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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS


DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

RELATÓRIO DA EXCURSÃO DE CAMPO


DA DISCIPLINA RECURSOS ENERGÉTICOS.

RECIFE – PE
Julho, 2015.
ANA LUIZA DA SILVA COSTA

Relatório das atividades de campo,


realizado para obtenção de crédito na
disciplina Recursos energéticos, ministrada
no Departamento de Geologia, na
Universidade Federal de Pernambuco.

Docente: Evenildo Bezerra.

RECIFE – PE
Julho, 2015.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 5

1.1. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO ..................................................................................... 6

1.2. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................... 6

2. GEOLOGIA REGIONAL ............................................................................................ 7

2.2. BACIA POTIGUAR ............................................................................................................ 7

2.2.1. CONTEXTO ESTRUTURAL DA BACIA POTIGUAR .............................................. 8


1. INTRODUÇÃO
O presente relatório descreve as atividades realizadas durante a excursão
de campo da disciplina Recursos Energéticos, realizada no período de 08 a13 de
junho de 2015, na qual foram abordados os seguintes temas: Sistema petrolífero
dentro da Bacia potiguar, dando ênfase nos potenciais da rochas, classificando-
as em geradoras, selantes e reservatório; Recursos energéticos Renováveis e
Não renováveis. Foi visitado um total de nove campos petrolíferos; Campos de
Turbo-eólicas, Turfeiras, mamona e cana-de-açúcar. A área visitada está
localizada no nordeste do Brasil, na margem equatorial brasileira. Os pontos
visitados na excursão compreendem os estados da Paraíba e Rio Grande do
norte, num total de 53 paradas realizadas (Figura 1).

Figura 1. Localização dos 53 pontos visitados. Imagem de satélite obtida


através do Google Eatth.
1.1. LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO
O inicio da excursão se deu na UFPE, Cidade Universitária. As principais
cidades que passamos durante a excursão foram: Conde, Mamanguape, João
Câmara, Jandaíra, Guamaré, Macau, Serra, Alto do Rodrigues, Açú, Mossoró e
Apodi. As principais vias utilizadas durante o trajeto foram a BR-101 e a BR-
304. Pegamos a BR-101, passando pelas cidades de Conde, Mamanguape, na
Paraíba, em direção ao Rio Grande do Norte, e quando chegou à cidade de Natal
pegamos a BR-304 em direção à cidade de João Câmara. Na imagem abaixo é
possível observar o trajeto realizado e as principais cidades visitadas (Figura 2).

Figura 2. Mapa esquemático das principais cidades visitadas e as vias utilizadas


no trajeto.

1.2. MATERIAIS E MÉTODOS


A metodologia adotada pode ser subdividida em etapas. A
primeira etapa foi à realização das atividades de campo, período de uma
semana, 08 a 13 de junho, na qual foram realizadas 54 paradas com a
finalidade de observação e coleta de dados. Para isso, fez-se uso de
equipamentos dos seguintes equipamentos: GPS; martelo e lupa para
coleta de amostras e análise da mineralogia; utilizaram-se bússolas para
determinar as atitudes das estruturas e câmeras fotográficas. Todas as
informações coletadas foram descritas na caderneta de campo. Na
segunda etapa foram realizadas pesquisas bibliográficas acerca da região
estudada, além de confecção de mapas de localização de cada ponto
visitado.

2. GEOLOGIA REGIONAL
No contexto geológico regional, a área estudada encontra-se na
subprovíncia Setentrional da Província Borborema, domínio Rio Grande do
Norte, na Bacia Potiguar.

2.2. BACIA POTIGUAR


A Bacia Potiguar fica localizada na margem equatorial do Brasil,
compreende os estados do Rio Grande do Norte e Ceará. Totaliza uma área de
aproximadamente de 48.000 Km2, dividida em dois seguimentos, emerso e
submerso. Sendo 26.500 Km2 submersos e 21.500 Km2 emersos, distribuídos
entre Natal e Fortaleza. (Figura 3). De acordo com Neves (1987), a porção
emersa consiste em um rifte inracontinetal, e a porção submersa consite em uma
bacia do tipo pull-apart.

Figura 3. Localização da Bacia Potiguar no Nordeste brasileiro.


Segundo Matos (1992), a bacia é caracterizada como bacia do tipo rifte, e
sua formação está ligada a separação das placas sul-americana e africana,
durante a formação do Oceano Atlântico Sul. E sua sedimentação teve inicio no
neoniano, sendo controlada pelos grandes falhamentos presentes no
embasamento.
É limitada a oeste pelo Alto de Fortaleza, a sudoeste e ao sul pelo
embasamento cristalino da faixa Seridó, e ao norte e a nordeste pela cota
batimétrica de 200 m.

2.2.1. CONTEXTO ESTRUTURAL DA BACIA POTIGUAR


O arcabouço estrutural do rifte Potiguar é bem definido para a porção
emersa da bacia. A parte submersa não apresenta o mesmo detalhamento,
embora a continuidade dos elementos estruturais entre as duas partes já tenha
sido constatada. Na porção emersa, o rifte alinha-se segundo a direção ENE-
WSW formando grabens assimétricos, limitados à sudeste por falhas que
ultrapassam 5.000 m de rejeito e por flexuras na borda oposta. São os grabens de
Apodi, Umbuzeiro, Boa Vista, Pendências e Guamaré, separados por cristas
alongadas de embasamento, dispostas paralelamente à direção do eixo principal
do rifte, denominados de altos internos. Estas feições estruturais estão ilustradas
na figura 4, onde também estão representados o alto de Quixabá, Canudos,
Macau e Mossoró. Margeando os lados do rifte ocorrem duas plataformas rasas
do embasamento: a de Aracati, a oeste e a de Touros, a leste (Cremonini et al.,
1996). As estruturas mais antigas do Sistema de Falhas de Afonso Bezerra
teriam se formado no final do Pré-Cambriano, como falhas tardi-brasilianas
controlando a intrusão de diques de granitos tardios.
Uma importante reativação atingiu ambos os sistemas de falhas durante o
Terciário, com uma compressão N-S, causando tanto uma transcorrência dextral
no Sistema de Falhas de Afonso Bezerra, como uma transcorrência sinistral no
Sistema de Falhas Carnaubais. O mecanismo que gerou a compressão ainda não
está totalmente esclarecido, alguns autores têm associado a um domo térmico
delineado pelas ocorrências de vulcânicas básicas alcalinas da Formação Macau.
No quaternário, houve uma nova reativação que atingiu ambos os
sistemas, os quais estiveram subordinados a uma compressão WNW-SSE,
fazendo com que o Sistema de Falhas de Carnaubais apresentasse uma
cinemática oblíqua normal – dextral, enquanto o Sistema de Falhas Afonso
Bezerra obedecesse a uma cinemática normal com componente sinistral.

Figura 4. Arcabouço Estrutural da Bacia Potiguar.

2.2.2. ESTRATIGRAFIA
Segundo Araripe e Feijó (1994), o pacote sedimentar da bacia Potiguar é
constituído por três grandes grupos que da base para o topo são: Areia Branca,
Apodi e Agulha. O Grupo Areia Branca representa, com as formações Pendência
e Pescada, neocomanianas, a fase rifte da bacia. Trata-se de sedimentos de
ambiente fluvial, respectivamente lacustre e deltaico e leques aluvionais. Ao
final da fase rifte, a Formação Alagamar, aptiana, de características também
fluviais, deltaico e lagunar, se depositou sobre uma discordância angular.
Representa a fase de transição da bacia para um ambiente marinho de
margem passiva. As formações Açu, Ponta do Mel, Quebradas e Jandaíra, do
Grupo Apodi, de idade albaniana a campaniana, constituem uma seqüência
transgressiva que se inicia com sedimentos continentais clásticos,
principalmente arenitos e pelitos, que gradam para sedimentos de plataforma
rasa e carbonatos. A sequência termina com os folhelhos e carbonatos da
Formação Jandaíra, que afloram na bacia Potiguar, onshore. Na porção offshore
da bacia, ocorrem ainda as formações Ubarana, Guamaré e Tibau do Grupo
Agulha (campaniana a terciária), uma seqüência progradational composta por
sedimentos siliciclásticos, carbonatos, folhelhos e turbiditos.
A Formação Pendência é sobreposta discordantemente ao embasamento
cristalino e sotoposta, também em discordância angular, à Formação Alagamar.
É constituída por sedimentos de origem continental: conglomerados, arenitos e
folhelhos aluvionares, flúvio deltaicos e lacustres preenchendo,
preferencialmente, os baixos estruturais. Della Fávera et al. (1992) propõem,
para a Formação Pendência, quatro seqüências. Segundo os autores, as
sequências 1 e 2 representam fases deposicionais de lago profundo e as
sequências 3 e 4, sistemas deltaicos de lago raso.

3. SISTEMA PETROLÍFERO- BACIA POTIGUAR


O conceito de sistema petrolífero agrupa os diversos elementos que
controlam a existência de jazidas de petróleo numa bacia sedimentar. Tal
conceito, visualizado numa escala global, parece justificar de maneira adequada
as diversas províncias petrolíferas conhecidas.
A indústria petrolífera foi gradualmente percebendo, ao longo de décadas
de exploração, que para se encontrar jazidas de hidrocarbonetos de volume
significativo era imperioso que um determinado número de requisitos geológicos
ocorresse simultaneamente nas bacias sedimentares. O estudo destas
características de maneira integrada e a simulação preliminar das condições
ótimas para sua existência concomitante, com o objetivo de permitir a
diminuição do risco exploratório envolvido nas perfurações de poços, um item
de elevado custo, foram consolidados em um único conceito: o de sistema
petrolífero (Magoon & Dow, 1994). Um sistema petrolífero ativo compreende a
existência e o funcionamento síncronos de quatro elementos (rochas geradoras
maturas, rochasreservatório, rochas selantes e trapas) e dois fenômenos
geológicos dependentes do tempo (migração e sincronismo), que serão descritos
a seguir.

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