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COFFEY

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA

CURSO DE POS-GRADUAÇÃO GEO_IT

ANÁLISE DAS FERRAMENTAS DE ESTUDO DE ÁREA DE


INFLUÊNCIA: ATRITOS OU RUGOSIDADES NA CONFIGURAÇÃO
ESPACIAL DOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS DE BELO HORIZONTE –
MG

ALUNO: Fabrício Pereira dos Santos

PROFESSOR ORIENTADOR: Sheyla Aguilar de Santana

Belo Horizonte

Janeiro de 2011
ANÁLISE DAS FERRAMENTAS DE ESTUDO DE ÁREA DE INFLUÊNCIA:
ATRITOS OU RUGOSIDADES NA CONFIGURAÇÃO ESPACIAL DOS
EQUIPAMENTOS SOCIAIS DE BELO HORIZONTE – MG

FABRÍCIO PEREIRA DOS SANTO¹


Centro Universitário UNA
SHEYLA AGUILAR DE SANTANA²
Geoconsulting – ESCOLA DE GEOCIÊNCIAS
1 – fabriciogeosantos@yahoo.com.br
2 – sheyla.santana@geoconsulting.com.br

RESUMO:

Esse trabalho tem como objetivo apresentar a aplicação de técnicas de geoprocessamento para
a elaboração de diferentes modelos matemáticos de representação de área de influência para
os equipamentos sociais de Belo Horizonte. Foram utilizados os métodos buffer, voronoi,
voronoi complexo, kernel e Service Area. Para verificar qual o modelo mais ajustado a
realidade vivida, foi feito um estudo de pessoas atendidas pelo serviço social de acordo com
as áreas de influência geradas no presente trabalho e os setores censitários do IBGE. Os
resultados foram analisados para um indivíduo da população de equipamentos para que fosse
possível fazer um comparativo entre o número de pessoas atendidas de acordo com os setores
censitários e o número de pessoas atendidas na realidade.

Palavras chaves: Área de influência, Polígono de Voronoi, Kernel, Área de Serviço,


Equipamentos sociais

INTRODUÇÃO

A distribuição espacial dos fenômenos nas cidades se dá de forma complexa, respeitando uma
lógica difícil de ser mapeada, envolve uma gama de variáveis que se conectam, configurando
o que conhecemos como espaço urbano. “O conhecimento de uma fração da realidade exige a
análise de sua estrutura interna, através das diversas articulações concretas que regem a sua
existência, seu funcionamento e sua estrutura’ (SANTOS, 1926, p. 71).
Há um grande interesse em se conhecer a distribuição espacial dos fenômenos, uma vez que
estes “[...] são bases para a definição de zoneamentos e segmentações administrativas de um
território” (MOURA, 2009, p. 10). Com a crescente utilização dos modelos matemáticos,
visando analisar áreas de influências de um determinado fenômeno, se fazem necessários
estudos que visam contribuir com o avanço metodológico nessa área. O estudo em questão
tem como finalidade abordar as principais ferramentas usadas na aplicação de modelos de
análise de áreas de influência, apresentando um estudo de caso no município de Belo
Horizonte – MG como contribuição para análises espaciais de áreas de influência.

O artigo apresenta uma breve reflexão metodológica sobre modelos matemáticos de


representação de área de influência espacial, usando os modelos de Buffer, Kernel, Polígono
de Voronoi ou de Thiessen e Área de Serviço por meio da ferramenta Network Analyst do
aplicativo ArcGIS®. De forma geral, aborda como se dá a montagem de um Sistema de
Informações Geográfica para a utilização de tais ferramentas e, finalmente, apresenta um
estudo de caso com a distribuição espacial dos equipamentos sociais de Belo Horizonte,
município do Estado de Minas Gerais, utilizando as ferramentas discutidas no presente estudo

Revisão Bibliográfica

Análise de Multicritérios

A Análise de Multicritérios, conhecida também como álgebra de mapas, ganhou espaço


considerável nos últimos tempos, devido à evolução dos softwares de geoprocessamento em
conjunto com o poder de processamento de grandes quantidades de dados ocasionado pelo
progresso dos hardwares. Consubstancialmente a metodologia empregada na análise de
multicritérios é de fácil entendimento, tomadas as precauções cartográficas devidas.

Segundo MOURA (2003) a Análise de Multicritérios é um procedimento metodológico de


cruzamento de variáveis amplamente aceito nas análises espaciais. Ela é também conhecida
como Análise Hierárquica de Pesos. O procedimento baseia-se no mapeamento de variáveis
por plano de informação e na definição do grau de pertinência de cada plano de informação e
de cada um de seus componentes de legenda para a construção do resultado final. A
matemática empregada é a simples Média Ponderada.
O emprego da Média Ponderada cria um espaço classificatório, ordinal, que pode ser também
entendido como uma escala de intervalo. Esse processo pode também ser utilizado em escala
nominal, desde que os eventos sejam hierarquizados segundo algum critério de valor. A
ponderação deve ser feita por conhecedores dos fenômenos e das variáveis da situação
avaliada, ou pelo conhecimento prévio de situações semelhantes. Nesse processo, a
possibilidade de se ponderar de modo inadequado uma situação é o inverso do número de
ponderações atribuídas.

Localização e Modelos de Área de Influencia


A localização de atividades humanas se relaciona estreitamente com um dos temas mais
relevantes da Geografia: a organização espacial do território. Em função disso são, sobretudo,
as escolas de pensamentos geográficos, centradas na relação espacial das atividades humanas,
que se interessam por esse tema em detrimento de escolas mais interessadas na interação
homem-meio físico.

Deste modo, tanto a Geografia Regional Francesa quanto a Geografia Quantitativa,


especializadas em descrever e explicar a forma como se organizam os fenômenos (tanto
físicos quanto humanos) sobre a superfície terrestre, dedicaram-se a abordar e desenvolver
conceitos, métodos e instrumentos para descrever e explicar a localização das atividades
humanas sobre o território. As contribuições mais importantes da teoria da localização
espacial provêm de economistas e cientistas regionais que durante décadas indicaram teorias e
modelos sobre a questão.

Em todo seu histórico, os estudos sobre localização têm procurado estabelecer procedimentos
numéricos sobre o território ou criar métodos que permitam encontrar o que se considera a
localização mais adequada de um fenômeno (enfoque normativo).

“A formalização de problemas de localização implica em


assumir um modelo do espaço geográfico e dos fenômenos envolvidos
no problema. Os procedimentos de resolução a serem adotados
mudam de acordo com a forma de representação do espaço escolhida.
Dado que esta escolha pode influenciar no tipo de modelo empregado,
o conceito de espaço a ser utilizado deve ser uma das primeiras
decisões a ser tomada. Neste caso, pode se discernir a representação
do espaço como discreta ou contínua.” Hungari (2008)
Na representação contínua deve-se assumir que o território é uma superfície isotrópica em que
os deslocamentos são possíveis em qualquer sentido e direção com o mesmo grau de
dificuldade ou custo, como também se deve admitir que a implantação das instalações ou
equipamentos possa ser realizada em qualquer ponto deste espaço contínuo, pois se concebe
que formam um conjunto ilimitado de possibilidades. Não há restrições ou barreiras.

Apesar de a representação contínua aparentar, inicialmente, reducionista e limitada para


aplicações urbanas, sua facilidade de implantação pode torná-la a via mais operativa para se
buscar uma solução de metodologia rápida e aceitável em certos momentos. Ademais este
conceito de espaço pode ser útil em aplicações como delimitação de áreas de proteção
permanente, áreas de influência, entre outros.

Dentro desse contexto, o modelo de buffer é o mais aceito nas análises espaciais. A grande
maioria dos softwares de geoprocessamento possui as ferramentas adequadas para a
construção de buffers de todas as entidades de representação gráfica dos dados (ponto, linha e
polígono). Tal modelo associado à ferramenta cria um desenho geométrico paralelo ao ponto
de origem de acordo com definição de influência determinada pelo usuário.

“Embora muito usado, talvez pela facilidade de construção, o


buffer parte do pressuposto de que se tem uma superfície homogênea
na região de sua expansão, não considerando o que tem sido
denominado por alguns de atrito ou rugosidades do território. Os
conceitos de atrito ou rugosidade seriam as impedâncias ou
características do território que fazem com que a área de influência
não apresente comportamento regular. Por exemplo: se há uma linha
de trem nas proximidades, ela pode ser entendida como uma
impedância ou atrito ao acesso naquela direção. (Moura, 2003)”.

No caso da representação discreta do espaço assume-se que os fluxos só podem acontecer


através de determinadas vias de transporte ou comunicação, caracterizadas por atributos
concretos (velocidade, sentido, custo, entre outros) e as instalações somente poderão ser
localizadas em um conjunto finito de lugares conhecidos previamente, como por exemplo, as
quadras ou lotes. A utilização deste conceito de espaço permite maior verossimilhança na
modelagem da realidade de estudo e do problema, pelo preço do maior requerimento de
informações e processamento de dados. Este conceito de espaço, antes pouco utilizado pela
dificuldade de se obter e o processar os dados necessários, tem se tornado cada vez mais
comum na modelagem de sistemas, especialmente os sistemas urbanos. (Moreno, 2004)

Dentro desse contexto de identificação do espaço como uma realidade complexa, com
inúmeras variáveis, surgem dois modelos que permitem realizar um corte espaço temporal,
onde a distribuição das ocorrências não é homogenia, mas condicionada por rugosidades da
composição social e territorial.

O primeiro deles é o Polígono de Voronoi que gera polígonos de influência de um ponto de


interesse de acordo com seu posicionamento em relação ao conjunto. Não divide o território
como um espaço homogêneo através de distâncias euclidianas, mas sim através de manchas
amarradas ao poder de atração dos pontos de interesse, assim como de repulsão das
rugosidades do território.

Segundo Moura (2003), o princípio do Polígono de Voronoi ou de Thiessen é de que,


considerando um território, há pontos que estão mais próximos de uma fonte geradora do que
de outra fonte, e o resultado é um polígono cujas distâncias entre fonte e ponto são as menores
possíveis. Os polígonos resultantes podem ir além da simples divisão de áreas, e serem
deformados por características ambientais, que são o atrito e a influência das massas de seus
pontos geradores, que devem ter poder de organizar o espaço e definir a área de influência do
ponto.
Os autores (op. cit.) continuam:
“Considerando que a característica fundamental de um
polígono de Voronoi é a de ser constituído por pontos que estão mais
próximos de seu ponto gerador do que de qualquer outro ponto
gerador, para sua criação, em termos computacionais, pode ser
mensurada a distância de cada célula da matriz até cada ponto gerador,
sendo sua pertinência a um polígono definida pela menor destas
distâncias. Esta relação pode ser considerada inversa, uma vez que o
cotejo das distâncias computadas definirá, pela menor distância
encontrada, a pertinência a um dos polígonos em construção,
conforme declarado acima. Em conseqüência, ao final da verificação
das pertinências (por varredura), todas as células da matriz serão
alocadas aos diversos pontos geradores de polígonos de Voronoi. Por
este critério reproduzível, fraciona-se toda a região analisada em ”n”
polígonos irregulares, os quais, rigorosamente, a integram. É possível
modificar o cômputo de um polígono de Voronoi para que passe a
considerar outros parâmetros além da distância euclidiana para a
definição de pertinência de um ponto a um polígono. Pode-se, assim,
deformar ordenadamente o espaço geográfico para que passe a
representar, em sua estruturação, as duas tendências que normalmente
ocorrem neste processo: a) a organização do espaço segundo a
ocorrência de centros de influência - a polarização do território; e b) a
presença de características ambientais dominantes, indicadoras das
possibilidades da ocupação humana e definidoras de certa
regularidade paisagística - o conceito de região, zona ou área
homogênea.”
Os polígonos de voronoi podem também ganhar mais vigor quando associamos a massa do
ponto de interesse (força de atração do ponto) aos atritos ambientais que definem a força de
repulsão de um ponto de interesse. Por exemplo, em se tratando de um equipamento social, a
massa pode ser quantas pessoas esse equipamento consegue comportar e o atrito pode ser a
dificuldade de acesso, o entorno socioeconômico, etc.

O voronoi complexo, então, deve estar associado a técnicas de análise espacial para conseguir
chegar a uma representação da realidade complexa.

Santana (2010) afirma que outro modelo que aplica princípios do “espaço relativo”, fazendo
um corte da distância-tempo é o “Service Area” ou conhecido como área de serviço. Trata-se
de um modelo que aplica conceitos da teoria da geometria do taxi conforme divulgada por
Eugene Krause (KRAUSE, 1975). Esta geometria foi criada, para efeitos didáticos, a partir da
adaptação de uma das métricas pertencentes a uma família de espaços métricos criados pelo
matemático Hermann Minkowski (1864-1909).

A Geometria do Táxi é um tipo de geometria para o qual a definição de distância entre dois
pontos, habitualmente considerada na Geometria Euclidiana como a medida de menor
caminho entre eles, isto é, medida do segmento de reta entre os dois pontos, é substituída por
uma nova. Nesta geometria a distância entre dois pontos é tomada como a soma do valor
absoluto da diferença de suas abscissas, com a do valor absoluto da diferença de suas
ordenadas.

Figura 1 - Comparação entre a distância não euclidiana e a distância Euclidiana

Tal modelo aplica conceitos antigos sobre os espaços não euclidianos, representa com
bastante propriedade a realidade atual. Permite, ainda, ao usuário criar uma série de polígonos
representando as distâncias, que podem ser alcançadas a partir do estabelecimento de um
determinado tempo ou distância. Estes polígonos são conhecidos como polígonos área de
serviço.

O ganho desse modelo em relação dos demais está no fato de se considerar as vias de acesso
existentes e não apenas a distância euclidiana. A ferramenta Network Analyst do aplicativo
ArcGIS® da empresa ESRI incorpora esse modelo, comporta a geração de polígonos
definindo a área de serviço de um determinado estabelecimento, considerando, por exemplo, o
desejo em atender a usuários que vão se locomover por veículo em até 10 minutos ou, mesmo,
percorrendo até 3 km para se chegar ao mesmo estabelecimento. Contudo pode-se fazer uso
das variáveis distância e tempo.

Como o modelo em questão leva em consideração as vias de acesso, a ferramenta gera


modelos de área de influência mais fieis a realidade, já que a área de influência leva em
consideração o local realmente disponível para o deslocamento, limitando o fluxo através de
vias existentes. É imprescindível que, para a execução desse modelo, exista uma georedes
consistente para o local em análise. Todavia, e importante registrar que o mapa de rede utiliza
a topologia arco-nó, armazenando a localização e a simbologia associadas a estruturas
linearmente conectadas. As informações gráficas de redes são armazenadas em coordenadas
vetoriais, com topologia arco-nó e podem conter atributos. Os atributos de arcos indicam o
sentido de fluxo enquanto os atributos dos nós indicam a impedância (custo de
percorrimento). A topologia de redes constitui um grafo, que armazena informações sobre
recursos que fluem entre localizações geográficas distintas.

Métodos e Metodologia

Para o desenvolvimento do trabalho, foram adquiridos os dados de equipamentos sociais com


a Prefeitura de Belo Horizonte. Por padrão, adotou-se como definição de proximidade a
distancia equivalente a 500m. Isso devido ao fato que segundo a organização mundial de
saúde, uma criança não deveria caminhar mais de 500 metros para chegar a uma escola com
mochila nas costas.

O software utilizado para a execução do trabalho foi o ArcGIS e o SAGA (software


desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Para realizar a análise, verificou-se que o melhor método seria através da análise dos dados
em uma escala macro, no contexto do município de Belo Horizonte, e em segundo momento
focalizarem os estudos em um ponto para entender a realidade de atuação de um equipamento
social frente ao todo. Essa análise foi feita através da quantidade de pessoas atendidas pelo
equipamento levando em consideração os dados de população do censo do IBGE de 2007.

O mapa do buffer mostrou que é a análise de influência mais otimista em termos de


quantidade de pessoas atendidas. Segundo esse modelo, praticamente todas as áreas de Belo
Horizonte estão atendidas por pelo menos um equipamento social.
Figura 2 – Mapa de Área de Influência definido a partir dos buffers

O mapa do Voronoi já trás uma nova abordagem para a acessibilidade aos equipamentos
sociais. A análise deve ser feita em termos de quais os maiores polígonos em termos de área.
Quando os polígonos gerados são muito grandes em relação aos demais identifica que são
áreas defasadas de atendimento. Como o voronoi gera as áreas de acordo com proximidade,
significa dizer que os polígonos grandes estão com a área de influencia muito estendido,
superior a sua capacidade efetiva de atuação. Verificamos esses polígonos maiores no norte
da cidade no limítrofe entre Venda Nova e Pampulha.

Figura 3 – Mapa de Área de Influência definido a partir do Voronoi


O mapa do voronoi complexo já trás robustez para a análise dos polígonos de thiessen. Foi
feito um mapa de atrito para criar o mapa que informa as rugosidades no terreno, ou seja, o
que faz o ponto ter um poder de repulsão em relação aos demais. Para criar esse mapa, foi
feito uma análise espacial considerando que o limitador para acessibilidade de um
determinado equipamento social é a criminalidade próxima ao local, a proximidade com vilas
e favelas e a existência de uma rede de densa de vias de acesso. Sendo a criminalidade e
presença de vilas e favelas um fator ruim e a densidade de vias um elemento benéfico.

Após a criação do mapa de atrito, foi feito o mapa do voronoi complexo. Para executar o
mapa do voronoi complexo com a massa dos pontos, foi feita uma consulta especialista para
identificação de qual a importância de uma tipologia de equipamento em relação à outra
tipologia. O resultado foi:
Tipologia Massa
Abrigo 7
Assistência Social 8
Associação Comunitária 8
Centro Cultural 4
Creche 9
Curso para Menores 9
Escola 10
Hospital 10
Museu 2
Parque Ecológico 5
Posto de Saúde 10
Praça de Esportes 6
Praça Pública 5
Teatro 3
Tabela de Massa por Equipamento Social – Resultado de Consulta a Especialistas.

O mapa do voronoi complexo mostra que os polígonos se ajustam de acordo com as


impedâncias do terreno e a importância dos equipamentos sociais. As áreas de atendimento
por um determinado equipamento social se tornam muito menor e mais condizente com a
realidade vivida.
Figura 4 – Mapa de Área de Influência definido pelo Voronoi Complexo.

O mapa de kernel cria uma superfície potencial de acessibilidade a um determinado fenômeno


espacial. Ele faz a contagem de quantos equipamentos são encontrados dentro de um raio
definido pelo usuário. Esse raio foi de 500 metros quadrados. O mapa identifica clusters de
aglomerados de equipamentos. É o modelo que tem a menor quantidade de pessoas.
Figura 5 – Mapa de Área de Influência defnido pelo Kernel
O mapa do service area apresentou o melhor resultado devido ao fato de ser o modelo que não
trabalha com a distância euclidiana. O mapa foi feito com base nos trechos de belo horizonte e
foi gerada uma área de serviço de 500 metros.

Figura 6 – Mapa de Área de Influência definido pelo Service Area.


Após a criação de todos os mapas, foi selecionado um ponto que consegue representar um
indivíduo frente à população total de Belo Horizonte. O comparativo entre os tipos de área de
influência levam em consideração a quantidade de pessoas que cada equipamento social
consegue atender. Esse dado foi obtido através do cruzamento das informações de área de
influência e os setores censitários de Belo Horizonte. Para a seleção de um equipamento,
verificamos em um mapa com todas as áreas de influência, um ponto relativamente isolado
onde as áreas de influência não são coincidentes com a área de outro equipamento.
Figura 7 – Mapa de Áreas de Influências para Equipamentos Sociais de Belo Horizonte.

RESULTADOS

O ponto selecionado para a análise dos resultados foi o equipamento Associação Comunitária
Irmão Sol que se encontra na porção leste de Belo Horizonte. Foi gerado um arquivo com as
áreas de influência criadas pelas metodologias aplicadas para esse ponto e foi feito um
comparativo com o Censo de 2000 para verificar quantas pessoas são atendidas em cada uma
das técnicas: buffer, voronoi, voronoi complexo, kernel e service area.

O valor da população por setores censitários é correspondente á porcentagem da área que ele
ocupa dentro da área de influência, ou seja, se um setor de população igual a 100 está com
30% de sua área dentro da área de serviço do buffer, por exemplo, na soma de pessoas
atendidas pelo equipamento na metodologia do buffer esse setor contribui com 30 pessoas.

Os mapas a serem apresentados a seguir mostram os resultados de cada metodologia para o


ponto selecionado.

Figura 8 – Mapa do Buffer para ponto individualizado


Figura 9 – Mapa do Voronoi para ponto individualizado
Figura 10 – Mapa do Voronoi Complexo para ponto individualizado
Figura 11 – Mapa do Kernel para ponto individualizado
Figura 12 – Mapa do Service Area para ponto individualizado
As metodologias apresentaram valores muito diversos em termos de atendimento de pessoas.
Os valores variaram entre 3305 e 10152.
Voronoi Kernel Voronoi Complexo Buffer Service Area
Número de Moradores Número de Moradores Número de Moradores Número de Moradores Número de Moradores
660 783 660 604 877
783 605 783 877 681
605 506 605 681 660
726 714 593 660 783
612 697 726 783 605
288 Total de Pessoas: 3305 612 605 593
506 288 593 726
714 506 679 612
697 714 726 506
847 697 612 714
604 Total de Pessoas: 6184 288 697
877 506 489
681 714 Total de Pessoas: 7943
593 697
638 489
Total de Pessoas: 9831 638
Total de Pessoas: 10152

Voronoi Kernel Voronoi Complexo Buffer Service Area Média de Pessoas Atendidas
9831 3305 6184 10152 7943 7483

CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ponto foi escolhido devido à existência de informações sobre a quantidade de pessoas que
são atendidas pelo serviço da associação irmão sol.

Segundo as informações cedidas pela associação, eles fazem o atendimento de


aproximadamente 30 pessoas por dia, o que daria aproximadamente sete mil e cinqüenta
pessoas por ano.

De acordo com essas informações, pode-se verificar que o atendimento real é um valor
intermediário entre o voronoi complexo e o service área. Segundo as informações passadas
pela associação, o eixo de atendimento é alongado como o do service área, mas direcionado
para noroeste como a área do voronoi complexo.
Os modelos matemáticos de área de influência conseguem estimar a área de atendimento de
um serviço. Para cada tipo de serviço, é indicada uma área de influência diferenciada. Para
casos onde se trata de áreas de preservação permanente, por exemplo, o indicado seria o
buffer por existir a necessidade de considerar o espaço como área homogenia. O voronoi
simples e complexo para alocação de recursos, o kernel para superfície de acessibilidade a um
fenômeno espacial e verificação de concentração de populações através dos clusters e o
service área para definição de áreas de atendimento quando é necessário frisar o fluxo de
deslocamento a partir de uma via existente, como é o caso dos estudos que envolvem o
geomarketing.

Percebe-se que seria interessante avaliar um novo modelo que aplique a técnica de área de
serviço com atrito. Seria possível fazer a representação de áreas de atendimento de serviços
ponderado pelas rugosidades do território.

REFERÊNCIAS

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