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Curso de Hidrologia
Engenharia Civil Aplicada
Prof. Eduardo S. Scangarelli Notas de Aula
2012
UNISUL Curso de Engenharia Civil Hidrologia Aplicada
1 ‐ BACIAS HIDROGRÁFICAS
Comprimento do Comprimento Totas
Área da Bacia Comprimento da Bacia Perímetro
Talvegue das Drenagens
2
A=15 km Lb=3,75 km Lt=4,25 km Ld=23 km P=15 km
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2 –PRECIPITAÇÃO
Fita de Pluviógrafo
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CHUVAS INTENSAS NO BRASIL ‐ OTTO PFAFSTETTER
POSTOS ANALISADOS PARA SANTA CATARINA
BLUMENAU ‐ FLORIANÓPOLIS ‐ SÃO FRANCISCO DO SUL
β
α+
P=T Tγ
[at + b log(1 + ct )]
P = precipitação máxima em mm
T = tempo de recorrência em anos
t = duração da chuva em horas
α, β = valores que dependem da duração da precipitação
γ, a, b, c = valores constantes para cada posto
VALORES DE α NO FATOR DE PROBABILIDADE
Duração 5min 15min 30min 1h 2h 4h 8h 14h 24h 48h 3d 4d 6d
α 0,108 0,122 0,138 0,156 0,166 0,174 0,176 0,174 0,170 0,166 0,160 0,156 0,152
VALORES DE β NO FATOR DE PROBABILIDADE
DURAÇÃO
POSTOS
5 min 15 min 30 min 1 h a 6 d
BLUMENAU ‐ 0,08 0,08 0,08 0,08
FLORIANÓPOLIS ‐ 0,04 0,12 0,20 0,20
SÃO FCO DO SUL 0,00 0,08 0,08 0,16
VALOR DE γ PARA TODOS OS POSTOS
γ = 0,25
VALORES DE a, b, c PARA CADA POSTO PARA T = 1 ANO
BLUMENAU = 0,2 t + 24 log (1 + 20 t)
FLORIANÓPOLIS = 0,3 t + 33 log (1 + 10 t)
SÃO FCO DO SUL = 0,3 t + 37 log (1 + 10 t)
PREENCHIMENTO DE FALHAS – MÉTODO DA PONDERAÇÃO REGIONAL
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PRECIPITAÇÃO MÉDIA NA ÁREA
Método de Thiessen Método das Isoietas
Posto P(mm) Posto P(mm) Posto P(mm)
1 54,3 4 102,8 7 69,1
2 69,7 5 94,8 8 80,0
3 73,1 6 87,1 9 82,1
PRECIPITAÇÃO MÁXIMA PROVÁVEL
ANOS 10 min 15 min 30 min 45 min 60 min ANOS 10 min 15 min 30 min 45 min 60 min
1929 18.3 21.5 27.0 39.2 40.1 47 16.4 22.5 27.0 31.8 39.0
30 19.0 23.1 32.6 42.5 43.9 48 12.8 17.4 29.6 35.7 38.8
31 11.9 15.7 24.3 32.1 37.6 49 18.5 22.0 25.2 23.0 36.0
32 22.7 27.5 33.4 38.0 41.3 50 14.1 19.0 26.2 28.9 29.5
33 15.0 15.8 27.1 24.3 26.8 51 22.3 26.2 26.2 26.2 26.2
34 18.0 22.0 28.5 29.0 29.3 52 21.1 27.2 37.4 49.2 53.7
35 16.3 20.0 27.3 29.5 31.3 53 18.3 24.3 40.4 50.8 57.9
36 11.5 13.8 19.6 21.3 23.2 54 19.2 25.3 36.2 40.8 43.1
37 23.7 33.8 49.1 54.8 55.3 55 29.7 36.8 43.7 57.3 74.0
38 10.2 12.4 21.3 27.5 30.2 56 20.5 29.7 41.8 47.9 49.1
39 17.3 24.0 28.9 28.9 28.9 57 10.8 15.0 17.0 18.0 19.0
40 15.5 19.2 27.6 37.5 44.4 58 16.4 21.5 37.2 46.8 59.3
41 14.2 19.5 33.3 38.3 38.3 59 26.0 33.6 45.4 62.1 73.9
42 19.5 24.0 25.0 30.5 39.0 60 19.6 25.9 39.5 43.8 48.8
43 16.2 22.0 26.8 30.8 38.5 61 20.0 26.5 37.8 46.7 53.5
44 22.1 27.7 40.6 42.5 42.6 62 32.5 44.0 51.7 54.0 56.2
45 19.5 24.3 38.2 48.7 55.4 63 15.8 23.5 33.5 41.5 43.5
46 15.6 17.2 26.1 26.8 27.0 64 15.5 19.1 23.5 24.3 25.8
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3 ‐ EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Tabela 1 – Duração máxima da insolação diária (N), em horas, correspondentes ao 15° dia de cada mês.
Tabela 2 – Valores para o fator de peso (W) para o efeito na ET em diferentes temperaturas e altitudes.
Tabela 3 – Radiação solar extraterrestre (mm.d‐1)
Tabela 4 – Valores de f(t) em função da temperatura em °C
tºC 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36
f(t) 11,0 11,4 11,7 12,0 12,4 12,7 13,1 13,5 13,8 14,2 14,6 15,0 15,4 15,9 16,3 16,7 17,2 17,7 18,1
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Tabela 5 – Tensão de saturação de vapor d’água no ar (mmHg)
Tabela 6 ‐ Valores da radiação no topo da atmosfera (Ra ) em evaporação equivalente em mm/dia, para o hemisfério sul.
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4 – HIDROGRAMAS
Tabela 1 – Valores de Cn em função da cobertura e do tipo de solo (Condição II de umidade).
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HIDROGRAMA
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5 – MÉTODOS DE ESTIMAÇÃO DE VAZÃO
Tabela 1 – Coeficiente de escoamento superficial volumétrico (C2) do Método I‐Pai‐Wu Modificado.
Tipo de Ocupação C2
Zona rural 0,25
Zona Suburbana 0,40
Zona Urbana 0,60
Zona Urbana Central 0,80
Tabela 2 – Fator de dedução de pico de vazão para valores de Z em função da razão t/tp – Método Ven te Chow
Gráfico 1 – Coeficiente de distribuição espacial da chuva (k)
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6 – REGULARIZAÇÃO DE VAZÕES
Método da Simulação
m V Q D E V t+1 m V Q D E V t+1
6 13,5 33,0 20,5 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 34 0,0 33,0 13,6 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
7 0,3 33,0 20,3 35 0,0 33,0 13,4
8 0,0 33,0 20,0 36 0,9 33,0 13,1
9 0,0 33,0 19,7 37 1,4 33,0 12,9
10 0,0 33,0 19,5 38 1,2 33,0 12,7
11 0,0 33,0 19,2 39 4,2 33,0 12,5
12 0,0 33,0 18,9 40 4,8 33,0 12,2
13 2,3 33,0 18,7 41 2,7 33,0 12,0
14 2,2 33,0 18,4 42 0,5 33,0 11,8
15 2,3 33,0 18,2 43 0,0 33,0 11,6
16 3,6 33,0 17,9 44 0,0 33,0 11,4
17 1,7 33,0 17,7 45 0,0 33,0 11,2
18 0,9 33,0 17,5 46 0,0 33,0 10,9
19 0,1 33,0 17,2 47 0,0 33,0 10,7
20 0,2 33,0 17,0 48 0,6 33,0 10,5
21 0,0 33,0 16,7 49 3,9 33,0 10,3
22 0,0 33,0 16,5 50 34,1 33,0 10,1
23 0,0 33,0 16,2 51 750,6 33,0 10,0
24 0,0 33,0 16,0 52 128,4 33,0 13,6
25 0,3 33,0 15,7 53 83,1 33,0 14,0
26 0,5 33,0 15,5 54 40,2 33,0 14,2
27 0,5 33,0 15,2 55 0,2 33,0 14,1
28 2,2 33,0 15,0 56 0,0 33,0 13,9
29 0,1 33,0 14,8 57 0,0 33,0 13,7
30 0,0 33,0 14,5 58 0,0 33,0 13,4
31 0,0 33,0 14,3 59 0,0 33,0 13,2
32 0,0 33,0 14,1 60 0,2 33,0 13,0
33 0,0 33,0 13,8
Método dos Picos Sequenciais
3 ‐1 3 ‐1 3 ‐1 3 ‐1 3 ‐1 3 ‐1
Mês Q (m .s ) De(m .s ) de=Q‐De(m .s ) Dec=X+de Pico(m .s ) Depressão(m .s ) VAU(m .s )
1 1,83
2 3,03
3 3,15
4 2,16
5 12,2
6 21,5
7 25,6
8 21,0
9 19,6
10 29,0
11 30,0
12 33,3
13 34,3
14 53,6
15 43,5
16 37,2
17 33,1
18 44,4
19 21,9
20 19,2
21 17,0
22 13,1
23 7,4
24 4,83
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7 – PROPAGAÇÃO DE ENCHENTES EM CANAIS
XI+(1‐x)O
DATA I O I m Om Si+1=(Im‐ Om)∆T+si
X=0,1 X=0,2 X=0,05
11 4,3 5
12 7,7 5,8
13 11,2 6,2
14 16,7 8,8
15 21,6 12,8
16 21 16,9
17 26,6 19,1
18 46 23,6
19 60 35
20 57,7 46,7
21 47,9 51,5
22 34,5 39,1
23 21,7 41,5
24 34,7 32,7
25 45,2 34,1
26 49,1 39,6
27 41,3 43,7
28 33,8 42,2
29 20,5 37,6
30 14,7 29,2
1 11,5 22,1
2 9,3 16,9
3 7,8 13,2
4 6,3 10,6
5 6,1 8,5
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8 – MÉTODOS ESTATÍSTICOS DE PREVISÃO DE ENCHENTES
Papel de Probabilidade de Gumbel
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Tabela 1 – Valores de K relativos à distribuição Log de Pearson Tipo III
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Tabela 2 – Fatores de Frequência de Gumbel (K)
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EXERCÍCIOS
1. Com base na análise dos parâmetros abaixo apresentados de 4 bacias hidrográficas identifique a maior ou menor
probabilidade de enchente entre as bacias (A e B) e (C e D), em função de suas características físicas.
P A L A Lt
KC = 0,28 Kf = Dd = l= Sin =
A L2 A 4l L
Área Cota máx. Cota min. Perímetro Compr. Compr. Compr. total das
Bacia 2
(Km ) (m) (m) (Km) axial (Km) talvegue (Km) drenagens (Km)
A 21,0 549 180 24,0 5,0 7,5 22,0
B 10,0 485 280 14,0 3,5 5,0 12,5
C 14,0 500 280 16,0 4,5 6,0 27,0
D 15,0 443 180 19,0 5,0 6,0 20,0
2. A figura abaixo representa uma dada região na qual se deseja obter a precipitação média. Com os dados da tabela e
utilizando‐se o Método de Thiessen determine a precipitação média para a área demarcada.
Postos = 1;3;4;5;8;9;10;12;15;19;20;23
Tabela
Posto P(mm)
1 130
3 128
4 130
5 125
8 145
9 118
10 130
12 128
15 139
19 130
20 142
23 129
3. A ensecadeira de uma barragem deverá ser utilizada por 10 anos. Calcule a PMP para uma probabilidade de risco de 10%, 5%
e 1%, utilizando os dados da precipitação máxima diária em mm para duração de 60 minutos, da tabela da página 4 (PMP). Use a
equação dada:
1
Tr = 1
onde Tr= período de retorno(anos) K = risco permissível n=vida útil da obra
1 − (1 − K ) n
4. Para aumento da capacidade de suporte do pavimento de um estacionamento com área de 2.400 m2, há necessidade de
esgotamento das águas da zona subsaturada. Pede‐se calcular o tempo de funcionamento das bombas instaladas para
explotação da água, sabendo‐se que estas tem uma capacidade de 15m3/h e que a análise do solo apresentou as seguintes
características.
3 3
profundidade(m) umidade do solo(m /m )
0,00 0,36
0,15 0,42
0,42 0,54
0,70 0,30
1,10 0,40
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5. Determine a altura da precipitação utilizando os dados do perfil da bacia abaixo, considerando uma probabilidade de
ocorrência de 25% e a equação apresentada:
230 m
145T 0, 25
i= (mm/h) T= anos t=minutos
(t − 3)0,34
Ct=2,0 Cp=0,60 A=4,5 km2
3,55 km Cg 2,00km
6. Com os dados da bacia da questão acima elabore os hidrogramas unitários sintéticos pelos métodos de Snyder e SCS.
7. No desenvolvimento do projeto de drenagem de um estádio esportivo as áreas a serem drenadas correspondem a um
retângulo de 110m x 60m com cobertura por grama e em seu entorno uma pista atlética em forma de coroa circular com um
diâmetro maior de 200m e um diâmetro menor 120m, com cobertura por manta emborrachada SBR sobre concreto asfáltico. As
inclinações correspondem no gramado a 1% e na pista circular a 0,5% conforme croqui abaixo. Calcule as vazões esperadas para
que a precipitação supere sua capacidade 1 (uma) vez a cada 2 anos. Utilize os métodos Racional e SCS e comente os resultados.
Faça os arredondamentos necessários.
Cálculo da área da coroa circular
π 2 2
S= (D - d )
4
Coeficiente de escoamento superficial
C CN
Grama 0,70 70
Manta 1,00 100
Alturas Pluviométricas
30
25 27
23 22
20
20 18
15 15 13 17
P(mm)
10
10
5
0
5 10 15
Duração (min)
8. Uma lagoa foi dimensionada para receber 1,0m3/h de efluentes industriais, sendo que é retirado 25% deste para resfriamento
de caldeiras e que a evaporação varia conforme o gráfico abaixo ao longo do ano. Pede‐se para calcular a área a ser ocupada por
esta lagoa sabendo‐se que a profundidade de escavação máxima no local é da ordem de 3,0m e que a lagoa deverá armazenar
um volume de efluentes com duração de 01 ano.
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9. Com os dados das vazões médias máximas diárias anuais calcule a cota de alagamento de uma certa região, com o auxílio da
curva cota‐descarga esperada para um período de retorno de 10 anos
Vazão Vazão Vazão Vazão Vazão Vazão Vazão Vazão
ANO ANO ANO ANO ANO ANO ANO ANO
m3/s m3/s m3/s m3/s m3/s m3/s m3/s m3/s
1955 120 59 130 63 175 67 98 71 196 75 256 79 168 83 54
56 37 60 77 64 236 68 425 72 157 76 325 80 255 84 98
57 45 61 63 65 237 69 52 73 244 77 125 81 100 85 122
58 298 62 110 66 52 70 136 74 147 78 149 82 87
10. Na elaboração de um projeto de uma rodovia, ficou sob a sua responsabilidade o cálculo da vazão de enchente. As
características de um trecho em corte (figuras 1 e 2), que começa na estaca 96+5,0 m e termina na estaca 101+5,0 m
(estaqueamento de 20 m em 20 m), são dados no quadro abaixo.
Dados/Informações Técnicas
‐ a cota do grade (greide) da estrada na estaca 96+ 5,0 m é de 23,10 m;
‐ a cota do grade (greide) da estaca 101+5,0 m é de 24,10 m;
‐ a largura da pista, incluindo acostamento, é igual a 13,0 m;
‐ o revestimento da pista e do acostamento é em concreto asfáltico;
‐ os taludes são revestidos com grama (enleivados) com inclinação 2:1 (horizontal: vertical);
‐ a área de contribuição de cada lado do corte é de 0,001 km2;
‐ o tempo de concentração na área do corte é inferior a 5 minutos.
Para o cálculo da descarga de dimensionamento de cada sarjeta, você adotou o Método Racional, uma vez que as áreas
de contribuição são pequenas estando dentro do limite de aplicabilidade desse método. O Método Racional considera
uma chuva com um tempo de duração igual de concentração da bacia, com um determinado período de retorno.
A fórmula do Método Racional é: Q = 0,278 C I AB
onde:
Q = descarga de dimensionamento da sarjeta (m3/s)
C = coeficiente médio de escoamento ou de perda ou "run‐off" (adimensional). Sendo a área de contribuição formada por
diferentes coeficientes de escoamento, adota‐se a média ponderada de seus valores em função da área:
C = 0,6 para revestimento com grama
C = 0,9 para revestimento com concreto asfáltico
AB = área superficial da bacia de contribuição (km2)
I = intensidade (mm/h) da chuva para um tempo de duração (td ) igual ao tempo de concentração da bacia (tc ),para
um determinado período de retorno (tr ). O tempo de concentração mínimo adotado para este caso é de 5 minutos
e o período de retorno, de 10 anos. Para a região do projeto, os estudos hidrológicos apresentaram os seguintes
valores de intensidade de precipitação em função da duração da chuva:
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11. (ENC/97) Você faz parte de uma equipe de profissionais que está estudando a possibilidade de ampliação do sistema de
abastecimento de água de uma cidade localizada às margens de um rio. Este projeto de ampliação consistirá na construção de
uma barragem para regularização de vazões a qual complementará o sistema existente composto por uma estação de
bombeamento e por um canal. O sistema atual tem capacidade de atender a uma demanda de 4m3/s. Por problemas ambientais
e de uso dos recursos hídricos, a jusante do local da barragem deverá ser mantida uma vazão constante (Qj) igual a 2,5 vezes a
vazão mínima do rio (Figura 1).
Figura 1 ‐ Ampliação dos sitema de abastecimento.
Figura 2 – Hidrograma da Bacia B
Você ficou encarregado de realizar os estudos hidrológicos. Quando da análise da localização dos postos fluviométricos e
pluviométricos nas cartas topográficas, você detectou que não existem dados flúvio ou pluviométricos no interior da bacia (A)
em estudo, mas estes dados existem para uma bacia (B). A bacia (A) possui características fisiográficas e geomorfológicas
semelhantes as da bacia (B). A área da bacia (B) é duas vezes maior que a área da bacia (A). O hidrograma da bacia (B) é
apresentado na Figura 2.
Nesta fase de estudos, foram feitas as seguintes hipóteses:
• o sistema deverá atender à demanda máxima no ano 2030, que será de 6m3/s;
• as perdas por evaporação e infiltração podem ser desprezadas.
Quando você apresentou os resultados dos estudos hidrológicos ao coordenador dos trabalhos, ele lhe fez a seguinte pergunta:
• O rio tem condições de atender à demanda máxima do ano 2030 e a vazão a ser mantida à jusante (Qj) com a construção da
barragem?
12. Uma dada localidade vai ser cortada por um canal fluvial artificial visando a possibilidade de diminuição dos riscos de
enchente à montante desta. Utilizando os dados fornecidos pela tabela abaixo referente aos valores das vazões máximas médias
diárias anuais em m3/s, calcule por Gumbel qual a vazão de enchente esperada, para um Tr=5 anos.
ANO Q ANO Q ANO Q ANO Q ANO Q ANO Q
1930 133 39 175 48 243 57 202 66 785 75 296
31 417 40 285 49 151 58 194 67 231 76 248
32 207 41 128 50 173 59 112 68 80 77 479
33 184 42 239 51 160 60 205 69 198 78 638
34 185 43 123 52 138 61 304 70 135 79 285
35 195 44 173 53 335 62 159 71 157 80 368
36 218 45 153 54 128 63 208 72 360 81 296
37 152 46 197 55 119 64 175 73 240 82 214
38 239 47 243 56 211 65 1319 74 234 83 610
13. A tabela abaixo apresenta as medições de vazões de entrada em um determinado canal fluvial. Calcule as correspondentes
vazões de saída bem como o máximo volume armazenado.
Considere o valor de x = 0,3 k = 15 horas
Tempo (horas) Vazão entrada m3/s Tempo (horas) Vazão entrada m3/s
5 30 25 80
10 70 30 50
15 120 35 35
20 90
14. Calcule a vazão de enchente de uma bacia (perfil abaixo) da região da Grande Florianópolis, pelo método de Ven te Chow,
para um período de retorno de 20 anos, sendo a área desta de 23 Km2 e um coeficiente de escoamento superficial de 75.
Prof. Eduardo S. Scangarelli Página 18
UNISUL Curso de Engenharia Civil Hidrologia Aplicada
15. Uma bacia hidrográfica apresenta 1,2 km2 de área sendo que determinada precipitação gerou as leituras abaixo. Desta
forma, determine:
a) O hidrograma; b) A separação dos escoamentos superficial e básico;
3 3 3
Hora Minuto Vazão m /s Hora Minuto Vazão m /s Hora Minuto Vazão m /s
1 0 17,6 3 30 116,4 6 0 28,6
15 16,5 45 114,7 15 25,2
30 20,1 30 22,7
45 30,7 4 0 105,4 45 20,9
15 97,3
2 0 46,3 30 83,7 7 0 19,7
15 64,7 45 72,1 15 18,9
30 80,0 30 18,2
45 94,1 5 0 60,1 45 17,6
15 45,1
3 0 109,3 30 39,0
15 112,6 45 33,2
16. (ENC/96) Você foi chamado para analisar e atualizar um projeto de canalização de um rio, a jusante de uma região que se
desenvolveu muito nos últimos 20 anos, em função da extração de madeira de suas florestas e da implantação de uma
agropecuária intensiva. O projeto foi elaborado nos anos 70 e utilizou os dados pluviométricos e fluviométricos do período de
1950 a 1970. Atualmente, os dados abrangem desde 1950 a 1995. Após ter analisado estatisticamente os dados pluviométricos
e fluviométricos a respeito das bacias, você observou que:
• tanto os valores pluviométricos do período de 1950 a 1970 (projeto original) como os valores pluviométricos da atualização
do projeto (1950 a 1995) possuem uma mesma tendência, ou seja, a probabilidade de ocorrência de um certo valor continua
praticamente a mesma, independente do tamanho da amostra;
• os valores fluviométricos no tocante às vazões apresentam uma tendência diferente. Os valores obtidos para um mesmo
tempo de recorrência para o período de 1950 a 1970 (projeto original) são inferiores aos obtidos para o período de 1950 a
1995 (atualização do projeto).
Responda: Quando você for redigir o relatório, quais serão os seus argumentos para explicar a diferença de vazão encontrada
entre o projeto original e a atualização do projeto?
17. Determine a vazão de projeto da área abaixo, para uma probabilidade de ocorrência de 10%, conforme os dados
apresentados. utilize a equação de Pfaffstetter para Florianópolis.
Prof. Eduardo S. Scangarelli Página 19