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Capivari.

Barão de; Fazenda do “Pau Grande”

· 21 April 2014 ·

Nas terras da fazenda do “Pau Grande” tudo se iniciou no século XVIII, com a doação da
sesmaria denominada “Manga larga”, concedida a Francisco Gomes Ribeiro, em 1735, vizinha
da sesmaria do “Pau Grande”, que foi mais tarde concedida aos sobrinhos Marcos, Manuel e
Francisco Gomes Ribeiro. Ao falecer Marcos, que era padre, sem herdeiros, tornaram-se
proprietários das terras do “Pau Grande” os irmãos Manoel e Francisco. Outros familiares
vieram posteriormente de Portugal, e foram residir na fazenda, no entanto, por muito tempo
morou e administrou “Pau Grande”, transformando-a num grande engenho de cana de acúçar,
José Rodrigues da Cruz, tio paterno de Joaquim Ribeiro de Avellar.

Em 1805, Luiz Gomes Ribeiro, casado com uma sobrinha de José Rodrigues da Cruz, e cunhado
do futuro barão de Capivari acabou de construir a grandiosa casa de moradia, em estilo de
quinta portuguesa, importando materiais de Portugal, principalmente os vidros e as grades de
ferro das sacadas da fachada principal. Uma capela central separa a construção em duas casas
distintas, onde habitavam os parentes da família, que viviam independentes, em cada uma das
alas, e esta imponente construção não encontra paralelo em todo o vale do Paraíba. Mas, por
sérios desentendimentos na administração da fazenda com os demais familiares sócios e
proprietários daquele grande latifúndio, Luiz Gomes Ribeiro, até então o principal
administrador, em 1817, resolve deixar “Pau Grande”, com sua mulher e filhos, se transferindo
para a fazenda vizinha do Guaribu. A partir de 1839, Joaquim Ribeiro de Avellar, futuro barão
de Capivari, passou a cuidar da fazenda junto com suas irmãs e sócias.

Joaquim Ribeiro de Avellar, teve um único filho, ilegítimo, o qual perfilhou, sem contudo
declarar a mãe e empenhou-se para torná-lo um homem respeitado pela sociedade. Fê-lo
estudar e procurou casá-lo com a filha do conselheiro José Maria Velho da Silva que era ainda
Mordomo Mor de D. Pedro II, e sua esposa D. Leonarda Velho, dama honorária da Imperatriz.

O casamento contratado em 1842, só foi realizado em 1849, depois de Joaquim ter recebido
em 1847 o título de barão de Capivari, e com as “honras de grandeza” em 1848. Antes disso
ele também foi vereador de 1833-1836, e de 1841-1844, foi coronel da Guarda Nacional,
deputado e comendador da Ordem da Rosa.

Ao falecer em 1863, o patrimônio do barão de Capivari foi estimado em 858:670$300 réis, com
709 escravos e 828 mil pés de café. Seu filho, Joaquim Ribeiro de Avellar Junior, continuou a
administrar a fazenda, preocupando-se principalmente em investir seu capital em compra de
ações e em fazer empréstimos a juros. Em suas anotações de devedores para o ano de 1869, a
soma de empréstimos atinge o total extraordinário de 699:485$713 réis.
Joaquim Junior não só aumentou o patrimônio deixado pelo pai, como levou uma vida de
fausto. Passava férias em sua elegante casa de Petrópolis, quando aproveitava para fazer
visitas à família imperial, e também na rica residência do Catete, no Rio de Janeiro, onde ia a
concertos e óperas. Viajou para a Europa, e criou os filhos com uma preceptora francesa. Em
1887, pouco antes de falecer, foi agraciado com o título de visconde de Ubá.

O prestígio e as fazendas da família Avellar expandiam-se por toda a região de Vassouras e


Paty do Alferes, mas a história da fazenda de “Pau Grande”confunde-se com a da localidade de
Avellar, tal foi a sua importância.

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