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Empresarial
CERS
2013.2
1. FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL
A- Fontes Primárias:
I- Constituição Federal;
B- Fontes Secundárias:
I- Analogia;
II- Costumes: é uma fonte muito importante, pois muitos contratos acabam surgindo no
decorrer da atividade empresarial, e por consequência, o legislador acaba
regulamentando essa pratica por meio de lei. As principais características que os
costumes devem possuir são as seguintes:
Uniforme;
Constante;
Boa-fé;
Observação da lei;
Assentado na junta comercial.
O art. 8, inciso VI da Lei 8.984/94 estabelece que o costume poder ser objeto de
assentamento na junta comercial, e, se assim for reconhecido na junta comercial, poder
ser utilizado como meio de prova uma certidão emitida pela junta.
O Prof. Malheiros entende que deve ser utilizado a ordem de preferencia estabelecida no
art. 4 da Lei de Introdução as Normas no Direito Brasileiro “Quando a lei for omissa, o
juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de
direito”.
Atenção: Alguns autores entendem que a doutrina e a jurisprudência também faria parte
da estrutura das fontes secundárias de direito.
2. CARACTERÍSTICAS DO DIREITO EMPRESARIAL
Internacionalidade
Globalização
Lei do Cheque
Direito de Empresa;
Direito Societário;
Direito Cambiário;
Direito Falimentar.
AULA 1.2
3. PRINCÍPIOS DO DIREITO EMPRESARIAL
Livre Iniciativa;
Cambiário;
Autonomia da vontade;
Preservação da empresa;
Maximização dos ativos do falido;
Liberdade de associação;
Liberdade de competição.
A- Corporações de ofícios: esse sistema foi criado na idade média e o sistema que era
adotado nessa época era o fechado protetivo. Esse sistema teve origem com a evolução
do comercio terrestre, no entanto para ser considerado comerciante ele deveria se filiar
as corporações de ofícios.
B- Teoria de atos comércio: esse sistema foi criado como o advento da Revolução
Francesa de 1807 (Código Napoleônico). A qualquer pessoa poderia ser comerciante,
desde que praticasse atos de comercio de forma profissional (habitualidade), com a
finalidade de obtenção de lucros e desde que por meio da intermediação (produtor e
vendedor). O Código Napoleônico possuía um rol descritivo das atividades que eram
consideradas comerciantes.
A teoria dos atos de comércio era muito criticada por falta um critério cientifico, que
reconhecesse algumas atividades que poderiam ser beneficiadas com os benefícios que
os comerciantes possuíam.
O Código Comercial de 1850 brasileiro foi influenciado pelo sistema francês, pelo
código espanhol e pelo código português.
Já o regulamento 738 criou os tribunais de comércio, sendo que esse regulamento foi
revogado em 1875.
DPE-ES 2012 CESPE “No Código Comercial do Império do Brasil, adotou-se, por
influência dos códigos francês, espanhol e português, a teoria dos atos de comércio, no
que se refere à sua abrangência e aplicação”.
Errado: Pois a teoria dos atos de comércio foi adotada pela resolução 737.
Empresário Rural:
Art. 971 do CC/02 “O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal
profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus
parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da
respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os
efeitos, ao empresário sujeito a registro”.
Profissão intelectual:
Art. 966, parágrafo único do CC/02 “Não se considera empresário quem exerce
profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso
de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de
empresa”.
Art. 591 do CPC “O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com
todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei”.
Art. 978 do CC/02 “O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal,
qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da
empresa ou gravá-los de ônus real”.
Art. 1.647, inciso I do CC/02 “Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos
cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis”.
Atenção: Existe um conflito de normas jurídicas entre o art. 978 do CC/02 e o Art.
1.647, inciso I do CC/02.
6.2 Trespasse
A Sessão de quotas é uma espécie de transferências das quotas de uma pessoa para
outra, caracterizado pela modificação societária.
Exemplo: Bruno e Bento possuem quotas da sociedade Thunter Alimentos LTDA (bens
integrantes da Sociedade Thunder: nome, marca, ponto, patente, veículos, utensílios,
móveis e título) e vendem suas contas a Carlos e Roberto.
Efeitos do trespasse:
Em relação a terceiros:
Art. 1.144 do CC/02 “O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou
arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de
averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no
Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial”.
Em relação a credores:
Art. 1.145 do CC/02 “Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu
passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os
credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a
partir de sua notificação”.
No entanto se o alienante continuar com bens que possam saldar todas as dividas não
será necessário a referida autorização dos credores, ou na hipótese do adquirente efetuar
o pagamento de todas as dividas.
Exemplo: Uma divida venceu no dia 10 de Abril de 2014, e o trespasse foi publicado
no dia 15 de Abril de 2014.
o Responsabilidade subsidiária:
Art. 133, inciso II do CTN “A pessoa natural ou jurídica de direito privado que
adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento
comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma
ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos,
relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:
subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de
seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo
de comércio, indústria ou profissão”.
o Responsabilidade integral:
Art. 133, inciso I do CTN “A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir
de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial,
industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra
razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao
fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: integralmente, se o
alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade”.
Obrigações trabalhistas:
o Falências:
Art. 141, II da Lei de Falência “O objeto da alienação estará livre de qualquer ônus e
não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de
natureza tributária, as derivadas da legislação do trabalho e as decorrentes de
acidentes de trabalho”.
o Recuperação judicial:
Art. 60, § único da Lei de Falências “O objeto da alienação estará livre de qualquer
ônus e não haverá sucessão do arrematante nas obrigações do devedor, inclusive as de
natureza tributária, observado o disposto no § 1o do art. 141 desta Lei”.
6.4 Aviamento
Fábio Ulhôa Coelho entende que as expressões cliente e clientela podem ser
consideradas como sinônimos e por consequência atributo do próprio aviamento.
Nome Empresarial
6.6 Alienação e suas espécies
6.7 Princípios