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Veículos de 2 rodas: comparação da realidade Brasil e Portugal

Araújo, Alexandre Sampaio


up201709655@fe.up.pt
Costa, Jonatã da Silva
up201700403@fe.up.pt
Garreto, Carolina Gomes Araújo
up201700398@fe.up.pt
Rosado, Ana Sophia Gaio Meireles
up201700016@fe.up.pt
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

RESUMO: Os acidentes de trânsito são problema de saúde pública no mundo. Evidentemente medidas de
segurança na estrada, sistemas de engenharia para segurança veicular, formação e informação dos condutores e
pedestres são cada vez mais difundidos. Entretanto, apesar de todos os esforços, o número de acidentes de
trânsito ainda é assustador, haja vista as consequências muitas vezes graves e fatais. O índice de acidentes nas
estradas é mais notado em países em desenvolvimento, exemplo disso é o Brasil que está entre os países com
maior número de mortes por acidente de trânsito. Portugal, apesar de fazer parte da Comunidade Europeia e
ser um país com estradas em bom estado de conservação e com frota veicular relativamente nova, ainda tem
alto índice de acidentes nas estradas. Foi realizada pesquisa acerca da estatística de sinistralidade em veículos
de duas rodas no Brasil e em Portugal; foi dado ênfase aos veículos de duas rodas, pois a gravidade destes
acidentes tende a ser maior, uma vez que o corpo do condutor é sua própria barreira de proteção. Por fim,
considerou-se algumas boas práticas para evitar a ocorrência de acidentes e minimizar a gravidade em caso de
sinistro.
1 INTRODUÇÃO especialmente de motocicletas. O aumento da frota
Os acidentes de trânsito estão entre os maiores de veículos associado ao precário sistema rodoviário
problemas de saúde pública em escala mundial. gera acidentes, muitas vezes fatais (Ministério da
Acometem as faixas etárias mais jovens e produtivas Saúde, 2015).
da população, com enormes repercussões Em Portugal, entre janeiro e agosto de 2017, foram
econômicas, sociais e emocionais (Martins, Boing, & 90 as vítimas mortais resultantes de acidentes com
Peres, 2013). motocicletas, um valor quase duas vezes superior ao
Em estudos de segurança de trânsito costuma-se registado em igual período de 2016 (48 vítimas
agrupar os fatores contribuintes à ocorrência de mortais) e o mais alto desde 2012 (Marcário, 2017).
acidentes em três categorias: a) humano, b) veículo e Ainda sobre Portugal, os dados estatísticos mostram
c) via e meio ambiente. Em análise de dados que na última década foi que mais contabilizou
estatísticos, percebe-se que os fatores relacionados vítimas de acidentes de trânsito, acredita-se que é
ao componente humano predominam nos acidentes resultado do maior uso de veículos motorizados de
com motocicletas (CUNTO, 2013). duas rodas, sendo que a velocidade é o maior
Os grupos mais vulneráveis no trânsito são os causador de acidentes e é o fator principal para a
pedestres, ciclistas e motociclistas, e mais de 90% ocorrência de mortes no trânsito.
das mortes por acidentes de trânsito ocorrem em Ressalta-se que o número de vítimas mortais
países de baixo ou médio índice de desenvolvimento. contabilizadas são as que efetivamente perdem a vida
O Brasil é o 5º país no mundo em mortes por no local do acidente. Não há dados estatísticos reais
acidente de trânsito, com aproximadamente 45 mil sobre acidentados que são atendidos posteriormente
mortes ao ano. A violência envolvendo em hospitais e que falecem em consequência do
particularmente motociclistas está se tornando uma infortúnio. Portanto, o número de vítimas mortais é
epidemia no país. superior aos números contabilizados oficialmente.
O relatório da Autoridade Nacional de Segurança Esse fato comprova que veículos, especialmente os
Rodoviária, o número de vítimas mortais e feridos é de duas rodas, são máquinas mortíferas e que a
o mais alto da última década (Revista de Imprensa, conscientização acerca da responsabilidade e
2017). educação no trânsito são fundamentais.
Pode-se associar o aumento dos acidentes de trânsito
1.1 Definições
ao período de estabilização econômica no país. A
economia estabilizada propicia o aumento da renda É importante esclarecer algumas definições, acerca
per capita, que incentiva o consumo. No mesmo da sinistralidade no trânsito, pois há semelhanças e
período, houve crescimento no comércio de veículos, diferenças quando se tratam de dois países. Sendo
assim, tratar-se-á como definição portuguesa a que pessoa envolvida nesse acidente. Não é considerada a
se refere as definições exclusivamente de Portugal, quantidade de vítimas. O índice possui 3 categorias:
brasileira as definições exclusivamente do Brasil e sem vítimas; com vítimas não fatais; com vítimas
definição comum as que forem iguais para ambos os fatais.
países Índice Médio de Gravidade (IMG) – Índice que
Definições portuguesas: permite comparar grupos diferentes de acidentes
Acidente: Ocorrência na via pública ou que nela tendo como parâmetros o Índice de Gravidade (IG) e
tenha origem envolvendo pelo menos um veículo em a quantidade de acidentes conforme a causa atribuída
movimento, do conhecimento das entidades ao comportamento do condutor. Indica, portanto, as
fiscalizadoras (GNR, GNR/BT e PSP) e da qual causas de acidentes mais letais. (IMG = ∑ IG ÷
resultem vítimas e/ou danos materiais. quantidade de acidentes)
Acidente com vítimas: Acidente do qual resulte pelo Soma Móvel – indica a quantidade de acidentes nos 5
menos uma vítima. km em torno do quilômetro indicado. Exemplo: se
Acidente mortal: Acidente do qual resulte pelo no km 150, indicado no gráfico, o número é 88, isso
menos um morto. significa que, entre os quilômetros 147,5 e 152,5 da
Acidente com feridos graves: Acidente do qual rodovia ocorreram 88 acidentes.
resulte pelo menos um ferido grave, não tendo Vítima Fatal– a pessoa que morre no local do
ocorrido qualquer morte. acidente.
Acidente com feridos leves: Acidente do qual resulte Vítima Ferida – a pessoa que tem ferimento de
pelo menos um ferido leve e em que não se tenham natureza leve ou grave conforme a avaliação
registado mortos nem feridos graves. preliminar do socorrista ou policial.
Vítima: Ser humano que em consequência de Ileso – pessoa que não sofreu ferimento no local
acidente sofra danos corporais. do acidente.
Morto/Vítima mortal (no local): Vítima cujo óbito Ignorado – pessoa sem informação sobre o estado
ocorra no local do acidente ou durante o percurso dela no local do acidente. (Atlas da Acidentalidade
até à unidade de saúde. no Transporte Brasileiro. Definições e Legendas.
Morto/Vítima mortal a 30 dias: Vítima cujo óbito Programa Volvo de Segurança no Trânsito. 2016.
ocorra no período de 30 dias após o acidente. https://www.atlasacidentesnotransporte.com.br/sobre
Ferido grave: Vítima de acidente cujos danos /definicoes-e-legenda. Data da pesquisa: 17/05/2018)
corporais obriguem a um período de hospitalização Definições que são comuns:
superior a 24 horas e que não venha a falecer nos 30 Condutor: Pessoa que detém o comando de um
dias após o acidente. veículo ou animal na via pública.
Ferido leve: Vítima de acidente que não seja Passageiro: Pessoa afecta a um veículo na via pública
considerada ferido grave e que não venha a falecer e que não seja condutora.
nos 30 dias após o acidente. Vítima fatal e acidente com vítimas, em ambos os
Peão: Pessoa que transita na via pública a pé ou que casos trata-se de acidente de trânsito com pelo
conduza a mão velocípedes de duas rodas sem carro menos uma vítima que veio a óbito.
atrelado, carros de crianças ou de pessoas com No caso de vítimas feridas, o Brasil adota uma só
deficiência motora, carros de mão ou que utilize expressão tanto para feridos graves, quanto para
patins, trotinetes ou outros meios de circulação feridos leves; Portugal faz a distinção entre a
análogos, sem motor, cadeiras de rodas equipadas gravidade da lesão sofrida.
com motor elétrico ou ainda as crianças até aos 10 No tocante ao índice de gravidade, o Brasil divide os
anos de idade que conduzam velocípedes nos acidentes em acidentes sem vítimas, com vítimas
passeios. feridas e com vítimas fatais. Portugal demonstra o
Índice de gravidade: Número de mortos por 100 índice utilizando o número de mortos a cada 100
acidentes com vítimas. acidentes. Há, por outro lado, o indicador de
Indicador de gravidade: IG = 100xM + 10xFG + gravidade que é um cálculo no qual são considerados
3xFL, em que M é o número de mortos, FG o de os mortos, os feridos graves e os feridos leves. No
feridos graves e FL o de feridos leves. país americano não se usa indicador de gravidade,
Ponto negro: Lanço de estrada com o máximo de tão somente o índice.
200 metros de extensão, no qual se registou, pelo Soma móvel e ponto negro indicam locais na estrada
menos, 5 acidentes com vítimas, no ano em análise, e com alto índice de acidentes. Entretanto, a forma de
cuja soma de indicadores de gravidade é superior a contagem é diversa. Na soma móvel, considera-se a
20 (Autoridade Nacional Segurança Rodoviária, quantidade de acidentes em 5km de estrada; o ponto
2017). negro considera pelo menos 5 acidentes em 200m de
Definições brasileiras: estrada.
Índice de Gravidade (IG) – índice arbitrado que Portugal utiliza mais definições técnicas que o Brasil,
estima a gravidade do resultado de um acidente em sendo algumas de significado muito próximos,
relação ao estado de saúde “mais grave” de uma conforme exemplificado acima. Entretanto, a
estatística realizada tem por foco principal a Há os modelos impermeáveis, que repelem a água e
ocorrência de acidentes e de vítimas fatais ou não. impedem que o motociclista fique encharcado ao
enfrentar a chuva - mas que, ao mesmo tempo, são
desconfortáveis em dias quentes.
2 EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA Já os modelos ventilados permitem a circulação do ar
ESSENCIAIS PARA OS MOTORISTAS e ajudam a baixar a temperatura do corpo do
motociclista no calor, com a motocicleta em
É consenso que a velocidade é dos vilões na movimento. Contudo, não são ideais para dias
ocorrência de acidentes de trânsito e no que chuvosos.
concerne a gravidade. Por esse motivo é essencial a É interessante optar pelos modelos reforçados, pois
responsabilidade de todos os condutores e peões nas incluem proteções nos cotovelos, ombros e costas
vias públicas. (caso das jaquetas) e na cintura e joelhos (calças).
No caso dos motociclistas há de ser ter atenção
especial, haja vista que seu corpo está diretamente
2.3 Protetor de Coluna
exposto no caso de impactos em quedas ou colisões,
bem como a ação do sol, chuva e vento. Some-se as Equipamento usado sob a jaqueta protege
altas velocidades que pode ser atingida por muitos principalmente a porção torácica e lombar da coluna
desses veículos, fator que agrava o resultado final em vertebral. De extrema importância seu uso, haja vista
um acidente. que essa região do corpo quando lesionada pode
Portanto, o uso dos equipamentos de segurança causar transtornos irreversíveis ao indivíduo.
adequados é essencial para quem se desloca em duas
rodas.
2.4 Capa de chuva
Veja abaixo os equipamentos mais utilizados pelos
motociclistas (no Brasil): O cenário ideal é ter dois tipos de vestimenta, um
 Capacete: 99% impermeável e outro ventilado, para uso conforme a
 Jaqueta: 53% situação climática.
 Luva: 50% Sendo inviável a aquisição dos dois tipos, pois esses
 Bota: 32% produtos são usualmente caros, o consultor
 Roupa impermeável: 31% recomenda um conjunto de jaqueta e calça
 Calças reforçadas com proteções: 22% ventiladas, mantendo sempre à mão uma capa de
 Mochilas especiais: 20% chuva.
 Proteção de coluna/peitoral: 9% É importante ter preferência para cores claras e
 Macacão completo: 8,5% chamativas, pois esse equipamento será utilizado em
*pesquisa online – Marcado Livre – com uma condições de maior risco: visibilidade reduzida e
base de 306 motociclistas asfalto molhado.
As cores auxiliam na visualização, que reduz a
possibilidade de acidentes e atropelamentos.
2.1 Capacete
O uso do capacete é obrigatório por lei em Portugal
2.5 Luvas
e no Brasil. O equipamento deve ser reconhecido por
autoridade competente de cada país, a fim de Muitos motociclistas deixam de usar as luvas sob
certificar a eficácia. alegação de que tem a sensibilidade reduzida.
O capacete é o mais importante equipamento de Entretanto, trata-se de uma questão de hábito.
segurança do motociclista - ele realmente pode salvar Há de haver a conscientização para a proteção das
a vida em caso de acidente. Pode-se considerar, mãos em caso de queda e, também, para proteger as
portanto, que a sua aquisição não é um gasto, mas mãos nos dias mais frios, principalmente em trajetos
um investimento. mais longos ou viagens.

2.2 Jaqueta e calça 2.6 Calçados


Apesar de não ser obrigatório, o seu uso é Os pés e tornozelos são a parte mais vulnerável do
aconselhável por motivos de segurança, pois protege motociclista em um acidente depois da cabeça. Por
o motociclista da abrasão do asfalto em caso de esse motivo o motorista jamais deve pilotar descalço,
quedas. E, embora poucos se apercebam, também usando sandálias ou chinelos.
são fundamentais para evitar que os membros fiquem É importante, também, que o calçado proteja até
expostos diretamente aos raios ultravioletas - o que, acima do tornozelo, sendo recomendado o uso de
a médio-longo prazo, é um fator de risco para o botas ou tênis de pilotagem, que é reforçado
surgimento de câncer de pele. especialmente para esse fim.
É importante lembrar que, assim como os demais
equipamentos, o calçado só será eficaz se estiver bem
ajustado ao corpo.
Por fim, é recomendável investir em um calçado
impermeável, se possível. Caso não seja viável, há
capas impermeáveis específicas para cobrir os
calçados.
Outro ponto importante a ressaltar acerca do uso de
calçados, bem como de luvas, é que os pés e as mãos
são constituídos por inúmeros ossos, que dificultam a
recuperação em caso de fraturas e aumentam a
possibilidade de sequelas permanentes em tais
membros. Por esse motivo, a educação e
conscientização para o uso de todos os equipamentos
de proteção é fundamental.

2.7 Pescoceira e Balaclava


São dois itens que aumentam o conforto e a
segurança do motociclista, protegendo o pescoço do
vento e do frio, bem como contra linhas de pipa ou
eventuais detritos que possam atingir essa região.
A balaclava, que também cobre a testa e toda a
cabeça, ajuda a reter o suor, contribuindo para uma
maior higiene do capacete e o aumento de sua vida Imagem 1: Equipamentos de proteção individual para
útil. motociclistas (Senado Federal, 2012)

3 ESTATÍSTICA DE ACIDENTES DE
2.8 Segunda pele TRÂNSITO NO BRASIL
Especialmente recomendado para as épocas mais Em Janeiro de 1998 a legislação para conseguir
frias do ano e em viagens, a segunda pele protege o licença para dirigir – carteira nacional de habilitação /
corpo. São bastante finas e justas, mas que, apesar CNH – tornou-se mais rígida. Além da prova escrita
disso, conseguem manter o corpo aquecido e usadas e demais exames já exigidos anteriormente, passou-
por baixo da roupa normal, elas não comprometem a se a exigir frequência em curso sobre educação e
mobilidade do motociclista. Ademais, aumentam a regras de trânsito, a fim de conscientizar os
proteção da pele em caso de queda ou acidente motoristas.
(Revista Auto Esporte, 2016). Em 2008 entrou em vigor a “lei seca” no país, com o
objetivo de estabelecer alcoolemia zero. É
importante salientar que o Código de Trânsito é
anterior, última alteração em 23/09/1997, e já previa
o crime de embriaguez ao volante, punindo
motoristas que dirigiam sob a influência de álcool ou
substâncias análogas.
Entretanto, a chamada “lei seca” implantada com
maior rigidez em 2008 auxiliou efetivamente na
redução estatística de acidentes de trânsito. A
finalidade da lei é disseminar uma mudança na
cultura social, para que motoristas deixassem
efetivamente de conduzir após a ingestão de bebidas
alcoólicas.
O balanço do Ministério da Saúde mostrou que
registros de mortes e de internações pelo SUS de
pessoas acidentadas no trânsito reduziram em 22,5%,
logo após a implantação da lei seca (Silva, 2009) .
Nas estradas brasileiras cerca de 45 mil pessoas
perdem suas vidas todos os anos. O Ministério da
Saúde considera a violência no trânsito envolvendo
especialmente motociclistas uma epidemia.
Dados preliminares do Ministério da Saúde apontam em relação a 2008. Esse valor não inclui custos com
que, em 2013, os acidentes com motocicletas reabilitação, medicação e o impacto em outras áreas
resultaram em 12.040 mortes, o que corresponde a da saúde.
28% dos mortos no transporte terrestre. Nos últimos
3.2 Perfil das vítimas
seis anos, as internações hospitalares no Sistema
Único de Saúde (SUS) envolvendo motociclistas Segundo Sistema de Vigilância de Violências e
tiveram um crescimento de 115% e o custo com o Acidentes (VIVA 2011), que traça o perfil das
atendimento a esses pacientes de 170,8% (Ministério vítimas de violências e acidentes atendidas em
da Saúde, 2015). serviços de urgência e emergência do Sistema Único
Contudo, apesar da rigidez da lei e da aplicação de de Saúde em capitais brasileiras, 78,76% das vítimas
multas altas, as motocicletas continuam sendo o de acidente de transporte terrestre envolvendo
grande problema da violência no trânsito brasileiro. A motociclista são homens, na faixa etária de 20 a 39
frota nacional corresponde a aproximadamente 27% anos. Entre os motociclistas ouvidos, 19,6%
dos veículos e concentram mais de 75% das informaram o uso de bebida alcoólica antes do
indenizações pagas às vítimas, dentre as quais mais acidente e 19,7% estavam sem capacete.
de 80% corresponde a indenizações para vítimas de “Os acidentes pegam uma faixa etária delicada da
invalidez permanente e 5% referente a vítimas fatais, população. Para um país que está envelhecendo,
segundo números do DPVAT (Seguro de Danos essas pessoas impactam muito, já que estão em sua
Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via idade produtiva. Esses acidentes interferem no
Terrestre). sistema de saúde, na previdência, no trabalho e,
Outro dado alarmante são os números do DPVAT, principalmente, na vida pessoal do indivíduo”,
segundo o qual mais de 50% das vítimas tinham entre lembrou o ministro.
18 e 34 anos, ou seja, eram economicamente ativos Em 2010, o Ministério da Saúde implantou o Projeto
(Soares, 2017). Vida no Trânsito com o objetivo de reduzir os casos
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresentou de mortes e feridos em decorrência de acidentes no
algumas das iniciativas em discussão durante a 68ª trânsito. Entre as ações do projeto está a realização
Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, realizada de campanhas educativas e a qualificação dos
em 18 de maio de 2015. “Não dá mais para não agir sistemas de informação sobre acidentes, feridos e
na dimensão preventiva dos acidentes com vítimas fatais.
motocicletas. É preciso propor novas medidas e Com o banco de dados atualizado, os gestores de
elevar essa discussão a um problema de saúde saúde podem identificar os fatores de risco e as
pública. Algumas propostas em estudo são a vítimas mais vulneráveis nos respectivos municípios,
obrigatoriedade de apresentação da habilitação no assim como os locais onde o risco de acidente é
momento da compra da motocicleta, por exemplo, e maior. Desde a implantação do projeto, já foram
a possibilidade de financiamento do capacete como liberados cerca de R$ 41,3 milhões para as
um equipamento de proteção individual, atividades. Em 2012, o Ministério autorizou o
possibilitando a venda do item de segurança junto do repasse de R$ 12,8 milhões e, em 2013, foram
veículo”, exemplificou o ministro da Saúde, Arthur repassados R$ 13,5 milhões para as capitais dos 26
Chioro. estados e o Distrito Federal (Ministério da Saúde,
2015).
3.1 Números
Segundo o Sistema de Informações sobre
3.3 Estatísticas do Ministério da Saúde
Mortalidade do Ministério da Saúde, o Brasil
registrou 4.292 mortes de motociclistas em 2003, Segundo a base de dados DATASUS, do Ministério
número 280% menor do que o registrado 10 anos da Saúde, sobre as vítimas de acidentes de trânsito
depois (12.040). Parte do aumento de acidentes no Brasil, tem-se os seguintes dados estatísticos:
envolvendo motocicletass se deve ao crescimento
vertiginoso da frota no país. Entre 2003 e 2013, o
número de motocicletas aumentou 247,1%, enquanto
a população teve um crescimento de 11%.
De 2008 a 2013, o número de internações devido a
acidentes de transporte terrestre aumentou 72,4%.
Considerando apenas os acidentes envolvendo
motociclistas, o índice chega a 115%. Em 2013, o
SUS registrou 170.805 internações por acidentes de
trânsito e R$ 231 milhões foram gastos no Imagem 2: Dados sobre as vítimas fatais por ano . (Vias
atendimento às vítimas. Desse total, 88.682 foram Seguras, 2017)
decorrentes de motocicletas, o que gerou um custo
ao SUS de R$ 114 milhões – crescimento de 170,8%
Imagem 5: feridos em acidentes de trânsito por tipo de veículo
(Madeiro, 2016)

Segundo estudo feito pelo Observatório Nacional de


Segurança Viária, houve aumento progressivo de
acidentes com motocicleta até 2011. A partir de
então, os números de acidentes com vítimas se
estabilizou, contudo o índice ainda é alto.

3.4 Dados sobre os feridos


As estatísticas do Ministério fornecem também dados Imagem 6: Acidentes de motocicletas no Brasil (Motonline,
sobre as internações por causas externas. O gráfico 2018)
abaixo mostra a evolução do número de vítimas de É dramático afirmar também que o Brasil não tem
acidentes de trânsito hospitalizadas. dados estatísticos que demonstrem o número de
O gráfico abaixo mostra a evolução, de 2005 a 2015 lesionado permanentes gerado pelos acidentes de
para o Datasus e de 2005 a 2017 para o DPVAT, de trânsito. Segundo estimativas, eles são de oito a dez
dois indicadores referentes aos feridos que sofreram pessoas para cada vítima fatal registrada. Esses
lesões graves: lesionados causam, além do drama pessoal e da
completa mudança da rotina da família, gastos
Imagem 3: Estatísticas de feridos graves em acidentes de infinitos para a Previdência e para o Sistema de
trânsito. (Vias Seguras, 2017) Saúde Pública. E ainda, segundo o Ministério de
Trabalho, o acidente de trânsito é o principal motivo
Não foi possível encontrar dados contendo de afastamento do empregado.
informações absolutamente confiáveis no Brasil, essa
hipótese pode ser devido a extensão territorial e a
precariedade de informações existentes em algumas
localidades. Entretanto, foi possível encontrar uma
tabela com dados estatísticos de mortes e feridos por
acidentes de trânsito, discriminando os tipos de
veículos envolvidos.

Imagem 4: Mortes em acidentes de trânsito por tipo de veículo


(Madeiro, 2016)
Portugal, documento do qual foram extraídos os
gráficos abaixo colacionados.

Imagem 7: Comparativo de mortes por modal (Motonline,


2018)

3.5 Acidentes com motocicletas Imagem 8: Número de vítimas mortais e feridos graves dentro
Perfil de vitimados segundo o DPVAT (Previdencia das localidades
Social, 2016):
 Maioria de indenizações são pagas aos
homens (75,0%);
 Faixa de idade dos 25 a 34 anos (ambos os
sexos);
 76,0% das indenizações destinadas a
acidentados em motocicleta (Seguradora
Líder/DPVAT, 2014).

4 ESTATÍSTICA DE ACIDENTES DE
TRÂNSITTO EM PORTUGAL
Segundo relatório da Organização Mundial de Saúde
(OMS) sobre sinistralidade rodoviária mundial,
Portugal é dos países da Europa ocidental com maior
taxa de mortalidade na estrada, embora tenha Imagem 9: Número de vítimas mortais e feridos graves fora
legislação abrangente sobre segurança rodoviária e das localidades
esteja entre os quatro países do mundo que melhor
classificam a sua aplicação.
O relatório analisa também as políticas de prevenção
rodoviária e indica que apenas um em cada sete
países (28 no total) tem legislação abrangente que
cubra todos os cinco fatores de risco - álcool,
excesso de velocidade, uso de capacete, cintos de
segurança e sistemas de retenção para as crianças.
Destes 28 países, apenas quatro (Estónia, Finlândia,
França e Portugal) consideram a sua taxa de
aplicação como "boa", acrescenta a OMS,
considerando que é preciso fazer mais para garantir a
eficácia das leis.
O relatório também esclareceu que entre 2007 e
2010 o número de mortos em acidentes rodoviários
não sofreu qualquer diminuição significativa. Imagem 10: Utentes de veículos "2 rodas" a motor - Vítimas
Acidentes rodoviários matam 1,24 milhões de Mortais e feridos graves
pessoas por ano, revela relatório da OMS (TVI 24,
2014).
A ANSR – Autoridade Nacional Segurança
Rodoviária, ano a ano realiza relatório com os
principais indicadores de sinistralidade continente -
habilidade necessária para condução deste veículo de
duas rodas; respeitar a sinalização de trânsito; ter
conhecimentos adequados de como conduzir com
segurança, ou seja direção defensiva; utilização de
vestuário de proteção, como capacete e luvas;
realizar manutenção preventiva em especial de pneus
e freios; necessidade de fiscalização efetiva das
condições de segurança dos motociclistas e das
motocicletas; ações no combate a drogas e álcool.
Tais tópicos são essenciais para segurança dos
motociclistas, e percebe-se que todas as práticas são
Imagem 11: Utentes de automóveis ligeiros - Vítimas Mortais de implantação viáveis e imediata (HOFFMANN,
e feridos graves 2013)
Nota-se que a educação e a fiscalização no trânsito
são de extrema importância. Ressalta-se que a
5 REDUÇÃO DOS ACIDENTES DE TRÂNSITO educação deve iniciar desde a infância, com
E BOAS PRÁTICAS conscientização da importância de respeitar os sinais
É certo que enquanto houverem veículos na pista é de trânsito, quando ainda somente pedestres e
impossível alcançar número zero acidentes. passageiros (com o uso de cinto de segurança). A
Entretanto, há medidas viáveis e eficazes de redução educação faz-se desde os primeiros anos de vida.
do número de acidentes de trânsito. Entretanto, para os motoristas de veículos de duas
Merece especial atenção os acidentes que envolvem rodas, ressalta-se algumas medidas de fácil
veículos de duas rodas, devido a gravidade, uma vez implementação e eficazes na segurança.
que o corpo do motorista não está protegido. O Uso do equipamento adequado: o motociclista, por
corpo é a própria proteção. estar com o corpo exposto, deve estar sempre
As motos lideram as estatísticas de violência no equipado com os equipamentos de segurança,
trânsito, apesar de mais ágeis e econômicas. especialmente o capacete, que deve ter o tamanho
Ademais, a associação com álcool, a imprudência e a correto e possuir nele as faixas reflexivas. Para as
negligência faz aumentar o número de acidentes e, mãos, luvas com aderência. Para os pés, calçado com
por consequência, o número de vítimas envolvidas fechamento acima dos tornozelos. Calça jeans ou de
em acidentes. cordura e jaqueta, proteção da coluna e balaclava,
As principais medidas de prevenção são de baixo são fundamentais.
custo e extremamente viáveis, pois envolvem Pense em menos velocidade, mais segurança: O
basicamente educação e fiscalização. excesso de velocidade, independente do meio de
Em maio de 2011 foi lançada a Década de Ação pela transporte, coloca a todos em situações de risco —
Segurança no Trânsito 2011-2020, organizada pela tanto você, quanto os motoristas e passageiros dos
ONU, na qual os governos de países signatários,
demais veículos e, também, os pedestres. Obedecer
inclusive o Brasil (não foi possível confirmar a
às velocidades regulamentadas nas vias é
participação de Portugal) se comprometem a tomar
novas medidas para prevenir os acidentes no trânsito, fundamental para evitar acidentes.
que matam cerca de 1,25 milhão de pessoas por ano. Faça as curvas sempre com cuidado: As curvas,
As medidas de segurança viária propostas são especialmente em condições climáticas especiais,
centradas no indivíduo, ou seja, preveem a segurança trazem perigo de derrapagem. Para evitar os
da pessoa física. acidentes nas curvas, deve-se diminuir inicialmente a
Os cinco pilares propostos pela ONU são: velocidade ao fazê-las, e mantenha-a constante
 Gestão da segurança do trânsito enquanto a motocicleta estiver inclinada. Quando
 Infraestrutura mais segura e mobilidade finalizar a curva, pode gradativamente aumentar a
 Veículos mais seguros velocidade da moto. É muito importante evitar frear
 Usuários mais seguros enquanto a motocicleta estiver inclinada!
 Atendimento às vítimas Não freie bruscamente: Não use os freios da sua
moto de maneira brusca — isso fará com que o peso
Sabe-se que a segurança sobre duas rodas é uma via se desloque para a parte frontal e, assim, poderá
de mão dupla, pois depende da consciência do perder o equilíbrio. Não esqueça de manter o bom
motociclista e do respeito de todos os motoristas. A estado dos pneus da moto, assim como calibrá-los de
primeira e principal atitude para se reduzir acordo com as recomendações da fabricante.
efetivamente a incidência de acidentes de trânsito Seja atencioso e previna-se: Atenção com todas as
envolvendo motocicletas, é o processo de habilitação informações que podem sinalizar que uma situação
para esta categoria de veículo, bem como exigir de perigo possa ocorrer! Previna-se dos perigos e
tome uma decisão para evitá-los. Após, execute a sua dificuldade de informações em alguns locais isolados.
decisão de maneira calma e tranquila. Manter a calma Entretanto, há que se considerar o que os órgãos
em situações de risco é fundamental. competentes afirmam, ano a ano são utilizados todos
Mantenha uma distância segura dos demais os meios possíveis de coleta de dados. Por outro
veículos: Principalmente nas rodovias, onde a lado, Portugal por ter extensão territorial pequena e
velocidade é superior à das vias comuns da cidade, mais acessível em sua totalidade, possui estatísticas
mantenha uma distância segura dos veículos para mais fiáveis.
evitar desequilíbrio e colisões. A distância segura Pode-se concluir, entretanto, dos dados estatísticos a
deve valer para todos os sentidos — frente, atrás e que se tem acesso, que o índice de acidentes é alto
lados. em relação a população de cada país e a gravidade
Tenha atenção redobrada nos cruzamentos: Por dos acidentes também é alarmante.
mais que a preferencial seja sua, nunca acelere nos Sendo assim, cada vez mais deve-se realizar cursos
cruzamentos! Opte sempre por reduzir a velocidade e de formação e aplicação de legislação que garanta
segurança a todos os utentes das vias públicas, pois o
checar se nenhum veículo desgovernado vem em sua
bem maior a ser protegido é a vida humana.
direção. Leve em consideração que os outros
motoristas podem faltar com a atenção e colocar
você em uma situação perigosa. 7 REFERÊNCIAS
Tenha muito cuidado com as condições do piso:
Pisos irregulares e de baixa aderência são muito Autoridade Nacional Segurança Rodoviária. (2017).
perigosos para as motos. Evite qualquer atitude Principais Indicadores de Sinistralidade
brusca — tanto a aceleração quanto o freio. Esses Continente. Retrieved from
tipos de piso podem provocar situações que http://www.ansr.pt/Estatisticas/RelatoriosDeSini
propiciam a derrapagem ou a perda de equilíbrio. stralidade/Documents/2017/RELATÓRIOS
Muitos acidentes de moto podem ser evitados se o MENSAIS - VÍTIMAS A 24
motorista dirigir de maneira defensiva e sempre HORAS/Rel_NOV_2017.pdf
CHIPTRONIC - TECNOLOGIA AUTOMOTIVA.
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manutenção das rodovias é muito importante, pois que-fazer-para-reduzir-o-numero-de-acidentes-
vias em mau estado de conservação ensejam riscos com-motos.shtml
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Os veículos sobre duas rodas devem ser utilizados de https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-
forma extremamente responsável, bem como os noticias/2016/07/27/vitimas-em-moto-ja-sao-
demais motoristas deve sempre estar atentos à sua 56-de-internacoes-por-acidentes-de-transito-no-
presença, haja vista a gravidade de seus acidentes. pais.htm
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pois condições climáticas desfavoráveis ensejam a 225862
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