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em Portugal.
1. Breve análise sobre a Lei Trabalhista Portuguesa
Segundo o art. 1º do Código Civil Português, a todas as
disposições genéricas provindas dos órgãos estatuais
competentes são leis. Daí se tora que para a criação de uma lei
esta de ser dispositiva, não pode ser direcionada a caso ou
pessoa específica e deve ser elaborada por autoridade
previamente indicada para regular determinada matéria. A
doutrina lusa trata de leis em sentido material e formal. A
primeira seria aquela citada no art. 1º supramencionado, já a
segunda seria aquela que se reveste das formas destinadas ao
exercício da função legislativa.
O Direito do Trabalho não é objeto de capítulo especial
na ConstituiçãoPortuguesa, assim como não o é na brasileira.
Contudo, recebe tratamento especial, sendo a elaboração
legislativa trabalhista de competência privativa da Assembléia
da República (art. 161, I, b, Constituição Portuguesa). O
Governo pode legislar sobre a matéria apenas se houver
autorização legislativa para tanto.
Uma particularidade na elaboração da legislação trabalhista
em Portugal é a participação de comissão de trabalhadores na
elaboração da legislação laboral e dos planos econômicos-
sociais que se relacionem às atividades laborais. É uma forma
privilegiada de intervenção dos trabalhadores. Além disso os
sindicados também participam na elaboração destas leis. O
caráter desta participação é consultivo, contudo a ausência da
consulta destes dá margem à declaração de
inconstitucionalidade da lei em questão.
4. Da jornada de trabalho
Segundo a Constituição Brasileira, jornada de trabalho é o
período em que o empregado esteja à disposição do
empregador, aguardando ou executando suas ordens, salvo
disposição especial expressamente consignada. O mesmo vale
para o direito lusitano.
Segundo a CLT não é computada na jornada de trabalho o
período de repouso e refeição e o tempo despendido pelo
empregado até o local de trabalho, salvo local de difícil acesso
ou não servido por transporte público e o empregador fornecer
a condução, neste último caso cabe o acréscimo de horas in
itinere.
A jornada de trabalho no Brasil é regulamentada
constitucionalmente, não podendo ultrapassar 8 horas diárias.
Sendo que o trabalhador que trabalhar além do seu período
tem direito a hora extra, que podem ser dispensadas do
pagamento adicional se compensadas pelo período
correspondente em outro dia, é o chamado banco de horas. O
banco de horas não pode ultrapassar a duração de uma semana
de trabalho, e nem pode o empregado trabalhar mais que 10h
diárias.
6. Do pagamento de bônus
O art. 457 da CLT dispõe que para todos os efeitos legais, além
do salário devido e pago diretamente pelo empregador,
compreende-se remuneração a contraprestação do serviços, as
gorjetas que receber. Integram o salário também as comissões,
porcentagens, gratificações ajustadas, diárias para viagens e
abonos pagos pelo empregador.
No direito brasileiro a bonificação se caracteriza, em regra,
como um pagamento feito por liberdade do empregador, como
uma forma de reconhecimento do serviço prestado pelo
empregado ou recompensa do tempo de serviço na empresa. A
mesma pode, ainda, ser ajustada por lei específica ou
documento coletivo, o que a torna, neste caso, obrigatória. A
empresa não tem limites mínimos ou máximos para
bonificação estabelecidos por lei, nem procedimentos de
pagamento estabelecidos. A legislação define que a bonificação
deve, somente, constar na folha de pagamento.