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Licenciatura em História
Ano Letivo 2017/2018
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Índice
Introdução -----------------------------------------------------------------------3
Os Portugueses em Ceuta--------------------------------------------------3-7
Conclusão--------------------------------------------------------------------------7
Bibliografia------------------------------------------------------------------------8
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Introdução
Os Portugueses em Ceuta
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Vide et al, Nova História Militar de Portugal (Volume I), Círculo de Leitores, p.403
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permaneceram por Ceuta, criando uma diversidade de ordens na praça
marroquina.
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fragilidade defensiva dessas zonas que nem sequer tinham muralhas. O
objetivo passava por criar um clima de instabilidade nas cidades à volta de
Ceuta, onde os chefes dessas cidades perdessem o controlo sobre os seus
habitantes, e houvesse um êxodo desses habitantes da cidade, o que era
benéfico para os portugueses porque ficavam com caminho livre e com
menor probabilidade de ataques a Ceuta. A presença portuguesa em Ceuta,
bem como sua guarnição devem-se em muito às comunicações que se
estabeleciam entre o Algarve e Ceuta, isso permitia manter de pé o reino
cristão português no norte de África. De certa forma os Portugueses que
estavam em Ceuta, eram recompensados, surge um imposto, designado dos
“dez reais”, dos quais não há muitas informações, mas sabe se apenas que
eram dirigidos para apoiar os Portugueses que defendiam o território em
Ceuta.
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Vide et al, VII Jornadas de historia de Ceuta. La vida cotidiana en Ceuta a través de los tiempos,
Instituto de Estudios Ceutíes, 2007
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Como por exemplo “borzeguins, panos de chamalote, calções, saias, capas,
chapéus, cintos, camisas” entre outros, eram todos produtos de vestuário
disponíveis em Ceuta.
As casas eram confortáveis, construídas com pedra, cal, barro, madeira,
telha, vidro. Eram escuras por dentro, dada a má iluminação. Eram frágeis,
devido aos materiais enumerados, que eram mal usados, e também porque
estamos a falar dos séculos XV e XVI. Ou seja, as casas em Ceuta eram uma
mistura entre as que foram deixadas pelos muçulmanos em 1415 quando se
deu a conquista de Ceuta, e as que se foram construindo ao longo dos tempos,
sendo que as diferenças entre ambas são pouco significativas. Como
acontece hoje em dia a posse das casas mais luxuosas estava destinada aos
mais ricos, com maior capacidade monetária.
No que diz respeito à população em Ceuta, por vezes tinham problemas de
saúde, sobretudo devido às guerras que marcaram essa época, evidentemente
esses problemas eram tratados nos hospitais. No entanto essa resposta
médica não era a mais eficaz, visto que as técnicas medicinais não eram tão
desenvolvidas. A doença que marca mais esta época e que de certa forma
assolou a cidade marroquina e não só, é designada de Peste, com a qual
muitos morreram e levou a um decréscimo demográfico. Portugal como
forma de dar resposta a estes problemas enviou muitos profissionais de saúde
para Ceuta. Como já deu para entender nem tudo eram coisas boas em Ceuta,
os conflitos eram recorrentes entre todos os estratos da sociedade, e também
devido à constante ameaça muçulmana. Segundo a crónica de D. Duarte de
Meneses, há relatos desse ambiente violento que se vivia em Ceuta. Esta
violência era perpetuada pelos homens com o auxílio de várias armas como:
“adagas, punhais, bestas, espadas, lanças, setas, facas, pedras”, basicamente
utilizava-se tudo o que estivesse à mão e tivesse capacidade de ferir alguém.
Importa referir que o porte de arma era estritamente proibido pelo rei.
Quanto à religião que já foi falada, é muito semelhante à que se vive hoje em
dia, com algumas alterações. Os sacramentos presentes na vida de cada
cristão, as peregrinações, as missas, as festas sagradas (Corpo de Deus,
Páscoa, Natal) eram habituais em Ceuta. As igrejas mais conhecidas de
Ceuta eram a igreja de Santa Maria de Africa, Vera Cruz, e também a de São
Pedro.
As atividades de lazer eram sobretudo de caça, pesca os jogos de cartas,
xadrez, dados, a música, as touradas, a equitação, mas tudo dependia de
quem tinha possibilidade económica para as fazer.
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Basicamente todos estes pontos que abordámos, ainda que se distanciem no
tempo, são muito parecidos à realidade atual.
Conclusão
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Bibliografia
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