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1.2. Prescrição........................................................................................................................................... 4
1.2.1. Renúncia a Prescrição (art. 191 e 192 do CC) ...................................................................................... 4
1.2.2. Impossibilidade de alteração do Prazo Prescricional por Vontade das Partes (art. 192 do CC)........ 5
1.2.3. Alegação de Prescrição – Quem e Quando (art. 193 do CC) ............................................................... 5
Demorada na Citação - Arguição de Prescrição ou Decadência (S. STJ 106). ..................................... 5
Prescrição – e seu Reconhecimento de Ofício em Juízo. .................................................................... 5
O STJ aplica Súmulas 282 e 356/STF com relação ao Prequestionamento da Prescrição: ................ 5
1.2.4. Contagem do Prazo Prescricional (art. 189 do CC) ............................................................................. 7
1.2.4.1. Contagem do Prazo Prescricional – Início (art. 189 do CC) ...................................................... 7
POSIÇÃO CLÁSSICA ........................................................................................................................................ 7
(CC, art. 189 e E. CJF 14) ................................................................................................................................ 7
POSIÇÃO CONTEMPORÂNEA ........................................................................................................................ 7
(S. STJ: 278 e 573, E. CJF. 579) ....................................................................................................................... 7
Jurisprudência - Início da contagem do Prazo Prescricional .......................................................... 7
1.2.4.2. Contagem do Prazo Prescricional – Sucessão (Inter vivos ou Causa Mortis) (art. 196 do CC) . 8
1.2.4.3. Contagem do Prazo Prescricional - hipóteses de Impedimento, Suspensão e Interrupção da
prescrição (CC, art. 197 a 199) ...................................................................................................................... 8
Prescrição: Impedimento ≠ Suspensão ≠ Interrupção ................................................................... 8
1.2.4.4. Suspensão da Prescrição: CC, art. 197, 198 e 199, III. ............................................................... 8
Teoria do Contra non Valentem agere non currit pra escriptio. ................................................... 9
P. Com as alterações trazidas pela Lei 13146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) àqueles
que por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade e os que por enfermidade ou
deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento, perderam o benefício do CC, art.
198, I? ................................................................................................................................................... 9
P. Qual é a posição da Doutrina com relação a esse prejuízo? ............................................................... 9
1.2.4.5. Casos Impeditivos (CC, art. 199, I e II, 200) ............................................................................. 10
P. Esse art. 200 do CC aplica-se também para os casos de ação de indenização proposta contra o
terceiro responsável (art. 932 do CC)? .............................................................................................. 11
Suspensão da Prescrição e os Credores Solidários (CC, art. 201) ........................................... 11
Impedimento e Suspensão da Prescrição – Dívidas Públicas (Decreto 20.910/32) ............... 11
1.2.4.6. Interrupção da Prescrição (CC, art. 202) .................................................................................. 12
P. Quantas vezes pode operar-se a Prescrição? .................................................................................. 12
1.2.5. Prejuízo de Incapazes ou Pessoas Jurídicas - Direito de Ação – Contra: Assistentes e
Representantes Legais (art. 195 do CC) ........................................................................................................... 15
1.2.6. Dos Prazos da Prescrição ................................................................................................................... 15
1.2.6.1. Regra: 10 anos (CC, art. 205) .................................................................................................... 15
1.2.6.2. Exceções: 1, 2, 3, 4, 5 anos e Imprescritíveis. .......................................................................... 16
Prazos Prescricionais – Imprescritíveis. ........................................................................................ 16
Prazos Prescricionais – 01 ano (CC, art. 206, § 1º) ....................................................................... 16
1. DA PRESCRIÇÃO E DA DECADÊNCIA (CC, art. 189 a 211 e outros)
Prescrição Decadência
Extingue a Pretensão Extingue o próprio direito
(direito de exigir determinado direito)
Instituto de Interesse Privado Instituto de Interesse Público
- Doutrina e Jurisprudência
(Contemporânea) : no momento em que a
vítima toma ciência inequívoca do dano e
de sua autoria (Vide Súm. 278 e 573 do
STJ e Enu. 579 CIF)
Lembre-se que há divergência.
Depende de Ação ou Omissão do Sujeito Não depende de Ação ou Omissão do Sujeito
Passivo Passivo
P. Quem e quando pode alegar?
(CC, 193). Matéria de - Decadência
-Quem se aproveitar dela. Ordem Pública Convencional:
-Em qualquer grau de jurisdição e em não precisa ser conhecida
qualquer fase do processo. - Decadência Legal: de ofício pelo Juiz.
deve ser conhecida de
Matéria de Ordem Pública ofício pelo Juiz.
-Deve ser conhecida de Ofício pelo Juiz
Doutrina Majoritária: ato-fato jurídico, na medida em que não se analisa a vontade das
partes, mas se reconhecem e protegem efeitos jurídicos à manifestação de vontade (no caso da
prescrição e da decadência, à ausência de manifestação de vontade).
.
1.2. Prescrição
Nos termos do art. 189 do CC, "Violado o direito, nasce para o titular a Pretensão, a qual se
extingue pela Prescrição (...)".
A prescrição não admite alteração do prazo por vontade das partes, no que
se distancia do prazo decadencial.
S. STJ 106: Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por
motivos inerentes ao mecanismo da justiça, não justifica o acolhimento da arguição de
prescrição ou decadência
Regra Exceção
Reconhecimento de Ofício Exige Prequestionamento1
Órgãos Jurisdicionais em geral. Tribunais Superiores2
Entendimento do STF e STJ.
1
Prequestionamento– Exigência do STF e do STJ para conhecimento do recurso: é necessário ter-se levantado
previamente a questão controvertida perante o juízo de origem (ou seja, o tema objeto do recurso deve ter sido
examinado pela decisão atacada), ainda que por meio de embargos declaratórios, se omissa a decisão a quo
2
Reconhecimento Prescrição - Tribunais Superiores - exige Prequestionamento –
Reconhecimento de Ofício – Impossibilidade (REsp 750.406-ES, DJ 21/11/2005; REsp
919.243-SP, Dl 7/5/2007, e REsp 591.401-SP, DJ 13/9/2004. REsp 297.117-RS)
S. STF 282: É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão
recorrida, a questão federal suscitada.
S. STF 356: O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos
declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do
prequestionamento.
ATENÇÃO! Se na prova vier questionando o texto da lei, a resposta imediata será "pode
ser alegada em qualquer tempo ou grau de jurisdição"; por outro lado, se estiverem
questionando o entendimento do STJ, ou querendo fazer uma pegadinha com isso, esteja
atento à menção "desde que tenha havido prequestionamento".
P. Quando e como o Juiz pode Resolver o mérito de ofício com base na Prescrição?
O Juiz pode julgar de Ofício se houver prescrição (CPC, art. 487, II), contudo deve:
3
CC, Art. 3o São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os
menores de 16 anos.
Ação de Evicção (CC, 447 a 457):
É ação que cabe ao adquirente contra o alienante, em virtude da perda de sua
posse ou propriedade em favor de terceiro.
Ex.: A comprou o carro de B, mas perdeu em Ação de Reintegração de Posse para
C, que alegou que B, havia comprado seu veículo, mas nunca pagou.
Assim, o Adquirente tem direito ao reembolso integra do que pagou mais as
despesas que tenha tido, bem como perdas e danos.
Atenção! Não cabe Ação de Evicção se o Adquirente:
a) Foi privado da coisa por: Caso Fortuito, Força Maior, Roubo ou Furto.
b) Se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
Ex.: Carlos comprou casa de Eduardo sabendo que a mesma encontrava-se em
litígio, em Ação de Usucapião, Eduardo interpusera em desfavor de Maria. Ora, se
Maria ganhar a Ação e mantiver a propriedade da casa Carlos não poderá interpor
Ação de Evicção contra Eduardo, pois sabia que a coisa era litigiosa.
9) Contra o Ausente, desde o termo inicial de desaparecimento, declarado em Sentença
(E.CJF 156)
3) Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a
prescrição antes da respectiva sentença definitiva (CC, art. 200)
Não flui o prazo prescricional para a Ação de Reparação Civil (Ação de
Indenização) se o fato estiver sendo apurado no juízo criminal. Corrobora o CC,
art. 200 o art. 935 do mesmo diploma que nos fala:
CC, Art. 935. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se
podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu
autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
P. Interrompido o prazo prescricional e depois reiniciado, ele volta a correr pelo prazo
faltante ou do zero?
3) por protesto, nas condições do inciso antecedente; (CC, art. 200, II)
4) por protesto cambial; (CC, art. 200, III)
5) - pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
(CC, art. 200, IV)
6) por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; (CC, art. 200, V)
7) - por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do
direito pelo devedor. (CC, art. 200, VI)
A prescrição pode ser interrompida por qualquer interessado (CC, art. 203)
P. Quem a Doutrina considera interessado para fins de interrupção da prescrição?
Para Nestor Duarte, são legitimados os que tenham:
Regra Exceções
(CC, art. 204, caput) (CC, art. 204, §§ 1 a 3)
Ou seja, a interrupção só aproveita ou prejudica 1. Interrupção por: credor solitário aproveita aos
a quem a promove ou aquele contra quem se demais credores solidários.
dirige.
2. Interrupção contra: devedor solidário envolve
os demais devedores solidários4 ( e seus
herdeiros)
3. Interrupção contra: um dos herdeiros do
devedor solidário não prejudica os outros
herdeiros ou devedores.
Exceto se: obrigações e direitos indivisíveis5
4. Interrupção contra: principal devedor
prejudica o fiador (§3º)
CUIDADO! Mas não o contrário6.
Cuidado!
4
Lembre! A interposição da Ação apenas contra um dos Devedores Solidários não
implica renuncia à Solidariedade Passiva (CC, art. 275).
5
A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não
suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão
determinante do negócio jurídico (CC, art. 258).
6
Proposta a execução apenas em relação ao fiador, a interrupção da Prescrição não prejudica
o devedor principal, aplicando-se o CC, art. 204, caput e não sua exceção do par. 3º. Afinal,
nela se diz que a interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador, ou seja,
o acessório segue o principal, e não o principal segue o acessório (REsp 1.276.778-MS – STJ.
A Suspensão da Prescrição: só beneficia os Interrupção da prescrição: sempre beneficia os
credores solidários se a obrigação for indivisível demais credores. (CC, Art. 204. §1º)
(CC, Art. 201)
Art. 195. Os relativamente incapazes e as pessoas jurídicas têm ação contra os seus assistentes
ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
Como destaca Tartuce, "(...) o artigo em questão pode ser aplicado aos advogados ou
procuradores que têm responsabilidade subjetiva por tais fatos, mediante culta, nos termos dos
art.186 do CC e 14, parágrafo 42, do CDC" (Código Civil Interpretado, 2015, p.205).
Atenção! CC, Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.
é o ordinário de 20 anos, previsto no art. 177 do CCB/1916, o qual foi reduzido para 10 anos
pelo art. 205 do CCB/2002. (REsp 1.386.586-PR – STJ (2017))
7
Direitos da Personalidade: são os direitos subjetivos (ligados ao sujeito) da pessoa de tutelar
o que lhe é próprio: Integridade física, vida, alimentos,
Súmula 229 – STJ: O pedido do pagamento de indenização à seguradora suspende o prazo de
prescrição até que o segurado tenha ciência da decisão.
Súmula 101-STJ: A ação de indenização do segurado em grupo contra a seguradora prescreve em
01 ano.
Súmula 278 – STJ: O termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização, é a data em
que o segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral.
3) a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e
peritos, pela percepção de emolumentos, custas e honorários (CC, art. 206, § 1º, III);
4) a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do
capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembléia que aprovar o
laudo (CC, art. 206, § 1º, IV);
5) a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes, contado
o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade (CC, art. 206, § 1º,
V).
6) Indenização por dano de mercadoria em contêiner. (REsp 1.278.722-SP – STJ (2016))
Enunciado 418 CJF: Art. 206: O prazo prescricional de 03 anos para a pretensão relativa a
aluguéis aplica-se aos contratos de locação de imóveis celebrados com a administração pública.
(REsp 1.432.999-SP – STJ()) É trienal o prazo de prescrição para fiador que pagou integralmente
dívida, objeto de contrato de locação, pleitear o ressarcimento dos valores despendidos contra os
locatários inadimplentes.
(REsp 1.334.442-RS – STJ(2016)) Entidade de previdência privada que pretende reaver verbas
benefício previdenciário indevidamente recebidas por terceiro: 3 anos.
(REsp 1.361.182-RS – STJ()) Praz pretensão condenatória decorrente da declaração de nulidade
de cláusula de reajuste nele prevista prescreve em 20 anos (art. 177 do CC/1916) ou em 3 anos
(art. 206, § 3º, IV, do CC/2002), observada a regra de transição do art. 2.028 do CC/2002.
CC Art. 2.028. Serão os da lei anterior os prazos, quando reduzidos por este Código, e
se, na data de sua entrada em vigor, já houver transcorrido mais da metade do tempo
estabelecido na lei revogada.
STJ – Aplicação dos Prazos prescricionais do CC nas relações de consumo que não
envolvam fato do serviço.
Cuidado! O STJ tem decidido pela aplicação dos prazos prescricionais do CC nas relações de
consumo que não envolvam fato do serviço.
Exemplo: Inclusão do nome do devedor indevidamente no cadastro de inadimplentes, tem se
aplicado o prazo de 3 anos, com fulcro no CC, art. 206, § 3º, V e não o prazo quinquenal do CDC,
art. 27.
Enunciado 419 CJF: Art. 206, § 3º, V: O prazo prescricional de 03 anos para a pretensão de
reparação civil aplica-se tanto à responsabilidade contratual quanto à responsabilidade
extracontratual.
Enunciado 420 CJF: Art. 206, § 3º, V: Não se aplica o art. 206, § 3º, V, do Código Civil às
pretensões indenizatórias decorrentes de acidente de trabalho, após a vigência da Emenda
Constitucional n. 45, incidindo a regra do art. 7º, XXIX, da Constituição da República.
Enunciado 580 CJF: Art. 206, § 3º, V: É de 03 anos, pelo art. 206, § 3º, V, do CC, o prazo
prescricional para a pretensão indenizatória da seguradora contra o causador de dano ao segurado,
pois a seguradora sub-roga-se em seus direitos.
Súmula 547 – STJ: Nas ações em que se pleiteia o ressarcimento dos valores pagos a título
de participação financeira do consumidor no custeio de construção de rede elétrica, o
prazo prescricional é de 20 anos na vigência do Código Civil de 1916. Na vigência do Código
Civil de 2002, o prazo é de 05 anos se houver previsão contratual de ressarcimento e de 03
anos na ausência de cláusula nesse sentido, observada a regra de transição disciplinada em seu
art. 2.028.
Explicação:
anos atrás a rede elétrica não atendia satisfatoriamente o estado, em especial nas zonas rurais.
No entanto, diante da carêcia de recursos para custear essa expansão, muitos proprietários
rurais passaram a custear as construções dessas redes (financiamento privado). Isso era
permitido pelo Dec. 41.019/57, que ademais, previa que a participação financeira dos
consumidores não seriam deles, mas serão incorporados nas concessionárias de energia, assim
que estivessem protas.
Contudo, isso mudou com a Lei 10.438/2002, na qual se estabelecou a meta de uniersalização
da rede eleétrica sem qualquer onus para o usuário (art. 14), apesar disso, manteve a
possibilidade de custeio, pelo consumidor, na construção da rede eleétrica.
A partir, dessa lei surigiu a seguinte dúvida:
§ 5º Em 05 anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento
público ou particular;
Segundo o STJ, “Na vigência do CC/16, o crédito condominial prescrevia em vinte anos, nos
termos do seu art. 177. Com a entrada em vigor do novo Código Civil, o prazo prescricional
aplicável à pretensão de cobrança das quotas condominiais passou a ser de cinco anos, nos termos
do art. 206, § 5, I, do CC/02, observada a regra de transição do art. 2.028 do CC/02” (STJ: REsp
1413648).
Súmula 503 - STJ: O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque
sem força executiva é quinquenal, a conta r do dia seguinte à data de emissão estampada na
cártula.
Súmula 504 - STJ: O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota
promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do titulo.
CAPÍTULO II
Da Decadência
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as
normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
Regra Exceções
Não se aplicam à decadência CC, Art. 198. Também não corre a prescrição:
as normas que impedem, I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;
suspendem ou interrompem a CDC. Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de
prescrição fácil constatação caduca em: (...)
§ 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor
perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa
correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
II - (Vetado).
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por
lei.
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-
la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
Enunciado 299 do CJF: Art. 2.028: Iniciada a contagem de determinado prazo sob a égide do
Código Civil de 1916, e vindo a lei nova a reduzi-lo, prevalecerá o prazo antigo, desde que
transcorrido mais de metade deste na data da entrada em vigor do novo Código. O novo prazo será
contado a partir de 11 de janeiro de 2003, desprezando-se o tempo anteriormente decorrido, salvo
quando o não-aproveitamento do prazo já vencido implicar aumento do prazo prescricional
previsto na lei revogada, hipótese em que deve ser aproveitado o prazo já transcorrido durante o
domínio da lei antiga, estabelecendo-se uma continuidade temporal.
Decadência
Decadência Legal Decadência Convencional
Conceito Diz-se dos prazos que derivam de Diz-se dos prazos que derivam da vontade
expressa previsão legal. das partes.
Renuncia - Não é possível renúncia (CC, art. - É possível renúncia (Aplicação analógica
209) do CC, art. 191)
Reconhecimento Juiz pode conhecer de Ofício (CC, Juiz não pode conhecer de ofício (CC, art.
de Ofício art. 210) 211)
Prazos Decadências já cobrados em prova
Prazo Geral: (CC, art. 179)
Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem estabelecer prazo para pleitear-se a
anulação…
02 anos
contados da data de conclusão do ato
P. Qual é o Prazo de Decadencial para 03 anos
Anular a Constituição das Pessoas Jurídicas Contado da data da publicação de sua Inscrição no
de Direito Provado, por defeito do Ato Registro.
Constitutivo?
(CC, art. 45, parágrafo único)
P. Qual é o Prazo de Decadencial para 180 dias
Anular a negócio concluído pelo a contar da:
representante em conflito de interesses com o a) conclusão do negócio ou
representado, se tal fato era ou devia ser do b) da cessação da incapacidade
conhecimento de quem com aquele tratou?
(CC, art. 119)
P. Qual é o Prazo de Decadencial para 04 anos
Anular negócio jurídico? a) Coação: contados do dia que cessar.
(CC, art. 178) b) Erro, Dolo, Fraude contra credores, estado de
perigo ou lesão: contados do dia em que se realizou
o negócio jurdico.
c) Atos de Incapazes: contados do dia que cessar a
incapacidade
(REsp 1.621.610-SP – STJ) É de 04 anos o prazo para anular a partilha de bens em Dissolução de
União Estável, por Vício de Consentimento (Coação) nos termos do CC, art. 178.
P. Qual é o Prazo de Decadencial para o Coisa móvel: 30 dias
Adquirente obter a redibição ou abatimento Coisa Imóvel: 01 anos
no preço? Contados: da efetiva entrega
(CC, art. 445)
Obs1: Se já os tinha na posse: prazo conta-se da
Atenção! (CC, art. 446) Alienação, reduzido a ½
-Durante a garantia não correm os prazo ao Obs2: Se o vício só puder ser conhecido mais tarde:
lado, o prazo contar-se-á da ciência, contudo, com prazo
- Contudo o Adquirente, deve, no prazo de máximo de:
30 dias, seguintes ao descobrimento, - Móveis: 180 dias
denunciar o defeito ao alienante, sob pena de - Imóveis: 01 ano
decadência. Obs 3: no caso de anmais
- Vício Oculto: prazo estabelecido em lei especial;
- Na falta de lei especial: pelos usos locais + obs2.
P. Qual é o Prazo Decadencial para o 01 ano
Adquirente obter a: extensão do terreno,
resolução do contrato ou abatimento no Contado do: Registro do título
preço, no caso de compra de imóvel por - Se houver atraso na Imissão na Posse do imóvel o
externsão, quando o mesmo não prazo fluirá dela.
corresponder ao acordado?
(CC, arts. 500 e 501)
P. Qual é o Prazo Decadencial para o 03 anos
Vendedor de Imóvel recobrá-lo? Contado da venda.
(CC, art. 505) Ademais, vendedor deve:
a) Restituir o preço recebido;
b) Reembolsar as despesas do comprador.
P. Qual é o Prazo Decadencial para exercer o Coisa móvel: 180 dias
Direito de Preferência? Coisa Imóvel: 02 anos
(CC, art. 513 e 516) Obs.: Se notificado o Preferente, o prazo é de:
Coisa móvel: 03 dias
Coisa Imóvel: 60 dias
P. Qual é o Prazo Decadencial para Ação de 01 anos
Revogação de Doação? Contado: do conhecimento do doador do fato que
(CC, art. 559) autorizar a revogação de responsabilidade do
donatário.
P. Qual é o Prazo Decadencial para exercer o 30 dias para exercer a preferência,
Direito de Preferência em caso de alienação -Salvo: se houver disposição em contrário em
unidades sobrepostas ?(CC, art. 1510-d) contrato.
-terão preferência: 1º o titular da construção P. e se não forem cientificados?
base e 2º titular da Laje. Poderão, mediante o depósito do preço terem o
-Deverão ser cientificados por escrito para imóvel para si, no praozo decadencial de 180 dias
que exerçam sua preferência em 30 dias
P. Qual é o Prazo Decadencial para o 120 dias
transportador ser indenizado por prejuízo que Contados da: informação inexata ou falsa passada.
sofrem em virtude de informação falsa ou
inexata passada pelo Remetente?
(CC, art. 744 e 745)
P. Qual é o prazo decadencial para a Anulação de Casamento? (CC, 1560)
180 dias 1. Incapaz de consentir ou manifestar inequivocamente o
(CC 1560, I c/c 1550, IV) consentimento.
(CC, 1560, par. 1º) - Contado da: Data da celebração.
(CC, 1560, par. 2º) 2. Menores de 16 anos
- Contado: do dia em que perfez essa idade (para: Si)
- Contado: da data da Celebração (para: seus Representantes
Legai e Ascendentes).
3.Realizado pelo Mandatário + se nem o mandatário ou o outro
nubente sabiam da Revogação do Mandato + não tenha havido
coabitação entre os cônjuges.
- Contado: do dia em o Mandante tiver conhecimento da
celebração.
02 anos Se incompetente a Autoridade celebrante
(CC 1560, II) - Contado da: Data da celebração.
03 anos Se houver Erro Essencial quanto a pessoa.
(CC 1560, III c/c 1557, I a IV) - Contado da: Data da celebração.
04 anos Se houver coação.
(CC 1560, IV) - Contado da: Data da celebração.
P. Qual é o prazo decadencial para Impugnar a 05 anos
validade de Testamento? (CC 1859) -Contado: da data do seu registro
P. Qual é o prazo decadencial para o Herdeiro 04 anos
Instituído ou o Beneficiário da Deserdação de - Contado: da data de abertura do testamento
provar a veracidade da causa de Deserdação
alegada pelo Testador? (CC 1965) Atenção! Observe que cabe ao Herdeiro
Instituído ou o Beneficiário da Deserdação
provar a veracidade do motivo de deserdação
alegada pelo Testador.