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CURSO: ADMINISTRAÇÃO
SÉRIE: 5ª
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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Ao concluir as etapas propostas neste desafio, você terá desenvolvido as
competências e habilidades que constam nas Diretrizes Curriculares Nacionais
descritas a seguir:
Aplicar modos de ensinar diferentes linguagens: de forma interdisciplinar e
adequada às diferentes fases do desenvolvimento humano.
Relacionar os conhecimentos relativos à área de atuação com as demais áreas
do conhecimento.
Reconhecer e definir problemas, pensar estrategicamente e exercer, em
diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão.
Desenvolver a capacidade crítico-analítico de avaliação, quanto às implicações
organizacionais.
Desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração,
pareceres e perícias administrativos, gerenciais, organizacionais, estratégicos
e operacionais.
Utilizar, com propriedade, instrumentos próprios para construção de
conhecimentos pedagógicos e científicos.
OBJETIVO DO DESAFIO
PRODUÇÃO ACADÊMICA
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DESAFIO PROFISSIONAL
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O mercado de comércio eletrônico: o aumento do poder de consumo, a
maior utilização da internet pelos brasileiros, o crescimento do acesso à banda larga
e o aumento do hábito de compras on-line entre os usuários de internet permitiram
crescimento rápido e significativo das vendas pelo comércio eletrônico. A alta
penetração no Brasil de serviços como on-line banking, transmissão da declaração do
imposto de renda pela internet e comunidades virtuais denotavam a propensão da
população brasileira para adotar processos on-line. De acordo com a Forrester
Research, as vendas on-line de produtos atingiram R$ 20 bilhões, em 2011, e
deveriam chegar a valores maiores que R$ 35 bilhões, até 2018.
Internacionalização da B2W: Seis fatores levaram a direção da empresa a
considerar o mercado internacional: (1) fatores macroeconômicos; (2) pressões
competitivas; (3) perda de participação; (4) oportunidades no mercado externo; (5)
facilidade de acesso e; (6) orientação global. A crise econômica mundial, que se
manifestou no segundo semestre de 2008, teve forte impacto sobre o varejo
brasileiro no ano seguinte. O crédito mais caro e a expectativa de retração da
economia brasileira, em torno de 0,5%, em 2009, impactaram o crescimento das
empresas do setor de varejo. Além disso, o perfil de vendas da B2W era motivo de
preocupação para os analistas financeiros: a empresa tinha um valor médio de
vendas mais alto que suas concorrentes (cerca de R$ 300,00), e praticamente todas
as suas vendas eram feitas a prazo. Além da grande dependência do crédito e do
alto valor das vendas, a B2W poderia ter dificuldades para obter empréstimos de
bancos para financiar os clientes, já que a probabilidade de aumento da
inadimplência é maior em empresas que trabalham com cartões de marcas próprias
(cartões com a marca da própria varejista e que só podem ser usados em compras
no próprio varejista). Todos esses fatores levaram à queda vertiginosa do preço das
ações da empresa. Paralelamente, a empresa assistia a um acirramento da rivalidade
no varejo eletrônico, com a entrada de novos players, fusões e aquisições. No
período compreendido entre o final de 2008 e o início de 2010, o mercado varejista
brasileiro assistiu ao surgimento de novos grandes players no e-commerce, alguns
deles formados por associações entre importantes varejistas tradicionais. A entrada
dessas empresas concorrentes no comércio eletrônico brasileiro impactou fortemente
as vendas da B2W, contribuindo adicionalmente para a perda de valor de mercado.
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Tudo isso cooperou para que a B2W assistisse à progressiva erosão de sua
participação no mercado. O faturamento do varejo on-line cresceu 283% entre o
primeiro semestre de 2006 e o primeiro semestre de 2010. Assim, embora o
faturamento da B2W aumentasse 171%, não acompanhou o crescimento do
mercado. Dessa forma, apesar de o volume de vendas ter se mantido em
crescimento até o primeiro semestre de 2010, a participação de mercado da empresa
caiu constantemente, desde o segundo semestre de 2008 até o segundo semestre
de 2010.
Figura 04: Faturamento e participação de mercado da B2W no e-commerce do
Brasil e EBITDA.
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de compra era feito online e o cliente imprimia seu ingresso no ato da compra, não
precisando esperar pela entrega do produto. Além disso, o fato de a Ingresso.com
dispor de sistemas exclusivos comprovadamente eficazes para venda de ingressos
on-line reduzia o risco de perder vantagens provenientes do conhecimento
acumulado no ramo, constituindo-se em motivação adicional. A escolha da B2W por
iniciar suas atividades internacionais pela marca Ingresso.com foi motivada, ainda,
pela facilidade de acesso que a empresa teria ao mercado de vendas on-line de
bilhetes para cinema na América Latina. Diferentemente da China, por exemplo, o
mercado latino-americano é receptivo às empresas que desejam instalar-se nos
países que constituem o bloco. Muitas vezes, o país de destino estimula a vinda das
empresas com incentivos tributários, como a isenção parcial ou total de impostos, e
permissão para enviar os lucros ao país de origem da empresa. A disponibilidade de
um parceiro global com o qual já tinha contrato no Brasil facilitou o processo.
A Ingresso.com ampliou sua parceria com a rede de cinemas Cinemark,
passando a atuar também no México, Argentina e Chile, oferecendo a venda de
ingressos para filmes exibidos em todos os cinemas da rede desses países. No total,
a Ingresso.com passou a comercializar ingressos para mais de 100 cinemas da rede
Cinemark na América Latina, sendo 57 no Brasil, 10 na Argentina, 31 no México e 12
no Chile. Em 2011, o número de salas de cinema da rede atendidas, nesses três
países estrangeiros, chegava a 83, 284 e 115 salas, respectivamente. Finalmente, a
empresa carregava em seu nome a orientação global e a vontade de expandir seus
negócios para mercados além do Brasil: B2W Companhia Global do Varejo. Desde
sua criação, em 2006, a empresa orientou seus processos vislumbrando a
oportunidade de crescer também fora do mercado doméstico. Duas características
da empresa contribuíam para sua orientação global. Em primeiro lugar, o fato de
ser uma empresa de varejo online favorecia a entrada em novos países, pois a
implantação de um canal de vendas em outro país demandava presença física muito
menor do que o varejo tradicional. Ao contrário de lojas, o site podia ser gerenciado
de qualquer parte do mundo, restringindo a presença no local apenas ao centro de
distribuição, que podia, ainda, ser terceirizado. Em segundo lugar, o corpo gerencial
da empresa contava com diversas pessoas com experiência profissional em
multinacionais, o que contribuía para uma visão global do mercado de varejo.
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Estratégias de internacionalização: A internacionalização da B2W seguiu
uma série de estratégias para a seleção dos mercados-alvo, o modo de entrada no
exterior e a sua implantação. A escolha dos países para os quais a B2W expandiria
suas operações considerou diversos critérios. O primeiro deles foi a necessidade de
proximidade geográfica do mercado-alvo com o mercado doméstico. Neste caso, a
escolha de países na América Latina apresentou-se como a melhor opção. O segundo
critério foi a similaridade com o Brasil. Fatores como idioma, cultura, sistemas
políticos, educação e práticas de negócio influenciaram a escolha inicial do México e,
posteriormente, de Argentina e Chile. Esses mercados eram percebidos, pela alta
direção, como similares ao mercado brasileiro, e, apesar da diferença de idioma, as
similaridades eram bem maiores quando comparadas a outras regiões do mundo. A
B2W também utilizou critérios econômicos para definir quais os possíveis países para
realizar sua internacionalização. Os países da região com maior participação
percentual no e-commerce mundial e que, portanto, apresentavam melhores
perspectivas comerciais para a B2W eram México (2,0% de participação no e-
commerce global), Argentina (1,5%), Venezuela (0,57%) e Chile (0,36%). A B2W
optou por direcionar seus esforços para México, Argentina e Chile. A Venezuela,
apesar de apresentar maior participação mundial no e-commerce do que o Chile, foi
preterida, devido ao risco político. Finalmente, havia também a crença no sucesso do
negócio, e um negócio totalmente próprio permitiria controle total sobre as
operações e os lucros do projeto.
A Ingresso.com contava com uma equipe de desenvolvedores próprios que
havia criado todo o sistema operacional de suporte ao site no Brasil. Essa mesma
equipe desenvolveu os sites de comercialização de ingresso dos três outros países
(México, Argentina e Chile), que operavam sobre a mesma plataforma sistêmica. O
objetivo era facilitar a manutenção dos sites, pois a grade de filmes da rede
Cinemark na América Latina era unificada (os filmes eram exibidos paralelamente na
maioria dos países), e isso permitia que o sistema fosse utilizado também em futuras
operações. O desenvolvimento do sistema era feito no Brasil, enquanto sua
manutenção era local. Em novembro de 2009, a Ingresso.com iniciou suas
operações no México, por meio do site www.shoptime.com.mx. Em 2010,
expandiu-se para a Argentina (www.shoptime.com.ar), e, posteriormente, para o
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Chile (www.shoptime.com.ch), no mesmo ano. O impacto da variação cambial nos
últimos anos, aliado à elevação dos custos de recursos humanos e impostos
recolhidos nos países hospedeiros, havia reduzido a lucratividade das operações no
exterior da B2W. A direção acreditava que, para reverter esse quadro, seria
necessário, a longo prazo, aumento do escopo de atuação nos três países. Esse
aumento seria estimulado pela entrada da B2W em outros ramos de
atuação, como a internacionalização das marcas Americanas.com e
Submarino e a oferta de demais serviços, como a venda de pacotes de
viagem. No entanto, a ampliação das atividades internacionais por meio de outros
negócios da B2W não só implicaria maiores investimentos em instalações locais –
dada a necessidade de dispor de centros de distribuição em cada país – como
também tornaria imperativo que a empresa melhorasse seus processos internos, de
modo a enfrentar as dificuldades logísticas típicas de países em desenvolvimento,
que impactavam diretamente o serviço ao cliente, em particular, os prazos de
entrega. Além de dificuldades com as diferenças culturais, o treinamento de
funcionários no exterior, a expatriação de funcionários brasileiros e o sistema legal
dos diferentes países. Em 2013, a direção da empresa precisava decidir quais seriam
os próximos passos, tendo diferentes opções em mãos para enfrentar a crescente
concorrência no mercado brasileiro, que ainda concentrava grande parte das suas
operações. Entre outras opções, a empresa dispunha de marcas importantes que
ainda não haviam sido internacionalizadas, como Americanas.com, Shoptime e
Submarino, assim como mercados ainda não explorados pela Ingresso.com...
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PASSO 01: Desenvolvimento Econômico, Finanças e Custos
Nesta etapa, com base nas informações do caso, construa um breve
cenário (econômico, político, organizacional) referente ao contexto apresentado.
Quais eram as organizações e as marcas envolvidas no caso? Como se configurava o
contexto econômico no caso apresentado? Quais eram os riscos, as oportunidades,
as estratégias presentes no caso? Justifique! Ainda nesta etapa, juntamente com
as informações coletadas a partir do caso, faça uma breve pesquisa
bibliográfico-documental (utilizar fontes bibliográficas; documentos públicos;
reportagens, jornais, revistas, artigos acadêmicos, livros) que apresente dados e
informações econômicas, contábeis e financeiras (atualizadas) acerca da B2W e suas
marcas e do mercado eletrônico (comércio eletrônico) mundial e brasileiro:
demonstrativos contábeis públicos, resultados financeiros publicados, market share,
principais empresas, dados de mercado, dados de ações, etc. Citem as fontes!
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
PADRONIZAÇÃO
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6.1. nome de sua Unidade de Ensino, Curso e Disciplinas;
6.2. nome completo e RA do (a) aluno (a);
6.3. título da atividade;
6.4. nome do Tutor (a) a Distância (EAD);
6.5. cidade e data da entrega, apresentação ou publicação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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