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FACULDADE DE AGRONOMIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO SOLO
MICHAEL MAZURANA
Dissertação de Mestrado
MICHAEL MAZURANA
Engenheiro Agrônomo (UFRGS)
iii
AGRADECIMENTOS
iv
ATRIBUTOS FÍSICOS, MINERALOGICOS E MATÉRIA ORGÂNICA DE
SOLOS RELACIONADOS À CAPACIDADE DE SUPORTE DE CARGA 1/
RESUMO
v
PHYSICAL, MINERALOGICAL AND SOIL ORGANIC MATTER
CHARACTERISTICS RELATED WITCH LOAD BEARING CAPACITY 1/
ABSTRACT
vi
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 1
vii
3.3.1. Análises químicas ..................................................................... 37
viii
4.4.1. Tensão de pré-consolidação (p) e índice de
compressibilidade do solo (IC) .................................................. 75
ix
RELAÇÃO DE TABELAS
x
RELAÇÃO DE FIGURAS
xi
Figura 11. Presença de material orgânico em superfície (coloração mais
escura) e abundância de raízes em subsuperfície, na condição
CN em LVdf-1, no município de Santo Ângelo/RS. .......................... 74
Figura 12. Tensão de pré-consolidação (p) em função do conteúdo de
matéria orgânica do solo (MOS) e do conteúdo gravimétrico de
água no solo (g), considerando o valor médio de cada camada,
para a condição CN no CHa. ........................................................... 79
Figura 13. Relação entre tensão de pré-consolidação (p) e teor de alumínio
trocável (Al troc.) nas camadas avaliadas, para a condição CN no
CHa. Teor de Al trocável obtido dos resultados de análises de
solo. ................................................................................................. 80
Figura 14. Relação entre a tensão de pré-consolidação (p) e o conteúdo
de matéria orgânica do solo (MOS) considerando todas as
repetições para ambas as condições de uso (LAV e CN) no CHa. .. 81
Figura 15. Relação entre o índice de compressibilidade (IC), conteúdo de
matéria orgânica do solo (MOS) e conteúdo gravimétrico de água
no solo (g), considerando todas as repetições e camadas de
solo na condição CN para o CHa. .................................................... 83
Figura 16. Detalhe de raízes de milho na camada abaixo de 0,10 m no perfil
do solo LVdf-2, na condição LAV. .................................................... 84
Figura 17. Relação entre tensão de pré-consolidação (p) e conteúdo
gravimétrico de água no solo (g) considerando todas as
repetições, na condição CN para o LVdf-2. ..................................... 85
Figura 18. Relação entre o conteúdo gravimétrico de água do solo (g) e a
tensão de pré-consolidação (p) para a condição CN, em NVdf,
considerando todas as repetições e profundidades. ........................ 91
Figura 19. Relação entre o índice de compressibilidade (IC) e o conteúdo
de matéria orgânica do solo (MOS) e a matéria orgânica
particulada (MOP), considerando todas as repetições e camadas,
para a condição CN, no NVdf. ......................................................... 93
Figura 20. Relação entre o índice de compressibilidade (IC) e o conteúdo
de matéria orgânica do solo (MOS) e a umidade gravimétrica do
solo (g), considerando todas as repetições coletadas no solo
NVdf, na condição CN...................................................................... 94
Figura 21. Lavoura com consórcio de aveia mais nabo forrageiro em
estádio inicial de desenvolvimento (a) e amostra de solo
indeformada com estrutura afetada pela mobilização sofrida pelos
discos da semeadora necessitando ser novamente retirada (b). ..... 96
xii
Figura 22. Relação entre a tensão de pré-consolidação (p) e o conteúdo de
matéria orgânica do solo (MOS), considerando todas as
repetições e camadas de solo, na condição de uso CN em LVd. .... 97
Figura 23. Detalhe de uma amostra de solo na camada abaixo de 0,05 m
em LVdf-1 sob condição CN, com presença de microagregados. ... 99
Figura 24. Tensão de cisalhamento do solo () em função da tensão
cisalhante () para a condição de uso LAV e CN no CHa. ............ 101
Figura 25. Tensão de cisalhamento do solo () em função da tensão
cisalhante () para a condição de uso LAV e CN no LVdf-2. ......... 103
Figura 26. Tensão de cisalhamento do solo () em função da tensão
cisalhante () para a condição de uso LAV e CN no PVd. ............. 104
Figura 27. Tensão de cisalhamento do solo () em função da tensão
cisalhante () para a condição de uso LAV e CN no NVdf. ........... 106
Figura 28. Tensão de cisalhamento do solo () em função da tensão
cisalhante () para a condição de uso LAV e CN no LVd. ............. 108
Figura 29. Tensão de cisalhamento do solo () em função da tensão
cisalhante () para a condição de uso LAV e CN no LVdf-1. ......... 110
Figura 30. Variação da umidade ótima para compactação do solo (UOC) em
função do conteúdo de argila e do conteúdo de matéria orgânica
do solo (MOS), para a condição CN considerando todas as
classes de solo estudadas. ............................................................ 114
Figura 31. Difratogramas de raios X da fração argila desferrificada da
camada 0,0-0,20 m dos solos. ....................................................... 118
Figura 32. Difratogramas de raios X da fração óxidos de ferro concentrada
da camada 0,0-0,20 m dos solos do estudo. ................................. 119
xiii
RELAÇÃO DE APÊNDICES
xiv
RELAÇÃO DE ABREVIATURA E SIGLAS
xv
1. INTRODUÇÃO
Zelândia); Akker & Canarache, 2001 (Europa); Hamza & Anderson, 2003
(Austrália).
No Brasil, inúmeros trabalhos têm sido voltados ao estudo das
causas e efeitos da compactação do solo no crescimento e desenvolvimento
radicular (Gonçalves et al., 2006; Freddi et al., 2007; Reichert et al., 2009) e no
rendimento de grãos das culturas (Chancellor, 1971; Silva et al., 2000; Secco,
2003; Beutler et al., 2005).
Todos esses trabalhos apontam problemas relacionados à
compactação do solo para fins de uso em práticas agrícolas. Mas quando um
solo é considerado compactado? Em agronomia, um solo não saturado é
considerado compactado quando a porosidade total, particularmente a
porosidade de aeração da massa de solo é baixa a ponto de restringir as trocas
gasosas no solo, ou quando as partículas do solo estão tão próximas e seus
poros tão pequenos que impede a penetração de raízes, infiltração de água ou
drenagem do seu excesso (Hillel, 2004).
Determinar valores de porosidade e de densidade do solo dentro de
uma faixa considerada limitante ao desenvolvimento das plantas não é tarefa
fácil. Uma única característica por si só não é suficiente para predizer se um
solo está ou não compactado. A integração de diversas avaliações como
resistência mecânica do solo à penetração em função da densidade do solo,
porosidade de aeração, água na capacidade de campo, água no ponto de
murcha permanente e densidade crítica para cada classe de solo tem sido
usada para melhor entender as relações solo-planta. Esse somatório de
características integradas é chamado de intervalo hídrico ótimo (IHO), e tem
motivado diversos estudos (Beutler et al., 2007; Kaiser et al., 2009; Sequinatto,
2010).
c + tg
Onde:
colaborar para variações na . Isso pode ocorrer pela mudança de uso do solo
que acaba propiciando um maior grau de dispersão das partículas de argila
(Nielsen et al., 1972), pelo uso de corretivos de acidez do solo, como o calcário
(Bortoluzzi et al., 2010) e fosfato que tem sido muito utilizado em lavouras.
Neste caso, a superfície das caulinitas, óxidos de ferro e alumínio adsorvem o
fosfato, resultando numa inversão de cargas positivas para cargas negativas,
dispersando a argila (Mesquita Filho & Torrent, 1996). Além da argila, óxidos
de ferro, silício, alumínio, e MOS também eluviam (Duncan & Franzmeier,
1999) podendo aumentar a coesão dos solos em horizontes subsuperficiais e
tornar-se um empecilho ao crescimento radicular das plantas, principalmente
em solos com baixa tensão de água (Kimpe et al., 1983). No entanto, é um
fator que permite maior o que é importante para condições de tráfego de
rodados.
Outro parâmetro que está diretamente relacionado com as variações
é o . Este parâmetro é afetado principalmente pelo entrosamento entre as
partículas que compõe a massa de solo, sendo resultado do rolamento e
deslizamento destas (Pinheiro & Soares, 2000), quando uma força externa é
aplicada. Logo, características como forma, tamanho, dureza, rugosidade
superficial e grau de empacotamento das partículas determinam o de solos.
Além destas características, a mineralogia, a densidade e o conteúdo de água
no solo afetam o . A presença de agentes cimentantes como os óxidos de
ferro e alumínio podem aumentar a estabilidade de microagregados que,
quando submetidos a cargas menores que a sua resistência interna,
comportam-se como grãos de areia (devido ao maior tamanho geométrico),
elevando o dos solos como apontado por Lebert & Horn (1991).
a p pode ser estimada pela RP. Sendo assim, a p pode ser utilizada como
um indicador do estado de compactação do solo, embora mais trabalhoso que
a determinação da RP. Além disso, Ajayi et al. (2009b) apontam que a
separação por classes de solos, auxilia, de maneira mais correta, a
interpretação dos resultados entre métodos.
No mesmo sentido, Gaggero et al. (2002) estudando a influência de
sistemas de preparo e pastejo nas características físicas do solo, usaram a
como elemento importante para caracterizar o estado de compactação do solo.
Estes autores mostraram que o teste de cisalhamento direto apresentou maior
sensibilidade na detecção dos efeitos da compactação até os 0,15 m de
profundidade, quando comparado com outras características físicas (ex.
densidade do solo), mostrando-se ser uma importante ferramenta na
determinação do estado de compactação dos solos.
15
Eldorado do Sul
André da Rocha
Santo Ângelo
Bom Jesus
Cruz Alta
Eq. 1
Onde:
Pti = porosidade total inicial, em m3m-3;
Psat = peso da amostra saturada (g);
Ps = peso amostra seca em estufa a 105 ºC (g);
r = raio interno do anel volumétrico, em cm;
h = altura do anel volumétrico, em cm.
Eq. 2
Onde:
Dsf = densidade do solo transcorridos 5 minutos da aplicação de
uma determinada carga, em Mg m-3;
Def = deformação observada aos 5 minutos (cm).
Eq. 3
Onde:
Ptf = porosidade total transcorridos 5 minutos de aplicação de uma
carga, em m3m-3;
Vi = volume inicial da amostra (cm3);
Eq. 4
Onde:
Ef = índice de vazios transcorridos 5 minutos da aplicação de uma
determinada carga, adimensional.
Posteriormente, relacionou-se o Ef com o logaritmo da pressão
aplicada obtendo-se, assim, a curva de compressão. Dessa forma, a tensão de
33
Eq. 5
34
Onde:
IC = índice de compressibilidade, adimensional;
Ef 1 = índice de vazios no ponto 1 (Figura 4);
Ef 2 = índice de vazios no ponto 2 (Figura 4);
P1 = tensão aplicada correspondente ao Ef 1;
P2 = tensão aplicada correspondente ao Ef 2.
Eq. 6
Onde:
= Tensão de cisalhamento (kPa);
c = Coesão do solo (kPa);
= Tensão cisalhante (kPa);
= Ângulo de atrito interno do solo (º).
Eq. 7
Eq. 8
Eq. 9
Onde:
Va = Volume de água a ser adicionado, em mL;
Msu = Massa de solo úmido, em g;
Ɵgi = Umidade gravimétrica inicial, em g g-1;
Ɵgd = Umidade gravimétrica desejada, em g g-1;
Mss = Massa de solo seco, em g;
Ds = Densidade solo no cilindro, em g cm-3;
Vcil = Volume do cilindro, em cm3.
Eq. 10
Eq. 11
Onde:
g = Umidade gravimétrica ótima para compactação, em kg kg-1;
a = coeficiente quadrático;
b = coeficiente linear;
c = coeficiente constante ou linear;
D.máx. = Densidade máxima do solo, em g cm-3.
37
Eq. 12
Eq. 13
Onde:
MOP= conteúdo de matéria orgânica particulada do solo (g kg-1);
-1
MOSa = conteúdo de matéria orgânica na fração areia + MOP (g kg );
Pa/20= peso da fração areia + MOP (g) obtida a partir das 20
gramas de solo;
-1
MOM=conteúdo de matéria orgânica associada aos minerais (g kg ).
vez que, neste tipo de solo, pode haver variação horizontal na posição do
horizonte B textural necessitando de investigações mais aprofundadas.
a b
a b
61
Profundidade MOS MOP MOM
Solo
(m) LAV CN LAV CN LAV CN
-1
.................................................................... g kg ............................................................................
0,00-0,05 19,2 ± 0,5 23,1 ± 0,7 4,8 ± 0,4 8,3 ± 0,2 14,4 ± 0,8 14,9 ± 0,9
0,05-0,10 11,8 ± 0,2 14,4 ± 0,3 1,7 ± 0,6 2,4 ± 0,1 10,1 ± 0,8 12,0 ± 0,3
LVd 0,10-0,15 10,1 ± 0,3 10,8 ± 0,5 0,7 ± 0,1 1,9 ± 0,1 9,4 ± 0,4 9,0 ± 0,6
0,15-0,20 9,7 ± 0,1 9,6 ± 0,3 0,5 ± 0,1 1,1 ± 0,1 8,6 ± 1,4 8,5 ± 0,4
Média 12,7 ± 0,27 14,5 ± 0,45 1,9 ± 0,3 3,4 ± 0,12 10,6 ± 0,85 11,1 ± 0,55
0,00-0,05 32,1 ± 0,6 87,5 ± 7,6 5,4 ± 0,1 16,3 ± 0,7 26,8 ± 0,6 71,2 ± 8,1
0,05-0,10 23,3 ± 0,4 33,8 ± 0,2 1,6 ± 0,1 3,6 ± 0,1 21,7 ± 0,4 31,2 ± 0,1
LVdf-1 0,10-0,15 24,4 ± 0,3 30,6 ± 0,7 1,5 ± 0,1 2,6 ± 0,1 22,9 ± 0,4 28,0 ± 0,7
0,15-0,20 24,9 ± 1,1 27,6 ± 0,2 1,4 ± 0,1 2,1 ± 0,1 23,5 ± 1,2 25,5 ± 0,2
Média 26,2 ± 0,6 44,9 ± 2,2 2,5 ± 0,1 6,1 ± 0,25 23,7 ± 0,65 39,0 ± 2,3
CHa = Cambissolo húmico alumínico; LVdf-2 = Latossolo Vermelho distroférrico húmico; PVd = Argissolo Vermelho distrófico; NVdf = Nitossolo Vermelho
distroférrico típico; LVd = Latossolo Vermelho distrófico típico; LVdf-1 = Latossolo Vermelho distroférrico típico
62
63
campo nativo esse valor foi de 46,9 g kg-1 (avaliação em 2006). Sequinatto
(2010), avaliando a qualidade física do solo e rendimento de grãos, neste
mesmo Argissolo encontrou valores de MOS a camada 0,02-0,05 m de 42,5 g
kg-1 (rotação milho-soja/aveia+ervilhaca) e 47,3 g kg-1 (rotação milho-soja/nabo
forrageiro). Os dados encontrados por estes autores concordam com os
encontrados neste trabalho.
Em profundidade, os valores de MOS decresceram para ambas as
condições de uso, sendo, na média, os menores valores observados para a
condição LAV (Tabela 8). O menor teor médio de MOS observado para a
condição LAV se deve provavelmente a menor quantidade de raízes que são
continuamente adicionadas em comparação com a condição CN, onde a
cobertura vegetal está presente o ano todo. Além disso, a pastagem é
composta na sua maioria por espécies de poáceas, que possuem um sistema
radical mais agressivo e abundante (Salton et al., 2008), favorecendo também
a maior agregação do solo.
Sequinatto (2010) encontrou valores de MOS para a camada 0,10-
0,13 m de 24,1 e 22,6 g kg-1 para o pousio/milho ou soja e consórcio de
aveia+ervilhaca/milho ou soja, respectivamente. Já para a camada 0,20-0,23 m
esse valor foi de 17,3 e 17,1 g kg-1 com as mesmas culturas. Esses dados são
similares aos observados neste trabalho, sendo o mesmo tipo de solo,
condições de preparo e condições climáticas.
Comportamento similar à MOS foi observado para as frações MOP e
MOM. O teor de MOP variou de 1,1 a 9,0 g kg-1 e de 1,7 a 16,7 g kg-1 para a
condição de uso LAV e CN, respectivamente (Tabela 8). Na média das
camadas, a condição CN apresentou o maior teor de MOP, enquanto que a
MOM não diferiu entre as condições de uso. Tanto para a condição LAV como
CN, o teor de MOP decresceu em profundidade, com exceção da camada 0,15-
0,20 m da condição LAV, que aumentou, podendo esse aumento estar
relacionado a uma contaminação com material orgânico externo ao ambiente
solo.
A condição LAV apresentou os menores valores de MOP, sendo
que, para esta condição de uso, o maior conteúdo foi na camada 0,0-0,05 m,
onde se concentra a maior parte dos resíduos deixados pelas culturas e a
maior atividade de micro-organismos (Alvarez et al., 1998), que decompõe
68
a b
Figura 10. Cobertura do solo com resíduos de soja (a) e presença
remanescente de raízes no perfil do solo (b), na condição LAV em
solo LVdf-1, no município de Santo Ângelo/RS.
150 mmol dm-3. Dessa forma, a maior quantidade de Al3+ em solução nesta
camada pode fazer com que a força de atração entre as partículas seja
elevada, o que aumentaria a estabilidade à deformação deste solo.
Para a condição CN, observa-se um comportamento mais uniforme
com relação aos valores de p (Tabela 9), com elevação dos valores de p em
profundidade, vindo ao encontro da redução dos conteúdos de MOS, MOP e
MOM (Tabela 8). O efeito da redução no conteúdo de MOS e suas frações em
profundidade proporcionou o aumento na Ds (Tabela 2) e a redução no
conteúdo de água no solo refletindo em maiores valores de p (Figura 12).
p (Assis & Lanças, 2005; Miranda, 2006), como pode ser observado na Figura
17.
a
b
Figura 21. Lavoura com consórcio de aveia mais nabo forrageiro em estádio
inicial de desenvolvimento (a) e amostra de solo indeformada com
estrutura afetada pela mobilização sofrida pelos discos da
semeadora necessitando ser novamente retirada (b).
Para tensões normais () abaixo de 80 kPa, a foi maior na condição CN,
enquanto que acima desse valor, foi maior para a condição LAV. Embora não
se possa afirmar com toda certeza (devido ao reduzido número de amostras
coletadas e ao fato de não se ter realizado a distribuição de agregados do solo
por classes), este comportamento possivelmente está ligado ao tipo de
agregados de solo que compõe a amostra. O menor conteúdo gravimétrico de
água do solo na condição CN (0,40 kg kg-1) aumentou a coesão (c) do solo
(44,31 kPa) em comparação a condição LAV (umidade 0,44 kg kg-1; c = 20,05
kPa) aumentando a estabilidade dos agregados formados, o que aumentou a
CN, com importante grau de sensibilidade, algo não conseguido pela análise da
Ds (Tabela 3) e p (Tabela 9).
pelo contrário na camada até 0,10 m observou-se uma menor p, o que levou a
formulação da hipótese de que, nesta camada a mobilização do solo pela haste
afetou a capacidade de suportar carga, mas não afetou a Ds (Item 4.2.4).
Aquela hipótese é reforçada diante dos resultados encontrados na análise da .
Com base nas demais análises disponíveis que fornecem suporte
para explicar os resultados, observa-se que a maior coesão do solo para a
condição LAV provavelmente se deva à ação dos óxidos de ferro, uma vez que
o conteúdo de água foi igual entre ambas as condições (0,19 kg kg -1) e o
conteúdo de MOS e suas frações foi menor, indicando uma possível
predominância da atuação dos óxidos à MOS na coesão.
Silva & Cabeda (2005) encontraram maior teor de óxidos de ferro,
silício e alumínio nas camadas subsuperficiais, dos sistemas sequeiro e
irrigado para um Argissolo coeso. Para estes dois sistemas também foram
observados os maiores valores de coesão e ângulo de atrito interno em relação
ao solo da mata. No entanto, estes solos apresentaram os menores conteúdos
de carbono orgânico, o que aponta para um maior efeito dos óxidos avaliados
na coesão do solo, corroborando com a observação feita em relação a maior
atuação dos óxidos na manifestação da coesão.
Em relação ao , a condição LAV apresentou um menor valor
(28º24’) em comparação a condição CN (34º08’). Tal comportamento
provavelmente se deve à maior aproximação das partículas finas de argila
entre a matriz arenosa. Devido a maior aproximação e acomodação das
partículas de argila entre os grãos de areia aumenta o empacotamento, e por
conseqüência a Ds. No entanto isso deveria aumentar o atrito como verificado
por Silva & Cabeda (2005). Porém a umidade do solo encontra-se no LP, e,
dessa forma, a água recobre as partículas de argila por meio de filmes d’água o
que diminui o atrito. Além disso, segundo Al-Shayea (2001), o ângulo de atrito
interno do solo diminui com o aumento do conteúdo de argila do solo, pois as
partículas de argila revestem a superfície das partículas de areia, diminuindo a
fricção entre estas.
108
amostras foi similar (0,10 e 0,11 kg kg-1 para a condição LAV e CN,
respectivamente). No entanto, o maior crédito é dado ao efeito das raízes,
marcadamente presentes nas amostras, conforme também observado por
Comino & Druetta (2010), o que reforça a importância das raízes na agregação,
especialmente em solos arenosos.
Referente ao , os valores foram de 33º37’ para a condição CN e
38º13’ para a condição LAV, não diferindo entre os usos. Isso pode ser
atribuído ao fato de que não houve variação no conteúdo de água das
amostras (0,10 kg kg-1), e os conteúdos de MOS e suas frações foram muito
semelhantes. Por se tratar de um solo de textura arenosa (Tabela 1) os valores
de foram elevados, corroborando com Ashburner & Sims (1984); Gaggero et
al. (2002) e Braida et al. (2007).
conseguiu distinguir os efeitos dos usos do solo, o que outras análises (p) não
demonstraram com clareza. Observa-se que, a condição LAV apresentou o
maior valor de coesão do solo (28,47 kPa) diante da condição de uso CN
(21,33 kPa) (Figura 29).
110
Tabela 10. Densidade máxima do solo (Ds máx.), densidade do solo (Ds),
densidade relativa do solo (DR), umidade ótima para compactação
(UOC) nas classes de solo.
1 Ds2 DR
Ds máx . UOC1
Solo CN LAV
CN LAV
Mg m-3 kg kg-1
CHa 1,17 1,09 1,04 0,93 0,89 0,32
LVdf-2 1,24 1,11 1,18 0,89 0,95 0,37
PVd 1,58 1,58 1,52 1,00 0,96 0,11
NVdf 1,60 1,39 1,55 0,87 0,97 0,19
LVd 1,78 1,53 1,63 0,86 0,92 0,14
LVdf-1 1,42 1,22 1,34 0,86 0,94 0,30
1 2
Determinada para a condição CN na camada 0,0-0,20 m. Densidade do solo média para a
camada de 0,0-0,20 m. CHa = Cambissolo Húmico alumínico; LVdf-2 = Latossolo Vermelho
distroférrico húmico; PVd = Argissolo Vermelho distrófico; NVdf = Nitossolo Vermelho
distroférrico típico; LVd = Latossolo Vermelho distrófico típico; LVdf-1 = Latossolo Vermelho
distroférrico típico
desenvolvimento das plantas é de 0,84 para solo com 57% de argila e de 0,75
para solos com 27% de argila. Diante disso, os mesmos autores determinaram
a DR ideal na condição de campo, encontrando valor de 0,80 (solo com 57%
de argila).
Klein et al. (2006), trabalhando com Latossolo Vermelho de textura
argilosa semelhante à condição LVdf-1, apontam que o valor de DR ótima para
desenvolvimento de plantas (considerando dentro do intervalo hídrico ótimo –
IHO) é de 0,71, enquanto que valores acima de 0,88 seriam considerados
limitantes (máximo IHO). Os valores encontrados por estes autores estão bem
abaixo dos observados para a condição LVdf-1 que apresenta características
texturais semelhantes. Logo, com base nestes autores, a condição LAV do
LVdf-1 estaria seriamente prejudicada, principalmente nos extremos de
umidade, ou seja, quando em baixa conteúdo gravimétrico de água no solo a
planta sofreria por falta de água disponível, enquanto que sob condições de
umidades elevadas, poderia sofrer por deficiência de oxigenação das raízes.
Da mesma forma, Reichert et al. (2009) detectaram que a DR na
qual o IHO foi zero variou de 0,91 a 0,95 para solos com 0,72 a 0,10 kg kg -1 de
argila, respectivamente. Esses dados corroboram com os encontrados neste
trabalho para a condição do LVdf-1, reforçando novamente que, para a
condição LAV o valor encontrado está acima do determinado por estes autores.
Klein et al. (2009) encontraram valores de DR em sistema plantio direto para
um Latossolo Vermelho de textura argilosa (0,470 kg kg-1 de argila) superior a
0,85, valor inferior ao observado para o LVdf-2 (0,95) neste trabalho.
Com base nos dados observados neste trabalho e comparado aos
dados de literatura, os valores encontrados na condição LAV são superiores
aos citados na literatura como sendo críticos às plantas, o que é preocupante
do ponto de vista de manutenção da capacidade produtiva dos solos. Isso se
torna ainda mais preocupante quando os dados reportados na literatura
comparam a DR com os dados de Ds limitante para os valores de IHO.
Observa-se que os valores de DR encontrados para alguns dos solos deste
estudo estão bem acima do limite de Ds crítica onde o IHO é igual a zero.
Relacionar a DR obtida pelo ensaio de Proctor com os valores de Ds máxima
do IHO aparenta ser um avanço importante, uma vez que as determinações de
117
121
122
AJAYI, A. E.; DIAS JUNIOR, M. S.; CURI, N.; GONTIJO, I.; ARAUJO JUNIOR,
C. F.; INDA JUNIOR, A. V. Relation of strength and mineralogical attributes in
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147
Apêndice 2. Resultado da análise de solo – Latossolo Vermelho distroférrico húmico (LVdf-2).
Profundidade P K Al troc. Ca troc. Mg troc. H+Al troc. CTC
pH H2O SMP -3
(m) mg dm cmolc dm-3
Lavoura
0,00-0,05 5,8 6,0 13 228 0,0 12,9 6,5 4,4 24,3
0,05-0,10 5,2 5,4 8,3 166 0,3 8,6 5,0 8,7 22,7
0,10-0,15 5,1 5,1 5,7 108 0,6 5,4 3,4 8,7 17,8
0,15-0,20 5,6 5,6 7,8 165 0,0 10,9 5,8 5,5 22,6
Condição Natural
0,00-0,05 5,2 5,4 7,7 305 0,6 8,9 4,1 8,7 22,5
0,05-0,10 5,1 5,4 6,3 234 0,7 5,3 2,6 8,7 17,2
0,10-0,15 5,0 5,2 6,1 136 0,8 4,4 1,8 10,9 17,5
0,15-0,20 5,0 5,2 6,0 65 0,8 4,4 1,5 10,9 17,0
P – Fósforo; K – Potássio; Al troc. – Alumínio trocável; Ca troc. – Cálcio trocável; Mg troc. – Magnésio trocável; H – Hidrogênio; CTC – Capacidade de troca de
cátions.
148
Apêndice 3. Resultado da análise de solo – Argissolo Vermelho distrófico (PVd).
Profundidade P K Al troc. Ca troc. Mg troc. H+Al troc. CTC
pH H2O SMP -3
(m) mg dm cmolc dm-3
Lavoura
0,00-0,05 5,0 5,8 10 204 0,1 4,2 1,5 5,5 11,7
0,05-0,10 4,8 5,7 6,3 119 0,3 2,5 1,0 6,2 10,0
0,10-0,15 4,7 5,5 5,3 96 0,8 1,7 0,8 7,7 10,5
0,15-0,20 4,8 5,3 5,7 82 0,9 1,5 0,7 9,7 12,2
Condição Natural
0,00-0,05 5,5 5,7 6,0 146 0,0 3,3 2,1 6,2 11,9
0,05-0,10 5,5 5,8 5,6 205 0,0 2,2 1,4 5,5 9,6
0,10-0,15 5,3 5,7 5,0 179 0,5 1,8 1,1 6,2 9,5
0,15-0,20 5,1 5,7 4,8 135 1,1 1,4 0,8 6,2 8,7
P – Fósforo; K – Potássio; Al troc. – Alumínio trocável; Ca troc. – Cálcio trocável; Mg troc. – Magnésio trocável; H – Hidrogênio; CTC – Capacidade de troca de
cátions.
149
Apêndice 4. Resultado da análise de solo – Nitossolo Vermelho distrófico típico (NVdf).
Profundidade P K Al troc. Ca troc. Mg troc. H+Al troc. CTC
pH H2O SMP -3
(m) mg dm cmolc dm-3
Lavoura
0,00-0,05 5,2 5,4 31 189 0,3 4,6 1,9 8,7 15,7
0,05-0,10 5,1 5,4 14 107 0,8 3,6 1,5 8,7 14,1
0,10-0,15 5,2 5,4 5,9 53 0,5 4,3 1,5 8,7 14,6
0,15-0,20 5,4 5,6 5,8 44 0,3 5,3 1,7 6,9 14,0
Condição Natural
0,00-0,05 5,0 5,4 7,1 128 0,3 5,1 1,9 8,7 16,0
0,05-0,10 4,7 4,9 5,8 31 1,7 1,7 0,9 15,4 18,1
0,10-0,15 4,7 5,2 4,5 18 2,0 1,4 0,7 10,9 13,1
0,15-0,20 4,6 4,9 4,3 21 2,2 1,5 0,8 15,4 17,8
P – Fósforo; K – Potássio; Al troc. – Alumínio trocável; Ca troc. – Cálcio trocável; Mg troc. – Magnésio trocável; H – Hidrogênio; CTC – Capacidade de troca de
cátions.
150
Apêndice 5. Resultado da análise de solo – Latossolo Vermelho distrófico (LVd).
Profundidade P K Al troc. Ca troc. Mg troc. H+Al troc. CTC
pH H2O SMP -3
(m) mg dm cmolc dm-3
Lavoura
0,00-0,05 4,5 5,5 79 83 1,1 1,2 0,5 7,7 9,7
0,05-0,10 4,5 5,6 26 76 1,4 0,7 0,4 6,9 8,2
0,10-0,15 4,9 5,6 9,5 75 1,0 1,0 0,5 6,9 8,6
0,15-0,20 5,1 5,6 5,9 74 1,0 1,3 0,5 3,5 5,5
Condição Natural
0,00-0,05 4,8 5,2 6,7 84 1,3 0,6 0,4 10,9 12,1
0,05-0,10 4,5 5,5 5,6 44 1,7 0,2 0,1 7,7 8,2
0,10-0,15 4,5 5,6 5,1 31 1,8 0,2 0,1 6,9 7,3
0,15-0,20 4,5 5,5 5,0 29 1,9 0,2 0,1 7,7 8,1
P – Fósforo; K – Potássio; Al troc. – Alumínio trocável; Ca troc. – Cálcio trocável; Mg troc. – Magnésio trocável; H – Hidrogênio; CTC – Capacidade de troca de
cátions.
151
Apêndice 6. Resultado da análise de solo – Latossolo Vermelho distroférrico típico (LVdf-1).
Profundidade P K Al troc. Ca troc. Mg troc. H+Al troc. CTC
pH H2O SMP -3
(m) mg dm cmolc dm-3
Lavoura
0,00-0,05 6,3 6,5 36 129 0,0 7,8 3,8 2,5 14,4
0,05-0,10 6,1 6,3 14 37 0,0 5,6 3,1 3,1 11,9
0,10-0,15 5,2 5,4 10 23 0,5 3,6 2,2 8,7 14,5
0,15-0,20 4,8 5,1 8,1 23 1,8 2,3 1,5 12,3 16,1
Condição Natural
0,00-0,05 4,9 5,1 10,0 216 0,3 7,8 2,9 12,3 23,5
0,05-0,10 4,7 5,1 6,4 139 1,4 2,5 1,5 12,3 16,6
0,10-0,15 4,4 5,0 5,2 97 2,6 1,1 1,4 13,7 16,5
0,15-0,20 4,5 4,8 6,3 63 3,0 0,5 1,2 17,3 19,2
P – Fósforo; K – Potássio; Al troc. – Alumínio trocável; Ca troc. – Cálcio trocável; Mg troc. – Magnésio trocável; H – Hidrogênio; CTC – Capacidade de troca de
cátions.
152