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Resumo
1. Resultados e Discussões
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adequado formando um complexo e o ponto de equivalência é determinado com
o auxílio de um indicador ou método instrumental (SKOOG et. al., 2008).
Foram realizadas titulações de três amostras de 50mL de água de torneira
onde foram adicionados 3,00mL do tampão NH3/NH4Cl pH 10 e algumas gotas de
negro de eriocromo T. A titulação realizada foi do tipo direta em que a solução
que contém o íon metálico a determinar é tamponada no valor de pH desejado e,
a seguir, é titulada com solução-padrão de EDTA 0,0006 mol L-1, em presença de
indicador metalocrômico adequado, que no caso foi o negro de eriocromo T.
A titulação de água destilada (branco) foi realizada seguindo o mesmo
procedimento. A água destilada foi necessária para determinar possíveis
concentrações de outros íons metálicos presentes na água que poderiam reagir
com o EDTA. Dessa forma, o volume utilizado na titulação do branco pode ser
subtraído das outras titulações, pois corresponde a outros componentes na água
que não são de interesse para a determinação no presente trabalho. O volume de
EDTA utilizado na titulação do branco foi de 1,40 mL.
Deve-se salientar que o tampão foi necessário para controlar o pH da
solução. Segundo Skoog e colaboradores (2007), isso mantem a concentração
de íons hidroxila durante a titulação e proporciona boas condições de
estabilidade para complexos de EDTA com os íons Ca2+ e Mg2+.
O EDTA é pouco seletivo porque complexa numerosos cátions bi, tri e
tetravalentes. Para torná-lo seletivo pode-se empregar o controle do pH da
solução podendo determinar dois ou mais metais; uso de agentes mascarantes,
pois quando há uma mistura de cátions em solução é possível mascarar alguns
deles de forma a não reagirem com o EDTA; e precipitação, pois o cátion
metálico interferente pode ser precipitado, mediante adição de um precipitante,
impedindo, assim, sua complexação pelo EDTA.
O negro de eriocromo T é capaz de formar complexos com os íons Ca 2+ e
Mg2+ livres na amostra e com uma cor característica avermelhada. Esses
complexos não são muito estáveis quando os formados com EDTA, e assim, ao
longo da titulação eles foram substituídos. Uma vez que os íons cálcio forem
complexados, os íons magnésio são liberados novamente e se combinam com o
EDTA formando o seu respectivo complexo até que o ponto final (coloração azul)
seja observado (BACCAN et al., 2001). Vale salientar que o complexo formado foi
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um quelato, pois favorece a formação de produto na reação, uma vez que é um
complexo mais estável.
Os volumes de EDTA utilizado em cada replicata estão explicitados na
Tabela 1.
𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛
x̅ = (2)
𝑛
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∑𝑁 ̅ )2
𝑛=1(𝑥 − x
𝛿=√ (3)
𝑁−1
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A incerteza do resultado é calculada com a subtração considerando o valor
positivo das incertezas somadas aos valores, depois o valor negativo e por fim
subtraindo do cálculo sem considerar as incertezas e utilizando o menor valor
como incerteza. Assim:
MM = 1,572 x 10-4 (±1x10-6) mol L-1
Calculando a concentração em mg L-1, utiliza-se a equação (8), onde Z é a
concentração dos íons Mg2+, 𝑀𝑀𝐶𝑎𝐶𝑂3 é a massa molar do cabonato de cálcio que
é aproximadamente 100,09 g mol-1.
𝑍 = 𝑀𝑀𝐶𝑎𝐶𝑂3 𝑥 𝑀𝑀 (8)
𝑍 = 100,09 𝑔 𝑚𝑜𝑙 −1 𝑥 1,572 𝑥 10−4 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1 = 0,01573 𝑔 𝐿−1 = 15,73 𝑚𝑔 𝐿−1
Assim, a concentração de íons Mg2+ é 15,73 mg L-1.
Portanto, a molaridade relativa aos íons Ca2+ é 2,336x10-4 (±4x10-6) mol L-
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. Como o desvio padrão é baixo, pode-se dizer que o resultado é
significativamente exato. Não é possível afirmar sobre a precisão, como já foi
discutido anteriormente. A molaridade relativa aos íons Mg2+ é 1,572x10-4 (±1x10-
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) mol L-1. O resultado apresenta um baixo erro envolvido, podendo ser
considerado exato.
A concentração expressa em mg L-1 para os íons Ca2+ é 23,38 (±0,4) mg L-
1
. O erro é relativamente alto não podendo afirmar que o dado é exato.
Entretanto, esse erro não influencia de maneira determinante a determinação dos
íons cálcio. O grande erro pode ser proveniente da falta de pratica de manuseio e
leitura dos valores nas vidrarias,
A concentração dos íons Mg2+ em mg L-1 é 15,73 mg L-1. O erro envolvido
pode ser proveniente dos erros intrínsecos das vidrarias, bem como das
habilidades do operador, que pode não ter observado o ponto de equivalência de
forma correta ou manuseado erroneamente algum equipamento.
Segundo Pádua (2004), a quantidade de cálcio no meio líquido é,
normalmente, duas vezes maior que a quantidade de magnésio, podendo variar
um pouco dependendo da região. Foi observado que a quantidade de íons cálcio
na agua de torneira analisa foi 1,5 maior que a quantidade de íons magnésio.
Além disso, observa-se que os íons Ca2+ tem uma contribuição de 60% na
dureza da água e os íons Mg2+ contribuem com 40% nesse valor.
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2. Conclusão
3. Referências