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Luiz Alexandre Junior Numerologia A Chavc do Ser * PAD EAE Introdugao, Capitulo 1 Capitulo 2 Capftulo 3 Capitulo 4 Capitulo 5 Capitulo 6 Capitulo 7 Capitulo 8 Bibliografia Sumdrio ea Numerologia O Espirito . A Numerologia........ A Interpretagao dos Nuimeros ............. 60 Anilise da Matriz do Nome Dedicatéria Este livro eu dedico a minha filha Huanayra e a sua getagao. Nao que este livro deva ser usado como referéncia por ela ou por qual- quer outra pessoa. Como pai, sei que para ela valeré muito mais ler Pitagoras, Nietzsche, Jung ou Mario de Andrade. Com certeza darao muito mais contribuicao a sua formago intelectual e moral e, decer- to, a tornarao um espirito mais livre e evolufdo. Da minha parte, sé posso lhe deixar, além do meu amor, o legado do meu conhecimen- to, que, embora traduzido em postulados de numerologia, espero possa lhe servir de inspiragdo para continuar a tepassar as proximas gera- gSes ndo a numerologia, mas a atitude de nao se acomodar diante da realidade imposta ¢ aparente, lutando pela sua liberdade e a de rodos os seus semelhantes. Agradecimentos Quero agradecer a trés pessoas em especial: meu pai, Luiz Alexandre, minha mde, Olivia Alexandre, pela ligo de amor, desapego ¢ espiritualidade, e a minha eterna professora Liicia, a quem sou grato por me amar e tirar da caverna. Sao Paulo, agosto de 2001 Luiz Alexandre Junior N 9 =. Prefdcio Pensei muito em qual scria a abordagem mais adequada, ao escrever o prefdcio deste livro, cujo convite acredito ser fruto das longas conversas e incursGes sobre temas metafisicos que tive o prazer de compartilhar com o autor. Falar sobre 0 conceito, a seriedade e aplicabilidade da numerologia seria, talvez, mera redundancia, pois 0 leitor terd a oportunidade de absorver estes ensinamentos, didaticamente explicados por um dos seus mais brilhantes estudiosos. Sendo assim, ao terminar esta instrutiva e fascinante leitura, ocorreu-me que uma forma de completé-la seria com meu préprio testemunho, enfocando o aspecto pratico da numerologia, ou seja, relatando aqui como as pessoas que se submetem a uma andlise numerolégica adquirem um entendimento mais profundo do seu eu ese conscientizam dos processos psicolégicos e espiri- tuais que guiam sua existéncia. Tive a oportunidade de presenciar, e posteriormente acompanhar, como muitos consulentes, alguns grandes amigos, desenvolveram uma nova forma de compreensao diante de uma série de situagSes com que a complexidade da vida nos presenteia dia apds dia. O que parecia, a principio, mera curiosidade por ouvir uma anélise numerolégica, baseada em conhecimentos totalmente desconhecidos para essas pessoas, tem se transformado num processo terapéutico extremamente rapido e eficaz. Mas por que conseguiram extrair da andlise um resultado tao benéfico? Simplesmente escolheram receber esta gama de informagdes com a mente € 0 corago abertos, sem o pré-julgamento de um raciocinio cartesiano limitado, permitindo assim que elas iluminassem parte da obscuridade do seu plano inconsciente, acalmando a inquietude de uma alma repleta de perguntas sem respostas. Compartilhei com essas pessoas momentos de incerteza e ansiedade pelas novas descobertas; ofereci meu ombro para consolar as lagrimas que as emogdes provocam quando a verdade néo consegue mais se esconder da realidade e diante dela tem que ser enfrentada; dividi o siléncio da alma assimilando a mensagem e o medo de enfrentar a descoberta do carma. Mas diante de uma nova perspectiva também pude perceber um novo brilho surgir em olhares antes abatidos pela inconsciéncia, desconhecimento e incompreensao do incémodo que chamamos de dor. Certamente, para frustragéo do autor, a maioria dos “consultados” nao se aprofunda em analisar as informagdes, transformando-as em dddivas que contribuem para o autoconhecimento. Mas a possibilidade de ver a vida como um processo mais amplo, cujos tentdéculos vio muito além da nossa referéncia egocéntrica, pois nao somos o centro do universo, apenas parte dele, cria nos seres uma nova percepgaio c a alma experimenta uma sensacio de alivio devido a essa nova consciéncia. E o momento em que compreendemos e acreditamos que seremos felizes se assumirmos nossa miss40 € exercitarmos nossas habilidades e talentos, sempre fluindo com a vida, nunca nos confrontando com ela. E 0 momento em que tudo fica mais claro, mais légico. E quando deixamos de nos sentir abandonados pelo grande Espirito, como seres fragmentados que ainda somos neste ponto da evolugao humana. E é nesse momento que podemos fazer novas escolhas ¢ que optamos por enfrentar a vida dentro de uma nova ética. Provocamos mudangas em nossas vidas quando alguma coisa nos incomoda muito. A profundidade de uma anilise numerolégica, assim como de muitos outros instrumentos dispontveis, pode ser o caminho adequado para nos ajudar a encarar esse incémodo. Sendo assim, espero que a lei da neronicidade das coisas, que acredito estar agindo neste momento, permita que vocé, leitor, sintonize suas questdes internas na busca de respostas para os scus incOmodos e, por meio dos ensinamentos deste divino postulado milenar, presente de alguns iluminados, abra as portas para uma nova consciéncia com base no entendimento do passado, no conhecimento do presente ¢ nas oportunidades do futuro. Maria Cristina Ortiz de Camargo Sdo Paulo, 20/2/2002 Introducéo Este trabalho € o resultado dos meus dltimos 14 anos de inquictagao. Talvez, mais que uma inquietagao, o livro re- Presente uma frustragao acumulada depois de centenas de consultas numerolégicas feitas quando, dia apdés dia, eu via muitas pessoas deixarem 0 meu escritério, apesar de perple- xas com as informagées ¢ algumas extremamente agradeci- das, ainda sem saber absolutamente nada sobre numerologia, principalmente a sua, seus fundamentos, sua forga e, princi- palmente, sua utilidade pratica. Por vezes achei que a minha forma de exposigao fosse falha e que talvez se a mudasse con- seguiria melhores resultados. Ledo engano. Com o passar do tempo percebi que elas estavam ali, diante de mim, apenas € tao-somente para que eu lhes desse todas as informagées, sem esforgo, sem trabalho mental nem desgaste psicolégico al- gum. E mais, que desse solugdes para seus problemas imedia- Luis Alexandre Junior 12 tos, quase sempre os mesmos: amor, infidelidade, trabalho e familia. Nao estavam diante de mim para o autoconhecimento, tampouco para encontrar mecanismos que melhorassem sua eficiéncia diante das escolhas, escolhas essas que se iniciaram muito antes da chegada delas para vida terrena. Estar aqui ja havia sido uma escolha, estar aqui era atuar sob um plano pre a numerologia era a prova cabal disso, o mesmo nao acontecia com os meus “analisados”. Essa informacao sempre passou des- percebida. tabelecido que elas mesmas tragaram para si. Se para mim Eu sempre me questionava se jamais haviam se perguntado de onde eu tirava aquelas informagoes sobre elas. Seré que acreditavam estar diante de uma entidade incotporada, um preto-velho ou um feiticeiro cigano? Como fazé-las entender que o que cu fazia era simplesmente interpretar, ler os proprios cédigos deixados por elas, disponiveis no nome e€ na data de nascimento, e que elas, se assim quisessem, fariam 0 mesmo, até com mais eficiéncia que eu? Sempre me incomodou e eu sempre rechacei a palavra “esotérico” ou a expressao “ciéncias ocultas”. Para mim, o “oculto” nao existe. Tudo esta posto na natureza (material e espiritual). O conhecimento é como uma onda que esta solta viajando a nossa volta e por todo o Universo. Ele esta disponivel para quem quiser pega-lo. Nao ha necessidade de ser magico ou guru; nao precisa ser iluminado ou 0 esco- lhido, tampouco apelar para a divindade suprema. Basta apenas ler 0 mundo com todos os mecanismos de que dispomos. Nosso espfrito esta dotado de todas as faculdades necessarias para fazer essa leitura e mesmo aqueles que nao tém o viés espiritualista, ou que simplesmente nao acreditam nisto, irao concordar que conhecer é uma condigao inerente a todos os homens. Nowexcuosta, 4 Qiave no Six Sei que meu questionamento niio é algo pontual nem novo; ele tem rafzes histéricas e que esto Postas ha muitos séculos. Mas pude, através dessas centenas de Pessoas que vieram até mim fazer a numerologia, reforgar a tese de que, no nosso Contexto, todo e cada homem, do nascimento a morte, caminha pela impessoalidade. Ele nao se questiona enquanto homem ou enquanto eu. Né6s nos questionamos enquanto homens urbanos e imersos no contexto social que herdamos, mas a nossa identidade (“quem sou eu?”) depende da correlagiio entre as respostas a estas duas perguntas: “quem sou cu enquanto homem (espiri- to)” e “quem € este homem particular que se expde como eu”. Muitos de nés passamos a vida inteira sem nem sequer nos darmos conta da existéncia e da acao do nosso espfrito, e nos restringimos a pensar, viver e agir como se s6 existissem 0 eu social e 0 contexto no qual estamos inseridos, atuando como se este eu, € somente cle, fizesse parte da verdade e da nossa tealidade e que tudo fora isso fosse obra da teligiao, dos filésofos e dos fandticos espiritualistas. Seja como for, a pretensiio de que posso, através deste trabalho ou das minhas andlises numerolégicas, contribuir para a solugao desse problema € utopia. Dizer isso também € desnecessario, mas é importante que eu frise para evitar, assim, futuras inquisigdes. O que tento aqui nestas paginas € demonstrar que a numerologia nao é ocultismo, magia, Misticismo nem instrumento para falsdrios ganharem dinheiro, ja que alguns dos argumentos que os sustentam € mantém intacto seu poder e status s4o a crendice ¢ a ignorancia das Pessoas sobre o tema. Isso por causa da forma obtusa e hermé- tica com que sao disponibilizados os conhecimentos “esotéricos” da numerologia, e daquilo que est4 “exotérico”, quase sempre carregado de misticismo e solugdes milagreiras, a ponto de se dizer que basta trocar de nome e colar uma letra Lads Alexandre Janie 14 ou ndmero a mais na porta da sua casa, do seu carro ou do seu escritério para mudar toda a sua sorte. O que farei € expor como cu entendo a numerologia pitag6rica, o que estudei, aprendi e pratiquei durante estes 14 anos. Tentarei demonstrar sua utilidade pratica e discutir postulados que ha muito foram esquecidos pelos numerdlogos, muito disso devido a falta de entendimento histérico e filoséfico, pela falta de atualizagao cientifica ¢ por ficarem atrelados somente a baixa numerologia (comportamento), assim como qucrem os misticos e muitos psicélogos responsiveis pelas alterag6es feitas na numerologia durante o século passado, reduzindo-a a mera interpretagio mistica do comportamento. Primeiramente a numerologia nao pode ser entendida sem quatro elementos basicos: a filosofia, nao s6 pela presenga do grande fildsofo Pitagoras e dos grandes pitag6ricos como Sécrates, Platao, Filolau, Euclides e outros, mas fundamentalmente pelo seu aspecto ontolégico, ou seja, na busca de entender o ser que habita cada ente; o espirito, por ser a entidade inteligente que age na matéria, ou seja, o ser que habita o ente humano; a reencamagao como mecanismo utilizado pelo espirito para a interagao com a matéria, objetivando a evolugao € a redengao; e, finalmente, os ntimeros (arithmés) como entidades interme- diatias entre o ser supremo (Deus), o Um (principio vital, que nao € numérico) € os outros seres'. Para os pitagéricos, h4 um numero da conta, do célculo e da medida, a matemética imanente, e outro das formas ou idéias, a matemética transcendente. E deste tiltimo que a numerologia trata. Um nimero de ritmo, tempo, simetria, esséncia, que, além de permitir tornar presente o que esté 1 Santos, Mario Ferreira dos, Pitdgoras ¢ 0 Tema dos Nuimeros, Sao Paulo, 2000, p. 237 Noseactooia, a Ckave co Sen ausente (simbolo), identifica a corda que cada espirito toca no Universo, como veremos no decorrer desta exposigao. A numerologia nada mais € do que um cédigo de acesso ao entendimento dessa entidade que chamamos de espirito ¢ a demonstragdo matematica de sua existéncia. O cdédigo que marca seu comportamento, maneira de agir no mundo e com as pessoas, bem como as ligdes a serem aprendidas, esta no nome; a missfo e o objetivo da sua vinda na terra e os acontecimentos futuros estdo descritos na sua data de nascimento. Ao contrério do que pensamos em relagao a quem nos dé o nome, ele € passado por vocé aos seus pais desde o momento da concepgao até o final da gestag4o, por comunicagao meditinica (via onda-pensamento), que pode ser na forma de intui do, inspiragao ou pelos sonhos. Esses cédi- gos registram o tipo de espfrito que esta chegando, suas virtu- des e dificuldades e como os pais podem ajudi-lo na evolugao € na superagao das suas falhas, deixando ainda o nome grava- do para que vocé possa ter acesso durante sua vida terrena aos dispositivos de memoria que estao dispontveis. Imagine a numerologia como um cédigo exato e, por que nao dizer, preciso sobre seu projeto de vida nesta sua nova passagem pela Terra. Palavras como “espfrito”, “reencarnagao”, “comunicagao meditinica” sao termos que a primeira vista soam como crenca € misticismo, mas tentarei demonstrar que seus conceitos nao sao absurdos ou crendices religiosas. Sao muito mais reais e presentes no cotidiano do que parecem ¢ o absurdo esta em nao considerar tais elementos e afastar de nés o seu enten- dimento, por preconceito ou ignorancia.(...) Luiz Alexunue Junior 15 16 A Filosofia de Pitégoras e a Numerologia Quem de nés j nao se perguntou sobre a existéncia? De onde viemos? O que somos? E para onde vamos depois daqui? Se alguma vez vocé fez esta pergunta, foi elevado 4 mesma condigao de Pitdgoras, Sdcrates, Plato, Nietzsche e outros. O termo “filosofia” é atribuido a Pitagoras e significa philon “eu amo” e sophia “saber”. Ser filésofo & ser amante do saber (nao apenas saber o que ha e como se dé, mas também o porqué do que é)?. Longe de todo o hermetismo lingiifstico académico, a raiz do filosofar esta sintetizada em sua etimologia, portanto, eu, vocé e todos os outros somos capazes do ato de filosofar, nao precisando temé-lo, achando ser obra de poucos, algo ina- tingivel, impraticavel e distante da nossa realidade. 2 Santos, Mario Ferreira dos, Piedgoras ¢ 0 Tema dos Niimerus, Sav Paulo, Trasa, 2000. Nowenceoota, 4 Cave no Sim Apesar de serem simples os questionamentos mencionados anteriormente, suas respostas sio complexas, ainda mais se le- varmos em conta nosso contexto herdado (lingua, religiao, condigao sociocultural, etc.), que nos faz concluir 0 quai difi- cil sera respondé-los de maneira limpa, imparcial e precisa, sem contar o fato de que estamos presumindo que todos os questionamentos tenham respostas, embora na histéria da hu- manidade elas continuem em aberto. Ao acordar pela manha, nao é necessdrio que nos apal- pemos para ter certeza de que somos nés mesmos que acabamos de levantar. Ao olhar no espelho, para 0 chao e para tudo que est a nossa volta, niio temos dtivida de que nés € as coisas existimos. Esta Gbvia e insuspeita certeza nos afasta da necessidade de ficar constantemente nos perguntando sobre a vida. Diante disso, nao é de se estranhar que o homem seja um ente capaz de se dar ao luxo de abandonar sua identidade (en- quanto homem) para viver a identidade social, sem que esse encobrimento cause constrangimento ao substituir aquilo que se pelo que se imagina ser ou pelo ideal de ser social. Ele ganha em troca um aparente conforto, que sé € perturbado em seus momentos de depressao, e s6 se dé conta da presenga de algo mais diante das situagdes-limite da vida (dor, culpa, softi- mento e morte). Dessa angustia é que brota o filosofar, tanto na histéria da humanidade como na vida de cada um de nés. Enquantp nao nos sentimos incomodados e estamos seguros sob os bragos do enredo social e apegados a nossas convic¢oes, nao procuramos aquelas respostas, até porque elas nao fazem sentido, j& que estamos seguros de que somos a imagem que fazemos das coisas e de nés mesmos. A distorgao entre o real (aquilo que se €) e a representagao (0 ideal de ser social) no mundo moderno faz com que o “ser” dé lugar para o “ter”. O coletive toma o lugar do individual e Juiz Aleumdrs Junior 17 18 ser homem passa a ser aquilo que se pode possuir. Esta afirma- 40 pode ser facilmente comprovada na inocente e freqtiente pergunta que fazemos a nossas criangas e adolescentes, quando perguntamos “o que vocé serd quando crescer?”. Ensinamos a eles desde pequenos que para serem precisam antes se apropriar de alguma coisa, possuf-la, como donos do saber, do poder, da produgao, do amor, da mercadoria, da moral, etc. Langados e langando nossos descendentes nessa busca desenfreada pelo poder c pelo consumo, contribufmos nao sé para a falsificagao da identidade, mas também para 0 encobrimento de todos os sentimentos e atributos humanos. Depois deste preambulo, a relagao entre a numerologia e a filosofia também nao carecerd de muito aprofundamento, prin- cipalmente se juntarmos as duas o nome de Pitdgoras, embora muitos de nés s6 consigamos até entdo fazer mengao ao seu teorema, que custamos a aprender nos tempos do ensino fun- damental. Sua importancia no pensamento ocidental, do qual nés somos herdeiros, vai muito além disso. Pitagoras inaugu- rou uma nova maneira de pensar em seu tempo, fato este que possibilitou o desenvolvimento do pensamento grego, etemnizado por Sécrates, Platao, Aristételes e outros. Aristételes ainda foi o responsavel pela distorg¢ao do pensamento Pitagérico, influenciando e distanciando muitos pensadores posteriores a ele, cm fungéio de sua interpretagiio superficial, porque calcava sua critica na visio dos pitagéticos (discfpu- los) menores e nao no pensamento do mestre de Samos, como hos mostra o filésofo Mario Ferteira dos Santos em seu livro Pitdgoras e 0 Tema do Nvimero?. Nao ha escritos deixados por Pitdgoras. Muito do que se tem até hoje foi escrito séculos depois da sua morte. Boa parte do que é atribuido a ele foi afirmada por discfpulos que nem 3 Idem, p. 237 Nowexcuocia, 4 Quave vw Se sequer o conheceram. Durante muito tempo se pensou que ele fosse somente uma lenda, obra da imaginagiio de seus fanaticos discfpulos que, com raras excegdes, sempre mistificaram os seus ensinamentos. A historia também registra varios personagens chamados Pitdgoras que, embora atuassem em outros setores, foram muitas vezes confundidos com o mestre de Samos, Outro numa época em que muitos de seus contemporaneos escreveram, 0 que faz com que alguns estudiosos desconsiderem sua importancia histérica. Na verdade, sua existéncia esta calcada na extensa obra deixada por seus seguidores ¢ discfpulos, influenciados por seu pensamento. Em outros casos, seu atestado de existéncia vem da veemente negacao de seus postulados por seus criticos, como Aristételes. Talvez esta seja a sina dos grandes avatares, a exemplo de outras entidades como Sécrates, Jesus e Buda, que, como Pitégoras, nao deixaram obras escritas. Boa parte de seus pos- tulados, pelo menos aqueles que chegaram a nossas mos, foi distorcida pela interpretacao dos seus discfpulos. E certo que, mesmo ao pesquisador mais atento, serd diffcil distinguir qual € 0 pensamento do mestre e qual é 0 de seus discfpulos, mas nao podemos negar o fato de que ha séculos culturas e socie- dades sao edificadas e muitas pessoas conduzem suas vidas e a de seus filhos baseadas nestes ensinamentos. Podemos con- cluit que, embora as pessoas tenham o mestre como referén- cia, € bem provavel que estejam baseando-se na interpretagio de seus discfpulos. O que se sabe de fato, pelo cruzamento de varios fragmen- tos estudados, € que Pitagoras de Samos viveu por volta de 569 a.C. a470a.C, Sua bagagem cultural foi formada durante viagens ao Oriente, quando passou pelo Egito, onde foi discfpulo do sacerdote Sonchi, e pela Babilénia, onde conhe- ceu Zaratustra ou Zoroastro. E em Creta, em sua volta a cida- Luiz Alesana rior 19 20 de natal, fundou uma escola, mas por problemas polfticos abandonou a cidade para residir no sul da Itélia, onde fun- dou uma ordem religioso-moral, que se expandiu por varias cidades ao redor, influenciando até 0 modo de vida politico e social de todas elas. Posteriormente, atraiu a ira de governantes que proibiram a pratica de seus ensinamentos, iniciando um perfodo de persegui¢do ao pitagorismo ¢ aos pitag6ricos*. Esse fato obrigou Pitagoras a tornar sua pratica secreta e dificultar 0 acesso aos ensinamentos mais superio- res da ordem, evitando assim que espides se infiltrassem nas escolas. Isso desfaz o mito das chamadas sociedades esotéricas, pelo menos as pitagéricas. O que a histéria mostra é que, na verdade, o fato de serem secretas se deve mais & questao po- Iftica do que a preservagao dos ensinamentos. Consta tam- bém que Pitagoras baseava seu modo de vida num sistema que poderfamos chamar “comunista”, em que homens e mu- Iheres compartilhavam as riquezas e o conhecimento e, con- venhamos, se isto nos dias de hoje ja seria motivo para reta- liagdo, imagine-se naquela época. Embora esses fatos nos ajudem a entender um pouco a mis- tificacdo de Pitagoras e seus postulados, o que interessa para nosso estudo de numerologia, na verdade, nao é quem foi e como viveu Pitdgoras e, sim, sua filosofia e sua interpretagao dos ntimeros. Para Pitdgoras, 0 ser que habita cada ente € alguma coisa que h4, que houve e sempre haveré. O ser é a parte divina em nés, mas ao homem néio seria possivel conhecer a Deus sob todos os aspectos porque a mente humana, por ser limitada, nao consegue captar a plenitude da divindade. Mas, através das coisas, seria possivel ao homem conhecer de certo modo a divindade, j4 que as coisas sao compostas de ntimeros’, por- 4 Idem, p. 61 - 67 5 Idem, p. 72 Nuseercuooia, 4 CHAVE Do Sen tanto possiveis de serem conhecidas. Para ele, o ndmero é a chave que nos dé acesso ao conhecimento do mundo sensfvel enos coloca préximos da compreensio da divindade. Seu prin- cipio € o mesmo do ser. Pitdgoras afirmava que havia dois tipos de néimero: aquele que est4 nas coisas e aquele que as coisas copiam. Portanto, ha um nimero que esta na coisa, o némero concreto, e outro que antecede a coisa, o numero eidético. Este ponto é fundamental para que possamos entender a numerologia, o que veremos mais profundamente nos proxi- mos capitulos No mundo grego de Pitagoras, acreditava-se em dois pla- 1m mundo superior ou das idéias puras e imutveis, onde residem as divindades ou as formas perfeitas, e 0 outro mundo, o das aparéncias, da c6pia, do fenémeno e da mutagéo das coisas. Essa concep¢ao de mundo vem do orfismo grego, uma nos forma mitico-religiosa que imperava na €poca e que pregava um mundo feito 4 imagem e vontade dos deuses. Apesar de ainda estar intimamente ligado a essa concep¢ao teligiosa de mundo, Pitagoras traz um elemento que 0 coloca acima da visio religioso-moral, a demonstragéo (o célculo). Para ele, o conhecimento sé poderia ser alcangado pela suprema instrugao do saber culto que € a matematica. O fil6sofo deve saber expressar seus conhecimentos de maneira clara e Provar (demonstrar) suas teses, seguindo as normas da matematica, que ele chamava de metamatemitica, a verdadeira filosofia, Porque se asgenta em bases objetivas e universalmente validas, afastando-se assim do subjetivismo da opiniaio “ao considerar que o mimero é 0 fundamento de todas as coisas, ele introduziu o cdlculo na fisica e aliou a matemdtica a ciéncia, 0 que permitiu o grande progresso que esta conheceu”®. Embora os egipcios e chineses j4 empregassem a técnica da demonstragao, foi com 6 Idem, p. 71 Luis Alesana Junior 21 2 Pitdgoras que a mateméatica deu um enorme salto epistémico e novos contornos as formas antigas do pensamento grego, iniciando uma nova maneira de encarar o mundo, que teve seu dpice em Sécrates e Platao — embora eles nunca tivessem afirmado publicamente serem pitagéricos’, até porque nessa €poca a pratica do pitagorismo era proibida. A numerologia certamente tem raizes na filosofia pitagérica, mas nao podemos afirmar que seja Pitdgoras o seu inventor. Um raciocinio mais apurado nos leva a uma segunda questo, talvez até mais provavel, a de que a numerologia, tal como a conhecemos, pode ter sido desenvolvida ao longo dos tempos por alguns de seus discfpulos. Apés a morte de Pitagoras, cons- ta que os pitagéricos se dividiram em dois grupos: os acumAasticos, que pregam os rituais de purificagao, iniciacdo e Os ensinamentos orais, € os matematicos, que desenvolviam as teorias cosmoldgicas ¢ a geometria. Podemos supor que a pra- tica da numerologia tenha se desenvolvido no seio do grupo que tinha mais tendéncias misticas. Devido a facilidade de compreensio ¢ aprendizado da priti- ca numerolégica — j4 que esta se bascia em célculos de aritméti- ca basica —, eles conseguiram transformar esta pratica, que era usada inicialmente para demonstrar matematicamente a exis- téncia ea forma de atuagao do ser, no verdadeiro conhecimento pitagérico. A partir desse momento, a numerologia deixou de ser um meio para ser o fim em si mesma e ocupou um lugar isolado na Histériay tendo autonomia, portanto, para desenvol- ver-se sem manter a fidelidade filosdfica. Nao precisaremos ir muito longe. Basta nos fixarmos principalmente nos séculos 19 e 20, quando se tem o maior ntimero de obras sobre o assunto, e constataremos a forte influéncia de m{sticos, psicélogos, terapeutas hol fsticos e alguns mateméticos, o que por si sé nos 7 Idem, p. 70 Nowerotoci, 4 dave 10 Sr traz certa desconfianga € nos remete a discusséo do inicio do capitulo sobre a questao imparcial, limpa e precisa da anélise das questdes cruciais. Nao estou com isso me desfazendo da con- tribuigao inegavel que cada um deles traz para a numerologia, mesmo porque, na Histéria, nossa tendéncia é a evolugao, e nao podemos achar que o conhecimento tenha nascido e finda- do com os precursores (mestres). Até Porque isso seria, além de uma burrice, um absurdo. © que estou defendendo é a manu- tengdo da premissa bdsica, que é filoséfica e no mistica, como. faz boa parte dos numerdlogos. Se a numerologia € Pitag6rica, em primeiro lugar seu objetivo é entender o ser que habita cada ente, Em segundo, sua pratica € a demonstragao mateméatica da existéncia deste ser, porque para Pit4goras uma tese sé poderia ser viilida se ela passasse pelo crivo das leis matematicas. E, por tltimo, sua andlise de ntimero evidencia necessariamente dois planos, um concreto, que est4 nas coisas e no nosso cotidiano, e um eidético, que antecede as coisas, ou seja, antes da chegada deste ser ao mundo carnal. Portanto, a andlise jamais se restringird a um sé plano, como foi praticada nos séculos passados, principalmente no século 20, em que a baixa numerologia (comportamento) imperou. Para iniciarmos nosso aprendizado, devemos entender que a numerologia € a busca do ser. Ela se funda na demonstragaio matemitica de como este ser interage nos dois planos e com os Outros entes, providos de ser. Luis Alexante union 23 24 O Espirito As discusses acerca do espirito e da reencarnagcio sao. controversas e sempre tendem a cair no terreno religioso e mistico. Infelizmente, o 6nus da prova ainda tem ficado sobre a fé e nao sobre a ciéncia. Podemos até considerar o fato de que com 0 advento da mec4nica quantica, no sécu- lo passado, langaram-se novas luzes ao assunto e, com cer- teza, poderemos esperar que esses conceitos passem ao lon- go deste século 21 a nao ser mais laborat6rio da fé e da teli- gido e sejam, definitivamente, objeto de estudo da ciéncia, apesar de a realidade de hoje indicar que a distancia ainda continua. De qualquer modo, este assunto mereceria mi- lthares de paginas, anos de estudo ¢ muito avanco tecnolégico, para entendermos de fato esses dois conceitos. Para o nosso estudo de numerologia, contudo, poderemos utilizar alguns conceitos basicos ¢ simples que nos ajudarao Nowmnotoota, « Cave po Sex a continuar nossé raciocinio, sem que com isto descam- bemos para o misticismo. Ja vimos que a numerologia sai da raiz da filosofia pitagérica. Seu objetivo € a compreensio do ser dentro dos dois planos, 0 mundo sensivel ou das aparéncias, onde estao os fendmenos ¢ 0 nosso mundo cotidiano, e 0 mundo das idéias ou das formas perfeitas, onde estao as coisas que antecedem nossa chegada 4 Terra, o chamado mundo espiritual; e, por fim, do neimero, que €a chave que permitiré 0 acesso a esse conhecimento. Todos nds, pelo menos no contexto brasileiro, temos em nosso imaginario a nogdo de céu e inferno. No senso comum, o inferno estaria abaixo da terra, mais exatamente nas suas profundezas, e seria o abrigo daqueles que praticaram maldades em sua vida terrena e do diabo. Para muitos, ainda, 0 inferno seria a prépria vida na Terra; e o céu estaria bem acima de a residéncia dos homens bons depois de sua vida terrena, dos santos e de Deus. Podemos observar que a nogao que € senso comum de céu e inferno, se nossas cabegas — e de fato esta —, e seria nao € idéntica a pensada pelos gregos, em especial os pitagéricos, é bem semelhante, principalmente no que se refere 4 presenca de dois mundos. Esta semelhanga, assim como muitas outras, se deve ao fato de que muitas religiGes tomam como base epistémica para s postulados doutrinarios a interpretagao das obras dos filésofos gregos, cuja idéia de um mundo harménico e perfeito contrasta com 0 caos € a barbarie do nosso mundo cotidiano. Sendo assim, um mundo perfeito, onde se possa obter a redengao, traz nado sé 0 conforto ¢ a acomodagao, como assegura uma certa estabilidade das bases sociais vigentes. Chegar até esse ponto ainda nao fere nenhuma de nossas convicgdes mais tradicionalistas e nado causa nenhum choque conceitual entre ciéncia e religido. Além do mais, no campo dos mundos de atuagio do ser, do primeiro, que ¢ o das Luz Alesand Junior 25 26 aparéncias, a ciéncia j4 vem se ocupando ha muito tempo, e as descobertas da fisica, da medicina, da psicologia e até da genética nao nos causam mais estranheza e provam a cada dia nosso dominio e conhecimento sobre o mundo sensfvel. Quando pensamos no outro mundo, o mundo puro, imutavel, das idéias perfeitas e invisiveis, nossa compreensao comega a encontrar obstaculos, tanto no campo religioso como no cientifico. No campo religioso, a questao esbarra na fé, que elimina a necessidade de raz’o e provas. Sua base é vaga ¢ possibilita a qualquer um tornd-la verdadeira pelo simples testemunho de uma visdo. No campo cientifico, a questao esbarra no método e na inexisténcia de “aparelhos” que possam detectar a presenca do ser apds a morte bidtica do ente. Quando colocada diante de questdes como a do espirito e da reencarnagao, a ciéncia se fecha e empurra novamente a problematica para a religidio. Outro fato é que ela nao se ocupa em resolver essas questdes; seu objetivo fundamental visa, em tese, ao conhecimento, a preservagao e 4 evolugao da vida. Pensar em algo além da vida constitui uma questdo fora de proposigao. Talvez a ciéncia tenha seguido as palavras de Jesus: “Os mortos que cuidem dos seus mortos”. Diante disso, constatamos que, se no campo sensfvel ha elementos e provas suficientes, o mesmo nao ocorre no campo das formas perfeitas. Esta tarefa ainda € dificil de ser pensada sem 0 viés religioso, que contém o dispositivo da fé. Aproveitamos esse impasse para nos apropriarmos de um conhecimento posto no século 19, mais precisamente em 1857, pelo cientista e educador francés Hippolyte Léon Denizard Rivail. Seu pseud6nimo era Allan Kardec. Este novo postulado filos6fico ficou posteriormente conhecido no Brasil e no mundo como espiritismo. Kardec traz, diferentemente das outras religides, alguns postulados que nos dao pistas mais precisas sobre 0 mundo invisivel preconizado por Pitagoras e seus Nuwexacia, a Gave v0 Sex contempordneos. Ele define como “espirito” 0 que antes era denominado “ser” (apesar de nao ser novidade no pensamento filoséfico). E mais: define a sua fisiologia, o lugar que ocupa no espago € no corpo fisico, como se integra em estruturas de ‘corpos materiais (encarnar e reencarnar) e, 0 fato mais importante, como se comunica. Esta perspectiva, apesar de ter ficado sempre atrelada a religido, pode ser considerada um avanco filoséfico e cientifico, apesar de provocar rupturas conceituais nos dois campos. A filosofia de Kardec propde uma jungdo entre ciéncia, teligido e filosofia, tanto no discurso como na pratica. Mas deve- se ressaltar que, na realidade, isso ainda nao acontece com seus seguidores, que, como a maioria das outras filosofias espiritualistas, vive presa ao campo religioso. Mas 0 que estamos considerando neste estudo sao as propostas feitas por Kardec e nao © que é feito em termos de pratica religiosa. Antes de nos atermos ao uso da palavra “espirito” e enten- dermos sua relag3o coma numerologia, vamos substituir a pa- lavra “ser” pela palavra “espfrito”. A palavra “espfrito” nos foi emprestada da literatura francesa, onde aparece com 0 nome “génie”, cujo significado, “talent né”, tem, em portugués, o sentido de inteligéncia inata’. Vamos elucidar alguns topicos acerca do espirito, de acordo com a filosofia de Kardec. 1) Os espiritos sao seres inteligentes, imateriais, individuais que habitam o Universo. Para atuarem na crosta terrestre, criaram um modelador biolégico chamado “perispirito”, que € igual ao corpo denso, sé que mais sutil. Segundo a filosofia, portanto, o ser humano seria formado pelo corpo denso, perispirito e 0 espirito, que comanda todos 0s atos dos outros corpos. 8 Sanchez, Wladimyr, Desmistificando 0 Dogma da Reencamagao, Ed. IPECE, Sao Paulo, 2002 Iie Aleromare Junior 27 28 2) Sao dotados de um conjunto de faculdades (aptidées inatas), que lhes formam a mente. Essa definicao implica que a inteligéncia pertinente ao ser humano nao reside em nenhu- ma regizio da massa encefélica, mas, sim, em um ser que se integra A estrutura biolégica que forma o corpo humano. As faculdades sao: instinto, inteligéncia, irritabilidade, percepgao, livre-arbitrio, forga de vontade, discernimento, imaginag4o, consciéncia, memoria, mediunidade, sensibilidade, razio, pensamento, telepatia e vidéncia. 3) Eles podem se apresentar em duas formas: encarnada, quando 4) Os esp’ 5) envoltos em um corpo de carne (fisico denso), ¢ desencarnada (perispirito), quando nao possuem mais 0 corpo fisico denso e habitam o espago, tanto na crosta como na atmosfera, local chamado “erraticidade”. itos desencarnados agrupam-se no espago atmosféri- co (erraticidade), em colénias e cidades que variam de ca- racterfsticas conforme o grau evolutivo de seus habitantes. Em cada colénia e cidade agregam-se familias espirituais, bem mais numerosas que as de encarnados. A uniiio de familias espirituais que interagem entre si forma uma falange, que € uma unidade bem maior. O critério de formagao de falanges é oda sintonia e afinidade de pensamentos. Eles se comunicam pelo pensamento, que é uma onda cletromagnética que se propaga pelo espago, e, através da faculdade da mediunidade, captam e proces: contidas na onda-pensamento. Esta comuni- cacao é feita independentemente da forma em que se en- contram — encarnada ou desencarnada’. (Ver figura 1) informag6 Este novo postulado trazido por Kardec foi rechagado por muitos cientistas da época, até porque muitos dos fendmenos 9 Idem Nontinoroata, a have no Si apresentados como provas tiveram sua autenticidade questionada depois da constatagao de algumas fraudes; mesmo que nenhuma das fraudes tenha tido sua participagao, essa teoria foi deixada de lado pela comunidade cientifica. Outro fato relevante, até muito mais importante e decisivo, € que 0 século 19, depois da €poca aurea dos gregos, foi certamente um dos mais ricos — se néo o mais rico — em termos de descobertas ¢ de produgia intelectual na histéria ocidental. Além de ter sido um século de grandes descobertas e de pensadores, o século 19 apresentou uma inquietagao social e politica tremenda, que, aliada As fraudes, ajudou a comunidade cientifica da época a nao dar importancia para os seus postulados. As questoes levantadas por Kardec sobre a imortalidade do espirito € a possibilidade de comunicagao apés a vida bidtica e seu retorno ganham forga no século 20, principalmente nos anos 70, com um grupo de fisicos da Universidade de Princeton. Esses cientistas afirmavam, entre outras coisas, que néio se poderia mais estudar qualquer fen6meno na natureza sem a presenga e a interferéncia do espirito, que existe um tempo material e outro espiritual, conectados na mesma dimensao, e que os dados contidos na meméria nao se perderiam nem Tesmo apds a morte do ente’®. No Brasil, o fisico Wladimyr Sanchez, autor de Influéncia dos Espfritos no Dia-a-dia e Desmistificando 0 Dogma da Reencarnagao, nos da pistas ainda mais surpreendentes e esclarecedoras sobre o tema. Wladimyr vem se dedicando nos tiltimos dez anos a fazer correlagSes entre as afirmagdes contidas na literatura espirita, nao s6 das obras de Allan Kardec, mas principalmente dos livros psicografados por Chico Xavier (obras de André Luiz''), e os conhecimentos 10 Charon, Jean C., O Espirito, Este Descomhecido, Sao Paulo, Ed. Melhoramentos, 1990 11 Espirito que enviava as mensagens a Chico Xavier. Lang Alexandre Jor 29 30 cientificos disponiveis, da fisica, da genética, da antropologia, da psicologia e, principalmente, da mec4nica quantica. Tomando como ponto de partida os relatos contides nesses livros, ele desenvolve um diagrama de blocos que permite de forma detalhada e didatica visualizar a mente e a forma de comunicagao do espirito. Ele explica que ondas-pensamento sio ondas eletromagnéticas, semelhantes as ondas de TV, microondas, luz solar, raios-X, raios gama, raios césmicos e outras. Assim como as ondas de TV, as ondas-pensamento transportam pelo espago imagens, sons, movimentos, cores, etc. Elas recebem 0 nome de “mento-eletromagnética” e se propagam pelo espago de forma isotrépica, em determinada freqiiéncia e amplitude, podendo percorrer grandes distancias, deslocando-se na velocidade da luz, que € de 300 mil quilémetros por segundo. A comunicagao via onda-pensamento é um processo que ocorre de mente a mente, portanto de espfrito para espirito. Para isso, € necessdrio apenas que haja sintonia entre duas mentes dispostas a se comunicarem. Assim, a onda-pensamento de determinada freqiiéncia emitida por uma mente pode ser captada e absorvida por outra que oscile na mesma freqiiéncia, ainda que ambas estejam a grande distancia uma da outra. A ccomunicagao pode ser feita de encarnado para encarnado, de desencarnado para encarnado e vice-versa e, por fim, de desencarnado para desencarnado. (Ver figura 2) Embora a ago das faculdades seja simultdnea, dentre as mencionadas e expostas no diagrama de blocos, algumas so importantes e necessdrias para nosso estudo de numerologia. Destacamos a mediunidade, a meméria, a forga de vontade e o livre-arbftrio. Vamos entender um pouco de cada uma delas, segundo a visio do fisico Wladimyr Sanchez. Nowercuocta, « CHAVE po Sim 1) Mediunidade ~E a faculdade de comunicagiio dos espiritos. Ela permite que a mente detecte a onda-pensamento, de transforme-a em onda elétrica equivalente e processe a informagao contida nos pacotes de energia transportados, transferindo-a em seguida para a faculdade pensamento, quando sera analisada com sentido critico que varia de mente para mente, de acordo com o grau de desenvolvimento que possui. A inspiragao, a intuigao e os sonhos sao técnicas de mediunidade. A intuigao € 0 ato ou a capacidade mental de pressentir de maneira natureza eletromagnéti clara ¢ imediata alguma a¢io ou idéia; a inspiragao & 0 ato de estimular a mente a produzir determinada ago variada em conhecimentos novos ou em outros jé acumulados, mas que estavam dispersos; e, finalmente, os sonhos sao seqtiéncias de fendmenos vividos por nés na fase mais profunda do sono, quando 0 espirito encarnado vivencia o contato com o mundo espiritual (erraticidade). 2) Memoria — E a faculdade responsavel pela capacidade de fixar, reter, evocar, codificar, decodificar, associar, armazenar em ordem légica, classificar, reconhecer e recuperar dados, informagées, impressdes e acontecimentos passados, em espaco muito reduzido. Fazendo uma analogia com o sistema de memoria do computador, imagine que a mente do ser inteligente também combine a matematica com a tecnologia, que possibilita transformar quase todos os tipos de informagao em ntimeros, como no caso dos sistemas de numeracao bindria, que trabalham apenas com dois estados, como liga/desliga. 3) Forga de vontade — E a faculdade que permite representar, na mente, um ato, agao ou idéia que, para ser praticado, necessita de impulso que o incite a atingir o objetivo proposto. A magnitude do impulso que a forga de vontade gera depende do interesse especifico na concretizagaio do Lig Alene Junio 31 32 ato. Esse impulso atua, na realidade, como se fosse 0 combustivel que aciona a onda-pensamento no instante em que ela é irradiada da mente para 0 espago exterior. O impulso, fisicamente, é 0 produto da agao de uma forga de intensidade variavel que impele a onda-pensamento durante certo intervalo de tempo. Por isso, a forga de vontade possui um atributo ou qualidade importante que é a persistncia. Persisténcia € a qualidade de ser constante, de perseverar, de continuar por muito tempo, de prosseguir, de insistir, de perdurar. A atuacdo da forga de vontade no mecanismo de emissao da onda-pensamento € de fundamental importéncia para que a mensagem que ela transporta em forma de pacotes de energia possa atingir o fim desejado. 4) Livre-arbitrio — E a faculdade que proporciona & mente exercer a liberdade de decisao sobre determinada situagao, tomando por base o acervo de informagGes existente na faculdade memoria. A tomada de decisao, certa ou errada, depende de dois fatores: do némero de informagGes que se tem disponivel sobre aquela situagao especifica no instante da decisao e da qualidade dessas informagdes. O processo de decisfio nao € apenas um sim ou ndo, mas um complexo sistema do qual participam também, decididamente, as faculdades consciéncia, discemimento e razao!’. A primeira vista, conceber uma comunicagio através da linguagem do pensamento pode parecer algo extremamente fantasioso, mas se considerarmos os fendmenos corriqueiros do nosso dia-a-dia, as especulagdes feitas por ele devem ser dionaideradas, Ouenidends id nib pensoulervaleudnequascde maneira imediata, ou no mesmo dia, recebeu a ligagao desse 12 Idem Nuwenctona, 4 Cave no Se alguém, que nos surpreende dizendo que também estava pen- sando em nés? Ou quando sentimos sensagdes angustiantes no & ato Momento em que pessoas queridas passam por situa- ges de perigo, ou até em relatos freqiientes de pessoas que sonham com amigas gravidas antes de o fato se consumar € acertam até mesmo o sexo da crianga? Sao intimeras as situa- ¢des como estas que acabam sendo explicadas com a velha e boa “coincidéncia”. Seria importante destacar que esse ptocesso de comunica- go, descrito no diagrama de blocos, no s6 nos dé uma pista légica sobre as chamadas coincidéncias, mas também a todos os ditos fenédmenos meditinicos que acontecem, seja nas incorporagées de entidades dentro de um centro de candomblé ou de umbanda, seja na revelacao do Espirito Santo dos catéli- cos e dos evangélicos, nas cartas da cartomante, até nas opera- gGes de curas espirituais ¢ sessdes de mentalizagao. Tudo isso nos faz pensar na provavel hipotese de estarmos mergulhados em um mar de ondas-pensamento e, sendo assim, supor que nao 86 cada pensamento emitido por nds vai ao lugar desejado ¢ pode ser captado por qualquer pessoa que esteja na mesma sintonia e freqiiéncia, como também os pensamentos de outros podem chegar até nés independentemente da distancia, nos atingir e influenciar nossos sentidos e atos cotidianos. Para elucidar melhor este mar de ondas-pensamento, fagamos uma analogia com uma situagao corriqueira, que acontece quando adentramos um local que nos da a sensagiio de peso ou de actimu- lo de energias negativas. O que estamos captando na verdade € a confluéncia de pensamentos negativos de varias origens, que por um motivo ou outro esto acumulados naquele local. Diante disso, podemos concluir que, além de sermos mais influenciados pelos outros do que pensamos, seré dificil saber ao Certo se 6 que pensamos é de fato nosso ou aquilo que captamos do espago. 33 34 Antes de avangarmos na teoria da comunicacao entre os espiritos ¢ sua relagao com a numerologia, salientamos que as especulagdes de Wladimyr tém entre outras coisas a preceuipacao bavica de dai respastas lpicas paisa comiintcagio ap6s a morte bidtica do ente e nao especificamente resolver ou discutir a comunicagao formal e classica. A técnica da comunicagao via ondas-pensamento se ba- seia na associagao de uma onda-pensamento de determinada freqiiéncia e amplitude com um simbolo numérico que representa determinada letra. Ao emitir-se uma mensagem, ela percorre o espago e atinge um receptor que est4 na mesma freqiiéncia; o receptor codifica a mensagem, transformando essa onda de natureza cletromagnética em onda elétrica equivalente, decodifica a mensagem, transformando os caracteres recebidos em letras e ntimeros, organizando-os em forma de palavras e seqiiéncias numéricas, respeitando a ordem em que foram enviados, ¢, finalmente, montando frases, se- guindo as regras de linguagem, e encaminhando a mensagem para a faculdade pensamento, onde ela receberd as devidas andlises criticas. A partir desse momento, ela perde a identidade, tornando-se igual a qualquer outra gerada na mente. Imagine esse processo numa simples passagem de um nome, entre emissor e receptor. (Ver figura 3) Nowenotocia, 4 CHavE 10 Sit A Reencarnagao O grande problema ao se falar da reencarnagao nao resi- de no fato de entrar no campo religioso, mas, sim, em afirmar que para entender 0 conccito teremos obrigatoriamente de saber o que é vida, quando surgiu, qual o seu significado, ete. Milénios atras, o mito respondia a todas essas perguntas. Apesar de ainda viver nas entranhas das religides atu: omito foi substituido pela filosofia, que foi, por sua vez, em termos praticos, substitufda pela ciéncia. Hoje, mito, filosofia e ciéncia voltam & cena mais pela incapacidade de dat respostas satisfatérias do que por suas contribuigdes a histéria da humanidade. Nem o homem comum, nem o de fé e tampouco o de cién- cia consegue resolver a charada da criag3o da vida. Mas juntos podem comemorar uma certeza, seja qual for a explicagao que ‘Loa Alexandre Junior 35 36 cada um deles dé para o.tema, de que todas sao ainda meras especulagdes, para desespero dos milhares de grupos que de- fendem cada uma das vertentes. Seja por obra de Deus, do acaso ou de uma sopa quimica, todas as respostas podem ser consideradas verdadeiras ¢ falsas. Decerto, entre elas ha a mais légica, mas nao a verdadeira. Por isso, antes de achar fantasiosas as proximas especulagées, reflita sobre esse dado histérico e considere-as como mais algumas dentre as varias disponiveis. Na introdugao, eu disse que, para entender a numerologia, temos que partir de quatro premissas basicas: a filosofia, o espfrito, a reencarnagdo e o ntmero. Vimos até agora que a numerologia nasce da filosofia pitagérica, que, portanto, ela objetiva a compreensao do ser nos seus dois mundos de atuacaio, que este ser € 0 espfrito, ndo como um ponto imagindrio, mas com uma fisiologia definida, que ele age sobre a matéria e so- brevive 4 morte bidtica do ente. Para chegar a esse conceito, nos baseamos também, além de Pitagoras, nas abstragées fei- tas pelo fisico Wladimyr Sanchez, sobre os postulados de Allan Kardec e os livros psicografados por Chico Xavier, e nos estudos feitos por uma corrente de fisicos da Universidade de Princeton, na década de 70. Através dessa teoria, verificamos como € possivel a comunicagao via onda-pensamento; 0 processo de emissao € recepcdo das mensagems codificadas na faculdade mediunidade; que a intuig&o, a inspirag&o e os sonhos sao técnicas simples e comuns a todos nés; e como pode ser feita a transformacao dos cédigos recebidos numa combinagao de letras ¢ nimeros. Como afirmei acima, nenhuma das correntes garante e assegura a verdade, mas sao pistas e postulados capazes de fornecer respostas ldgicas, que nos afastam da idéia mistica da numerologia. Wladimyr especula sobre a origem dos espfritos, baseando- se nas teorias do Big Bang (a grande explosao que deu origem ao NUMIROLOGIA, A CHAVE DO Se Universo) e dos universos paralelos. Ele afirma que o espfrito pode ter sido proveniente de outro universo, onde o espago- tempo e a seqiiéncia temporal sao diferentes do que estamos acostumados a observar e podem ter imigrado através de um buraco negro —buraco-de-minhoca, buraco branco — para pontos distintos do nosso Universo. Ha outras correntes de cientistas, nao ligados 4 linha espiritualista, que afirmam que a vida (os organismos responsveis pela geracdo da vida) na Terra teria migrado de outros planetas, entre eles Marte, e que teria chegado até aqui trazida por meteoritos. Podemos supor por estas espe- culagGes, para desespero de alguns ufélogos, que nés sejamos os prdprios extraterrestres que eles tanto procuram. Esta teoria, por mais desconexa que possa parecer, principalmente para aqueles que jamais ouviram falar na possibilidade de haver outros uni versos, dimensoes, buracos negros, ainda nao € o motivo princi- pal do choque conceitual com a ciéncia, Pensar em um espirito e localizé-lo no tempo-espaco nao seria de todo um absurdo. A divergéncia reside na criagdo de um corpo perispiritual que so- brevive A morte bidtica. Ao admitirmos essa hipétese, estaria- mos admitindo, de um lado, que o nosso corpo também tenha sido criado da mesma forma que 0 perispirito, pela agao do pen- samento do espirito e, de outro, que esse espirito, ou seja, nds, tenha sido criado fora deste Universo. Sendo assim, a reencar- nagéio nao seria um grande problema, pois se é possfvel integrar uma estrutura bioldgica (encarnar), nada em tese impediria que © processo pudesse ser repetido (reencarnar). A reencarnagao (voltar 4 carne) € 0 processo pelo qual o espfrito reassume a forma de um corpo humano que havia per- dido por ocasi&o de sua morte bidtica. Ou seja, existe um ser imaterial inteligente, individualizado, que se integra no corpo humano, dando-lhe vida bidtica e que, por morte desse corpo, 13 Davies, Paul, © Quinto Milagre, Sao Paulo, Cia. das Letras, 2000, p. 332 Luiy Alexandre Junior 37 38 passa para um novo, geralmente bem diferente, apds intervalo de tempo mais ou menos longo, conforme o caso"*. Para en- tender melhor a fungao da reencarnago, imagine o planeta ‘Tetta Como tina. giande escola, cujas salas-de-aula-seriamva famflia, as empresas, os amigos, etc. Estas configuragdes per- mitem 0 exercicio das chamadas leis de causa ¢ efeito (Karman), em que os envolvidos que cometeram faltas ou erros contra os outros tém a possibilidade de se redimirem. A reencarnagao também serve para que se dé continuidade a tudo aquilo que se deixou incompleto. Daf a necessidade de se mantet os lagos de familia ou 0 contato com as mesmas pessoas, por um longo tempo, para se apararem as arestas de relacionamentos mal conduzidos ou para se completar determinado tipo de traba- Tho cuja materializagao consuma um tempo maior do que o disponfvel em uma sé vida. Segundo os postulados de Kardec, 0 objetivo da vinda dos espfritos 4 Terra seria o de evoluirem intelectual e moralmente, para adquirir 0 direito de estagiarem em mundos ou planctas mais elevados até chegarem ao ponto maximo de evolugao, uma espécie de nirvana dos budistas ou a suprema instrugao para os pitagéricos. Para os espfritas, a Terra € classificada como “planeta de expiacao e provas”. Em outras palavras, quem est4 aqui esta sofrendo as conseqiiéncias dos atos praticados, ou seja, cumprindo pena. Diante dessa perspectiva, nao é de se estranhar que se possam encontrar respostas para qualquer tipo de anomalia sofrida durante a vida terrena. Os varios Processos reencarnatérios que se estabelecem na Terra se devem ao tipo de grau evolutivo e de afinidade de pensa- mentos que compdem a pléiade de espiritos que habitam a rea de influéncia do planeta. Ha sete categorias de espfritos interagindo entre si, a saber: impuros, levianos, pseudo-sabi- Wladimys, Desmistificando 0 Dogma da Reencamagio, 2002 Nuienitouia, A Cave Do Sek os, neutros, batedores, benevolentes e sdbios, cada qual vi- brando em uma determinada freqiiéncia de pensamento. Seguindo o raciocfnio, especula-se que, para cada encarna- do, tenhamos aproximadamente dois desencarnados e meio. Num célculo grosseiro, podemos supor que, se temos hoje pouco mais de 6 bilhdes de pessoas vivendo no planeta, ha mais de 15 bilhdes de desencarnados na drea de influéncia do planeta (erraticidade). Imaginando que a expectativa de vida, sem que as fatalidades sociais a que estamos sujeitos interfi- ram, seja de 70 anos e que todos tenham que reencarnar um. dia, um espirito levaria cerca de 175 anos para voltar a reencarnar. Segundo Wladimyr, os espiritos “terraqueos” co- megcaram a encarnar no Homo erectus ha 2 milhdes de anos. Levando-se em conta o tempo de 175 anos para o processo reencarnatorio, ele supde que estes primeiros espiritos somem por volta de 11.400 reencarnagGes. E importante ressaltar que esse cdlculo pode ser maior, se levarmos em conta que a ex- pectativa de vida sofre alteragSes ao longo da histéria. Os lagos familiares que se formam na Terra obedecem basi- camente a dois tipos: os que sao formados por lagos espirituais e 08 que so formados por lagos corporais ou consangiifneos. Nos lacos espirituais, as relagSes so de profunda interagao ¢ vaio se fortificando ao longo das sucessivas encarnagées. Elas se basei- am numa boa sintonia vibratéria e na afinidade de pensamen- tos. Nos lagos consangiifneos, as relagdes sdo eventuais, basei- am-se na afinidade de pensamento tempordrio e servem para ajustar variagdes em determinadas fases do processo reencarnatério. O problema é que essas relagGes sao sujeitas a variantes de inversdo: quem é pai em uma reencarnagao pode assumir 0 papel de filho, de neto, de primo, de tio ou qualquer outro tipo de parentesco, criando, assim, mais duas subdivisdes. A primeira daqueles' que nutrem entre si simpatia e a segunda daqueles que sao antipiticos e opositores. Desta pluralidade € Lig Alexandre Junior 40 que decorrem as situagGes costumeiras que vemos na quase to- talidade das familias, num misto de afetos ¢ desafetos, de amigos e inimigos. Por isso, € comum encontrar pessoas nascidas de pais diferentes € que sao muito mais amigas e companheiras do que com seus irmaos consangiiineos. Em muitos casos, além de se repelirem, tratam-se como inimigos. A familia € a missio que o espfrito reencarnante deverd desenvolver sio previamente escolhidas e levam em conta os fatores genéticos, de meio ambiente, afinidade de pensamen- tos ¢ as faltas a serem reparadas. Essas condigdes, aliadas a mem6ria que ficaré dispontvel, ditardo as tendéncias de com- portamento que ele ter4 durante sua nova vida terrena. Deste modelo, seguem diversas variagGes, entre elas uma bem co- mum nos dias de hoje, que sdos os filhos adotivos ou de fami- lias que se unem em novo matriménio. Geralmente, sdo pes- soas que j& deveriam ter se encontrado e que, por um motivo ou outro, nao conseguiram reencarnar na mesma familia e com os pais antes programados. Sabemos que no processo chamado “natural”, para a ge- tagao de uma nova vida tem que haver a participagdo dos genes Maternos e paternos, que juntos irfio criar um novo individuo. O que se especula aqui € que nesse momento o espirito aja de maneira consciente juntamente com a mae, utilizando as formas de comunicagao descritas no diagrama de blocos. Se admitirmos a premissa de que os espiritos se comunicam pelo pensamento, por meio de ondas mento-ele- tromagnéticas, e processam estas ondas através da mediunidade, podemos afirmar que do momento da fecun- dagao até o nascimento, o feto (espirito reencarnante) esta ligado pela onda-pensamento com a mente da futura mae e que ambos transferem de um para o outro, com a mesma sintonia vibratéria, informagdes e emogées. Essa transmis- sdo é feita pelas modalidades da faculdade da mediunidade, Nuweroocia, « CHave no Si que so a inspiragao, a intuigio e os sonhos, que sao também as formas mais simples e comuns a todos os seres. Segundo Wladimyr, 0 espirito reencamante densifica seu corpo perispiritual normal em até 12 centimetros de comprimento por 8 de largura e se aloja na cavidade uterina. Essas dimensdes do corpo perispiritual correspondem ao tamanho de um feto que atingiu 15 semanas de gestagao. A partir desse momento, 0 espirito reencarnante vai se ligar magneticamente a cada célula do novo corpo, ou seja, molécula amolécula. Para criar esse campo eletromagnético, ele se utiliza dos seus sete centros de forga, que nada mais sao do que vértices de energia localizados no seu corpo perispiritual: 0 corondrio, responsavel pela sustentagao do sistema nervoso do corpo humano, das suas subdivisdes e também pela alimentagao energética das moléculas e células; 0 cerebral, responsavel pela visdo, audigao, tato, olfato, a rede da inteligéncia e, ainda, todo o sistema endécrino; o larfngeo, responsavel pelos sistemas vocais, inclusive as atividades do timo, tiredide e paratiredides; o cardiaco, responsével pelos servigos de transporte de subst4ncias para abastecer as usinas produtoras de energia, Lo- calizadas no interior das células e delas retornando com os re- siduos que nao serao aproveitados; o esplénico, responsavel pelas atividades pertinentes ao bago, regulando a distribuigao e a circulagio adequada dos circuitos vitais; 0 gdstrico, responsavel pela transformacao dos alimentos em energia vital, para manter as células do corpo humano em boas condigdes de funciona- mento; €, por tiltimo, o genésico, que é responsdvel pela agluti- nagao dos Grgaos sexuais que constituem a ferramenta basica do processo reencarnatério. Simultaneamente, ele comega a irradiar seu pensamento para que junto da futura mae possa atuar sobre as atividades automaticas que se referem ao controle e A manutencio das fungdes desenvolvidas por moléculas, célu- las, tecidos, érgaos, aparelhos ¢ sistemas, como deseritos anteri- Luiz Alexandre Junior 41 2 ormente, e das nao automiticas, que se referem aos pensamen- tos considerados nao usuais ou nao repetitivos, fechando o cir cuito de comunicagéio com a futura mie que vai se desenvol- vendo durante todo o perfodo da gravidez, atuando, assim, ati- vamente na constru¢ao do seu novo corpo. (Ver figura 4) Ha muitos questionamentos sobre o fato de que a reencar- nagao, a despeito de tudo o que foi falado, simplesmente pode estar no inconsciente coletivo, como aponta Jung, ou mesmo no simples fato de sermos produto de uma longa e lenta mutacdo genética, que faz com que tenhamos gravado em nosso DNA todo o histérico dos nossos ancestrais e que, certamente, em algum momento da nossa existéncia, damos luzes a experiéncias desses ancestrais que nada tém a ver com uma outra vida. No entanto, o mais instigante dessa teoria reside em perceber que se temos capacidade de nos comunicar com nossa futura mae, no estamos apenas e téo-somente ligados a ela fisica, quimica e psicologicamente como muitos cientistas e psiclogos constatam. Mas estamos também trabalhando simultaneamente com cla, através do nosso pensamento, na construcao do nosso corpo. Podemos concluir que estar vivo, além de ser uma luta constante, € produto de escolha, forca de vontade e, princi- palmente, livre-arb{trio. Nao ha o divino, mas, sim, pura ¢ simplesmente, a aco do espirito, como ser inteligente que é. Nuserotoata, 4 Caave no Sin Decpois de percorrermos em ripidas pinceladas a filosofia pitagorica, o espfrito e a reencarnagao, o ndmero se apresenta como a tiltima fronteira antes de adentrarmos o universo numerolégico. Para que possamos entender melhor esse con- ceito, sem a necessidade de muito aprofundamento, precisa- mos nos despojar da idéia de que o ntimero seja somente um instrumento de calculo, de diregao, de identificagao e ordem. quantitativa. O numero vai além disso. Ele € ritmo, tempo, si- metria e esséncia. Essa distingao é importante para comegar- mos a pensar em termos numerolégicos. Mudar a ética de ver o ntimero nao é somente uma forma didatica para apren- dermos numerologia. Mudar essa 6tica significa alterar tam- bém nosso conceito de mundo. A palavra ntimero vem de numerus, em latim, que por sua vez vem do termo grego nomos e significa “regra”, “lei” e “or- Luis Alesandre Junior B 44 dem”. Pitégoras usava a palavra arithmds, que vem do termo rythomés, que significa “fluir”. Arithmds € qualidade, relagao, fungao, tensao, lei, ordem, regra e harmonia. Dessa forma, tudo na natureza ou no cosmos, do mais simples ao mais com- plexo, tem seu arithmds. O filésofo Mario Ferreira explica que “... arithmés € algo das coisas méveis, das coisas que conhecem mutagdes de qualquer espécie. Ha arithmds onde ha geragao e corrupeao, onde ha aumento ¢ diminuicao, onde ha alteragao, onde ha movimento (transladagio). Todas as coisas finitas, portanto, que constituem a série das coisas criadas sio némeros, tém ntimeros...”.!° Vemos, portanto, que Pitégoras usava a palavra arithmds como ntimero em sen- tido genérico e amplo. Para Pitdgoras, os ntimeros estao dispostos em duas triades: a triade inferior, em que esto as coisas sensiveis, as estruturas, geométricas ¢ os nimeros matematicos, ea triade superior, em que esto as formas, as estruturas ontoldgicas e os ntimeros arquetipicos. Segundo ele, tudo que existe sai de uma unidade organica suprema, que ele chama de Ménada Suprema, o Ser Supremo (Deus). Esta gera o Um (nao numérico), que € 0 principio vital, a substancia universal que cria e atua em todas as coisas. Deste surge a Diada Segunda (numérico), em que esto as criaturas, ou seja, as coisas finitas e limitadas, como a matéria, © cosmos, a natureza e os entes. Os primeiros ntimeros nao sao criados; estéo contidos no Ser Supremo e no Supremo Um, como formas eternas. Ja os segundos nimeros, aqueles que sur- gem da Dfada, sao criados e podem sofrer adigao, porque sao 0 niimero nas coisas e, portanto, finitos. 15 Santos, Mario Ferreira dos, Pitdgoras e 0 Tema dos Nuimeros, So Paulo, Ibrasa, 2000, pp. 110-111 Nowmrorocta, a Cuave no Sex Nao devemos confundir o néimero (forma) com o nimero (simbolo). O ntimero nao € um conjunto unificado, mas uma unidade simples, portanto 0 dois é ontologicamente posterior ao um e nao cronologicamente. Eles pertencem a eternidade, pois fluem da Ménada Suprema. Outra questao fundamental para o entendimento do ntime- To sao a paridade e a imparidade, ou seja, o pare o impar, proces- Sos que s6 acontecem no ambito do universo humano. Eles ori- entam a tradugao dos estimulos recebidos do mundo exterior a0 identificar a semelhanga, os iguais (paridade), e o que nao tem comparagao imediata, os desiguais (imparidade). Para Pitdgoras, © par € 0 limitado, porque entre suas duas partes resta o nada, (+) eo impar € 0 ilimitado, porque ao dividi-lo em partes iguais sempre entre elas resta uma unidade indivisfvel (:.2).!° Esta nao é uma visao maniquefsta de mundo, ou seja, en- tre bem e mal, claro e escuro. Para os pitagéricos, e princi- palmente para Pitdgoras, © ntimero contém ambos os lados, convivendo em harmonia. Portanto, um ntimero € a confor- midade entre 0 negativo/positivo, par/fmpar, limitado/ilimi- tado e infinito/finito. Os dez primeiros ntimeros (década) sao 0 fundamento para o conhecimento das coisas, nos permitem explicar desde um simples objeto até as constelagdes € a imensidao do cosmos. Todos os outros ntimeros fora da década sao apenas repetigdes destes. A tétrada (tetractys), formada pelo um, o dois, 0 trés e © quatro, é chamada pelos pitagéricos a “mae de todas as coisas” (a década sagrada) porque contém um ntimero igual de pares e impares e porque a soma dos numeros 1, 2,3 ¢ 4é igual adez (1 + 2 +3 + 4 = 10). De posse desses ntimeros, 0 homem penetra nas leis que regem e criam tudo o que ha no Universo. Essas lei 16 Idem 45 46 CONAAR HN Lei da Unidade; Lei da Oposigao; Lei da Relagao; Lei da Reciprocidade; Lei da Forma; Lei da Harmonia; Lei da Evolugao Césmica; Lei da Evolugao Superior; Lei da Integragao Universal. A Lei da Unidade — Simbolizada pelo ntimero aritmético 1, €a lei que rege todas as coisas. Tudo que ha, seja de que modo for, sempre constitui uma unidade. Ser é, de qual- quer modo, ser um. O 1 € a primeira manifestagao ¢ a substancia primeira de todas as coisas. A Lei da Oposigao — Simbolizada pelo ntimero aritméti- co 2, simboliza tudo que é€ finito, pois todas as coisas finitas so compostas por, no minimo, duas ordens de ser, maté- tia (ato formativo, substancia primeira) ¢ forma (potén- cia materidvel, segunda substancia). O 2 €a forga criado- ra eo poder da multiplicagao. A Lei da Relagao — Simbolizada pelo ntimero aritmético 0 principal entre os opostos, entre matéria Desta relagao entre as oposigGes é que o ser par- ticipa do mundo finito. Est e forme telagao nao € como a do ente com Os outfos seres, € a principal e a primordial; sem ela nada pode ser 0 que é. A Lei da Reciprocidade — Simbolizada pelo ntimero arit- mético 4, € 0 resultado da relagdo entre os opostos, o re- sultado de tudo que ha no cosmos e, a partir desse ato, gera toda a heterogeneidade das coisas finitas. Novercuocta, 4 Chaves Sin A Lei da Forma — Simbolizada pelo ntimero aritmético 5, 6 a forma concreta das coisas (sua totalidade), ou seja, o limite da reciprocidade que da entre os opostos. To- das as coisas s40 conhecidas como tal pela forma que tém, e agem no mundo de acordo com essa forma. A Lei da Harmonia — Simbolizada pelo numero aritmé- tico 6, € a conformidade entre as partes, os subseres que compée a totalidade (forma), e € também a conformida- de desta totalidade com os outros entes. A lei da harmo- telagdo no termo amplo e genérico. A Lei da Evolugao Césmica - Simbolizada pelo nime- ro aritmético 7, é a mutagao que todas as coisas sofrem ao se harmonizarem, ou seja, apés esgotarem todas as possi- bilidades de serem si mesmas com a assimilacao do outro. Neste momento, hd uma evolugao, um salto qualitativo em relacdo a forma anterior. A Lei da Evolugao Superior — Simbolizada pelo ntime- ro aritmético 8, € o novo equilfbrio alcangado apés o es- tagio césmico. Simboliza a superagdo e o dominio sobre todas as leis anteriores e vai levar ao conhecimento mai- or e ao entendimento do Ser Supremo. A Lei da Integragao Universal — Simbolizada pelo numero ai itmético 9, tudo que ha o € porque em si par- ticipa em grau menor do todo. A lei da integragao uni- versal é chamada a lei das leis; a lei que une todos os seres césmicos e ultrapassa os limites do finito e infinito para ir ao encontro do todo (o Ser Supremo)."7 17 Idem, p 191 Luiz Alexanahe Junior 47 48 A Numerologia Como eu disse no infcio, a numerologia nada mais é do que um cédigo de acesso ao entendimento do espirito e a demonstragao matematica de sua existéncia, ou seja, da for- ma de atuagio desse ser nos dois planos (material e espiritu- al). Nela esto contidas as formas do pensamento de Pitdgoras, os elementos quantitativos e os ontolégicos do nimero. Po- demos até considera-la como exercicio da sua metama- tematica, mas ela no traduz seu pensamento filos6fico como umtodo, Elererausadsapenss‘eomo formade introd ufoaes ensinamentos mais profundos da sua escola, mas foi usada pelos pitagéricos de menor expressao e misticos, durante os dltimos séculos, como arte divinatéria, pois contém instru- mentos de conhecimento do ser, tormando-se assim uma matéria independente que vem sofrendo até hoje incursdes de varias linhas esotéricas. Ninwnkeioeua, 4 Chav no Six Essas praticas misticas, aliadas as superficiais interpretacdes de Aristételes sobre o ndmero, fazem com que nao s6 0 pitagorismo e Pitagoras ejam vistos como meros reformadores do orfismo e, portanto, com pouca ou quase nenhuma influ- éncia na histéria do conhecimento ocidental, como também 0 estudo da numerologia seja encarado como ocultismo. As proprias expressdes “numerologia” e “numerdlogo” provavel- mente devem ter surgido muitos séculos apés a morte de Pitdgoras. Outro fato relevante que indica que a numerologia era uma matéria introdutéria aos estudos mais avangados € 0 fato de até hoje serem usados calculos basicos de aritmética para se chegar a uma boa interpretagao, ¢ nao os da geometria ¢ outras fungGes tipicas daquela época. Nao podemos esquecer que o préprio teorema de Pitagoras ainda é aprendido e dado como vélido até para operagdes complexas na propria fisica. Os quatro elementos vistos até agora, a filosofia, o espirito, a recncarnagao e 0 ndmero, nos dao a dimensio e a profun- didade dos ensinamentos a que a numerologia nos leva. Seria importante frisar que todos esses elementos estdo presentes no saber culto de Pitagoras. Sua filosofia é também um compéndio do orfismo ¢ dos conhecimentos adquiridos em suas viagens ao Oriente, principalmente Egito e Babilénia, onde foi disci- pulo de varios mestres e sacerdotes. Ao evocar os postulados de Kardec e os estudos dos fisicos contemporaneos, pudemos atualizar o pensamento de Pitdgoras e interpretar de maneira mais profunda o chamado mundo es- piritual por ele preconizado, até porque tanto a ciéncia como © espiritismo saem da raiz da filosofia pitagérica. Assim como Sécrates em sua maiéutica tenta fazer com que as pessoas se lembrem do passado (encamagées), de sua passa- gem pelo mundo das idéias, para que estabelegam os verdadei- ros conceitos das coisas no mundo dos fendmenos, que sao sim- plesmente cépia do mundo perfeito e imutavel de onde somos Luiz Alexanhe Junior 49 50 oriundos, a numerologia cumpre seu papel de lembrar os espiri- tos de sua identidade c sua missao através da matematica. A pergunta que sempre se faz, quando se tem contato nao s6 com a numerologia, mas com a astrologia, a quiromancia, 0 tar6, as runas e outras, € como elas podem trazer conhecimen- tos 5 sobre qualquer pessoa sem necessidade nenhuma de pes- ia, De algumas podemos concluir que esse conheci- mento pode ser apreendido por meio de uma on pensamen- to do consulente com o consultor, que na maioria das vezes tem mediunidade bem avangada e consegue fechar um circui- to de comunicagao que permite captar ¢ decodificar essa men- sagem. De outro, as informagGes podem ser obtidas pela data de nascimento e do nome completo e, no caso da astrologia, coma hora € 0 local de nascimento. Apesar de ser importante e fundamental para algumas, certo que todas as formas de arte divinatéria utilizam inicialmente a informacao do nome do consulente e da data de nascimento, ou seja, da letra e do ntimero. No caso especffico da numerologia, o nome € a fonte principal para o estudo, e isso s6 é possfvel porque o nome contém informagées implicitas na sua composi¢ao, que nada mais sio do que cédigos, que registram o tipo de espirito, suas virtudes, falhas e 0 tipo de trabalho que sera executado nesta vida. Essas informagdes sao passadas pelo espirito reencarnante para sua mae, que traduz esses cédigos em um nome, ¢ 0 faz através dos processos expostos nos capftulos 3 ¢ 4. Esse proces- so tem intimeras variagGes, desde os locais de encarnacao (fa- milia, pafs, etc.) até a sugesto do nome. Para melhor compreensao do processo, imagine cada letra que compe o seu nome como uma onda/letra/ntimero e, ao fazer a composi¢ao do nome, o que verdadeiramente esta se fazendo € disponibilizar um quadro de memérias que serao utilizadas na presente encarnacgao. Cada onda/letra/ntimero simboliza uma qualidade que estard disponfvel e obedece de Nusmrotoaia, 4 Crave no Six um lado a fatores importantes no processo reencarnatério, como os genéticos, os de meio ambiente ¢ as faltas a serem reparadas que em sua maioria ja esto compostas no préprio sobrenome, ou seja, na heranga familiar, ¢ de outro a afinidade de pensamento que ter4 com seus pais e em especial com a sua mae. Dessa interacao sairao as ondas/letras/ntimeros que completarao 0 nome. Quando a comunicagao entre o espirito reencarnante ea mie € truncada por um motivo ou por outro, geralmente falta de sintonia ou diferenga na faixa de freqiiéncia em que cada um deles opera, o que em alguns casos pode até provocar 0 aborts, pode-3é utilizar 6 membro mais proximo da familia com mediunidade suficiente, que esteja na mesma faixa vibratéria que © espirito reencamante. E muito comum ouvir relatos de pessoas que colocam © nome em seus filhos apés sugestao de amigos, parentes proximos ¢ até de filhos mais velhos do casal. Na numerologia, o cédigo que marca 0 comportamento, ou seja, a maneira de agir no mundo com as pessoas € as ligGes a serem aprendidas nesta encarnagao, pode ser obtido através do nome; a miss’0 ¢ o objetivo da vinda & Terra e os acontecimentos futuros estdo descritos na data de nascimento. A soma das vogais do nome nos di o que chamamos de idealidade, que representa a meméria do espfrito reencarnante, tudo aquilo que se traz ao chegar a Terra, e identifica a falange espiritual a qual se pertence, ou seja, a familia espiritual do pai ou da mae. No comportamento, simboliza o eu mais profundo, os desejos mais intimos. Mas como boa parte do que se deseja e se € vem do actimulo das ligdes aprendidas ao longo das encarnagées passadas, esse ntimero, embora sempre presente, podera passar despercebido durante toda a vida terrena. No entanto, seu despertar pode dcontecer na adolescéncia, quan- do confrontado com os estimulos intensos e pela rebeldia caracteristica desse perfodo. Luiz Alexandre Junior 51 52 A soma das consoantes do nome nos dé o que chamamos de impressdo, que representa o resultado da simbiose entre os genes doados pela mie e pelo pai, nossa ancestralidade fisica, nossa aparéncia, ¢ os tragos de personalidade herdados. No. comportamento, simboliza a forma exterior, nossa defesa contra © mundo externe e o que as pessoas absorvem no primeito contato ou nos contatos superficiai: A soma das consoantes com as vogais do nome é chamada de expressdo € representa a nova forma, o resultado da meméria trazida de outras encarnagGes, que € aquilo que temos no interior com a simbiose feita com os genes paternos, que representa 0 que temos no exterior ou na constitui érgaos do novo corpo. Esse ntimero representa de forma andloga dizer que scu signo solar € Capricérnio ou outro qualquer. E considerado seu numero pessoal. Aquele que representa seu movimento e vai conduzir sua maneira de agit e reagir aos estimulos recebidos durante sua vida terrena. io considerados ntimeros Idealidade, impressao e expressio fixos, mas podem agir tanto de mane: dlada como simultanea. Esses ntimeros s6 sao alterados na mudanga de nome espontanea, que pode ocorrer para a mulher, que ao casar absorve 6 nome ancestral do marido, para as pessoas que ingressam no mundo artistico ou que trocam de nome por mudanga de sexo. Os pseu- dénimos como Zezinho, Martinha, Juca e outros também sao considerados nome artistico na numerologia. A soma da data de nascimento, dia, més ¢ ano completo é chamada de destino, e representa a missao que se deve cumprir nessa nova passagem pela Terra. O destino nao ¢ um ato determinista, ¢ sim um ato de livre-arbitrio, de escolha do espirito reencarnante. Esta baseado no histérico e no estagio de evolu- ¢do de cada um e seu objetivo € tragar um plano possivel de ser executado que levard 0 espitito a evoluir. O objetivo da vinda a Terra € 0 aprendizado € a evolugao. Como ele se baseia no livre- Nuweroiocia, 4 Cave po Sex arbitrio, completar ou nao a missao fica a cargo de cada “fre- gués”. A chamada puni¢ao pelo nao-cumprimento nao é divi- na, mas sim da propria consciéncia. Nao cumprir a missdo sim- boliza permanecer em estagna¢ao e nao poder estagiar em mun- dos mais avangados que o planeta Terra. O destino também é um ntimero fixo que, igualmente, s6 podera ser alterado no caso da mulher que absorver o nome ancestral do marido e das pessoas que por um motivo ou outro trocarem de nome. A partir desse momento, serd usada a data (dia, més ¢ ano completo) em que foi feita a troca. Assim que o espirito chega a vida terrena, seu relégio bio- légice inicia uma contagem que vai se encerrar no dia da mor- te. Nesse perfodo, o espirito estard sob a influéncia vibratéria dos niimeros do ano pessoal, do més pessoal, do dia pessoal e dos momentos decisivos didrios, qui «O ntimeros varidveis e sao usa- indicam de que forma o espirito est4 conduzindo sua missao, se houve evolu- ¢40 ou estagnagao, orientam a tomada de decisdes diarias e antecipam as provaveis ocorréncias futuras. dos pelos numerdlogos para as previsé O ano pessoal simboliza o ntimero que vai reger o ano. Ini- ¢ no L* dia de janeiro ¢ termina em 31 de dezembro, mas ha numerdlogos que iniciam a contagem do ano pessoal a par- tir da data de aniversirio. Pela imprecisiio do calendario gregoriano, porém, o melhor é usar a primeira opgdo. O més pessoal simboliza o ntimero que rege o més, que vai variar de acordo com 0 ano regente; 0 dia pessoal simboliza o nimero ci: que vai reger o dia, que varia de acordo com 0 ano e o més regente; e, finalmente, os momentos decisivos didrios, que sim- bolizam os quatro momentos decisivos do dia — 0 primeiro, de Oh01 até 6h00, o segundo, das 6h01 até 12h00, o terceiro, das 12h01 até 18h00, e o quarto, das 18hO1 até Oh00. Eles indi- cam as microdecises ¢ as ocorréncias durante o dia. Quando dizemos o ntimero que vai reger, estamos na verdade dizendo ‘Luiz Alewendre Iuonior que a onda vibratéria daquele ano, més, dia, etc. vai exercer uma influéncia no individuo. No inicio, esses ntimeros ajudavam as pessoas a se sintoni- zarem com suas energias, para que pudessem vibrar de forma cquilibrada ¢ cumprir sua missio, dispensando, assim, a necessidade de consulta aos oraculos e videntes da época. Com o passar do tempo, eles serviram como forma de poder dos “numerélogos” sobre os leigos, ja que o acesso As sociedades era cada vez mais dificultado e secreto, fazendo com que as pessoas que detinham esses conhecimentos fossem idolatradas, restituindo, assim, o poder dos ordculos e dos videntes. Ainda hoje autoconhecimento, movido pelos motivos discutidos no sim. Além do desinteresse das pessoas pelo capitulo 1, ha o preconceito em relag&o aos conhecimentos erazides pela nuierolosiave-pelatdifienldade de st-obter informagéecs de qualidade e mais precisas. Outro fator, muito pouco discutido e que depde tanto contra a numerologia como contra as outras ciéncias que se basciam no calendario, é a impreci (0 do nosso calendario de doze me- ses, conhecido como calendario gregoriano. Instituido pelo papa Gregério XTIT em 1582, entre outras alteragdes, suprimiu uma lua, o que fez com que tenhamos meses irregulares, que variam entre 30, 31 e 28 dias, em vez de termos 13 meses regulares de 28 dias cada. E curioso notar também — embora esta divergén- cia seja proveniente do erro do calendario juliano, que conti- nuou no gregoriano — que meses como setembro, que se refere ao sétimo, outubro, ao oitavo, novembro, ao nono e dezembro, ao décimo, sdo na verdade, na nossa contagem do ano, respecti- va-mente, nono, décimo, décimo primeiro ¢ décimo segundo. © calendario que mais se aproxima da precisdo é 0 calen- dario maia das 13 luas de 28 dias '*, que, além da contagem 18 Argiicles, José, O Fator Maia, Editora Cultrix, 1999, NuMenccxi, a Crave 0 Stat regular dos meses, baseia-se no nosso ciclo natural, deixando nosso relégio biolégico sintonizado com o movimento césmi- co. Mas este assunto sera tratado com profundidade no volu- me II, que discutird somente a utilidade pratica da numerologia. Por ora nos basearemos no calendario gregoriano. Essa imprecisao do calendério, guardadas as devidas pro- porges, reforga a tese da mecAnica quantica que afirma a im- possibilidade de se precisar ao mesmo tempo a velocidade e a Posi¢ao de qualquer objeto (particula) no tempo-espaco. O que podemos fazer € contar com a probabilidade. No campo espiritual, essa probabilidade, chamada livre- arbitrio, vai fazer com que esse espirito possa alterar a cada segundo a sua trajetéria ¢ influenciar o resultado final da sua miso, seja ela didria, mensal, anual ou da vida inteira. Portanto, os ntimeros identificados no ano pessoal, més pessoal, dia pessoal e momentos decisivos didrios podem ser alterados de acordo com o livre-arbitrio e a forga de vontade de cada espirito. Assim, qualquer previsio, feita pela propria pessoa ou por qualquer numerdlogo, deve levar em conta essas varid- veis, com o peso de se tornarem invalidas, imprecisas ¢ até absurdas, caso sejam desconsideradas. De px dessas informagGecs, qualquer pessoa estaré apta a desenvolver € a se aprofundar nos conhecimentos filoséficos contidos na numerologia e seguir adiante em busca das respostas cruciais da vida, sempre partindo da premissa de que somos um espirito, nao um ponto imaginario, que estamos na Terra para o aprendizado e a evolugio através de reencarnagdes sucessivas, que dispomos de uma mente com intimeras faculdades e que o ntimero € a ferramenta que possibilitara o acesso ao conhecimento de ndés mesmos e do Universo. Considero que a numerologia, além da funcao filosdfica, tenha mais duas fungdes basicas e importantes. A primeira éa educacional, dirigida especialmente aos pais que de uma certa Ls Aleaunae Junior forma tém a guarda temporaria do espirito reencarnante ¢ que, de posse dessas informagées, poderdo conscientemente ajuda- lo em sua nova fungao na Terra, educando, antecipando as dificuldades futuras, escolhendo juntamente com ele um nome que o favorega e conduzindo-o numa trajetéria mais eficiente no cumprimento da sua misséo. A segunda é também educacional, mas dirigida ao préprio espirito reencarnante, ajudando-o a sintonizar-se na propria vibracZo, mantendo-o em seu propésito, conscientizando-o do seu papel no en- redo terreno e, ainda, fornecendo-lhe um ordculo pessoal, que firme 4-lo nas escolhas do dia-a-dia, sem a necessidade da interferéncia divina ou providencial de qualquer vidente, resgatando o préprio poder e a responsabilidade sobre seus atos. vai ajud Calculos Assim como no calendario, ha também muita controvérsia na utilizagao do alfabeto. O que sahemos € que, assim como os ntimeros, as letras so convengdes que guardam em si elementos metafisicos em seus significados. A cada época e para cada contexto eles serio modificados. No entanto, os gregos representavam ndmeros por letras e para alguns historiadores isso explicaria a concep¢ao mistica que eles faziam do namero. Os algarismos como nés conhecemos hoje foram criados pelos drabes. Para as nossas andlises numeroldgicas, usamos como base 0 alfabeto hebraico, com pequenas variagdes. Principalmente na utilizagdo do Y e do W, que poderao atuar ora come consoante, ora como vogal, principalmente em nomes estrangeiros. Cada letra tem seu correspondente numérico e vice: versa. A tinica regra que deve ser mantida em qualquer alfabeto é a contagem de 1 a9, repetida até o fim da contagem das letras que compoem o alfabeto, conforme a tabela a seguir. Nusroiouia, A Crave Bo Sut nl—o]> la dy xAlaiy Para obter os ndimeros que compdem cada nome, basta soma- los e reduzi-los até que se chegue a um algarismo simples de | a9. Exemplo: WANDA LENZI ACHAR 515 41 35589 tS 3268 68=6+8=14=14+4=5 Para obter os ntimeros da idealidade, da impressio e da expressao, basta separar as vogais das consoantes, desta forma: 1 1 5 OL. 1 WANDA LENZIACHAR 5 54 3.58 38 9 Idealidade: 1 +1+5+9+14+1=18=1+8=9 Impressio: 5+5+4+34+5+8+3+8+9=50=5+0=5 Expressio: 9+5=14=1+4=5 Para obter 0 ntimero do destino, basta somar o dia, o més eo ano completo do nascimento, usando as tabelas do calendario: Janeiro 1 Fevereiro 2 Luiz Alexunlre Jor 57 Marco Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro RNR ODN A HAW Dezembro No caso do nosso exemplo, a data de nascimento é 19 de margo de 1922, Dia do nascimento: 19=1+9= 1 Més de nascimento: 3 Ano do nascimento: 1922=1+9 +2+2=14=1+4=5 Destino: 1+34+5=9 Para obter 0 numero do ano pessoal, basta somar a data de nascimento, o més do nascimento e o ano em quest3o. Se quisermos saber 0 ano pessoal dela em 2002, por exemplo: Dia do nascimento: 19=1+9=1 Més do nascimento: 03 =0+3=3 Ano em questaoz 2002 =2+0+0+2= 4 Ano pessoal : 1+3+4=8 Para obter o més pessoal, basta somar seu ano pessoal com © més em questao. Se quisermos saber o més pessoal dela em outubro de 2002, por exemplo: NUMIROLOGA, A CIMVE 18) Sek Ano pessoal: 8 Mésemquesto: = 10=1+0=1 Ms pessoal: 8+1=9 Para obter o dia pessoal, basta somar seu més pessoal com 0 dia em questao. Se quisermos saber 0 seu dia pessoal em 22 de outubro de 2002, por exemplo: Més pessoal 9 Dia em questao: 2=2+2=4 Dia pessoal: 9+4=13=14+3=4 Para se obter os momentos decisivos didrios, basta somar o dia em questao com o més pessoal e dividi-lo em 4 periodos. Se quisermos saber os seus momentos decisivos didrios em 22 de outubro de 2002, por exemplo: Dia em questio (A): 22 =2+2=4 Més pessoal (B): 9: Dia pessoal (C): 4 1: Momento: AtB=4+95= 4 atuando de Oh01 as 6hOO 2° Momento: B+C=9+4=13=4 atuando de 6h01 as 12h00 3° Momento: lo¢2=44+4=8 atuando de 12h01 as 18h00 4° Momento: A+C=44+4=8 atuando de 18h01 As Oh0O Luiz Alene Jor 59 perispirito espirito corpo fisico denso. A unica coisa que diferencia o perispirito do corpo humano é que’ um é feito de matéria rarefeita e o outro de matéria mais densa, ambos ligados molécula por molécula, magneticamente. Para entender melhor, fagamos uma analogia com as fases da agua: em estado liquido, sdlido € gasoso, a diferenca entre cada fase 6a proximidade das moléculas. Quando em estado sdlido elas estdo agrupadas, quando em estado liquido ou gasoso estao separadas. Fig. I Mente do Espirito Comunicante Mente do Espirito Receptor ‘Mm — iimaginaiglio LA tivresarbitio c conseiéncia FV forea de vorsiad T telepatia v vidéncia M mediunidade s sensibilidade R razio ME — meméria PAA pensamento automatico PANA pensamento nao-automatico FRF faixa de recep¢ao de frequéncia FEF — faixade emissio de frequéncia FT faixa de frequéncia de trabalho RF redutor de freqiéncia AF ——_amplificador de freqaéncia FS faixa de frequéncia superior Fl faixa de freqdéncia inferior IDENTIFICAGAO =m As letras tornam-se idénticas s originais. AANA NN 1 R . M CLASSIFICA CAO => Palavras distribuidas em classes ou grupos. MARIANNA ORGANIZAGAO = Dar as partes a ordem original. MARIANNA ENCAMINHAMENTO ao pensamento. Fig. 3 ondas-pensamento entre mae e espirito reencarnante sdas-pensamento ondas-pensamento para 0 espacgo a para 0 espaco espirito, reencarnante feto ligagao pelos centros de forga A Interpretagao dos Niimeros No capittutoanterior, vimowque’s nome nada maisé do que um elenco de cddigos que guardam registros referentes aos tipos de meméria que estarao disponfveis nesta encarnagio. Qu passado pelo espirito reencarnante através das ondas- pensamento para as mentes dos futuros pais, principalmente da mie, e para aqueles que estiverem na mesma faixa vibratéria que ele, Além disso, o nome identifica quem foi e como sera a nova passagem do espfrito reencarnante na Terra. A partir de agora, vocé vai aprender a interpretar parte da gama de informagées trazidas pelo nome, sua simbologia numeroldgica, come cada nimero age e interfere no comportamento humano e nas relagGes sociais e, creio eu, fazer com que vocé pense duas vezes antes de nomear 0 seu préximo filho, escolher seu parceiro amoroso, seu sdcio e até o nome da sua empresa ou projeto. Nowenctoata, a Gxave oo Sex NUMERO 1 Representagao Grafica: + Conceito Filoséfico: A unidade Carga: Negativa Ente: Masculino Letras: A, Je S Satide * Rege a cabeca e todas as doengas relacionadas a ela. Numerologia » Simboliza a forga criadora masculina (0 falo), o poder em todos os nfveis, o principio vital, o Sol, o ins- tinto mais primitivo, o primeiro ato, a conquista. Ente Humano © Sua presenga simboliza individualidade, in- dependéncia, atividade constante, lideranga, forga de von- tade, coragem, astticia, inovagao, ansia pela novidade. Sua auséncia simboliza intolerancia, desprezo, medo do novo, preguiga, arrogancia, falta de iniciativa, teimosia, pani- co, medo da solidao. Seu excesso simboliza autoritarismo, luta constante, autodidatismo, obsessao, radicalismo, ten- déncia literéria. Comportamento * Na idealidade, sua originalidade, desejo de ser tinico, ter o controle de seus atos € conquistar novos ter- Luiz Alesandke Junior 61 €-lo correr muitos riscos e mudar sua vida ra- dicalmente, de uma hora para outra. Sua origem espiritual vem da falange paterna. Seu nascimento simboliza um novo titdrios vao fa perfodo para a familia, pois vem de uma situacao nova e desencadeia um processo de reformulagao familiar. Seu interior é firme e resolvido e s6 tolerard a lideranga de quem seja mais inteligente, poderoso e que tenha bons argumentos. Como seu movimento € solitério, se seus outros nimeros nao forem de tendéncia mais apaziguadora, poderd ser dificil a convivéncia com as pessoas, por achar que sé ela se basta. Na impressdo, tem boa postura, nao se deixa abalar facilmen- te, seus passos séio firmes ¢ sempre esta A frente das coisas. Seu movimento é masculino e mesmo num ente mulher sera facil identificar esta faceta. Gosta da disputa e vai até as tiltimas conseqiiéncias quando acha que tem direito ou mé- titos. Pode parecer agressivo, mas usa isto como forma de defesa. E pratico e objetivo, pode dar a impressao de irres- ponsavel ou acima da lei e da ordem, tudo porque nao gosta de ser cépia e quer ser sempre o primeiro ou o diferente. Na expresso, é um lider nato e inovador. Seu movimento é Unico e podera sempre estar presente em movimentos de vanguarda. Independentemente do nivel intelectual ¢ aca- démico, sua lideranca estara presente na familia, na rua, no trabalho, em qualquer lugar onde esteja. Gosta de to- mar decisdes. Sua energia € movimento so dificeis de ser acompanhados. Costuma ter senso de justiga e lealdade, tem em si o senso do bom militar, mas desejara sempre es- tar sozinho e ter a liberdade de escolha. Quando comanda- do, exigira esse direito e, quando comandante, dificultard a insubordinagao e a livre escolha. Destino * Veio para abrir caminhos novos, quebrar paradigmas; seu movimento ser o de um desbravador. Teré dificuldades Niwmmctocia, a Ckave no Ser para aceitar dogmas e doutrinas estabelecidos, sera sempre um questionador e combatente da tirania. Por outro lado, ter4 dificuldade de concluir aquilo que comegou; vai sempre precisar de pessoas que saibam executar suas idéias, sendio tera uma vida estéril. Muitos tentardio conformar o seu espf- tito ¢, por vezes, ficara convencido disto, podendo se apoiar em relacionamentos e entidades ja constituidas, mas que ten- dem a durar muito pouco, porque ele sempre tentaré mudar as coisas a sua volta. A solidao ser4 uma marca. Tenderd a se telacionar com pessoas que também possam scr livres, inde- pendentes e que nao sejam convencionais. O destino | pede comando, controle da vida e independéncia. Quando se sentir deprimido ou insatisfeito com a vida, sera porque, entre ou- tras coisas, comando, controle da vida e independéncia es- tao ausentes. As mudangas radicais € 0 recomegar serao cons- tantes, Estar sempre ressurgindo das cinzas, uma tendéncia marcante da sua vida. Gosta da liberdade de expresséio; po- dera ser um revolucionario no que escolher, j4 que gosta de tudo que € novo e provocador. Mesmo assim, adora e respei- ta aqueles que foram revolucionarios em suas épocas e iré reverencid-los e copid-los no decorrer da vida. Embora te- nha estilo militar e autoritario, nado é afeito ao respeito A hierarquia e, sempre que pode, contesta e vive constante- mente provocando. No lado profissional, chegar4 sempre a exercer cargos de chefia. Nasceu para liderar e gosta sempre de estar um pas- so a frente de todos. Até os mais lentos e influenciados pelo lado negativo do ntimero conseguirao altos postos den- tro da hierarquia possivel. Mesmo assim, sua satisfagao e sucesso dependerao de negécios préprios e, de preferéncia, sem sécios. Sua tendéncia para a ousadia e 0 novo fazem dele um grande empreendedor, sempre atento As coisas que acontecem A sua volta, Ladg Alesaveke Junot 63 Ano Pessoal * O ano marca 0 inicio de um ciclo que durara nove anos. Se conseguir resolver bem as ligdes pedidas no ano anterior, que foi o 9, tera um ano positivo e conseguira desenvolver projetos importantes. E 0 momento de mudanga, de iniciar coisas novas e virar o jogo da vida. Muitas coisas que até entao eram imprescindiveis passarao a ter muito pouco peso ou importancia. E hora de reavaliar tudo e dar um novo direcionamento. Se tiver medo de mudar, pelo menos mude a forma de encarar o antigo. Tudo que se inicia num ano | tende a ser duradouro: amor, novo projeto e até amigos. Mesmo na dificuldade, sera importante manter as principais caracteristicas pos’ Da mesma forma que todas as possibilidades poderao se abrir, o receio ¢ o medo podem levar para o lado mais destrutivo do ntimero, o que poderd durar o ano inteiro. O ano 1 s6 sera aproveitavel em sua plenitude se as tarefas do ano 9 forem cumpridas. Nao se deve iniciar este ano com lagos que liguem ao passado, principalmente coisas que nao dao mais prazer e que ha muito vém se arrastando, O ano | é0 divisor de 4guas para todos os entes; sempre que ele aparecer, sera uma grande oportunidade de acertar o relégio numeroldgico e, a partir dele, acompanhar de maneira harmSnica a vibragio que cada nimero pede. Esta possibilidade aproximara os entes dos seus destinos ¢ fard com que vivam esta nova passagem terrena de maneira mais ivas do namero 1. itil, ajudando sua evolugao e a dos seus semelhantes. Més Pessoal © O més 1 marca também o infcio de uma nova fase. Sua intensidade ser4 medida pelo ano regente em questao. Em cada um deles o | vai se comportar de maneira diferente. Sua intensidade seré menor quando regida pelos ntimeros 4, 7 e 9, nula nos anos 2 e 6 e maior, nos 3, 5, 8e 1. O més seré de mudanga de rumo e provocard a necessi- dade de se colocar diante das coisas. Todo recuo simboliza- Nunenctonia, a CHavE no Sex r4 muito mais que perda de terreno. Devem-se usar as ca- racteristicas mais marcantes do ntimero, como comando, criatividade e forga de vontade. O momento marca um egocentrismo circunstancial e necessdrio. Sem o desejo de priorizar a si mesmo, as coisas serao dificeis ¢ inoperantes. Sera sempre um bom momento para iniciativas, como mu- dar de emprego ou, simplesmente, buscar seus ideais. Dia Pessoal » O dia é de movimento, pede comando e con- trole das acdes. E um dia que traz coisas novas e diferentes. Deve-se estar preparado para impor suas idéias e manter o foco de seus projetos; o dia 1 nao tolera recuos e omissdes. Para torna-lo positivo, deve-se ir até as pessoas € ao encon- tro das coisas. Se sua agao depender de outras pessoas, deve- se certificar que as coisas estejam sendo feitas conforme o plans thos. Confie apenas na sua capacidade e razao. ado, Nao confie em ninguém, tampouco pe con: Iaig Alexandre Juniar 65 66 NUMERO 2 Representacao Grafica: . . Conceito Filoséfico: A oposigio Carga: Positiva — Par Ente: Feminino Letras: B, K e T o relaci onadas com o sistema circulatério, problemas cardiacos e retencao de lfquidos. Satide > Rege os fluidos do corpo, e suas doengas es Numerologia © Simbolizao amor materno, a dualidade, a uniaio entre os opostos, a associagao, o feminino, a cooperagao, os dois mundos (o sensfvel ¢ 0 espiritual), a passionalidade. Ente Humano © Sua presenga simboliza o desejo de fazer parte do conjunto, diplomacia, servir ao préximo, sensi- bilidade, romantismo, minticias, cordialidade, paixfio. Sua auséncia simboliza inseguranga, dependéncia excessiva, timidez, falta de vontade propria, egoismo, medo de amar, parcialidade, conformismo, precipitagao. Seu excesso sim- boliza hipersensibilidade, anulacao, parandéia, bucolismo, dogura, doagao. Nunienctoata, 4 Cilave bo Sex Comportamento © O 2 tem uma caracteristica peculiar. Mui- tos numerdlogos utilizam o ndmero 11, que € considerado por eles um ntimero-mestre. Como o 2 rege a dualidade ou os dois mundos, a pessoa que nasce sob a vibrago desse nti- mero ser4 sempre alguém em constante contradigéo entre claro e escuro, feminino € masculino, mundo sensivel e espi- ritual, etc. Essa divisdo pode causar sérios danos psiquicos se nao houver equilfbrio. Ela podera transitar entre a loucura, as influéncias espirituais e magicas até a negligéncia pela pessoa humana, o egocentrismo, a falta de iniciativa, a de- pressaio e as tendéncias andréginas. Sera uma pessoa de per- sonalidade dupla, alternando a presenga de um dos lados, dependendo das circunstancias e pressdes exercidas sobre ela. Essas condigdes servem para todas as possibilidades em que os ntimeros 11 ou 2 aparecerem para a anilise. Na idealidade, devogao e capacidade de amar incondicio- nalmente. Seu nascimento marca um momento de amor e cumplicidade. Sua famflia espiritual vem da falange materna. Traz paz, mas pode ser uma crianga dependente. Devem ser dadas a ela as ferramentas nec ssdrias para que, no futuro, nfo seja excessivamente dependente das pessoas. Sua lealdade e o desejo de paz podem leva-la a subservién- a e a ser facilmente explorada. Nao deseja gloria nem autopromogao; se satisfaz com pequenos gestos de carinho e¢ sempre retribui aquilo que fazem a ela. Tem a capacidade de acumular conhecimentos e considera importante divi- di-los. Tem medo de terminar na solidao e podera ser prisi- oneiro desse temor, se tornando parandico. Na impressdio, movimentos singelos e lentos. Sua aparéncia € calma e tranqiiila. Veste-se harmoniosamente e adora 0 conforto. Faz de tudo para agradar, podendo se tornar parcial e tendenciosa, devido ao vinculo de lealdade que cria com Lug Alexandre Janior 68 as pessoas. Muito carinhosa e romantica, vai abrir mao dos seus desejos para satisfazer seu parceiro. Gosta de trabalhar em grupo; nao € criativa, mas sabe executar muito bem as tarefas que sao designadas a cla. Passa confianga quando amada e pode superar limites quando lhe é passada seguranga. Costuma ser uma boa ouvinte e pode até sofrer junto com o outro. ¢ individuo diplomatico e pacificador de ¢ destaca pela cooperagdo e por seu senso de responsabilidade com o grupo. Nao é um lider, mas sabe como poucos administrar problemas, sempre buscando o entendimento e a conciliagdo entre as partes. E exigente, sua cobranga € feita sobre a lei do “toma la, dé ca”. Sempre que fizer algo, vai cobrar a reciprocidade. E detalhista e tem a paciéncia de rever cada passo ou se lembrar de fa- tos, detalhes e falas antigas. E carinhoso e atencioso. Quando exagera, acaba interferindo na vida das pessoas e diminuindo seu jufzo, podendo pender para o lado erra- do: Sua capacidade de tabalhar em équipe’o toma ani bom sécio. Destino » Veio para semear a paz, ser uma espécie de mae do mundo. Sua missao é dar &s pessoas estéreis, que temo 1, a capacidade de multiplicar-s Intuitivo, prestativo e de ideais elevados, vai além dos © € materializar suas idéias. limites quando vé discérdia, intolerancia ¢ miséria huma- na. Busca o engajamento e o trabalho voluntario. Mesmo que nao tenha filhos, vai tratar muitos como tal. Sua capa- cidade de se doar ser4 reconhecida e premiada. Como nao €um lider, se sentira atraido por pessoas que tenham capa- cidade de comando, autoridade e poder. Deve tomar cui dado, pois, se estiver envolvido emocionalmente, podera encobrir ¢ ajudar pessoas sem escruipulos. Vai desenvolver Nownoronia, « CHave be Sex durante a vida terrena gosto pelo ritmo (danga, mtisica, etc.) e, se nao tiver apoio, abafard suas potencialidades ¢ as deixaré adormecidas até que se sinta amado e seguro novamente. Apesar de gostar de conforto, sera atrafdo por gestos singelos e as coisas simples da vida. Seu destino é se juntar a alguém. Sem o compromisso do casamento, sera uma pessoa amarga e rancorosa. Mesmo participando de trabalhos voluntarios ou ajudando alguém, nao sentira nenhuma utilidade para a sua vida. No lado profissional, 0 2 veio para servir, trabalhar em grupo e cooperar. Independentemente da posigao que ocupar, vai precisar sempre estar rodeado de pessoas. Tera sucesso como sécio de alguém e sera muito dtil na execugdo de trabalhos que exijam paciéncia, detalhe e pesquisa. Deve se cercar de pessoas democraticas. Se no grupo houver pessoas dominadoras, ele serd taxado de fraco, inseguro e influenciavel. Ano Pessoal * © ano 2 rege os relacionamentos, em todos os niveis. Deve-se tomar cuidado com intrigas e fofocas, que farao parte do dia-a-dia no decorrer do ano. Ele aumenta o desejo de unido e traz muita possibilidade de sociedades e associages. Pode representar também a quebra de contrato, matrimonial e de sociedade. Ambos serao sucedidos por novas aliancas. O ano marca também a materializagao das idéias tidas no ano anterior (1), que poderao ser executadas com ajuda de sécios. Algumas atividades consideradas passatempos serio de grande ajuda no orgamento familiar. Basta apenas deixar as coisas fluirem naturalmente, sem censura e sem se importar com o que as pessoas vao dizer. O ano é da paixao. Tudo sera movido por ela: 0 trabalho, a familia, os relacionamentos e uma simples viagem. Para obter sucesso neste ano, faga as coisas com amor. Sua ‘Lag Alene Junior presenca sera solicitada em varios locais; procure ser atencioso, ande mais lentamente dentro de sua casa e no trabalho e observe cada detalhe a sua volta. Muitos negécios e oportunidades serao conquistados apenas observando as coisas ao seu redor. Nas disputas, cheque as fontes antes de tomar uma deciséo ou pender para um lado. Més Pessoal » © més 2 marca um momento de associagdes e uniGes com pessoas. Sua influéncia ser mais intensa nos anos fmpares 3, 5, 7 ¢ 9; nos anos pares 2, 4, 6 e 8 podera vir acompanhada de depressao e situagSes constrangedoras. As decisdes devem ser tomadas em conjunto ou apés consulta a pessoas de total confianga. O més sera de aprendizado e actimulo de conhecimentos. Fique na retaguarda, nao exponha seus sentimentos, tampouco seus projetos, a qualquer um. Se tiver que reclamar a alguém, faga-o em local reservado e previamente escolhido. Seu estado emocional inspira cuidados; se sentira mais carente e solitario e qualquer negativa sera tratada como rejeigao. O momento requer planejamento e adiamento das decisdes mais importantes. Estude e reveja tudo, antes de assinar qualquer documento e, quando for inevitavel, assine na presenca de testemunhas e esteja acompanhado de especi- alistas no assunto. Dia Pessoal » O dia é lento e chato, bom para reunides, tra- balhos de pesquisa e relatérios. A conduta deve ser pas e defensiva. Todas as informa devem ser checadas. iva ges que chegam neste dia Nao decida nada antes de ouvir os lados envolvidos e nao dé abertura para comentarios. Num dia 2 € comum as coisas acabarem virando contra quem nao tem responsabilidade nenhuma sobre o assunto. O dia traz sensibilidade e caréncia afetiva, além de um sentimento de perda que nao destaca a procedéncia. Procure estar na presenga de amigos e pessoas qucridas, Nusenououin, A CHAvEDO Sat NUMERO 3 Representaco Grafica: «"+ Conceito Filoséfico: A relagao Carga: Negativa — {mpar Ente: Masculino Letras: C, Le U Satide » Rege as glandulas, e suas doengas esto relacionadas com o sistema responsdvel pela fala. Numerologia © Simboliza, o mito, a santa trindade, a perfei- ¢Ao, a comunicagiio, o culto ao belo, a diversio, a energia pura, a expansividade, a inspiragao. Ente Humano * Sua presenga simboliza a alegria e 0 riso, a fantasia, a preocupacgao com a forma, a mente aberta, o didlogo, o desapego das coisas materiais, 0 lado artistico e criativo, o discurso. Sua auséncia simboliza a falta de comunicagao, o desleixo, a soberba, a superficialidade, 0 dramatico, a falta de habilidade fisica, a vaidade, os pecados capitais. Seu excesso simboliza desgaste energético, ser perdulario, ser sedento de prazeres mundanos, fazer da vida um teatro, Luiz Alexandre Puno R loucura, dons artfsticos, forga criadora, inteligéncia rata e privilegiada, Comportamento © Na idealidade, o desejo de viver e experi- mentar as coisas prazerosas da vida. Sua famflia espiritual vem da falange paterna. Seu nascimento representa ale- gria, esperanga e recupera nas pessoas 0 desejo de viver e serem felizes. Pode representar também a aproximagao en- tre as pessoas da familia que estavam distantes. Sua facili- dade de aprendizado e sua alegria vao exigir uma reciclagem. dos pais para acompanhar seu ritmo e nao inibir suas mul- tiplas habilidades. Adora estar rodeado pelas pessoas e fara tudo para chamar atengao. Tem facilidade de falar sobre sua vida intima sem inibigao e poderé ser indiscreto em determinados momentos, j4 que considera natural a expo- sigd&o € nao consegue guardar segredos. Sua inquietude ¢ energia o farao buscar muitas ocupagdes e, mesmo em re- pouso, sua mente vai criar muitas coisas interessantes. Gosta de pessoas que tenham muita energia e disposigao ou que estejam sempre preparadas para experimentar. Seu desejo exagerado pelo prazer pode atrapalhé-lo e tornd-lo escravo delas. Na impressdo, é agitado, alegre e fala pelos cotovelos. Sua energia é tio intensa que tera dificuldade de se expressar com palavras. Freqiientemente sera pego falando com as maos ou, quando parado, estar movimentando alguma parte do corpo. O gosto pela forma e o belo faro com que use roupas da moda ou coloridas e estara sempre pronto a mudar seu visual. Vai causar muita inveja. Mesmo nao sendo belo, é atraente e cativa com facilidade a atengao das pessoas. Bem treinado, podera ser 6timo orador; caso contrario, sera um falastrio e falaré sem vergonha sobre muitos absurdos. Tem atragao pelas coisas ilfcitas e pelo lado obscuro da vida. Nusexououia, 4 Ciave po Se Pode apenas ser espectador, mas se sua moral for deficita- ria, seu movimento seré 0 de experimentar todas elas. Na expressdo, € criativo, expansivo, charmoso e auto-sufi- ciente, faz da sua vida uma constante reuniao social. Seu lado artfstico faz com que veja o mundo de forma diferen- ciada. Pode ser um contestador, nao no discurso, mas na pratica, no seu jeito de andar, vestir e até de falar das coisas do cotidiano. Pouco convencional e gostando das coisas mais complexas e dificeis, podera sempre estar enroscado ou sendo acusado de coisas que nao sao da sua inteira res- ponsabilidade. Sua lingua afiada podera causar danos em pess as queridas ou que nao estejam habituadas com sua suposta franqueza. Seu espfrito de conquista e de querer mais espago pode fazer dele um grande competidor. Se nao 3 for moralmente bem instrufdo, seré uma pessoa sem escrii- pulos, querendo alcangar o topo a qualquer prego. Tem fa- i cilidade de fazer intrigas, mas quando tem bom senso cos- tuma ser um étimo negociador, j4 que tem a facilidade de se expressar. Sua versatilidade e sua expansividade o farao um profissional multimidia e de cultura multidisciplinar. Destino * O 3 indica um espirito que veio para a redengao. Sua missao € trazer aos outros uma mensagem de alegria € de esperanga, mostrando uma safda criativa e demonstrando a utilidade do pensamento e da forca libertadora do conhecimento. Sua forma de expressdo pode estar materializada nas artes e no ltidico, mas sera um ardoroso defensor da liberdade e de todas as formas de expressiio. Sera sempre tentado pelas trevas; sua energia pura, brilhante e expansiva vai atrair muitos espiritos vampiros, pessoas que desejam se aproveitar da sua luz. Deve ser bem instru- ido e ter forte embasamento espiritual e moral, senao po- derd servir a tudo de mais degradante dentro de uma socie- Luiz Alexandre union B 74 dade. Apelard para o exibicionismo, a desordem, as futili- dades e seus relacionamentos poderdo ser cercados de pes- soas desintere ntes e de pouca evolugao moral e intelec- tual. Alcangara um entendimento multiplo, ma al, das coisas da vida. Sua n superfici- or dadiva € possibilitar aos outros o direito de se expressar, mesmo que 0 discurso seja nocivo a sociedade. A sorte vai acompanhé-lo ao longo da vida e deve ser encarada como um teste, j4 que foi salva das profundezas do mal em encarnagdes passadas. Seu sucesso de hoje poder possibilitar a salvacao dos amigos que ainda continuam em situagao de degradagao. Seu lado profissional dependerd da liberdade que ela tera para desenvolver o seu potencial dentro do cargo que ocupar ou no ambiente em que esta inserido. O 3 é uma entidade humana que precisa de espago. Se ndo encontrar maneiras de crescer, vai procurar outras atividades para compensar esta limitacgao. Mesmo formado em um determinado campo, sempre fara correlagdes com outras atividades e podera ainda abrir novas fronteiras para sua profissio. Ano Pessoal * O ano 3 €0 ano das oportunidades, da ocupagao dos espagos e do crescimento. Este ano marca a chegada da maturidade dos projetos iniciados nos anos anteriores. possivel dominar as mudangas feitas na carreira, no amor e nos relacionamentos do dia-a-dia. HA crescimento em todos os sentidos. A Gnica coisa que o impedird de chegar ao dpice serio as ligdes nfo cumpridas nos anos 1 e 2. Lembre-se que na numerologia vocé deve estar em perfeita sintonia com a vibragéo que o ntimero pede, caso contrario nao desfrutard o lado positivo dele. O ano traz alegrias e o desejo de se soltar um pouco mais do que o normal. Tudo que se refere a diverséo, comida e sexo sera tratado com muito mais interesse. O 3 traz disposig4o ¢ energia para revirar as coisas, mexer nas gavetas, desembaragar assuntos Nenrotocia, a Crive po Set complicados e até fazer mudangas radicais, sem culpa ou dramas. Mas também poderé ocasionar problemas pelo excesso de excentricidade, pompa e presungao, causades pela sensagao de poder intrinseco, fazendo com que se corram muitos riscos ou se ponham em risco coisas ja estabelecidas. O momento € de ampliar os horizontes, ocupar todos os espacgos possiveis, expandir seus negécios ou simplesmente seus conhecimentos sobre 0 mundo, de forma académica ou nao. A desenvoltura na fala e na expressao corporal vao facilitar a comunicagao no trabalho, no cfrculo de amizades e na familia. Esse equilfbrio fara com que se alcancem postos mais altos na sua carreira. Por outro lado, se essa energia nao for utilizada de maneira positiva, haverd uma lingua afiada e ferina, causando problemas em diversos setores da vida, ora por falar demais, ora por dizer impropérios para as pessoas erradas e no momento errado. O ano pode ser considerado 0 mais alegre e promissor de todos dentro da matriz numeroldgica, mas deve-se guardar dinheiro ¢ nao contar com o mesmo momento positivo no ano seguinte. Més Pessoal *» O més 3 marca o momento da expansio, da imaginagao e das idéias criativas. Assim como no ano 3, 0 més 3 € 0 mais positivo dentre os meses. Pode abrir caminhos © perspectivas muito acima das expectativas, bastando apenas confiancga e menos rigidez. Mesmo nos anos pares 2, 4, 6 e 8 sua presenga mantém as potencialidades desses nuimeros acima da média. O 3 dé o impulso necessario para que as coisas acontegam ou, pelo menos, se tenha a disposi¢ao necessdria para fazé-las. O més traz uma vida social mais intensa, encontros e reuniGes quase sempre relacionados a almogos e jantares. Por outro lado, traz também uma certa imprudéncia, dispersao de energia e desejo desenfreado de sentir prazer a qualquer custo ¢ em Lady Alesunuee Junior 76 qualquer situacao. Otimo més para se falar em ptiblico ou fazer apresentagoes de projetos e discursos. Dia Pessoal » O dia é movimentado e cheio de alternativas. E o momento de falar 0 que se pensa e como se sente diante de algumas coisas, sempre usando o bom senso e se policiando para no ser indiscreto. Ocupe os espagos, sendo alguém o fara no scu lugar. Nao fique preso somente as suas atividades; explore mais outros campos ou experimente criar alternativas. O dia pede exposigdo da imagem e presenga. Nao recue € nao se esconda por motivo algum: a submissdo e a omissao serao punidas. QO momento é étimo para almogo ou jantar de negdcios. Esclarega tudo que puder e nao desperdice tempo com assuntos fiiteis; seja incisivo e direto. Procure nio ficar muito tempo em lugares fechados — 0 3 gosta de liberdade e qualquer limitagao causaré irritagdo. Nuwenctacta, & CLAVE D0 Si & 44 NUMERO 4 Representacio Grafica: + ¢ Conceito Filoséfico: A reciprocidade Carga: Positiva — Par Ente: Feminino Letras: D, Me V Satide © Rege os ossos, a musculatura, os dentes e tudo que di sustentagao mecanica e estrutura ao corpo. Suas doengas est&o relacionadas com deficiéncia ffsica, reumatismo e artroses. Numerologia » Simboliza o planeta Terra, a matéria bruta, as estruturas, os elementos (Agua, terra, fogo, ar, plasma, ondas, ctc.), as células, os 4tomos, particulas, os pontos cardeais, a construgao, os entes da natureza, o limite, a moral, as leis, as doutrinas, as ciéncias exatas. Ente Humano * Sua presenga simboliza a resisténcia para a vida, o lado pratico, a acomodagio, a disciplina, a franque- za, © moralismo, a lealdade, a perseveranga, 0 carater, a responsabilidade, a concretizagao, a limitagao. Luiz Alesanale Junior 7 78 Sua auséncia simboliza a desordem, o medo, 0 escapismo, a irresponsabilidade, a falta de concentragao, a truculéncia, a falta de estrutura, a falta de senso, a baixa resisténcia ffsi- cae emocional. Scu excesso simboliza 0 idealismo, a ganancia, a manipula- ao, o alto grau de concretizagao, o materialismo, o abuso de poder, a resisténcia excessiva a mudangas, a teimosia. Comportamento © Na idealidade, firmeza de carater, autodisciplina e rigidez. Sua familia espiritual vem da falange materna. Seu nascimento marca um momento dificil do casal e pode representa também dificuldades do momento da con- cepgao a gestagao, ocasionando rej ye culpa. Vai desen- volver uma capacidade de autogestao e tentara ser o menos dependente possivel do mundo externo. Mesmo afetado por doengas, ser resistente e lutard até as tltimas forgas. Esta resisténcia vem da experiéncia vivida no nascimento, quando aprendeu com a mae a superar problemas. Esta experiéncia marcard sua vida. por muitos anos, podendo: tomé:lo‘duro'e auto-suficiente, mas também rancoroso ¢ vingativo. Trabalha sempre no limite de suas forgas. Se nao tiver alimentagao regrada e boas horas de sono, podera pér em jogo toda a estrutura fisica e ser4 insuportavel conviver com ele. Resiste a tudo que € novo e desconhecido. Seus conceitos de vida esto bem arraigados e nao sera surpresa vé-lo defendendo religides e posturas ortodoxas. Nao € inventivo nem bom para criar, mas compreendera tudo que ja foi testado e tenha metodologi ja. Seu pensamento € racional e pratico. Na impressdo, movimentos fortes e compassados. A primeira vista, passara uma imagem de pessoa rude e sem muita amabilidade. E convencional e muito formal, e detesta surpresas e mudangas de tiltima hora. Sempre solicito, desde que comunicado, e por uma boa causa, honesto, leal e Nowenovoata, a CHave po Sex cumpridor das tarefas no prazo e com precisdo. Gosta de ordem, disciplina e respeito pela hierarquia, mas sera também um burocrata teimoso e conservador. Essa tendéncia fara com que perca muitas coisas interessantes ¢ Prazerosas, pois as pessoas inibem o desejo de convidé-lo ou de mostrar-The algo. Como pai, mae, marido ou esposa, sei empre o Gltimo a saber, pois todos temem sua reagiio. Rotineiro, tenderd sempre a fazer o mesmo caminho, comer mesma coisa e até fazer sexo sempre do mesmo jeito. Para convencé-loa fazer de modo diferente, deve-se mostrar com bons argumentos as razSes para a mudanga ou ter paciéncia e esperar ganhar sua confianga com o tempo. Na expressdo, pratico, sistematico e sempre atento a todos os detalhes, vai se posicionar como se fosse uma sumidade naquilo que se propde a fazer, sempre superando os limi- tes de sua falta de criatividade e espontaneidade. Sua mente légica e matemdatica fara dele uma pessoa calculis- ta, que correrg poucos riscos. S6 baixard a guarda quando apaixonado, podendo cometer os maiores absurdos con- tra a propria natureza. A paixao o deixa assustado e inde- feso. Vive sempre no limiar de situagdes da vida (medo, sofrimento, culpa e desejo de morte), que funcionam como alimento para ele. Quanto mais pressionado, maior sera a sua resisténcia e seu poder de reconstrugao. Sera capaz de comegar do zero. Sua disposigao e forga para reconstruir, manter a estabilidade e voltar a sentir as coisas que 0 dei- xam sereno estao mais ligadas ao medo de construir e mudar do que A manutengio da felicidade. Destino © O 4 indica um espirito cientifico e preocupado em compreender os processos humanos ¢ ffsicos que norteiam © Universo, sem transcender ou apelar para as coisas divi- nas. O 4 representa todos os elementos que dao forma ¢ Lag Alexandre Junior 719 80 estruturam as coisas vivas e tudo que compée o lado primi- tivo da sociedade (seus meios de produgao e seleg&o natu- ral). Tudo que acontece na vida desse individuo deve ser explicado pelos processos naturais e cientificos; nada de espiritualidade ou paixao pelas religides. Sua vida eviden- cia a supremacia da ciéncia e da légica sobre a religiao ea supersticao, No entanto, serdo essas pessoas que darao os fundamentos e conceitos para que se construam e prolife- rem as ditas coisas espirituais. Embora possa parecer um contra-senso, essas afirmagdes tém varios exemplos ao lon- go da historia da humanidade. Seu destino € pdr ordem no caos e trazer a compreensao para o ambito da disciplina, da pratica ¢ do método. Mesmo pertencendo A vanguarda do que hi de mais técnico e modemo, far de tudo para man- ter © status antigo e tornar essas conquistas duradouras e dogmiaticas. No decorrer de sua existéncia, enfrentaré mui- tos obstéculos, caminhos sinuosos e muita resisténcia fisica e psicoldgica para completar suas coisas. Muitas vezes tera que comegar do zero, se 0 que foi construfdo nao tiver sido feito sobre alicerces fortes e profundos. Tudo ruira: familia, trabalho, respeito e com as bases que ele construir. Na casa, tudo ter4 uma conexao ae na familia, pressa em monté-la e a ma escolha do par amoroso. No trabalho, a escolha circunstancial e materialista, atitudes ines- crupulosas para atingir 0 topo; e na satide, trabalho excessivo ¢ descuido com a alimentagao. O 4 € um destino duro e de muita responsabilidade, pois suas ages vao estruturar e ga- rantir aos membros da familia e da sociedade um futuro equilibrado e estruturado para que possam completar suas missOes € manter as préximas geragGes. © lado -profissional seré marcado'pela dedicagio, muitos obstaculos e um desejo de ser o mais preciso ¢ completo possivel. Tudo que fizer tera a marca da eficiéncia; por menor Nusnctootn, 4 Gtave ro Sen e mais inexpressivo que seja o seu trabalho, sempre se des- tacara pela coeréncia, clareza ¢ honestidade. Suas habili- dades manuais também serao um grande diferencial. Tudo que tenha método, organizagao, hierarquia definida e status sera atraente para ele. Ano Pessoal » O ano 4 é 0 ano da reconstrugao e da retoma- da do controle. Pode ser considerado o mais dificil entre todos os anos da matriz numeroldgica. Mesmo assim, sera © ano em que se poderao estruturar todas as coisas da vida cotidiana. Sua influéncia limitadora vai fazer com que tudo seja posto no seu devido lugar. O perfodo positive, expansivo e alegre do ano 3 provoca muitos devaneios e desgastes desnecessarios de energia, dinheiro e satide. O 4 vem restabelecer a ordem natural das coisas e colocar os pés no chao. O ano pede poupanga, controle, autodisciplina e perseveranga. Todos esses ingredientes devem ser usados, pois os obstaculos e dificuldades s6 po- derdo ser superados com a sua utilizagao. E muito comum querer superar um ano diffcil como esse correndo, forgan- do as coisas e, principalmente, desesperando-se. Mas o ano pede calma ¢ passos lentos, organizagaio e reavaliagao de todos os procedimentos. O momento é de sentar 3 mesa de trabalho, rever cada passo dado nos tiltimos anos e recomegar do zero, caso seja necessario. O 4 favorece todo recomec¢o e toda iniciativa de reparos, desde uma simples reforma no piso da casa, uma construgao de imével, a mudanga da rotina de trabalho, até o comego de uma nova vida. Tudo sera lento e vagaroso, com muitos detalhes, mas eles serao compensados nos anos seguintes e dimi- nuirao 0 softimento e o impacto retroativo do ano. E co- mum também ser surpreendido com perdas de dinheiro, emprego, trabalho e da satide. Estas coisas combinadas irao facilmente tirar a vontade de se fazer qualquer coisa. Até Luiz Alexandre Junior 81

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