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FACULDADE MARTHA FALCÃO – WYDEN

TEMPERATURA E CONSUMO DE ENÉRGIA

MANAUS – AM

MAIO DE 2018
TEMPERATURA E CONSUMO DE ENÉRGIA

Artigo apresentado como composição


da AP2 na disciplina de fenômenos dos
transportes ministrada pela professora
Jossandra Alves do Curso de
Engenharia 4º período – Martha Falcão -
Wyden.

TEMPERATURA E CONSUMO DE ENÉRGIA


Resumo:

Este artigo busca analisar a variação no consumo de energia utilizado para


melhorar o conforto térmico de acordo com a temperatura do ultimos 06(seis) meses em
Manaus, identificando o período em que ocorre aumento no consumo de energia.
Observamos um aumento do consumo de energia associado ao uso de equipamentos
para melhorar o conforto térmico no verão, identificando-se a necessidade de planejar
de forma mais efetiva o conforto para o clima quente do verão.

O artigo relata a estimativa do gasto de energia em KWh (mensal) em uma


residência com uma família de 4 pessoas, para a conclusão do mesmo foi levado em
consideração a quantidade de pessoas e equipamentos por 𝑚2 e verificou-se o conforto
térmico.

Palavras-chave: consumo de energia, conforto térmico, temperatura.

Abstract:

This article aims to analyze the variation in energy consumption used to improve
thermal comfort according to the temperature of the last 06 (six) months in Manaus,
identifying the period in which there is an increase in energy consumption. We
observed an increase in energy consumption associated with the use of equipment to
improve thermal comfort in the summer, identifying the need to plan more effectively
comfort for the hot summer weather.

The article reports the estimation of the energy expenditure in KWh (monthly) in
a residence with a family of 4 people, to the conclusion of the same it was taken into
account the amount of people and equipment per 𝑚2 and it was verified the thermal
comfort .

Keywords: energy consumption, thermal comfort, temperature.

INTRODUÇÃO
Esse artigo busca identificar o período dos ultimos 6(seis) meses que ocorreu maior
consumo de energia em Manaus, para tratar com efetividade o conforto térmico do ambiente.
Bem como, verificar a variação do consumo de energia buscando analisar sua relação com as
adequações necessárias para manter o conforto térmico no verão. O conforto térmico tem sido
amplamente pesquisado nos últimos anos visando melhorar o bem-estar das pessoas nos
ambientes e minimizar o uso de energia elétrica para condicionamento artificial. Há algum
tempo os estudos se direcionaram ao desempenho do ambiente construído de modo a obter uma
boa relação entre pessoa-ambiente, principalmente em se tratando do ambiente doméstico.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Lamberts (2007), define-se Conforto Térmico como estado mental que expressa
a satisfação do homem com o ambiente que o circunda. Portanto, segundo a NBR 15.220 –
Desempenho térmico das edificações (ABNT, 2005), o Conforto Térmico é a satisfação
psicofisiológica de um indivíduo com as condições térmicas do ambiente.

A sensação térmica do ser humano é principalmente relacionada ao equilíbrio térmico do


seu corpo. Este equilíbrio é influenciado pela atividade física e pelo vestuário, bem como pelos
parâmetros ambientais.

Define-se a palavra confortável como sendo tudo aquilo que conforta e que oferece bem estar
físico. O conforto térmico é definido, de acordo com a American Society of Heating
Refrigeration and Air Conditioning Engineers, ASHRAE e Fanger (1970) como “ a condição da
mente que expressa satisfação com o ambiente térmico”. O homem é um ser homeotérmico que
possui sua temperatura corporal constantemente dentro de certos limites, independente da
temperatura ambiente. A preocupação científica do Homem com relação ao conforto térmico
vem de longa data. Ruas (1999) cita o pesquisador Walter Bernan que, em 1845, já previa um
futuro promissor com 1 PMV= Predicted Mean Vote ou (VME) Voto Médio Estimado 8
grandes bases científicas com relação ao conforto ambiental. A partir do século XIX, foram
intensificadas as pesquisas sobre conforto em diferentes partes do mundo. No século XX,
demonstrou-se que o conforto térmico está relacionado ao equilíbrio térmico do corpo e que os
fatores ambientais e pessoais podem influenciar nesse equilíbrio. Andreasi (2009) afirma que,
em 1914, o primeiro cidadão americano utilizou equipamentos de ar condicionado desenvolvido
pela Carrier. Segundo o autor, neste mesmo ano foram instalados outros equipamentos
climatizadores artificiais em um berçario na Pittisburg Alleheny Geral Hospital. Na década de
60 e iníco de 70, a sociedade toma consciência de que as fontes de energia então utilizadas
seriam esgotáveis e que deveriam ser utilizadas com controle. Contudo, as exigências de
conforto térmico continuaram e o consumo de energia continuou crescendo. Para a ASHRAE
(2005) o conforto depende de ações comportamentais que são iniciadas inconscientemente ou
pela mente consciente e orientado por sensações térmicas, (frio ou calor) e da umidade
(sudação) para reduzir o desconforto. Segundo esta norma, algumas das ações comportamentais
possíveis para reduzir o desconforto consistem em alterar a roupa, a atividade, mudar de local,
abrir uma janela, exigir mudanças, alterar a configuração do termostato ou deixar o espaço. Os
fatores pessoais influenciam fortemente nas condições de conforto térmico do ser humano.
Segundo Fanger (1970) eles são definidos pelas seguintes variáveis: a) taxa metabólica do
indivíduo, atividade física exercida pela pessoa; b) resistência térmica da vestimenta, e taxa de
isolamento térmico. Os fatores pessoais agem influenciando nas condições de conforto térmico
da seguinte maneira:
a) Taxa metabólica (Met)

A taxa metabólica possui grande influência na sensação térmica, pois através dela se define a
intensidade de calor produzida pelo corpo. Ela pode variar dependendo do tipo de atividade
física exercida pelo indivíduo.

b) Resistência térmica da vestimenta (Clo)

As vestimentas usadas pelas pessoas, se utilizadas de forma adequada à temperatura e


ao local, podem colaborar para a sensação de bem-estar com o ambiente. As vestimentas fazem
com que diminuam as trocas de calor por convecção entre e superfície da pele e o ar; reduzem
também o processo de evaporação do suor; e interferem nas trocas de calor por radiação. A
resistência térmica depende do tecido, quantidade de fios, e do tipo de fibra.

c) Temperatura do ar (Ta)

Se a temperatura do ar for inferior à da pele, ocorrerá à remoção de calor por


convecção, que será maior ou menor em função da temperatura. Em ambientes pouco
ventilados, a temperatura do ar geralmente aumenta do piso para o teto, pois o ar mais aquecido
torna-se menos denso e tende a se elevar. Se esta diferença for muito grande, pode causar
desconforto, como sensação de calor na cabeça e frio nos pés.

d) Temperatura radiante média (Tr)

Ao considerar os efeitos da radiação, foi estabelecido um parâmentro chamado


temperatura radiante média, a qual é definida pela temperatura uniforme de um meio constituido
por superfícies negras (absorvedores ideais), com o qual a pessoa também admitida como um
corpo negro ideal, troca a mesma quantidade de calor por radiação que aquela trocada com meio
real.

e) Velocidade relativa do ar (Var)

As exigências de ventilação para o conforto térmico são relacionadas com as


necessidades do corpo humano de reduzir tanto a sensação de calor como a de umidade da pele.
Dependem fortemente das condições climáticas. Para atingir as condições de conforto térmico
nos ambientes internos, a ventilação necessária envolve grandes fluxos de ar não homogêneos.
A velocidade do ar necessária para o conforto térmico aos ocupantes de um ambiente é
determinada pela condição de equilíbrio das trocas de calor entre o homem e o ambiente. Esse
parâmetro é calculado em função dos demais parâmetros de conforto como: temperatura e
umidade relativa do ar, temperatura radiante média, taxa metabólica e vestimenta.

f) Umidade Relativa do Ar (Ur)


A umidade relativa do ar varia de acordo com a temperatura do ar. Quando aumenta a
temperatura, aumenta a capacidade do ar de absorver vapor d’água, ocorrendo o contrario no
sentido inverso, ou seja, quando diminui a temperatura, a umidade também reduz. A umidade
relativa tem grande influência na remoção do calor devido à evaporação, pois a baixa umidade
relativa faz com que o ar relativamente seco absorva a umidade da pele e com isso, remova
rapidamente o calor do corpo. Mas a alta umidade faz com que aconteça o efeito inverso, isto é,
há dificuldade do organismo em perder calor do corpo por evaporação do suor da pele.

Gráfico de temperatura e consumo do ultimos 6(seis) meses em Manaus

nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18


Temperatura(°C) 31,60 30,65 30,26 30,04 29,65 29,27
Consumo (kWh) 193 212 210 173 181 140

32.00 31.60 250


31.50 212 210
200
31.00 193 30.65 173 181
30.50 30.26 150
30.04 140
30.00 Temperatura(°C)
29.65
29.50 29.27 100 Consumo (kWh)

29.00
50
28.50
28.00 0
Nov/17 Dec/17 Jan/18 Feb/18 Mar/18 Apr/18

Consumo de energia dos aparelhos elétricos


Dias Média
Potência Consumo Médio
Aparelhos Elétricos estimados Utilização
Média (Kwh) Mensal (Kwh)
Uso/Mês Horas/Dia
Ferro elétrico 1 12 1,00 12,00
Fogão 0,06 30 0,08 0,15
Geladeira 2 portas* 0,2 30 10,00 60,00
Microondas 1,3 15 0,05 0,98
TV 0,085 30 6,00 15,30
Lâmpada 0,023 30 5,00 3,45
Lavadora de roupas 1,5 12 0,50 9,00
Video Game 0,181 4 30,00 21,72
Liquidificador 0,3 15 0,25 1,13
Ventilador 0,1 30 8,00 24,00
Bebedouro 0,16 30 10,00 48,00
TV 0,085 30 6,00 15,30
Total 211,02

1.6 1.5 65.00


60.00 Potência
1.4 1.3 55.00 Média
(Kwh)
1.2 48.00
45.00
1
1
35.00 Média
0.8 Utilização
30.00
Horas/Dia
24.00 25.00
0.6
21.72
15.30 15.30
15.00
0.4 12.00 10.00 9.00 0.3 10.00 Consumo
0.98 1.13 8.00 Médio
0.15 6.00 5.00 0.181 0.16 6.005.00
0.2 Mensal
1.00 0.08 0.2 0.085 3.45 0.250.1 0.085
0.05 0.50 (Kwh)
0.06 0.023
0 -5.00
CONCLUSÃO

A relação entre temperatura e consumo de energia elétrica é largamente estudada na


literatura. Partindo desta premissa o presente estudo calculou a relação entre consumo
residencial de energia elétrica e variações de temperatura na cidade de Manaus. Assim, é
razoável supor que as distribuidoras de energia elétrica passem de alguma forma a incorporar
esse tipo de informação em seu planejamento de mercado, pois, em última instancia, a
concretização de tal cenário pode exigir maiores compras de energia e investimentos na rede
para suportar picos de consumo devidos a variações na temperatura. Por outro lado, esta
constatação pode ainda funcionar como um estímulo à eficiência energética. Reduções de
consumo devem ser buscadas, seja pelo uso de aparelhos associados ao condicionamento de
ambientes mais eficientes, seja pelo desenvolvimento de novos padrões de residências mais
adaptadas à nova realidade.
REFERÊNCIAS

http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/apostilas/eficiencia_energetica_na_arquitetur
a.pdf. Acesso em: 25 de Maio de 2018.

http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/258594/1/Barbosa_ElisabetideFatimaT
eixeira_M.pdf. Acesso em: 25 de Maio de 2018.

https://www.researchgate.net/profile/Gustavo_Andrade8/publication/265851710_ESTIM
ATIVA_DO_IMPACTO_DAS_VARIACOES_DE_TEMPERATURA_SOBRE_O_CONSUM
O_RESIDENCIAL_DE_ENERGIA_ELETRICA_NO_RIO_DE_JANEIRO/links/541f8a390cf2
218008d3ea56/ESTIMATIVA-DO-IMPACTO-DAS-VARIACOES-DE-TEMPERATURA-
SOBRE-O-CONSUMO-RESIDENCIAL-DE-ENERGIA-ELETRICA-NO-RIO-DE-
JANEIRO.pdf. Acesso em: 25 de Maio de 2018.

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