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F329 - Relatório 05

Grupo 5 - Turma A
Matheus Finamor - 203444; Milton Angelo Ongaro Neto - 203843;
Thalles Rafael da Silva Correia - 187493; Bianca Aparecida Gallucci - 167517
11 de junho de 2018

Afirmação de Honestidade
A equipe declara que este relatório que está sendo entregue foi escrito por ela e que os
resultados apresentados foram medidos por ela durante as aulas de F 329 no 1o S/2018. De-
clara ainda que o relatório contém um texto original que não foi submetido anteriormente em
nenhuma disciplina dentro ou fora da Unicamp.

Resumo
Nesse experimento estudamos o comportamento de um capacitor eletrolı́tico em circuitos
RC, medindo a diferença de potencial do capacitor com um osciloscópio para diversos intervalos
de tempo no ciclo de carga e descarga e obtendo assim a constante de tempo de um circuito
RC com constante de tempo longa e um com constante de tempo curta. Também foi estudado
o comportamento de um capacitor na presença de um dielétrico (neste caso, utilizamos dis-
cos de papel) e a partir das medidas de constante de tempo e diferentes espessuras de papel
determinamos sua constante dielétrica. Para isso foram utilizados os seguintes materiais: um
multı́metro, um osciloscópio de dois canais, um gerador de funções, uma Fonte de Tensão DC,
resistores de 1 kΩ e de 10 kΩ , um capacitor eletrolı́tico de 1 mF , um capacitor cerâmico de
47 nF , discos papel sulfite e um paquı́metro. Os resultados obtidos fora:

τL = 0, 69 ± 0, 07 s; τC = 0, 00046 ± 0, 00004 s; κ = 1, 280 ± 0, 009


Onde τL e τC representam as constantes de tempo longa e curta respectivamente e κ é a
constante diéletrica do papel. Conforme o valor esperado dada as resistências e capacitores
utilizados em cada circuito foi possı́vel verificarmos uma discrepância com o valor encontrado
para τL , enquanto o valor determinado para τC está de acordo, o que nos permitiu tirar algumas
conclusões quanto à montagem experimental. Para a constante dielétrica do papel também
houve uma diferença quanto ao valor esperado.

Objetivos
Verificar o comportamento de um capacitor em um circuito RC, primeiro com uma fonte
de corrente contı́nua e depois alternada, analisando a curva obtida no seu ciclo de carga e
descarga e obtendo a constante de tempo do circuito. Além disso, usamos um dielétrico de papel
com diferentes espessuras entre as placas paralelas de um capacitor, e assim determinamos a
constante dielétrica do mesmo.

1
Metodologia
Os experimentos foram divididos em três partes, na parte 1 foi estudado um circuito RC
onde o tempo τ é longo, já na parte 2 um circuito RC onde o tempo τ é curto, na parte 3
estudamos o efeito de um dielétrico inserido entre um capacitor de placas paralelas. Para este
experimento foram necessários o uso de dois resistores (de 1 kΩ e de 10 kΩ), um capacitor
eletrolı́tico de 1 mF , um capacitor cerâmico de 47 nF , discos de alumı́nio, papel (dielétrico),
paquı́metro, multı́metro, osciloscópio de dois canais, gerador de funções, fonte de tensão DC.
Além disso, duas montagens de circuito foram utilizadas.

Figura 1: Circuito RC com fonte DC Figura 2: Circuito RC com fonte alternada

Parte I
Para a parte I, utilizou-se o circuito ilustrado na Figura 1, onde a chave ligada em A carrega
o capacitor e a chave em B descarrega o capacitor, R é um resistor de 1 kΩ, C um capacitor
de 1 mF e a fonte foi ajustada para 1, 9 V .
O objetivo era estudar o circuito e encontrar a constante de tempo τ = RC. Para isso,
medimos com o multı́metro a resistência de R e a capacitância de C. Sabemos do modelo
teórico que a descarga do capacitor segue a equação 1:
 
−t
VC (t) = E0 exp (1)
τ
Portanto, para obtermos a constante de tempo, linearizamos a equação 1 obtendo:
 
−t
ln(VC (t)) = ln(E0 ) + ⇒ y = b + ax (2)
τ
Onde, y = ln(VC (t)), b = ln(E0 ), a = −t/τ e x = t. Medimos então a tensão em função
do tempo com o auxı́lio do osciloscópio e a partir da equação da reta determinamos τ dado o
coeficiente angular a.

Parte II
Já na segunda parte do experimento, utilizou-se o circuito referente à Figura 2, onde R
agora é um resistor de 10 kΩ, C um capacitor de 47 nF e a fonte agora é dada por um gerador
de funções gerando ondas quadradas onde o minı́mo é 0, 0 V e o máximo é 4, 0 V com perı́odo
T = 9, 4 ms.
Analogamente à parte I, utilizando a equação de descarga 1 e a sua linearização 2 medindo
com o auxı́lio do osciloscópio a tensão em função do tempo conseguimos determinar a constate
de tempo dado o coeficiente angular.

2
Parte III
Na terceira parte do experimento, foi utilizado o circuito ilustrado pela Figura 2. Onde R é
um resistor de 10 kΩ, C agora é um capacitor de placas paralelas dado por 2 discos de alumı́nio
de raio r = 7, 5 cm, e o gerador de funções agora gera ondas quadradas onde o minı́mo é 0, 0 V
e o máximo é 1, 0 V com frequência f = 5 kHz.
A partir do raio do disco podemos calcular a sua àrea a partir da equação a seguir:

A = πr2 (3)
Sabemos a partir do modelo teórico que a constante de tempo em um capacitor de placas
paralelas é dado pela Equação 4
Rκε0 A
τ = RC = (4)
d
Contudo, é necessário considerarmos a capacitância da montagem (τ0 ), onde obtemos:
Rκε0 A
τ= + τ0 (5)
d
Portanto, para conseguirmos determinar a constante dielétrica κ do papel linearizamos a
Equação 5 onde obtemos:
1
τ = Rκε0 A + τ0 ⇒ y = ax + b (6)
d
1
Onde y = τ , a = Rκε0 A, x = e b = τ0 .
d
A partir da variação da espessura d inserindo mais papeis e medindo a constante de tempo
para cada caso e usando os coeficientes da linearização 7 é possı́vel determinarmos a constante
dielétrica. Para medir a constante de tempo utilizamos agora a carga do capacitor e utilizando
a função cursores do osciloscópio. Um cursor era ajustado em 0, 0 V e o outro em 0, 63 V e a
partir da variação de tempo ∆t entre os dois cursores tinhamos a constante de tempo já que
após passado tempo τ o capacitor carrega aproximadamente 63%.
As incertezas de cada medição estão indicadas na Tabela 1 que segue:

Tabela 1: Incertezas associadas às medições


Tensão Tempo
√ √
Leitura: ∆1 = d/2 3 Leitura: ∆1 = d/2 3
Calibração:
∆2 = 3%x + 0, 1 div + 1 mV Calibração:
∆2 = 0, 01%x + 0, 4% div + 0, 4 ns
p p
Combinada: ∆21 + ∆22 Combinada: ∆21 + ∆22
Resistência (kΩ) Capacitância (nF)
√ √
Leitura: ∆1 = d/2 3 Leitura: ∆1 = d/2 3
Calibração: ∆2 = 0, 5%x + 2d Calibração: ∆2 = 2, 5%x + 5d
p p
Combinada: ∆21 + ∆22 Combinada: ∆21 + ∆22
Capacitância (mF) Comprimento)

Leitura: ∆1 = d/2 3 Leitura: 0,00001 m
Calibração: ∆2 = 5%x + 4d Calibração: 0,00001 m
p
Combinada: ∆21 + ∆22 Combinada: 0,00002 m

3
Onde x é a medida feita, d a resolução do instrumento de medida e div 1 divisão da escala
utilizada no osciloscópio. Todas as incertezas neste experimento são do tipo B, a função de
densidade das incertezas de leitura são retângulares exceto para a de leitura do comprimento
que é triângular, a de paralaxe é retângular. Para obtermos as outras incertezas utilizamos a
teoria de propagação de erros, todas as incertezas calculadas estão representadas na tabela a
seguir:

Tabela 2: Propagação de incertezas


∆2RC = C 2 ∆2R + R2 ∆2C
∆V
∆ln(V ) =
V
∆E0 = eb ∆b
∆a
∆τ =
a2
∆A = 2πr∆r
 2  2  2
∂κ ∂κ ∂κ
∆2κ = ∆2a + ∆2R + ∆2A
∂a ∂R ∂A
 2   2 2
∆τ0 τ ∆
∆2C = 2
+ 0 4R
R R

Vale destacar que as medidas feitas com o osciloscópio foram salvas a partir de um pendrive,
e a partir de todos os dados salvos eram selecionados apenas os relevantes para o experimento.

Resultados
Parte I
Primeiro foi determinado o valor da resistência R e da capacitância C utilizadas.

R = 1, 004 ± 0, 007 kΩ e C = 0, 92 ± 0, 05 mF ⇒ τ = 0, 924 ± 0, 003 s.

Onde τ é a constante de tempo esperada.


Medimos então a tensão em função do tempo, onde obtivemos os dados contidos na Tabela
3

Parte II
Foi determinado o valor da resistência R e da capacitância C utilizadas neste experimento.

R = 9, 80 ± 0, 07 kΩ e C = 43 ± 1 nF ⇒ τ = 0, 00042 ± 0, 00001 s.

Onde τ é a constante de tempo esperada.


Com o osciloscópio foi possı́vel medir a tensão em função do tempo, onde obtivemos os
dados contidos na Tabela 4.

4
Tabela 4: Parte II - Dados Coletados
Tabela 3: Parte I - Dados Coletados Tensão (V) Tempo ± 0,00001 (s)
Tensão ± 0,1 (V) Tempo (s) 4,0 ± 0,3 0,00000
3,3 ± 0,3 0,00009
1,5 0,156 ± 0,005
2,6 ± 0,3 0,00019
1,2 0,316 ± 0,005
2,2 ± 0,3 0,00029
1,0 0,476 ± 0,005
1,8 ± 0,3 0,00039
0,8 0,636 ± 0,005
1,4 ± 0,2 0,00049
0,6 0,796 ± 0,005
1,1 ± 0,2 0,00059
0,5 0,956 ± 0,005
0,9 ± 0,2 0,00069
0,4 1,116 ± 0,005
0,7 ± 0,2 0,00079
0,3 1,276 ± 0,005
0,6 ± 0,2 0,00089
0,2 1,436 ± 0,005
0,5 ± 0,2 0,00099
0,2 1,596 ± 0,005
0,4 ± 0,2 0,00109
0,1 1,916 ± 0,005
0,3 ± 0,2 0,00119
0,1 2,396 ± 0,005
0,2 ± 0,2 0,00129
0,0 2,888 ± 0,006
0,2 ± 0,2 0,00139
0,1 ± 0,1 0,00159

Parte III
Primeiramente foi medido o raio do disco metálico para que fosse possı́vel o cálculo da área,
onde obtivemos:

r = 0, 07500 ± 0, 00002 m ⇒ A = 0, 01767 ± 0, 00001 m2


A resistência utilizada foi a mesma da parte II (R = 9, 80 ± 0, 07 kΩ)
Para cada espessura de papel definida medı́amos a constante de tempo do circuito, com isso
conseguimos os dados da Tabela 5

Tabela 5: Parte III - Dados Coletados


τ ± 0,00000003 (s) d ± 0,00002 (m)
0.00000192 0,00040
0.00000180 0,00070
0.00000172 0,0010
0.00000216 0,00140
0.00000248 0,00190
0.00000280 0,00240
0.00000336 0,00320
0.00000388 0,00430
0.00000472 0,00500
0.00000620 0,00650

Análise de dados
Parte I
A partir da linearização (Equação 2), é possı́vel montarmos uma tabela a partir dos dados
da Tabela 3 com valores de ln V e t. Obtemos assim a Tabela 6.

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Tabela 6: Parte I - Linearização: y = lnV ; x = t
lnV Tempo (s)
0,4 ± 0,1 0,156 ± 0,005
0,2 ± 0,1 0,316 ± 0,005
0,0 ± 0,1 0,476 ± 0,005
-0,3 ± 0,2 0,636 ± 0,005
-0,5 ± 0,2 0,796 ± 0,005
-0,7 ± 0,2 0,956 ± 0,005
-1,0 ± 0,2 1,116 ± 0,005
-1,3 ± 0,4 1,276 ± 0,005
-1,4 ± 0,5 1,436 ± 0,005
-1,6 ± 0,5 1,596 ± 0,005
-2,1 ± 0,9 1,916 ± 0,005
(-0,3 ± 0,1)*10 2,396 ± 0,005
(-0,3 ± 0,3)*10 2,888 ± 0,006

A partir disso é possı́vel com o auxı́lio de um software gráfico (Origin) plotarmos os pontos
e a partir de uma regressão linear acharmos os coeficientes a e b da Equação 2 de onde será
possı́vel encontrarmos um valor para a constante de tempo τ .

Figura 3: Parte I - Gráfico Linearizado

Portanto,

a = −1, 5 ± 0, 2 (1/s); b = 0, 64 ± 0, 09 ⇒

E0 = 1, 9 ± 0, 2 V ; τ = 0, 69 ± 0, 07 s
Note que a adimensionalidade dos argumentos do logaritmo e da exponencial estão sendo
garantidos e a unidade de E0 é preservada.

6
Parte II
Analogamente à parte I, a partir da linearização da Equação 2 é possı́vel montarmos uma
tabela, mas agora utilizando os dados da Tabela 4. Onde obtemos:

Tabela 7: Parte II - Linearização: y = lnV ; x = t


lnV Tempo ± 0,00001 (s)
1,39 ± 0,08 0,00000
1,19 ± 0,09 0,00009
1,0 ± 0,1 0,00019
0,8 ± 0,1 0,00029
0,6 ± 0,1 0,00039
0,3 ± 0,2 0,00049
0,1 ± 0,2 0,00059
-0,1 ± 0,3 0,00069
-0,3 ± 0,3 0,00079
-0,6 ± 0,4 0,00089
-0,7 ± 0,4 0,00099
-0,9 ± 0,5 0,00109
-1,1 ± 0,7 0,00119
-1,4 ± 0,9 0,00129
(-0,2 ± 0,1)*10 0,00139
(-0,3 ± 0,3)*10 0,00159
A partir destes pontos, então, é possı́vel com o auxı́lio de um software gráfico (Origin)
plotarmos o gráfico e a partir de uma regressão linear acharmos os coeficientes a e b desejados.

Figura 4: Parte II - Gráfico Linearizado


Daı́,

a = (−2, 2 ± 0, 2)1000 s−1 ; b = 1, 39 ± 0, 06 ⇒

7
E0 = 4, 0 ± 0, 2 V ; τ = 0, 00046 ± 0, 00004 s
Assim como na parte I as adimensionalidades estão sendo garantidas, porém preservando a
unidade de E0

Parte III
A partir da linearização obtida na Equação 6 é possı́vel montarmos uma tabela a partir dos
dados da Tabela 5 com valores de τ e 1/d. Conseguimos então obter a Tabela 8.

Tabela 8: Parte III - Linearização: y = τ ; x = 1/d


τ ± 0,00000003 (s) 1/d (m−1 )
0.00000192 (2,5 ± 0,1)*1000
0.00000180 (14,3 ± 0,4)*100
0.00000172 (10,0 ± 0,2)*100
0.00000216 (71,4 ± 0,9)*10
0.00000248 (52,6 ± 0,5)*10
0.00000280 (41,7 ± 0,3)*10
0.00000336 (31,3 ± 0,2)*10
0.00000388 (23,3 ± 0,1)*10
0.00000472 (20,0 ± 0,1)*10
0.00000620 153,8 ± 0,4

Com o auxı́lio de um software gráfico (Origin) podemos plotar estes pontos e realizar uma
regressão linear que nos dará os coeficientes a e b desejados da Equação 6 e a partir dele será
possı́vel calcularmos a constante dielétrica do papel dada por κ e ainda encontrarmos τ0 , a
constante de tempo associada à montagem do experimento.

Figura 5: Parte III - Gráfico Linearizado

Logo,

8
a = (1, 962 ± 0, 001)10−9 m ∗ s; b = (1, 64 ± 0, 01)10−6 s ⇒
κ = 1, 280 ± 0, 009; τ0 = (1, 64 ± 0, 01)10−6 s
Note que não é possı́vel ver muito bem a incerteza relacionada ao eixo x nos 3 gráficos, isto
se deu por conta da escala utilizada.

Discussão
Através da montagem de diferentes arranjos dos componentes e observação, foi possı́vel ve-
rificar a funcionalidade do capacitor de armazenamento de cargas e seu comportamento em um
circuito elétrico, além de seu modo de carga e descarga quando submetido a diferentes valores
de tensão e corrente, submetido e não submetido a uma fonte de tensão, respectivamente).
Além disso, foi possı́vel observar a mudança de comportamento do capacitor e seus efeitos no
resto do circuito na presença de um dielétrico entre suas placas (no caso, o papel).
Para a parte 1, utilizou-se do circuito representado pela Figura 1 e, a partir dos dados
coletados usando o osciloscópio e o gerador de funções, foi possı́vel a linearização do gráfico
(ln V × tempo), repesentado pela Figura 3, assim foi possı́vel encontrar a constante de tempo τ
através do coeficiente linear. Levando em conta as incertezas necessárias, chegou-se ao valor de
τ = 0, 69 ± 0, 07 s. O valor encontrado representa 75% do valor esperado pelo resultado teórico
τ = RC = 0, 924 ± 0, 003 s (R = 1, 004 ± 0, 007 kΩ e C = 0, 92 ± 0, 05 mF ), mostrando grande
discrepância. Como se trata de um circuito RC com constante de tempo longa, as componentes
do circuito apresentam forças dissipativas consideráveis, e provavelmente por isso houve uma
diferença no resultado encontrado para o resultado esperado.
Para a parte 2, analogamente à parte 1, porém utilizando do circuito representado pela
Figura 2, a partir do gráfico repsentado pela Figura 4, obteve-se para a constante de tempo o
valor τ = 0, 00046 ± 0, 00004 s, que representa 110% do valor esperado τ = RC = 0, 00042 ±
0, 00001 s (R = 9, 80 ± 0, 07 kΩ e C = 43 ± 1 nF ), repesentando uma melhor aproximação
do que o da primeira parte, e ao contrário do primeiro, abrange o resultado esperado pelo
modelo teórico. Como agora se trata de um circuito com constante de tempo curta, as forças
dissipativas podem não ter representado grande impacto já que estamos em uma escala menor
de tempo.
Na parte 3, o foco foi a presença do dielétrico e a determinação de sua contante κ, através
de diferentes valor de espessura (folhas de papel utilizadas), que representa, na situação, a
distancia d entre as placas paralelas do capacitor. Com diferentes valores inferidos de d e sua
influência no valor de τ , foi possı́vel plotar e linearizar o gráfico (τ (s) × d (m)), representado
pela Figura 5. Com isso, chegou-se ao valor de κ = 1, 280 ± 0, 009 para o papel utilizado,
valor bem diferente daquela encontrado em pesquisas realizadas no planejamento para os quais
κp apel = 3, 5, em média. Portanto, o valor encontrado experimentalmente representa apenas
36,6% do valor teórico esperado. Isto provavelmente se deu dada a dificuldade de verificar a
espessura do papel e medir a constante de tempo para cada espessura. Foi possı́vel perceber que
os valores registrados pelo osciloscópio ficavam oscilando consideravelmente, o que dificultou as
medidas realizadas. Também é importante ressaltar que o papel é um material muito váriavel,
temos vários tipos de papel e possivelmente, para cada tipo a constante dielétrica é diferente.
Neste experimento foi utilizado papel reciclável que provavelmente tenha um valor diferente para
a constante dielétrica de um papel sulfite dito normal (esperado aproximadamente como 3,5).
Nesta parte do experimento também foi possı́vel a partir do coeficiente linear da linearização
encontrarmos um valor para τ0 que representa a capacitância da montagem utilizada. O valor
de referência que temos para os cabos coaxiais utilizados é de 93 pF/m como o valor encontrado
foi τ0 = (1, 64 ± 0, 01)10−6 s. Assumindo que os fios não tem resistência e, portanto, apenas o
resistor utilizado no experimento teria efeito (R = 9, 80±0, 07 kΩ), chegamos que a capacitância
total dos fios esperada fazendo τ = RC é de C = (167 ± 2)10−12 F o que nos leva pelo valor de

9
referência a aproximadamente 1, 8 m de fio utilizados, valor que faz sentido para a montagem
experimental.
A resistência interna do gerador de funções é da ordem de 200Ω. Ou seja, o valor de tensão
que acreditamos estar sendo colocada no circuito está sendo um pouco dissipada, gerando uma
tensão menor do que a esperada. Sendo assim, temos uma certa incerteza no que diz respeito
a tensão gerada pelo gerador de funções, assim como já discutido anteriormente, a montagem
do circuito também nos traz uma resistência, uma capacitância e uma indutância parasitas que
atrapalham um pouco as medidas realizadas, principalmente nas que trabalham com maiores
valores de tensão e de tempo, levando a maiores dissipâncias. Além disso, temos as incerte-
zas associadas as medições e aos instrumentos propriamente ditos que já foram mensuradas
anteriormente.

Conclusão
Na Parte I do experimento, nosso objetivo era encontrar a constante de tempo τ , estudando
um circuito RC com um tempo longo. Para isso medimos a capacitância (C) e a resistência
(R), e com esses valores e a partir da equação τ = RC, obtivemos a constante de tempo
esperada τ = 0, 924 ± 0, 003 s . Logo após, com o auxilio do osciloscópio, medimos a tensão em
função do tempo e utilizando a linearização referente à Equação 2 e determinamos o coeficiente
angular da reta de onde foi possı́vel calcularmos τ = 0, 69 ± 0, 07 s. Sendo assim, nossa medida
não está dentro do intervalo esperado, isso pode ter acontecido dado altas resistências e forças
dissipativas no circuito.
Já a parte II, no lugar da fonte utilizamos um gerador de funções com um perı́odo T =
9, 4 ms, e analogamente à parte I , nosso objetivo era estudar o circuito RC e determinar a
constante de tempo τ , mas em um tempo curto. Novamente determinamos a resistência e a
capacitância e assim calculamos a constante de tempo esperada τ = 0, 00042 ± 0, 00001 s. Com
o osciloscópio medimos a tensão e semelhantemente a primeira parte do experimento, a partir
do coeficiente linear referente à Equação 2 determinamos τ = 0, 00046 ± 0, 00004 s. Note que
agora o resultado encontrado engloba o resultado esperado, o que nos mostra que para um
circuito onde a constante de tempo é curta as forças dissipativas tem menor impacto e portanto
conseguimos um resultado mais preciso.
Na última parte do experimento tı́nhamos que determinar a constante dielétrica do papel
através dos capacitores formados por dois discos de alumı́nio. Primeiramente determinamos
o raio do disco r = 0, 07500 ± 0, 00002 m e com isso calculamos sua área A = 0, 01767 ±
0, 00001 m2 . Para medir a constante de tempo usamos os cursores do osciloscópio e a partir da
variação de tempo entre os cursores tı́nhamos a constante de tempo, pois após esse tempo o ca-
pacitor carregava 63%. Variando a espessura de papel dentro do capacitor e medindo a constante
de tempo para cada caso, a partir do coeficiente angular referente à linearização da Equação
6 foi possı́vel determinarmos a constante diéletrica do papel dada por κ = 1, 280 ± 0, 009. A
partir de pesquisas realizadas, a constante diéletria do papel era esperada aproximadamente
com 3,5. Sendo assim, o resultado obtido não está muito próximo do esperado, provavelmente
isso ocorreu pela dificuldade em variar a espessura do papel e medir a constante de tempo.

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