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1- INTRODUÇÃO
Outro fator pertinente a ser observado são os princípios que asseguram a liberdade do
indivíduo, pois a liberdade é fator primordial e sua privação deve ser precedida pela
verossimilhança das provas. Constitucionalmente é assegurada a presunção de inocência
sendo uma forma de proteger os indivíduos do pré-julgamento sendo este inocente até que se
prove a sua culpabilidade. Hoje, tendo em vista o poder da mídia sobre a sociedade, a
efetivação deste princípio já não é eficaz levando em consideração ao extinto emotivo da
sociedade que a toma sedenta por justiça e muitas vezes pela justiça privada. O processo
criminal preza pelo princípio da verdade real, pois busca provar os fatos alegados na
denúncia independente da autoria e da materialidade. Já a verdade formal fica apenas
restrita ao apresentado no processo.
A Constituição Federal estabelece que ninguém será considerado culpado até o trânsito
em julgado de sentença penal condenatória, consagrando a presunção de inocência, um dos
princípios basilares do Estado de Direito como garantia processual penal, visando à tutela da
liberdade pessoal. É mister salientar que quando o indivíduo é acusado, cabe ao Estado
comprovar a culpabilidade ou a não culpabilidade em observância ao princípio da
presunção de inocência e o princípio da verdade real.
É possível visualizar a suma importância de tal meio de prova, pois é uma forma
de certificar vestígios que passariam despercebidos.
É uma forma de proteger a sociedade e o próprio réu de uma decisão injusta, pois é
notório que os demais tipos de prova podem ter influência negativa ou positiva tendo em vista
o grau de repercussão que determinado crime causou e o envolvimento de pessoas suspeitas.
Sem a perícia o réu poderia ser absolvido por falta de comprovação técnica e cientifica
sendo impune por conta da deficiência dos meios de provas. Outrossim, poderia este ser
condenado por um fato imputado sem comprovação segura de sua culpabilidade.
[...] Será referência em todos os julgamentos desse momento em diante, e cada vez mais
serão exigidas provas científicas, produzidas com alta tecnologia, e
não veredictos apoiados em testemunhas que podem não enxergar
tão bem. (CASOY, 2010, p. 189)
E importante ressaltar, que não apenas existe o exame de corpo de delito como prova
pericial, são vários os exames periciais que auxiliam a busca da verdade real.
A importância da prova pericial foi ressaltada com a modificação que a Lei nº 8.862/1994
fez no art. 6°, inciso I, do CPP, no sentido de que, logo que tiver conhecimento da prática da
infração penal, a autoridade policial deverá se dirigir ao local, providenciando para que
não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais.
No mesmo sentido, o art. 169 do CPP. O CPPM (Decreto-Lei n° 1.002/1969), que é uma lei
mais recente que o CPP, é mais detalhado quanto aos exames periciais, como podemos
verificar em seu art.330:
e) exames de laboratórios;
6- CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
FEITOZA, Denílson. Direito processual penal: teoria, crítica e práxis. 7ª ed., rev., ampl.
e atual. de acordo com as Leis 11.983/2009, 12.015/2009, 12.030/2009, 12.033/2009 e
12.037/2009. Niterói, RJ: Impetus, 2010.
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 24. ed. São Paulo: Atlas, 2009.