos que envolvam desembolso, a
qualquer título, de recursos públicos, e respectivos aditamentos;
b.3) obter incentivos fiscais e financeiros;
b.4) realizar operações de crédito que envolvam a utilização de recursos públicos; e
b.5) transacionar com estabelecimentos bancários, inclusive quanto à movimentação de
contas-correntes, à realização de aplicações financeiras e à obtenção de empréstimos.
O impedimento de transacionar com estabelecimentos bancários a que se refere a letra "b.5" não
se aplica a saques de importâncias anteriormente depositadas ou aplicadas.

É considerado inidôneo, não produzindo efeitos tributários em favor de terceiro interessado, o


documento emitido por pessoa jurídica cuja inscrição no CNPJ tenha sido declarada inapta.

Os valores constantes do documento de que tratam as letras "a" e "b" não podem ser:
a) deduzidos como custo ou despesa, na determinação da base de cálculo do Imposto sobre a
Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro (CSL);
b) deduzidos na determinação da base de cálculo do Imposto sobre a Renda das Pessoas
Físicas (IRPF);
c) utilizados como crédito do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), e da contribuição
para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) não
cumulativos;
d) utilizados para justificar qualquer outra dedução, abatimento, redução, compensação ou
exclusão relativa aos tributos administrados pela RFB.
A pessoa jurídica com inscrição declarada inapta tem sua inscrição enquadrada na situação
cadastral ativa após regularizar todas as situações que motivaram a inaptidão.

Notas
(1) Considera-se terceiro interessado, para fins deste tópico, a pessoa física ou a entidade
beneficiária do documento.
(2) O disposto neste subtópico aplica-se em relação aos documentos emitidos:
a) a partir da data de publicação do ADE a que se refere:
a.1) o subtópico 20.3.1, no caso de pessoa jurídica omissa de declarações e demonstrativos; e
a.2) o subtópico 20.3.2, no caso de pessoa jurídica não localizada;
b) desde a data de ocorrência do fato, no caso de pessoa jurídica com irregularidade em
operações de comércio exterior, a que se refere o subtópico 20.3.3.
(3) A inidoneidade de documentos em virtude de inscrição declarada inapta não exclui as demais
formas de inidoneidade de documentos previstas na legislação, nem legitima os emitidos
anteriormente às datas referidas na Nota 2.
(4) O disposto na Nota 2 não se aplica aos casos em que o terceiro interessado, adquirente de
bens, direitos e mercadorias, ou o tomador de serviços, comprovar o pagamento do preço
respectivo e o recebimento dos bens, direitos ou mercadorias ou a utilização dos serviços.
(5) A entidade que não efetuar a comprovação de que a Nota 4 sujeita-se ao pagamento do
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), na forma do art. 61 da Lei nº 8.981/1995 ,
calculado sobre o valor pago constante dos documentos.

Sumário
21.1 Créditos tributários da pessoa jurídica inapta

O encaminhamento, para fins de inscrição e execução, de créditos tributários relativos à pessoa


jurídica cuja inscrição no CNPJ tenha sido declarada inapta, nas hipóteses do subtópico 20.3, deve
ser efetuado com a indicação dessa circunstância e da identificação dos responsáveis tributários
correspondentes.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , arts. 42 a 45)

Sumário
22. SITUAÇÃO CADASTRAL BAIXADA

A inscrição no CNPJ é enquadrada na situação cadastral baixada quando a entidade ou o


estabelecimento filial, conforme o caso, tiver sua solicitação de baixa deferida, na forma do tópico
13, ou na hipótese de baixa de ofício, conforme o subtópico 13.4.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , art. 46)

Sumário
23. SITUAÇÃO CADASTRAL NULA

A inscrição no CNPJ é enquadrada na situação cadastral nula quando for declarada a nulidade do
ato de inscrição da entidade ou do estabelecimento filial, na forma do tópico 19.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , art. 47)


Sumário
24. CONVÊNIOS

No âmbito do CNPJ, a RFB pode celebrar convênios com:


a) administrações tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive suas
autarquias, órgãos e entidades da administração pública federal e órgãos de registro de
entidades, objetivando:
a.1) o intercâmbio de informações cadastrais;
a.2) a integração dos respectivos cadastros; e
a.3) a prática de atos cadastrais no CNPJ;
b) o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), objetivando
cooperação técnica ou transferência, em meio eletrônico, de informações relativas ao CNPJ.
Os convênios observam modelo aprovado pela RFB.

Na hipótese de convênio celebrado com órgãos de registro, de que trata a letra "a", a entidade
pode ser dispensada da apresentação dos documentos arquivados nos referidos órgãos.

Para efeito de implantação do convênio, o convenente deve, previamente:


I - proceder à adequação da legislação relativa ao seu cadastro de entidades às normas do
CNPJ;
II - implantar estrutura de comunicação de dados que permita conexão com o sistema
eletrônico do CNPJ, observados os padrões estabelecidos pela RFB;
III - prover local e pessoal para atendimento ao público; e
IV - compatibilizar seus cadastros com o CNPJ.
O cumprimento das exigências supramencionadas deve ser verificado previamente à celebração
de convênios entre a RFB e:
1) as administrações tributárias dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive
suas autarquias, e órgãos e entidades da Administração Pública Federal:
a) pela Coordenação-Geral de Gestão de Cadastros (Cocad) da RFB, quanto aos itens I, III
e IV supra; e
b) pela Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação (Cotec) da RFB, quanto ao item
II;
2) os órgãos de registro de entidades:
a) pela Equipe de Cadastro (ECD) da Superintendência Regional da Receita Federal do
Brasil (SRRF) da respectiva jurisdição, quanto ao item III; e
b) pela Divisão de Tecnologia da Informação (Ditec) da SRRF da respectiva jurisdição,
quanto ao item II.

Notas
(1) Considera-se atendida a condição de que trata o item I pela prévia edição, no âmbito
do Estado, do Distrito Federal ou do Município, de ato legal ou normativo que recepcione
as normas do CNPJ, a partir da vigência do convênio.
(2) Previamente ao início da vigência do convênio, a RFB deve promover treinamento
básico quanto aos procedimentos e à utilização dos aplicativos referentes ao CNPJ para os
funcionários do convenente.
(3) O disposto nos itens I e IV não se aplica aos órgãos de registro.

(Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 , arts. 48 e 49)

Sumário
25. PROGRAMA GERADOR DE DOCUMENTOS DO CNPJ

Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.087/2010 , foram aprovados o Programa Gerador de
Documentos do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (PGD CNPJ/Cadastro Sincronizado) e o
Programa Gerador de Documentos do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (PGD CNPJ versão
web).
Os programas referidos neste tópico adotam, para efeito de codificação das atividades
econômicas, a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e possibilitam a geração dos seguintes documentos:
I - Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica (FCPJ);
II - Quadro de Sócios e Administradores (QSA);
III - Ficha Específica, de interesse do órgão convenente; e
IV - Documento Básico de Entrada (DBE) ou Protocolo de Transmissão.
Foram aprovados também:
I - o Aplicativo Classificador do Objeto Social (versão web);
II - o Aplicativo Visualizador de Atos Cadastrais do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
(versão web);
III - o Aplicativo Visualizador/Deferidor pelas Juntas Comerciais (versão web);
IV - o Aplicativo Visualizador/Deferidor pelos Cartórios de Registro Civil das Pessoas Jurídicas
(versão web);
V - o Aplicativo Consulta de Remessa (versão web); e
VI - o Aplicativo Deferidor de Convenentes (versão web).
O aplicativo a que se refere o item I possibilita a identificação da CNAE com base na descrição do
objeto social, previamente à solicitação cadastral, para o convenente que assim o definir.

Os aplicativos a que se referem aos itens II, IV e VI são de acesso e uso da Secretaria da RFB e
dos entes conveniados, mediante utilização de certificação digital ou de senha específica.

O aplicativo a que se refere o item III é de acesso e uso da RFB e das Juntas Comerciais
conveniadas, mediante utilização de certificação digital ou de senha específica.

O aplicativo a que se refere o item IV é de acesso e uso da RFB e dos Cartórios de Registro Civil
das Pessoas Jurídicas conveniados, mediante utilização de certificação digital ou de senha
específica.

Os programas e aplicativos aprovados por esta Instrução Normativa são de livre reprodução e
estão disponíveis no site da RFB na Internet.

As instruções de preenchimento e os modelos relativos aos programas e aplicativos referidos


neste tópico constam da Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014 .

Nota
De acordo com a Secretaria da RFB, a prática de atos perante o CNPJ deve ser efetuada
exclusivamente por meio da Internet.
Pode ser utilizado o aplicativo de Coleta Offline, Programa Gerador de Documentos do CNPJ (PGD
CNPJ), junto com a versão mais atualizada do ReceitaNet ou o aplicativo de Coleta Online,
Programa Gerador de Documentos do CNPJ (CNPJ versão web) - todos disponíveis no site da RFB.
O aplicativo de Coleta Offline do Programa Gerador de Documentos do CNPJ (PGD CNPJ), poderá
ser utilizado em todo o País, com exceção dos seguintes Estados: Ceará, Espírito Santo,
Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Nesses Estados, somente poderá ser
utilizado o aplicativo de Coleta Online - Programa Gerador de Documentos do CNPJ (CNPJ versão
web).
Para o Estado de São Paulo, destacamos que, conforme procedimento estabelecido pela
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cesteb), o contribuinte deverá obter a Licença de
Instalação previamente ao envio da solicitação e do registro na Junta Comercial do Estado de São
Paulo (JUCESP). Os campos "Protocolo Cetesb" e "Licença CETESB" deverão ser preenchidos com
os números obtidos na CETESB e não poderão mais ser preenchidos com 11111111 e 2222222.
Dessa forma, a inscrição estadual volta a ser concedida com o status "Ativa".

(Instrução Normativa RFB nº 1.087/2010 )

Sumário
26. COMITÊS FINANCEIROS DE PARTIDOS POLÍTICOS E DE CANDIDATOS A CARGOS
ELETIVOS

Sobre a inscrição no CNPJ dos comitês financeiros de partidos políticos e de candidatos a cargos
eletivos, veja o procedimento sob o título Comitês Financeiros de Partidos Políticos

Legislação Referenciada

Decreto nº 3.724/2001

Decreto-lei nº 1.455/1976

Instrução Normativa nº 1.470/2014

Instrução Normativa CVM nº 325/2000

Instrução Normativa RFB nº 1.087/2010

Instrução Normativa RFB nº 1.183/2011

Instrução Normativa RFB nº 1.470/2014

Instrução Normativa Conjunta RFB/TSE nº 1.019/2010

Instrução Normativa Conjunta RFB/TSE nº 1.179/2011

Instrução Normativa Conjunta RFB/TSE nº 1.480/2014

Instrução Normativa SRF nº 179/1987

Instrução Normativa SRF nº 200/2002

Lei Complementar nº 123/2006

Lei nº 10.406/2002

Lei nº 10.931/2004

Lei nº 4.320/1964

Lei nº 6.404/1976

Lei nº 8.212/1991

Lei nº 8.935/1994

Lei nº 8.981/1995

Portaria RFB nº 1.880/2013

Protocolo de Cooperação nº 1/2004

Resolução CGSIM nº 16/2009

Solução de Consulta Cosit nº 121/2014

Solução de Consulta Cosit nº 148/2014

Solução de Consulta Cosit nº 222/2014

Solução de Consulta Cosit nº 27/2013

Solução de Consulta Cosit nº 30/2013

Solução de Consulta Cosit nº 8/2011

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