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HISTOLOGIA VETERINÁRIA

1
Histologia Veterinária

Sistema Circulatório
Compreende um grande vaso modificado, o coração, de onde saem duas
grandes artérias, aorta e pulmonar, que se ramificam. São as chamadas artérias
de grosso calibre (elas e seus ramos), são elásticas, de condução. Após elas,
temos as chamadas artérias musculares, de médio calibre, de distribuição. Essas
originam as artérias de pequeno calibre, que originam as arteríolas e em seguida
os capilares, conforme vão se ramificando. No retorno ao coração temos as
vênulas, que se unem formando as veias de pequeno calibre, de médio calibre e
de grosso calibre (veia cava, veias pulmonares).
A artéria aorta transporta sangue arterial (grande circulação) e a pulmonar
sangue venoso (pequena circulação) – que irá sofrer hematose (O2) nos pulmões.
Dentro da parede das veias e artérias de grosso calibre, encontramos os
Vasa Vasorum, que são vasos com a função de nutrir as células dessa parede. As
que carregam sangue venoso necessitam de mais vasa vasorum que as que
carregam sangue arterial.
Os capilares são constituídos por endotélio (epitélio plano simples) e pela
lâmina basal, que é contínua em todos os tipos, exceto no tipo sinusóide, onde é
descontínua.
Os capilares podem ser de quatro tipos:
 Contínuos: não possuem poros e seu endotélio é contínuo. São
encontrados nos tecidos nervoso e muscular;
 Fenestrados ou Viscerais com diafragma: possuem poros e
diafragma. São encontrados nas glândulas endócrinas, rins e intestino.
 Fenestrados sem diafragma: possui poros. São encontrados apenas
nos glomérulos renais.
OBS: a diferença entre os três tipos acima só é vista em microscópio
eletrônico.
 Sinusóides: possuem diâmetros irregulares e maior do que dos outros
tipos, células descontínuas e presença de macrófagos em sua luz. Suas
células endoteliais e sua lâmina basal são descontínuas para facilitar a
circulação de sangue entre o capilar e os tecidos e órgãos. Como seu
diâmetro é maior que dos outros (ele é um capilar mais grosso), a
pressão interna é menor, diminuindo a velocidade do sangue, facilitando
a troca. Ex: Fígado – o macrófago do fígado se chama Célula de
Kupffer.

Os vasos sangüíneos de pequeno, médio e grosso calibre são compostos


por três túnicas:
 Túnica Íntima: fica voltada para a luz do vaso. É composta por
endotélio, tecido conjuntivo subendotelial e uma lâmina elástica limitante
interna, que limita a túnica íntima da túnica média.
 Túnica Média: composta por fibras elásticas + fibras musculares lisas
ou por fibras e lâminas elásticas + fibras musculares lisas, uma lâmina
elástica limitante externa (só em artérias) e por vasa vasorum.
 Túnica Adventícia: composta por vasa vasorum, fibras colágenas
(muita), fibras elásticas (pouca) e fibras musculares lisas (só em veias
de grosso calibre).

As artérias possuem a túnica média maior ou igual a adventícia. As veias


possuem a túnica adventícia muito mais espessa que a média. Já a túnica íntima é
muito delgada (insignificante) tanto nas veias quanto nas artérias.
Artérias:
 Elástica: túnica íntima + túnica média muito mais espessas que a túnica
adventícia;
 Muscular: túnica íntima + túnica média com espessura igual ou pouco
mais espessa que a túnica adventícia.
Veias:
 Grosso Calibre: presença de fibras musculares lisas também na túnica
adventícia e não só na média. Na túnica média as fibras musculares são
transversais ao vaso e na adventícia são longitudinais;
 Médio Calibre: presença de fibras musculares lisas apenas na túnica
média.

Na artéria elástica (que é muito maior que a muscular) há predominância de


lâminas elásticas. Na artéria muscular há predominância de fibras musculares,
pouca fibra elástica e nenhuma lâmina elástica.
OBS: as fibras elásticas se unem, mudam de conformação e formam a
lâmina elástica, que passa a ser outra estrutura, toda perfurada para facilitar a
passagem de nutrientes.
Para saber a quantidade de vasa vasorum no vaso, é necessário analisar
dois pontos: o calibre – quanto maior, mais vasa vasorum; e o tipo de sangue
transportado pelo vaso – venoso, mais vasa vasorum.
A parede de um capilar tem, no máximo, três células, podendo ter apenas
uma, que se abraça (como um anel), formando a parede.
As vênulas possuem a luz muito maior que a arteríola, pois a parede da
arteríola é muito mais espessa que a da vênula.

Sistema Imune

Tecido linfóide é uma reunião de células de defesa: linfócitos


(principalmente), macrófagos, plasmócitos, monócitos, células reticulares
epiteliais.
Os linfócitos se dividem em:
 Linfócitos T: ativados pelos macrófagos. São responsáveis pela
resposta imunitária do organismo. O mais comum é o tipo T citotóxico,
que é o rejeitador de transplantes. São perforinos (perfuram);
 Linfócitos B: ativados pelos anticorpos. São responsáveis pela
resposta humoral. Combate os antígenos. Se diferenciam em
plasmócitos;
 Linfócitos NK: natural killers – matam vírus e fazem neoplasia. Não
precisam de estímulos, se autoestimulam.

Órgãos centrais ou primários são de onde os linfócitos se originam. Nos


mamíferos esses órgãos são a medula óssea e o timo. Nas aves são o timo, a
bolsa cloacal e a medula óssea. No timo se originam os linfócitos T. Na medula
óssea e na bolsa cloacal se originam os linfócitos B.
Nos mamíferos, os linfócitos B já saem da medula óssea maduros e caem
na corrente sangüínea e vão para os órgãos periféricos. Órgãos periféricos ou
secundários são para onde os linfócitos migram (baço, linfonodos, tonsilas, placas
de Peyer).
Nas aves, os linfócitos B saem imaturos, se dirigem pela corrente
sangüínea para a bolsa cloacal, onde sofrem mitoses e atingem a maturidade,
caindo novamente na corrente sangüínea, indo para os órgãos periféricos.
Nos mamíferos, o timo se localiza no mediastino e possui dois lobos. Nas
aves o timo se localiza na região cervical e possui sete lobos. Em ambos a função
é a mesma.

Timo
Sua região externa é composta pelo córtex, ou cortical. Possui uma cápsula
delgada, constituída por tecido conjuntivo denso. Essa cápsula se projeta para a
parte interna, formando septos, ou trabéculas, delgados. A parte interna é
composta pela medula ou medular. Na cortical, o tecido linfóide é denso, com
grande concentração de células. Na medular o tecido linfóide é frouxo, com
pequena concentração de células.
Todos os órgãos do tecido linfóide apresentam nódulos linfóides, com
exceção do timo.
90% dos linfócitos que chegam ao timo são inespecíficos (atacam qualquer
tipo de célula) e sofrem apoptose (morte celular programada), dessa forma não
atacam as células do próprio organismo. Restam os outros 10%, que são as
específicas (atacam apenas tipos específicos de células).
Os capilares do timo são contínuos (não possuem poros nem diafragma).
Isso forma uma barreira hematopoiética, para que as células que nascem nele (na
cortical) não entrem em contato com antígenos antes de estarem maduras. Pelo
mesmo motivo, o timo não possui vasos linfáticos eferentes.
As células reticulares epiteliais induzem a apoptose dos 90% e estimulam
os outros 10% a se reproduzirem e formarem os 100% novamente, só que desta
vez específicos. Esse estímulo se dá através de secreção local (parácrina) de
proteínas. As células reticulares epiteliais, quando envelhecem, ficam afuncionais
e se dirigem para a medular do timo, formando o corpúsculo tímico e ficam
dispostas concentricamente e achatadas. O corpúsculo tímico é uma característica
só do timo.
Bolsa Cloacal
É revestida por epitélio de revestimento e não por cápsula. Seu epitélio é
cilíndrico simples ou pseudoestratificado cilíndrico. Possui nódulos linfóides na
lâmina própria.

OBS: Nódulos linfóides isolados são chamados de Malt – tecido linfóide


associado à mucosa (epitélio). Malt se divide em Balt – tecido linfóide associado a
brônquios; e Galt – tecido linfóide associado a intestino.

Tonsila Palatina
Antiga amígdala. Revestida por epitélio plano estratificado não
queratinizado. Este epitélio possui invaginações (criptas) na mucosa. Possui
nódulos linfóides na lâmina própria.

Gânglios Linfáticos (linfonodos)


OBS: Nodo é o aumentativo de nódulo.
O linfonodo possui uma cortical externa e uma medular interna. É um órgão
que possui a forma de um rim, ou caroço de feijão. A cortical é composta por:
 Cápsula: tecido conjuntivo denso;
 Trabéculas: emitidas pela cápsula;
 Seios: tecido linfóide frouxo. São espaços que drenam a linfa. Se
subdivide em Subcapsular (abaixo da cápsula) e Peritrabecular (ao lado
das trabéculas);
 Vasos Linfóides Aferentes;
 Nódulos Linfóides: tecido linfóide enroscado. No centro desses
nódulos (centro germinativo) há proliferação dos linfócitos por mitose.
Eles migram para a periferia do nódulo, aonde chegam amadurecidos.

Linfa é um plasma, um líquido oriundo dos tecidos, que tem que retornar a
ele. É filtrado pelos linfonodos. A linfa passa pelo linfonodo em baixa velocidade,
pois ela é rica em antígenos e eles precisam ficar retidos no linfonodo (pela
filtração). Isso ocorre para que o organismo detecte se há algum lugar do corpo
que está com problemas (alguma lesão) e desloque seus linfócitos (células de
defesa) para esta região. A circulação no linfonodo segue a seguinte ordem:
Vaso linfático aferente  seio subcapsular  seio peritrabecular  seios
medulares  vaso linfático eferente.
A parte côncava do linfonodo é onde fica o hilo.
A medular se divide em:
 Cordões Medulares: concentrações de tecido linfóide denso;
 Seios Medulares: tecido linfóide frouxo;
 Hilo;
 Vasos Linfáticos Eferentes.

Entre a cortical e a medular, existe uma faixa denominada Paracortical, ou


Cortical Profunda, onde predominam linfócitos T. Os linfócitos T são timo
dependentes e os linfócitos B são timo independentes. Existem três regiões no
organismo que possuem exclusivamente linfócitos T dependentes: a região
paracortical nos linfonodos, a bainha periarterial da polpa branca do baço e o
tecido linfóide frouxo entre os nódulos das placas de Peyer (íleo).
Nos suínos é diferente. A cortical é interna e a medular é externa. Então o
sentido da linfa é o oposto dos outros animais. Nos suínos os vasos linfáticos
aferentes estão no hilo. A linfa entra por eles, passa pelos seios medulares, pelos
seios capsulares e sai pelos vasos linfáticos eferentes, que estão na região
convexa.

Baço
Nos animais domésticos possui uma grande e espessa cápsula, de tecido
conjuntivo denso e músculo liso. Emite trabéculas para seu interior. É o único
órgão interposto na circulação sangüínea. Nos ruminantes, além do baço, outro
órgão interposto na circulação é o Nodo Hemolinfático.
É o principal órgão que faz hemocaterese, ou seja, que faz a destruição das
hemácias envelhecidas da corrente sangüínea (o fígado e a medula óssea
também).
O parênquima do baço é chamado de Polpa Esplênica. Parênquima é a
parte funcional, a parte viva, as células. Estroma é a parte não viva, de
sustentação.
A polpa esplênica se divide em:
 Polpa Branca: concentração de glóbulos brancos;
 Polpa Vermelha: concentração de glóbulos vermelhos.

Na coloração histológica, a polpa branca fica arroxeada no microscópio


ótico, pois o núcleo dos linfócitos toma quase todo seu citoplasma e se cora de
roxo com a HE.
A polpa branca possui o formato de uma raquete. Seu “cabo” é a Bainha
Periarterial, e a parte arredondada é o Nódulo Linfóide.
A polpa vermelha possui capilares sinusóides e cordões esplênicos (tecido
linfóide denso). Só são observados se fizermos uma preparação especial com
formol (injetando formol nos vasos) chamada Baço Injetável.
A artéria aferente do baço é a Artéria Esplênica (região do Hilo). Ela possui
um ramo, a artéria capsular, que é o que penetra no baço. Ela se divide e penetra
na trabécula, sendo chamada de artéria trabecular, que se divide na altura da
bainha periarterial, originando a artéria central ou nua. Ela origina diversas
arteríolas nodulares. Ficam na periferia do nódulo linfóide da polpa branca. Elas se
ramificam para a polpa vermelha, originando as arteríolas peniciladas. Nas
extremidades destas arteríolas, há uma concentração de tecido linfóide
(macrófagos, linfócitos, plasmócitos, etc.), chamada de Elipsóide. As arteríolas
peniciladas vão se continuar com os capilares sinusóides, que vão se continuar
com as veias trabeculares, que se fusionam nas veias capsulares que se unem na
veia esplênica.
Como os capilares sinusóides permitem a passagem do sangue, ele circula
pela polpa vermelha.
Sistema Respiratório

Divide-se em:
 Porção condutora: traquéia e brônquios (com suas ramificações);
 Porção de transição: bronquíolos respiratórios;
 Porção respiratória: alvéolos pulmonares.

As cavidades nasais são:


 Vestíbulo;
 Área (mucosa) respiratória;
 Área (mucosa) olfatória.
Área Respiratória
Epitélio pseudoestratificado cilíndrico, ciliado, com células caliciformes =
epitélio respiratório.
No microscópio ótico só se visualizam a célula cilíndrica ciliada, a célula
caliciforme e a célula basal (lâmina basal).
No eletrônico se visualizam mais três, a célula granular, a célula em escova
1 e a célula em escova 2.
A célula basal origina qualquer tipo de célula desta mucosa. A célula em
escova 1 é a célula imatura, origina as células cilíndricas ciliadas e as células
caliciformes. A célula em escova 2 é o receptor sensorial. As células granulares
atuam como células endócrinas, interagindo secreções mucosa e serosa.

Mucosa Olfatória
Composta por três tipos celulares:
 Célula de sustentação: sustenta mecanicamente as células olfatórias;
 Célula olfatória (com cílios olfatórios): são neurônios bipolares, com
seus dendritos funcionando como cílios, que não são móveis, são
receptores nervosos;
 Célula basal: se diferenciam em qualquer tipo celular desta mucosa.

Túnicas
A partir da luz do órgão (do tubo digestório) encontramos três tipos de
túnica:
 Túnica Mucosa: é a parede do órgão. Composta por três camadas:
epitélio, lâmina própria (tecido conjuntivo propriamente dito, geralmente
denso) e muscular da mucosa (músculo liso). A camada muscular da
mucosa é geralmente encontrada, mas não obrigatoriamente;
 Túnica Submucosa: tecido conjuntivo, geralmente frouxo;
 Túnica Muscular: geralmente músculo liso. Possui uma camada
circular interna e uma longitudinal externa.
 Túnica Serosa e / ou Adventícia: serosa - tecido conjuntivo +
mesotélio, pleura e peritônio; adventícia – tecido conjuntivo.
OBS: Mesotélio – epitélio plano;
Peritônio – revestimento abdominal interno (da parede).
Traquéia
Túnica mucosa com epitélio respiratório, lâmina própria (abaixo do epitélio)
com ácinos mucosos e serosos – ácinos: glândula exócrina com porção secretora
acinosa. Presença dos anéis de cartilagem hialina em forma de C.
Não se diferencia bem a divisão entre a lâmina própria e a túnica
submucosa, pois não há presença da camada muscular da mucosa.

Pulmão
Possui uma túnica serosa externa que é a Pleura (mesotélio pleural). Os
brônquios possuem pedaços de cartilagem hialina, os bronquíolos não possuem
cartilagem:

Brônquio Bronquíolo
Maior diâmetro Menor diâmetro
Mucosa muito pregueada Mucosa pouco ou não pregueada
Epitélio respiratório Epitélio simples cúbico ou cilíndrico
Presença de cartilagem Ausência de cartilagem
Músculo liso bronquial Músculo liso bronquiolar

O parênquima pulmonar é composto principalmente por alvéolos. Entre os


alvéolos encontram-se paredes, ou septos, interalveolares. O septo interalveolar é
composto por:
 Células endoteliais dos capilares: passam pela parede;
 Pneumócito I: revestindo a parede e o alvéolo;
 Pneumócito II: ou célula septal, produz a película surfactante
(produzida continuamente desde as fases finais de formação do
embrião). Sua função é impedir o colabamento dos alvéolos,
consequentemente impede um maior esforço na respiração (pois você
teria que descolar o alvéolo);
 Macrófagos: pois pelo ar e pelo sangue chegam antígenos e o
macrófago irá fagocitá-los para defender a região. Se localiza no centro
da parede, entre o capilar e o alvéolo, para defender os dois.

Sistema Digestório de Monogástricos

Cavidade Oral
Os lábios possuem o epitélio plano estratificado queratinizado (como a
pele). Por dentro da cavidade oral é epitélio plano estratificado não queratinizado.
Em herbívoros, as vezes há uma pequena queratinização.

Língua (Papilas)
 Filiforme: função mecânica. Epitélio plano estratificado queratinizado;
 Fungiforme: geralmente função mecânica, podendo ter função
gustativa – presença de corpúsculos gustativos dentro do epitélio (na
superfície). Epitélio plano estratificado não queratinizado.
 Valada: circunvalada. Função gustativa. Epitélio plano estratificado não
queratinizado, presença de corpúsculos gustativos nas porções laterais
da papila.
 Folhada: em herbívoros e roedores. Função gustativa. Epitélio plano
estratificado não queratinizado, com corpúsculos gustativos nas laterais.
Não se confunde com a fungiforme pois são várias juntas e as
fungiformes são mais esparsas.

Corpúsculo gustativo: é uma estrutura basicamente composta por dois


tipos celulares: a célula gustativa (sensorial), que possui microvilos em seu
ápice, que captam a informação através do poro gustativo (que é uma
abertura no epitélio superficial) e passam para o neurônio, que se localiza
no meio do corpúsculo, e a célula de sustentação. Há também as células
basais.

Esôfago
Sua mucosa possui três camadas: epitélio, lâmina própria e muscular da
mucosa.
Se o monogástrico for herbívoro, o epitélio da mucosa é queratinizado. Se
for carnívoro não. O grau de queratinização vai depender do grau de
selecionabilidade dos alimentos. Quanto mais selecionado menos queratinizado é
o epitélio e vice-versa.
Abaixo da mucosa encontramos a submucosa (tecido conjuntivo frouxo).
Nela encontramos ácinos mucosos.
Na porção caudal do esôfago de monogástricos, encontramos ácinos na
lâmina própria e não na submucosa. Esses ácinos (na porção caudal) são
chamados de glândulas esofágicas cárdicas (são glândulas esofágicas
superficiais). As que são encontradas na submucosa, no restante do esôfago, são
as glândulas esofágicas profundas.
Abaixo da submucosa, encontramos músculos estriados esqueléticos nos
cachorros e nos bovinos. Nos outros animais, o músculo encontrado é o liso.
OBS: Para diferenciar o esôfago de um cão de um bovino, faz-se pela presença
ou não de queratina. O boi tem queratina e o cão não.

Estômago
Histologicamente há três regiões no estômago. Anatomicamente, são
quatro regiões: cárdia ou região cárdica, fundo ou região fúndica, corpo, piloro ou
região pilórica. Histologicamente são: cárdia, corpo (corpo + fundo) e piloro.
As diferenças histológicas são:
 Região Cárdica: fossetas (depressões) curtas, glândula mucosa longa;
 Região Pilórica: fossetas longas (originam as outras).
Na região pilórica encontramos uma célula enteroendócrina, que produz um
hormônio chamado gastrina, que irá influenciar as células parietais que produzirão
o ácido clorídrico. Exemplos de hormônios das células enteroendócrinas: gastrina,
secretina, glucagon, somatostatina, etc. A somatostatina tem a função de controlar
a produção (inibindo) de glucagon (que no pâncreas controla a insulina) e do
hormônio de crescimento, na hipófise.

Intestino
Delgado (vilosidades):
 Duodeno – submucosa com glândulas duodenais;
 Jejuno
 Íleo – com placas de Peyer.

Grosso (ausência de vilosidades):


 Ceco – parte inicial;
 Cólon – maior parte;
 Reto – porção final.

Diferenças:
Só o intestino delgado possui vilos (vilosidades) na membrana mucosa, o
intestino grosso não possui vilosidades e possui glândulas intestinais profundas,
com muito mais células caliciformes que o delgado.
Microvilos são projeções digitiformes da porção apical da membrana de
uma célula. Os vilos são elevações da mucosa, compostas por várias células. A
cada elevação da mucosa do intestino delgado corresponde uma depressão, que
são as glândulas intestinais (ficam na lâmina própria).

Intestino Delgado
Mucosa:
 Epitélio cilíndrico simples com planura estriada e células
caliciformes;
 Lâmina própria com glândulas intestinais;
 Muscular da mucosa.

Submucosa:
 Glândulas duodenais (ácinos mucosos).

O estômago produz ácido clorídrico (HCl) que reflui (parte) para o intestino.
Então o duodeno precisa ter, na submucosa, uma proteção, que são as glândulas
duodenais.
A muscular da mucosa se prolonga junto com as vilosidades, para dar o
movimento a elas.
O jejuno e o íleo são, microscopicamente iguais. O que diferencia é que em
partes do íleo se encontram as placas de Peyer (Galt) e no jejuno não. Se tiver
placas de Peyer é íleo, se não, é jejuno-íleo.
Células de Paneth: encontradas no intestino delgado, no fundo da glândula
intestinal. Produz uma enzima que mata as bactérias – bacteriolítica. Protege a
flora intestinal. A enzima é a Lisozima. Também é produzida na mucosa nasal do
óstio nasolacrimal.
No íleo encontramos as células M, que possuem microdobraduras
(Microfold). Localizam-se próximas e associadas a tecido linfóide (placa de Peyer).
É uma célula apresentadora de antígeno. Ela capta o microrganismo estranho
(antígeno), fagocita e identifica o código do antígeno, enviando essa informação
para as cavidades formadas por suas dobras (invaginações), que ficam repletas
de linfócitos. Os linfócitos recebem a informação, identificam o anticorpo que deve
ser usado e acionam o linfócito específico que deve combater esse antígeno e
rapidamente enviam essa informação para o corpo todo (pois voltam para a
circulação) para que todo o organismo se prepare para combater esse antígeno.
Também são capazes (os linfócitos) de memorizar essa informação para que se
esse antígeno entrar novamente no organismo, já termos os anticorpos para
combatê-lo.

Intestino Grosso
Não possui vilos e as glândulas intestinais são muito profundas. Possui
muitas células caliciformes, muito mais que o delgado, pois nessa região as fezes
são mais secas e fazem um atrito maior na mucosa. Precisa de maior quantidade
de muco para protegê-la, lubrificando.

Sistema Digestório de Poligástricos

Pré-estômagos (aglandulares) – correspondem, no animal adulto, a 80% do


total:
 Rumem ou pança;
 Retículo ou barrete;
 Omaso ou folhoso.

Estômago (químico – glandular):


 Abomaso ou coagulador – é igual ao estômago de monogástricos,
histológica e fisiologicamente.

O rumem e o retículo funcionam conjuntamente, fazendo a fermentação do


alimento. Sua flora microbiana produz ácidos graxos de cadeia curta (ácido
acético, butírico, propiônico), que são os responsáveis pelo fornecimento de
energia (a partir destes ácidos se formam uma série de outras substâncias).
Os pré-estômagos possuem, em sua mucosa, elevações ou projeções
macroscópicas, que podem ser vistas a olho nu. O rumem possui papilas, o
retículo cristas e o omaso lâminas. No ápice das cristas do retículo encontramos
um feixe de músculo liso que é contínuo com a muscular da mucosa do esôfago.

Mucosa dos Pré-estômagos


Seu epitélio é plano, estratificado e altamente queratinizado. Logo abaixo
do epitélio se encontra a lâmina própria. No omaso também encontramos a
camada muscular da mucosa (não encontrada no rumem nem no retículo),
composta por músculo liso.
As cristas do retículo e as lâminas do omaso possuem papilas
microscópicas.

Submucosa dos Pré-estômagos


Logo abaixo da lâmina própria, ou da muscular da mucosa do omaso,
encontramos a submucosa. Uma parte dela faz parte das projeções (papilas,
cristas e lâminas).

Túnica Muscular Interna (Muscular)


No omaso, a muscular interna penetra dentro das projeções, logo abaixo da
muscular da mucosa, com parte da submucosa separando uma camada da outra.
A túnica muscular só faz parte das projeções (dentro das lâminas) no omaso, nos
outros pré-estômagos ela se encontra abaixo da submucosa, mas não penetra nas
projeções.

Sistema Digestório de Aves

As aves possuem uma estrutura chamada de inglúvio, ou papo, que é uma


dilatação do esôfago. Sua função é fazer uma pré-digestão do alimento, um
“amolecimento” do alimento. Produz o “leite de papo”, que é uma secreção de
glicoproteína, que pode alimentar o filhote em períodos de escassez de comida.
A mucosa do esôfago é composta por um epitélio plano estratificado não
queratinizado, muito espesso, seguido pela lâmina própria com glândulas muco-
secretoras (ácino mucosos) muito volumosas e superficiais, com ducto excretor
curto. Diferem dos mamíferos, pois neles as glândulas são profundas e possuem
ducto excretor longo, além de o epitélio ser bem menor.
Abaixo do esôfago, com o inglúvio, se encontra o estômago glandular, que
é o estômago químico, chamado Pró-ventrículo. O pró-ventrículo age como o
abomaso dos ruminantes e o estômago dos mamíferos. Possui três tipos de
células: oxíntico-pépticas; fonte e enteroendócrinas. A célula oxíntico-pépticas
produz os dois tipos de secreção (ácido clorídrico e pepsinogênica). Sua mucosa é
composta por epitélio cilíndrico simples muco-secretor, lâmina própria e muscular
da mucosa. Sua submucosa possui glândulas proventriculares.
Do pró-ventrículo, o bolo alimentar vai para o estômago muscular, chamado
de Moela, ou Ventrículo, que possui o mesmo epitélio do pró-ventrículo, mas com
uma placa de secreção glicoprotéica muito espessa, chamada de substância
queratinóide. Sua mucosa é composta por epitélio cilíndrico simples muco-
secretor, seguido por lâmina própria com glândulas tubulares – que produzem a
placa de secreção. Abaixo da mucosa se encontra a submucosa.
A moela possui movimentos musculares involuntários, que trituram o
alimento e diminuem o tamanho das partículas para depois encaminhá-las ao
duodeno.

Sistema Urinário
(Rim – Ureter – Bexiga – Uretra)
Rim
Possui cortical (córtex) externa e medular interna. A cortical possui uma
cápsula delgada (tecido conjuntivo denso). A unidade morfofuncional do rim é o
Néfron, que é composto por:
 Um Corpúsculo Renal (glomérulo);
 Um Túbulo Contorcido Proximal;
 Uma Alça de Henle;
 Um Túbulo Contorcido Distal.
O túbulo contorcido proximal é mais enovelado que o distal, por este motivo
aparece mais em cortes histológicos que o distal. Possui células com borda em
escova (microvilosidades), fazem absorção de glicose, aminoácidos, cloretos (íons
em geral) e água.
A alça de Henle é importante na retenção de água (reabsorção). Quando há
muita absorção de água, a urina fica hipertônica (mais concentrada). Os quelônios
(jabuti, tartaruga, etc.) não possuem alça de Henle, então não são capazes de
fazer essa retenção de água.
O túbulo contorcido distal controla o pH do meio interno. É sensível ao
hormônio antidiurético (ADH) produzido pelo hipotálamo e armazenado e liberado
pela neuro-hipófise. Na presença deste hormônio, a urina fica hipertônica (pois o
hormônio é antidiurético, inibe a diurese). Quando há muita água no sangue, o
organismo deve inibir a ação deste hormônio, para que se estimule a eliminação
de água (a urina fica hipotônica – pouco concentrada). Suas células também
fazem a liberação de íons que estão em excesso no organismo, para que o filtrado
remova e elimine esses íons.
O corpúsculo renal possui dois pólos: Pólo Vascular (por onde entram e
saem as arteríolas) e Pólo Urinário (por onde sai o túbulo contorcido proximal). É
composto pela cápsula renal e pelo glomérulo (capilares fenestrados sem
diafragma). Possui dois folhetos: folheto interno ou visceral, e folheto externo ou
parietal. O folheto visceral (interno) da cápsula renal é formado pelos podócitos,
que são células que emitem prolongamentos interdigitais, formando uma rede de
filtração. O folheto parietal é formado por epitélio plano simples. O espaço entre os
folhetos é chamado de espaço capsular.
O tubo coletor faz o equilíbrio hídrico. É sensível ao ADH. É muito
importante, pois é quem dá o teor final de água da urina.
Com exceção da alça de Henle, que fica na medular, os outros
componentes estão localizados na cortical. Temos também o tubo coletor, que fica
parte na cortical e a maior parte na medular. Então, resumindo, na cortical
encontramos a cápsula, o corpúsculo renal, os túbulos contorcidos distal e
proximal e parte do tubo coletor. Na medular encontramos a maior parte do tubo
coletor e a alça de Henle.
Próximo ao glomérulo encontra-se o Aparelho Justaglomerular. As células
da parede da arteríola (musculares lisas) se modificam nas células
justaglomerulares epitelióides. Essas células produzem um peptídeo chamado
renina, que age sobre uma proteína plasmática, o angiotensinogênio – que é uma
globulina do plasma produzida no fígado. Agindo sobre o angiotensinogênio, a
renina libera um decapeptídeo chamado angiotensina I, que age sobre outra
proteína plasmática, do grupo da dipeptidilcarboxipeptidase, retirando 2 peptídeos
da angiotensina I, formando a angiotensina II, que é um octopeptideo. É uma
reação em cadeia. A angiotensina II tem duas funções fisiológicas importantes: é
vasoconstritora, faz vasoconstrição aumentando a pressão arterial; age no córtex
das adrenais, estimulando a cortical a liberar um hormônio mineralocorticóide
chamado aldosterona, que inibe a excreção de sódio, também aumentando a
pressão arterial.
Temos também a mácula densa, que é uma modificação da parede do
túbulo contorcido distal. É sensível aos níveis de cloro e sódio, enviando
informações para o glomérulo reabsorver essas substâncias em caso de
necessidade.
A cortical e a medular são formadas pelo Interstício Renal, que é um tecido
rico em células intersticiais e vasos. Estas células são produtoras de hormônios.
Se dividem em células intersticiais corticais e medulares. As corticais produzem o
hormônio eritropoetina, que estimula a medula óssea a produzir eritrócitos. Nos
cães, 100% da eritropoetina é produzida nos rins, nos outros animais essa
produção é cerca de 85%. As medulares produzem a medulina I, que é captada
pelo fígado onde é metabolizada e transformada em medulina II, que é um
importante vasodilatador.

Fígado

Desempenha várias funções no organismo. É uma glândula endócrina e


exócrina. Uma função exócrina é a excreção da bile (ácidos biliares e bilirrubina).
Macroscopicamente o fígado se divide em lobos e microscopicamente em
lóbulos:
 Lóbulo hepático clássico – forma a figura de um hexágono, com uma
veia centro lobular, e cada vértice do hexágono _ são 6 vértices _
centrado em um espaço porta.
 Lóbulo Portal – forma a figura de um triângulo, tendo como centro um
espaço porta e as veias centro lobulares (dos lóbulos hepáticos
clássicos vizinhos) como ângulos. Toma-se o lóbulo portal como base
no caso de patologias na saída da bile, pois ela caminha das veias para
o espaço porta.
 Ácino Hepático – tem a forma de um losango, formado por duas veias
e dois espaços porta. É a região aonde as ramificações das artérias
(que vem dos espaços porta) nutrem os lóbulos.

Os lóbulos hepáticos são compostos por hepatócitos (que podem ter dois
núcleos, mas a maioria só tem um), capilares sinusóides e Espaço de Disse (entre
a parede dos hepatócitos e a parede dos capilares). Dentro do espaço de Disse
acumula-se a Substância Amilóide, que é protéica e reage semelhante a um
amido (açúcar). No espaço de Disse encontramos células armazenadoras de
lipídios, que também armazenam vitaminas lipossolúveis. A principal vitamina
armazenada é a vitamina A. Quando há acúmulo de substância amilóide no
espaço de Disse, há uma deficiência de vitamina A (hipovitaminose A), por falta de
espaço para armazená-la. Há um “inchaço” neste espaço, comprimindo os
capilares e os hepatócitos, causando atrofia dos hepatócitos e problemas na
circulação local, que fica deficiente. Isso altera todo o metabolismo.
A Tríade Portal é composta pelo Ducto Biliar; Vênula (ramo da veia porta) e
Arteríola (ramo da artéria hepática), além dos vasos linfáticos, envoltos por tecido
conjuntivo denso.
OBS: O espaço porta é envolvido por tecido conjuntivo denso (interlobular).
O parênquima do fígado são os hepatócitos. O estroma são as fibras reticulares,
que sustentam os hepatócitos. O fígado faz mitose (reposição celular), pois suas
células são estáveis: Células Lábeis – fazem mitose continuamente; Células
Estáveis – fazem mitose em períodos específicos, em caso de necessidade.
Células permanentes – não fazem mitose. A circulação sangüínea é centrípeta
(em direção do espaço porta para a veia centro lobular), a circulação biliar é
centrífuga (em direção da veia centro lobular para o espaço porta). Entre dois
hepatócitos existe um canalículo chamado de canalículo biliar.

Circulação Sangüínea do Fígado


Possui dois vasos aferentes (artéria hepática e veia porta) que
desembocam no espaço porta, formando uma arteríola e uma vênula. Os dois
tipos de sangue (arterial e venoso) se misturam ao nível dos capilares sinusóides,
onde irão nutrir os hepatócitos e serem metabolizados por eles e pelas células de
Kupfer. Seguem para a veia centro lobular, que é o último componente a absorver
o sangue. As veias centro lobulares deixam o fígado, vão se unindo e formando as
veias hepáticas (vasos eferentes) que desembocam na veia cava caudal.

Circulação Biliar
Começa nos canalículos biliares, para onde é drenada a bile produzida
pelos hepatócitos. A bile é drenada para os dúctulos biliares ou bilíferos (ou canais
de Hering), que desembocam nos ductos biliares do espaço porta. Vários ductos
biliares se unem e formam os canais hepáticos, que se unem e formam o Ducto
Hepático Comum. A união do ducto hepático comum com o ducto cístico forma o
ducto colédoco.
OBS: As células enteroendócrinas do duodeno sintetizam os hormônios Secretina
e Colecistocinina. A colecistocinina faz a contração das células musculares lisas
da vesícula biliar, promovendo a saída da bile. A diminuição do fluxo da bile é
denominada de Colestase.

Pâncreas Exócrino
Composto pelos ácinos pancreáticos, que são glândulas serosas (células
estáveis – fazem mitose em torno de 50 dias) que secretam dois tipos de
secreção:
 Uma secreção abundante, que é pobre em enzimas e rica em
bicarbonato. É produzida pelas células centro acinosas e pelas células
dos ductos, que são estimuladas pela secretina. Sua função é controlar
a acidez.
 Uma secreção mais escassa, que é rica em enzimas e pró-enzimas
digestivas (produzidas pelas células dos ácinos pancreáticos,
estimulados pela colecistocinina) e pobre em bicarbonatos e íons.

Para digerir alimentos básicos, há a liberação de colecistocinina, e para


digerir alimentos ácidos, há liberação de secretina.

Sistema Endócrino
Hipófise
Tem uma origem neuroectodérmica (origem embrionária dupla). A porção
com origem ectodérmica é a Adeno-hipófise. A com origem nervosa é a Neuro-
hipófise.
A adeno-hipófise possui três partes: Pars Tuberalis (tuberal), Pars Distalis
(distal) e Pars Intermedia (intermediária). A neuro-hipófise possui duas regiões:
Infundíbulo e Pars Nervosa.
O pedículo da glândula hipófise é formado pelo infundíbulo e pela pars
tuberalis.
Em termos hormonais, a pars distalis e a pars nervosa é que são
importantes. A pars distalis também é conhecida como Lobo Anterior da glândula
hipófise. O Lobo Posterior é formado pela pars nervosa e pela pars intermedia.
A pars nervosa não secreta hormônios, apenas armazena e libera os
hormônios produzidos no hipotálamo. A pars distalis é secretora de hormônios. Ela
produz e libera de acordo com a necessidade.

Hormônios e Tipos Celulares da Adeno-hipófise


Célula Coloração Hormônio
Hormônio do
Somatotrófica Acidófila crescimento, ou
somatotrofina (GH)
Mamotrófica Acidófila Prolactina ou hormônio
lactogênico
Hormônio folículo
Gonadotrófica Basófila estimulante (FSH) e
luteinizante (LH)
Tireotrófica Basófila Hormônio tireotrófico
(TSH)
Hormônio
Corticotrófica Basófila adrenocorticotrófico
(ACTH)
OBS: São duas células acidófilas e três basófilas.

O GH atua no disco epifisário dos ossos, estimulando o crescimento.


A prolactina atua nas glândulas mamárias estimulando a produção de leite.
O FSH atua estimulando os folículos ovarianos, nas fêmeas, e a
espermatogênese (produção de espermatozóides), nos machos.
O LH tem várias atuações nas fêmeas: amadurecimento final do folículo
ovariano, faz com que ocorra a ovulação (saída do ovócito do ovário – rompimento
do folículo), faz com que haja o aparecimento do corpo lúteo e estimula a síntese
de estrogênio e de progesterona pelo corpo lúteo. Nos machos, estimula as
células intersticiais dos testículos a produzirem testosterona.
O TSH estimula as células foliculares da tireóide a produzirem colóide, que
se unem com o iodo formando T3 e T4. Os hormônios T3 e T4 estimulam as
mitocôndrias, aumentando a fosforilação oxidativa, aumentando o metabolismo.
O ACTH estimula a córtex das adrenais a produzirem corticóides –
principalmente glicocorticóides (mais do que mineralocorticóides). Os
glicocorticóides atuam no metabolismo protéico, são antinflamatórios.
O hipotálamo possui núcleos (acúmulos) de neurônios. O núcleo
paraventricular e o núcleo supraótico são os mais importantes, pois sintetizam dois
hormônios que são armazenados pela pars nervosa da hipófise: Ocitocina e ADH
(hormônio antidiurético). A ocitocina estimula a contração do miométrio (músculos
lisos da parede) do útero e estimula as células mioepiteliais das glândulas
mamárias a ejeção do leite. O ADH atua nos túbulos contorcidos distais e nos
tubos coletores, para reabsorverem água.

OBS: A pars nervosa é formada por fibras amielínicas e por pituócitos (células da
glia que sustentam e nutrem os neurônios), e a pars distalis é formada por células
acidófilas e basófilas.

Tireóide
Revestida por uma cápsula de tecido conjuntivo que envolve os folículos
tireoideanos (no interior do parênquima). Esses folículos são revestidos por
epitélio cúbico simples. Esse epitélio produz uma glicoproteína chamada colóide,
que é armazenada na luz dos folículos. As células epiteliais possuem uma bomba
de captação de iodo, que capta iodo do meio externo e o joga para a luz do
folículo, onde irá se combinar com o colóide formando a T3 (triiodotironina) e a T4
(tetraiodotironina), também chamada de tiroxina. Ambas atuam aumentando o
número de mitocôndrias e de cristas mitocondriais, aumentando a capacidade de
metabolismo, pois aumentam a fosforilação oxidativa, aumentando a energia.
Células C ou Parafoliculares (ao lado dos folículos) produzem um hormônio
chamado calcitonina, que atua diminuindo a taxa de cálcio (níveis plasmáticos de
Ca++) – é hipocalcemiante. Esse hormônio atua antagonicamente ao
paratormônio das paratireóides.

Paratireóides
O paratormônio é produzido pelas células principais das paratireóides. É
um hormônio hipercalcemiante – atua aumentando o nível de cálcio.
Quando o cálcio está em níveis normais, está em normocalcemia.
Conforme vai sendo consumido, entra em hipocalcemia, o que estimula as
paratireóides a liberarem o paratormônio. O paratormônio estimula o aparecimento
e a atividade dos osteoclastos (união de monócitos), que fazem a
desmineralização do tecido ósseo (retira cristais de hidroxiapatita – fosfato de
cálcio). Desmembram o fosfato de cálcio em fosfato e cálcio e jogam no sangue,
aumentando o nível de cálcio, voltando para normocalcemia. O fosfato em
excesso é eliminado do sangue pela urina.
Se o organismo estiver desregulado, pode ocorrer uma hipercalcemia, que
estimula a tireóide a produzir calcitonina (pelas células C), que irá inibir a ação dos
osteoclastos, reduzindo o nível de cálcio no sangue, voltando para
normocalcemia.

Adrenais ou Supra-renais
Se localizam acima de cada pólo do rim. Tem forma de meia lua. Possuem
cortical externa e medular interna, revestidas por uma cápsula de tecido conjuntivo
frouxo.
A cortical é composta por três camadas, ou zonas: Zona Glomerulosa (mais
externa), Zona Fasciculada (mediana) e Zona Reticulada (mais interna). A cortical
produz hormônios glicocorticóides (cortisol, cortisona, corticosterona),
mineralocorticóides (aldosterona) e androgênicos (masculinizantes – mas não são
muito potentes).
Os glicocorticóides atuam no metabolismo protéico, lipídico e de
carboidratos. Outra ação importante é a de inibirem a síntese de DNA,
principalmente do sistema imune (se tomar glicocorticóides por muito tempo, fica
com a resposta imunitária baixa), inibem a inflamação (são antinflamatórios).
A principal ação dos mineralocorticóides é inibir a excreção de sódio pelos
túbulos renais.
Na medular das adrenais, ocorre a produção de dois hormônios: adrenalina
e noradrenalina. Esses hormônios atuam no SNA (simpático). Suas células são
produtoras de catecolaminas (que formam a adrenalina e a noradrenalina).

OBS: Hipofisectomia – remoção da hipófise. Com a remoção da hipófise, a taxa


de glicocorticóides abaixa drasticamente, enquanto a de mineralocorticóides
permanece normal. Isso ocorre porque a hipófise produz o ACTH, que eleva o
nível de glicocorticóide e de mineralocorticóide. Sem o ACTH, esse estímulo
cessa, mas células justaglomerulares dos rins produzem a renina, que age no
angiotensinogênio, formando a angiotensina I, que origina a angiotensina II, que
estimula as adrenais a produzirem aldosterona, que é um mineralocorticóide. Por
esse motivo, só o nível de glicocorticóide baixa.

Pâncreas Endócrino (Ilhotas Pancreáticas)


O pâncreas fica entre as alças duodenais. As ilhotas pancreáticas são
compostas por células B (ou beta), A (ou alfa) e D (ou delta). São grupos de
células cercadas por ácinos pancreáticos.
As células B são as mais numerosas e produzem a insulina (hormônio
hipoglicemiante – diminui a taxa plasmática /sangüínea de glicose). A célula A
produz o glucagon (antagônico da insulina – hiperglicemiante). A célula D produz a
somatostatina (inibe a somatotrofina – hormônio do crescimento), mas que no
pâncreas inibe as células A e B, quando o nível de insulina chega ao equilíbrio.
Diabete insipidus e Diabete mellitus: A diferença entre elas é que na do tipo
melitus ocorre a destruição das células B, aumentando o nível de glicose (diminui
a insulina) e na do tipo insipidus ocorre a destruição de neurônios dos núcleos
suparaóticos e paraventriculares do hipotálamo, causando falta de ADH e
ocitosina, o que provoca muita eliminação de água (diurese excessiva - policírea)
e polidipsia (muita sede).

Sistema Reprodutor Masculino

 Gônadas – testículos – produção de gametas; secreção de hormônios.


 Vias Espermáticas – túbulos eferentes, epidídimo, ducto deferente, uretra.
 Glândulas Anexas – glândulas ampolares (ampola), glândulas vesiculares
(vesículas seminais), próstata, glândulas bulburetrais, glândulas uretrais.

A túnica albugínea reveste externamente o testículo e o epidídimo. Ela


envia septos para o interior do testículo, dividindo-o em lóbulos. Dentro dos
lóbulos testiculares encontram-se alguns túbulos seminíferos. Na parede destes
túbulos seminíferos existem dois tipos de linhagens celulares: células da linhagem
espermatogênica e células de Sertoli.
OBS: Os túbulos seminíferos desembocam nos túbulos retos, que formam a rede
testicular, desembocando nos túbulos eferentes, que se unem formando um único
tubo todo enovelado, que é o epidídimo. Ele se divide em cabeça, corpo e cauda,
que desemboca na uretra.
As células da linhagem espermatogênica são:
1. Espermatogônias – tem origem fetal, mas só se desenvolvem
(amadurecem) na puberdade. Se dividem mitoticamente originando
novas espermatogônias. Parte dessas novas espermatogônias
param de sofrer mitose e se diferenciam, originando os
espermatócitos I. A outra parte continua originando (sendo fonte)
novas espermatogônias (que são 2n)
2. Espermatócitos I ou Cito I – sofrem meiose, originando as cito II.
Essa meiose é reducional, passam de 2n para n (metade dos
cromossomos). A cito I ainda é 2n, as cito II é que são n.
3. Espermatócitos II ou Cito II – são n. Sofrem nova meiose, mas
dessa vez não é reducional e sim equacional, originando as
espermátides (n).
4. Espermátides – sofrem citomorfose e originam os espermatozóides.
O processo todo se chama Espermatogênese. O processo final (a
citomorfose) é chamado de Espermiogênese.
No animal impúbere (imaturo sexualmente) a parede do túbulo seminífero
tem as células de Sertoli e as espermatogônias, mas não possui as células da
linhagem espermatogênica, apenas terá as espermatogônias. O processo de
espermatogênese só se inicia na puberdade.
Funções da Célula de Sertoli
 Sustentação e proteção dos gametas;
 Nutrição dos gametas;
 Formação de barreira testicular;
 Fagocitose de gametas danificados e restos celulares;
 Secreção da proteína de ligação com androgênio (PLA ou ABP);
 Secreção de estrogênio;
 Secreção de inibina.
As células de Sertoli são grandes e possuem invaginações em sua parede.
As células da linhagem espermiogênica e os espermatozóides ficam inseridos
nestas invaginações. Se encaixam (as células de Sertoli) umas nas outras por
ligações juncionais. Fazem uma barreira hematotesticular, para proteger os
espermatozóides contra bactérias que podem chegar através do sangue, que
passa logo abaixo, pelo tecido conjuntivo.
Produz PLA (ou ABP em inglês), que é uma proteína que faz ligação com o
androgênio (testosterona).
Feedback positivo para produção de espermatozóides: ejaculação.
Feedback negativo para parar a produção de espermatozóides: acúmulo de
espermatozóides no epidídimo.
O acúmulo de espermatozóides no epidídimo envia um impulso para o
hipotálamo, que envia impulso para a célula de Sertoli produzir inibina. A inibina
cai na corrente sangüínea, chega ao hipotálamo que envia impulsos para a
hipófise parar de produzir FSH e LH. O FSH estimula a espermatogênese,
estimulando a célula de Sertoli a produzir PLA. O LH estimula as células
intersticiais (de Leydig) a produzirem testosterona. Essas células se localizam fora
do túbulo seminífero, no interstício. O PLA (dentro do túbulo seminífero) atrai
quimicamente a testosterona, que penetra no túbulo por difusão ativa.
OBS: O estrogênio e a inibina inibem a produção de espermatozóides. A inibina
inibe a produção do FSH na hipófise. A espermatogênese só ocorre em presença
de testosterona.

Sistema Reprodutor Feminino

Ovários – Cortical (epitélio plano ou cúbico simples com estroma – tecido


conjuntivo – logo abaixo) e medular.
Na cortical temos os folículos, na medular os vasos. Na égua é invertido: na
cortical se encontram os vasos e na medular os folículos ovarianos. A égua possui
fossa de ovulação, que é por onde saem os ovócitos. É a única espécie que
possui um local específico para a saída dos ovócitos. Em todos os outros, os
ovócitos saem por qualquer local da cortical. Isso ocorre porque é através da fossa
de ovulação que a medular tem contato com o meio externo.
Os ovócitos passam por fase de ovócito I e ovócito II (1ª e 2ª meioses). Na
égua e na cadela, na ovulação sai ovócito I, em todas as outras espécies sai
ovócito II. A segunda meiose, nesse caso, ocorre na tuba uterina, antes da
fecundação. Na égua ocorre nas primeiras horas e na cadela pode ocorrer até 48
horas após a ovulação.
O primeiro folículo é chamado de folículo primordial. Possui epitélio plano
simples (células foliculares) com o ovócito dentro. Em volta encontramos células
do estroma (derivados do estroma ovariano, da cortical).
O segundo folículo é chamado de folículo primário. É mais desenvolvido
que o primordial. Possui epitélio cúbico simples com zona pelúcida (camada de
glicoproteína, produzida pelas células foliculares) abaixo, circundando o ovócito.
A fase final do folículo primário tem maior desenvolvimento. O epitélio
passa a ser cúbico estratificado, as células passam a se chamar camada
granulosa e as células do estroma de Teca.
No folículo secundário, ou antral, as células da camada granulosa passam
a produzir um líquido chamado líquido folicular, que é rico em proteínas que irão
nutrir o ovócito que está em desenvolvimento. Esse líquido abre espaços
(cavidades) que se chamam Antro Folicular. A teca se desenvolve muito,
formando duas camadas: interna – voltada para o folículo; e a externa – voltada
para o estroma (que é a própria teca). A teca produz o hormônio esteróide,
estrógeno.
O folículo terciário ou maduro, tem o antro como cavidade única (os
espaços se fundem numa única cavidade). As células da granulosa envolvem o
ovócito e formam a Corona Radiata.
O processo se inicia com o FSH (produzido pela hipófise), que estimula o
amadurecimento do folículo. Cai a produção de FSH e aumenta a de LH
(produzido pela hipófise), que estimula o amadurecimento final do folículo, a
ovulação, o aparecimento do corpo lúteo e faz com que ele produza a
progesterona (que inibe o LH). Após a fecundação, a placenta passa a produzir
gonadotrofinas coriônicas (hormônio), que inibem o LH, mas tem a mesma função
do LH, manter o corpo lúteo.

Ciclo Menstrual (Mulheres e Primatas)


1. Fase Proliferativa ou estrogênica – 5º ao 14º dias do ciclo –
ovulação – FSH + Estrógeno. ;
2. Fase Secretória, progestacional ou luteínica – 15º ao 28º dias do
ciclo – após a ovulação – Progesterona;
3. Fase Menstrual – 1º ao 4º dias do ciclo.

Ciclo Estral (demais mamíferos)


1. Proestro – FSH + Estrógeno;
2. Estro – Cio – Estrógeno;
3. Metaestro – ovulação – LH (ocorre a diminuição de FSH e aumento
de LH);
4. Diestro – Progesterona;
5. Anestro – ausência de ciclo estral. O período sem ciclo depende da
espécie.
As fases proestro e estro correspondem a fase proliferativa das mulheres.
As fases metaestro e diestro equivalem a faz secretória.

Nidação – é a fixação (implantação) do embrião. Ocorre na fase luteínica, pois é a


fase onde ocorre a secreção dos nutrientes necessários para a manutenção e
desenvolvimento do embrião. As glândulas do endométrio (do útero), na fase
luteínica, produzem nutrientes (glicogênio) para nutrir o embrião.
Na fase proliferativa ocorre (no útero) a proliferação das glândulas, que só
irão secretar na fase luteínica.
O endométrio possui epitélio cilíndrico simples com células secretoras e não
secretoras. As células secretoras não são ciliadas, as não secretoras são.

Tegumento

O tegumento é a cobertura protetora do corpo. Compreende a pele, seus


apêndices e estruturas modificadas (pêlos, glândulas, cascos, cornos e garras).
A pele é constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica
(epiderme) e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica (derme). Abaixo da
derme se encontra a hipoderme, que não faz parte da pele, mas é que lhe dá
suporte e faz a união da mesma com os órgãos subjacentes.
A pele é o maior órgão do corpo, apresentando múltiplas funções, sendo
altamente elástica e resistente. Graças a sua camada córnea, que recobre a
epiderme, protege o organismo contra a perda de água por evaporação. Contra o
atrito, contra invasão por microrganismos, permite a passagem de substâncias
lipídicas (o que auxilia a administração de remédios sob a forma de pomadas), etc.
É através da pele que recebemos sensações do meio ambiente, pois é ricamente
inervada.

Epiderme
Constituída por epitélio plano estratificado queratinizado. A espessura e a
estrutura da epiderme variam de acordo com sua localização no corpo, sendo
mais espessa e complexa na palma das mãos e na planta dos pés. Está em
constante renovação, já que sua células superficiais se soltam em forma de flocos
ou partículas menores. Essa perda é compensada pela divisão celular na camada
mais profunda, seguida pela migração dessas células para a superfície. Neste
trajeto, as células vão sofrendo uma série de modificações internas que acabam
levando a sua morte, de maneira que ao chegar a superfície sejam incapazes de
reagir as influências do meio externo. Se subdivide nas seguintes camadas:
 Camada Basal – células prismáticas ou cubóides sobre a membrana basal
que separa a epiderme da derme. É a camada que contém as células fonte da
epiderme, portanto também é conhecida como germinativa. Possui intensa
atividade mitótica, sendo responsável pela constante renovação da epiderme.
 Camada Espinhosa – células poligonais cubóides ou ligeiramente
achatadas, de núcleo central, com expansões citoplasmáticas (com
tonofibrilas) que se unem com as de células adjacentes, por meio de
desmossomos. Estas expansões dão a célula um aspecto espinhoso, daí o
nome desta camada. As tonofibrilas e os desmossomos têm importante papel
na manutenção da coesão das células e sua resistência ao atrito.
 Camada Granulosa – células poligonais achatadas, de núcleo central, com
grânulos grosseiros no citoplasma. Estes grânulos são de querato-hialina, não
envoltos por membrana, que irão contribuir para a constituição da camada
córnea. Também possuem grânulos de substância fosfolipídica associados a
glicosaminoglicanas, que contribuem para a formação de material extracelular,
que torna essa camada impermeável a água e outras moléculas.
 Camada Lúcida – uma delgada camada de células achatadas, eosinófilas,
hialinas, sem núcleo e organelas citoplasmáticas, que foram gigeridos por
enzimas dos lisossomos. Ainda se podem ver desmossomos entre elas.
 Camada Córnea – células achatadas, mortas e sem núcleo. O citoplasma
se apresenta repleto de queratina e sua espessura é variável.
Essa subdivisão corresponde a maior parte da epiderme corpo, sendo que
em algumas regiões ela é mais fina, faltando as camadas granulosa e lúcida e
apresentando uma camada córnea muito reduzida.
Encontramos três tipos de células na epiderme:
 Melanócitos – se originam das cristas neurais do embrião e produzem um
pigmento chamado melanina, de cor marrom escura. A melanina cria uma
proteção contra a radiação ultra-violeta, influenciando na capacidade de
adaptação de determinadas espécies a ambientes de climas diferenciados. Se
localizam geralmente nas camadas basal e espinhosa. É uma célula globosa,
com prolongamentos citoplasmáticos em direção a superfície da epiderme,
com núcleo de formato irregular e localização central. Seus prolongamentos
penetram nas reentrâncias das células da camada basal e espinhosa e
transferem os grânulos de melanina para as células destas camadas. Os
grânulos de melanina se encontram em posição supra-nuclear (como um
capuz), oferecendo máxima proteção ao DNA contra a radiação ultra-violeta.
 Células de Langherans – se originam de células precursoras da medula
óssea, trazidas pelo sangue. São células ramificadas, com citoplasma claro e
se localizam em toda epiderme, sendo mais freqüentes na camada espinhosa.
Fazem parte do sistema imunitário. Possuem receptores para imunoglobulinas,
processando e acumulando antígenos em sua membrana e apresentando-os
aos linfócitos.
 Células de Merkel – existem em maior quantidade na palma das mãos e na
planta dos pés. Na base destas células encontramos terminações nervosas
(sem vesículas sinápticas) sugerindo que sejam de natureza sensorial,
recebendo impulsos da própria célula, sendo mecanorreceptoras. Alguns
pesquisadores também acreditam que elas sejam secretoras de hormônios.
A epiderme não recebe vasos sangüíneos nem linfáticos. Sua nutrição se
dá a partir da derme, por difusão.

Derme
É o tecido conjuntivo sobre o qual se apóia a epiderme. Composto
principalmente por fibras colágenas densamente agrupadas, mas também possui
fibras elásticas. A derme possui duas camadas, com limites pouco distintos que
são:
 Camada Papilar – é a camada mais superficial. É delgada, constituída por
tecido conjuntivo frouxo. Recebe esse nome por possuir uma superfície
irregular, com saliências que acompanham as reentrâncias da epiderme,
chamadas de papilas dérmicas. Essas papilas aumentam a área de contato
com a epiderme, dando mais resistência a pele.
 Camada Reticular – é a camada mais profunda. É mais espessa,
constituída por tecido conjuntivo denso.
Ambas possuem muitas fibras elásticas. A derme é altamente vascularizada
e inervada. Também é nela que encontramos estruturas derivadas da epiderme,
como pêlos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas.

Conclusão

A Histologia é o estudo das células, dos tecidos e da forma como seus


componentes se inter-relacionam, tanto de forma estrutural quanto funcional. A
célula varia consideravelmente de um tecido ou sistema para outro e esta
plasticidade celular é devido ao mecanismo de diferenciação que sofrem de
acordo com sua especialização ou condição ambiental.
Atualmente, os conhecimentos histológicos têm se relacionado com outros
campos da ciência, como a bioquímica, biologia molecular e a fisiologia,
fornecendo a base para a compreensão de processos patológicos e suas causas.

Bibliografia consultada

CUNNINGHAM, J. G. Tratado de Fisiologia Veterinária. 2ª ed., Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, p. 528. 1999.
DELLMAN, H. e BROWN, E. M. Histologia Veterinária. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, p. 397. 1982.

REECE, W. O. Fisiologia de Animais Domésticos, São Paulo: Roca, 1996.

RIBEIRO, V.R. Aulas ministradas durante curso de graduação em Medicina


Veterinária na UNIFESO. Teresópolis, 2003.

Como referenciar esta apostila:


SOUZA, G.K. El K. de. Apostila de Histologia Veterinária. Teresópolis, 2008.
Disponível em: <https://www.oboulo.com/>

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