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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

DIEGO HOULY MELO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO


SISTEMA AUTOMATIZADO UTILIZANDO BLUETOOTH

RECIFE
2018
DIEGO HOULY MELO

SISTEMA AUTOMATIZADO UTILIZANDO BLUETOOTH

Monografia apresentada ao Curso de


Graduação de Engenharia ELÉTRICA do
Centro Universitário Maurício de Nassau do
estado de Pernambuco, como pré-requisito
para obtenção de nota da disciplina Trabalho
de Conclusão de Curso, sob orientação do
Professor MSc José Ivan Vieira Soares.

RECIFE
2018
Dedico esta monografia a meus pais que sempre tem
dado grande incentivo ao meu desenvolvimento
intelectual, a minha esposa e meus filhos por serem a
minha fonte de energia e aos meus amigos que
contribuíram para que fosse possível alcançar meu
objetivo. Sem vocês eu não teria compreendido a
importância do SABER.
AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, que é a minha maior fonte de força e


coragem. Foi com a ajuda do nosso Senhor Jesus Cristo que obtive condições para
superar cada obstáculo enfrentado ao longo desses anos dedicados ao curso de
Engenharia Elétrica.

Agradeço aos meus pais Daniel Houly Melo e a Janete Francisca da Silva Melo, pois
ambos foram responsáveis por cada degrau alcançado na minha vida. Durante todos
esses anos foram eles que me ensinaram o verdadeiro caminho a ser traçado,
passando por cima de todos os obstáculos, e foi assim com muita determinação que
consegui chegar até aqui. Agradeço também a minha esposa Danúbia Barbosa e
aos meus filhos Heitor Houly e Ian Henrique, pois foram eles minha maior fonte de
combustível para que não faltasse fôlego para chegar até o fim desse ciclo.

Agradeço a todos os professores do Centro Universitário Mauricio de Nassau, o


quais compartilharam seus conhecimentos comigo nessa trajetória, pois sem eles
não teria alcançado essa tão desejada graduação.
“Que os vossos esforços desafiem as
impossibilidades, lembrai-vos de que as
grandes coisas do homem foram
conquistadas do que parecia impossível. ”
CHARLES CHAPLIN
RESUMO

Este trabalho tem como objetivo buscar uma solução alternativa ao acionamento de
dispositivos elétricos/eletrônicos através de interruptores e/ou controles remotos.
Convencionalmente são usados interruptores para acendimento de lâmpadas,
chaves para ligar ventiladores e controle remoto para ligar ar condicionado. Como
alternativa, propõe um sistema de automação residencial (Domótico), utilizando
programação através de uma plataforma embarcada (ARDUINO). O Arduino se
comunicará via Bluetooth com um sistema ANDROID (smartphone), capaz de enviar
comandos responsáveis por controlar equipamentos, realizando o
acionamento/desligamento de dispositivos, com o intuito de fornecer uma redução
no consumo de energia elétrica devido a desperdícios na utilização desses
dispositivos, assim como fornecer um maior conforto e comodidade otimizando o
tempo de uma pessoa.

Palavras Chave: Automação; Arduino; Bluetooth.


ABSTRACT
This study looked for find an alternative solution to the activation of electrical/
electronic devices through switches and/or remote controls. Conventionally switches
must be used for lighting lamps, switches for connecting fans and remote control for
connection of air conditioners. As an alternative, the study proposes a residential
automation system (Domotic) using a programming through an embedded platform
(ARDUINO). The Arduino will be communicate by Bluetooth with an ANDROID
system (smartphone), capable of sending commands for controlling equipment,
performing the activation / shutdown of devices in order to provide a reduction in
electrical energy consumption due to wastage in the use of these devices, as well as
providing greater comfort and convenience by optimizing a person's time.

Key-words: Automation, Arduino, Bluetooth.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Arduino Mega2560..................................................................... 15

Figura 2- Versões dos Arduinos................................................................ 17

Figura 3- Característica do Arduino........................................................... 18

Figura 4- Alimentação da Placa do Arduino.............................................. 19

Figura 5- Conectores de Alimentação para Circuitos Externos................. 20

Figura 6- Microcontrolador ATMega2560.................................................. 21

Figura 7- Visão geral dos pinos do Mega2560.......................................... 22

Figura 8- IDE do Arduino........................................................................... 23

Figura 9- Símbolo Android......................................................................... 26

Figura 10- Símbolo Bluetooth.................................................................... 27

Figura 11- Comando de Controle Kawalan................................................ 28

Figura 12- Android Bluetooth Kawalan...................................................... 29

Figura 13- Módulo Bluetooth HC-05.......................................................... 30

Figura 14- Módulo Relé 4 canais............................................................... 31

Figura 15- Sensor de Presença................................................................. 32

Figura 16- Mini Cooler............................................................................... 33

Figura 17- Lâmpada 12 V.......................................................................... 34

Figura 18- Fonte de Alimentação Externa.................................................. 34


Figura 19- Protótipo de Teste..................................................................... 35

Figura 20- Protótipo Final........................................................................... 36


LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Custo dos materiais.................................................................. 35

Tabela 2- Consumo mensal atual............................................................. 36

Tabela 3- Consumo mensal da nova rotina.............................................. 37


LISTA DE SIGLAS/ABREVIATURAS

A - Ampere
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica
AVR - Advanced Virtual Risc
CA – Corrente Alternada
CC – Corrente Continua
CM – Centímetros
EEPROM – Electrically Erasable Programmable Read-Only Memory
G - Gramas
GHZ – Giga-hertz
I2C – Inter Integrated Circuit
ICSP – In-Circuit Serial Programming
IDE – Integrated Development Environment
ISM – Industrial, Scientific, Medial
KB – Kilobyte
KW - Kilowatt
MISO – Master IN Slave OUT
MHz - Mega-hertz
MM - Milímetro
MOSI – Master OUT Slave IN
MS - Milissegundo
MW - Megawatt
NA – Normal Aberto
NF – Normal Fechado
PWM – Pulse Width Modulation
RAM – Random Access Memory
RISC – Reduced Instruction Set Computer
RX - Receive
SCL – Serial Clock Line
SCK – Serial Clock
SDA – Serial Data Line
SPI – Serial Peripheral Interface
SS – Slave Select
TV – Televisão
TX – Transmit
UART – Universal Asynchronous Receiver Transmitter
USB – Universal Serial BUS
V - Volt
VAC – Voltage Alternate Current
VCC – Voltage continue Current
SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO 12
2. OBJETIVOS 13
2.1. OBJETIVO GERAL 13
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 13
3. REFERENCIAL TEÓRICO 14
3.1. DOMÓTICA 14
3.2. ARDUINO 14
3.2.1. SURGIMENTO 14
3.2.2. CONCEITO 16
3.2.3. ARDUINO MEGA2560 17
3.2.3.1. CARACTERÍSTICAS 17
3.2.3.2. ALIMENTAÇÃO 19
3.2.3.3. MICROCONTROLADOR 20
3.2.3.4. ENTRADAS E SAÍDAS 21
3.2.3.5. PROGRAMAÇÃO 23
3.3. ANDROID 25
3.4. BLUETOOTH 26
3.5. APLICATIVO 27
4. METODOLOGIA 29
4.1. DESENVOLVIMENTO 30
4.2. ESPECIFICAÇÕES DOS COMPONENTES 30
4.2.1. MÓDULO BLUETOOTH 30
4.2.2. MÓDULO DE RELÉ 31
4.2.3. SENSOR DE PRESENÇA 32
4.2.4. VENTILAÇÃO 33
4.2.5. ILUMINAÇÃO 34
4.2.6. FONTE DE ALIMENTAÇÃO 34
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 35
5.1. PROTÓTIPO DE TESTE 35
5.2. PROTÓTIPO FINAL 36
5.3. CUSTO E PEFORMACE 37
6. CONCLUSÕES 39
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40
APÊNDICE 42
12

___________________________________________________________________________

1. INTRODUÇÃO

O avanço tecnológico permite que o ser humano busque formas de aperfeiçoar e


facilitar a realização de atividades, afim de otimizar o seu tempo. Uma das áreas
mais crescente no cenário tecnológico é a automação. A palavra automação é uma
palavra que vem do latim Automatus, cujo significado pode ser expresso como
mover-se por si ou que se move sozinho.

Sistema automático pode ser definido como um sistema do qual faz se uso de
técnicas computadorizadas afim de minimizar e otimizar as tarefas desempenhadas
por um ser humano, afim de facilita-las, seja ela no setor residencial, predial ou
industrial. A automação residencial, conhecida como domótica, proporciona aos
seus usuários conforto, comodidade e segurança, através da aplicação de
mecanismo automáticos.

Os sistemas domóticos possuem diversas funcionalidades, por exemplo, o


acionamento e desligamento de lâmpadas, ventiladores, ar condicionados, entre
muitas outras possibilidades. Aliado a essas funções, outro ponto importante é a
utilização dessas funcionalidades em horários pré-definidos, bem como um bem no
que diz respeito a gestão do consumo de energia elétrica, visando assim uma
economia dos gastos com energia elétrica.

Aliado ao benefício da utilização da domótica, o presente trabalho tem a finalidade


de unir a tecnologia dos smartphones, o qual se comunicará via Bluetooth a
plataforma embarcada, conhecida mundialmente como “ARDUINO”. O smatphone é
capaz de se comunica com a plataforma embarcada, de modo que essa faça os
devidos acionamentos de relés, através de ações disponíveis na tela do smartphone,
sendo assim possível controlar os dispositivos como lâmpadas, ventiladores,
condicionadores de ar, e demais equipamentos.
13

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Controlar variáveis de um ambiente, de modo que o controle seja por um


smartphone, através da comunicação via bluetooth com um “ARDUINO”.

2.2. Objetivos Específicos

 Desenvolver uma comunicação onde um smartphone possa comandar ações,


através da comunicação com um módulo bluetooth em uma plataforma
embarcada.
 Desenvolver um programa capaz de executar ações através de comandos
realizados por um smartphone.
14

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 DOMÓTICA
A palavra domótica, mais conhecida como automação doméstica ou residencial, é
uma palavra derivada da combinação entre a palavra “Domus”, que significa casa,
com a palavra “Robótica”, palavra similar ao termo automatizar, ou seja, executar
ações automaticamente. Uma definição atual sobre a domótica, é o uso de
tecnologias da informação no ambiente doméstico, utilizadas simultaneamente com
a eletricidade e a eletrônica, de modo a permitir controlar de formar local ou remota,
além de oferecer conforto, comodidade, segurança, comunicação e gestão de
energia (Mariotoni; Andrade, 2007).

A automação residencial, tem por finalidade automatizar uma residência, de modo a


facilitar a execução de tarefas, proporcionando um maior conforto e comodidade,
bem como otimizando o tempo dos seres humanos, podendo utilizar esse tempo
economizado para outras atividades, lazer, cultura e etc. Exemplificando a
capacidade da domótica: uma pessoa tem como atividade rotineira acessar vários
ambientes de uma empresa para acender lâmpadas, ventiladores e/ou ar
condicionados, no entanto, com a aplicação de sistema automáticos, é possível
realizar essas atividades com um simples “click” em um smartphone.

Implementar um sistema domótico já foi algo que necessitava um alto investimento


devido ao preço dos equipamentos utilizados e da necessidade de mão de obra
especializada, porém, com o passar dos anos, o desenvolvimento da tecnologia
agregado com outros fatores barateou os equipamentos, tornando mais acessível
implementar um sistema automático residencial.

3.2 ARDUINO

3.2.1 SURGIMENTO

Surgiu em 2005, na cidade de Ivrea, na Itália, no Interaction Design Institute. O


Arduino foi criado devido a necessidade de um professor de designer chamado
Massimo Banzi, pois o mesmo procurava um meio de ensinar programação de
15

dispositivos eletrônicos aos seus alunos, no entanto, os produtos disponíveis no


mercado eram relativamente difíceis de usar, além do alto custo. Em conversa com
David Cuartielles, pesquisador visitante da Universidade de Malmo, na Suécia,
descobriram que ambos necessitavam de algo semelhante, então decidiram unir os
conhecimentos e desenvolver um microcontrolador que pudesse ser utilizado pelos
seus alunos, porém, esse dispositivo deveria ser barato para que fossem acessíveis
aos estudantes, sendo assim o custo não poderia ultrapassar o valor de uma pizza,
caso um estudante saísse para comer. Diante dessas circunstâncias, David
Cuartielles criou uma placa e David Mellis, aluno de Massimo, programou o software
para executar a placa. A partir daí Massimo contratou Gianluca Martino, engenheiro
local responsável por produzir inicialmente duzentas placas. Essas placas foram
batizadas como Arduino em referência a um bar local bastante frequentado por
alunos e docentes do instituto. (EVANS, NOBLE, & HOCHENBAUM, 2013)

Figura 1: Arduino Mega2560.

Fonte: Ilustração do próprio Autor

O Arduino rapidamente ficou popularizado, sua aplicabilidade, aliado a grande


facilidade na utilização desse sistema e o seu baixo custo, fizeram com que o
grande público percebesse que poderiam utilizar essa tecnologia em seus próprios
projetos.
16

3.2.2 CONCEITO

Segundo McRoberts (2011,p.22) o Arduino é uma plataforma de computação física


ou embarcada, capaz de interagir com ambientes através de software e hardware.
Basicamente, é um microcomputador programável para processamento de entradas
e saídas entre o dispositivo e meios externos interligados a ele. Esse equipamento é
uma placa que consiste por um conjunto de equipamentos eletrônicos, entre eles,
um microcontrolador Atmel AVR, Através de pinos de entradas e saídas expostos na
placa, é possível conectar circuitos e equipamentos externos como leds, relés,
diversos tipos de sensores, botões, interruptores, módulos ethernet ou qualquer
outro equipamento que emita dados ou seja capaz de ser controlado.
(MCROBERTS, 2011)

O Arduino é uma tecnologia que consiste de eletrônica e programação embarcada


de alto nível, de baixo custo, que oferece uma liberdade ao usuário tanto na parte de
hardware como na de software, pois são livres, ambos são de fonte aberta,
permitindo que qualquer pessoa tenha acesso.

Há diversas versões de Arduinos, em todas as versões os hardwares são baseados


em microprocessadores de 8 bits Atmel AVR reduced instruction set computer
(RISC). O primeiro protótipo dessa tecnologia foi baseado através do processador
ATmega8, o qual possuía uma memória flash de 8 KB, rodando a uma velocidade de
16 MHz. Posteriormente, foi surgindo novas versões de placas, com
microprocessadores com capacidade de memória maiores, como foi o caso do
Arduino NG e a Diecimila, que usavam um processador ATmega168, com memória
de 16 KB. As versões mais atuais a essas anteriormente citadas foram a
Duemilanove e Uno, que trabalham com o ATmega328 com memória de 32 KB.
Projetos mais robustos, que necessitam de mais memória e entradas e saídas,
existe o Arduino Mega1280, que possui uma memória de 128 KB ou o mais recente
dos Arduinos, o Mega2560, utilizado nesse projeto, com capacidade de
armazenamento de 256 KB. (EVANS, NOBLE, & HOCHENBAUM, 2013)
17

Figura 2: Versões de Arduinos.

Fonte: http://abraaoeletronica.com.br/arduino Acesso em: 26, Abr. 2018

3.2.3 ARDUINO MEGA2560

O Mega2560 é a versão mais atualizada do Arduino Mega, o qual ele substituiu.


Essa versão possui características de hardware mais robusta, fornecendo uma maior
funcionalidade de entradas e saídas em relação ao Arduino padrão, sendo mais
utilizados em projetos mais elaborados, que necessitem controlar grandes
quantidades de leds, projetos que possuam grande quantidade de entradas e saídas
ou até mesmo para os que necessitam de mais de uma porta serial de hardware,
essa versão possui 4 portas serial. (EVANS, NOBLE, & HOCHENBAUM, 2013)

3.2.3.1 CARACTERÍSTICAS

Esse modelo de placa utiliza o microprocessador ATmega2560, o qual fornece


capacidade de armazenamento de 256 KB. A placa do Mega contém 54 pinos de
18

entradas e saídas digitais, onde 15 desses pinos podem ser usadas como saídas
analógicas PWM (Pulse Width Modulation) e 16 como entradas analógicas, além de
possuir 4 UARTs (portas seriais de hardware). Outas características do Mega é o
cristal oscilador de 16MHz, uma porta USB, um conector de energia, um conector
ICSP (In Circuit Serial Programming) e um botão de reset. O Mega2560 possui todos
os suportes necessários para um microcontrolador, sendo necessário apenas
conectá-lo a um computador via porta USB ou alimentá-lo através de um adaptador
CA-CC ou uma bateria para iniciar. A placa Mega2560 possui grande
compatibilidade com a maioria dos shields confeccionados para as versões Uno,
Duemilanove ou Diecimila (BANZI, CUARTIELLES, & MELLIS, 2018).

A figura 3 demonstra as características técnicas do hardware do Mega2560.

Figura 3: Caracteristicas técnicas do Arduino Mega2560.

Fonte: https://store.arduino.cc/usa/arduino-mega-2560-rev3 Acesso em: 27, Abr.


2018
19

3.2.3.2 ALIMENTAÇÃO

A placa do Mega2560 pode ser alimentada de duas maneiras, tanto via porta de
comunicação USB, conectado a um computador, como também através de uma
fonte de alimentação externa CA-CC ligada ao conector Jack, conforme figura 4.

Figura 4: Alimentação da placa.

Fonte: Ilustração do próprio Autor

A fonte de alimentação externa não pode ser menor que 5V, devido a impactar no
funcionamento da placa, deixando-a instável, nem atingir valores acima de 12V, pois
pode sobreaquecer o regulador de tensão existente na placa e assim danifica-la. A
faixa de tensão recomendada para alimentar a placa é de 7V a 12V. Para a
alimentação via USB, o regulador de tensão da placa não trabalha, pois, o próprio
circuito USB possui componentes capazes de proteger a porta em caso de alguma
anormalidade. (SOUZA, 2014)

O Arduino permite que dispositivos externos sejam acoplados a placa, tais como os
shields e módulos para obter maiores funcionalidades. Os conectores de
alimentação para esses dispositivos são vistos na Figura 5.
20

Figura 5: Conectores de alimentação para circuitos externos.

Fonte: https://www.embarcados.com.br/arduino-mega-2560/ Acesso em: 27, Abr.


2018

IOREF: Tensão de referência fornecida para alimentar os circuitos externos, de


modo que eles possam selecionar o tipo de interface apropriada, dessa forma
circuitos que operam a uma tensão de 3,3V possa se adaptar a tensão de 5V, e
vice-versa.

RESET: Pino para realizar reset externo na placa do Arduino. Esse pino é conectado
ao pino de reset do microcontrolador.

3,3V: Pino que fornece tensão de 3,3V para conexão de placas externas. Esse pino
suporta uma corrente máxima de 50mA.

5V: Pino que fornece tensão de 5V para conexão de placas externas.

GND: Pino de referência, terra.

Vin: Pino para alimentar a placa através de circuitos externos ou bateria externa.
Quando a placa é alimentada através do conector Jack a tensão da fonte estará
nesse pino.

3.2.3.3 MICROCONTROLADOR

O microcontrolador presente na versão do Arduino Mega2560 é o ATMEL


21

ATmega2560. Principal componente do Arduino, é um microcontrolador de 8 bits de


arquitetura RISC (Reduced Instruction Set Computer) avançada, possuindo uma
memória de 256 KB (sendo 8 KB utilizados para o bootloader), 8 KB de RAM e 4 KB
de EEPROM. Sua velocidade de trabalho é de 16MHz. (SOUZA, 2014)

Figura 6: Microcontrolador ATmega2560.

Fonte: https://www.embarcados.com.br/arduino-mega-2560/ Acesso em: 27, Abr.


2018.

3.2.3.4 ENTRADAS E SAÍDAS DO MEGA2560

Entradas e saídas digitais: São disponibilizados 54 pinos para entradas e saídas


digitais que podem ser utilizados tanto como saída, tanto como entrada, de acordo
com a necessidade do projeto, através das funções pinMode(), digitalRead() e
digitalWrite. Cada pino, opera a uma tensão de 5V, oferecendo ou recebendo uma
corrente máxima de 40mA. Os pinos disponíveis na placa para sinais digitais vão do
22 ao 53.

Comunicação Serial: Há 4 portas de comunicação serial disponível na placa, são


elas: Serial 0 (RX = pino 0, Tx = pino 1), serial 1 (RX = pino 19, TX = pino 18), serial
2 (RX = pino 17, TX = pino 16) e serial 3 (RX = pino 15, TX = pino 14). Os pinos 0 e
1 estão interligados aos pinos do microcontrolador ATmegaU2, responsável pela
comunicação USB.

Comunicação SPI: São disponibilizados 4 pinos para a comunicação SPI (Serial


Peripheral Interface), que são os pinos 50 (MISO), 51 (MOSI), 52 (SCK) e 53 (SS). A
22

utilização dessa comunicação se dá através da função SPI library().

Comunicação I2C: Para esse tipo de comunicação, são disponibilizados os pinos 20


(SDA) e 21 (SCL).

PWM: Para sinais PWM, são disponibilizados 12 pinos (2 ao 13). O sinal PWM
possui 8 bits de resolução e é utilizado através da função analogWrite().

Interrupções externas: Os pinos 2 (), 3 (), 18 (), 19 (), 20 () e 21 () podem ser


configurados para disparo de interrupção para borda de subida ou descida, ou ainda
em níveis lógicos alto ou baixo, de acordo com a necessidade do projeto. A
utilização desses pinos para essas finalidades, se dá através da função
attachInterrupt().

Entradas analógicas: São disponibilizados 16 pinos para entradas analógicas (Pinos


A0 a A15), que trabalham a uma tensão de referência igual a 5V. Essa tensão pode
ser modificada através da utilização do pino AREF e da função analogWrite().
(SOUZA, 2014)

Figura 7: Resumo dos Pinos do Mega2560

Fonte: Ilustração do próprio Autor.


23

3.2.3.5 PROGRAMAÇÃO

O Arduino Mega2560 é uma placa de código aberto, que pode ser programada com
sua própria linguagem, através do seu ambiente de desenvolvimento integrado. O
software do Arduino, o IDE (Integrated Development Environment) fornece tudo que
é necessário para desenvolver a programação, inclusive é disponibilizado vários
exemplos de programas ou sketchs demonstrando como deve ser a conexão e
comunicação com outros dispositivos, como por exemplo leds e sensores. (EVANS,
NOBLE, & HOCHENBAUM, 2013)

Figura 8: IDE do Arduino.

Fonte: Ilustração do próprio Autor.

Um sketch, como é chamado os programas no Arduino, nada mais é do que uma


sequência de instruções declaradas. Esses programas são desenvolvidos tendo
como base a linguagem de programação C++. Preservando as características desse
tipo de linguagem no desenvolvimento dos programas, são utilizadas as linguagens
de referências e suas principais funções. As linguagens de referências são divididas
24

basicamente em três partes: as estruturas, os valores (variáveis e constantes) e as


funções.

As estruturas de referências são:

 Estruturas de controle (if, else, break, ...)


 Sintaxe básica (define, include, ...)
 Operadores aritméticos e de comparação (+, -, =, ==, !=, ...)
 Operadores booleanos (, ||, !, &&)
 Operadores compostos (++, {, +=, ...)
 Operadores de bits (|, ; ,...)
 Acesso a ponteiros (*, )

Os valores de referências são:

 Tipos de dados (byte, array, int, char, ...)


 Conversões (char(), byte(), int(), ...)
 Variável de escopo e de qualificação (variable scope, static, volatile, ...)
 Utilitários (sizeof(), diz o tamanho da variável em bytes)

Funções: são referências de linguagem fundamentais para o desenvolvimento de um


programa no Arduino. Algumas dessas funções são disponibilizadas no próprio
software do Arduino para facilitar a programação, como por exemplo:

 Setup ()
 Loop ()

Outras funções básicas e de referências podem são:

 Digital I/O: pinMode(), digitalWrite(),digitalRead()


 Analógico I/O: analogReference(), analogRead(), analogWrite() – PWM
 Avançado I/O: tone(), noTone(), shiftOut(), pulseIn()
 Tempo: millis(), micros(), delay(), delayMicroseconds()
 Matemática: min(), max(), abs(), constrain(), map(), pow()
 Trigonométrica: sin(), cos(), tan()
25

 Números aleatórios: randomSeed(), random()


 Comunicação Serial: Serial.begin(speed), int Serial.available(), int
Serial.read(), Serial.flush(), Serial.print(data), Serial.println(data)
 Bits e Bytes: lowByte(), highByte(), bitRead(), bitWrite(), bitSet(), bitClear(),
bit()
 Interrupções externas: attachInterrupt(), detachInterrupt()
 Interrupções: Interrupts(), noInterrupts()

Há também bibliotecas de referências, essas com o intuito de proporcionar um


amplo horizonte de programação, comparando ao uso apenas das linguagens de
referenciais de estruturas, valores e funções. A percepção dessa amplitude se dá
através da análise sobre os assuntos abordados por cada biblioteca
especificamente. A utilização dessas bibliotecas está condicionada a instalação
previa das mesmas no seu programa.

As bibliotecas de referências são:

 EEPROM: leitura e escrita de “armazenamento” permanente.


 Ethernet: utilizada para se conectar a uma rede Ethernet usando o Arduino
Ethernet Shield
 LiquidCrystal: utilizada para controlar telas de cristal líquido (LCDs).
 Servo: utilizada para controlar servo motores.
 SPI: utilizada para se comunicar com dispositivos que utilizam barramento
Serial Peripheral Interface (SPI).
 SoftwareSerial: serve para a comunicação serial em qualquer um dos pinos
digitais.
 Stepper: controle de motores de passo.
 Wire: Dois Wire Interface (TWI/I2C) para enviar e receber dados através de
uma rede de dispositivos ou sensores.

3.3 ANDROID (SMARTPHONE)

O Android é um sistema operacional que surgiu em 2003 por um grupo de


empresários do ramo da tecnologia, onde fundaram a Android Inc. com a ideia inicial
26

de ser um sistema inovador para câmeras digitais, no entanto, ao perceberem que o


mercado não era tão amplo, resolveram focar no mercado mobile. Em 2005, a
Google adquiriu a Android Inc., surgindo a partir daí a divisão de tecnologia e
pesquisa móvel da Google, conhecida como Google Mobile Division.

Na atualidade, o Android é o sistema operacional móvel mais popular do mundo,


presente em smartphones, tablets, relógios, TVs e até em carros. O Android é
representado por um pequeno robô verde (ZECHNER, 2011), conforme figura 9.

Figura 9: Símbolo Android.


Fonte: https://es.vexels.com/png-svg/vista-previa/139556/logo-de-android Acesso
em: 20, Abr. 2018.

3.4 BLUETOOTH

É uma tecnologia de comunicação sem fio, que utiliza frequência de rádio de onda
curta, permitindo a transmissão de dados de maneira rápida e segura através de
diversos dispositivos a pequenas distâncias, eliminando assim a necessidade de
fios. Essa tecnologia é bastante difundida, capaz de conectar diversos dispositivos
de modelos e fabricantes diferentes, bem como de outras nacionalidades, através da
unificação da interface de acesso ao meio. O símbolo dessa tecnologia está
representado na figura 10, e cada vez mais é possível encontrar estampado em
produtos como celulares, tablets, impressoras, teclados, fones de ouvidos,
equipamentos de som, câmeras digitais, entre outros.
27

Figura 10: Símbolo Bluetooth.

Fonte: https://www.bluetooth.com/ Acesso em: 20, Abr. 2018.

A tecnologia de comunicação Bluetooth opera a uma faixa de frequência de 2,4


GHz, faixa de rádio ISM (Industrial, Scientific, Medial) disponibilizada pela ANATEL
(Agência Nacional de Telecomunicações) para equipamentos que não necessitam
de licença. Na maioria da Europa e nos Estados Unidos, a faixa de ISM é de 2,4GHz
a 2483,5GHz. No Japão a faixa de ISM tem uma variação um pouco maior, indo de
2,4GHz a 2,5GHz. A classificação dos dispositivos é dada de acordo com a potência
de transmissão, que é encontrada em três classes: Classe 1 (potência de 1mW a
100mW), Classe 2 (0,25mW a 2,5mW) e Classe 3 (1mW).

Os dispositivos Bluetooth podem ser interligar em até 8 dispositivos que comunicam


entre si, formando uma rede conhecida como piconet. A rede piconet consiste em
oito dispositivos, onde um é considerado o mestre, responsável por controlar outros
sete escravos. Um mestre em uma piconet, pode ser escravo de um mestre em
outra piconet. (YOUNG, 2006).

Para minimizar a interferência na transmissão dos dados, a faixa de ISM é dividida


em 79 canais diferente com espaçamento de 1 MHz. Depois que os dispositivos da
rede piconet são sincronizados, o mestre pode alterar a frequência de transmissão
dos seus escravos a uma taxa de 1600 vezes por segundo, nesses 79 canais
diferentes.

3.5 APLICATIVO

Há diversos aplicativos disponível capaz de se comunicar com o Arduino por meio


de comunicação bluetooth. Neste projeto foi utilizado o “Arduino Bluetooth Kawalan”.
O Kawalan é um dispositivo simples que se comunica através de comandos
enviados por meio de comunicação bluetooth, que possui diferentes caracteres para
comandar a atuação dos dispositivos. Os comandos são representados por letras
28

alfabéticas de A a H, maiúsculas e minúsculas, conforme representado na figura 11.

Figura 11: Comandos de controle do Kawalan

Fonte: http://blog.usinainfo.com.br/controle-tudo-com-apenas-um-click-sua-casa-
nunca-mais-sera-a-mesma/. Acesso em: 20, Abr. 2018.

Além da simplicidade desse aplicativo, o Kawalan também permite configurar o


nome dos botões de comando, caracterizando de acordo com o projeto, melhorando
assim a organização. Outra disponibilidade desse aplicativo é a possibilidade de
programar o horário de desligamento de um comando, onde após o termino do
tempo configurado, o dispositivo Android (smartphone) recebe uma notificação de
finalização do tempo.

Na figura 12 é possível verificar os botões de comando configurados de acordo com


esse projeto.
29

Figura 12: Android Bluetooth Kawalan

Fonte: Ilustração do próprio Autor.

4. METODOLOGIA

A elaboração desse projeto se deu nas seguintes fases: pesquisas a respeito dos
assuntos abordados no referencial teórico, aquisição dos componentes utilizados no
projeto, criação do protótipo de teste e desenvolvimento da programação aplicada
no Arduino, criação do protótipo final e verificação da economia mensal em relação
ao consumo de energia em caso da implementação do projeto.

Na primeira fase desse projeto, foi utilizado pesquisas sobre os assuntos abordados,
com o intuito de obter referências bibliográficas, artigos científicos e outros materiais
que agregassem conhecimento para realizar a fundamentação teórica.

A segunda fase foi dividida em duas etapas, onde primeiramente foi a etapa de
especificar e adquirir os componentes utilizados no projeto, e em seguida,
desenvolver um protótipo de teste e uma programação no Arduino que atendesse as
necessidades do projeto.

A fase final do projeto, foi a fase de desenvolver o protótipo final do projeto e realizar
cálculos referente a diminuição no consumo mensal de energia em caso da
30

aplicação dessa tecnologia para acionamentos de lâmpadas e ventiladores.

4.1. DESENVOLVIMENTO DO PROTÓTIPO

A elaboração desse protótipo teve início a partir das especificações dos


componentes a serem utilizados, de forma que atendessem as necessidades do
projeto. Posteriormente foi desenvolvido a montagem do protótipo de teste,
elaborado através dos ambientes escolhidos para implementação do projeto e a
realização de teste funcional do protótipo.

4.2. ESPECIFICAÇÃO DOS COMPONENTES


4.2.1 MÓDULO BLUETOOTH
O módulo de comunicação bluetooth HC-05 é um dispositivo capaz de realizar a
comunicação entre um Arduino e qualquer outro dispositivo que possua a tecnologia
bluetooth. O módulo HC-05 possui um alcance de até 10 metros na comunicação, e
pode funcionar tanto como mestre, quanto como escravo. No modo escravo
somente permite que outro dispositivo se conecte a ele, porém não é capaz de
acessar outro dispositivo, já no modo mestre é possível também acessar outro
dispositivo.
O módulo é composto de 6 pino: Vcc, GND, RX, TX, State e EN, conforme ilustração
da figura 13. Os pinos Vcc e GND são destinados para a alimentação do módulo e
trabalham numa faixa de 3,6 à 6V, os pinos RX e TX são destinados para realizar a
comunicação serial com o Arduino e trabalham num nível de sinal de 3,3V, e os
pinos EN e State utilizados para habilitar o módulo para trabalhar no modo mestre.
Figura 13: Módulo HC-05

Fonte: Ilustração do próprio Autor.


31

Especificações do módulo HC-05:


 Bluetooth: 2.0V
 Tensão de funcionamento: 3.3v~5v
 Taxa de transmissão: 2Mbps
 Frequência: 2,4 Ghz
 Nível lógico: 3.3v
 Pinos: VCC, GND, TXD, RXD;
 Perfis suportados: Escravo (slave) e Mestre (master)

4.2.2 MÓDULO DE RELÉ


O módulo relé de 4 canais (Figura 14) é uma placa de interface utilizada para
controlar cargas de diversas tensões e correntes. Esse controle é feito a partir de
saídas digitais, que através dos relés, podem ligar ou desligar cargas do tipo
motores, lâmpadas, sensores, solenoides, etc. Esse módulo possui 4 canais que
operam em 5V cada, sendo possível controlar 4 dispositivos com tensões de 110V
ou 220V com corrente de até 10A.
A placa possui 6 pinos, sendo 2 pinos (VCC e GND) destinados a alimentação de
operação e 4 pinos de entradas (IN1, IN2, IN3 e IN4) disponibilizados para controle
de cada relé. Esses relés podem funcionar tanto como contato fechado (NF), como
contato aberto (NA), de acordo com a ligação feita na placa.

Figura 14: Módulo relé – 4 canais.

Fonte: Ilustração do próprio Autor.


32

Especificações do módulo relé 4 canais:


 Tensão de operação 5 VDC (VCC e GND)
 Permite controlar cargas de 220VAC
 Corrente típica de operação: 15~20mA
 Pinos: Normal Aberto, Normal Fechado e Comum
 Tensão de saída: (30 VDC a 10A) ou (250VAC a 10A)
 Furos de 3mm para fixação nas extremidades da placa
 Tempo de resposta: 5~10ms
 Dimensões: 8 x 6 x 2cm
 Peso: 100g

4.2.3 SENSOR DE PRESENÇA / MOVIMENTO


O Sensor de presença ilustrado na figura 15, é um dispositivo composto por
componentes com grande facilidade de ser encontrado no mercado, que possui um
baixo custo e que pode ser utilizado para acionar dispositivos como lâmpada,
ventilador, portão ou acionar qualquer outro dispositivo através de um relé.
O sensor trabalha numa faixa de tensão que pode variar de 4,5 à 20V, e sua
conexão com o Arduino utiliza apenas um pino. Esse dispositivo possui um sensor
infravermelho responsável por detectar movimentos numa distância variável de 3 a 7
metros, ajustável através de um dos potenciômetros acoplado na placa, sendo o
outro responsável por ajustar o tempo de espera para que o sensor estabilize.

Figura 15: Sensor de presença / movimento modelo DYP-ME003.

Fonte: https://www.filipeflop.com/blog/acendendo-uma-lampada-com-sensor-de-
presenca/ Acesso em: 06, Mai. 2018.
33

Especificações:
 Modelo: DYP-ME003 (datasheet)
 Sensor Infravermelho com controle na placa
 Sensibilidade e tempo ajustável
 Tensão de Operação: 4,5-20V
 Tensão Dados: 3,3V (Alto) – 0V (Baixo)
 Distância detectável: 3-7m (Ajustável)
 Tempo de delay: 5-200s (Default: 5s)
 Temperatura de Trabalho: -20 ~ +80°C
 Dimensões: 3,2 x 2,4 x 1,8cm
 Peso: 7g

4.2.4 VENTILAÇÃO
O sistema de ventilação é uma das vertentes mais aplicadas no emprego da
domótica. Nesse projeto foi utilizado um mini cooler que opera numa tensão de 12V
para representar os ventiladores.
Figura 16: Mini Cooler 12V.

Fonte: Ilustração do próprio Autor


Especificações:
 Modelo: TRVT – 40MM
 Tensão de 12 VDC
 Corrente consumida: 0,10A
 Dimensões: 40 x 40 x 10 mm
 Peso: 14g
34

4.2.5 ILUMINAÇÃO
Para a iluminação do projeto, foi utilizado uma lâmpada incandescente de 12V,
representado na figura 17.
Figura 17: Lâmpada 12V.

Fonte: Ilustração do próprio Autor.

4.2.6 FONTE DE ALIMENTAÇÃO


No projeto foi utilizado uma fonte de alimentação estabilizada, a qual tem a
finalidade de transformar a energia elétrica recebida da rede (220VAC) numa tensão
de saída de 12VCC, com o intuito de alimentar as lâmpadas e os coolers utilizados
no protótipo.
Figura 18: Fonte de Alimentação 12V / 5A.

Fonte: Ilustração do próprio Autor.


Fonte: http://edonato.com.br/home/232993-fonte-chaveada-kankai-12v-5a.html.
Acesso em: 12, Abril. 2018.
35

Especificações:
 Corrente máxima saída: 5A;
 Frequência: 50/60Hz
 Potência de saída: 60W
 Tensão de entrada: 100-120VAC / 200-220VAC
 Tensão de saída: 12VCC

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 PROTÓTIPO DE TESTE
Primeiramente foi definido os componentes a serem utilizados no projeto. De forma
geral, o projeto é composto por 1 placa de Arduino Mega2560, 1 módulo relé de 4
canais, 1 módulo bluetooth modelo HC-05, 1 sensor de presença/movimento modelo
DYP-ME003, 2 mini coolers modelo TRVT-40MM, 2 lâmpadas incandescente de
12V, 1 fonte de tensão estabilizada e 1 protoboard de 830 furos.
Posteriormente foi realizado o diagrama elétrico do projeto de acionamento de
lâmpadas e ventiladores através de comandos enviados por um dispositivo Android,
através da comunicação com o Arduino Mega2560 por meio de um módulo
bluetooth. Com o diagrama elétrico projetado, foi realizado a montagem do protótipo
de teste, como pode ser visto na figura 19, e por último, foi desenvolvido o código
fonte, demonstrado no apêndice B.

Figura 19: Protótipo de Teste.

Fonte: Ilustração do próprio Autor.


36

Para realizar o teste funcional, foi necessário descarregar o código fonte no Arduino,
realizar o pareamento do dispositivo Android com o módulo de comunicação
bluetooth HC-05 e simular as condições do projeto.
O programa fica no aguardo de receber algum comando do dispositivo Android para
poder realizar alguma ação de acionar as lâmpadas e/ou ventiladores, ou através da
detecção de algum individuo ou movimentação no ambiente pelo sensor PIR.

5.2 PROTÓTIPO FINAL


O protótipo final foi desenvolvido com peças de madeira, dividido em 3 partes, onde
a parte frontal foi representada por dois ambientes de uma escola (Sala de aula e
Playground) e a parte traseira destinada ao protótipo, onde foi fixado os
componentes eletrônicos utilizados no projeto. No ambiente representado por uma
sala de aula foi fixado uma lâmpada e um mini cooler para representar a luminária e
o condicionador de ar respectivamente, já no ambiente do playground também foi
fixado uma lâmpada e um mini coolers para representar a luminária e o ventilador
desse ambiente, além do sensor de presença responsável pelo acionamento dos
dispositivos.
Os equipamentos utilizados na sala de aula (lâmpada e cooler) são acionados de
forma independente, através de comandos enviados por um aplicativo de um
smartphone, onde é possível também configurar o tempo de duração que os
equipamentos ficaram acionados. No playground os equipamentos são acionados
por meio de sensor de presença/movimento, onde é possível, através do sensor
PIR, ajustar a sensibilidade de detecção do sensor e o tempo que os equipamentos
ficaram acionados.
Figura 20: Protótipo final – Projeto.

Fonte: Ilustração do próprio Autor


37

5.3 CUSTO E DESEMPENHO


O projeto de automatizar um ambiente utilizando um Arduino apesar de ser algo
tecnológico, possui um baixo custo. Os gastos referentes a aquisição do Arduino e
demais dispositivos utilizados nesse projeto, incluindo a mão-de-obra para
implementar esse projeto podem ser vistos na Tabela 1.
Tabela 1: Custo dos Materiais.

COMPONENTES UTILIZADOS QUANTIDADE PREÇO


Arduino Mega2560 1 R$ 79,90
Módulo Relé 4 Canais 1 R$ 29,90
Módulo Bluetooth HC-05 1 R$ 34,90
Sensor de Presença (PIR) 1 R$ 14,90
Mão de Obra 1 R$ 500,00
TOTAL R$ 659,60
Fonte: Ilustração do próprio Autor.
Realizando a aplicação desse projeto em dois ambientes de uma escola, onde após
estudar a rotina da escola, foi verificado a possibilidade de economizar energia
elétrica devido ao uso desnecessário dos equipamentos presente nesses ambientes
escolar. Os ambientes possuem quatro luminárias de led, um ar condicionado e um
ventilador, onde os dispositivos de iluminação e ventilação são ligados as 7 horas da
manhã e desligados as 17 horas.
De posse das especificações de consumo dos equipamentos existentes na escola,
fornecidas pelos respectivos fabricantes, na rotina atual a escola tem um gasto total
dos equipamentos presentes nesses dois ambientes de 5062,2 KW, conforme
demonstrado na Tabela 2.
Tabela 2: Consumo Mensal Atual.
Consumo Consumo x Preço horas x Mensal
Ambiente Equipamento Quantidade Energia Quant. (KW/h) (KW) mês / dia (KW) Valor
Ar Cond. R$ 10 x 22 = R$
(12000btu) 1 22,8 KW/h 22,8 0,74 220 5016 3.705,32
Sala
Luminária R$ 10 x 22 = R$
LED 10W 2 0,01 KW/h 0,02 0,74 220 4,4 3,25
Ventilador R$ 10 x 22 = R$
Delta 1 0,17 KW/h 0,17 0,74 220 37,4 27,63
Playground
Luminária R$ 10 x 22 = R$
LED 10W 2 0,01 KW/h 0,02 0,74 220 4,4 3,25
R$
TOTAL 5062,2 3.739,45
38

Fonte: Ilustração do próprio Autor.

Após análise da rotina, foi desenvolvido um programa para minimizar o uso


desnecessário desses equipamentos, de modo a obter uma redução no consumo
mensal de energia elétrica. Dessa maneira, os equipamentos funcionariam da
seguinte maneira:
 Sala: Lâmpadas e Ar condicionado funcionam por 4 horas no período da
manhã (7 as 11h) e 4 horas no período da tarde (13 as 17h), através do
acionamento via bluetooth e programação para desligamento após 4h de uso,
visto que das 11h às 13h, não haveria aula.
 Playground: Lâmpadas e ventilador funcionam através do sensor de
presença/movimento, onde diariamente esse espaço é utilizado apenas num
período de 2 horas (9 as 10h pela manhã e 15 as 16h no período da tarde),
horário de recreação das turmas.
Baseado na alteração da rotina o consumo mensal da escola, funcionando através
do regime adotado pela programação, seria de 4024,68 KW, conforme demonstrado
na Tabela 3.
Tabela 3: Consumo mensal – nova rotina.

horas x
Consumo Consumo x Preço mês / Mensal
Ambiente Equipamento Quantidade Energia Quant. (KW/h) (KW) dia (KW) Valor
Ar Cond. 22,8 R$ 8 x 22 = R$
(12000btu) 1 KW/h 22,8 0,74 176 4012,8 2.964,26
Sala
Luminária 0,01 R$ 8 x 22 = R$
LED 10W 2 KW/h 0,02 0,74 176 3,52 2,60
Ventilador 0,17 R$ 2 x 22 = R$
Delta 1 KW/h 0,17 0,74 44 7,48 5,53
PlayGround
Luminária 0,01 R$ 2 x 22 = R$
LED 10W 2 KW/h 0,02 0,74 44 0,88 0,65
R$
TOTAL 4024,68 2.973,03
Fonte: Ilustração do próprio Autor.
39

6. CONCLUSÕES
O projeto foi desenvolvido para demonstrar o uso da tecnologia através de um
sistema automático, capaz de acionar cargas por meio de comandos enviados por
algum equipamento que possua o sistema Android ou por meio de um sensor de
presença/movimento. Considerando que o projeto foi desenvolvido para demonstrar
a vantagem de utilizar um sistema automático afim de reduzir o consumo de energia
elétrica, foi escolhido dois ambientes de uma escola (Sala e Playground), o qual
possui alguns equipamentos eletroeletrônicos, demonstrados na tabela 2.

Levando como base o preço atual do KW (R$ 0,74), após calcular o consumo de
cada equipamento presente nos dois ambientes do projeto, foi possível visualizar
que ao programar o condicionador de ar e as lâmpadas do primeiro ambiente (sala)
para que após o acionamento via bluetooth, os mesmos fossem desligados com 4
horas de uso, no decorrer de um mês teríamos uma economia aproximada de R$
741,00. Para o segundo ambiente (Playground), com o uso do sensor de presença
para acionamentos das cargas, teríamos uma redução de 8 horas diárias no
consumo, o que daria uma economia mensal aproximada de R$ 25,00.

Baseado nos custos com a aquisição dos dispositivos e mão-de-obra para


implementar o projeto automático, tivemos um custo aproximado de R$ 700,00.
Após calcular o consumo atual da escola, subtraído do consumo total após a
implementação do projeto, foi possível identificar que com o passar de 30 dias, o
projeto já teria sido pago, obtendo ao longo de um ano, uma economia em torno de
R$ 8000,00.
40

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A história do Android [Atualizado Android Oreo 8.1]. Disponível em:


<https://www.oficinadanet.com.br/post/13939-a-historia-do-android>. Acesso em 20
de abril de 2018.

Acionando portas do Arduino usando Android e bluetooth. Disponível em:


<https://www.arduinoecia.com.br/2013/03/acionar-porta-arduino-bluetooth-
android.html>. Acesso em: 02 de março de 2018.

ARDUFC. Engenharia da Computalção, 2016. Disponível em:


<http://www.ardufc.blogspot.com.br/>. Acesso em: 05 de abril de 2018.

Arduino MEGA 2560. Disponível em: <https://www.embarcados.com.br/arduino-


mega-2560/>. Acesso em: 10 de abril de 2018.

ARDUINOLÂNDIA , Loja Virtual, 2018. Disponível em:


<http://www.arduinolandia.com.br/>. Acesso em: 15 de Abril de 2018.

BANZI, M.; MELLIS, D. A. Arduino. Arduino.cc, 2018. Disponível em:


<http://www.arduino.cc>. Acesso em: 27 de Abril de 2018.

BONATTO, Diego; CANTO, Diego Oliveira do. Bluetooth Tecnology. Disponível em:
<http://www.inf.pucrs.br/~cnunes/redes/Trabalho%20Bluetooth.pdf>. Acesso em: 07
de abril de 2018.

BOLZANI, C. (2004). Residências Inteligentes, Livraria de Física, 1 edição.

Comunicação Bluetooth entre Arduino e Android.


Disponível em: <https://dragaosemchama.com/2016/04/comunicacao-bluetooth-
entre-arduino-e-android/>. Acesso em: 04 de abril de 2018.

Controle tudo com apenas um click! Sua casa nunca mais será a mesma! Disponível
em: <http://blog.usinainfo.com.br/controle-tudo-com-apenas-um-click-sua-casa-
nunca-mais-sera-a-mesma/>. Acesso em: 10 de junho de 2018.

DEROSA, Giovani Madalena. Desenvolvimento de um sistema para acionamento de


cargas e sensoreamento de um ambiente residencial com dispositivo Android. 2012.
69p. Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Instituto Federal de de
Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, Santa Catarina, 2012.
Disponível em:
<http://www.professorpetry.com.br/Ensino/Defesas_Pos_Graduacao/Defesa%2026_
Giovani%20Madalena%20Derosa_Desenvolvimento%20de%20um%20Sistema%20
para%20Acionamento%20de%20Cargas%20e%20Sensoriamento%20de%20um%2
0Ambiente%20Residencial%20com%20Dispositivo%20Android.pdf> Acesso em: 20
de maio de 2018.
41

FERNANDES, C. C.; LOPES, G. T. Introdução ao Arduino. Disponível em:


<http://pt.scribd.com/doc/35379935/Introducao-ao-Arduino-Get-Starter-com-
arduino>. Acesso em 22 de maio de 2018.

Interface entre Arduino e Android com Bluetooth: Aplicação Final. Disponível em:
<https://www.embarcados.com.br/arduino-e-android-com-bluetooth-parte-2/>.
Acesso em 29 de março de 2018.

LIMA, E. M. S.; NOBRE, A. Y. M.; ALENCAR, R. A. E. Automação Residencial de


Baixo Custo com Arduino Mega e Ethernet Shield.
Disponível em: <http://www.aureside.org.br/_pdf/TCC_615.pdf>. Acesso em: 30 de
abril de 2018.

MARTINS REBESCHINI, Sauro. Sistema de Segurança por Câmeras e Sensores


Controlados por Dispositivo Remoto. 2012. 58p. Trabalho de Conclusão de Curso
Fundação Educacional do Município de Assis – FEMA/Instituto Municipal de Ensino
Superior de Assis - IMESA, São Paulo, Assis, 2012.

Mini Curso Arduino. Disponível


em:<http://www.eletrica.ufpr.br/~james/Laboratorio%20V/arquivos/Mini%20Curso%2
0Arduino.pdf>. Acesso em: 07 de maio de 2018

O que é automação. Disponível em:


<https://www.significadosbr.com.br/automacao>. Acesso em 31 de março de 2018.

SACCO, F. Embarcados. Embarcados, 2014. Disponível em:


<http://www.embarcados.com.br/spi-parte-1/>. Acesso em: 27 de Abril de 2018

SANTOS, A. H. O. Automação Residencial com Arduino – Ligando Lâmpada.


Disponível em: <http://www.reformaai.com/2013/02/ligando-lampada-com-
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Site institucional. Disponível em <https://www.bluetooth.com/> Acesso em 20 de abril


de 2018.

SOUZA, F. Embarcados. Embarcados, 2014. Disponível em:


<http://www.embarcados.com.br/arduino-mega-2560/ >. Acesso em: 27 de Abril de
2018.

.
42

APÊNDICE
Apêndice A – Diagrama elétrico
43

Apêndice B – Código fonte

// Arquivo: Projeto_Construir.pde
// Micro-processador: Arduino Mega2560
// Objetivo: Comandos via Bluetooth

#define Relay1 11 // Define pino do rele 1 (lampada SL)


#define Relay2 10 // Define pino do rele 2 (Ventiacao SL)
#define Relay3 9 // Define pino do rele 3 (lampada Playground)
#define Relay4 8 // Define pino do rele 4 (Ventilacao Plauground)
#define pir1 7 // Define pino de entrada para o PIR 1 (Sensor presenca)

void setup()
{
Serial.begin(9600); // Define comunicação bluetooth
pinMode(Relay1, OUTPUT); // Relay1 declarado como saida

digitalWrite (Relay1, LOW); // Relay1 setado como nivel baixo


pinMode(Relay2, OUTPUT); // Relay2 declarado como saida

digitalWrite (Relay2, LOW); // Relay2 setado como nivel baixo


pinMode(Relay3, OUTPUT); // Relay3 declarado como saida

digitalWrite (Relay3, LOW); // Relay3 setado como nivel baixo


pinMode(Relay4, OUTPUT); // Relay4 declarado como saida

digitalWrite (Relay4, LOW); // Relay4 setado como nivel baixo


pinMode(pir1, INPUT); // PIR1 declarado como entrada
}

void loop() {
char caracter = Serial.read();
if (caracter == 'A'){
digitalWrite(Relay1,HIGH);
}
if (caracter == 'B') {
digitalWrite(Relay2,HIGH);
}
if (caracter == 'C') {
digitalWrite(Relay3,HIGH);
}
if (caracter == 'D') {
digitalWrite(Relay4,HIGH);
}
if (caracter == 'a') {
digitalWrite(Relay1,LOW);
}
if (caracter == 'b') {
digitalWrite(Relay2,LOW);
}
44

if (caracter == 'c') {
digitalWrite(Relay3,LOW);
}
if (caracter == 'd') {
digitalWrite(Relay4,LOW);
}

if (digitalRead(pir1)==1) // Se tiver movimento


{
digitalWrite(Relay3, HIGH); // Lampada Playground Liga
digitalWrite(Relay4, HIGH); // Ventilador Playground Liga
}
else
{
digitalWrite(Relay3, LOW);
digitalWrite(Relay4, LOW);
}
}

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