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Apostila de Pesquisa Mineral

INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA DE


MINAS GERAIS – CAMPUS OURO PRETO

APOSTILA DE PESQUISA MINERAL


FELIPE DE ORQUIZA MILHOMEM
2º BIMESTRE DE 2012

Apostila de Pesquisa Mineral


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Professor Felipe de Orquiza Milhomem

INTRODUÇÃO À PESQUISA MINERAL

Recursos minerais são um bem suprimento finito e não-renovável, de utilização


crescente. Aplicação mineral encontra-se nas mais diversas áreas (alimentação,
moradia, agricultura, construção civil, etc).
Sem os recursos minerais, a humanidade não teria como subsidiar seu crescente
desenvolvimento tecnológico. A aplicação de técnicas modernas, por vezes,
altamente refinadas, permitiu-lhe descobrir, obter e transformar bens minerais
em bens manufaturados que tornaram a vida mais confortável.
Volumes gigantescos de bens minerais são rapidamente extraídos de seus
depósitos, o que pode levar à escassez ou mesmo exaustão dos mesmos.
A pesquisa geológica é, portanto, importante para propiciar melhor
aproveitamento dos recursos minerais, desenvolvimento tecnológico,
fortalecimento da economia regional e local, atração de investimentos e geração de
emprego e renda.

“Considerando o importante papel da exploração mineral para o desenvolvimento


do setor mineral de um país ou de uma região, é importante que se encoraje
essa atividade, principalmente do ponto de vista social, econômico e ambiental, ou
seja, com uma visão de desenvolvimento sustentável. Esse encorajamento se
dámediante políticas de incentivo para ampliação do conhecimento geológico e dos
investimentos na exploração mineral, dentre outras.”

Andrade, 2005.

DEFINIÇÕES BÁSICAS E TERMOS TÉCNICOS

Jazida Mineral – Depósito mineral viável economicamente (é uma rocha,


sendo
constituída pelo minério e pelas encaixantes).
Ocorrência Mineral - Concentração de um determinado mineral ou minerais
sem interesse econômico imediato.
Encaixantes – São as rochas estéreis
Minério – De onde são extraídos os metais e minerais de valor econômico;
O minério é dividido em mineral-minério e ganga:
• Mineral-Minério – São os minerais que são aproveitados economicamente.
Ex: Au nativo, calcopirita (Minério e Cu), Galena (Minério de Pb);
• Ganga – São os minerais que ocorrem no minério sem valor econômico. Ex:
Au em veios de quartzo, onde o Au é o mineral-minério e o quartzo é a ganga.
Teor de uma jazida – É a relação entre mineral-minério e o minério
Ex: 2 g/t de Au em veios de quartzo, jazida com 1,2 % Pb e 4% de Zn associado
rochas carbonatadas.
Subprodutos – Alguns minérios têm minerais que isoladamente na jazida não
poderiam ser aproveitados economicamente. Porém, extraídos juntamente com o
mineral-minério amplia a margem de lucro na explotação da jazida. Ex:

• Jazida de Cu-Ni-Pt em rochas peridotíticas, onde o Cu e o Ni são os minerais-


minério e a Pt o subproduto;
• Jazida de Au e Pirita em veios de quartzo, onde o Au é o mineral-minério e a pirita
o subproduto.
Teor de Corte ou Cut-off – representa o valor mínimo para o qual é rentável
a sua explotação.
Teor Crítico – representa o teor limite entre lucro e prejuízo. É importante frisar
que na maioria das jazidas são extraídos minérios com valores de teores abaixo do
teor crítico, porém estes são blendados (misturados) com minérios com teores
mais elevados, portanto, o teor final fica acima do teor crítico.
Teor Limite – Representa os teores de minérios que não servem nem para
blendagem, que podem acarretar prejuízos na extração. Os teores crítico e limite
variam de acordo com os seguintes fatores:

• O preço de comercialização do minério ou concentrado;


• A extensão ou tipo de jazida;
• A posição geográfica da jazida;
• Minerais acessórios associados;
• Novas descobertas tecnológicas;
• Características do minério e da encaixante.

• Minérios de Ferro – Hematita e magnetita > 46% de Fe ; Limonita > 37-45%;


• Minérios de Manganês – 35-42% ; Lavra a céu aberto;
• Minérios de Ouro – Até 0,35 g/t em mina a céu aberto e 2-5 g/t em
minas
subterrâneas; em jazidas aluvionares > 0,5 g/t;
• Minérios de Cobre – 0,4% em minas a céu aberto e 1% em minas subterrâneas;
• Minérios de Prata - > 350-400 g/t;
• Minérios de Tungstênio – 0,1-0,3% WO3.

Beneficiamento - Processo de separação e concentração dos materiais de


valor do minério utilizando métodos físicos e químicos.
Concentrado - É o material de valor separado após o beneficiamento.
Rejeito - É o material não valioso do minério separado após o beneficiamento.
Recuperação - É a relação entre a quantidade de mineral de valor
recuperada e a quantidade total de mineral de valor que foi processado na usina,
dada em porcentagem.
Recuperação da Mina - É a relação entre a quantidade de mineral de valor extraído
e a quantidade total existente na mina.
Lavra - É um conjunto de processos tecnológicos de extração de um minério
(explotação);
Mina: É uma jazida em processo de lavra;
Prospecção - Conjunto de métodos de pesquisa que objetivam a descoberta
de depósitos minerais;
Exploração geológica - Etapa inicial de reconhecimento/levantamento geológico
para seleção de regiões prioritárias para pesquisa futura;
Pesquisa mineral - Conjunto de estudos que visam identificar a presença de
quantidades anômalas de elementos químicos ou minerais em uma determinada
porção da crosta.
Prospecção superficial - Metodologia de superfície e subsuperfície através de poços
de pesquisa, trincheiras, amostragem de afloramentos, geofísica e geoquímica,
para caracterização superficial de depósito mineral;
Cubagem dos depósitos - Última fase de pesquisa a partir de furos de sonda,
trabalhos mineiros (galerias, travessas, poços inclinados, shafts, etc.) e
levantamentos geológicos/topográficos detalhados;

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NOÇÕES DE DEPÓSITOS MINERAIS

1. INTRODUÇÃO

Um Depósito Mineral é uma concentração anômala de um bem mineral,


constituído de minério, encaixante, estéril, mineral-minério, ganga e sub-
produto(s). O depósito mineral, embora seja um corpo rochoso diferenciado,
devido a sua inusitada composição química e mineral, tem sua origem
relacionada aos processos geológicos comuns, como: sedimentação,
intemperismo, metamorfismo, vulcanismo, plutonismo, etc., daí a importância do
conhecimento geológico prévio de petrografia e mineralogia.
Desta forma, os processos geológicos concorrem para a formação de
concentrações anômalas, resultando no Depósito Mineral.
Existem diversas classificações dos Depósitos Minerais, cada uma delas
utilizando-se de um critério específico. como, por exemplo: utilização
comercial do mineral-minério (commodity), morfologia (Forma do Corpo
Mineralizado), origem (Ígneo, Metamórfico e Sedimentar), rocha hospedeira da
mineralização, processo formador, ambiente geotectônico, tempo relativo de
formação com respeito à encaixante, Regularidade Estatística etc. Cada uma delas
com vantagens e desvantagens na aplicação. Um Depósito bem conhecido
(bastante estudado) serve de referência para o estudo de outros. Esse Depósito
é chamado de Depósito-Padrão ou Jazida-Tipo, os quais, via de regra, são os
maiores do mundo (chamados de “world class”).
Quando o Minério é formado ao mesmo tempo em que a(s) Encaixante (s) diz-se
que ele é SINGENÉTICO. Quando é formado posteriormente a(s) Encaixante(s) diz-
se que é EPIGENÉTICO. Chamam-se Depósitos Primários aqueles de origem
magmática e Secundários aqueles de origem sedimentar. O depósito pode ainda
ser classificado como disseminado ou confinado ou se é concordante ou
discordante, conforme segue a seguir:

Depósito disseminado: os minerais-minério encontram-se dispersos em grandes


volumes de rocha;
• Depósito confinado: minérios encontram-se concentrados em um pequeno
volume de rocha
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• Depósito discordante: minérios são mais jovens que as rochas hospedeiras e as
cortam em ângulos diversos;
• Depósito concordante: podem ou não ser mais jovens que a rocha hospedeira e
se posicionam paralelamente ao acamamento da rocha.

Figura 01: depósito confinado.

Os depósitos também podem ser classificados quanto à sua forma, sendo as mais
comuns: bandado, em camadas, lenticular (em lentes), disseminado, schilirien,
poroso,
pulverulento, massivo (maciço), Stockwworks, amas, filão, etc.
Diz-se que um minério é bandado, acamadado ou em camadas (Depósitos
Estratiformes – em forma de estratos) quando se apresentam como corpos
tabulares
onde a espessura é muito pequena em relação às outras duas dimensões do corpo.
São
do tipo singenético. Lentes ou lenticulares são aqueles em forma de bolsões
ou
elipsóide.
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Figura 02: depósito acamado à esquerda e lenticular à direita.

Os stockwerks ou stockworks são finos veios interconectados. A forma de


amas é utilizada para designar morfologia de difícil definição (formas caprichosas
que
não podem ser expressas por um modelo geométrico simples). O filão
(Depósitos
Filoneanos) fissuras na rocha, preenchidas por substâncias minerias, podendo
ser
simples ou complexos. Possuem faces mais ou menos paralelas e de fraca
espessura em
relação às outras dimensões. Também chamados de “veios”.

Figura 03: exemplo de stockworcks e de amas

Figura 04: exemplo de filão: simples e complexo.


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Outra forma de classificação dos depósitos minerais está relacionada ao seu
processo formador, podendo este ser de dois tipos:

• Processos hipogênicos: processos de dinâmica interna, atuantes no interior


da Terra (depósitos magmáticos e metamórficos);
• Processos supergênicos: processos geológicos de dinâmica externa, atuantes
na superfície da Terra ou próximos a ela.

Na tabela a seguir, está a classificação dos depósitos minerais quanto ao seu


processo formador.
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