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Maranhão
Campus Coelho Neto
Semana Multicultural
ANAIS
Seminário de Pesquisa
RESUMOS EXPANDIDOS
Publicações IFMA
Coelho Neto - MA
2017
Ananda Veloso Amorim Oliveira
Antonia Gonçalves dos Santos
Aécio da Silva Martins
Breno de Oliveira Ferreira
(Organizadores)
Anais
Seminário de Pesquisa
III Semana Multicultural - Educação e Diversidade
RESUMOS EXPANDIDOS
Publicações IFMA
Coelho Neto
2017
2
Coordenadores:
Ananda Veloso Amorim Oliveira, Antonia Gonçalves dos Santos, Douglas dos Santos Silva,
Breno de Oliveira Ferreira, Aécio da Silva Martins, Rivânia Silva Lira, Adson Richardson
Araújo Batista, Ana Patrícia de Andrade Ferreira, Danilo Botelho Costa, Gerardo Soares da
Silva Junior, João Paulo Marques Silva.
Capa:
Assessoria de Comunicação do IFMA.
Projeto gráfico:
Assessoria de Comunicação do IFMA.
Adson Richardson Araújo Batista.
Normalização:
Ivalda Vasconcelos de Moraes Negrinho.
Fotografia:
Rondson Vasconcelos, Danilo Botelho Costa.
Colaboradores:
Joana Célia F. Moura, Arcenildo da S. Nascimento, Régea S. Rodrigues, Regyna Kleyde de H.
Duarte, José F. Sousa, Micilane N. Santos, Luciane N. Menezes de Araújo, Samuel S. dos Santos,
Harlan P. Santana, Josimar Hendrio F. Borges, Vinícius P. de Moura Freire, Maria de Lourdes
R. Sousa Pinheiro, Emmanuel P. Neto, Leide Ana O. Caldas, Luiz Eduardo L. Ribeiro, Vicente
Gregório de S. Filho, Maria do Rosário de F. Silva Leitão, Mauricelia V. Santos, Isamara Cristina
G. Silva, Inácio A. Costa Júnior.
ISBN 978-85-69745-26-6
3
APRESENTAÇÃO
4
SUMÁRIO
7
EDUCAÇÃO DO CAMPO: PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO
ASSENTAMENTO DE COELHO NETO-MA
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Reconhecendo que as pessoas que residem no campo têm direito a uma educação
diversificada daquela ofertada na cidade, passamos a compreender as necessidades culturais, os
direitos sociais e a formação integral desses indivíduos, os quais compreendem também nosso
objeto de estudo.
Como aporte teórico, fundamentamo-nos, sobretudo em Freire (1987, 1997, 1999, 2000),
no que se refere às práticas pedagógicas; Damasceno (1993), Souza (2002) e Caldart (2002), em
relação à descrição da educação do campo; Saville-Troike (1982), Marconi; Lakatos (2011) e
Bortoni-Ricardo (2008) para embasar a metodologia e postura ética do pesquisador durante a
pesquisa.
Primeiramente, devemos entender em que consiste a prática pedagógica. De acordo com
os comportamentalistas, essa prática é concebida como atividade exclusivamente observável e
que gere uma atividade concreta, cujos resultados possam ser registrados, comprovados. Os
cognitivistas entendem a prática pedagógica como atividade que desenvolva o raciocínio do
educando e que o leve a resolver problemas. Os humanistas validam todo o processo de ensino-
aprendizagem, priorizando as relações humanas (MOREIRA, 2004).
Concebemos que a educação escolar tem que ser pensada não para um grupo específico,
mas para o todo considerando suas práticas culturais, ou seja, deve-se atender toda a comunidade
independente de seus conhecimentos, heranças, valores morais, costumes, etnias ou hábitos e
que estes possam ter seus direitos garantidos e preservados. De acordo com Caldart (2001), a
educação do campo se dá pela luta do povo do campo por políticas públicas que lhes garantam
o direito à educação no local onde vivem, uma educação pensada desde o seu lugar e com a sua
participação vinculada à sua cultura e às necessidades humanas e sociais.
Caldart (2001) destaca também que a escola é porta voz de uma determinada cultura,
levando em conta o multiculturalismo do nosso país e, embora as políticas públicas sejam
1
Estudante do Curso Técnico em Informática; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA);
Coelho Neto-MA.
2
Estudante do Curso Técnico em Informática; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA);
Coelho Neto-MA.
3
Estudante do Curso Técnico em Informática; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA);
Coelho Neto-MA.
4
Mestra em Letras; Universidade Federal do Piauí (UFPI); Teresina-PI.
5
Especialista em Educação, Pobreza e Desigualdade Social; Universidade Federal do Maranhão (UFMA); São Luís-MA.
8
para educação e preconizem uma educação pautada no interculturalismo - onde o diferente
deve ser aceito e respeitado - contrapõe-se ao conceito pregado pelo Conselho Nacional de
Educação que ressalta o interculturalismo, que trata da interação entre os sujeitos que se diferem
no modo de agir e pensar, estabelecendo uma relação mútua de troca de conhecimentos e de
valores.
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
2.2 ESPECÍFICOS
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
9
influência no cotidiano dos moradores, com festivais, datas comemorativas e lazer, sempre sem
perder o verdadeiro sentido do ato que está sendo comemorado ou sendo lembrado.
Observamos que a Liderança do assentamento tem uma atenção diferenciada para a
Educação tanto das crianças como dos mais velhos, segundo a representante do assentamento
“Sem educação em um determinado lugar nada se prolifera”, ou seja, eles estão sempre em
comunicação na escola do assentamento e na igreja debatendo assuntos relacionados a diversos
temas de interesse de todos.
A escola tem um papel muito importante para a comunidade, as práticas pedagógicas
contempladas são de suma importância para a construção de sujeitos sociais e para o
fortalecimento da cultura do assentamento. Em 2003 a escola Vanda Bacelar foi inaugurada,
contendo 2 salas de aula, no ano de 2016, a escola contava com 58 alunos e 3 professores, sendo
ministradas 7 disciplinas.
O modo de ensino é interdisciplinar, e os professores procuram sempre se adaptar às
necessidades do aluno, tentando incentivá-los cada vez mais a buscar o conhecimento, sem
nunca esquecer a sua origem e os valores adquiridos na caminhada acadêmica. Sujeito 2 relata:
Segundo eles, não foi nada fácil, sempre no dia do aniversário do assentamento, relembram
toda história e não deixam de passar para as próximas gerações. Os pais dos alunos afirmam
participarem ativamente da vida escolar dos filhos, ajudando nos exercícios de casa e
acompanhando o desempenho estudantil, podendo assim avaliar a atenção que os professores
dirigem aos seus filhos, concordando com o método dos bilhetes de notificação a respeito de
qualquer assunto referente aos mesmos.
Ademais, os pais elogiam muito a atuação docente, considerando-os esforçados e
capacitados, ressaltando a carga horária e abordagem interdisciplinar utilizada na escola.
Destacaram que vislumbram um bom futuro para seus filhos como: entrada na faculdade, não
trabalhar na roça, uma boa profissão e melhoria de vida.
10
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
11
DAMASCENO, M. N. A construção do saber social pelo camponês na sua prática produtiva e
política. In: THERRIEN, J.; DAMASCENO, M. N. (orgs). Educação e escola no campo.
Campinas: Papirus, 1993.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17 eds. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
____. Política e educação: ensaios. 3 ed. São Paulo: Cortez, 1997, 119p.
____. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. 6 ed. São Paulo:
Paz e Terra, 1999, 245p.
____. Pedagogia da indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo. Editora UNESP,
2000, 134p.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2011.
SAVILLE-TROIKE, M. The ethnography of communication: an introduction. Basil Blackwell
Publisher Limited 108 Cowley Road, Oxford OX41JF, 1982.
SOUZA, M. A. As relações entre o Movimento SEM Terra (MST) e o Estado: Programas de
Alfabetização de Jovens e Adultos no Paraná. In: DAGNINO, E. (org.). Sociedade civil e espaços
públicos no Brasil. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
12
O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO
CURRÍCULO DA LICENCIATURA EM QUÍMICA DO IFMA-
CAMPUS CODÓ
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2 OBJETIVO
Para responder à questão supracitada, o presente artigo tem como objetivo discutir e
problematizar a inserção do Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, bem como suas
literaturas, na Licenciatura em Química do IFMA – Campus Codó.
3 METODOLOGIA
6
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica de
Minas Gerais. Professor de Língua Portuguesa/Espanhol do IFMA/Campus Pinheiro.
13
Desenvolvimento Institucional (PDI), do Projeto Político Institucional (PPI) e do Projeto de
Político de Curso (PPC) buscou-se analisar como a instituição discute e problematiza a inserção
dos estudos da História e Cultura Afro-brasileira no currículo da Licenciatura em Química.
Por meio desses documentos, fez-se uma análise, que, segundo Gil (2008, p. 147),”são capazes
de proporcionar ao pesquisador dados em quantidade e qualidade suficiente, para que se evitem
perdas de tempo e constrangimentos”.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Ao afirmar que “em um país marcado pelas desigualdades sociais não se pode
conceber uma proposta educativa que não remeta à preocupação com a consciência em
torno da inclusão social” (PDI (2014, p. 29), o IFMA possibilita ao licenciado, nesse
campo, apreender essa concepção a fim de assumir um compromisso e uma postura de
inclusão adequada ao se deparar com essa realidade. É nesse sentido também que essa
disciplina promove a justiça social, conscientizando os alunos professorandos do Curso,
de modo que se entenda que o homem é ser um plural dentro de sua individualidade, no
âmbito das relações sociais.
Além disso, as políticas públicas e inclusivas para a educação, em especial para a EPT,
devem representar a intensificação da luta pela construção de um país que busca sua soberania
e a decisão de ultrapassar a condição de mero consumidor para produtor de ciência e tecnologia,
essencial nessa busca (PDI, 2014). Por isso que o PPC, consoante a essas políticas, pretende
preparar o licenciado que valorize os saberes e práticas dessas populações, historicamente
marginalizadas dos contextos econômico-político-sociais brasileiro e mundial.
Nesse intento, entende-se que Campus constrói, por meio dessa formação, uma sociedade
humanamente mais justa, de maneira habilitar professores da localidade capazes de estabelecer
a inclusão social, sobretudo da zona rural.
15
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n.º 11. 892, de 29 de setembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional,
Científica e Tecnológica. Cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras
providências. Brasília, 2008. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/
2008/lei/l11892.htm>. Acesso em: 07 mar.2016.
BRASIL. Lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de
Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências.
Brasília, 2003. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htm>.
Acesso em: 05 jun. 2017.
CALDAS, Luiz. A formação de professores e a capacitação de trabalhadores da EPT. In: PACHECO,
E. (Org.). Institutos Federais: uma revolução na educação profissional e tecnológica. Brasília: Fundação
Santillana, 2011. São Paulo: Moderna, 2011, p.33-46.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2008.
GOMES, Nilma Nilo.Diversidade étnico-racial Por um projeto educativo emancipatório. Revista Retratos
da Escola, Brasília, v. 2, n. 2-3, p. 95-108, jan./dez. 2008. Disponível em: <http://
retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/article/viewFile/127/230>. Acesso em: 05 jun. 2017.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO. Plano
de Desenvolvimento Institucional: 2014 – 2018 / Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
do Maranhão. — São Luís, 2014. Disponível em: <http://portal.ifma.edu.br>Destaques. Acesso em:
07 mar. 2016.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO. Projto
Político Institucional / Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. — São
Luís, 2016. Disponível em: <http://portal.ifma.edu.br>Destaques. Acesso em: 07 mar.2016.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO –
CAMPUS CODÓ. Projeto Político do Curso de Licenciatura em Química. Codó, 2012.
LIMA, F. B. G. de. A formação de professores nos Institutos Federais: perfil da oferta. Revista EIXO,
Brasília, DF, v. 2, n. 1, p. 83-105, jan./jun. 2013. Disponível em: <revistaeixo.ifb.edu.br/index.php/
RevistaEixo/article/download/104/52>. Acesso em: 17 mar. 2017.
16
PACHECO, Eliezer. Institutos Federais: uma revolução na educação profissional e tecnológica. In:
PACHECO, Eliezer. (Org.). Institutos Federais: uma revolução na educação profissional e tecnológica.
Brasília: Fundação Santillana, 2011. São Paulo: Moderna, 2011, p.13-32.
SANTOS, Anderson Oramisio. Formação de professores à luz da História e Cultura Afro-brasileira e
africana: novos desafios para uma prática reflexiva. Poíesis Pedagógica, Catalão-GO, v.11, n.2, p. 150-
169, jul/dez. 2013. Disponível em: <https://www.revistas.ufg.br/poiesis/article/download/29585/
16417>. Acesso em: 05 jun. 2017.
17
A FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA NO PERCURSO FORMATIVO
DO PROFESSOR PARA A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA7
MENESES FILHO, Antonio (meneses.filho@ifma.edu.br)8
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A Escola tem um papel fundamental na formação do ser humano. Não se pode conceber
uma formação em cujo espaço se compartilham hierarquicamente conhecimentos engessados
na relação professor-aluno, por meio de conteúdos descontextualizados, de modo que os sujeitos
sociais, os atores-alunos nela existentes se apresentem como coadjuvantes, sem participação
ativa no espaço educacional. Entende-se que é de fundamental importância que se considere a
vivência dos mesmos, sobretudo no que tange ao contexto ao qual estão inseridos, tendo em
vista suas características individuais, sociais e culturais (LIBÂNEO, 2001).
Nessa direção, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão
(IFMA), criado por meio da Lei nº 11.892/2008, é uma instituição plural e multicampi, com
oferta da educação superior, básica e profissional, tendo em vista à justiça e ao desenvolvimento
sociais, com foco na inclusão social (PDI, 2014).
No que tange à educação superior, deve ofertar, dentre outros cursos, licenciaturas, bem
como programas especiais de formação pedagógica, com vistas a formar professores para a
educação básica (EB) e para a educação profissional e tecnológica (EPT).
Assim, o presente trabalho trata-se de uma pesquisa desenvolvida no Mestrado em
Educação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
(CEFET-MG), tendo como objeto de estudo a Licenciatura em Química do IFMA – Campus
Codó.
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
7
Este artigo é recorte de uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica do Centro
Federal de Educação Tecnológica.
8
Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica do Centro Federal de Educação Tecnológica de
Minas Gerais. Professor de Língua Portuguesa/Espanhol do IFMA/Campus Pinheiro.
18
quantidade e qualidade suficiente, para que se evitem perdas de tempo e constrangimentos” Gil
(2008, p. 147).
Além disso, teve-se como referenciais teóricos, as pesquisas de Libâneo (2001), Imbernón
(2009), Nóvoa (1989), Tardif (2002), para que se entenda a função social da escola, e, para se
apreender a formação de professores para a EPT, apropria-se das ideias de Machado (2008),
Oliveira(2008) Burnier & Oliveira (2013), dentre outros autores.
4 RESULTADOS
19
Para Tardif (2002), no que tange à profissionalização e ao saber docente, não se pode
falar do saber sem relacioná-lo com o contexto do trabalho, pois “o saber é sempre o saber de
alguém que trabalha alguma coisa no intuito de realizar um objetivo qualquer” e “[...] o saber
dos professores é o saber deles e está relacionado com a pessoa e a identidade deles, com sua
experiência de vida e com a sua história profissional, com as suas relações com os alunos em
sala de aula e com os outros atores escolares na escola, etc. (TARDIF, 2002, p. 11).
Esses saberes devem alicerçar o exercício da docência, dos alunos-professorandos da
formação de professores, no âmbito dos Institutos Federais (IF), pois, conforme Burnier &
Oliveira (2013), são saberes próprios, constituídos.
Os professores da EPT, em geral, são selecionados principalmente por seu desempenho
técnico, pela especificidade e pela experiência no mercado de trabalho, sendo que a maioria
deles não apresenta formação pedagógica, nem mesmo experiência docente, o que tem levado
algumas instituições de ensino a adotarem programas de formação continuada, garantindo a
formação específica para o magistério.
Segundo Machado (2008), é importante a profissionalização docente porque “a prática
de muitos docentes da educação profissional de hoje implica reconhecer que a docência é muito
mais que mera transmissão de conhecimentos empíricos ou processo de ensino de conteúdos
fragmentados e esvaziados teoricamente” (MACHADO, 2008, p. 15).
Segundo Silva Júnior & Garíglio (2014), o professor possui saberes, rotinas e recursos
incorporados ao seu trabalho, sem que ele tenha conhecimento explícito sobre posse. Em pesquisas
com professores no chão de fábrica, os autores perceberam que
6 AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n.º 11. 892, de 29 de setembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional,
Científica e Tecnológica. Cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras
providências. Brasília, 2008. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/
2008/lei/l11892.htm>. Acesso em: 07 mar.2016.
BURNIER, S.; OLIVEIRA, M.R.N. Perfil das licenciaturas nos institutos federais de educação, ciência
e tecnologia. Formação/profissionalização de professores e formação profissional e tecnológica:
fundamentos e reflexões contemporâneas. Belo Horizonte: Editora PUC Minas, 2013, p. 145-166.
CALDAS, Luiz. A formação de professores e a capacitação de trabalhadores da EPT. In: PACHECO,
E. (Org.). Institutos Federais: uma revolução na educação profissional e tecnológica. Brasília: Fundação
Santillana, 2011. São Paulo: Moderna, 2011, p.33-46.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2008.
GOMES, Heloísa Maria; MARINS, Hiloko Ogihana. A ação docente na educação profissional. São
Paulo: Editora Senac São Paulo, 2004.
IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. 7
ed. – São Paulo: Cortez, 2009.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO. Plano
de Desenvolvimento Institucional: 2014 – 2018 / Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
do Maranhão. — São Luís, 2014. Disponível em: <http://portal.ifma.edu.br>Destaques. Acesso em:
07 mar. 2016.
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO –
CAMPUS CODÓ. Projeto Político do Curso de Licenciatura em Química. Codó, 2012.
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas. Educar em Revista, n. 17, p.
153-176, 2001. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/er/n17/n17a12.pdf>. Acesso em: 22 mar.
2017.
MACHADO, L. R. de S. Formação de professores para a educação profissional e tecnológica:
perspectivas históricas e desafios contemporâneos. A Rede Federal de Educação Profissional e
Tecnológica e a Formação de Professores para a Educação Profissional e Tecnológica. Educação
Superior em Debate: Formação de Professores para Educação Profissional e Tecnológica. Brasília:
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NÓVOA, António. Para uma formação de professores construída dentro da profissão. 2009.
Disponível em <http://www.revistaeducacion.educacion.es/re350/re350_09por.pdf>. Acesso em 12
mai. 2017.
21
OLIVEIRA, M.R.N.S. A Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e a Formação de
Professores para a Educação Profissional e Tecnológica. Educação Superior em Debate: Formação de
Professores para Educação Profissional e Tecnológica. Brasília: Inep, 2008, p. 159-172.
SILVA JÚNIOR, G. S.; GARIGLIO, J. A. Saberes da docência de professores da educação profissional.
Revista Brasileira de Educação, São Paulo, v. 19, n. 59, p.871-892, jun.2014. Disponível em: http://
www.scielo.br/pdf/rbedu/v19n59/04.pdf>. Acesso em: 12 mai. 2017.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 7 ed. – Petrópolis: Vozes, 2002.
22
IMPLEMENTAÇÃO DE UMA EXTENSÃO NO SIMULADOR
SNETS PARA SUPORTAR REDES ÓPTICA TRANSLÚCIDAS
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
O trabalho tem como objetivo estender o simulador SNETS para suportar a realização
de experimentos contemplando as redes ópticas translúcidas, pois esse tipo de rede é tendência
e precisam ser efetuados estudos mais aprofundados, já que o simulador SNETS realiza apenas
simulações em redes ópticas transparentes.
2.2 Específico
9
Técnico em Informática; Instituto Federal do Maranhão (IFMA); Coelho Neto – MA.
10
Técnico em Informática; Instituto Federal do Maranhão (IFMA); Coelho Neto – MA.
11
Técnico em Informática; Instituto Federal do Maranhão (IFMA); Coelho Neto – MA.
12
Mestre em Ciência da Computação; Universidade Federal do Piauí (UFPI); Teresina – PI.
23
3 METODOLOGIA
Os métodos utilizados para a realização deste trabalho estão baseados nas áreas de estudos
de redes ópticas: Medição, Modelo Analítico e Simulação. O método de Medição consiste no
uso de uma rede real ou protótipo onde são realizadas observações e medições na rede real em
funcionamento, porém é de difícil acesso devido à inexistência de tais redes modernas ou falta
de acesso a redes já existentes. O método de Modelo Analítico consiste no uso de um arcabouço
matemático que permite calcular algo sobre algum ponto da rede, em contrapartida esses modelos
são limitados e rígidos. Caso alguma variável precise ser adicionada ou removida o modelo
pode tornar-se obsoleto.
Por fim temos a metodologia mais viável, a Simulação, que é realizada através do uso
de um software e permite emular computacionalmente o funcionamento de uma rede, além
de permitir alta flexibilidade, facilidade ao realizar os experimentos, alta capacidade de
customização e aceitação a mudanças. Com isso, contamos com a existência do simulador
de redes ópticas transparentes SNETS (Slice Networks Simulator) desenvolvido pela equipe
DISNEL da Universidade Federal do Piauí (UFPI), o simulador possui uma lacuna a ser
preenchida no que diz respeito a redes ópticas translúcidas vista como tendência para redes
de transporte.
Nesse sentido está sendo desenvolvido no simulador o algoritmo DA (Distance Adaptive)
que resolve o problema RP (Regenerator Placement) colocando uma quantidade de K regeneradores
em cada nó levando em consideração as distâncias físicas de todos os enlaces da rede. A utilização
de regeneradores reduz o impacto dos efeitos de camada física na rede, permitindo o atendimento
de mais requisições de circuito. Por fim, propomos uma metodologia para posicionar esses
regeneradores de forma a adaptar a quantidade exata de regeneradores por nó de acordo com a
quantidade de regeneradores disponíveis.
4. RESULTADOS
Os resultados teóricos obtidos nas atividades até este momento tem sido bastante
satisfatórios, conseguimos absorver os principais conceitos e entender os algoritmos propostos,
é notável que os esforços aplicados nas atividades geraram bons resultados . Através desses
resultados teóricos conseguimos entender e solucionar um dos grandes problemas relacionados
ao posicionamento de regeneradores em uma rede óptica translúcida, que consiste em determinar
uma quantidade específica de regeneradores para cada nó da rede aumentando assim a qualidade
de transmissão do sinal óptico (QoT). Com isso desenvolvemos o pseudocódigo do algoritmo
DA (Distance Adaptive) [Chaves et al. 2016] que posiciona um total de K regeneradores na rede,
colocando em cada nó um número de regeneradores proporcional a razão da soma dos
comprimentos dos enlaces do no sobre a soma dos comprimentos de todos os enlaces da rede
conforme a Figura 1:
24
Figura 1 - Pseudocódigo do algoritmo DA (Distance Adaptive).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para suportar a crescente demanda por banda e garantir atendimento aos diferentes
circuitos existentes, é necessário uma estrutura de rede que forneça suporte ao crescente trafego.
Assim, surgem as Redes Ópticas Translúcidas, que possui alguns nós opacos e outros são
transparentes, podendo agregar vantagens desses seguimentos. No entanto, devemos enfatizar
o uso da simulação para fazer testes e construir novos avanços no que diz respeito à área de
redes ópticas translucidas, já que literatura a define como tendência de diversas pesquisas e
estudos.
Contudo, conclui-se que a implementação de uma extensão no simulador SNETS para
suportar redes ópticas translúcidas influencia diretamente no avanço à pesquisa para projetos
futuros no que diz respeito a essa área que se encontra em processo de evolução. Além disso, foi
possível preencher uma lacuna presente no simulador onde o mesmo não possui o algoritmo
DA em sua estrutura e também a ausência de uma simulação baseada nos requisitos de uma
rede óptica translúcida.
25
REFERÊNCIAS
26
INCLUSÃO DIGITAL PARA ADOLESCENTES E JOVENS EM
SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL EM
COELHO NETO- MA
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Sabe-se que, a cada dia que se passa a tecnologia tem ganhado mais espaço na sociedade pois
está presente em tudo principalmente por estar inserida em um mundo digital através de recursos
tecnológicos em todas as suas dimensões, são aparelhos digitais, são programas computacionais que
tem um papel fundamental no que se refere a pratica de atividades diárias, isto é, são ferramentas
indispensáveis a todos. Dessa forma este projeto visou propor a inclusão digital de jovens e adolescentes
pertencentes a famílias de baixa renda da cidade de Coelho Neto – MA através da oportunidade
destes jovens realizarem um curso de informática básica que ensina a operar computadores e seus
programas, e aos alunos envolvidos ofereceu a oportunidade de auxiliarem em atividade de ensino
podendo despertar o interesse pela área docente além de praticarem um ato de cidadania.
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
2.2 ESPECÍFICOS
• Proporcionar aos envolvidos uma maior acessibilidade ao mundo virtual como uma forma
de expandir conhecimentos, utilizando-se de recursos tecnológicos como: acesso à web e
programas básicos computacionais.
13
Estudante de Técnico em informática; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA); Coelho
Neto- MA.
14
Estudante de Técnico em informática; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA); Coelho
Neto- MA.
15
Graduação em Ciência da Computação; Universidade Estadual do Piauí (UESPI); Parnaíba- PI.
27
• Oferecer ensino de informática básica de qualidade sem fins lucrativos para a comunidade.
• Propiciar uma maior interação dos alunos bolsistas e professor orientador com alunos de
outras instituições acadêmicas através do auxílio didático na pratica das atividades propostas.
3 METODOLOGIA
O curso foi realizado em um período de três (3) meses (início: 04/07/2016 e fim: 30/09/
2016) no laboratório de informática do Campus Coelho Neto onde dezesseis (16) pessoas foram
atendidas.
Os conteúdos foram apresentados através de aulas expositivas onde o foco foi justamente
a prática do uso dos programas com o aluno tendo a sua disposição um computador para
realizar as atividades práticas além de contar com o auxílio dos monitores e do professor
para tirar quaisquer dúvidas. Cada aula teve duração estimada de 2h e foi distribuída em 2
períodos semanais. Foram realizados trabalhos avaliativos em grupo e individualmente durante
todo o processo de aprendizagem com o propósito de identificar necessidade de reforço dos
conteúdos. Ao final das aulas foi realizada uma avaliação qualitativa a teoria e a prática desse
modo cada participante aprovado garantiu a obtenção de um certificado de informática
básica.
4 RESULTADOS
28
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BONILLA, MHS e PRETTO, NDL. Inclusão digital: polêmica contemporânea. Salvador. EDUFBA,
2011.
CAMPOS, L.G. IBGE: Metade dos brasileiros estão conectados à internet. BBC Brasil. São Paulo,
abril de 2015.Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/04/
150429_divulgacao_pnad_ibge_lgb>. Acesso em: 19 mar. 2016.
MACADAR, Marie Anne; REINHARD, Nicolau. Telecentros comunitários possibilitando a inclusão
digital: um estudo de caso comparativo de iniciativas brasileiras. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO
NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, Salvador.
Anais … Salvador: ANPAD, 2002. Disponível em: < http://www.fundacaofia. com.br/professores/
reinhard/artigos%5CENANPAD2002-Telecentros.pdf
SILVEIRA, S. A. Além das redes de colaboração: internet, diversidade cultural e tecnologias do
poder. Salvador: EDUFBA, 2008.
SORJ, B. brasil@povo.com: a luta contra exclusão digital na Sociedade da Informação. Rio de Janeiro.
Jorge Zahar, 2003.
29
PRÁTICAS DE REDAÇÃO
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O projeto Práticas de Redação foi uma ação extensionista cuja proposta buscou um maior
conhecimento a respeito das produções textuais exigidas em concursos públicos. Por isso, a
proposta foi de os alunos se qualificarem de acordo com as competências e habilidades a partir
de leituras em diversas áreas de ensino, bem como da produção de textos argumentativos e
dissertativos.
2 OBJETIVOS
Apresentar os diferentes gêneros textuais que compõem os temas das redações do Exame
Nacional do Ensino Médio durante os meses de abril a junho, assim como promover estratégias
argumentativas na produção textual a serem realizadas na sala de aula.
3 METODOLOGIA
16
Especialista em Estudos Literários e em Língua Brasileira de Sinais.
17
Técnico em Informática; Instituto Federal do Maranhão (IFMA); Coelho Neto – MA.
18
Técnico em Informática; Instituto Federal do Maranhão (IFMA); Coelho Neto – MA.
30
coerência, assim como a elaboração de propostas de intervenção de forma detalhada e que
respeitassem os direitos humanos.
Portanto, o projeto de extensão aconteceu num período de dois meses entre os dias 24
maio a 21 de junho de 2017. As aulas ocorreram uma vez por semana totalizando oito encontros
onde os alunos tiveram a oportunidade de aprenderem a interpretação das temáticas, como
também produzirem textos que obedecessem as competências e habilidades exigidas pelo Exame
Nacional do Ensino Médio.
4 RESULTADOS
A atividade extensionista foi bem aceita pelos alunos participantes, uma vez que os mesmos
evitaram todas as formas se ausentarem, ou mesmo quando acontecia algo inesperado,
comunicavam no grupo através das redes sociais que foram criadas como suporte de comunicação
interativa. O projeto teve um número grande de inscrições num total de 80 que foi dividido em
duas turmas: comunidade e alunos do Ifma. Assim, 31 alunos do campus e 30 da comunidade
de Coelho Neto participaram ativamente do curso totalizando 61 cursistas. Os demais alunos
não frequentaram uma aula nem justificaram a desistência do curso.
Percebeu-se, portanto, que durante os encontros a maioria dos alunos tinha pouco
conhecimento das estratégias dissertativas e das competências do Enem. Muitos oriundos de
escolas que pouco trabalhavam a prática de redação. Cerca de dez alunos desconheciam a
estrutura do texto dissertativo, entretanto, com as atividades desenvolvidas na sala de aula
puderam diversificar o conhecimento e produzirem textos medianos como é o mínimo esperado
para alunos de Ensino Médio. Outros 15 alunos tiveram resultados melhores com notas acima
do mediano, visto que tinham práticas constantes de redação na escola, como também
participaram de outras extensões no IFMA.
Foi constatado ainda que alguns extensionistas tiveram dificuldades em relacionar a
introdução com o desenvolvimento e a conclusão do próprio texto. Porém, uma boa parte
conseguiu reduzir as dificuldades, outros nem tanto. A redação é algo que requer um tempo
maior de aprendizado, mas também de conhecimento prévio de textos e habilidades de leitura.
Esse é um dos pontos negativos que foi presenciado durante o curso: a pouca leitura e ausência
de informações sobre as temáticas exploradas. Nesse sentido, verificou-se em muitos textos
corrigidos uma falta de argumentação segura dos fatos ou ainda um indício de autoria. Exemplos
de marcas da oralidade e da linguagem informal eram vistas constantemente nas redações. Logo,
sem leitura o escritor teve dificuldade de discutir com profundidade.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O curso foi pertinente aos anseios da comunidade local, entretanto, é necessário que
outras políticas de educação sejam criadas a fim de diminuir as desigualdades linguísticas. Os
cursistas tiveram o apoio incondicional da instituição com o recebimento de variados recursos
através de slides, material xerocado, criação de e-mail do curso, comunicação em redes sociais,
salas confortáveis e uma equipe de orientador e monitores atuantes. Por isso, é fundamental que
31
os mesmos continuem suas práticas de redação de forma individual e progressiva a partir de
todo conhecimento adquirido no curso.
Portanto, algumas medidas devem ser tomadas pelos alunos. É necessário que os mesmos
criem hábitos de leitura a fim de que possam discutir questões um pouco mais complexas. Além
de tudo, precisam perceber que o processo de leitura é algo relevante às produções textuais.
Dessa forma, estimularão habilidades cognitivas e pensarão soluções criativas através de
argumentos e interpretações das temáticas exigidas.
6 AGRADECIMENTOS
O primeiro agradecimento vai a Deus por ter dado saúde e força para superar os desafios
encontrados durante o curso. Em segundo lugar, à direção e técnicos administrativos do Instituto
Federal do Maranhão – campus Coelho Neto que oportunizaram a janela que hoje se vislumbra
no fato de contribuir com o conhecimento de redação aos alunos mais carentes da comunidade
local.
REFERÊNCIAS
ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial,
2003.
BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Ensino Médio: linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEMTEC, 2000. Parte
II.
MARCUSCHI, B. Redação escolar: breves notas sobre um gênero. In: SANTOS, C. F.; MENDONÇA,
M.; CAVALCANTE, M. C. B. (Orgs.). Diversidade textual: os gêneros na sala de aula. Belo Horizonte:
Autêntica, 2007.
POSSENTI, S. Indícios de autoria. Perspectiva, Florianópolis, v. 20, n. 1, jan./jun. 2002.
SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Os gêneros escolares: das práticas escolares aos objetos de ensino. Revista
Brasileira de Educação, n. 11, mai./ago. 1999.
32
MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO USO DAS PRAÇAS
INTELIGENTES EM SMART CITIES: UMA APLICAÇÃO
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
19
Bacharelado em Ciências da Computação; Faculdade Estácio | CEUT São João; Teresina-PI.
20
Técnico em Automação Industrial; Instituto Federal do Maranhão (IFMA); Coelho Neto-MA.
21
Técnico em Informática; Instituto Federal do Maranhão (IFMA); Coelho Neto-MA.
22
Pós-Graduação em Eng. de Software; Faculdade Estácio | CEUT São João; Teresina-PI.
33
a arquitetura e o desenvolvimento da solução proposta, a apresentação de algumas discussões
importantes trabalhos futuros e serão feitas as considerações finais do presente trabalho.
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
34
O site adminIoT é um serviço na nuvem ligada a um Broker, responsável por receber ou
filtrar as mensagens que serão enviadas a todos os subscribers de acordo com o interesse de cada
nodeMCU. O Broker pode ser identificado por cada nodeMCU via url: iot.eclipse.org . Assim,
a partir deste nó, como publisher ou subscriber, pode se conectar para trocar dados uns com os
outros. Cada mensagem enviada pelo publisher deve conter um tópico, que será usado pelo
broker para encaminhar a mensagem ao subscriber. Todo e qualquer publisher/subscriber será
atualizada em Real-time no AdminIoT, devido o uso da ferramenta node.js. Os usuários poderão
ter acesso a todas essas informações acessando o site adminiot.com.br, através de qualquer
dispositivo inteligente (smartphone, desktop, notbook) com acesso a internet. Cada estrutura
de sensoriamento nos principais pontos da praça, estarão conectadas a um nodeMCU. Cada
nodeMCU se comunicará com o mesmo broker em Real-time (SKRABA et al., 2016). O que
diferencia, cada nodeMCU é o código de identificação que cada um terá (definido via código).
O web site terá cadastrado todos os códigos de identificação dos nodeMCU usados na aplicação.
Assim, serão feitas as requisições de dados via Publish/Subscribe conforme mostrado
anteriormente. Cada estrutura de sensoriamento da praça será composta por sensor de
temperatura e umidade do ar DHT22, sensor de luminosidade LDR, sensor de UV, módulo
sensor de gás MQ-2 e um nodeMCU ESP8266. Adicionalmente, será desenvolvido um aplicativo
no modelo DIY (PEUCHPANNGARM et al., 2016) integrado ao web site, possibilitando o
acesso direto via HTTP.
A seção Metodologia deve ser concisa, mas suficientemente clara, de modo que o leitor
entenda e possa reproduzir os procedimentos utilizados. Deve conter as referências da
metodologia de estudo e/ou análises laboratoriais empregadas, caso haja. Deve constar também
nesta seção a definição do tipo de trabalho desenvolvido, os sujeitos envolvidos, o ambiente de
realização do trabalho ou da experiência, os instrumentos de coleta de dados, a estratégia de
sistematização dos dados.
4 RESULTADOS
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
35
possa pegar chuva e sol. Como trabalhos futuros, tem-se sua fabricação em grande escala e testes
em outro ambientes.
REFERÊNCIAS
BRADLEYA, D., Russellb, D., Fergusona, I., Isaacsc, J., MacLeoda, A., and Whited, R. The internet
of things: The future or the end of mechatronics. In Mechatronics, pages 57–74. ELSEVIER, 27th
edition, 2015.
PEUCHPANNGARM, C., Srinitiworawong, P., Samerjai, W., and Sunetnanta, T. Diy sensor-based
automatic control mobile application for hydroponics. In Fifth ICT International Student Project
Conference (ICT-ISPC), pages 57–60. IEEE, 2016.
PRIYANKA, N. and Vasisht, A. Smart cities. In International Journal of Engineering Science Invention,
pages 43–49. IJESI, 4th edition, 2015.
RAFTERYA, A. E., Li, N., Sevcikovac, H., Gerlandb, P., and Heiligb, G. K. Bayesian probabilistic
population projections for all countries. In Proceedings of the National Academy of Sciences of the
United States of America, pages 13915–13921. PNAS, 35th edition, 2012.
RAZZAQUE, M., Jevric, M. M., Palade, A., and Clarke, S. Middleware for internet of things: a
survey. In IEEE Internet of Things Journal, pages 70–95. IEEE, 3th edition, 2016.
SKRABA, A., Kolozvari, A., Kofjac, D., Stanovov, V., kin, E. S., and Stojanovic, R. Streaming pulse
data to the cloud with bluetooth le or nodemcu esp8266. In Mediterranean Conference on Embedded
Computing, pages 428–431. IEEE, 5th edition, 2016.
TRIAWAN, M. A., Hindersah, H., Yolanda, D., and Hadiatna, F. Internet of things using publish and
subscribe method cloud-based application to nft-based hydroponic system. In IEEE 6th International
Conference on System Engineering and Technology(ICSET), pages 98–104. IEEE, 6th edition, 2016.
ZANELLA, A., Bui, N., Castellani, A., Vangelista, L., and Zorzi, M. Internet of things for smart
cities. In IEEE Internet of things journal, pages 6–15. IEEE, 1th edition, 2014.
36
IMPLEMENTAÇÃO DE UM CONTROLE EM REAL-TIME PARA
SISTEMAS HIDROPÔNICOS NFT E AQUAPONIA NA
INTERNET DAS COISAS
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
23
Bacharelado em Ciências da Computação; Faculdade Estácio | CEUT São João; Teresina-PI.
24
Técnico em Automação Industrial; Instituto Federal do Maranhão (IFMA); Coelho Neto-MA.
25
Técnico em Informática; Instituto Federal do Maranhão (IFMA); Coelho Neto-MA.
26
Pós-Graduação em Eng. de Software; Faculdade Estácio | CEUT São João; Teresina-PI.
37
2 OBJETIVOS
Este trabalho irá apresentar uma aplicação capaz de automatizar o monitoramento aplicado
a culturas hidropônicas do tipo N.F. T. e Aquaponia usando o microcontrolador nodeMCU ESP8266.
3 METODOLOGIA
Cada estrutura de hidroponia e aquaponia será composta por sensor de temperatura e umidade do ar
DHT22, sensor de luminosidade LDR, sensor de pH da água, sensor de temperatura da água, válvula
solenoide, bomba de água, relé, nodeMCU ESP8266 e a estrutura de canos e cabos. O pH da água será
medido através de um sistema automatizado de controle de pH (SAAID et al., 2015). Também será utilizado
um módulo sensor de alta precisão (NISHIMURA; OKUYAMA; SATOH, 2016) para medir o nível de
água, e os eléctrodos para EC e um sensor de temperatura TI TMP20 revestido por resina são conectados
na extremidade do cabo. Será desenvolvida um sistema de esterilização utilizando reator de descarga (HELMY
et al., 2016). Será implementado um web site integrado com o broker MQTT iot.eclipse.org. Adicionalmente,
será desenvolvido um aplicativo no modelo DIY (PEUCHPANNGARM et al., 2016) integrado ao web
site, possibilitando o acesso direto via HTTP conforme apresentado na Figura 1.
38
A aplicação web foi desenvolvida em Ruby on Rails. Foi feito um cadastro de
mcirocontrolares nodeMCU identificados pelo nome e código de identificação. Em seguida o
cadastro de “Coisas” conectadas a cada nodeMCU, determinando uma identificação, e os tipos
(Entrada ou Saida) e (Digital ou Analógico). Adicionalmente foi criado um aplicativo em
Android, que se comunica via REST com o serviço na nuvem. O aplicativo listará
automaticamente todos os nodeMCU e “coisas” cadastradas no site. A figura 2, representa as
duas aplicações.
4 RESULTADOS
39
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BABOVIC, Z. B.; PROTIC, J.; MILUTINOVIC, V. Web performance evaluation for internet of things
applications. IEEE, p. 6974–6992, 2016.
HELMY et al. Nutrient lm technique (nft) hydroponic monitoring system. JAICT, p. 1–6, 2016.
NISHIMURA, T.; OKUYAMA, Y.; SATOH, A. High-accuracy and low-cost sensor module for
hydroponic culture system. IEEE, p. 1–4, 2016.
PEUCHPANNGARM, C.; SRINITIWORAWONG, P.; SAMERJAI, W.; SUNETNANTA, T. Diy
sensor-based automatic control mobile application for hydroponics. IEEE, p. 57–60, 2016.
PRIYANKA, N.; VASISHT, A. Smart cities. IJESI, p. 43–49, 2015. SAAID, M. et al. Automated ph
controller system for hydroponic cultivation. IEEE, p. 186–190, 2015.
SAAID, M. et al. Automated ph controller system for hydroponic cultivation. IEEE, p. 186–190,
2015.
STANKOVIC, J. A.; FELLOW, L. Research directions for the internet of things. IEEE, p. 3–9, 2014.
ZHENG, J.; SIMPLOT, D.; BISDIKIAN, C.; MOUFTAH, H. T. The internet of things. IEEE, p. 30–
31, 2011.
40
VARIAÇÃO SEMÂNTICO-LEXICAL EM COELHO NETO-MA:
DIVERSIDADE LINGUÍSTICA LOCAL
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
27
Estudante de Técnico em Informática; Instituto Federal do Maranhão (IFMA); Coelho Neto-MA.
28
Mestra em Letras; Universidade Federal do Piauí (UFPI); Teresina-PI.
41
2.2 Específicos
3 METODOLOGIA
Para realização deste trabalho, que se insere no âmbito dos estudos sociolinguísticos e da
Lexicologia, pautamo-nos na pesquisa qualitativa e método etnográfico, por possibilitarem a
visualização e, consequentemente, a compreensão dos fenômenos de variação/diversidade
linguística nas situações reais de uso, uma vez que tais fenômenos não podem ser estudados
destituídos dos contextos em que se realizam. Como enfatiza Bortoni-Ricardo (2008, p. 34), “a
pesquisa qualitativa busca entender, interpretar fenômenos sociais inseridos em um contexto.”
O método etnográfico consiste em coletar dados e analisar o comportamento dos indivíduos
em contextos sociais ancorados num tempo e num espaço e, por isso, apresenta-se como o mais
adequado para alcançarmos os objetivos almejados no que diz respeito ao comportamento
linguístico dos moradores de Coelho Neto-MA.
Os sujeitos participantes desta pesquisa são moradores da cidade de Coelho Neto e
atenderam a alguns critérios para compor o perfil dos informantes, conforme a metodologia da
Sociolinguística Variacionista, por percebermos que tais critérios podem influenciar na
linguagem dos indivíduos. Trabalhamos com uma amostra de 80 falantes, sendo 40 jovens (15 a
19 anos) e 40 adultos (21 a 59 anos); nascidos na comunidade ou ter chegado a ela com menos
de cinco anos de idade; não ter morado fora da comunidade por mais de cinco anos. Os mesmos
receberam denominações que mantivessem resguardadas suas identidades.
A coleta dos dados foi realizada, mediante utilização de técnicas, dentre as quais podemos
destacar: observações feitas na comunidade, realização de entrevistas junto a alguns moradores
da comunidade, fichas de anotações de campo e gravações em áudio.
4 RESULTADOS
Para análise dos dados selecionamos, a princípio, as palavras e/ou expressões mais usuais
entre os jovens, depois as mais entre os adultos, recorrendo à descrição dos significados e dos
aspectos socioculturais da cidade de Coelho Neto-MA, bem como expondo o contexto de uso
dessas palavras e/ou expressões. Esses dados foram obtidos mediante realização de entrevistas,
que contemplava 20 questões, todas subjetivas, ocasião em que os falantes puderam expor sua
opinião sobre diversos assuntos envolvendo a referida cidade, o que nos viabilizou a produção
de minidicionário semântico-lexical, conforme amostra, a seguir:
42
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA DOS JOVENS DE 15 A 19 ANOS
1. Tipo assim: quero dizer, por exemplo (contextualizado). 1. Adv. deste ou desse modo;
2 Conj. Portanto.
2. Dá pro gasto: aproveitável, o que tem proveito (contextualizado). 1. adj. O que se gastou;
2. Verbo gastar conjugado na 1ª pessoa do singular.
3. Né? Num tem?: Você sabe, não é? Você conhece. Você concorda comigo? Você sabe.
(contextualizado). 1. Verbo ter.
4. Top de linha: excelente, referência (contextualizado). 1 Fio de fibras de linho torcidas,
de algodão; 2 contorno; 3 regra, norma.
5. Tá top: está excelente (contextualizado).
6. A questão de que...: isso, problema (contextualizado). 1. Pergunta, interrogação; 2
Tese, assunto; 3.v demanda.
7. Agora aí/ agora bem aí: isso...não sei. 1.adv. Neste instante ou hora; 2. Atualmente.
8. É o “O”: ruim (atuação da polícia/condições de vida) [contextualizado]. 1. A 15a letra
do alfabeto; 2. A quarta vogal do alfabeto.
Dentre as palavras e/ou expressões mais utilizadas pelos sujeitos considerados adultos,
identificamos as seguintes:
43
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BAGNO, M. Nada na língua é por acaso: por uma pedagogia da variação linguística. São Paulo:
Parábola Editorial, 2007.
CALVET, L. J. Sociolinguística: uma introdução crítica. Tradução: Marcos Marcionílio. São Paulo:
Parábola, 2002.
HYMES, D. Models of the interaction of language and social life. In: GUMPERZ, J. J.; HYMES, D.
Directions in sociolinguistics: the Ethnography of Communication. New York: Copyright, 1972.
44
TECNO-IMAGEM COMO REGISTRO DA EXPRESSÃO
CULTURAL UMBANDISTA NA CIDADE DE COELHO NETO
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
29
Graduando em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) – Campus Coelho
Neto.
30
Graduanda de Licenciatura plena em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) Campus Coelho Neto.
31
Graduanda de Licenciatura plena em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Campus
Chapadinha.
32
Orientadora – Especialista em Gestão Pública em Gênero e Raça, Especialista em Diversidade Cultural na Educação,
Especializanda em Arteterapia e Graduada em Artes Plásticas na Universidade Federal do Piauí-UFPI.
45
2.2 Específicos
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
A umbanda, uma das religiões de matriz africana cultuada na cidade de Coelho Neto, é
formada a partir de elementos do catolicismo e de outros rituais indígenas africanos. Como já
dizia Leal de Souza em seus estudos:
46
O objetivo da linha branca de umbanda e demanda é a prática da caridade,
libertando de obsessões, curando as moléstias ou ligação espiritual,
desmanchando os trabalhos de magia negra, e preparando um ambiente
favorável à operosidade de seus adeptos. (LEAL DE SOUZA, 2008, p. 68)
Pai Erisvaldo Bezerra Filhos de Santo no momento do ritual Altar Santos, representando Orixás
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para os alunos do curso de Captação e Edição de Imagens a visita foi uma nova
experiência, com isso nos proporcionou novos pensamentos e atitudes sobre tecno-imagem, a
educação por meio da arte e desmistificar o preconceito existente em relação a Umbanda. Na
visita podemos observar as formas que eles se apresentavam e trocavam experiências entre nós
os alunos que participavam da oficina de fotografia, sobre o saber da história da fotografia.
Através do desenvolvimento desse projeto apresentamos uma temática que emerge com
consistência no cenário da atualidade. Sabe-se que há uma grande necessidade de conhecimento
47
do tema por parte da sociedade, por esse motivo que realizamos uma exposição de fotografias
efetivadas no ambiente da prática de umbanda, a mesma ocorreu no Campus do IFMA no
período de 22 a 23 de outubro onde foram registrado a presença de aproximadamente 500
pessoas.
6 AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
48
RESGATE HISTÓRICO-CULTURAL MEDIANTE REGISTROS
FOTOGRÁFICOS DO POVOADO QUILOMBOLA “SÃO PEDRO”
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Este trabalho é resultante de uma pesquisa realizada no Povoado São Pedro: Terra do Negro,
que fica localizado a 15 km da zona urbana do município de Coelho Neto (MA) e cuja origem remonta
a um quilombo da época da escravidão. Foi solicitado pela professora de história do Instituto Federal
do Maranhão (IFMA), Campus Coelho Neto, o que condiz com o proposto pela lei 10.639/2003.
Durante a visita, fizemos um registro fotográfico da localidade, dos utensílios e dos
indivíduos da comunidade, a fim de que resgatássemos o modo em que os habitantes vivem e
também sobre suas práticas sociais. Nesse sentido, essa experiência viabilizou-nos um contato
com as práticas culturais desse grupo social.
Utilizamos como aporte teórico, sobretudo, Barbosa; Veiga (2010); Bubois (1994) e
Santaella; Nöth (1997), no que se refere à exposição da importância e da definição de fotografia
para resgate histórico-cultural
Optamos pela fotografia enquanto Recurso para coleta de dados e de resgate histórico-
cultural por considerarmos que mediante sua exposição e organização teremos acesso à narração
de uma história através de sequência de imagens.
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
Sistematizar alguns dados sobre a comunidade São Pedro, com base em registros
fotográficos.
2.2 Específicos
33
Graduando em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal do Maranhão Campus Chapadinha.
34
Graduando de Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade do Maranhão Polo de Coelho Neto.
35
Técnica em Informática pelo Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Campus Coelho Neto
36
Orientadora: Mestra em Letras; Universidade Federal do Piauí (UFPI); Teresina-PI.
37
Co-orientador: Especialista em Programação do Ensino de História (UPE); Petrolina- PE.
49
Contribuir para valorização do legado dessa comunidade e difundir os dados obtidos de
modo a comprovar que a comunidade é remanescente de quilombolas.
3 METODOLOGIA
Para realização desta pesquisa, pautamo-nos na pesquisa de campo, uma vez que nos
dirigimos para a localidade, a fim de realizarmos os registros fotográficos. Participaram dessa
pesquisa o total de 20 sujeitos, os quais responderam a entrevistas semiestruturadas, mas que no
decorrer do diálogo foram sendo readaptados, quando não modificados ou acrescentados outros.
Utilizamos também como instrumento de coleta de dados a observação direta das
atividades realizadas pelos moradores, dos utensílios utilizados, além da estrutura das instalações
e casas existentes na comunidade. A primeira pessoa entrevistada foi o Senhor José Nunes Gaspar,
o habitante mais antigo da comunidade, patriarca. E junto a ele obtivemos dados sobre a história
de como surgiu o povoado.
Após coleta dos dados, debruçamo-nos sobre análise e sistematização deles, ao passo que
organizamos as imagens com o fito de ilustrar a narrativa da história da comunidade, como
apresentaremos, adiante.
4 RESULTADOS
50
Pilão para tirar a casca do arroz Forno de fazer farinha Cofo
Destacamos que essa comunidade teve acesso e posse da terra devido ao abandono dos
latifundiários, que não tinham condições de manter “suas propriedades” e também porque foi
repassada hereditariamente entre os escravos, os quais fugiam dos engenhos e foram constituindo
comunidades rurais. Observamos também que a comunidade dispõe de uma única escola que
atende a alunos da educação infantil ao 9° ano.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
52
EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA
O CASO DO POVO KRIKATI
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O povo indígena Krikati pertence ao tronco linguístico jê, habitantes em tempo imemoriais
do cerrado sul maranhense (NIMUENDUJU, 1946). Eles sempre prezaram por uma educação
de qualidade, mesmo quando no passado, através da oralidade e ritos, transmitiam os saberes
de seu povo aos mais jovens. Nos dias atuais, assimiladores e aculturados com a educação
escolar, desejam e sempre reivindicando junto aos líderes e aos governos uma educação melhor
e de qualidade para suas crianças e jovens.
Nesta consideração como eles conseguiram assimilar sua educação oral com a escolar? E
quais percalços tiveram que viver para terem uma educação relevante?
2 OBJETIVO
2.1 GERAL
Narrar como os Krikati manifestam nos dias presentes as duas formas de educação, a
oral e a escolar, entre os jovens e crianças, transmitindo suas tradições, cosmovisões, se adequando
ao mundo pós moderno, com suas tecnologias e exigências.
2.2 ESPECÍFICOS
3 METODOLOGIA
38
Professor, indigenista, mestrando em Ciências Ambientais, UNIEVAGÉLICA - GO.
53
Observação participativa, indo na escola, assistindo aulas, viajando com alunos,
desenvolvendo oficina temáticas nas aldeias sobre a educação escolar, construindo e discutindo
com a comunidade indígena: professores, lideranças e estudantes, os sonhos, problemas e soluções
para sua educação nos meses Junho a Outubro de 2016.
4 RESULTADOS
54
Krikati na aldeia São José. No momento também 30 krikati são acadêmicos de cursos superiores
em educação intercultural, direito, pedagogia e biologia.
Em discussão com seis grupos das aldeias do Território Krikati em oficinas para melhor
sonhar a educação do povo foram alavancados como problemas da educação Krikati questões
como a) desvalorização salarial do Profissional da Educação Indígena, de seus saberes
tradicionais e a formação acadêmica continuada dos docentes; b) construção de escolas em três
aldeias e reforma em mais três; c) contratação de profissionais como merendeiras e zeladores
devido sujeiras acumuladas e falta permanente de alguém para fazer o lanche dos estudantes; d)
repasse insuficiente e industrializado de alimentos, dentre outros, problemas no quais eles
acreditam que a solução sejam: a) dialogo permanente com o governo para pagamento salarial
conforme o nível acadêmico dos professores, como valorização dos saberes indígenas na escola;
b) renvidicar sempre a construção de novas escolas; c) contratar pessoas para zelar, fazer merenda
nas escolas.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora há mais de meio século exista educação escolar nas aldeias Krikati, com aulas,
uso de livros e cadernos em sala de aula e com professores, eles continuam aprendendo lições
para suas vidas nas reuniões do pátio da aldeia, nos conselhos dos anciões, dos pahir, etc,
transmitidas também nas grandes festas e cerimoniais tradicionais preservados entre eles.
Muitas são as dificuldades que eles enfrentam para possuírem uma educação relevante,
diferenciada e específica, devido problemas estruturais (em três aldeias não existem escolas, e
sim barracão de palhas), e o governo do Maranhão responsável pelas políticas educacionais
deles chega atrasar meses os salários do educadores indígenas.
É fundamental como parceria na educação escolar dos Krikati o apoio dos municípios
que constituem a terra indígena, no qual pouco contribuem com a educação dos nativos, devido
a força do preconceito ainda existente na região.
Os Krikati, porém, conscientes dos problemas em seu sistema educacional escolar,
continuam a insistir no aprimoramento da formação de suas crianças, compreendendo a
relevante necessidade do saber e do conhecer não somente dos aspectos de seu mundo e da sua
cultura,como da cultura e do saber dos brancos ao seu derredor.
REFERÊNCIAS
ARIOLI, Frei Aristides. Livro de Tombo. Expressão Gráfica e Editora Ltda, 1993.
BAILEY. David. Entrevista concedida em Agosto de 2016.
CORRÊA, Kátia Núbia Ferreira. Muita Terra para pouco Índio? O Processo de demarcação da
terra Indígena Krikati. São Luis, EDUFMA, 2002.
NIMUENDAJU, Curt. Os Timbira Orientais. Belém-Pará. 1944.
MARANHÃO. SEDUC – Secretaria de Educação do Maranhão. Relatório 2010.
55
ENGLISH FOR KIDS: PROMOVENDO UM CONTATO LÚDICO
DA LÍNGUA INGLESA PARA CRIANÇAS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Na cidade de Coelho Neto nenhuma escola da rede pública oferece o ensino de língua
inglesa antes do 6º ano conforme o inciso 5º do Artigo 26º da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (PCNs 2006), ou seja, esse idioma não está presente no currículo das séries iniciais, e
pensando nesse ponto, montamos o presente projeto com intuito de fornecer a algumas crianças
do ensino fundamental I da Escola Municipal Companheiro Leão José Silva, a aproximação
gradativa desse idioma, para justificar a teoria de Brown (2001) que quanto mais a criança é
exposta a um contexto em outro idioma, maior será a chance de fixá-la na mente, e quanto
maior o comprometimento no processo de aprendizagem de uma outra língua, mais a criança
irá incorporará novas palavras, o que lhes pode proporcionar um maior desenvolvimento das
habilidades na aprendizagem de língua estrangeira e uma possibilidade de usar o idioma para
se comunicar, pois a criança interage, participa e constrói história e conhecimento.
2 OBJETIVOS
39
Graduada em Letras Português/Inglês pela UEMA.
40
Especialista em Língua Inglesa pela UESPI, e professor EBTT do IFMA Campus Coelho Neto.
56
3 METODOLOGIA
A metodologia foi abordada com o uso de métodos específicos focados tanto nas
atividades práticas orais através das expressões idiomáticas, nas práticas de audição quanto
no letramento visual e escrito, pois segundo Menezes (2012) a aquisição de uma língua como
atividade de linguagem se desenvolve por uma interação. Também foram usados alguns
aspectos culturais da língua inglesa como uma maneira dos alunos poderem vivenciar e
contextualizar o idioma que estavam estudando, ou seja, na visão de Cardoso (2012) o processo
da aprendizagem impulsiona o desenvolvimento, e que o papel do professor, nesse contexto,
é planejar e mediar situações didáticas atuando na zona de desenvolvimento proximal dos
alunos. O projeto envolveu dois professores com formação na área de Língua Inglesa, 2 alunas
do curso técnico em Informática I, turno vespertino do IFMA Campus Coelho Neto, sendo
uma aluna bolsista remunerada, e duas turmas do 1º ano fundamental I da escola municipal
Companheiro Leão José Silva, perfazendo um total de 70 alunos. Propomos um ensino de
vocabulário em LI como uma ação, ou seja, uma forma de buscar um aprimoramento
linguístico e humano.
4 RESULTADOS
Percebemos que é necessário colocar cada vez mais cedo o aluno em situações de uso de
uma língua estrangeira através de projetos de extensão do IFMA em parceria com outras
instituições de ensino, e que possam envolver não só comunidade externa, mas também
docentes e discentes, possibilitando-lhes tomar contato com diferentes maneiras de viver a
vida social e suas expressões culturais. Por isso, acreditamos que expondo, principalmente, o
foco do projeto, ou seja, as crianças envolvidas, em contato com a língua adicional, estaremos
contribuindo tanto para seus desenvolvimentos quanto na capacidade de assimilação de uma
outra língua.
É preciso então rever a oferta do ensino de língua inglesa antes do 6º ano conforme o
inciso 5º do Artigo 26º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, e sugerir as autoridades
competentes a oferta dessa disciplina no currículo das séries iniciais do ensino fundamental I. O
lúdico aplicado à prática pedagógica não apenas contribui para a aprendizagem da criança,
como também possibilita tornar as aulas mais dinâmicas e prazerosas.
57
Figura I – Culminância do projeto na escola.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho com as atividades lúdicas propostas foi não somente um momento de lazer,
mas também foi um primeiro passo para um desenvolvimento e gosto pelo aprendizado desse
idioma que é muito importante atualmente. O contato das crianças com a língua inglesa, nos
anos iniciais do ensino fundamental, trouxe algo positivo, pois foi uma forma de contribuição
e consolidação na sua aprendizagem mesmo que temporária. E corroborando com a ideia de
Possenti (2006) se as línguas são sistemas complexos e as crianças as aprendem, de uma coisa
podemos ter certeza: elas não são incapazes. Aliás, ao contrário são extremante capazes, pois
interagem, aprendem e ensinam.
6 AGRADECIMENTOS
O trabalho nessa área foi muito fértil, assim nossos agradecimentos ao Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão Campus Coelho Neto, a Escola Municipal
Companheiro Leão Silva, e as alunas do projeto Maria Elenice Silva Brito e Jessilene Vale
Silva.
REFERÊNCIAS
58
MENEZES, Vera. Ensino de língua inglesa no ensino médio. São Paulo: Edições SM, 2012.
POSSENTI, Sírio. Concepção da criança e de língua. 4. ed. São Paulo: Ática, 2006.
PCNs. Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares Nacionais, 2006. Disponível
online: http://portal.mec.gov.brseb/arquivos/pdf/book_volume_01_internet.pdf. Acesso em 17 de
fevereiro de 2016.
59
POLÍTICA DE AÇÕES AFIRMATIVAS: O ACESSO PELO SISTEMA
DE COTAS NO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO – IFMA
CAMPUS COELHO NETO
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Este artigo apresenta análises sobre as políticas de ações afirmativas e o acesso pelo
sistema de cotas no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão – IFMA
Campus Coelho Neto. Este trabalho teve como objetivo estudar brevemente políticas de ações
afirmativas e o sistema de cotas como instrumento de acesso as instituições federais de ensino
médio técnico.
As políticas de ações afirmativas visam reparar situações de desigualdade vividas por
pessoas submetidas a algum tipo de discriminação. Para Guilherme Pena de Moraes (2006),
ações afirmativas podem ser definidas como políticas ou programas, públicos ou privados, que
objetivam conceder algum tipo de benefício às minorias ou grupos sociais que se encontrem em
condições desvantajosas em determinado contexto social.
É de suma importância sabermos que, o termo ações afirmativas e políticas de cotas
raciais são diferente e que não podem ser confundidas. Walber de Moura Agra (2007, p.139) nos
diz que:
As cotas não podem ser confundidas com ações afirmativas porque aquelas
são instrumentos destas. O referido autor indica ainda que as ações afirmativas
se materializam não apenas por meio de cotas, mas também por meio de
incentivos fiscais, da concessão de bônus; do estabelecimento de metas que
devem ser alcançadas no futuro etc.
41
Especialista em Política de Igualdade Racial no Ambiente Escolar; UFMA, São Luís –MA.
42
Mestra em Educação; UFMA; São Luís-MA.
43
Especialista em Programação do Ensino de História; UPE; Petrolina-PE.
60
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
2.2 ESPECÍFICOS
O direito à educação está assegurado pela Constituição Federal de 1988, nos artigos 205
e 206 (BRASIL, 1988).
4 METODOLOGIA
No gráfico 01, constatamos que a maior parte 88% dos interrogados conhecem as políticas
de ações afirmativas e sua importância para a inserção dos grupos minoritários no espaço
educacional e no mercado de trabalho. As respostas foram diversas, como por exemplo: “são
políticas que buscam oferecer igualdade de oportunidades a todos” e apenas 12% afirmaram
que desconhecem o assunto em estudo.
62
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O sistema de cotas no IFMA de Coelho Neto já vem acontecendo desde 2013, ano em
que começaram suas atividades educacionais. Em seus seletivos é reservado um percentual das
vagas ofertadas para alunos pertencentes a grupos discriminados socialmente.
As cotas são instrumentos das ações afirmativas. Como já foi mencionado anteriormente
este artigo foi justificado por entendermos que o sistema de cotas está dentro das várias espécies
de ações afirmativas garantindo assim aos grupos minoritários maior acessibilidade à educação,
como no caso analisado.
Partindo desse entendimento foi possível diagnosticar o processo de ingresso de alunos
no IFMA através do sistema de cotas, por meio da realização de entrevistas com servidores e
aplicação de questionários com alunos cotistas. No que se refere aos questionários, seu uso foi
dificultado por um problema que é próprio desse instrumento de pesquisa: tivemos que ir em
busca da devolutiva várias vezes. De acordo com as respostas foi possível confirmar que para os
alunos egressos de escolas públicas ingressarem nas instituições federais pelo sistema de cotas
precisariam obedecer critérios definidos em Lei.
No decorrer da pesquisa, foi possível observar que nos Institutos Federais de Educação
existe uma certa diferença estrutural das demais escolas públicas, os alunos tem alguns privilégios
como por exemplo salas climatizadas, uma equipe formada por profissionais que atuam
diretamente com eles e ainda podem contar com vários auxílios financeiros e bolsas de estudo.
Esse diferencial estimula a permanência desses alunos na escola até sua conclusão. Constatamos
ainda que todos os alunos podem usufruir desses benefícios dentro do Instituto.
Em consonância com o levantamento realizado no campo de pesquisa, identificamos
que que não existe atendimento especializado voltado para os cotistas. Assim sendo podem
participar de processos de seleção de forma igualitárias aos alunos não cotistas.
Entendemos que os resultados obtidos tanto com a entrevista como a aplicação de
questionários foram satisfatórios para responder os objetivos elencados no início deste estudo.
Observamos que os envolvidos na pesquisa conhecem o assunto em pauta, mas também há a
necessidade que seja feito algo para que tenham um maior esclarecimento e entendimento sobre as
políticas de ações afirmativas e a importância do sistema de cotas. Sendo estes registros também
uma forma de suscitar questões que servirão de ponto de partida para estudos sobre essa temática.
REFERÊNCIAS
63
A CONCEPÇÃO CRÍTICA GERAL VOLTADA PARA O ENSINO
DA FÍSICA DAS ESCOLAS DO ENSINO MÉDIO DE
COELHO NETO –MA
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Esta pesquisa busca através de questionários com questões abertas, aos alunos, professores
e tecnicos iram expor os obstáculos encontrados nesta etapa escolar e entender as dificuldades
que tanto os professores quantos os alunos enfrentam com relação aos conteúdos desenvolvidos
nas aulas de Física sob a ótica dos alunos das escolas públicas de Coelho Neto-MA apresentados
os primeiros resultados de uma investigação que tem por objetivo principal evidenciar quais são
as dificuldades encontradas pelos alunos do Ensino Médio na aprendizagem dos conceitos físicos
pois esta disciplina tem se tornado uma grande vilã dos alunos tanto do Ensino Médio quanto
do Ensino Superior. Os alunos não conseguem fazer nenhuma associação dos conceitos físicos
com o seu cotidiano, com isso o Ensino Médio é o que mais sente essa pressão social, pois sua
conclusão coincide com a idade em que os jovens estarão ingressando no mercado de trabalho,
embora alguns já o tenham feito, ou darão prosseguimento em seus estudos. Esta pesquisa teve
início diante da necessidade de buscar subsídios para evidenciar quais são as dificuldades
encontradas pelos alunos na aprendizagem dos conceitos físicos do Ensino Médio do município
Coelho Neto-MA, para isso essa pesquisa será feita para tornar o aprendizado interativo e
ativo, onde os alunos devem alcançar o aprendizado ao participar da aula, construir seu
conhecimento ao utilizar linhas de argumentação e instrumentos de verificação de contradições,
sendo desafiado a demonstrar sua opinião, criando ideias e práticas. Contudo pretendemos
durante esse semestre e no final apresentar aos alunos uma nova perspectiva sobre o ensino da
Física, procurando fazer com que eles se interessem, mas pela matéria, e que não decorem o que
dizer no dia das aulas de Física como segundo ‘’Richard Feynman’’ ao fazer uma pergunta a
um de seus alunos, o indivíduo respondeu a imediatamente, Mas quando o mesmo fez a pergunta
de novo sobre o mesmo assunto e a mesma pergunta só que com outras palavras, eles simplesmente
não conseguiam responder, por simplesmente o aluno ter decorado as respostas.
2 OBJETIVOS
44
Universidade Estadual Do Rio Grande Do Norte-Mestrado - Rio Grande Do Norte-Brasil
45
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Maranhão- Discente.
46
Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Maranhão- Discente.
64
cálculos, e quais as maiores dificuldades dos alunos, que os professores identificam na
hora da aula.
Contudo identificaremos se as instituições têm estrutura suficiente para que os alunos
tenham uma boa aprendizagem durante o ano, também se o professor usar de recursos didáticos
em suas aulas, com isso iremos identificar os grandes pontos fortes que levam aos alunos a não
interpretar totalmente os assuntos ministrados ao longo do ensino médio.
3 METODOLOGIA
As pesquisas estão sendo sucedidas através de coleta de dados é a pesquisa por meio de
questionário demonstrativo por gráficos.Utilizamos este método para podermos desenvolver o
nosso trabalho de maneira qualitativa e quantitativa. Entrevistamos alunos do terceiro ano do
Ensino Médio das escolas estaduais públicas por eles ter um maior conhecimeto de todos os
periodo da materia de fisica,com isso os professores que ministram as aulas de Física nas escolas
e também as turmas técnicas do IFMA sendo um de cada horário de funcionamento das escolas
e instituto. Com isso esses dados nos ajudaram a elaborar um perfil das dificuldades na
aprendizagem da Física, na escola pública.
4 RESULTADOS
65
66
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa se propõem para que os alunos no ensino médio e técnico veem enfrentando
na aprendizagem do estudo da física e com isso objetivo geral e intender e ajudar os alunos a
interpretar melhor os assuntos durante as aulas, diante disso tivemos resultado bem concretos
sobre essa as dificuldades e também o que leva essa as mesmas, dessa forma iremos apresenta
esses gráficos aos professores para que eles também entendam e procurem métodos eficazes
para aprendizagem dos alunos.
REFERÊNCIA
FEYNMAN, Richard. Ensino de Física: presente e futuro. Atas do XV Simpósio. Centro Federal de
Educação Tecnológica do Paraná Curitiba PR, 2003.
67
UMA ANÁLISE SOBRE O PROCESSO DE ENSINO
APRENDIZAGEM DOS DISCENTES DO CURSO TÉCNICO EM
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL DO IFMA CAMPUS COELHO NETO
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
47
Estudante de Técnico em Administração; Instituto Federal do Maranhão (IFMA); Coelho Neto - MA.
48
Estudante de Técnico em Eletromecânica; Associação de Ensino São Jorge (AESJ); Coelho Neto -MA.
49
Especialista em Programação do Ensino de História (UPE); Petrolina- PE.
68
2.2 Específicos
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
69
nosso questionamento conseguiu-se identificar as maiores dificuldades encontradas no decorrer
do processo ensino aprendizagem, na visão de 6 alunos o campus, ainda falta ser estruturado a
contento com espaço físico e material didático pedagógico a exemplo de laboratórios, e na
visão de 4 com relação a busca por estágio, não depende apenas dos professores, mas também
cabem aos alunos que tenham interesse em procurar locais para fazer seus estágios.
E nesse sentido Sánchez Vásquez (1968), menciona ainda mais essa questão com a afirmação
que a teoria em si não é capaz de mudar o mundo, mas contribui para sua transformação se
assimilada por aqueles que por seus atos podem ocasionar a transformação. Assim o
desenvolvimento de metodologias associando teoria e prática contribui para uma formação e
qualificação mais adequada e satisfatória para os educandos. Constatou-se durante a pesquisa
que as maiores dificuldades encontradas no decorrer do processo ensino aprendizagem de acordo
com 5 alunos entrevistados a grande dificuldade é encontrada na questão pedagógica. E para os
demais faltam matérias didáticos pedagógicos, equipamentos para as práticas laboratoriais, e a
não existência de professores efetivos, prejudicam a aprendizagem. Diante destes resultados,
Shulman (2007), em suas análises diz, que falta em muitos professores conhecimentos didáticos
pedagógicos, pois não basta ter conhecimento da disciplina da sua área de formação, é fundamental
que tenha conhecimento que existem muitas maneiras de fazer com que o aluno aprenda de forma
significativa e para tanto, é necessário que o professor esteja disposto a buscar conhecer e saber
desenvolver métodos, e técnicas para ajudar seus alunos a continuarem aprendendo.
Atingindo aos objetivos da pesquisa, tivemos sugestões dadas por 3 alunos que a instituição
deveria promover treinamentos para melhor facilitar algumas dificuldades em transmitir o
assunto. E para 4 alunos deve acontecer a contratação de mais professores e a melhoria do
laboratório, para 3 alunos é necessário que haja mais apoio, assistência aos alunos do turno
noturno, que dessem mais atenção e repassassem informações do que ocorre aos alunos. E neste
sentido LDB (Lei 9.394/96), no Art. 2º. “A educação tem por finalidade o pleno desenvolvimento
do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho nos deu uma visão de como anda o desenvolvimento do processo ensino
aprendizagem no Instituto. Uma vez que, no proceder das nossas pesquisas diagnosticamos que
em relação ao desempenho dos educadores no que se refere as práticas pedagógicas, percebemos
que 50% dos entrevistados, estão satisfeitos porque no entendimento deles os seus professores
são preparados e qualificados para o desempenho da sua função. Já na visão de 20% dos alunos,
os professores não estão habilitados para lhe dar com os alunos. E 30% dos entrevistados ao
responderem o questionamento não fizeram menção ao desempenho das práticas pedagógicas,
referiram-se que é preciso melhorar a estrutura física.
No decorrer da pesquisa no que se refere a agregar teoria e prática para ajudar os discentes
em seu aprendizado, entendemos que os Campus na visão de 80% dos entrevistados anseiam
que o curso possa integrar-se com o segmento empresarial. E os outros 20% dos entrevistados,
esperam manter-se como uma instituição aberta, na qual a interação com a comunidade orienta
as políticas de ensino, de pesquisa e de extensão.
70
No transcorrer do nosso trabalho identificamos as maiores dificuldades encontradas no
decorrer do processo ensino aprendizagem, pois constatamos por meio das respostas fornecidas
pelos questionados, no entendimento de 60% deles o campus ainda falta ser estruturado a contento
com espaço físico e material didático pedagógico a exemplo de laboratórios, e 40% dos
interrogados compreendem que, o estágio precisa ser buscado pelos estudantes interessados.
Atingindo aos objetivos da pesquisa, tivemos sugestões dadas por 30% dos alunos que a
instituição deveria promover treinamentos para amenizar as dificuldades em transmitir o assunto.
E para 40% dos alunos deve acontecer a contratação de mais professores e a melhoria do
laboratório, para 30% é necessário que haja mais apoio, assistência aos alunos do turno noturno,
que oferecessem mais atenção e repassassem informações do que ocorre aos alunos, na instituição.
REFERÊNCIAS
71
GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA DA EDUCAÇÃO:
DESAFIOS E POSSIBILIDADES
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
50
Graduado em Pedagogia; Universidade Estadual do Piauí (UESPI); Piripiri-PI.
51
Mestranda em Educação; Universidade Federal do Piauí (UFPI); Teresina-PI.
72
4 RESULTADOS
73
baixa participação e poder de decisão do conselho, como o distanciamento entre todos os que
compõem a escola. Nesse sentido, faz-se necessário acentuar que, para haver gestão democrática,
é preciso haver pessoas que ajam democraticamente no espaço escolar, como bem aponta Paro
(2016, p. 33): A democracia, como valor universal e prática de colaboração recíproca entre grupos e pessoas,
é um processo globalizante que, tendencialmente, deve envolver cada indivíduo, na plenitude de sua personalidade.
Não pode haver democracia plena sem pessoas democráticas para exercê-la.
As palavras do autor esclarecem bastante sobre o processo da gestão democrática da
educação, pois o mesmo não deve acontecer apenas de dentro para fora, mas também
inversamente, quando a ação individual de um sujeito pertencente a um grupo ou categoria
influencia, motiva ou convida a comunidade a se fazer presente nesse meio. Neste ponto,
adentramos nas discussões que envolvem instâncias de poder deliberativos e seu poder de decisão,
além de abordar o PPP como princípio que garante a participação dos profissionais da educação
em sua elaboração. Esses argumentos estão sustentados na LDB-9394/96, e explanados em seu
artigo 14, princípio I e II, que estabelece tanto a participação dos profissionais da educação na
elaboração do Projeto Político Pedagógico, como a participação da comunidade escolar e local
em conselhos ou equivalentes.
No tocante a essa colocação, faz-se necessário resgatar uma das abordagens feita aos
sujeitos, quando lhes foi indagado sobre a participação do conselho nas tomadas de decisões,
bem como a importância deste órgão colegiado para o desenvolvimento de atividades no espaço
interno da escola.
D1: “Deveria ser: fiscalizar e participar efetivamente, no entanto, não há essa participação”.
Tal cenário é preocupante, pois é responsabilidade do conselho escolar fiscalizar, segundo
uma de suas funções deliberativas, como diz respeito a sua função Fiscal: Acompanhar a execução
das ações pedagógicas, administrativas e financeiras, avaliando e garantindo o cumprimento das normas
das escolas e a qualidade social do cotidiano escolar. (BRASIL, 2004, P. 41).
Neste ponto, a discussão se remete a gestão democrática e sua influência para o
desenvolvimento de atividades, onde todos os sujeitos foram indagados a expor suas concepções.
• As atividades e projetos desenvolvem-se em coletividade?
C1: [...] “Sim, até porque tudo que é desenvolvido na escola tem que ter a participação de todas as categorias,
pois é assegurado por lei” [...].
F1: [...] “Sim, de qualquer jeito tem que haver o trabalho em conjunto e também a comunicação de forma
que aconteça o trabalho concreto e sincronizado” [...].
• Quais as maiores dificuldades no desenvolvimento das atividades e projetos;
D1: [...] “A falta de comprometimento dos envolvidos” [...].
MC1: [...] “O pouco envolvimento do conselho” [...].
Nota-se uma discrepância nas respostas, ora se percebe uma afirmação para o trabalho
coletivo, ora, transparece haver falta de comprometimento dos envolvidos. Durante a entrevista,
perceberam-se divisões de grupos com características que pouco contribui para um trabalho
coletivo, como a própria divisão, que já implica para existência de um clima atípico, que não
condiz com os aspectos de um espaço democrático. Segundo Libâneo (2004, p. 79), a participação
é eixo norteador da gestão democrática, como afirma em sua fala: A participação é o principal
meio de se assegurar a gestão democrática na escola, possibilitando o envolvimento de profissionais e usuários
74
no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar. Nesse sentido, não basta
apenas dizer que a gestão é democrática, é preciso estabelecer mecanismos para que a mesma se
faça presente neste espaço, é necessário que haja a participação da comunidade, dos alunos,
professores, funcionários e demais envolvidos, e que busquem as melhores formas de se alcançar
um objetivo que seja comum com o todo.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A percepção acerca do objetivo geral deixa subtendido que a gestão se apresenta na escola
como uma via de mão dupla, de um lado quando os princípios são resguardados e o trabalho
coletivo é efetivo, há resultados positivos, em contrapartida, não havendo liderança, flexibilidade
e monitoramento, os resultados serão negativos, assim, os princípios se complementam a fim
de que a prática da gestão seja positiva em todos os aspectos. Quanto aos objetivos específicos,
se percebeu definições claras e concisas para o modelo de gestão, os sujeitos expuseram
características e finalidades abordando além das definições, também inúmeras dificuldades para
que os objetivos não estejam sendo alcançados.
A resposta para problemática da pesquisa foi alcançada, pois com base na análise, se
pode dizer que há influência, o que cabe estabelecer é um ponto que separa positivo de negativo,
dependente é claro de seguir ou não os princípios da gestão democrática. A participação é
assim, o foco da abordagem da gestão democrática no âmbito educacional, aspecto este,
característico de um modelo que visa o envolvimento de todos.
REFERÊNCIAS
75
ENERGIA ALTERNATIVA E APLICAÇÕES, ALÉM DOS
MUROS DA UEMA
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A crise energética e hídrica são os maiores problema para a humanidade no século XXI,
necessitando de resposta imediata, com soluções economicamente e ecologicamente viáveis.
Neste contexto se destacam a energia solar, energia eólica, energias das marés e o biogás. No
entanto, pretende – se através de palestras, aulas experimentais, cartilhas e visitas a laboratórios
de energia alternativa. Contribuir para geração de uma educação ecológica em alunos do ensino
fundamental e médio.
2 OBJETIVOS
• O presente projeto tem como finalidade mostrar para alunos e professores a importância
da disciplina física teórica e experimental, no ensino de energia alternativa, utilizando
modelos matemáticos de simples compreensão.
• Assim, através de estudo teórico e experimental demonstrou que podemos utilizar energia
solar para a geração de energia térmica e elétrica, usando placas fotovoltaicas.
• Ensinar física experimental com material de baixo custo.
• Ministrar palestras sobre a crise energética no Brasil no inicio do terceiro milênio.
3 METODOLOGIA
52
Graduando em Física, Universidade Estadual do Maranhão – UEMA.
53
Doutor em Engenharia, Universidade Estadual do Maranhão – UEMA / Instituto Federal do Maranhão – IFMA.
76
• Quais as fontes de energias renováveis existentes no Maranhão e disponíveis para
aplicações a escolas.
• Que regiões tem aplicações em nossa região, e para introduzir isso, realizamos palestras
com recursos experimentais de baixo custo na escola C.E. Cidade Operária II.
• Como as fontes alternativas de energia podem auxiliar no desenvolvimento regional.
Esse método nos permitiu conhecer, compreender e analisar os conhecimentos já existentes
sobre energias renováveis. Nossa pesquisa está delimitada na área de Energias Renováveis,
abordando estudos recentes sobre as novas fontes de energia limpa aplicadas no Brasil, com
ênfase na Energia Solar, em especifico no Maranhão, a pesquisa foi em sua grande parte
bibliográfica e contou com a colaboração da Escola C.E. Cidade Operária II.
As figuras 1 e 2 demonstram os experimentos sendo realizados no laboratório de física 1,
no departamento de física (DEFIS) da Universidade Estadual do MA.
78
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim sendo, conforme verificado durante este projeto foi obtido resultados satisfatórios
nas instituições de ensino médio onde apresentamos, e também a comunidade acadêmica da
UEMA (Matriz), aplicação de estudos simples e de experimentos de baixo custo onde
conseguimos trazer os alunos ater compreensão da importância da Física Contribuir para geração
de uma educação ecológica em alunos do ensino fundamental e médio. Tivemos com indagação
mostras ao jovens as diversas maneiras de fontes de Energias renováveis e suas tecnologias,
aproveitando os recursos locais, o uso de sistemas eólicos e painéis fotovoltaicos são opções
energéticas que se tornam cada vez mais competitivas à medida que seus custos de investimentos
diminuem. É possível sim acreditar em um maranhão de qualidade, de eficiência energética, de
crescimento econômico, as implantações de projetos estão ai para ser visto e colocados em
pratica.
6 AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
79
GADAMER E HONNETH: HERMENÊUTICA FILOSÓFICA E SUAS
IMPLICAÇÕES NA LUTA POR RECONHECIMENTO
INTERSUBJETIVO
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O presente estudo possibilita fazer uma reflexão, à luz das obras Verdade e Método (1960)
do filósofo alemão Hans-Georg Gadamer e Luta por Reconhecimento: a gramatica moral dos conflitos
sociais (1992), de Axel Honneth, a respeito das implicações hermenêuticas de Gadamer na teoria
da luta por reconhecimento intersubjetivo de Honneth. Com isto, observando que o diálogo
entre passado e presente, numa constante fusão de horizontes, é de fundamental importância
para que esta compreensão se efetive. Cabe deixar claro que a obra gadameriana sobre a qual se
debruça este trabalho é composta por duas partes, que são: primeira, Verdade e Método: traços
fundamentais de uma hermenêutica filosófica e a segunda, Verdade e Método II: complementos e índice.
Concernente à problemática levantada seu objetivo visa compreender a contribuição
prática da filosofia hermenêutica para que se efetive o possível reconhecimento intersubjetivo
proposto por Honneth no que se refere à proposta de uma comunidade a que nos convida a
razão. Neste sentido, se tem a necessidade de perpassar a questão da fusão de horizontes, dentro
desta possibilidade de se entender o passado partindo do presente, neste diálogo com os aspectos
históricos passados e presentes da própria tradição. Frente ao exposto, cabe a questão: como se
desenvolvem as implicações hermenêuticas de Gadamer na teoria da luta por reconhecimento
intersubjetivo de Honneth?
Na obra Verdade e Método I (2008), mais precisamente na parte que se intitula A relação
sujeito-objeto na estética, Gadamer deixa claro sua proximidade com alguns pontos relacionados
à teoria filosófica de Soren Kierkegaard, citado como primeiro a “descrever a autodestruição
da imediaticidade estética” partindo assim, do “reconhecimento da consequência da destruição
do subjetivismo”. Gadamer faz alusão à figura do dinamarquês como um aliado teórico que
sustenta uma severa crítica, à sua semelhança, ao sistema hegeliano de fundamentação teórica
à questão da abstração, como meio de explicação de toda a realidade no mundo. Da mesma
forma, Honneth (2014) ao tecer críticas a Hegel menciona que “de todos os modos, seria um
equívoco considerar esta ideia da liberdade estabelecida nas sociedades modernas como um
sistema simbólico de conhecimentos, mas não de ação” (HONNETH, 2014, p.131). Desta
maneira, Gadamer e Honneth têm em comum uma reflexão filosófica que busca especialmente
um enfoque na reconstrução histórica de conceitos que remetem à valorização da horizontalidade
da compreensão e interpretação da realidade dos sujeitos em suas relações intersubjetivas na
comunidade social de valores.
54
Especialista em Ensino de Filosofia no Ensino Médio; Universidade Estadual do Piauí (UESPI); Teresina - PI. Currículo
Atualizado: http://lattes.cnpq.br/0749758187594097
80
2 OBJETIVOS
Geral:
- Compreender o desenvolvimento das implicações hermenêuticas de Gadamer na teoria
normativa da luta por reconhecimento intersubjetivo de Honneth.
Específicos:
- Relacionar a crítica que Gadamer e Honneth tecem à filosofia abstrata;
- Reconhecer a importância de conceitos empregados tanto por Gadamer quanto por Honneth
no desenvolvimento de suas teorias;
- Analisar a transição de uma luta por autoconservação para uma luta por reconhecimento
intersubjetivo;
- Entender o reconhecimento intersubjetivo como forma de alcançar a garantia da realização
plena dos sujeitos no contexto social.
3 METODOLOGIA
A metodologia desta pesquisa se desenvolve, a partir de revisão bibliográfica, que dentre outras
obras, perpassam as análises conceituais e questionamentos que foram elencados por Hans-Georg
Gadamer no livro Verdade e Método (1960) em seus dois volumes, uma vez que se tem uma elevada
importância a respeito das investigações concernentes à crítica estabelecida por ele à filosofia abstrata,
bem como por conter o desenvolvimento de seu projeto hermenêutico filosófico e na obra Luta por
Reconhecimento: a gramatica moral dos conflitos sociais (1992), de Axel Honneth, em que trata, de modo
colaborativo com outros autores, sobre a reconstrução histórico-social da moral normativa.
4 RESULTADOS
Em sua obra Verdade e Método II: Complementos e índices, na parte intitulada Sobre o
problema da fenomenologia do espírito de Hegel, Gadamer explicita o real motivo de sua
elaboração de uma filosofia hermenêutica, que segundo ele, seria impulsionada por seu
conhecimento, desde a juventude, da crítica que Kierkegaard estabeleceu contra Hegel. Isto
precisamente referindo-se à “crise do idealismo subjetivo” (GADAMER, 2002, p. 17), havendo
então, a necessidade de “um sistema de ação institucionalizado culturalmente: que sirva-se da
liberdade moral e prática significando participar de uma esfera de interação em que se tenha
lugar mediante um saber compartilhado e interiorizado e que está regulado por normas de
reconhecimento mútuo” (HONNETH, 2014, p. 144). Assim, é possível notar que “cada um é
igual ao outro justamente aí, onde está oposto a ele” (HONNETH, 2009, p. 77).
Como argumenta Honneth (2009, p. 31), desde a “política clássica de Aristóteles até o
direito natural cristão da Idade Média, o homem fora concebido em seu conceito fundamental
como um ser capaz de estabelecer comunidades, um zoom politikon que dependia do quadro
social de uma coletividade política para realizar sua natureza interna”. Subentende-se, então,
que tanto Gadamer quanto Honneth concordam que o ser humano só é formado, em sua
identidade e telos realizável, dentro de uma determinada comunidade.
81
Hegel muito contribuiu na teoria de Honneth no que concerne à elucidação de que o
indivíduo não deve ser tirado do seio de sua comunidade, sendo que esta “forma o quadro
cultural de orientações, no qual se determina a medida das realizações do indivíduo e, com isso,
seu valor social” (HONNETH, 2009, p. 205). Deve-se considerar sempre o contexto histórico-
social do indivíduo em suas relações intersubjetivas de reconhecimento, sendo estas conquistadas
nas lutas que se iniciam com a experiência do desrespeito.
Os sujeitos de outros grupos ficariam impossibilitados de atribuir valor social ao que lhes
seja próprio, ficando, então, sem condições de “se referir à condução de sua vida como algo que
caberia um significado positivo no interior de uma coletividade” (HONNETH, 2009, p. 218).
O indivíduo teria, consequentemente, uma desvalorização social e “uma perda de autoestima
pessoal, ou seja, uma perda de possibilidade de se entender a si próprio como um ser estimado
por suas propriedades e capacidades características” (HONNETH, 2009, p. 218).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
GADAMER, Hans-Georg. A Razão na Época da Ciência. Trad. De Ângela Dias. Rio de Janeiro:
Tempo Brasileiro, 1983.
___________. Verdade e Método: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. 10. ed.Trad.
Flávio Paulo Meurer. Petrópolis – RJ: Editora Vozes, 2008.
82
___________. Verdade e Método II: complementos e índices. Trad. Marcia Sá Cavalcante-Schuback.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
GRONDIN, Jean (Org.). A universalidade do problema hermenêutico. In. O pensamento de Gadamer.
Trad. Emilio Paulo Giachini. São Paulo: PAULUS, 2012.
HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. Tradução de
Luiz Repa. São Paulo: Editora 34, 2009.
________. El Derecho de la Libertad: una eticidad democrática. Madrid: Clave Intelectual, 2014.
LAWN, Chris. Compreender Gadamer. 2. Ed. Trad. Helio Magri Filho. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
PAULA, Marcio Gimenes de. Indivíduo e comunidade na filosofia de Kierkegaard. São Paulo: Paulus,
2009.
ROHDEN, Luiz. A atualidade de Soren Kierkegaard. In.: Revista do Instituto Humanitas Unisinos.
São Leopoldo. Edição 314, 09.11.2009.
________. “Simultaneidades” kierkegaardianas em H-G. Gadamer. In.: Filosofia Unisinos, 6 (3):322-
329, set/dez 2005.
83
O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS POR ADOLESCENTES
NO CONTEXTO EDUCACIONAL
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Os problemas sociais ocasionados pela relação que tem se estabelecido entre os adolescentes
e o uso de substâncias psicoativas (drogas) na atualidade vêm configurando de forma marcante
o ambiente escolar. Segundo Seidl (2000), o consumo de drogas é, em geral, iniciado durante a
adolescência, fato que requer uma maior atenção por parte da da escola. Logo, a adolescência é
uma fase de metamorfose, época de grandes transformações, de descobertas, de rupturas e
aprendizados (MENEZES, 2005). É, por isso mesmo uma fase que envolve riscos, medos,
amadurecimentos e instabilidades e que podem levar ao uso e abuso dessas substâncias.
A Organização Mundial de Saúde (1997) aponta que a adolescência compreende o período
entre 10 e 19 anos de idade e, portanto, segundo as vulnerabilidades vivenciadas em seu
desenvolvimento, representa um período de grande instabilidade decorrente dos fatores
biopsicossociais aos quais os adolescentes estão sujeitos. Sendo assim, a escola é um cenário
importante a ser investigado, pois é um dos dispositivos em que se insere esses adolescentes em
formação escolar e para a cidadania (VIZZOLTO, 2010). Assim, a escola é formada em uma
das bases de construção do sujeito cidadão, se tornando um local apropriado para debates,
discussões e ações sobre a prevenção e o combate ao uso de drogas.
2 OBJETIVO
2.1 GERAL
Buscou-se nesse estudo, conhecer a realidade acerca do uso de drogas lícitas e ilícitas
entre estudantes de idade entre 16 e 18 anos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
do Maranhão (IFMA)-Campus Coelho Neto.
55
Estudante do Ensino Integrado em Informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão
(IFMA)-Campus Coelho Neto; Pesquisadora PIBIC; Coelho Neto - MA.
56
Estudante do Ensino Integrado em Informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão
(IFMA)-Campus Coelho Neto; Pesquisadora PIBIC; Coelho Neto - MA.
57
Assistente Social do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA)-Campus Coelho Neto.
Especialista em Docência do Ensino Superior (UESPI); Teresina -PI.
58
Enfermeira do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA)-Campus Coelho Neto. Especialista
Terapia Intensiva (UNIPÓS) e Gestão em Saúde (UFPI); Teresina -PI.
59
Orientador do trabalho. Psicólogo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA)-Campus
Coelho Neto. Especialista Psicologia da Educação (UEMA), mestre em Ciências e Saúde (UFPI) e doutorando em Saúde,
Ambiente e Sociedade (FIOCRUZ); Teresina -PI.
84
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Mapear os fatores de proteção e os fatores de riscos para o uso dessas substâncias lícitas e
ilícitas entre os escolares.
3 METODOLOGIA
A primeira fase do trabalho se deu a partir de uma revisão bibliográfica, que norteou a
pesquisa com reflexões teóricas e atualizadas acerca da temática. Porém, na segunda fase do
estudo, de abordagem quantitativa, foi aplicado um questionário com questões fechadas em 77
estudantes do Ensino Médio do IFMA/Campus Coelho Neto, e estes dados foram tabulados
no Microsoft Office Word 2013, para conhecer melhor o cotidiano da comunidade escolar. O
questionário contemplou os seguintes itens: sexo dos entrevistados, aspectos relacionados ao
cotidiano dos adolescentes (escola, família, lazer), a primeira experimentação, o uso continuo
de drogas, os tipos de substâncias que eles já experimentaram, dentre outras questões relativas
ao uso/abuso.
O questionário foi aplicado no (IFMA-Coelho Neto), especificamente no laboratório da
própria instituição, aplicado no mês de novembro e avaliado no mês de janeiro, e no que tange
aos aspectos éticos, todos os sujeitos foram convidados e orientados a assinar o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) declarando o aceite para participar da pesquisa,
bem como seus pais e/ou responsáveis.
4 RESULTADOS
A faixa etária dos entrevistados foi entre 16 e 18 anos um total de 77 pessoas, sendo a
maioria do sexo feminino (46 mulheres) em seguida os do sexo masculino (29 homens) e alguns
que não identificaram o sexo (2 pessoas).
A idade dos adolescentes situa-se entre menores de 16 (13; 16,9%), adolescentes com
idades entre 16 e 18 anos (46; 59,7%), seguida de adolescentes maiores de 18 anos (18; 23,4%). A
análise será de cunho mais geral, considerando-se o grupo de adolescentes, sem considerar as
possíveis influências do gênero na frequência de uso de drogas.
A partir dos dados coletados junto aos adolescentes escolares, observa-se que a
experimentação e a frequência de uso distribuem-se de forma diferenciada segundo a tipologia
da droga, sob o ponto de vista de sua legalidade: lícitas (tabaco e bebidas alcoólicas) e ilícitas.
Dentre as lícitas, o tabaco é a droga menos utilizada pelos adolescentes, pois 69 (89,6%)
deles informaram que nunca a utilizaram. Não obstante, uma parcela importante mostra-se
vulnerável a utilização deste tipo de droga visto que, 4 (5,2%) adolescentes tinham entre 7 e 17
anos quando fumou tabaco pela primeira vez, outros 3 (3,9%) não lembram a idade que tinham
e 1 (1,3%) tinha outra idade não citada no questionário aplicado, quando experimentou o tabaco
pela primeira vez. Já com o álcool é diferente, de acordo com o questionário aplicado a maioria
dos entrevistados 48 (62,3%) já experimentaram algum tipo de bebida alcoólica, enquanto 29
(37,7%) nunca experimentaram nenhum tipo de bebida alcoólica.
85
No que compete às drogas ilícitas, os resultados mostram que há uma predominância de
respostas sobre adolescentes que nunca utilizaram nenhum tipo de droga ilícita. Apesar de o
resultado ter apontado para uma baixa magnitude de experimentação/uso no grupo estudado,
importa considerar que as drogas ilícitas trazem muitos problemas, não somente para o indivíduo
que a usa, mas para a família e para a sociedade de um modo geral. Ainda mais se levarmos em
conta que os resultados aqui apresentados dizem respeito a um grupo de adolescentes, que está
em uma faixa etária de grande vulnerabilidade. Dentre as ilícitas, nota-se que os tipos de drogas
utilizados e/ou experimentados pelos adolescentes que assim o informaram foram: Maconha
(3; 3,9%); Cocaína ou crack (2; 2,6%); Anfetaminas ou ecstasy (3; 3,9%); Inalantes (5; 6,5%);
Hipnóticos ou sedativos (4; 5,2%); Alucinógenos (3; 3,9%); Opíoides/opiáceos (2; 2,6%) e outros
tipos de drogas ilícitas não apresentadas (4; 5,2%).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
MENEZES, S. Adolescência x Droga. Revista de Psicologia Catharsis, Rio de Janeiro, 2005. Disponível
em: <http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0832.pdf>. Acesso em: 20 de fev. 2017.
OMS. Organização Mundial da Saúde. Necesidades de Salud de los Adolescentes. Série de Informes
Técnicos (609). Genebra: OMS. 1997.
PINSKY, I.; BESSA, M. A. (Org.). Adolescência e drogas. São Paulo: Contexto, 2004.
VIZZOLTO, S. M. A droga, a escola e a prevenção. 4.ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2010.
86
O CÂNTICO DOS CÂNTICOS NUMA PESPECTIVA DISCURSIVA
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O Trabalho faz uma análise dos discursos veiculados no livro bíblico Cântico dos Cânticos.
Para isso, traçamos alguns objetivos específicos, que são: caracterizar os discursos veiculados
livro bíblico Cântico dos Cânticos; examinar qual a cena enunciativa e o etos presente, no livro
bíblico Cântico dos Cânticos; e, por fim, revelar o posicionamento da mulher no contexto sócio
histórico no livro bíblico Cântico dos Cânticos.
2 OBJETIVO
2.1 GERAL
Caracterizar os discursos veiculados no livro bíblico Cântico dos Cânticos; examinar qual a
cena enunciativa e o etos presente, no livro bíblico Cântico dos Cânticos; e, por fim, revelar o
posicionamento da mulher no contexto sócio histórico no livro bíblico Cântico dos Cânticos.
3 METODOLOGIA
Foi adotado para elaboração desse trabalho um estudo de cunho bibliográfico e qualitativo.
A presente pesquisa deu-se em três etapas, primeiramente foi feito um estudo detalhado sobra
AD: origem, desenvolvimento, características e principais teórico que contribuíram para a
difundir essa teoria linguística.
Na segunda etapa ocorreu a releitura do livro bíblico Cântico de Salomão observando seu
conteúdo tendo como base à AD, onde foi analisado o discurso amoroso e sentimental com que
o autor, o Rei Salomão, descreve a mulher, levando em conta contexto histórico e a época em
que ele se insere.
A terceira etapa resultou no agrupamento dos resultados alcançados nas etapas anteriores,
e na elaboração de um relatório final de pesquisa que poderá ser fonte de pesquisas para futuros
60
Graduado em Letras, Universidade Estadual do Maranhão (UEMA); Caxias-MA.
87
estudiosos que desejarem ampliar seus conhecimentos sobre a AD e de como um livro bíblico
pode ser usado para servir como objeto de pesquisa.
4 RESULTADOS
Os discursos encontrados no livro bíblico Cântico dos Cânticos foram: romântico, histórico,
religioso, patriarcal e antipatriarcal, o que por sua vez ocasionou na legitimação, e reforço do
discurso do enunciador.
Também constatamos que todo o livro é construído por uma cenografia que enfatiza a
tentativa do rei Salomão de seduzir a jovem sulamita, e a recusa de sulamita a tal cortejo do rei,
a cenografia também se mostra pastoril campestres, repleta de imagens agrestes, os enunciadores
demostram conhecimentos da fauna e da flora da região.
No Cântico dos Cânticos, o discurso romântico caracterizou o etos do enunciador com um
enorme sentimento amoroso, e disposto a lutar pela realização desse sentimento, no discurso
histórico observou-se o etos de um enunciador apaixonado e nacionalista, uma vez que usa lugares
belos e importantes para relacioná-los à amada, no caso de Salomão e do pastor, ou à seu amado,
no caso da sulamita. O discurso patriarcal revelou um etos autoritário e protetor em uma sociedade
moralizante. Quanto ao discurso antipatriarcal, temos um etos materno, que pode significar,
mais do que um lugar de resistência social e econômica, uma referência do poder feminino.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com esse estudo comprovou-se que, a mulher, mesmo vivendo em um período em que o
sexo feminino era tida como propriedade masculina, onde a cultura e as ideologias tinham
costume de inferiorizar a mulher, o rei Salomão deu voz a Sulamita, destacando, desse modo,
seus desejos e anseios, e isso ocorreu pois ao escrever o livro, o rei Salomão fez com que a voz da
mulher inicia-se e fecha-se o livro, dando assim a oportunidade para a mulher falar diretamente
com o leitor em primeira pessoa, assumindo assim um perfil corajoso e determinado a lutar
pelos seus sonhos, e defender o seu direito de amar a quem deseja.
REFERÊNCIAS
88
ORLANDIR, Eni Puccinelli. Análise do discurso: princípios e procedimentos. 6. ed. Campinas, SP:
Pontes 2005.
POSSETI, Sírio. Apresentação da análise do discurso. S.J.R.Preto- SP, Glotta, 12, 1990.pp.45-59.
SALOMÃO. Cântico de Salomão. In: Bíblia Sagrada. Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada.
Watchtower bible and tract society of New York, Inc. ed.2013. p. 953-961.
WATCH TOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY OF PENNSYLVANIA. Toda a escritura é
inspirada por Deus e proveitosa. Sociedade torre de vigia de bíblias e tratados, Cesário Lange, São
Paulo,1990.
89
O ENSINO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: ANÁLISE DA
PERSPECTIVA DOCENTE NA ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ
SARNEY EM COELHO NETO – MA
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
61
Graduada em Letras – Português/Inglês pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA. Coelho Neto – MA.
62
Mestre em Engenharia da Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Lapa – PR.
90
2 OBJETIVOS
• Aplicar um questionário aos professores de Língua Portuguesa da Escola Municipal José Sarney;
• Conhecer, a partir dos dados obtidos, como os professores lidam com a variação linguística
em sala de aula;
• Possibilitar uma reflexão acerca da prática docente em relação ao fenômeno da variação
linguística.
3 METODOLOGIA
Esta pesquisa apresenta uma abordagem qualitativa, uma vez que procurou compreender
como é abordada a variação linguística nas aulas de língua materna e constituiu-se de pesquisa
bibliográfica e pesquisa de campo. O presente estudo teve como instrumento de coleta de dados
um questionário composto de sete perguntas abertas e fechadas.
Para atingir os objetivos propostos neste trabalho, primeiramente realizou-se uma pesquisa
de cunho bibliográfico, tendo como principais aportes teóricos os estudos dos linguistas Bagno
(1999), acerca da variação linguística; Bortoni-Ricardo (2004), sobre ensino de língua materna
e Brasil (1998), no que se refere aos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs de Língua
Portuguesa direcionados para o ensino fundamental II. Posteriormente, no período de 01 de
junho de 2017 a 09 de junho de 2017, foi aplicado o questionário aos professores, constituído de
perguntas de opinião, que visavam identificar os procedimentos adotados pelos professores
pesquisados em relação ao fenômeno da variação linguística.
O levantamento dos dados aconteceu na Escola Municipal José Sarney, localizada na
Avenida Marechal Cordeiro de Farias, s/n, bairro Centro, no município de Coelho Neto –
MA. A amostra foi composta por oito professores de Língua Portuguesa que lecionam do 6º ao
9º ano, abrangendo tanto os docentes do turno matutino quanto vespertino.
4 RESULTADOS
91
- Análise da questão 2: Quando questionados se o livro didático, o qual utilizam em sala
de aula, contempla o assunto variação linguística, a maioria afirmou que sim, e relataram que
o conteúdo é abordado no livro de maneira clara e objetiva. Em conversa com os professores,
uma professora do 6º ano disse que o livro didático adotado é o Português: linguagens do William
Roberto Cereja, edição do ano de 2015, a mesma declarou que o livro é muito bom e que o autor
trabalha as variedades linguísticas de forma bem didática, favorecendo a assimilação do conteúdo
pelos alunos.
- Análise da questão 3: Todos os professores afirmaram que levam em consideração o
contexto sociocultural do aluno ao trabalharem a variação linguística em sala de aula. Essa
prática dos professores é louvável e condiz com as orientações didáticas indicadas nos PCNs de
Língua Portuguesa referente ao conteúdo variação linguística. É importante o docente
compreender que todas as variedades da língua são legítimas e evitar a discriminação linguística.
- Análise da questão 4: Ao serem questionados acerca da reação dos alunos diante do
ensino de variação linguística, a maioria dos docentes relataram que os alunos reagem
naturalmente, sem preconceitos e demostram interesse.
- Análise da questão 5: Quando questionados se aproveitavam a ocasião do ensino de
variação linguística para esclarecerem aos alunos a questão do preconceito linguístico, as respostas
dos professores foram unânimes, todos declararam que sim. O preconceito linguístico caracteriza-
se pela discriminação que um indivíduo sofre por causa do seu modo de falar.
- Análise da questão 6: A sexta pergunta tinha o intuito de saber se o ensino de variação
linguística pode influenciar negativamente na utilização da norma padrão da língua.
Surpreendentemente, um docente respondeu que sim, os demais consideram que o ensino de
variação linguística é importante e que não atrapalha no ensino da norma culta da língua. De
acordo com Possenti “o objetivo da escola é ensinar o português padrão, ou, talvez mais
exatamente, o de criar condições para que ele seja aprendido.” (POSSENTI, 1996, p. 17). O
papel da escola é ensinar e propor a reflexão acerca da norma padrão, porém sem excluir o
dialeto utilizado pelo aluno.
- Análise da questão 7: A última questão visava saber a opinião dos professores acerca
do papel deles em sala de aula diante do fenômeno da variação linguística. Todos responderam
satisfatoriamente. Ressaltaram o cuidado em não cometerem atitudes preconceituosas em sala
de aula, ao privilegiar uma ou outra variedade linguística, observaram a necessidade do ensino
da norma padrão, e mostraram-se conscientes sobre a importância da adequação linguística à
situação comunicativa.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
92
temática: intervenção quanto ao falar dos alunos, durante atividades orais, e identificação dos
tipos de variações, com base nos vocábulos presentes em textos lidos. Assim, os objetivos
propostos neste trabalho foram alcançados e todas as contribuições dos professores foram válidas
e enriqueceram o estudo.
Portanto, salienta-se que o professor de Língua Portuguesa precisa proporcionar ao aluno
o pleno desenvolvimento de sua competência comunicativa, entendendo esta como a capacidade
do falante em utilizar a língua adequando-a à situação de comunicação; bem como deve ensinar
a língua culta, porém sem desconsiderar o conhecimento linguístico do aluno. E por fim, além
da proposta de ensino que inclua o estudo da variação linguística, faz-se necessário que haja
constantemente uma prática de reflexão sobre os usos das diversas variedades linguísticas, para
que o aluno saiba que cada uma dessas variedades – padrão e não padrão – tem seus contextos
de uso.
REFERÊNCIAS
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Loyola, 1999.
_______, Marcos; GAGNÉ, Gilles; STUBBS, Michael. Língua materna: letramento, variação e ensino.
São Paulo: Parábola Editorial, 2002.
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a sociolinguística na sala de aula.
São Paulo: Parábola Editorial, 2004.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto
ciclos do ensino fundamental: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras:
Associação de Leitura do Brasil, 1996.
93
EDUCAÇÃO DO CAMPO EM COELHO NETO - MA: RELAÇÃO
ENTRE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E PRÁTICAS
ALIMENTARES EM ASSENTAMENTO
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
63
Estudante do Curso Técnico em Informática; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia(IFMA), Coelho Neto-
MA.
64
Estudante do Curso Técnico em Informática; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia(IFMA), Coelho Neto-
MA.
65
Estudante do Curso Técnico em Informática; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia(IFMA), Coelho Neto-
MA.
66
Mestra em Letras, Universidade Federal do Piauí(UFPI), Teresina-PI.
67
Especialista em Educação, Pobreza e Desigualdade social; Universidade Federal do Maranhão(UFMA), São Luís-MA.
94
2 OBJETIVO
2.1 GERAL
2.2 ESPECÍFICOS
3 METODOLOGIA
Esta pesquisa tem abordagem qualitativa e foi realizada através de pesquisa de campo no
assentamento de Vila de Fátima. Coletamos os dados, através da aplicação de um questionário,
que versava sobre as práticas alimentares e pedagógicas dos moradores e mediante observações
diretas. A aplicação foi feita inicialmente com um informante neutro escolhido pela líder do
assentamento, e que é diretamente ligado às práticas desenvolvidas no meio e, após, foi feita
com alguns moradores do assentamento.
Quanto aos aspectos éticos da pesquisa, frisamos que os sujeitos envolvidos na foram
informados sobre os objetivos da investigação e, em concordância, assinaram o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), firmando aceitar e contribuir com a mesma. Além
disso, mantemos o sigilo quanto à identificação desses sujeitos.
4 RESULTADOS
A aplicação dos questionários foi realizada no dia 12 de janeiro de 2017 e, com base
nos dados, constatamos que no assentamento há boas práticas alimentares, incluindo o cultivo
de alimentos pelos próprios moradores e há dois anos também cultivam hortaliças como
princípio de subsistência; os agrotóxicos são utilizados apenas na roça, o que não inclui
horticultura.
Nos procedimentos de cultivo, percebemos a preocupação deles em conservar o solo e
mantê-lo sempre fértil para a plantação. Na fase de colheita, o trabalho é totalmente manual,
sem ajuda de maquinário. Em relação às estratégias utilizadas na horticultura, a moradora
explicou que a utilização do ‘Sombreiro’ auxilia na adubação do solo e evita o nascimento de
ervas daninhas; a semente utilizada para plantação é obtida através de compra, ou seja, não há
ajuda de nenhum órgão público ou particular, já na roça ela é obtida através do cultivo. É
realizada uma seleção após a colheita e nesse processo são escolhidas as sementes crioulas, as
mesmas serão utilizadas nas próximas plantações.
95
Figura I: Horta com tela
A subsistência e o comércio são os principais fins
de utilização dos alimentos. Em relação à
comercialização, é feita de forma indireta, ou
seja, os alimentos são fornecidos a uma empresa,
que disponibiliza para o consumidor final. O
gerenciamento da produção alimentar ocorre de
duas formas, a familiar e a grupal. O primeiro é
voltado para os alimentos cultivados na roça
para subsistência e o segundo, feito no projeto
das hortaliças, onde a comunidade se reúne em
grupos para fazer a manutenção da horta.
Fonte: Arquivo dos pesquisadores.
Figura 2: Crianças apresentando técnicas de cultivo Figura 3: Instrumentos da agricultura familiar e grupal
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
96
consumo dos próprios moradores, a saber: arroz, feijão, mandioca, milho, batata, abóbora,
pepino, quiabo e maxixe. Há dois anos os moradores também cultivam hortaliças como
princípio de subsistência, sendo elas: coentro, pimentão, tomate, alface e couve. Os agrotóxicos
são utilizados apenas na roça, o que não inclui horticultura. O desenvolvimento do projeto nos
proporcionou não só resultados acadêmicos, mas também sociais, pois construímos laços afetivos
e conhecemos a realidade do assentamento.
As práticas alimentares ultrapassam os muros da escola, contemplando o espaço do
campo, mediante atividades como piquenique, momento em que os alunos juntamente com os
docentes se reúnem em festividades, para realização de manifestações culturais, a saber: jogo de
futebol, brincadeiras, roda de conversa, dentre outras. Em relação à alimentação no dia a dia,
os tipos ingeridos são naturais e industrializados, entretanto, as práticas pedagógicas contemplam
o incentivo à vida saudável, desenvolvendo todos os anos campanha nacional de alimentação
saudável, ao passo que disponibilizam e trabalham com cartilha sobre educação alimentar.
O impacto ambiental causado pelas formas de produção alimentícia advém do veneno
utilizado na plantação e às vezes o descontrole das queimadas vindas de comunidades vizinhas.
Como precaução, eles fazem o controle do veneno utilizado na plantação e também se reúnem
para apagar o fogo sempre que ele se alastra. Essas atitudes são repassadas de geração para geração
o que contribui para também para formação cidadã e de respeito ao meio ambiente. À medida
que observamos o cotidiano dos moradores do assentamento, presenciamos peculiaridades que
nos chamaram bastante atenção. Dentre elas, a simplicidade e a união da comunidade demonstram
o quanto é importante amar o que se tem e valorizar cada detalhe vivido, por mais simples que
seja, mas que tem grande importância para o desenvolvimento do meio.
6 AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
FISBERG, M. Hábitos alimentares da adolescência. Pediatr. Mod., São Paulo, v. 36, p. 724-734, 2000.
LINHARES, J. Fome de quê? Comer para viver. Folha de São Paulo. Folhateen, São Paulo, 20
ago.2001.p.6- 7.
MAHAN, L. K, ESCOTT-STUMP, S. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 10ª edição. Ed.
Roca, 2002.
PHILIPPI, S. T; COLUCCI, A. C. A; CRUZ, A.T. R., FERREIRA, M. N; COUTINHO, R. L. R.
Alimentação saudável na infância e na adolescência. Curso de atualização em alimentação e nutrição
para professores da rede pública de ensino. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq).
2000 maio/jun. 31-01.
SACRISTÁN, J. G.; PÉREZ GÓMEZ, A. I. Compreender e transformar o ensino. trad. Ernani F. da
Fonseca Rosa. 4ª Ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998
97
REPRESENTAÇÃO DE CABELOS (CRESPOS E CACHEADOS)
ENTRE OS ALUNOS(AS) DO INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO-
IFMA/CAMPUS COELHO NETO
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2 OBJETIVOS
68
Assistente Social do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA)-Campus Coelho Neto.
Especialista em Docência do Ensino Superior (UESPI). E-mail: regea.roditgues @ifma.edu.br
69
Orientador do trabalho. Psicólogo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA)-Campus
Coelho Neto. Especialista Psicologia da Educação (UEMA), mestre em Ciências e Saúde (UFPI) e doutorando em Saúde,
Ambiente e Sociedade (FIOCRUZ). E-mail: breno.ferreira@ifma.edu.br
70
Bolsista estudante do curso Técnico em Administração do IFMA/Campus Coelho Neto. E-mail: celya451@gmail.com.
98
identificar os aspectos de maior relevância em sua autoimagem e contribuir para uma leitura
crítica acerca da “nova” performance de cabelos crespos e cacheados, ou seja, onde meninas e
meninos deixam de alisar seus cabelos, passando por um processo chamado aqui no Brasil por
transição capilar, e a partir desse momento utilizam-se diversas formas de usos e manipulações
de seus cabelos.
3 METODOLOGIA
A pesquisa privilegiou método e técnicas que visaram apreender aspectos sócio históricos
da cultura afro-brasileira, com ênfase na representação de cabelos crespos e cacheados. Utilizou-
se nesta pesquisa a nomenclatura representações enquanto processos de diferenciações corpóreas
existentes entre os alunos(as) com ênfase em cabelos crespos e cacheados. Além disso, desenvolveu-
se atividades sócio ocupacionais que foram capazes de visibilizar através do corpo emoções,
expressões, gestos e atitudes que contribuam para a compreensão da construção de uma imagem
identitária.
Sem perder a objetivação e a cientificidade da pesquisa, a análise de cunho qualitativo foi
trabalhada de forma relacional, desenvolvendo saberes através de métodos mais visuais capazes
de emergir saberes de forma menos usual e mais complexa, pois o estudo das percepções artísticas
nos remete a novos olhares, sem contudo fazer julgamentos, uma vez que os participantes dessa
experiência faz uso do método sociopoética de modo a serem diretamente envolvidos no processo
de construção do uso de cabelos crespos e cacheados entre os alunos e alunas do IFMA – Campus
Coelho Neto.
Utilizou-se o método sociopoética como uma proposta qualitativo de pesquisa, recorrendo
ao uso de manifestações corporais de modo a possibilitar uma maior apreensão e reflexão acerca
da imagem de cabelos. Este método visa, através de vivências artísticas, contribuir para
manifestação de sentimentos e emoções, possíveis de serem apreendidos de modo mais
participativo e afetivo, redescobrindo nossa construção através do processo dialógico-vivencial.
O método pretendeu viabilizar a construção de saberes de forma coletiva, conforme mediação
de pessoas, dispositivos e técnicas adequadas, conforme Gauthier (2004).
Empregamos uma amostra de 50 (cinquenta) alunos(as), estes grande parte possuem o
tipo de cabelos crespos e cacheados e um número menor de estudantes que se inserem no tipo de
cabelos lisos. Inicialmente foi realizada uma exposição sobre o desenvolvimento da pesquisa e,
em seguida, recorreu-se ao uso do Termo de Consentimento e Livre Esclarecido. A aplicação
do questionário possibilitou momentos de empatia e de reflexão com suas subjetividades, essa
fase da pesquisa marcou sensivelmente entrevistador e entrevistados.
4 RESULTADOS
99
do preconceito e discriminação étnico, inserindo nesse debate a construção da performance de
cabelos, entendido aqui performance, conforme destaca, Costa de Paula, (2012, P.01), “A noção
de performance ajuda a problematizar as relações raciais e os roteiros sociais previamente
construídos para posicionar as negritudes em lugares sociais de desprestígio e inferiorização”.
Dessa forma, que o uso de cabelos crespos e cacheados vem ganhando espaço, fazendo
com que meninas e meninos insiram-se em um contexto de retomada das suas origens capilares,
permitindo que se promova uma reflexão sobre essa nova performance, vez que há centenas de
anos vivenciamos um modelo eurocêntrico a ser seguido.
A pesquisa trabalhou com um número direto de 50 estudantes entrevistados entre os
cursos técnicos integrados de Administração e Informática, e o curso técnico subsequente de
Automação Industrial. Estes alunos foram pré selecionados, levando em consideração seu perfil
étnico, incluindo preferencialmente alunos que apresentassem o tipo de cabelos entre crespos e
cacheados, como também alunos que recorriam a técnicas de alisamentos.
A pesquisa revelou um perfil étnico predominante de alunos que se auto declararam pardo
– 48%, indicou também um percentual de 30% que apontaram o cabelo como o aspecto de
maior relevância em sua auto imagem, contudo apresentou um dado conflitivo, vez que 42%
consideraram ter um tipo de cabelo liso. Diante desses dados revelou-se a construção tensa de
uma identidade, na medida que se revelam pardo, destacaram também ter cabelo liso.
Ao falarmos em cabelos crespos e cacheados terminamos por incluir a discussão sobre a
identidade, o que foi demonstrado através dos seus relatos. Percebemos contradições, pois 43%
dos entrevistados disseram estarem satisfeitos com o tipo de seu cabelo, contudo em outro quesito
40% destacaram realizar alisamento em seus cabelos. Podemos perceber entre os entrevistados
que as percepções não passam por viés reflexivo de desigualdade e discriminação étnica, assim
para Gomes, (2002) “O cabelo do negro na sociedade brasileira expressa o conflito racial vivido
por negros e brancos em nosso país. É um conflito coletivo do qual todos participamos”.
Quanto a percepção sobre a “nova” relação dos jovens com seus cabelos, e mais ainda
com relação aos cabelos crespos e cacheados, onde se evidenciam um número cada vez maior
de meninas e meninos deixando de alisar seus cabelos, 68% destacaram que esse “retorno” está
relacionado a valorização da cultura.
Podemos inferir que diante desse contexto de “reafirmação” que vem passando meninas
e meninos, recorrendo a técnicas e produtos que possam fazer com que seus cabelos retornem a
aspectos mais próximo de suas características fenotípicas, esse fato evidencia novos olhares e
mudanças que passam tanto por situações conflitivas e angustiante como por mudanças na
auto estima, valorização e aceitação da auto imagem.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do contexto pesquisado podemos inferir de forma não conclusiva que a pesquisa
demonstrou um grau de relevância social, vez que trabalhou com aspectos de natureza histórica
e pertencimento, provocando no meio escolar reflexões acerca da construção sócio histórica de
homens e mulheres com relação sua auto imagem com foco no uso de cabelos crespos e cacheados.
A coleta de dados e as atividades sócio educativas desenvolvidas evidenciaram um contexto
100
ainda tenso com relação a convivência da diversidade, vez que estamos trabalhando com algo
que é histórico e socialmente construído, como coloca Gomes, (2002), “O cabelo crespo na
sociedade brasileira é uma linguagem e, enquanto tal, ele comunica e informa sobre as relações
raciais”. Dessa forma, podemos considerar que a pesquisa pôde contribuir para a abertura de
uma reflexão acerca da percepção de cabelos crespos e cacheados, contudo esse enfoque estabelece
uma relação intrínseca com a construção do ser negro e negra no Brasil, permitindo que
pudéssemos transitar para outros aspectos que evidenciam a desigualdade em que são submetidos
grande parte da população negra.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 9.459, de 13 de maio de 1997. Altera os arts. 1º e 20 da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de
1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, e acrescenta parágrafo ao art.
140 do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L9459.htm> . Acesso em: 18 fev. 2016.
FRANCISCO, Wagner de Cerqueria E. Aspectos da população do Maranhão: Brasil Escola, 2016.
GOMES, Nilma Lino. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre relações raciais no Brasil:
uma breve discussão. Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal, v. 10639, n. 03,
2005.
GOMES, Nilma Lino. Corpo e cabelo como ícones de construção da beleza e da identidade negra nos
salões étnicos de Belo Horizonte. Corpo e cabelo como ícones de construção da beleza e da identidade
negra nos salões étnicos de Belo Horizonte, 2002.
GOMES, Nilma Lino. Diversidade étnico-racial, inclusão e equidade na educação brasileira: desafios,
políticas e práticas. Revista Brasileira de Política e Administração da Educação-Periódico científico
editado pela ANPAE, v. 27, n. 1, 2010.
LOBO, Bárbara Natália Lages. A Discriminação Racial no Brasil: verdades e mitos. V Seminário
Sociedade Inclusiva, v. 5, 2008.
MALACHIAS, Rosangela. Cabelo bom. Cabelo ruim. Coleção percepções da diferença. Negro e
Brancos na escola, v. 1, 2009.
NUNES, Brasilmar Ferreira; WELLER, Wivian. A juventude no contexto social contemporâneo.
Estudos de Sociologia-ISSN: 2317-5427, v. 2, n. 9, p. 43-57, 2014.
101
AVALIAÇÃO DAS PERSPECTIVAS PROFISSIONAIS DOS
TERCEIRIZADOS EM UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA
71
DUARTE, Regyna Kleyde de Holanda (regyna.duarte@ifma.edu.br)
SILVA, Rosedale da (dallecn20@hotmail.com)72
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Com notoriedade nacional nos últimos anos e alvo de diversas discussões, a terceirização
consiste na contratação de serviços não fins por uma empresa a uma pessoa física ou jurídica
que prestará serviços por meio de seus colaboradores, que também será responsável pelas ordens
e os pagamentos dos salários, disciplinada pela lei 8.666/93 (SILVA,2005). Desta forma, com
objetivo de analisar os principais aspectos relacionados as perspectivas dos terceirizados do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão campus Coelho Neto, no
desenvolvimento das suas atividades profissionais, a fim de, identificar pontos fortes, fracos,
ameaças e oportunidades, através da utilização da ferramenta de análise FOFA. Utilizaremos
os métodos analíticos, descritivos, qualitativo e quantitativo. Os dados para compor a pesquisa
serão coletados de agosto de 2016 a junho 2017, através do levantamento bibliográficos e dos
questionários aplicados no Campus Coelho Neto. Os resultados da pesquisa inferem quanto as
perspectivas deste segmento quanto ao desenvolvimento do seu trabalho na instituição e a busca
por melhorias neste ambiente.
2 OBJETIVOS
2.1 Geral:
2.2 Específicos
71
Mestranda em Gestão Pública; Universidade Federal do Piauí (UFPI); Teresina-PI.
72
Discente em Administração; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA); Coelho Neto –
MA.
102
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
Diante das respostas foi possível ter uma visão do que eles consideram como forças,
fraquezas, oportunidades e ameaças no seu ambiente de trabalho e também suas perspectivas
profissionais. As respostas foram satisfatórias para as análises e conclusão desse artigo.
103
Diante dos resultados pode-se observar que os terceirizados consideraram como força a
responsabilidade, mostrando o respeito e a valorização de seu trabalho. Na instituição
consideraram o relacionamento como força, sinalizando uma boa convivência e o respeito
mútuo. A fraqueza considerada pelos servidores é a ansiedade segundo Castilho (2000),
sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto
derivado de antecipação do perigo, algo desconhecido ou estranho. A estrutura do campus foi
considerada como fraqueza, pois o espaço físico atualmente é pequeno para o fluxo de alunos e
colaboradores. No quesito ameaça apontaram pouca qualificação profissional. Na instituição
consideraram a comunicação como ameaça, revelando falha nas comunicações. No tocante a
oportunidade, consideraram ser comunicativos, algo essencial para um bom profissional, ser
claro e objetivo no trabalho e nas relações pessoais. Na instituição consideraram a parceria com
outras organizações como oportunidades, trazendo benefícios que transformam o meio onde
está inserido.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do que foi observado e analisado, algumas sugestões podem ser apontadas a partir
dos resultados, como capacitação e treinamento dos servidores com cursos voltados para
melhoria dos seus trabalhos, incentivá-los no sentido de buscar melhorar as suas oportunidades
individuais e coletivas. Para Caldas (2013), a expressão “engajamento no trabalho” estar
relacionado a um estado mental caracterizado por três elementos fundamentais: vigor, que
corresponde a altos níveis de energia; dedicação, que se refere a estar-se profundamente envolvido
no trabalho, e absorção, que indica alto nível de concentração. Fazer reuniões, conversar sobre
os problemas, observar o que está sendo feito e buscar soluções conjuntas, criar rotinas de trabalho
com execução facilitada, ouvi-los o que tem a dizer sobre a instituição e sobre seus trabalhos
integrando toda a equipe da instituição, são ações importantes para melhorar a comunicação e
o desenvolvimento do trabalho. Diante do exposto, a gestão pode analisar o diagnóstico
apontado, as sugestões elencadas e estabelecer um planejamento que contemple a eficiência e
eficácia e a efetividade atingindo o bem comum público na proporção da melhoria contínua.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 8666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras
providências. Disponível em< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm. Acesso em:
15.06.2017.
CASTILHO, Ana Regina; RECONDO, Rogéria, MANFRO, Gisele; Transtornos de Ansiedade.
Revista Brasileira de Psiquiatria Vol.22. São Paulo. DEC. 200. Disponível em:< http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462000000600006> Acesso em 25.05.2017.
CALDAS, Cláudia Bonfá; SOMENSARI, Patrícia; COSTA, Simone do Nascimento da. Satisfação e
engajamento no trabalho: docentes temáticos e auxiliares da EAD de universidade privada brasileira.
Gerais. Rev. Interinst. Psicol. vol.6 no.2 Belo Horizonte jul. 2013. disponível em:< http://
pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-82202013000200006>. Acesso em
09.06.2017.
104
CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento Estratégico: fundamentos e aplicações.1.
ed.13º tiragem. Rio de Janeiro. Elsevier.2003.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações/
Idalberto Chiavenato.3 eds.- Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
SILVA, Margarete Gomes de Oliveira. Terceirização no âmbito do serviço público federal:
obrigatoriedade contratual das terceirizadas treinarem seus funcionários. Trabalho final apresentado
ao Curso de Especialização em Direito Legislativo realizado pela Universidade do Legislativo Brasileiro
– UNILEGIS e Universidade Federal do Mato Grosso do Sul – UFMS. Universidade do legislativo
brasileiro. Brasília 2005.Disponível em:< https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/
141084/Margarete%20Gomes%20de%20Oliveira%20Silva.pdf ?sequence=4 > Acesso em 24.05.2017.
105
O ESTADO ATUAL DO TRATAMENTO DE
LIXO ELETRÔNICO NO BRASIL
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A tecnologia no Brasil e no mundo vem avançando cada vez mais, a cada dia equipamentos
tecnológicos modernos e cada vez mais robustos vem sendo a prioridade dos consumidores, fazendo
assim com que os ultrapassados entrem em desuso e virem lixo eletrônico. O lixo eletrônico ou e-
lixo pode ser definido como resíduo gerado pelo descarte de equipamento eletrônico. Um dos
grandes problemas que vemos hoje em dia é o descarte incorreto desse lixo que possui em sua
composição substancias químicas prejudiciais ao meio ambiente e à saúde humana.
Neste artigo serão apresentados os resultados das revisões bibliográficas realizadas como
etapa do projeto “Lixo Eletrônico: O Desenvolvimento de Boas Pratica no FMA\Coelho Neto”
que possui como objetivo estimular os alunos do Curso Técnico Profissionalizante do Nível
Médio do IFMA/Campus Coelho Neto a estudar e aprimorar práticas e políticas de tratamento
de lixo eletrônico no âmbito do IFMA.
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
73 74 75, 76
, , Estudante do Curso Técnico em Informática, Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Maranhão
(IFMA) Coelho Neto- MA.
77
Doutor em Ciências da Computação, Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Maranhão (IFMA) Coelho
Neto- MA.
106
trata a lei, qual seus preceitos, recomendações, e outras informações julgadas importantes. Logo
após, foi elaborada uma busca por artigos, projetos, notícias e ações desenvolvidas no Brasil,
que buscavam o tratamento de lixo eletrônico, esse levantamento possuía como objetivo obter
conhecimento teórico e verificar quais as práticas desenvolvidas no contexto. Após a busca,
aconteceu uma apresentação para expor ao grupo os resultados das informações coletadas, foi
efetuado um estudo e apresentação sobre o artigo “Revisão do Tratamento Sustentável do Lixo
Eletrônico em IES: Estudo de Caso”, uma pesquisa sobre o teor da revista Agenda Social, uma
coleta de informações sobre o projeto de e-lixo de Buriticupu- MA.
4 RESULTADOS
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se que o e-lixo é um problema da sociedade que não está sendo tratado da maneira
correta, pois não existem politicas especificas de tratamento do mesmo, e muita das vezes o
resíduo são descartados de maneira impropria, prejudicando assim o meio ambiente e a saúde
humana.
107
6 AGRADECIMENTOS
Obrigada a Todos.
REFERÊNCIAS
ONU. Assembleia Geral das Nações Unidas. ONU prevê que mundo terá 50 milhões de toneladas de
lixo eletrônico em 2017. Disponível em: <http://nacoesunidas.org/onu-preve-que-mundo-tera-50-
milhoes-de-toneladas-delixo- eletronico-em-2017>/.
Reciclagem de Lixo Eletrônico – Universidade Estadual Piauí- UESPI, Disponível em: http://
www.uespi.br/npd/projetos/projeto-reciclagem- de-lixo-eletronico/.
Brasil produz 36% do lixo eletrônico da América Latina, mostra estudo, disponível em: http://
g1.globo.com/tecnologia/noticia/2015/12/brasil-produz-36-do-lixo-eletronico-da-america-latina-
mostra-estudo.html
Revisão do tratamento sustentável do lixo eletrônico em IES: Estudo de Caso. Fernando Cesar Coelho
França. Mestrando em Engenharia de Produção, UENF. http://www.uenf.br/Uenf/Downloads/
Agenda_Social_8052_1288185351.pdf
108
IMPACTO DA UTILIZAÇÃO DE LÂMPADAS FLUORESCENTES
COMPACTAS EM INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O presente trabalho trata sobre o estudo da utilização das lâmpadas fluorescentes nas
mais diversas residências dos consumidores. Diante do cenário atual de energia, com reservatórios
em baixa e grande pico de consumo, torna-se mais imprescindível a economia desta e o seu uso
consciente, contribuindo para a preservação das fontes e seu prolongamento. As lâmpadas
fluorescentes consistiram em uma grande revolução na indústria de iluminação com sua
tecnologia inovadora, permitindo uso de menos energia com maior nível de iluminamento e
eficiência energética. O problema, porém, consiste nas deformações das ondas de corrente e
tensão e o que pode acabar por prejudicar em mal funcionamento outros aparelhos eletrônicos
que por ventura possam estar conectados na mesma instalação elétrica. [1]
2 OBJETIVOS
Determinar as distorções que o uso demasiado das lâmpadas fluorescentes causam nas
ondas de tensão e corrente quando instaladas nas residências e os impactos que podem causar a
outros aparelhos eletrônicos conectados a rede elétrica. Demonstrar a diminuição da qualidade
de energia pela utilização irrestrita destas lâmpadas e propor o uso de reatores mais eficientes.
3 METODOLOGIA
78
Graduado em engenharia elétrica. Técnico de laboratório – IFMA, Coelho Neto – MA.
Orientador: Prof Dr. Ronaldo Ribeiro Corrêa, Engenheiro eletricista, IFMA – São Luís.
109
acesso aos gráficos de onda distorcida, espectro de Fourier das harmônicas relacionadas bem
como as taxas de distorção totais (THDi e THDv) das grandezas aferidas. Seu registro é feito
até a componente de ordem 49 mostrando a freqüência e valor rms das harmônicas em questão.
O analisador utilizado nas atividades experimentais foi o ET-5061C mostrado na figura abaixo:
Multisim
4 RESULTADOS
Análise das harmônicas de tensão e corrente na saída dos reatores realizada com o auxilio
do analisador de qualidade de energia. Os gráficos que se seguem mostram a distorção harmônica
de tensão e corrente. A distorção harmônica de tensão e corrente obtida foi medida na saída dos
reatores das LFC’s. Estas medições foram feitas com a utilização do analisador de qualidade de
energia, conforme ligação e forma descritos na metodologia deste presente trabalho.
No gráfico é mostrado as harmônicas com suas respectivas magnitudes da lâmpada FLC de
11 W. As harmônicas consideradas possuem ordem até número 20 com suas frequências aumentando
gradativamente em 60 Hz. Os valores encontrados estão acima dos permitidos pelas normas
internacionais. São exatamente estes valores de distorção que são prejudiciais a instalação elétrica.
110
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
[1] SANKARAN, C., Power Quality. Editora - Direct all inquiries to CRC Press LLC, 2000 N.W.
Corporate Blvd., Boca Raton, Florida 33431
[2] Harmônicos em instalações elétricas Disponível em < www.engematec.com.br >. Acesso em 15/
11/2014, 15:32.
111
ARTE, CULTURA E IDENTIDADE PARA A
DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
79
Licenciada em História, Especialista em Ciências Humanas e Mestra em Desenvolvimento Humano. Faculdade do Baixo
Parnaíba – FAP, Chapadinha – MA.
112
Quanto ao caráter científico da metodologia desta pesquisa, Minayo (2004) traz uma
contribuição significativa, que é sintetizada na seguinte afirmação:
Enquanto conjunto de técnicas, a metodologia deve dispor de um instrumental claro,
coerente, elaborado, capaz de encaminhar os impasses teóricos para o desafio da prática. [...]
(MINAYO, 2004, p.16)
Clareza, objetividade e coerência são, pois, os principais dispositivos instrumentais
adotados como fundamentos na metodologia deste artigo.
A partir do estudo do tema foram produzidos álbuns fotográficos com imagens referentes
a aspectos culturais por eles identificadas e dicionários com palavras e expressões das culturas
acima citadas.
A mesma foi desenvolvida nas seguintes escolas: Unidade Integrada Agustinho Ribeiro
de Aguiar quantidade de alunos: 604. Unidade Integrada Dr. Almada Lima quantidade de
alunos: 1051. Unidade Integrada Francisco Isaias do Nascimento quantidade de alunos:
805 Unidade Escolar Djalma Dutra- Povoado Lagoa Amarela quantidade de alunos: 30.
Unidade Escolar Rui Barbosa- Povoado Veredão quantidade de alunos: 115.Totalizando:
2605. Sendo as três primeiras localizadas na zona urbana e as duas últimas na zona rural.
Ressalta-se que as duas escolas da zona rural foram escolhidas levando em consideração a
situação de ambas, a primeira fica localizada no povoado historicamente reconhecido como
um dos quilombos. (Quilombo da Lagoa AMARELA). E a segunda em uma área de
assentamento.
Após leitura coletiva e individual e socialização do tema traçou-se o plano que foi
desmembrado por cada escola. E foram constituídos grupos de trabalhos coordenados pelos
professores das mesmas.
4 RESULTADOS
Cada uma das escolas procurou diversificar da melhor maneira os trabalhos com seus
alunos. A seguir demonstrarei algumas ações desenvolvidas por uma das escolas onde foi
realizada a pesquisa.
113
Roda de capoeira do grupo Muzenza. Tambor de crioula.
Todas as Escolas fizeram estudo do tema e traçaram planos de ação com as mais variadas
atividades tais como: visitas a Centros de Umbanda, Rodas de Capoeira, Danças de Tambor de
Crioula, apresentações de Bumba-meu-boi, Clubes de Reggae, passeio pela nascente e demais
pontos históricos do Município. Sempre fotografando o que identificavam como traços culturais
e entrevistando pessoas observando as expressões linguísticas de ancestralidade afro-indígena.
Após dois meses de estudos e pesquisas as Escolas realizaram suas Culminâncias expondo tudo
o que foi catalogado ao longo da pesquisa.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todo esse período de realização do projeto foi de muitas aprendizagens, os alunos fizeram
grandes descobertas. As culminâncias tiveram a participação ativa da comunidade escolar e
local. Foi um momento de exposição de stands de tudo que foi pesquisado e produzido, bem
como de apresentações de diversas atividades culturais. Destaca-se também as apresentações
feitas pelos alunos que brilhantemente receberam aplausos de todos os presentes.
O momento das culminâncias deste trabalho demonstrou também o espírito de parceria
de todos os funcionários das escolas e dos demais envolvidos, que juntos não escondiam a
satisfação de estarem vivenciando momento importantíssimo para as escolas e para educação
chapadinhense de modo geral.
As apresentações culturais dos convidados também chamaram bastante atenção de todos,
que durante as mesmas houve a interação de todos, o que demonstra o orgulho que se tem de
nossas raízes e de nossa cultura.
114
Dessa forma, o projeto atendeu seu objetivo pois tudo ocorreu conforme o planejado,
chegando até a superar as expectativas, simplesmente um momento marcante na história de
nosso município.
REFERÊNCIAS
Fundo das Nações Unidas para a Infância Guia de Participação dos Adolescentes - Selo UNICEF
2013-2016/ Fundo das Nações Unidas para a Infância - Brasília: UNICEF, 2014. 37 p.: il. 1. Cidadania
- Criança e Adolescente. 2- Cultura Indígena. 3- Cultura afro-brasileira. I. Título.
MINAYO, M. C. de S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 8. ed. São Paulo:
Hucitec, 2004.
115
RESGATE HISTÓRICO-CULTURAL EM ASSENTAMENTO NO
MUNICÍPIO DE COELHO NETO-MA
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O termo cultura tem sido amplamente explorado por várias áreas do conhecimento como
a Sociologia, Antropologia e Psicologia. Porém, em nenhuma dessas áreas há uma definição
consensual do que seja cultura, o que demonstra a complexidade e riqueza da aplicação do
termo (FERREIRA, 1986). Segundo o antropólogo Kroeber (1917), o homem age de acordo
com seus padrões culturais e instintos. As práticas socioculturais são as ações que as pessoas
realizam e efetivam na comunidade, no seu contexto social, pautadas em costumes e regras.
De acordo com Laraia (2004), a cultura constitui uma utilidade, serve como uma espécie
de lente através da qual o homem vê o mundo e interfere na satisfação das necessidades fisiológicas
básicas. Nesse sentido, para se pertencer a determinado grupo social é necessário ter informações
mínimas sobre a cultura, o que é viabilizado no processo de socialização e resulta na herança
histórico-cultural que condiciona o comportamento de todos da comunidade.
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
2.2 ESPECÍFICO
3 METODOLOGIA
Esta pesquisa tem cunho qualitativo, onde optou-se pela abordagem teórico-metodológica
da pesquisa etnográfica, com foco na descrição e análise das prática histórico-culturais no
80
Estudante do Curso Técnico em Informática, IFMA, Coelho Neto-MA.
81
Estudante do Curso Técnico em Informática, FMA, Coelho Neto-MA.
82
Estudante do Curso Técnico em Informática, IFMA, Coelho Neto-MA.
83
Mestra em Letras; Universidade Federal do Piauí (UFPI); Teresina-PI.
84
Especialista em Educação, Pobreza e Desigualdade Social; Universidade Federal do Maranhão (UFMA); São Luís-MA.
116
assentamento Vila de Fátima, município de Coelho Neto-MA. A fim de adentrarmos na
comunidade para seu conhecimento mais profundo, solicitamos o auxílio de um informante
neutro que nos apresentou alguns moradores do local e nos guiou; procedemos ao conhecimento
do campo da pesquisa, mediante anotações de campo, para a investigação dos aspectos histórico-
culturais que culminam na formação do referido assentamento, considerando as impressões
dos moradores da localidade e do estudo bibliográfico e/ou documental sobre a origem da
região em questão.
Aplicamos questionário para averiguarmos as práticas histórico-culturais dos informantes
que auxiliam nas interpretações, enquanto indivíduos situados numa sociedade e cultura. Quanto
aos aspectos éticos da pesquisa, frisamos que os sujeitos envolvidos na pesquisa foram informados
sobre os objetivos da investigação e, em concordância, assinaram o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE), firmando aceitar e contribuir com a mesma. Além disso, foi mantido
o sigilo quanto à identificação desses sujeitos.
Para a descrição das práticas histórico-culturais, utilizamos as seguintes categorias: 1.
Atividades festivas desenvolvidas 2. Propósito dessas atividades, 3. Sujeitos envolvidos e suas
atribuições, 4. Benefícios, 5. Malefícios, 6. Temáticas e 7. Espaço de realização. Os questionários
foram estruturados com questões objetivas e subjetivas, mas com predominância das primeiras.
Mediante sua análise, tivemos acesso aos tipos de práticas histórico-culturais desenvolvidas,
como elas ocorrem, com que frequência, com que recursos, qual percepção dos moradores da
comunidade em relação a essas práticas.
4 RESULTADOS
O prédio escolar foi feito em 2003, porém, antes existia uma casa onde ficavam os bodes
e foi adaptada para ser uma escola. Quando chegaram no assentamento, o número de crianças
aumentou, em decorrência disso fizeram um barracão, que passou a ser utilizado com ambiente
educacional, o que repercutiu em solicitação de uma escola e de professores com qualificação
ao governo, e consequente construção da atual Escola Vanda Bacelar, pois era o nome da antiga
e adaptada. Em 2003, foi inaugurada contendo 2 salas de aula; no ano de 2016, contava com 58
alunos e 3 professores. As disciplinas ministradas são 7 (sete) e de forma interdisciplinar, e as
atividades de rotina são: cantar o Hino Nacional, do Movimento dos Sem-Terra, do Maranhão
e o do município de Coelho Neto.
117
Após o estudo das referências e aplicação dos questionários, constatamos que é consensual
a inexistência de preconceito no assentamento, bem como de segregação. Há festivais culturais,
como: festejo e aniversário do assentamento; também há projetos culturais de futebol e cinema.
Todos jogam futebol, os jovens e os adultos se dividem praticam tanto futebol como caminhada e
os idosos têm o hábito de fazer caminhada. Predominam como atividades de lazer: jogar futebol,
banhar no rio, em época de cheia, e dançar forró. Os moradores têm acesso à tecnologia, mas a
internet atualmente tem sido compartilhada entre grupos que se reúnem para pagamento da conta.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a Deus, pois ele sempre me deu forças e coragem para
seguir com esta pesquisa; em segundo, a meus pais, amigos de projetos e principalmente minha
orientadora, ela que sempre tem tempo e acima de uma simples orientadora, é nossa conselheira,
que por via das vezes chama nossa atenção!
118
REFERÊNCIAS
FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
KROEBER, A. L. The superorganic. Américan Antropologist, v. 19, n. 2, 1917.
LARAIA, R. D. B. Cultura um conceito antropológico. 17 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,
2004.
119
O SISTEMA CARCERÁRIO NO BRASIL:
A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO
SISTEMA PENITENCIÁRIO
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Os direitos humanos devem ser direcionados a todos os seres humanos, contudo, o Estado
tem violado reiteradas vezes esses direitos, principalmente no que diz respeito às entidades
carcerárias, que não cumprem o seu papel de ressocialização e submetem os seus tutelados a
condições subumanas. Diante da crise penitenciária, vislumbra-se que o princípio da dignidade
da pessoa humana há muito tempo não tem sido observado e somado à imagem desumana que
a mídia atrela aos presos, demonstra a necessidade de uma reforma urgente, a fim de minimizar
os danos do cárcere.
2 OBJETIVO
O artigo ora elaborado tem como objetivo basilar avaliar a situação hodierna do sistema
carcerário brasileiro, o qual viola os direitos humanos. Ademais, este trabalho analisa a
possibilidade de novas formas de punir (com polidez e senso mais humanitário), comparando
os métodos punitivos adotados desde os séculos passados até as modernas instituições
correcionais, conforme a ótica da obra Vigiar e Punir do epistemólogo francês Michel Foucault.
3 METODOLOGIA
Para tanto será utilizado a pesquisa bibliográfica, jurisprudencial e legislativa, bem como
a análise de artigos científicos relacionados à área estudada.
4 RESULTADOS
85
Acadêmico de Direito da Faculdade de Ciência e Tecnologia do Maranhão. Mestrando em Letras na Universidade
Federal o Rio Grande do Norte. Especialista em Gestão Pública pela Universidade Estadual do Maranhão. Graduado em
Letras - Espanhol pela Fundação Universidade do Tocantins. Graduado em Pedagogia pela Universidade Estadual do
Piauí. Coelho Neto-MA
86
Acadêmica de Direito da Universidade Estadual do Piauí. Membra da JusPiauí Júnior. Estagiária do Ministério Público do
Estado do Piauí. Coelho Neto-MA
120
o descrédito na pena de prisão. Os dois séculos em que esta forma de punição foi exclusiva
foram suficientes para se concluir sua falência em termos de prevenção e de ressocialização.
Além de tudo isso, a mídia muito tem influenciado para que a sociedade visualize os direitos
humanos como “protetores de bandidos”, quando na verdade estes direitos são destinados a
proteger toda a sociedade.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do que foi exposto, entende-se que é urgente uma reformulação do sistema punitivo
brasileiro, bem como o seu conjunto legislativo, com vistas a exterminar – mesmo que a longo
prazo- o caos prisional no Brasil, onde as penas são mal aplicadas e calculadas de forma injusta,
os presídios são superlotados e sem as mínimas condições de dignidade, os condenados não são
ressocializados e outros tantos problemas.
É preciso aplicar penas mais humanas e desconsiderar a possibilidade de prisão perpétua,
pena de morte, e redução da maioridade penal, e sim uma transformação social capaz de
conscientizar desde as crianças até os mais velhos quanto aos malefícios da prática da
criminalidade. Por derradeiro, vale parafrasear Beccaria, que dizia que entre as penalidades e o
modo de aplicá-las, é necessário escolher os meios que devem promover no espírito público a
impressão mais eficiente e menos cruel no organismo do culpado.
REFERÊNCIAS
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. Tradução de J. Cretella Jr. e Agnes Cretella. 3ª edição
revista da tradução. São Paulo: Editora revista dos Tribunais, 2006.
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988.
BRASIL. Código Penal. Vade Mecum: Edição especial. Editora Revista dos Tribunais. 3 ed. São Paulo/
SP, 2015
BRASIL, Lei de Execução Penal. Lei n° 7210 de julho de 1984.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão; Tradução de Raquel Ramalhete. 41 ed.
Petrópolis/Rio de Janeiro: Vozes, 2013.
MOREIRA, Rômulo de Andrade. Sistema carcerário búlgaro: Bulgária x Brasil. Revista Jus Navigandi,
Teresina, ano 19, n. 4143, 4 nov. 2014. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/33457>. Acesso
em: 5 nov. 2015.
PANÓPTICO. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2015. Disponível
em:<https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pan%C3%B3ptico&oldid=43287911>. Acesso em:
5 nov. 2015.
121
ROTATIVIDADE DE PESSOAL E DESEMPENHO
ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DE CASO NA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO,
CAMPUS COELHO NETO
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2 OBJETIVOS
Como objetivo geral, o estudo pretende compreender as causas que levam a rotatividade
de pessoal e que consequências ela provoca no desempenho das instituições públicas de ensino,
mediante análise da situação atual de um campus universitário. E como objetivos específicos:
levantar dados teóricos sobre o tema; caracterizar o objeto pesquisado e identificar o fenômeno
baseado no relato dos funcionários da instituição pesquisada, tendo em vista a realidade em
que a referida instituição se encontra.
87
Especialista em Gestão Pública; Universidade Estadual do Maranhão (UEMA); Timon-MA;
88
Mestre em Administração Rural; Universidade Federal Rural do Pernambuco (UFRPE); Recife-PE.
122
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
PERGUNTAS: RESPOSTAS:
Conforme essas respostas, é possível observar, que o campus Coelho Neto atualmente
dispõe de apenas um servidor concursado e que os outros colaboradores, que são a grande maioria,
não se beneficiam com o instituto da estabilidade, pois as admissões em cargos de comissão são
de livre nomeação e exoneração (GASPARINI, 2003).
Diniz (1998, p. 20) define a estabilidade como “um atributo do cargo público que assegura
a continuidade da prestação do serviço público, que é de caráter permanente”.
123
Tabela 02 – Consequências da rotatividade de pessoal e desempenho organizacional:
PERGUNTAS: RESPOSTAS:
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Depois de coletar, interpretar e analisar os dados da entrevista, fazendo uma relação com
as teorias existentes sobre o tema pesquisado, foi possível identificar que as causas da rotatividade
nesse campus se resumem em duas variáveis específicas. A primeira diz respeito a falta de
estabilidade da maioria de seus funcionários, pois estes são admitidos por contratos temporários
e por nomeações em cargos de comissão, o que não garante a continuidade do serviço público.
E a segunda corresponde a má remuneração desses colaboradores, pois muitos se afastam
definitivamente da instituição por conseguirem propostas melhores de trabalho.
Essa pesquisa identificou também que as consequências trazidas pela rotatividade de
pessoal afetam o desempenho organizacional dessa instituição e consequentemente a qualidade
dos seus serviços, uma vez que os profissionais recém-chegados estão alheios aos procedimentos
124
referentes a sua área de atuação e não estão devidamente capacitados para exercerem suas
atividades. A universidade não disponibiliza documentos que orientem seus profissionais e
não possui um programa contínuo de capacitação por pessoas especializadas.
Este estudo simplificará ainda mais a compreensão por parte dos estudantes, pesquisadores
e gestores públicos sobre os aspectos que provocam a rotatividade de pessoal nas instituições
públicas de ensino e suas consequências, pois contribuirá também como auxílio para outras
organizações que se encontrem em situação igual ou parecida, entretanto por visualizar apenas
a realidade de um campus específico, ele possui algumas limitações.
Para pesquisas futuras recomenda-se que este tipo de investigação aborde um universo
amostral de maior proporção, tomando como base várias instituições públicas de ensino do
estado do Maranhão, ou aquelas que estão situadas em diferentes regiões do país. Outra
oportunidade de estudo com essa mesma temática será a análise desse fenômeno por outros
segmentos do setor público, isso facilitará o aprimoramento da gestão pública e
consequentemente a satisfação das necessidades coletivas.
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. Edição Compacta – 7ª edição. São Paulo: Atlas, 2002.
DINIZ, Paulo de Matos Ferreira. Tudo Sobre a Reforma Administrativa e as Mudanças
Constitucionais. Coletânea Administrativa Pública. Brasília: Brasília Jurídica, v.4, 1998.
GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
MAGALHÃES, E. M.; et al. A política de treinamento dos servidores técnico administrativos da
Universidade Federal de Viçosa (UFV) na percepção dos treinados e dos dirigentes da instituição. RAP,
Rio de Janeiro, v.44, n. 1, p. 55-86, jan/fev 2010.
SIMCSIK, T. OMIS: Organização, métodos, informações e sistemas. São Paulo:Makron Books, 1992.
125
MÚSICA E RESISTÊNCIA: HISTÓRIA E MEMÓRIA NAS MÚSICAS
DE CHICO BUARQUE E GONZAGUINHA
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Este projeto tem por objetivo analisar a produção musical de Luiz Gonzaga do
Nascimento Júnior e Chico Buarque de Holanda na resistência e militância durante a ditadura
civil e militar. Para tanto, utilizaremos pesquisa bibliográfica sobre a militância e a resistência
à ditadura, pesquisa da produção musical de Chico e Gonzaguinha, especialmente a produzida
nas décadas de 1970 e 1980 e análise das letras das músicas, buscando identificar trechos que
tem referência no movimento de militância próprio da década de 1970. Em 1964, os militares
ocuparam o poder instalando um novo sistema que se caracterizou dentre outras, pelo
autoritarismo, repressão e controle. Os “anos de chumbo” se tornaram o ápice da política
autoritária com um forte sistema de censura e repressão, que tinha como principais alvos
jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e quaisquer outras formas de expressão
artística e cultural que fossem consideradas ofensivas ao estado. Com esta política repressiva,
muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores foram investigados, presos,
torturados ou exilados do país. É neste contexto que os jovens músicos Chico Buarque e
Gonzaguinha aparecem com suas músicas recheadas de teor político e contestatório. Assim,
busca-se compreender a contribuição da produção musical destes para o movimento cultural
que fortaleceu o grito dos jovens nas décadas de 1970 e 1980 em resistência ao sistema político
vigente no Brasil, bem como seus valores de moral, ética e cultura. Para fundamentar esta
pesquisa, trabalharemos com autores como Le Goff, Chiavenato, Nadine Habert, Paulo Arns
e Glaúcio Dillon.
2 OBJETIVO
Este projeto tem por objetivo analisar a produção musical de Luiz Gonzaga do
Nascimento Júnior e Chico Buarque de Holanda na resistência e militância durante a ditadura
civil e militar.
89
Aluno do curso de Edificações na forma integrada ao Ensino Médio – IFMA Campus Timon, concorrente a bolsista do
CNPq/Capes. E-mail: davidbatistad9@hotmail.com.
90
Professora de História do IFMA – Campus Timon, mestre em História do Brasil pela Universidade Federal do Piauí –
UFPI. E-mail: maria.prazeres@ifma.edu.br.
91
Aluno do curso de Edificações na forma integrada ao Ensino Médio – IFMA Campus Timon, concorrente a bolsista do
CNPq/Capes. E-mail: miguelemary@live.com.
126
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
O regime que havia se instalado no Brasil desde 1964 não trazia muitas perspectivas
democráticas para o país. Mesmo que muito dos presidentes se dissessem defensores da
democracia, o que se viu em todo o território nacional foi acirramento do autoritarismo do
chefe do Executivo. Neste sentido, o regime estabelecido em 1964 passou longe de ser uma
resposta ao anseio da população, como bem destacou o historiador Ronaldo Costa Couto: “O
povo não teve participação relevante. Não foi ouvido e nem se manifestou espontaneamente.
Mais uma vez, é antes objeto que sujeito da história, conforme a tradição do país”. (COUTO,
1999, p. 389).
127
Logo após quatro anos de regime civil e militar, o então presidente Costa e Silva promulga
o que seria um dos golpes mais cruéis contra a democracia brasileira, o Ato Institucional Nº5,
como já exposto anteriormente. O AI-5, sem dúvida, é um dos marcos do regime civil e militar
no Brasil, pois se constituiu como o ponto culminante do autoritarismo, uma vez que
129
este episódio, o cerco às suas composições endurece, contudo torna Chico um ponto de referência
para os amantes da liberdade e críticos da repressão.
Luiz Gonzaga do Nascimento Junior nasceu em 22 de setembro de 1945, na cidade do
Rio de Janeiro. Filho de Luiz Gonzaga e Odaléia Guedes dos Santos, Gonzaguinha ficou órfão
de mãe ainda muito cedo e por seu pai ter que percorrer o Brasil fazendo shows, o garoto foi
tutelado por Leopoldina de Castro Xavier (Dina) e Henrique Xavier (Xavier), seus padrinhos,
até os dezesseis anos de idade quando volta a morar com seu pai no bairro Cocotá, no Rio de
Janeiro. (MENEZES; ROCHA, 2014)
Compôs sua primeira canção aos catorze anos, Lembranças da Primavera, gravada pelo
Rei do Baião em 1964. Nesse período, por constantes desentendimentos com sua madrasta
Helena, foi para um internato, onde pode-se dizer que formulou bastante de seu caráter sócio-
político. Formou-se em economia pela Faculdade Cândido Mendes de Ciências Econômicas,
no Rio de Janeiro, apesar de nunca ter atuado na área. Nas rodas de violão na casa do psiquiatra
Aluízio Carrero, conheceu Ivan Lins e vários companheiros. Lá também conheceu Ângela, sua
primeira esposa e mãe de seus filhos Daniel e Fernanda.
Nas palavras de Scoville (2007), o MAU – Movimento Artístico Universitário, do qual
fazia parte Ivan Lins, César Filho, Paulo Emílio e outros foi inicialmente – depois de um sucesso
enorme com lançamento de álbuns de alguns integrantes – transformado em programa televisivo
transmitido pela antiga TV Tupi em fins da década de 60. Atingindo níveis cada vez mais altos
de audiência, foi comprado pela TV Globo, chamado Som Livre Exportação, nome também
dado ao LP da gravadora Philips. Esta nova etapa, porém, marca o a ruptura do grupo, já
bastante abalado por intrigas internas e um crescente interesse monetário de alguns. Mesmo
assim, foi um marco na expansão da música popular brasileira em um período já torridamente
marcado pela censura e os novos padrões militares de ser e agir. Neste sentido, o especialista em
contracultura no Brasil na década de 1970, José Roberto Zan expõe que:
Sua música de maior sucesso – e uma das mais subversivas – Comportamento Geral, foi
responsável por transformá-lo num artista conhecido pelo povo, após uma apresentação no
programa televisivo Flávio Cavalcanti, o que também gerou seu primeiro encontro com a censura.
O Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) proibiu a exibição da música em qualquer
meio de comunicação, mas não sua comercialização, o que contribuiu para a rápida
comercialização da música.
Já com uma carreira mais consolidada, Gonzaguinha lançou inúmeras outras músicas,
sem deixar de incomodar o regime, e pondo sempre a sua marca de militância. Dentre as
composições censuradas, podemos destacar a música É, que criticava abertamente a ditadura
militar com versos como:
130
[...]
A gente quer é ter muita saúde
A gente quer viver a liberdade
A gente quer viver felicidade...
[...]
A gente quer viver pleno direito
A gente quer é ter todo respeito
A gente quer viver numa nação
A gente quer é ser um cidadão (Gonzaguinha, Corações Marginais, 1988)
Apesar de ser lançada somente no disco Corações Marginais em 1988, a música provavelmente
foi escrita ainda nos anos áureos de censura e foi considerada por muitos como um hino à
liberdade ao narrar sobre os anseios de uma juventude desprovida de liberdade e cidadania.
Em outra música, não menos politizada, Gonzaguinha faz uma conclamação aos jovens
militantes que resistiam ao regime até mesmo sob a condição de coerção, prisão e tortura. A
música lançada em trazia seus versos contaminados de engajamento político, assim se apresentava
Vamos a Luta!:
Eu acredito é na rapaziada
Que segue em frente e segura o rojão
Eu ponho fé é na fé da moçada
Que não foge da fera e enfrenta o leão
Eu vou à luta com essa juventude
Que não corre da raia a troco de nada
Eu vou no bloco dessa mocidade
Que não tá na saudade e constrói
A manhã desejada (Gonzaguinha, 1980).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANGELO, Vitor Amorim de. Ditadura militar, esquerda armada e memoria social no Brasil. – São
Carlos: UFSCar, 2011. (Tese de doutorado do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais –
Universidade Federal de São Carlos).
ARNS, Paulo Evaristo. Brasil: nunca mais. 32. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO. Brasil nunca mais: Um relato para a História. 4ª ed. Petrópolis:
Vozes, 1985.
BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e abordagens. Petrópolis: Vozes,
2004.
BUENO, Eduardo. Brasil uma história: a incrível saga de um país. São Paulo, 2003.
CHIAVENATO, Júlio José. O golpe de 64 e a ditadura militar. 6. ed. São Paulo: Moderna, 1995.
COUTO, Ronaldo Costa. História indiscreta da ditadura e da abertura Brasil: 1964-1985. 2. ed.
Jorge Zahar: Ed. Record, 1999.
HABERT, Nadine. A década de 70: apogeu e crise da ditadura militar brasileira. São Paulo: Ed.
Ática, 1992.
SOARES, Gláucio Ary Dillon.; ARAÚJO, Maria Celina Soares d’; PINTO, Almir Pazzianotto. 21
anos de regime militar: balanços e perspectivas. Rio de Janeiro: Ed. da Fundação Getúlio Vargas,
1994.
VENTURA, Zuenir. 1968: o ano que não terminou. – 3 ed. – São Paulo: Editora Planeta do Brasil,
2008.
VILLA, Marco Antonio. Ditadura à Brasileira. São Paulo: Leya, 2014.
ZAN, J. R. Música popular brasileira, indústria cultural e identidade. In: ECCOS Rev. Cient.,
UNINOVE, São Paulo: 2001, (n. 1, v. 3): 105-122.
_________. “Secos & Molhados: o novo sentido da encenação da canção”. Universidade Estadual
de Campinas, 2001. Disponível em <http://www.hist.puc.cl/iaspm/lahabana/articulosPDF/
JoseRobertoZan.pdf>. (Acesso em 24 de Março de 2017).
132
HISTÓRIA E MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO MARANHENSE EM
CAZUZA, DE VIRIATO CORRÊA
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
A referida obra “Cazuza” de Viriato Corrêa, publicada em 1938 e considerada uma obra
memorialista, traz questões importantes para compreendermos a educação no Estado Novo. A
política autoritária de Getúlio Vargas implantada a partir de 1937 tinha na educação um dos seus
mais fortes elementos, uma vez que, a educação era vista como um sistema eficaz de controle. Assim,
além de educar as mentes sobre a questão da moral e dos bons costumes, a educação também precisava
ser um meio de disciplinar, civilizar o corpo. Portanto, esta pesquisa se propõe a discutir os aspectos
da educação maranhense durante a ditadura varguista utilizando-se da obra “Cazuza”.
2 OBJETIVO
2.1 GERAL
Analisar a educação no Estado Novo através da obra Cazuza de Viriato Corrêa, publicada
em 1938.
• Compreender quem foi o literato Viriato Corrêa e sua importância como intelectual
durante o período do Estado Novo;
• Discutir o modelo educacional implantado por Getúlio Vargas a partir de 1937;
• Entender como se dava a relação professor-aluno no cotidiano da sala de aula durante o
Estado Novo;
• Identificar que métodos punitivos eram utilizados em sala de aula segundo a narrativa
do romance Cazuza;
• Refletir que elementos de permanências e rupturas são percebidos no espaço atual da educação.
3 METODOLOGIA
92
Professora de História do IFMA – Campus Timon, mestre em História do Brasil pela Universidade Federal do Piauí – UFPI.
93
Aluno do curso de Eletroeletrônica na forma integrada ao Ensino Médio – IFMA Campus Timon, concorrente a bolsista
do CNPq/Capes.
133
saber, analisar a educação no Estado Novo. Neste sentido, faremos uma leitura pormenorizada
tentando mapear os métodos de ensino, as táticas de ensino, a função do professor, como se
dava o processo ensino-aprendizagem, a relação professor-aluno, a questão física da escola, os
métodos punitivos, etc.
4 RESULTADOS
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, compreendemos quem foi o literato Viriato Corrêa e sua importância como
intelectual durante o período do Estado Novo, observamos o modelo educacional implantado
por Getúlio Vargas, que além de educar as mentes sobre a questão da moral e dos bons costumes,
134
a educação também precisava ser um meio de disciplinar, civilizar o corpo. Logo também se foi
possível entender como era a relação entre professor e aluno, identificando que o professor era a
autoridade maior em sala de aula. Outro aspecto identificado foi os métodos punitivos, que
serviam para ora disciplinar, ora castigar, sendo eles três: a palmatória, o ajoelhar-se sobre os
caroços de milho e por fim as orelhas de burro. Com base nesta ideologia autoritária varguista
é que Viriato Corrêa publica o “Cazuza”, uma obra que legitima através da literatura infantil o
respeito à nação, ao progresso, à disciplina e à moral, ressaltando que a devida pesquisa está em
andamento e outros resultados têm por vir.
6 AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
135
ESTUDO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DA BACIA
HIDROGRÁFICA DO PARNAÍBA, ÁREA DO
MUNICÍPIO DE COELHO NETO – MA
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nos últimos anos, em função da crise de abastecimento hídrico nos espaços urbanos e
rurais, a sociedade tem mostrando-se mais atenta as denúncias de mau uso das bacias
hidrográficas presentes nas diferentes regiões brasileiras. No Maranhão, estado nordestino que
sempre apresentou dados pluviométricos satisfatórios para manutenção de seus rios como perenes
ao longo de todo ano, atualmente tem encarado uma preocupante escassez em seus recursos
hídricos, consequência dos baixos índices pluviométricos.
O rio Parnaíba é o objeto de estudo da pesquisa, possuindo 1.282 km de extensão, separando
os estados do Maranhão e Piauí e desemboca no oceano Atlântico em forma de delta. A pesquisa
que estar sendo realizada faz a descrição do objeto de estudo com o objetivo de obter características
topográficas do rio e identificar impactos gerados direta e indiretamente por ações antrópicas,
que contribuem para degradação do trecho estudado da bacia. Esses impactos que tem degradado
os ambientes fluviais serão apresentados no decorrer do projeto, tais como assoreamento,
desmatamento e poluição das águas fluviais.
2 OBJETIVOS
1..1 Geral
Identificar transformações ambientais causadas por ações humanas no rio Parnaíba, área
do município de Coelho Neto – MA.
2.2 Específicos
94
Especialista Educação Profissional integrada com a Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos
campus Monte Castelo –MA Educação Profissional integrada com a Educação Básica na modalidade de Educação de
Jovens e Adultos
95
Bolsista de pesquisa, curso técnico Informática, IFMA, campus Coelho Neto-MA
136
• Produzir estudo atualizado sobre o processo de degradação do rio Parnaíba no município
de Coelho Neto – MA.
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
137
com datação da Era Mesozoica. Conforme MMA (2003, p.170), a temperatura média da região
é de 27°C, e a precipitação anual média é de 1.726 mm/ano e a evapotranspiração anual
média é de 1.517 mm/ano.
De acordo com esses dados é possível identificar a distribuição irregular das precipitações
e a grande variedade de características climáticas na região. Variando seus dados ao longo do
ano, com período chuvoso entre dezembro e abril e estiagem de maio a novembro, típico do
clima tropical sub-úmido. A variedade de tipos vegetacionais ao longo dos três cursos da bacia
hidrográfica do Parnaíba, justifica-se pela mudança significativa dos índices pluviométricos
anuais e da umidade relativa do ar nessa região. Podem ser identificados os seguintes biomas: o
cerrado no Alto Parnaíba; a caatinga no Médio e Baixo Parnaíba; e o bioma Costeiro no baixo
Parnaíba. Na área de estudo o destaque é para o cerrado e para mata dos cocais. Durante as
visitas ao trecho estudado foram identificados impactos como erosão das margens devido a
retirada da mata ciliar. Esse desmatamento acarreta em aumento do quantitativo de sedimentos
levados pelas águas pluviais para dentro do leito do Parnaíba, acelerando o processo de
assoreamento do curso.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O manejo inadequado do ambiente fluvial, no trecho estudado do rio Parnaíba, pode ser
identificado em processos que provocam o desequilíbrio do mesmo. Eles estão sendo registrados
de diferentes maneiras durante visitas de campo, tais como: entrevistas, fotografias e dados
quantitativos coletados. A área de estudo está sendo avaliada de modo que possam obter
resultados de acordo com os dados analisados no perfil do rio. Tais resultados são imprescindíveis
para o bom andamento da pesquisa. A partir dos dados coletados estão sendo produzidos
materiais cartográficos com o intuito do obter mais informações sobre a área de pesquisa, nele
é possível identificar os pontos de coleta e a posição do município no trecho drenado. Estudo
atualizado sobre o rio, destacando os problemas ambientais presentes na área ocasionados pela
interferência humana.
REFERÊNCIAS
CODEVASF, Bacia do Parnaíba abriga 4,8 milhões de pessoas, 279 municípios e três diferentes biomas.
Disponível em:<https://www.codevasf.gov.br/noticias/2014/bacia-do-parnaiba-abriga-4-8milhoes-de-
pessoas-279-municipios-e-tres-diferentes-biomas/>. Acesso em 19 de janeiro de 2017.
IBGE, Cidades: Maranhão, Coelho Neto. Disponível em: <cidades.ibge.gov.br/xtras/
perfil.php?lang=&codmun=210340&search=maranh ao|coelho-neto>. Acesso em 19 de janeiro de
2017.
MMA. Ministério do meio ambiente. Ecorregiões aquáticas do Brasil. Brasília: v 1.0, março/2005.
CD – ROM.
NUGEO/LABGEO. Atlas do Maranhão. 2. Ed. São Luís: GEPLAN, 2006.
138
GREEN CHALLENGE: UM JOGO EDUCACIONAL PARA O
ENSINO DO DESCARTE CORRETO E REUTILIZAÇÃO
DO LIXO ELETRÔNICO
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2 OBJETIVOS
2.1Geral
96, 97, 98
Estudante do Curso Técnico em Informática, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão
(IFMA), Coelho Neto –MA.
99
Mestre Ciência da Computação, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), Timon –MA.
100
Doutor em Ciência da Computação, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), Coelho
Neto –MA.
139
2.2 Objetivos Específicos
3 METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado a partir do levantamento das principais tecnologias e
frameworks utilizados no desenvolvimento de jogos educacionais. Analisamos os frameworks
Phaser101, Unity102, GameMaker103 e Construct 2 104 e optamos pelo Construct 2 para desenvolver
o jogo, pois de acordo com Dias (2017) possui ferramentas intuitivas e mais fáceis de usar na
criação de um jogo em relação aos demais. Assim como permite a criação de jogos digitais
multiplataforma em 2D baseados em HTML 5 para smartphones, tablets, computadores,
navegadores e consoles.
A segunda etapa deste trabalho foi a idealização da estrutura do jogo e a definição do
público alvo. Optamos por um Quiz educacional com perguntas objetivas, associativas, lógicas
e de memorização, direcionadas para alunos e servidores do IFMA-Campus Coelho Neto de
todas as idades. Estas perguntas de sua em sua grande maioria foram retiradas de artigos sobre
os temas: sustentabilidade e lixo eletrônico.
A terceira etapa foi a construção da estética do jogo, ou seja, a criação dos aspectos
artísticos (imagens e sons), estes nos quais foram ambientados no tema sustentabilidade. A quarta
e última etapa foi a implementação do jogo usando a ferramenta Construct 2, bem como inserir
no jogo as perguntas, figuras e sons.
4 RESULTADOS
O resultado principal deste artigo foi à criação do jogo educacional Green Challenge. O
mesmo incentiva o reaproveitamento de equipamentos obsoletos e o descarte correto do lixo
eletrônico. Além disso, estimula o desenvolvimento da educação ambiental e de uma consciência
ecológica, possibilitando a inclusão digital e social da comunidade.
A Figura 1 mostra a tela principal do jogo, onde encontram-se os menus: Play, Ranking
e Sair. Através do menu Play, o usuário inicia o jogo. O menu Ranking apresenta a lista de
jogadores com maior pontuação e a opção sair é usada para sair da aplicação. Ao iniciar, o
jogador enfrentará 30 desafios ou questões, que vão dificultando ao decorrer do tempo. Caso
uma alternativa errada seja escolhida, o jogo é encerrado e transferido para a tela de “Game
Over”, ilustrada pela Figura 2, e o jogador terá que iniciar o jogo novamente.
101
Disponível em https://phaser.io/
102
Disponível em https://unity3d.com/pt
103
Disponível em https://www.yoyogames.com/gamemaker
104
Disponível em https://www.scirra.com/’
140
Figura 1: Tela de início Figura 2: Tela de Game Over
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Baseado em estudos que apontam evidências de que os jogos contribuem para o processo
de ensino e aprendizagem, apresentamos neste artigo a criação do jogo Green Challenge, o qual
foi projetado para auxiliar o aprendizado de conceitos ecológicos e sustentáveis, voltado para
alunos e servidores do IFMA- Campus Coelho \neto, que proporciona um ambiente de
aprendizado estimulante.
O Jogo dispõe de questões e desafios divertidos que ensinam ao jogador o descarte correto
do lixo (eletrônico, orgânico ou reciclável) e os riscos do descarte incorreto. Além disso, Green
Challenge apresenta um layout agradável que proporciona um bom conforto visual durante sua
141
execução. Com estes atributos, o jogo poderá conscientizar os usuários, estimular o descarte
correto e o reaproveitamento do lixo, além de desenvolver a educação ambiental e digital em
torno do público alvo.
Para trabalhos futuros planejamos o acréscimo de mais questões, inserir conteúdo
(curiosidades, fotos e vídeos) sobre educação ambiental, hospedar e divulgar o jogo na internet,
além colocá-lo em um fliperama e deixá-lo disponível aos alunos do IFMA Campus Coelho
Neto.
6 AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
142
INTERVENÇÃO SOBRE O USO DE SUBSTÂNCIAS
PSICOATIVAS EM AMBIENTE ESCOLAR:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
1CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2 OBJETIVOS
Os objetivos da pesquisa aplicada são além da sensibilização dos alunos, por meio de
dados estatísticos e de informativos sobre do uso de drogas visam também a conscientização
acerca das consequências de uso/abuso de substâncias psicoativas que causam dependência
física e mental ocasionando alucinações que afetam o sistema nervoso central (SNC).
105
Estudante do Curso Técnico em Informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão
(IFMA)-Campus Coelho Neto; Pesquisadora PIBIC; Coelho Neto - MA.
106
Estudante do Curso Técnico em Informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão
(IFMA)-Campus Coelho Neto; Pesquisadora PIBIC; Coelho Neto - MA.
107
Assistente Social do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA)-Campus Coelho Neto.
Especialista em Docência do Ensino Superior (UESPI); Teresina -PI.
108
Enfermeira do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA)-Campus Coelho Neto. Especialista
Terapia Intensiva (UNIPÓS) e Gestão em Saúde (UFPI); Teresina -PI.
109
Orientador do trabalho. Psicólogo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA)-Campus
Coelho Neto. Especialista Psicologia da Educação (UEMA), mestre em Ciências e Saúde (UFPI) e doutorando em Saúde,
Ambiente e Sociedade (FIOCRUZ); Teresina -PI.
143
Os objetivos específicos do estudo foram: melhorar o acesso a informação acerca do uso
dessas substâncias no IFMA – Campus Coelho Neto; promover educação para saúde destacando
os principais pontos na assistência dos adolescentes, ou seja, demonstrar de forma educativa e
descontraída a situação do uso/abuso de drogas pelos alunos do campus.
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
Tabela 1:
144
Já ingeriu Quantidade Porcentagem
Sim 48 62,30%
Não 29 37,70%
Tabela 2:
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escola, considerada enquanto espaço de formação integral do ser humano, tem o papel
de articular ações preventivas agregando uma visão realista da sociedade, ao considerar os fatores
de risco já presentes no cotidiano, mas sem descuidar dos fatores de proteção relacionados aos
adolescentes.
Nesse sentido, sabe-se que a educação não se constitui na ferramenta única para a solução
da problemática do consumo prejudicial de substâncias psicoativas, porém sem que se vivencie
um processo, educativo por excelência, de prevenção desse consumo, certamente o avanço nesse
processo será impossível. Assim, o estudo buscou valorizar o protagonismo das ações educativas,
que possibilitaram aos participantes um maior nível de conhecimento sobre a temática
apresentada, oportunizando a realização de escolhas melhores para a obtenção de uma vida
saudável.
6 AGRADECIMENTOS
AMATO, T. C. Resiliência e uso de drogas: como a resiliência e seus aspectos se relacionam aos
padrões no uso de drogas por adolescentes. São Paulo. 2010. Disponível em: <www.cebrid.epm.br>.
Acesso em 20 de fev. 2017.
PINSKY, I.; BESSA, M. A. (Org.). Adolescência e drogas. São Paulo: Contexto, 2004.
SCIVOLETTO, S. Abuso e dependência de drogas. In: Maria Ignez Saito; Luiz Eduardo Vargas da
Silva. (Org.). Adolescência prevenção e risco. São Paulo: Atheneu, 2001.
146
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