Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Centro de Tecnologia
Curso de Engenharia Química
Ensaios Mecânicos
Relatório de aula prática
Fortaleza - CE
08 de junho de 2018
Sumário
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................3
6 CONCLUSÃO.........................................................................................................11
2
Ensaios Mecânicos
1. Introdução
2. Testes de tração
Uma máquina de tração consiste de uma estrutura que transporta uma cruzeta
móvel. A peça de ensaio de tração, aparafusada ou presa entre as garras, de acordo com
a sua geometria, é fixada na sua parte inferior na base da máquina e na sua parte
superior na travessa móvel (no caso de uma máquina mecânica) ou cilindro de tração
(no caso de uma máquina hidráulica). Mover a cabeça cruzada para cima alcança a
tração. Uma máquina de tração possui uma célula de carga, o que possibilita medir a
força aplicada à amostra e o deslocamento da amostra pode ser monitorado de várias
maneiras. Os dispositivos experimentais são geralmente dependentes e podem ser
controlados em velocidade de rampa, carga constante, velocidade constante de
deformação. De acordo com o que pode ser proposto pelo sistema de direção.
4
teste. As dimensões da amostra são padronizadas, o que não impede o uso de outras
formas de teste.
Amostras cilíndricas são geralmente obtidas por meio de torneamento. As peças de
teste planas podem ser obtidas serrando uma folha e depois moendo . As peças de teste
são frequentemente retiradas de uma sala real ou de um espaço em branco (lingote,
folha, perfil). Neste caso, o local onde a amostra é retirada e a direção da amostragem
têm uma importância: o material é frequentemente heterogêneo e anisotrópico . Isso
coloca o problema da representatividade do teste ( amostragem ).
No entanto, o teste só faz sentido se o próprio espécime é homogêneo, sendo
geralmente garantido pelo seu tamanho pequeno em comparação com as variações de
propriedades do material. Além disso, para a análise do resultado, geralmente é
considerado isotrópico.
3. Diagrama tensão-deformação
5
Já os materiais frágeis, como ferro fundido, vidro e pedra, são caracterizados por
uma ruptura que ocorre sem nenhuma mudança sensível no modo de deformação do
material. Então, para os materiais frágeis não existe diferença entre tensão última e tensão
de ruptura. Além disso, a deformação até a ruptura é muito menor nos materiais frágeis
do que nos materiais dúteis.
Para a maioria dos metais que são solicitados em tração e com níveis de tensão
relativamente baixos, a tensão e a deformação são proporcionais de acordo com a relação
abaixo.
σ = Eε
6
A lei de Hooke só vale até um determinado valor de tensão, denominado limite de
proporcionalidade, a partir do qual a deformação deixa de ser proporcional a carga
aplicada. Muitas vezes, considera-se que o limite de proporcionalidade coincide com o
limite de elasticidade.
3.3. Estricção
7
4. Parte A - Ensaio mecânico - Materiais Metálicos
d) A tensão de ruptura.
A tensão de ruptura é o último valor mostrado no gráfico de tensão deformação,
logo é aproximadamente 147Mpa.
e) A resistência do escoamento (𝜎𝑦 ).
Segue-se o traçado da linha reta paralela a curva de subida no gráfico, logo temos
que a resistência é aproximadamente:
𝝈𝒚 = 𝟏𝟔𝟎𝑴𝑷𝒂
𝒍−𝒍𝒐 𝟏𝟓𝟎.𝟏𝟎𝟔
Sabendo que 𝜺 = , onde 𝜺 = .
𝒍𝒐 𝟑𝟎.𝟏𝟎𝟗
𝒍−𝟒
𝟓. 𝟏𝟎−𝟑 = , 𝒂𝒔𝒔𝒊𝒎 𝒍 = 𝟒, 𝟎𝟎𝟒 𝒎
𝟒
8
5. Parte B - Ensaio mecânico - Materiais Cerâmicos
Observe nas planilhas anexas os valores de carga para os corpos de prova cerâmicos,
feitos de amostra de argilas desconhecidas, ensaiado a cru e após queima em duas
temperaturas (900 e 1100ºC).
a) Determine os respectivos módulos de ruptura em kgf/cm² (equação abaixo).
𝟑𝑭𝑳 𝑽𝑳 𝒙 𝑭𝑻
𝐌ó𝐝𝐮𝐥𝐨 𝐝𝐞 𝐑𝐮𝐩𝐭𝐮𝐫𝐚 = =
𝟐𝒃𝒅² 𝑳 𝒙 𝑬²
Cru
Ensaios L E VL X FT Módulo de Ruptura
I 2,18 1,09 62 23,93768788
II 2,18 1 80 36,69724771
III 2,17 0,99 60 28,21117191
IV 2,18 0,98 48 22,92622722
V 0 0 0
Média Módulo de Ruptura = 26,07
900 ° C
Ensaios L E VL X FT Módulo de Ruptura
I 2,11 0,97 228 114,844162
II 2,13 0,77 234 185,2912041
III 2,15 0,82 246 170,1644923
IV 2,16 0,96 210 105,4928627
V 2,15 0,95 294 151,5171037
Média Módulo de Ruptura = 151,52
1100 ° C
Ensaios L E VL X FT Módulo de Ruptura
I 2,04 0,92 447 258,8819082
II 2,04 0,95 432 234,6423334
III 2,05 0,91 441 259,7777457
IV 2,03 0,91 402 239,1372499
V 2,06 0,97 402 207,4031577
Média Módulo de Ruptura = 239,14
c) Sugira quais produtos de cerâmica vermelha podem ser elaborados com a argila testada,
baseado nos parâmetros da tabela abaixo:
Uma vez que o módulo de ruptura é maior do que os da cerâmica vermelha em todas
as situações propostas, a argila testada pode ser utilizada em qualquer material.
9
VALORES LIMITES RECOMENDADOS
(Ensaio Padronizado) – Persio de Souza Santos – USP/IPT
TIJOLO TIJOLO
TELHA LADRILHO
ALVENARIA FURADO
MOR CRU
15 25 30 xxx
(mínimo) kgf/cm²
MOR após
QUEIMA 20 55 65 xxx
(mínimo) kgf/cm²
*MOR – Módulo de ruptura
10
6. Conclusão
Cada material possui características próprias como dureza, fragilidade,
resistência, impermeabilidade e tensão. As propriedades mecânicas aparecem quando o
material está sujeito a esforços de natureza mecânica. Isso quer dizer que essas
propriedades determinam a maior ou menor capacidade que o material tem para transmitir
ou resistir aos esforços que lhe são aplicados. Essa capacidade é necessária não só durante
o processo de fabricação, mas também durante sua utilização.
Do ponto de vista da indústria mecânica, esse conjunto de propriedades é
considerado o mais importante para a escolha de uma matéria-prima. Assim como feito
na parte B da atividade proposta, em que o módulo de ruptura de uma argila foi
comparado com o de outro material, a cerâmica vermelha.
As propriedades mecânicas dos materiais são verificadas pela execução de ensaios
cuidadosamente programados, que reproduzem o mais fielmente possível as condições de
serviço. Durante a visita ao Laboratório de Metalurgia e Materiais foi possível observar
como esses testes são realizados na prática de fabricação. Dentre os fatores a serem
considerados nos ensaios incluem-se a natureza da carga aplicada, a duração de aplicação
dessa carga e as condições ambientais. A carga pode ser de tração, compressão ou
cisalhamento, e a sua magnitude pode ser constante ao longo do tempo ou então flutuar
continuamente.
Um dos ensaios mecânicos de tensão-deformação mais usados é executado sobre
carga de tração. O ensaio de tração consiste na aplicação gradativa de carga de tração
uniaxial nas extremidades de um corpo de prova especificado. Sendo preciso a
compreensão da tensão-deformação de cada material e de suas características de
interpretação como a tensão limite, resistência máxima e a estricção. Essas definições e
suas aplicações foram abordadas na parte A da atividade, por meio da análise da
resistência mecânica do cobre.
Portanto, tem-se que os testes realizados diferem um pouco do presente na
literatura, uma vez que há fatores que interferem no seu cálculo. Porém funcionam como
boas aproximações e podem ser utilizados como base de cálculo.
11