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Colocação pronominal

Português
• Tradicionalmente, os pronomes são considerados substitutos do
substantivo, termos com a função de nome, um adjetivo ou uma
oração.

• O prefixo pro- significa, entre outros sentidos, “em lugar de”. Logo,
pronome significa “no lugar do nome”.

• Por conta dessa natureza substitutiva do nome, são agentes de


organização do discurso.
• Por extensão, os pronomes garantem o tom do discurso, que pode
variar do coloquial ao formal ou do pessoal ao impessoal,
dependendo do gênero, da situação comunicativa e da intenção do
falante.

• Faça-me isso; dê-me aquilo. (orientação implacável, firmeza de


mando)
• Me dê; me faça o favor. (um modo mais brando de pedir)
Pronominais – Oswald de Andrade
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
As cobras – Luís Fernando Veríssimo
O lugar do pronome oblíquo
Pronomes pessoais
Do caso reto (função de sujeito da Do caso oblíquo (função de
oração) complemento do verbo)
Singular Eu Singular Me, mim, comigo
Tu Te, ti, contigo
Ele O, a, lhe, se, si,
consigo, ele, ela
Plural Nós Plural Nos, conosco
Vós Vos, convosco
Eles Os, as, lhes
• Entre os muitos aspectos que se podem estudar do pronome, o que
mais costuma gerar dificuldades é o da colocação do pronome
oblíquo átono na frase/oração.

• Os pronomes oblíquos são lembrados pelos palavrões “próclise”,


“ênclise” e “mesóclise”.
Próclise Ênclise Mesóclise

Antes do verbo (posição Depois do verbo No meio do verbo


mais frequente entre nós (demasiado formal e cada
pelo andamento da frase vez mais raro)
na língua)
• O deputado me • Os senadores dizem que • Mandar-lhe-ei o livro
convidou. estão a acusá-los sem logo que possível.
provas.
• Nós a queremos • Dir-nos-ia tudo se
demais. • Viram-nos vender pudesse.
passagens da cota
• Me dá um dinheiro aí. parlamentar.

(A evitar na escrita e na
linguagem formal.)
Entre o ritmo e equilíbrio da frase e as regras
rígidas
• Nas variedades linguísticas brasileiras, o pronome oblíquo átono
costuma flutuar, sem muito compromisso com regras.

• Contudo, não convém exagerar, como fazem sem querer alguns


profissionais distraídos, porque, apesar da liberdade vigente entre
nós, os especialistas tentam sistematizar os fatos da língua na
variante culta da língua, baseados na frequência de uso.

• Como princípio, o pronome átono se coloca sempre junto de uma


forma verbal.
Algumas regras
• Ênclise

• Sendo o pronome átono objeto direto ou indireto do verbo, a sua


posição lógica, normal, é a ênclise:

Em frase/oração iniciada por verbo, com o pronome átono na função


de complemento direto ou indireto do verbo.
• Calei-me.
• Disse-me que iria sair.
• Parecera-lhe sentir pelas costas risinhos.
Outros casos de ênclise
Com infinitivo impessoal:
• Decidiram considerá-los inocentes;
• Resolveram aumentar-lhe o salário.

Com o verbo no imperativo afirmativo, principalmente em uso literário e


artificial:

• Deixai-a seguir em paz

Com verbo no gerúndio, se não precedido por “em”:


• Virando-se, pisou no que não devia.
Caso esteja precedido de “em”, dá-se a próclise:
Em se plantando, tudo dá.
Com infinitivo ou gerúndio formando locuções verbais (dois verbos
com valor de um – auxiliar mais infinitivo ou gerúndio)

Em locuções com o verbo principal no infinitivo (desinência –ar, -er, -ir,


-or) ou no gerúndio (-ndo), em textos formais, usa-se a ênclise ao verbo
principal:

Eles devem avisar-nos.


Ela quer enciumar-me.
Nós estamos condenando-os.
Outras possibilidades de colocação do pronome quando na oração há
dois verbos funcionando como um (auxiliar mais infinitivo, gerúndio
ou particípio)

Aplicar a próclise ao verbo principal:

“Eles precisam nos avisar”.


“Ela quer me enciumar”.
“Nossos representantes estão nos representando bem”.
“Os policiais disseram que ele havia se suicidado com três tiros”.
“Os policiais disseram que ele havia-se suicidado com três tiros”.
(Imprime mais formalidade à construção)
O caso do particípio
Com o particípio sozinho
O pronome átono jamais se coloca após o particípio (desinência –do:
amado, comido, partido etc.).

Com verbo auxiliar mais particípio, o pronome átono se liga ao


auxiliar
• Haviam-lhe contado que o Congresso é mamata.
• Tenho-o trazido sempre, só hoje é que o viste?
Ainda sobre a ênclise
• Encontros ou processos de assimilação

• “Fi-lo porque o quis”. (“Fiz” mais “o)


• “Não podemos perdê-la”. (“Perder” mais “o”)
• “Convidamo-lo para ser candidato”. (“Convidamos” mais “o”)

Nos casos de ênclise, quando os verbos terminam em s, r e z, as formas


pronominais o/a, os/as sofrem o fenômeno da assimilação, por meio
do qual as consoantes finais das formas verbais desaparecem e os
pronomes adquirem as formas lo/la, los/las.
• “Levaram-no à força”. (“Levaram” mais “o”)
• “Forçaram-na a dizer coisas que não queria”. (“Forçaram” mais “a”)

• O fenômeno de assimilação também ocorre nos casos de ênclise


precedida pelas formas verbais terminadas em –am e –em. No caso, o
pronome adquire a forma pronominal no/na, nos/nas.
Casos de próclise

• No Brasil, há preferência pela próclise, a qual ocorre, em geral, se a


palavra que precede o pronome e o verbo é um advérbio, um
pronome de significado negativo ou indefinido, uma conjunção
adverbial ou um pronome relativo.
1. Palavras negativas e advérbios (não, nem, nunca, ainda, assaz,
bastante, bem, já, jamais, mais, mal, muito, menos, pouco, quase,
quiça, sempre, talvez, tanto etc.):

• “Não se ouve o tiro que nos mata”.


• “Nunca te vi, sempre te amei”.
• “Nada a levava a chorar”.
2. Conjunções, principalmente subordinativas (quando, enquanto, se,
que etc.):

• “Quando me viu, tentou se esconder”. (ou tentou esconder-se)


• “Então é preciso que nós os enquadremos.”

3. Pronomes relativos (que, quem, cujo etc.)

• “O deputado que a levou reclamou da denúncia”.


Considerações adicionais sobre a próclise
• Contudo, não é necessário que na oração ocorram tais palavras e
conectivos para ocorrer a próclise.

• Mesmo na ausência de palavras negativas, conjunções ou


pronomes relativos, existe uma tendência à próclise no
português falado no Brasil e, também, em algumas situações da
variedade culta.
Com sujeito explícito, exemplos comuns à variedade culta:

• O deputado as convidou para ir ao exterior. O deputado me convidou.


Elas o querem. Luís nos disse que é feliz.
• O deputado as convidou, mãe e filha, para um passeio.
Frases em que, além de sujeito explícito, trazem o verbo no futuro do
presente ou do pretérito.

• Os políticos nos levarão no bico. O perdão dela me faria bem. Eu lhe


mandarei o livro.

A formal mesóclise, que caberia com formas verbais desse tipo, está
em desuso; ainda mais na fala:

• “Mandar-te-ei o livro”; “Dir-nos-ia tudo se pudesse”.


Pronome torturado
• 1. Não ficarão órfãs porque deixei-as adultas.
• 2. Quando transferiu-se para outro setor, despediu-se de todos.
• 3. Havia formado-se em 2012.
• 4. Há os que acham que deve-se implantar um novo curso.
• 5. Não reclame, pois caberia-lhe o sacrifício.
• 6. Desse modo, poderia-se dizer que o sacrifício não valeu a pena.
• 7. Por isso chamarei-a de a descoberta do fim do mundo.
• 8. Como manda-o, fiz a tarefa.
• 9. Assim é que nós colocamos-lhe à disposição.
• 10. Nem tudo perdeu-se.
• 11. Mas foi com Ari Barroso que tornei-me Brasil.

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