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Prezado Tutor(Polo) e Aluno: Os vídeos inseridos em seu dvd trazem recursos extras
(mensagens e aulas de terceiros) e tem como objetivo ampliar o conhecimento dado
através da apostila, podendo os mesmos serem utilizados como tarefa extra aula, a seu
critério.
Introdução
O termo BÍBLIA não existe no texto das Sagradas Escrituras. O vocábulo bíblia
significa coleção de livros pequenos e deriva da palavra biblos , nome dado pelos gregos à
folha de papiro preparada para a escrita. A palavra portuguesa BÍBLIA vem do grego, que é o
plural de bíblion , ou seja, livros .
A expressão BÍBLIA foi aplicada às Sagradas Escrituras por João Crisóstomo, patriarca
de Alexandria (Viveu entre 344-407 d.C. Nasceu em
Antioquia. Foi considerado um dos pais da Igreja . Seus
restos mortais foram roubados há 1.000 anos, no saque
de Constantinopla, um dos momentos mais dramáticos da
história nas relações entre as Igrejas do Oriente e
Ocidente). Trata-se de uma coleção de livros
perfeitamente harmônicos entre si. Tais livros foram
reunidos num só volume através de um longo processo
histórico divinamente dirigido: a sua canonização; isto é,
o criterioso e formal reconhecimento pela Igreja dos
escritos divinamente inspirados do Antigo e do Novo
Testamento. Esse conjunto de escritos sagrados passou
a denominar-se Cânon ou Escrituras Canônicas.
DEUS, que antigamente falou muitas vezes e de muitas maneiras aos pais
(Hebreus 1:1), queria que a sua PALAVRA não somente ficasse guardada pelos homens por
meio da sua própria experiência com Deus e pela tradição falada, isto é, os pais contando
aos seus filhos e assim sucessivamente.
Portanto, DEUS ordena a Moisés: Escreve isto para a memória num livro (Êxodo
17:14). Ordem esta que foi depois repetida durante 1.600 anos por um valor aproximado de
40 homens inspirados por DEUS e assim, surgiu o LIVRO DE DEUS (Isaias 34:16), que nós
chamamos de BÍBLIA.
INSPIRAÇÃO x REVELAÇÃO
INSPIRAÇÃO é a atividade divina em que o Espírito Santo guia as mentes dos
homens selecionados e os tornam instrumentos de Deus a fim de comunicarem a
REVELAÇÃO .
REVELAÇÃO e INSPIRAÇÃO não significam a mesma coisa, mas são palavras de
sentidos afins e que se entrelaçam na produção da Palavra de Deus. REVELAÇÃO é a
atividade de Deus em que ELE e seus propósitos se tornam conhecidos ao homem.
INSPIRAÇÃO é a capacitação sobrenatural de receber, discernir, interpretar e transmitir a
verdade que foi revelada.
INSPIRAÇÃO: DEUS FALA ATRAVÉS DO HOMEM (que discerne e transmite)
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A tríade da REVELAÇÃO:
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Há muito tempo DEUS falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos
antepassados por meio dos profetas, mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho,
a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo .
(Hebreus 1:1-2 / NVI)
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Atos 2:17 x Eclesiastes 5:7 - É espiritual o sonho que provê ILUMINAÇÃO sobre as
vontades de Deus REVELADAS ao sonhador, ou seja, que o ajuda em sua inquirição
espiritual. Assim como os místicos tem que aprender a desconfiar de suas VISÕES, assim
também os sonhadores não devem permitir que seus SONHOS os guiem sem a necessária
disciplina da investigação. Um sonho faz parte de um quadro maior da ILUMINAÇÃO
(Entendimento das Escrituras dada pelo Espírito Santo).
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Ora, os Mórmons ensinam precisamente isso, dizendo que Joseph Smith viu a Deus,
literalmente. Deus teria um corpo um tanto semelhante ao nosso, embora não possa haver
uma definição precisa a respeito? Por isso, os céticos e os fundamentalistas digladiam-se,
apelando para toda a forma de argumento inútil, e muitos intérpretes da Bíblia vem
engrossar a confusão.
O que realmente está envolvido são diversos graus da glória divina, manifestados
aos homens, e não se temos condições de ver alguma porção do suposto corpo de Deus.
Na verdade, não sabemos o que significa ver o ser de Deus, e até que ponto isso é
concebível.
Os homens tateiam em busca de maneiras de expressar o que significa experimentar
a presença de Deus, e o que eles dizem pode ser contraditório. As experiências místicas são
inefáveis, sobretudo quando são de elevada ordem, e qualquer tentativa de expressá-las
mediante a linguagem humana lançará uma luz duvidosa sobre a sua natureza real. A
afirmação de JOÃO 1:18 reconhece essa verdade fundamental, pelo que afirma
categoricamente que ninguém jamais viu a Deus.
Por isso, podemos supor que quase todas as revelações veterotestamentárias da
presença divina deram-se mediante TEOFANIAS, ou seja, qualquer tipo de manifestação da
presença divina que salienta o poder e a glória de Deus, embora sem a visibilidade de seu ser
real e sua essência.
a) Agnosticismo: Não afirmam nem negam a realidade de Deus, mas nega que Deus
possa se comunicar conosco: O absoluto e infinito está
tão retirado dos homens que não pode dar-se a conhecer
a eles . O agnosticismo não é nenhum sistema apoiado
em qualquer teoria científica. É apenas um processo que o
homem tem poderes de personalidade semelhantes ao de
Deus, que lhe possibilitam receber e entender a sua
manifestação.
que vem de fora, e a procurarem Deus em si mesmas, em sua própria natureza, em seu
mundo interior. Obviamente isso leva a desvalorização da Bíblia para dar lugar aos sonhos,
visões e vozes. Assim a autoridade da Bíblia é substituída por pretensas experiências
pessoais ocasionando sérios desvios de doutrina e comportamento.
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dúvida parte do texto original do escritor Bíblico. Assim, nestes termos, esses versículos
devem ser aceitos como parte integrante da Palavra inspirada de Deus.
A ESTRUTURA DA BÍBLIA
Quando você vier, traga a capa que deixei na casa de Carpo, em Trôade, e os meus
livros, especialmente os pergaminhos .
II Timóteo 4:13
Os dez mandamentos não foram as primeiras leis gravadas em pedra. Séculos antes de Moisés, um
rei babilônico chamado HAMURABI fez com que 282 leis fossem inscritas numa coluna de pedra preta
com mais de dois metros de altura. Algumas leis são semelhantes as da Bíblia. “Olho por olho e dente
por dente” de Êxodo 21:24 assemelha-se a lei 196 do Código de Hamurabi que diz: “Se um homem
furar o olho de outro homem, seu olho deverá ser furado”.
O relevo no topo da pedra esculpida representa o Rei Hamurabi recebendo as leis de Shamash, o
deus sol.
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Isso só é possível acontecer porque existe algo sobrenatural que dirigiu sua escrita.
b) A MANEIRA COMO FOI ESCRITA - A Bíblia contém 66 livros que foram escritos durante
um período de mais de 1.500 anos, por cerca de 40 autores diferentes (vivendo em épocas
diferentes) onde não existia nenhum meio de comunicação (rádio, televisão, correios, jornal,
internet...), e, no entanto, é um só livro, com mensagem única e sem contradições naquilo
que afirma. Do Gênesis ao Apocalipse a unidade é lógica: início, meio e fim (De onde vim, o
que faço aqui e para onde vou).
Isso só é possível acontecer porque existe algo sobrenatural que dirigiu sua escrita
A CONSTITUIÇÃO DA BÍBLIA
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Os dois Testamentos:
A palavra TESTAMENTO , que seria mais bem traduzida por ALIANÇA é tradução
de palavras hebraicas e gregas que significam PACTO’ ou ACORDO celebrado entre duas
partes = aliança. Portanto, no caso da Bíblia somos o CONTRATO ANTIGO, celebrado entre
Deus e seu povo, os judeus, e o PACTO NOVO, celebrado entre Deus e os Cristãos.
O ANTIGO TESTAMENTO foi escrito pela comunidade judaica (profetas) e, por ela
preservado um milênio ou mais antes da era de JESUS.
Registra os começos de todas as coisas, a queda, o
povoamento da terra, a formação dos povos, o dilúvio, o
repovoamento, a formação do povo escolhido por meio do
qual seria enviado o MESSIAS, e o fracasso de todo o
gênero humano que, após o pecado, se degenerou e criou
numerosos sistemas religiosos idólatras, sem poder se
restaurar diante do Criador. Tiveram atuação destacada os
profetas, por meio dos quais DEUS falou, os juízes,
sacerdotes, reis e os homens que escreviam os registros do
povo de Israel.
O PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO
I. Desenvolvimento Político
A Expressão 400 anos de silêncio , freqüentemente empregada para descrever o período
entre os últimos eventos do A.T. e o começo dos acontecimentos do N.T. não é correta nem
apropriada. Embora nenhum profeta inspirado se tivesse erguido em Israel durante aquele
período, e o A.T. já estivesse completo aos olhos dos judeus, certos acontecimentos
ocorreram que deram ao judaísmo posterior sua ideologia própria e, providencialmente,
prepararam o caminho para a vinda de Cristo e a
proclamação do Seu evangelho.
Supremacia Persa
Por cerca de um século depois da época de
Neemias, o império Persa exerceu controle sobre a
Judéia. O período foi relativamente tranqüilo, pois
os persas permitiam aos judeus o livre exercício de
suas instituições religiosas. A Judéia era dirigida
pelo sumo sacerdotes, que prestavam contas ao
governo persa, fato que, ao mesmo tempo,
permitiu aos judeus uma boa medida de autonomia e rebaixou o sacerdócio a uma função
política. Inveja, intriga e até mesmo assassinato tiveram seu papel nas disputas pela honra
de ocupar o sumo sacerdócio. Joanã, filho de Joiada (Ne 12.22), é conhecido por ter
assassinado o próprio irmão, Josué, no recinto do templo. A Pérsia e o Egito envolveram-se
em constantes conflitos durante este período, e a Judéia, situada entre os dois impérios, não
podia escapar ao envolvimento. Durante o reino de Artaxerxes III muitos judeus engajaram-
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se numa rebelião contra a Pérsia. Foram deportados para Babilônia e para as margens do
mar Cáspio.
Alexandre, o Grande
Em seguida à derrota dos exércitos persas na Ásia Menor (333 AC), Alexandre marchou para
a Síria e Palestina. Depois de ferrenha resistência, Tiro foi
conquistada e Alexandre deslocou-se pra o sul, em direção ao
Egito. Diz a lenda que quando Alexandre se aproximava de
Jerusalém o sumo sacerdote Jadua foi ao seu encontro e lhe
mostrou as profecias de Daniel, segundo as quais o exército
grego seria vitorioso (Dn 8). Essa narrativa não é levada a sério
pelos historiadores, mas é fato que Alexandre tratou
singularmente bem aos judeus. Ele lhes permitiu observarem
suas leis, isentou-os de impostos durante os anos sabáticos e,
quando construiu Alexandria no Egito (331 AC), estimulou os
judeus a se estabelecerem ali e deu-lhes privilégios comparáveis aos seus súditos gregos.
A Judéia sob os Ptolomeus
Depois da morte de Alexandre (323 AC), a Judéia, ficou sujeita, por algum tempo a
Antígono, um dos generais de Alexandre que controlava parte da Ásia Menor.
Subseqüentemente, caiu sob o controle de outro general, Ptolomeu I (que havia então
dominado o Egito), cognominado Soter, o Libertador, o qual capturou Jerusalém num dia de
sábado em 320 AC Ptolomeu foi bondoso para com os judeus. Muitos deles se radicaram em
Alexandria, que continuou a ser um importante centro da
cultura e pensamento judaicos por vários séculos. No
governo de Ptolomeu II (Filadelfo) os judeus de
Alexandria começaram a traduzir a sua Lei, i.e., o
Pentateuco, para o grego. Esta tradução seria
posteriormente conhecida como a Septuaginta, a partir
da lenda de que seus setenta (mais exatamente 72 - seis
de cada tribo) tradutores foram sobrenaturalmente
inspirados para produzir uma tradução infalível. Nos
subseqüentes todo o Antigo Testamento foi incluído na
Septuaginta.
A Judéia sob os Selêucidas
Depois de aproximadamente um século de vida dos judeus sob o domínio dos Ptolomeus,
Antíoco III (o Grande) da Síria conquistou a Síria e a Palestina aos Ptolomeus do Egito (198
AC). Os governantes sírios eram chamados selêucidas porque seu reino, construído sobre os
escombros do império de Alexandre, fora fundado por Seleuco I (Nicator). Durante os
primeiros anos de domínio sírio, os selêucidas permitiram que o sumo sacerdote continuasse
a governar os judeus de acordo com suas leis. Todavia, surgiram conflitos entre o partido
helenista e os judeus ortodoxo. Antíoco IV (Epifânio) aliou-se ao partido helenista e indicou
para o sacerdócio um homem que mudara seu nome de Josué para Jasom e que estimulava
o culto a Hércules de Tiro. Jasom, todavia, foi substituído depois de dois anos por uma
rebelde chamado Menaém (cujo nome grego era Menelau). Quando partidários de Jasom
entraram em luta com os de Menelau, Antíoco marcho contra Jerusalém, saqueou o templo
e matou muitos judeus (170 AC). As liberdades civis e religiosas foram suspensas, os
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sacrifícios diários forma proibidos e um altar a Júpiter foi erigido sobre o altar do holocausto.
Cópias das Escrituras foram queimadas e os judeus foram forçadas a comer carne de porco,
o que era proibido pela Lei. Uma porca foi oferecida sobre ao altar do holocausto para
ofender ainda mais a consciência religiosa dos judeus.
Os Macabeus
Não demorou muito para que os
judeus oprimidos encontrassem um
líder para sua causa. Quando os
emissários de Antíoco chegaram à vila
de Modina, cerca de 24 quilômetros a
oeste de Jerusalém, esperavam que o
velho sacerdote, Matatias, desse bom
exemplo perante o seu povo,
oferecendo um sacrifício pagão. Ele, porém, além de recusar-se a fazê-lo, matou um judeu
apóstata junto ao altar e o oficial sírio que presidia a cerimonia. Matatias fugiu para a região
montanhosa da Judéia e, com a ajuda de seus filhos, empreendeu uma luta de guerrilhas
contra os sírios. Embora os velho sacerdote não tenha vivido para ver seu povo liberto do
jugo sírio, deixou a seus filhos o término da tarefa. Judas, cognominado o Macabeu ,
assumiu a liderança depois da morte do pai. Por volta de 164 AC Judas havia reconquistado
Jerusalém, purificado o templo e reinstituído os sacrifícios diários. Pouco depois das vitórias
de Judas, Antíoco morreu na Pérsia. Entretanto, as lutas entre os Macabeus e os reis
selêucidas continuaram por quase vinte anos. Aristóbulo I foi o primeiro dos governantes
Macabeus a assumir o título de Rei dos Judeus . Depois de um breve reinado, foi
substituído pelo tirânico Alexandre Janeu, que, por sua vez, deixou o reino para sua mãe,
Alexandra. O reinado de Alexandra foi relativamente pacífico. Com a sua morte, um filho
mais novo, Aristóbulo II, desapossou seu irmão mais velho. A essa altura, Antípater,
governador da Iduméia, assumiu o partido de Hircano, e surgiu a ameaça de guerra civil.
Conseqüentemente, Roma entrou em cena e Pompeu marchou sobre a Judéia com as suas
legiões, buscando um acerto entre as partes e o melhor interesse de Roma. Aristóbulo II
tentou defender Jerusalém do ataque de Pompeu, mas os romanos tomaram a cidade e
penetraram até o Santo dos Santos. Pompeu, todavia, não tocou nos tesouros do templo.
Roma
Marco Antônio apoiou a causa de Hircano. Depois do assassinato
de Júlio Cesar e da morte de Antípater (pai de Herodes), que por
vinte anos fora o verdadeiro governante da Judéia, Antígono, o
segundo filho de Aristóbulo, tentou apossar-se do trono. Por algum
tempo chegou a reina em Jerusalém, mas Herodes, filho de
Antípater, regressou de Roma e tornou-se rei dos judeus com apoio
de Roma. Seu casamento com Mariamne, neta de Hircano, ofereceu
um elo com os governantes Macabeus. Herodes foi um dos mais
cruéis governantes de todos os tempos. Assassinou o venerável
Hircano (31 AC) e mandou matar sua própria esposa Mariamne e seus dois filhos. No seu
leito de morte, ordenou a execução de Antípater, seu filho com outra esposa. Nas Escrituras,
Herodes é conhecido como o rei que ordenou a morte dos meninos em Belém por temer o
Rival que nascera para ser Rei dos Judeus.
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Os escribas não eram, estritamente falando, uma seita, mas sim, membros de uma profissão.
Eram, em primeiro lugar, copista da Lei. Vieram a ser considerados autoridades quanto às
Escrituras, e por isso exerciam uma função de ensino. Sua linha de pensamento era
semelhante à dos fariseus, com os quais aparecem freqüentemente associados no N.T.
Herodianos
Os herodianos criam que os melhores interesses do judaísmo
estavam na cooperação com os romanos. Seu nome foi tirado
de Herodes, o Grande, que procurou romanizar a Palestina
em sua época. Os herodianos eram mais um partido político
que uma seita religiosa. A opressão política romana,
simbolizada por Herodes, e as reações religiosas expressas
nas reações sectárias dentro do judaísmo pré-cristão
forneceram o referencial histórico no qual Jesus veio ao mundo. Frustrações e conflitos
prepararam Israel para o advento do Messias de Deus, que veio na plenitude do tempo (Gl
4.4)
O NOVO TESTAMENTO foi composto pelos discípulos de JESUS ao longo do 1º. Século dC.
Constituído de 27 livros, narra o nascimento, o crescimento, o ministério de JESUS, sua
morte, sua ressurreição e sua ascensão gloriosa ao CÉU. Narra o avanço do Evangelho,
começando com o derramamento do Espírito Santo prometido, no dia de Pentecoste; as
conversões em massa, a formação da Igreja, as perseguições, as viagens missionárias;
registra as epístolas e finalmente, registra toda a revelação escatológica que JESUS
comunicou ao apostolo João na Ilha de Patmos.
CAPÍTULOS E VERSÍCULOS: As Bíblias mais antigas não eram divididas em CAPÍTULOS e
VERSÍCULOS. Essas divisões foram feitas para facilitar a tarefa de citar as Escrituras. Stephen
Langton, professor da Universidade de Paris e mais tarde arcebispo da Cantuária, dividiu a
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a) Inspiração de Deus. Foi Deus quem deu o primeiro passo no processo de canonização,
quando de início INSPIROU o texto. Fica evidente que o povo de Deus não teria como
reconhecer a autoridade divina num livro, se ele não fosse revestido de nenhuma
autoridade.
b) Reconhecimento por parte do povo de Deus. Uma vez que Deus houvesse autorizado e
autenticado um documento, os homens de Deus o reconheciam. Esse reconhecimento
ocorria de imediato, por parte da comunidade a que o documento fora destinado
originalmente. A partir do momento que o livro fosse copiado e circulado, com credenciais
da comunidade de cristãos, passa a pertencer ao CÂNON e a Igreja, mais tarde, viria a aceitar
esse livro em seu cânon cristão.
- O povo aceitou os escritos – II Reis 23:1-3
- Os escritos de Moisés – Êxodo 24:3-4
- Os escritos de Josué – Josué 24:26-27
- Os escritos de Samuel – I Samuel 10:25
- Os escritos de Jeremias – Daniel 9:2
- Aceitação da Lei, Profetas e Salmos no 1º. Séc. d.C. – Lucas 24:44
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Nem todos os escritos religiosos dos judeus eram considerados canônicos pela
comunidade dos cristãos. É obvio que havia certa importância religiosa em alguns livros
primitivos como:
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Pentateuco e os Profetas
Destacamos dois fatos dentre vários, que são reveladores de que os Judeus já tinham
formado o Cânon do Antigo Testamento muito tempo antes do cristianismo:
A literatura judaica do segundo século d.C. revela que o cânon do Antigo Testamento
naquela época já estava formado. Voltando ao testemunho do historiador JOSEFO, ele
escreveu, mais ou menos no ano 90 o seguinte: Porque nós não temos, como os gregos,
miríades de livros discordantes e contraditórios entre si, mas apenas vinte e dois...
justamente aceitos . - O número de 22 livros e não 39 como consta das Bíblias de hoje,
explica-se pela fusão que os tradutores da Bíblia Hebraica para o grego fizeram de alguns
livros.
O fato de a Versão dos LXX ter incluído os apócrifos, e o fato de os apóstolos terem
usado essa versão quando fizeram citações do Antigo Testamento, não os deve confundir
de maneira nenhuma sobre o verdadeiro conteúdo do Antigo Testamento dos Judeus.
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JOSEFO, ao citar o cânon do Antigo Testamento como tendo 22 livros, refere-se também aos
apócrifos, distinguindo-os explicitamente dos livros canônicos. Em relação aos apócrifos ele
é categórico: ...que não tem sido igualmente considerados como dignos de crédito .
(ANGUS, op. cit., p.15)
Portanto, esses livros, que eram a Bíblia de Jesus e dos Apóstolos, são o Antigo
Testamento como o temos hoje, tirando-se, evidentemente, os apócrifos que foram
acrescentados a partir da Septuaginta e depois de sua tradução para o latim, que é a versão
conhecida como VULGATA, da Igreja Católica.
A aceitação inicial das Escrituras Hebraicas não resolveu a questão de uma vez por
todas. Estudiosos de eras posteriores, nem sempre totalmente conscientes dos fatos a
respeito dessa aceitação original, tornavam a levantar questões concernentes a
determinados livros. Todos os 39 livros do Antigo Testamento foram de início aceitos pelo
povo de Deus, vindo dos Profetas.
Durante os séculos seguintes, surgiu e desenvolveu-se uma escola de pensamento
diferente, dentro do judaísmo, que passou a questionar, entre outras coisas, a canonicidade
de certos livros do Antigo Testamento que, antes, haviam sido canonizados. Por fim, tais
livros foram reconduzidos ao cânon sagrado, por haver prevalecido a categoria de inspirados
que lhes havia sido atribuída de início.
A discussão deu ensejo a que surgisse uma terminologia técnica, à qual girou em
torno de quatro tipo de classificação:
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LIVROS APÓCRIFOS
Portanto, desde a era da REFORMA, essa palavra tem sido usada para denotar os
escritos judaicos não-canonicos originários do PERIODO INTERTESTAMENTÁRIO.
A questão diante de nós é a seguinte: Verificar se os livros eram escondidos a fim de ser
preservados, porque sua mensagem era profunda e espiritual ou, porque eram espúrios e
de confiabilidade duvidosa...
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Tobias
Salvação pelas obras: 4:11; 12:8-9
Histórias fictícias, lendárias e absurdas: 6:1-4
Ensino de magias, feitiçarias e superstições: 6:5-9
II Macabeus
Culto e Missa pelos mortos: 12:43-46
Suicídio louvado e justificado: 14:39-46
O próprio autor não se julga inspirado: 15:38-40
Eclesiástico
Salvação pelas obras: 3:33
Trato cruel aos escravos: 33:25-30
Judith
Judith jejuava todos os dias, exceto os sábados (Judite 8:5-6) – Texto
legendário, usado por Roma para a idéia da canonização dos santos .
Entretanto, em nenhuma parte da Bíblia jejuar todos os dias da vida é sinal de
santidade. JESUS jejuou 40 dias/40 noites e não mais jejuou...
d) Embora seu conteúdo tenha algum valor para a edificação nos momentos devocionais,
na maior parte se trata de textos que já se encontram nos canônicos.
e) Nada acrescentam ao conhecimento das verdades messiânicas.
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Por outro lado, a Comunidade Judaica nunca mudou de opinião a respeito dos livros
apócrifos. Alguns cristãos tem sido menos rígidos e categóricos; mas, seja qual for o valor
que se lhes atribui, fica evidente que a IGREJA como um todo nunca aceitou os livros
apócrifos como Escrituras Sagradas.
(Geisler, Norman e Willian Nix – pg. 90 a 98 – INTRODUÇÃO BÍBLICA, Editora Vida -)
Considerações Importantes:
b) O CONCÍLIO DE TRENTO em 1546 dC, aceitou pela primeira vez como canônicos os
seguintes apócrifos: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, I e II
Macabeus e as adições dos livros de Ester e Carta de Jeremias. A VULGATA (Tradução do
VT para o latim – Versão da Igreja Católica), autorizada por este concílio, incluiu também I e
II Esdras e a Oração de Manasses.
Entretanto, a canonização que os apócrifos receberam neste concílio, não recebeu o apoio
da história, muito menos refletiu uma anuência universal, indisputável, dentro da própria
Igreja Católica, isto é os católicos não foram unânimes quanto à inspiração divina destes
livros.
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CAJETAN, que se opusera a LUTERO publicou comentário sobre todos os livros fidedignos do
Antigo Testamento em 1532, omitindo os apócrifos. Antes ainda deste fato, o CARDEAL
XIMENES havia feito distinção entre os Apócrifos e o Cânon do Antigo Testamento em sua
obra Poliglota com Plutense , que por sinal foi aprovada pelo PAPA LEÃO X.
...A Bíblia foi então traduzida para o grego. Alguns escritos recentes foram-lhe
acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados. São os
seguintes livros: Tobias e Judite, alguns suplementos dos livros de Daniel e Ester, os livros da
Sabedoria e do Eclesiástico, Baruc e a Carta de Jeremias, que se lê hoje no ultimo capitulo de
Baruc. .... No tempo da Reforma, os protestantes, depois de terem hesitado por algum
tempo, decidiram não mais admiti-los nas sua Bíblias, pelo simples fato de não fazerem
parte da Bíblia Hebraica Primitiva. Daí a diferença que há ainda hoje entre as edições
protestantes e as edições católicas da Bíblia. Quanto ao Novo Testamento não há diferença
alguma.
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Sua formação levou apenas duas gerações: quase 100 anos. Em 100 d.C. todos os
livros do Novo Testamento estavam escritos. O que demorou, foi o reconhecimento
canônico, isto motivado pelo cuidado e a hesitação das Igrejas de então, que exigia provas
terminantes da inspiração divina de cada um desses livros.
a) A origem apostólica
b) Universalidade - Aceitação (doutrinários e uso)
c) Inspiração (a universalidade traduz-se em inspiração)
d) Consistência doutrinária
O cânon do Novo Testamento é formado por 27 livros. Todos eles foram escritos no
período que vai do ano 50dC até o final do século. O ano 50 assinala o surgimento do
primeiro escrito do Novo Testamento que é a Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses.
O ano de 95 assinala o surgimento do último livro, o Apocalipse escrito pelo Apóstolo João
neste ano.
individualmente, já haviam sido reconhecidos como canônicos antes disse e a maioria deles
foi aceita como canônica no século posterior ao dos Apóstolos. A seleção do cânon foi um
processo que continuou até que cada livro provasse o seu valor, passando pelos critérios da
canonização.
a) Necessidades Internas: saber que livros deveriam ser lidos nas Igrejas.
b) Necessidades Externas: saber que livros deveriam ser traduzidos para as línguas
estrangeiras das pessoas convertidas.
c) Multiplicação dos Livros Heréticos que reivindicavam autoridade divina: Nesta época
surge a primeira relação de livros feita pelo herege agnóstico chamado MARCIÃO, a qual
omitia a maioria das cartas paulinas. Além disso, MARCIÃO ensinava sobre a existência de
dois Deuses : O do Antigo Testamento – Severo e, o do Novo Testamento – o Deus
amoroso; que se opunham mutuamente. Dizia ele, entre tantas outras heresias, que JESUS
veio como mensageiro da parte do Deus Amoroso e que fora morte por pressão do Deus do
Severo.
Podemos resumir tudo isso, dizendo que a grande maioria dos livros do Novo
Testamento jamais sofreu polêmicas quanto à inspiração. Todos os livros originariamente
reconhecidos como inspirados por Deus, que mais tarde sofreriam algum questionamento,
chegaram a gozar plena e definitiva aceitação por parte da Igreja no mundo inteiro.
Certos livros não-canonicos, que gozavam de grande prestígio, que eram muito
usados e que tinham sido incluídos em listas provisórias de livros inspirados, foram tidos
como valiosos para emprego devocional e homilético, mas nunca obtiveram reconhecimento
canônico por parte da Igreja.
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Dentre esses, circulava pela Igreja, (Ver pg. 119-122 do Livro Texto) com bastante
aceitação: Pastor de Hermas; O Didaquê ou Ensino dos doze apóstolos; Apocalipse de Pedro;
Evangelho segundo os Hebreus; etc.
Até agora, vimos dois elos da cadeia vinda de Deus para nós, ou seja, o Elo da
Inspiração (outorga e registro da revelação de Deus para o homem, mediante os profetas), e
o Elo da Canonização (reconhecimento e compilação dos registros proféticos). Portanto, a
fim de compartilhar esses registros com a geração futura, era necessário que se copiassem,
traduzissem, recopiassem e retraduzissem esses livros. Este processo é o terceiro elo da
corrente de comunicação, o Elo da Transmissão.
Visto que a Bíblia vem passando por quase 2.000 anos de transmissão (sem computar
o Antigo Testamento), é razoável que se pergunte se a Bíblia em Português, de que
dispomos hoje, no século XX, constitui reprodução exata dos textos hebraicos e gregos. Em
suma, até que ponto a Bíblia sofreu danos no processo da transmissão?
Seria incorreto dizer que todos os meios de comunicação (anjos, visões, vozes,
sonhos, teofanias...) não eram bons, uma vez que de fato foram meios que Deus usou para
comunicar-se com os profetas. Entretanto, enviar um anjo para que entregasse cada
mensagem de Deus, a cada ser humano, em cada situação, ou empregar vozes audíveis e
milagres diretos, tudo isso seria difícil de administrar e repetitivo.
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fazer que sua mensagem se tornasse algo permanente e se imortalizasse por meio de um
REGISTRO ESCRITO entregue aos homens. (Bíblia = Livros).
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a) Códice Vaticano – Escrito na língua grega e data do IV século d.C. É o mais antigo
conhecido no mundo. É formado de 4 volumes, com 700 paginas e contem quase a
Bíblia inteira. Encontra-se na Biblioteca do Vaticano em Roma desde 1475.
Obviamente pertence à Igreja Católica Romana. O texto todo foi escrito sobre velino
fino (pele de antílopes).
e) Códice Beza – Data da segunda metade do século 5º. d.C. Encontra-se da Biblioteca
de Cambridge, e contem os Evangelhos e Atos, não apenas em grego, mas também
em latim.
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Desde que Davi matou Golias com uma pedra e uma funda, nenhuma outra pedra de
um menino pastor havia cativado o mundo de tal forma. Essa grande descoberta ocorreu
em março de 1947 quando um jovem árabe (Muhammad Adh-Dhib) estava perseguindo
uma cabra perdida nas grutas, a 12 km ao sul de Jericó e 1,5km a oeste do Mar Morto. Na
busca de sua cabra ele avistou uma caverna nos rochedos e, jogou uma pedra dentro dela e,
para sua surpresa, ouviu o som de um pote se quebrando. Ao investigar o que era,
encontrou os rolos que estavam protegidos em potes de barro.
Numa das grutas ele descobriu umas jarras que continham vários rolos de couro.
Deste dia, até 1956, outras grutas que continham rolos e fragmentos de rolos foram
escavadas próximas a QUMRAN. Nessas grutas, os essênios (seita religiosa judaica que
existiu por volta da época de Cristo), haviam guardado sua biblioteca. Um dos rolos era uma
copia completa de ISAIAS, escrita cerca de 150 anos antes de Jesus, ou seja, 1.000 anos mais
antiga do que qualquer outra copia previamente descoberta.
As descobertas do MAR MORTO são importantes porque produziram fragmentos da
comunidade judaica dos anos 130 a.C. a 70 d.C. Apenas o livro de ESTER não esta
representado nos rolos do Mar Morto. Isso significa dizer que a descoberta foi uma
contribuição importantíssima para o estudo da transmissão do Velho Testamento, dando
assim a certeza de que as Escrituras que chegaram até nós são fidedignas.
Em Antioquia antes da revolta dos Macabeus em 167 a.C. os sírios destruíram maior
parte dos manuscritos do Antigo Testamento. Essa destruição aconteceu entre os anos 175
– 163 a.C., por ordem do rei da Síria, Antíoco Epifânio, o qual queria abolir a religião judaica
e, o método que julgou apropriado foi destruir seus escritos sagrados e impedir seus cultos.
Foi nessa circunstância que a COMUNIDADE DE QUMRAN deu enorme contribuição
para a preservação e a transmissão das Escrituras, escondendo os rolos de manuscritos do
Antigo Testamento durante o período da insânia destrutiva desse rei.
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Régua do tempo:
Ano Zero
TEXTO MASSORÉTICO
As vogais e os sinais de acentuação dos Massoretas ajudam aqueles que vivem numa
época posterior a tradição oral e que precisam se esforçar para aprender hebraico com os
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livros. Graças aos MASSORETAS, qualquer pessoa hoje que tenha bom domínio da língua
hebraica, pode ler o Antigo Testamento como era lido na antiguidade.
O TEXTUS RECEPTUS
Acontece que o Textus Receptus não era outro senão o próprio texto bizantino
(Teodoro Beza, 1519-1605), que rolara durante centenas de anos em cópias manuscritas e
acumulara uma sobrecarga de acréscimos e erros. Apesar disso, tornou-se o texto básico
do mundo protestante, e sua autoridade era considerada canônica. Muitos teólogos dos
séculos XVI e XVII adotaram-no verdadeiramente como um texto revelado.
Por haver sido descuidada e apressada, a primeira edição estava repleta de erros
tipográficos. O próprio ERASMO numa carta enviada a um amigo, reconheceu logo depois
que sua obra havia sido mais precipitada que editada (Ap. Kümmel – Introdução ao Novo
Testamento, pg. 714). E embora a maioria desses erros fossem corrigidos nas quatro
edições seguintes, o texto permaneceu praticamente o mesmo e esse era o mais sério
defeito das edições de Erasmo. Infelizmente, foi assim que o Novo Testamento Grego foi
oferecido ao mundo...
Isso gerou uma grande crise na história do texto bíblico. Até porque o poder que o
Textus Receptus obteve se deveu ao fato de que não teve competidores na forma de
textos impressos por longo tempo e, por causa disso, aqueles que usavam o Novo
Testamento Grego impresso, como base de suas traduções, naturalmente produziam o Novo
Testamento em suas línguas, e retinham as muitas formas que o Texto Receptus
solidificara, mas que não faziam parte do Novo Testamento original.
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Entretanto, depois dos quase 500 anos (2005 dC) do texto impresso e das mais de mil
edições já surgidas desde ERASMO, além das centenas de outros estudos técnicos, a CRITICA
TEXTUAL (ver abaixo) do Novo Testamento chegou a um estágio tal de desenvolvimento que
há hoje uma concordância generalizada entre os estudiosos, ao mesmo tempo que o
numero de variantes contestadas é por demais reduzido.
E, mesmo que uma nova edição venha a divergir em alguns pormenores do texto que
é hoje geralmente aceito, as descobertas e pesquisas mais recentes mostram que nosso
NOVO TESTAMENTO GREGO deve estar muito próximo do texto primitivo dos escritos do
Novo Testamento, que foram introduzidos no cânon.
A CRÍTICA TEXTUAL
A palavra CRÍTICA origina-se do verbo grego Krino que significa JULGAR. A ciência
que procura estabelecer o texto original de um trabalho escrito cujo autografo não mais
exista é denominada Crítica Textual . Conhecida nos meios seculares por Ecdótica , sua
aplicação não se restringe apenas a Bíblia, sendo extensível a qualquer peça de literatura
cujo texto original tenha sido eventualmente alterado no processo de cópia e recópia,
sobretudo antes da invenção da imprensa no século XV. Em outras palavras, a CRITICA
TEXTUAL tem com o primeiro objetivo conhecer a exatidão de um texto.
Baixa Crítica e Alta Crítica: A Crítica Textual costumava ser chamada de Baixa
Crítica como aquela que representava os níveis primários na estrutura do estudo crítico, em
contraposição à Alta Critica que estuda os problemas de composição, incluindo o autor, a
data, o lugar e as circunstancias em que foi escrito o material em questão.
As expressões Baixa Critica e Alta Critica , porém, tem dado margem a objeções
por parecerem indicar diferentes graus de importância. Em vista disso, em tempos recentes
tem sido substituídas respectivamente pelas expressões: CRÍTICA TEXTUAL e CRÍTICA
HISTÓRICA, que melhor descrevem a natureza e os objetivos de ambas as ciências.
Alta Crítica é a discussão das datas e da autoria dos livros. Ela estuda a Bíblia do lado
de fora, externamente, baseada apenas em fontes do conhecimento humano. A Crítica
Textual estuda somente o texto bíblico, e, ao lado da arqueologia, vem alcançando um
progresso valioso, posto à disposição do estudante das Escrituras.
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Crítica Interna - Procura precisar o valor dos textos através do seu conteúdo,
procurando descobrir o que o autor mais provavelmente teria escrito, considerando:
a) Seu estilo e vocabulário através do livro
b) O Contexto
c) Harmonia com o uso do autor em outros lugares nos Evangelhos
d) No caso do NT sempre considerar a base aramaica do ensino de Jesus
TRADUÇÕES E VERSÕES
VERSÃO e TRADUÇÃO são a mesma coisa! São cópias feitas nas línguas em que a
Bíblia é traduzida. Ou seja, possibilita as pessoas que não podem ler na língua original, a
tomarem conhecimento da mensagem universal das Escrituras Sagradas. Compete,
entretanto lembrar, que as traduções não são inspiradas por DEUS, porém, servem como um
testemunho da existência e autenticidade dos originais.
A BÍBLIA não foi logo traduzida, porque o grego era a língua de todo o mundo
civilizado, mas quando o cristianismo chegou às partes menos helenizadas do Império
Romano e a influencia grega declinava, TRADUÇÕES se fizeram necessárias para que os
cristãos lessem a Bíblia no seu próprio idioma.
ANTIGAS TRADUÇÕES
As traduções mais antigas continham trechos do Antigo Testamento e às vezes
também do Novo. Aparecem antes do período dos concílios da Igreja (cerca de 350 d.C.),
abarcando obras como o Pentateuco Samaritano, os Targuns Aramaicos, O Talmude, O
Midrash e a Septuaginta. Essas traduções tinham o propósito duplo que não pode ser
subestimado: eram usadas a fim de disseminar a mensagem dos autógrafos ao povo de Deus
e, ajudá-lo na obrigação de manter a religião pura. A proximidade dos autógrafos também
indica sua importância, visto que conduzem o estudioso da Bíblia de volta aos primórdios
dos documentos originais.
Conhecendo os termos:
Pentateuco Samaritano: Pode ter-se originado no período de Neemias, em que se
reedificou Jerusalém. Essa obra foi uma porção manuscrita do texto do próprio Pentateuco.
Targuns Aramaicos: Os escribas nos tempos de Esdras escreveram paráfrases das
Escrituras hebraicas em Aramaico. Não eram traduções, mas textos explicativos da
linguagem arcaica da TORÁ . Portanto, Targuns são paráfrases ou interpretações. Vários
targuns não-oficiais, em aramaico, foram encontrados nas cavernas de Qumran.
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Talmude: Desenvolveu-se como um corpo da lei civil e canônica hebraica, com base
na TORÁ . Basicamente representa as opiniões e as decisões de professores judeus de cerca
de300 a 500d.C. Era altamente considerada como a segunda lei, sendo a TORÁ a primeira.
Midrash: Uma exposição formal, doutrinária e homilética das Escrituras, redigida em
hebraico ou em aramaico. O Midrash eram comentários em vez de paráfrases.
Septuaginta: Os lideres do judaísmo produziram uma versão modelar do Antigo
Testamento em língua grega conhecida como Septuaginta. Bastante conhecida pela sigla
LXX. (Septuaginta - palavra grega que significa setenta). A tradição diz que essa versão foi
feita por 70 anciãos judeus na cidade de Alexandria, no Egito (284 – 247 a.C.) É a mais
importante tradução do Velho Testamento e até hoje, continua sendo a versão oficial da
Igreja Ortodoxa Grega.
TRADUÇÕES MEDIEVAIS
As traduções da Bíblia produzidas durante a Idade Média em geral continham tanto o
Antigo como o Novo Testamento. Foram concluídas entre 350 a 1400dC. Durante este
período as traduções da Bíblia eram dominadas pela VULGATA LATINA (Tradução do
Hebraico para o Latim) de Jerônimo.
TRADUÇÕES MODERNAS
As traduções modernas surgiram a partir da época de Wyclife que foi considerado o
pai da primeira bíblia completa em inglês. A seguir William Tyndale (1492-1536) fez sua
tradução diretamente das línguas originais, em vez de usar a VULGATA LATINA como fonte.
Dessa época surgiu uma multiplicidade incrível de traduções que continham o total ou
apenas partes do Antigo e as vezes do Novo Testamento. Logo após o desenvolvimento
dos tipos móveis de Johann Gutenberg (1454) a história da transmissão, da tradução e da
distribuição da Bíblia adentra uma era inteiramente nova.
Traduções Alemãs: Inegavelmente a mais famosa é a tradução de LUTERO. Essa
tradução foi extraordinária, não apenas no campo religioso, contribuindo para a propagação
da Reforma, mas também no terreno lingüístico, fixando a língua germânica e dando-lhe
forma literária. A Bíblia de Lutero foi a base das seguintes traduções: Sueca, Dinamarquesa,
Islandesa, Holandesa, Finlandesa e vários outros dialetos.
Traduções Inglesas: Em nenhuma outra língua tem havido tantas traduções e
revisões da Bíblia como a inglesa. Vejamos as principais:
a) João Wycliffe – A primeira tradução de toda Bíblia para o inglês foi feita por ele
(1330-1384). Essa tradução foi conservada em manuscritos até o Século XIX quando foi
impressa em 1948. É uma tradução literal da VULGATA LATINA.
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Até o fim do século XVI não havia nenhuma tradução completa e impressa das
Escrituras em Português. João Ferreira de Almeida foi quem primeiro traduziu a Bíblia
para o nosso vernáculo. Nasceu em 1628, filho de pais católicos, em Lisboa/Portugal. Em
1656 ALMEIDA foi ordenado pastor da Igreja Reformada. Tornou-se ativo ministro e zeloso
no trabalho da evangelização, e pregava em português, espanhol, francês e holandês.
Durante sua longa vida pastoral escreveu e publicou várias obras de caráter religioso, das
quais se sobressai a versão da Bíblia em Português.
Ele traduziu todo o Novo Testamento primeiro e depois se empenhou na tradução do
Antigo Testamento, não tendo, contudo, concluído o trabalho. Traduziu até o livro de
Ezequiel capítulo 41, versículo 21 quando faleceu em Java (Holanda) em 1691.
Na página de rosto da primeira publicação do Novo Testamento (1681) o nome do
autor aparece como Padre, e na segunda edição (1693) consta como Reverendo Padre. A
partir de então, todas as edições, mesmo modernas, tem sido lançadas com o nome de
Padre.
Ele, porém, não era um padre da Igreja Católica. Ele era ministro evangélico na
Holanda. Isso de deveu porque os missionários holandeses na Ásia se intitulavam a si
mesmos de padres dominicanis . É provável que, em virtude de não conhecerem bem o
português, tivessem julgado que o adjetivo dominicano era derivado de Dominus (Senhor), e
ingenuamente achavam que usando a expressão padres dominicanus fosse a mesma coisa
que ministros do Senhor . Isso gerou alguma confusão que acabou dando a impressão que
pertencessem à Ordem Católica dos dominicanos.
Alguns Críticos afirmam que o Novo Testamento é tradução direta do Grego e o
Velho Testamento do Hebraico. Não há muita certeza de quanto hebraico e grego ALMEIDA
conhecia e de que fonte se valeu para a sua tradução. Há apenas suposições de que se valeu
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A BÍBLIA NO BRASIL
Uma edição do Novo Testamento de 1879 feita pela Sociedade de Literatura Religiosa
e Moral do Rio de Janeiro, é tida como sendo a primeira edição brasileira. Em 1904 fruto do
trabalho de uma comissão para traduzir os textos hebraico e grego foram lançadas duas
edições experimentais dos dois primeiros evangelhos. O Novo Testamento completo saiu em
1910 e a Bíblia completa em 1917. Em 1940 lançou-se a Edição Revista e Atualizada da
versão ALMEIDA e só em 1948 foi criada a Sociedade Bíblica do Brasil. Como as Bíblias
editadas no Brasil eram impressas fora, criou-se a Imprensa Bíblica Brasileira, sendo esta
pioneira da impressão da Bíblia no Brasil.
Em 1988 a Sociedade Bíblica do Brasil traduziu e publicou a Bíblia na Linguagem de
Hoje, apresentando uma linguagem mais contextualizada. Por fim, uma comissão
constituída de especialistas em grego, hebraico, aramaico e português, coordenada pelo
Rev. Luiz Sayão, lança pela Sociedade Bíblica Internacional a Nova Versão Internacional.
Traduções Católicas – Uma das mais difundidas é a tradução de Matos Soares,
publicada pelas Edições Paulinas, que foi traduzida da Vulgata, que apresenta a teologia
romana. Encontramos também a versão Ave Maria tradução do Frei João Maredsous.
Outra tradução realizada no Brasil e que esta baseada nas línguas originais é a Santa
Bíblia . Alem de outras, a Bíblia de Jerusalém é um dos mais significativos projetos
intelectuais em matéria da Bíblia. Foi traduzida diretamente dos textos originais, seguindo a
Crítica Textual da Escola Bíblica de Jerusalém.
FATOS E CURIOSIDADES SOBRE A BIBLIA
a) BÍBLIA é uma palavra que não aparece na Bíblia
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b) A palavra DEUS aparece em todos os livros da Bíblia, exceto em Ester e Cânticos dos
Cânticos.
c) Usar a BÍBLIA em cerimônias de juramento, bem como testemunhar num tribunal,
vem da antiga pratica dos Judeus de fazer uma promessa e então dizer: Lembre que
Deus esta nos vigiando (Genesis 31:50). Durante a Idade Média os cristãos juravam
tocando numa cruz, numa Bíblia ou numa relíquia sagrada que acreditavam ter
pertencido a uma pessoa piedosa.
d) O documento mais antigo, na atualidade, que traz um trecho da Bíblia é um
fragmento dos Rolos do Mar Morto, escrita em 225aC. A passagem é de um dos livros
de Samuel que faz parte do AT.
e) O texto mais antigo do Novo Testamento existente é um pedaço do Evangelho de
João. Escrito em torno de 125dC, talvez em torno de 30 anos depois da composição
do Evangelho. O fragmento contem partes de João 18:31-33.
f) Jesus nasceu em Belém de Judá uns dois anos antes da morte de Herodes, o Grande,
o que aconteceu em 4aC. Quando o calendário romano foi reformado, séculos mais
tarde, houve um erro de uns seis anos no calculo do começo da era cristã. É por isso
que, em vez do ano 1 da era crista, a data correta do nascimento de Jesus é 6aC.
g) A Bíblia foi traduzida e publicada mais do que qualquer outro livro da história.
Parcialmente ou na sua íntegra, ela já foi traduzida para mais de 2.400 línguas.
Atualmente, estudiosos reconhecem a existência de cerca de 6.900 línguas em todo o
mundo.
h) Uma pessoa lendo no ritmo normal pode ler a Bíblia em voz alta em cerca de 100
horas, ou talvez, em menos tempo.
i) Gráfico: AT NT Total
Livros 39 27 66
Capítulos 929 260 1.189
Versículos 23.146 7.957 31.103
j) O capítulo que esta no centro da Bíblia é o Salmo 117, que é, também, o menor
capítulo da Bíblia. Este Salmo de dois versículos, resume a mensagem de Deus ao
mundo, e a resposta apropriada das pessoas a Deus.
k) O homem mais velho mencionado na Bíblia é Matusalém, que tinha 969 anos quando
morreu (Genesis 5:27)
PROBLEMAS DE TRADUÇÃO NAS EDIÇÕES DE ALMEIDA
Edição Revista e Corrigida: E.R.C.
Edição Revista e Atualizada: E.R.A.
II REIS 3:27, parte b
E.R.C. ... pelo que houve grande indignação em Israel, por isso, retiraram-se dele e
voltaram para a sua terra .
E.R.A. ... pelo que houve grande ira contra Israel, por isso, se retiraram dali e
voltaram para a sua própria terra .
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que não se encontra no texto grego adotado. Ou seja, os textos duvidosos na E.R.A. são
apresentados entre colchetes. Verificar: Mateus 18:11, Marcos 7:16, Marcos 9:44, Marcos
11:26, Lucas 17:36, João 5:4, Atos 8:37, Atos 15:34, Atos 24:6-7, Atos 28:29....
Através do estudo da Bíblia chegamos a conhecer a verdade que nos liberta (João
8:32). Entretanto, muitas pessoas que acreditam que o estudo da Bíblia é importante nunca
aprenderam como estudar efetivamente e entender a mensagem da revelação de Deus.
Consideremos algumas sugestões práticas de coisas que nos ajudarão a ser melhores
estudantes da Bíblia.
Atitudes e Preparações Necessárias
Antes que possamos estudar efetivamente a Bíblia, precisamos considerar sua fonte
e abordar o estudo com profundo respeito pelo Deus que nos criou e nos revelou sua
vontade nas Escrituras. É importante estudar com absoluto respeito pela palavra de Deus.
Samuel aceitou a instrução de Eli e recebeu as palavras de Deus com uma atitude de
humildade: "Fala, Senhor, porque o teu servo ouve" (1 Samuel 3:9-10). Cada vez que
abrirmos as páginas das Escrituras, deveremos demonstrar exatamente esta atitude. O
estudante humilde tem que ter também um coração aberto. Pedro nos diz que precisamos
esvaziarmo-nos do mal para que possamos aceitar o puro evangelho com o ardente desejo
dos recém-nascidos querendo leite (1 Pedro 2:1-3). Com humildade e corações abertos,
procuramos cumprir o compromisso de cada servo fiel de Cristo: obedecer tudo o que Jesus
nos ordenou (Mateus 28:19-20).
O estudo proveitoso também depende de uma valorização correta do texto que
estamos estudando. A Bíblia contém a completa, suficiente e final revelação da vontade de
Deus para o homem, por isso deverá ser estudada cuidadosa e respeitosamente. O
estudante fiel da palavra deverá estar familiarizado com as afirmações de textos tais como 2
Timóteo 3:16-17; 2 Pedro 1:3; Judas 3; Hebreus 1:1-4; 2:1-3 e Gálatas 1:6-9.
Devemos estudar também com respeito pelo silêncio das Escrituras. Muitos erros
podem ser evitados se temos o cuidado de não falar presunçosamente quando Deus não
falou. Agir quando Deus não disse nada é mudar sua palavra (veja a ilustração em Hebreus
7:12-14, onde o escritor mostra que Jesus não foi um sacerdote de acordo com a lei do
Velho Testamento, mas que ele mudou a lei ao tornar-se um sacerdote de uma tribo que
não estava autorizada a servir desta maneira). Jesus tinha o direito de mudar a lei, mas nós
não. Tais passagens como 2 João 9; 1 Coríntios 4:6 e Apocalipse 22:18-19 nos lembram do
perigo de ir além ou acrescentar à palavra revelada.
quase todas as línguas faladas. Há um bom número de traduções portuguesas. Escolha uma
que seja inteligível, mas que mantenha cuidadoso respeito pela mensagem sendo traduzida.
Ajuda-nos bastante ter várias traduções diferentes para comparar.
Muitos outros livros têm sido escritos para auxiliar no estudo da Bíblia. Uma Chave
Bíblica, por exemplo, é muito útil para localizar várias passagens que usam a mesma palavra.
Serve como um tipo de índice listando as palavras da Bíblia e onde são encontradas. Vários
tipos de dicionários são também bem úteis no estudo da Bíblia. Muitos mal-entendidos
podem ser evitados ou corrigidos pela consulta a um dicionário comum. Dicionários
especiais de palavras bíblicas são ainda mais valiosos, pois freqüentemente dão explicações
úteis do modo como uma palavra é usada nas Escrituras. Ainda que eles sejam um pouco
difíceis de se aprender a usar, os dicionários bíblicos baseados nas línguas bíblicas originais
(hebraico e grego) nos ajudam a apreciar mais precisamente os significados de algumas
palavras. É claro que tais outros livros não são essenciais ao entendimento de nossa
responsabilidade diante de Deus, mas podem esclarecer a mensagem da Bíblia e nos auxiliar
a apreciar sua força e beleza.
Pode também ser útil estudar o ambiente do texto, usando tais auxílios como os atlas
ou os mapas das terras bíblicas, livros sobre história, etc. Tais livros servem para ressaltar o
rico significado do texto.
Comentários aparecem em muitas formas. Podem ser bastante úteis, ou muito
destrutivos. Comentários são simplesmente as explicações de autores humanos sobre o
significado dos textos bíblicos. Eles vão desde breves artigos ou mesmo notas de rodapé em
Bíblias de estudo, até coleções de livros. Podem ser encontrados em boletins, revistas,
sermões, etc. Ao usar todas estas fontes, precisamos nos lembrar que seres humanos nunca
são infalíveis e que todo o ensinamento tem que ser examinado à luz das Escrituras (Atos
17:11; 1 Tessalonicenses 5:21-22).
Sugestões Sobre Como Estudar a Bíblia
Há algumas sugestões práticas que podem ajudar a desenvolver bons hábitos no
estudo da Bíblia por toda a vida:
1. Leia, leia, leia! O passo mais importante no estudo efetivo é a leitura do texto. Isto
deverá envolver pelo menos dois tipos de leitura: (a) Leitura geral do texto da Bíblia para
tornar-se cada vez mais familiar com a mensagem da Bíblia como um todo (um plano bom e
prático é ler a Bíblia inteira pelo menos uma vez por ano), e (b) Leitura mais cuidadosa de
textos específicos que você estiver estudando.
2. Procure entender o contexto. Um dos erros mais comuns no estudo e ensino da
Bíblia é tirar um versículo do seu contexto para interpretá-lo de um modo que vai contra o
significado do texto e contra o amplo contexto da Bíblia como um todo. Se você estiver
estudando um capítulo, olhe primeiro o livro onde foi encontrado. Se estiver estudando um
versículo, leia pelo menos o capítulo que o envolve. Muitos erros serão evitados pela
cuidadosa consideração do contexto em cada estudo. Ajuda no entendimento da Bíblia
procurar respostas para questões simples, tais como: Quem está falando a quem? Por quê?
Quando e onde tudo isto ocorreu?
3. Observe que tipo de texto você está estudando. É uma narrativa que relata uma
parte da história da Bíblia? Está o autor desenvolvendo um argumento para explicar ou
refutar alguma doutrina? É uma profecia? Contém o texto mandamentos específicos? É uma
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parábola? É parte do Novo Testamento (que se aplica nos dias de hoje) ou da velha lei (que
governava os judeus do Velho Testamento)?
4. Entenda as palavras que você está estudando. Neste ponto, aquele dicionário da
Bíblia ou outra tradução pode ser muito útil.
5. Procure auxílio em outras passagens. Muitos dos mais difíceis textos da Bíblia são
esclarecidos por mais simples afirmações em relatos paralelos ou similares. A Bíblia é o seu
próprio e melhor comentário! Desde que verdade nunca contradiz verdade, é nossa
responsabilidade estudar diligentemente para reconciliar as discrepâncias aparentes.
6. Estude para conhecer a verdade, não para defender crenças pessoais ou
tradições humanas.
7. Faça anotações. Muitas pessoas acham muito útil o uso de um caderno para
anotar as observações sobre o texto, perguntas que elas querem saber, etc. Mais leituras e
estudo muitas vezes responderão a dúvidas ou questões, por isso é bom ter anotações que
você possa usar para aumentar o seu conhecimento.
8. Lembre-se de que a Bíblia nos dá o que necessitamos, mas nem tudo o que
poderíamos querer. A infinita sabedoria de Deus está além da nossa compreensão, e há
muitas coisas que poderemos querer saber que não estão reveladas na Bíblia (veja
Deuteronômio 29:29). Temos que aprender a contentarmo-nos com o que Deus disse e não
devemos nos permitir opinar e presumir para falar onde ele não falou.
O Valor do Estudo Bíblico
O estudo da Bíblia é um trabalho que desafia e dá satisfação, oferecendo muitos
benefícios nesta vida, e que ajuda a equiparmo-nos para ficar na presença de Deus
eternamente. Somos grandemente abençoados pelo privilégio de nos ser permitido ler e
reler a carta de amor que Deus nos deu nas Escrituras. Que nossas vidas e hábitos de estudo
reflitam a atitude expressada no Salmo 119:14-17:
"Mais me regozijo com o caminho dos teus testemunhos do que com todas as
riquezas. Meditarei nos teus preceitos e às tuas veredas terei respeito. Terei prazer nos
teus decretos; não me esquecerei da tua palavra. Sê generoso para com o teu servo, para
que eu viva e observe a tua palavra."
BIBLIOGRAFIA
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Introdução Histórico-Literária à Bíblia
5. Bittencourt, B. P. (1965). O Novo Testamento: Cânon, língua, texto. São Paulo: ASTE.
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Paroschi - 1 . Edição: 1993 - 2a. edição: 1999 - Reimpressões: 2002, 2004, 2007, 2008
(capa nova), 2010
7. História, Doutrina e Interpretação da Bíblia, por Joseph Angus. 2 volumes. Rio de
Janeiro, Casa Publicadora Batista, 1951. (São Paulo, Editora Hagnos, 2004, volume
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Educação Religiosa e Publicações), 1990.
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Barrera. 2ª edição. Petrópolis (Rio de Janeiro), Editora Vozes, 1999.
11. A Bíblia e sua história - o surgimento e o impacto da Bíblia, por Stephen M. Miller e
Robert V. Huber. Barueri (São Paulo), SBB (Sociedade Bíblica do Brasil), 2006.
12. A Bíblia: uma biografia, por Karen Armstrong. Rio de Janeiro, Editora Jorge Zahar,
2007.
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CEBESP
Introdução Histórico-Literária à Bíblia
13. Origem e Transmissão do Texto do Novo Testamento, por Wilson Paroschi. Barueri (São
Paulo), SBB (Sociedade Bíblica do Brasil), 2012.
14. O Texto do Antigo Testamento - edição reformulada da Introdução à Bíblia Hebraica de
Ernest Würthwein, por Alexander Achilles Fischer. Barueri (São Paulo), SBB (Sociedade
Bíblica do Brasil), 2013.
15. O Texto do Novo Testamento - Introdução às edições científicas do Novo Testamento
Grego bem como à teoria e prática da moderna crítica textual, por Kurt Aland e
Barbara Aland. Barueri (São Paulo), SBB (Sociedade Bíblica do Brasil), 2013.
16. História da Bíblia no Brasil, por Luiz Antonio Giraldi. 2ª edição. Barueri (São Paulo), SBB
(Sociedade Bíblica do Brasil), 2013.
17. Uma Breve História sobre a Bíblia, por Constantino Kouzmin-Korovaeff (tradutor). São
Paulo, Editora Escala, 2012
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