Vous êtes sur la page 1sur 31

CURSO SUPERIOR TECNÓLOGO EM ESTÉTICA E COSMÉTICA

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR

PIM I

TÍTULO DO TRABALHO

Subtítulo (se houver)

Cidade

2018
CURSO SUPERIOR TECNÓLOGO EM ESTÉTICA E COSMÉTICA

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR

TÍTULO DO TRABALHO

Subtítulo (se houver)

Nome(s) completo(s) do(s) aluno(s):

Curso:

Semestre:

Cidade

2018
RESUMO

A acne é a mais comum das doenças do folículo pilossebáceo da pele humana,


causada por múltiplos fatores e que leva ao aparecimento de algumas lesões
características. O presente trabalho contou com uma revisão bibliográfica, onde
a pesquisa teve foco em livros e artigos com relevância acadêmica. Teve como
objetivo mostrar como é complexo o sistema tegumentar, que é formado pela
pele e suas camadas, e assimilar essa complexidade com a Acne, que é uma
patologia comum e conhecida. Com a produção desse trabalho foi possível
aprender sobre como é importante o cuidado com a pele, e algo simples como
a acne, pode ter muitas complicações futuras caso não ocorra o tratamento
correto.

PALAVRAS CHAVES: Acne, tegumento, tratamento, estética


ABSTRACT

Acne is the most common of the diseases of the pilosebaceous follicle of the
human skin, caused by multiple factors and leading to the appearance of some
characteristic lesions. The present work had a bibliographical revision, where
the research focused on books and articles with academic relevance. It aimed
to show how complex the integumentary system, which is formed by the skin
and its layers, and assimilate this complexity with Acne, which is a common and
known pathology. With the production of this work it was possible to learn about
how important skin care is, and something simple like acne can have many
future complications if the correct treatment does not occur.

KEY WORDS : Acne, integument, treatment, aesthetics


SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7

2 SISTEMA TEGUMENTAR .......................................................................... 8

2.1 PELE ..................................................................................................... 8

2.2 EPIDERME ........................................................................................... 9

2.3 DERME ............................................................................................... 14

2.4 HIPODERME ...................................................................................... 14

2.5 ANEXOS CUTÂNEOS ........................................................................ 15

2.5.1 Pelos............................................................................................. 16

2.5.2 Folículos pilosos ........................................................................... 16

2.5.3 Unhas ........................................................................................... 17

3 ACNE ........................................................................................................ 19

3.1 CONCEITO ......................................................................................... 19

3.2 INCIDÊNCIA. ...................................................................................... 19

3.3 TIPOS. ................................................................................................ 20

3.4 CLASSIFICAÇÃO................................................................................ 20

3.5 CAUSAS. ............................................................................................ 24

3.6 TRATAMENTOS. ................................................................................ 25

3.6.1 Bases do tratamento..................................................................... 25

3.6.2 Peróxido de benzoíla .................................................................... 25

3.6.3 Retinóides tópicos ........................................................................ 26

3.6.4 Outros produtos tópicos ................................................................ 27

3.6.5 Tratamento sistêmico ................................................................... 27

3.6.6 Tratamento hormonal ................................................................... 27

3.6.7 Contraceptivos orais ..................................................................... 27

3.7 ALIMENTOS QUE INFLUENCIAM E OU MELHORAM O


APARECIMENTO DA ACNE ........................................................................ 28
4 CONCLUSÃO ........................................................................................... 30

5 REFERENCIAS ......................................................................................... 31
INTRODUÇÃO

A acne é a mais comum das doenças do folículo pilossebáceo da


pele humana, causada por múltiplos fatores e que leva ao aparecimento de
algumas lesões características. É uma doença extremamente comum que
geralmente tem início na puberdade. Torna-se menos evidente no final da
adolescência.

A acne vulgar é a doença cutânea mais frequente, afetando 85 a


100% da população em algum momento da vida. É caracterizada por lesões
que resultam da ação dos hormônios sobre as glândulas sebáceas da pele,
afetando as áreas com maior densidade de folículos sebáceos.

Geralmente, tem início na puberdade, situando-se o pico de


incidência nas adolescentes entre 14 e 17 anos, e nos rapazes entre 16 e 19
anos. A duração da doença é variável, podendo persistir na idade adulta em
50% das pessoas acometidas, e é possível, em alguns casos, deixar sequelas.

O presente trabalho, traz uma revisão bibliográfica sobre os


aspectos da pele e juntamente com uma análise da acne, para a produção
desse trabalho, foram pesquisados artigos, com preferência de recentes, onde
colou-se os principais aspectos de cada um.
2 SISTEMA TEGUMENTAR

Segundo Lowe (2015, temos que o sistema tegumentar recobre o


corpo, protegendo-o contra o atrito, a perda de água, a invasão de micro-
organismos e a radiação ultravioleta. Tem papel na percepção sensorial (tato,
calor, pressão e dor), na síntese de vitamina D, na termorregulação, na
excreção de íons e na secreção de lipídios protetores e de leite. Esse sistema
tegumentar é constituído pela pele e seus anexos: pelos, unhas, glândulas
sebáceas, sudoríparas e mamárias.

2.1 PELE
Lowe (2015), afirma que, a pele é o maior órgão do corpo. É
composta pela epiderme, de epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, e
pela derme, de tecido conjuntivo. Subjacente, unindo-a aos órgãos, há a
hipoderme (ou fáscia subcutânea), de tecido conjuntivo frouxo e adiposo.

A pele apresenta diferenças segundo a sua localização. A pele


grossa (ou espessa) é a pele da palma das mãos e da planta dos pés. Ela sofre
um atrito maior e, por isso, possui uma epiderme constituída por várias
camadas celulares e por uma camada superficial de queratina bastante
espessa. Não possui pelos e glândulas sebáceas, mas as glândulas
sudoríparas são abundantes. (BELTRAMINI, 1999)

Tabela 1 Pele grossa

Fonte: VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. Barueri: Manole, 2003.


A pele fina (ou delgada) é a pele do restante do corpo. Tem uma
epiderme com poucas camadas celulares e uma camada de queratina delgada.
(BELTRAMINI, 1999)

Tabela 2 Pele fina

Fonte: VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. Barueri:


Manole, 2003.

2.2 EPIDERME

A epiderme é um epitélio multiestratificado, formado por várias


camadas (estratos) de células achatadas (epitélio pavimentoso) justapostas. A
camada de células mais interna, denominada epitélio germinativo, é constituída
por células que se multiplicam continuamente; dessa maneira, as novas células
geradas empurram as mais velhas para cima, em direção à superfície do corpo.

À medida que envelhecem, as células epidérmicas tornam-se


achatadas, e passam a fabricar e a acumular dentro de si uma proteína
resistente e impermeável, a queratina. As células mais superficiais, ao se
tornarem repletas de queratina, morrem e passam a constituir um revestimento
resistente ao atrito e altamente impermeável à água, denominado camada
queratinizada ou córnea. (BELTRAMINI, 1999)

Toda a superfície cutânea está provida de terminações nervosas


capazes de captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos. Essas
terminações nervosas ou receptores cutâneos são especializados na recepção
de estímulos específicos. Não obstante, alguns podem captar estímulos de
natureza distinta. Porém na epiderme não existem vasos sanguíneos. Os
nutrientes e oxigênio chegam à epiderme por difusão a partir de vasos
sanguíneos da derme. (BELTRAMINI, 1999)

Figura 1 Esquema da epiderme

Fonte: BELTRAMINI, 1999

Nas regiões da pele providas de pêlo, existem terminações nervosas


específicas nos folículos capilares e outras chamadas terminais ou receptores
de Ruffini. As primeiras, formadas por axônios que envolvem o folículo piloso,
captam as forças mecânicas aplicadas contra o pêlo. Os terminais de Ruffini,
com sua forma ramificada, são receptores térmicos de calor.
São distinguidos os seguintes estratos na epiderme: basal,
espinhoso, granuloso e córneo.

O estrato basal (ou germinativo) contém as células-tronco da


epiderme, os melanócitos e as células de Merkel. As células-tronco originam os
queratinócitos. Por causa da atividade mitótica e do grande número de células,
a pressão é maior nas faces laterais, e as células são colunares. Nelas inicia a
síntese dos filamentos de citoqueratina (tonofilamentos). (VAN DE GRAAFF.
2003)

Os melanócitos são células arredondadas com longos


prolongamentos, citoplasma claro e núcleo ovoide. Produzem melanina, que é
introduzida nas células do estrato basal e do estrato espinhoso e protege o
material genético da radiação ultravioleta. (VAN DE GRAAFF. 2003)

As células de Merkel são semelhantes aos melanócitos ao


microscópio de luz, mas são mais escassas. São mecanorreceptores e formam
junções sinápticas com terminações nervosas sensitivas. Os melanócitos e as
células de Merkel diferenciam-se na vida intrauterina, a partir das células da
crista neural. No adulto, há células-tronco dos melanócitos nos folículos
pilosos, e os melanócitos são capazes de se dividir. (VAN DE GRAAFF. 2003)

No estrato espinhoso, as pressões são mais uniformes, e os


queratinócitos são poliédricos. Há uma maior quantidade de filamentos de
citoqueratina, e eles se agrupam em tonofibrilas, que conferem eosinofilia ao
citoplasma. Os queratinócitos exibem projeções curtas, ligadas por
desmossomos às projeções das células adjacentes, o que contribui para a
resistência da epiderme ao atrito (LOWE, 2015).

No corte histológico, essas pontes intercelulares parecem espinhos.


Nesse estrato, são mais facilmente vistas as células de Langerhans, que são
células apresentadoras de antígenos. Originam-se de precursores da medula
óssea. Com HE, elas exibem citoplasma claro e núcleo ovoide ou indentado.
Os prolongamentos dendríticos são identificados com imunocitoquímica ou
impregnação pelo cloreto de ouro. (BELTRAMINI, 1999)
No estrato granuloso, os queratinócitos modificam a expressão
gênica, sintetizando citoqueratinas de maior peso molecular e outras proteínas
envolvidas na queratinização. Eles são pavimentosos, com grânulos de
querato-hialina, grânulos basófilos produzidos a partir dos precursores da
proteína filagrina (LOWE, 2015).

Junqueira & Carneiro (1995): Essa proteína promove a agregação


dos tonofilamentos em tonofibrilas e destas em fibrilas de queratina (queratina
mole). Ainda são formados os corpos lamelares, cujos lipídios são exocitados
para o espaço intercelular, cimentando as células e resultando uma barreira
impermeável à água, que impede a dessecação. Essa barreira impede a
passagem de nutrientes, e as células degeneram.

A camada de células mortas constitui o estrato córneo. As células


são pavimentosas, anucleadas e queratinizadas. Esse estrato confere proteção
contra o atrito, a invasão de micro-organismos e a perda de água. Sua
espessura varia, sendo maior na pele grossa, submetida a mais fricção do que
a pele fina.

Na pele desprovida de pêlo e também na que está coberta por ele,


encontram-se ainda três tipos de receptores comuns, que segundo Lowe
(2015), são:

 Corpúsculos de Paccini: captam especialmente estímulos


vibráteis e táteis.São formados por uma fibra nervosa cuja porção terminal,
amielínica, é envolta por várias camadas que correspondem a diversas células
de sustentação. A camada terminal é capaz de captar a aplicação de pressão,
que é transmitida para as outras camadas e enviada aos centros nervosos
correspondentes. (LOWE, 2015)
 Discos de Merkel: de sensibilidade tátil e de pressão. Uma fibra
aferente costuma estar ramificada com vários discos terminais destas
ramificações nervosas. Estes discos estão englobados em uma célula
especializada, cuja superfície distal se fixa às células epidérmicas por um
prolongamento de seu protoplasma. Assim, os movimentos de pressão e tração
sobre epiderme desencadeam o estímulo. (LOWE, 2015)
 Terminações nervosas livres: sensíveis aos estímulos
mecânicos, térmicos e especialmente aos dolorosos. São formadas por um
axônio ramificado envolto por células de Schwann sendo, por sua vez, ambos
envolvidos por uma membrana basal. (LOWE, 2015)

Na pele sem pêlo encontram-se, ainda, outros receptores


específicos:

 Corpúsculos de Meissner: táteis. Estão nas saliências da pele


sem pêlos (como nas partes mais altas das impressões digitais). São formados
por um axônio mielínico, cujas ramificações terminais se entrelaçam com
células acessórias. (LOWE, 2015)
 Bulbos terminais de Krause: receptores térmicos de frio. São
formados por uma fibra nervosa cuja terminação possui forma de clava.Situam-
se nas regiões limítrofes da pele com as membranas mucosas (por exemplo:
ao redor dos lábios e dos genitais). (LOWE, 2015)

Tabela 3. Tabela de superfícies e sensações recebidas

RECEPTORES DE SENSAÇÃO PERCEBIDA


SUPERFÍCIE

Receptores de Krause Frio

Receptores de Ruffini Calor

Discos de Merkel Tato e pressão

Receptores de Vater- Pressão


Pacini

Receptores de Meissner Tato

Terminações nervosas Principalmente dor


livres

Fonte: Junqueira & Carneiro (1995)


2.3 DERME

Junqueira & Carneiro (1995) colocam que entre a epiderme e a


derme, há uma área de transição, denominada membrana basal, que as une
firmemente. Os hemossideromas localizados inferiormente nos queratinócitos
e melanócitos permitem que a membrana se fixe à epiderme, enquanto sua
face inferior se fixa à derme através das fibrilas de ancoragem da derme
papilar.

Bryan (2012): A derme é a segunda camada da pele, mais profunda


e espessa é vascularizada, constituída principalmente por tecido conjuntivo,
como o colágeno e as fibras elásticas. Tais substâncias presentes na
composição da derme tornam a pele resistente e elástica. Além disso, as fibras
elásticas e o colágeno são organizados em padrões definidos no interior da
derme, de maneira a produzir linhas de tensão na pele, garantindo seu tônus.

A derme se subdivide em duas camadas, uma mais superficial, a


camada papilar e uma mais profunda, a camada reticular. A primeira ocupa
cerca de um quinto da derme, e apresenta projeções, as papilas, que vão em
direção à epiderme. A camada reticular, por sua vez, possui grande quantidade
de fibras, que se dispõem de forma mais densa. Isto confere a capacidade de
distensão à pele. (BRYAN, 2012)

2.4 HIPODERME
A hipoderme é uma tela subcutânea, que une a derme aos tecidos e
órgãos subjacentes. Apesar e sua estreita relação funcional com a pele, não é
considerada parte constituinte da pele/sistema tegumentar. Composta por
células adiposas, age como isolante térmico, e reserva calórica. Em
determinadas regiões do corpo, protege contra traumas, atuando como
amortecedor. A quantidade de tecido adiposo na camada da hipoderme pode
variar, dependendo da região do corpo, da idade e sexo.

Imagem: 4 Hipoderme
Fonte: Junqueira & Carneiro (1995)

2.5 ANEXOS CUTÂNEOS

Segundo Montanari (2015), os pelos desenvolvem-se dos folículos


pilosos, invaginações da epiderme na derme e na hipoderme. Eles são
abundantes na pele fina do couro cabeludo e ausentes em algumas regiões,
como na pele grossa da palma das mãos e da planta dos pés.
Associados aos folículos pilosos, em virtude da sua origem, há as
glândulas sebáceas. Elas são abundantes no couro cabeludo e ausentes na
palma das mãos e na planta dos pés. São glândulas exócrinas alveolares
ramificadas holócrinas. (MONTANARI, 2015)
Possuem um ducto curto, de epitélio estratificado pavimentoso, que
desemboca no folículo piloso. Em algumas áreas do corpo, sem pelos, as
glândulas sebáceas abrem-se diretamente na superfície epidérmica. O sebo é
uma secreção oleosa, com restos celulares, que lubrifica a superfície da pele e
do pelo, aumentando as características hidrofóbicas da queratina e protegendo
o pelo. (MONTANARI, 2015)
As glândulas sudoríparas estão distribuídas praticamente por toda a
superfície corporal e são abundantes nas regiões palmar e plantar. São
glândulas exócrinas tubulares simples enoveladas merócrinas (ou écrinas). A
porção secretora é constituída pelas células escuras, produtoras de
glicoproteínas, e pelas células claras, transportadoras de íons e responsáveis
pela secreção aquosa do suor.
Ao redor da porção secretora, há células mioepiteliais.O ducto abre-
se na crista epidérmica, de onde a glândula se originou, tem trajeto tortuoso e
epitélio estratificado cúbico, com células menores e mais escuras que as
células da porção secretora. Elas reabsorvem a maior parte dos íons e
excretam substâncias, como ureia e ácido lático. (MONTANARI, 2015)
O suor é uma solução aquosa, hipotônica, com pH neutro ou
levemente ácido, contendo íons de sódio, potássio e cloro, ureia, ácido úrico e
amônia. Além da função excretora, as glândulas sudoríparas regulam a
temperatura corporal pelo resfriamento em consequência da evaporação do
suor. (MONTANARI, 2015)

2.5.1 Pelos
Os pêlos são estruturas delgadas e filamentosas queratinizadas, que
se projetam da superfície da epiderme da pele e crescem na maior parte do
corpo. No corpo humano, há dois tipos de pêlos, os pêlos macios, delicados
curtos e claros, denominados pêlos velos, os pêlos duros, grandes, grosseiros,
longos e escuros, denominados pêlos terminais. Os pêlos humanos não dão
um isolamento térmico como os pêlos dos animais, em vez disso, os pêlos
funcionam recebendo sensações táteis. (BRYAN, 2012)

2.5.2 Folículos pilosos


Os folículos pilosos, os órgãos nos quais os pêlos se formam,
também se originam da epiderme que invade a derme, a hipoderme ou ambas,
estão envolvidos 5 por acúmulos densos de tecido conjuntivo fibroso. O
conjunto das células que compõem a raiz do pêlo é denominado matriz, as
camadas externas do epitélio do folículo formam a bainha externa da raiz, ela
envolve várias camadas de células derivadas da epiderme, a bainha interna da
raiz, constituída por três componentes, a camada de Henle, a camada de
Huxley, e a cutícula interna da raiz. (BRYAN, 2012)

2.5.3 Unhas
As unhas são placas de células queretinizadas localizadas na
superfície dorsal das falanges distal dos dedos e dos artelhos. As unhas
originam-se de células da matriz da unha. A lúnula, um crescente branco, é
observada na extremidade proximal da unha. A extremidade distal da placa
ungueal não esta presa ao leito ungueal, perto desta junção fica um acúmulo
do estrato córneo denominado hiponíquio. A translucidez das unhas constitui
uma indicação rápida da saúde de uma pessoa; o rosa indica um suprimento
sanguíneo bem oxigenado. (BRYAN, 2012)
Figura 2 anexos cutâneos

Fonte: T. Montanari, UFRGS


3 ACNE

3.1 CONCEITO
Segundo Brenner (2012), a acne é uma enfermidade inflamatória da
unidade pilossebácea da pele, caracterizada inicialmente pela presença de um
cômedo, comedão ou “cravo”. Essa estrutura ocorre pela obstrução do orifício
de saída da unidade pilossebácea, com acúmulo de secreções, restos
celulares e algumas vezes um ácaro: o demodex foliculorum.

Figura 3 Representação da acne

Fonte: Departamento de Ciências Morfológicas – ICBS – UFRGS

3.2 INCIDÊNCIA.
Segundo, Silva, Costa e Moreira (2014), a acne é a doença cutânea
mais frequente, afetando 85 a 100% da população em algum momento da vida.
É caracterizada por lesões que resultam da ação dos hormônios sobre as
glândulas sebáceas da pele, afetando as áreas com maior densidade de
folículos sebáceos.

Silva, Costa e Moreira (2014), trazem que geralmente, tem início na


puberdade, situando-se o pico de incidência nas adolescentes entre 14 e 17
anos, e nos rapazes entre 16 e 19 anos. A duração da doença é variável,
podendo persistir na idade adulta em 50% das pessoas acometidas, e é
possível, em alguns casos, deixar sequelas. Atinge ambos os sexos, sendo
mais grave e prevalente no sexo masculino.
Embora a acne não esteja associada a situações de morbidade
severa, incapacidade física ou mortalidade, tem significativas repercussões
físicas (cicatrizes), psicológicas (baixa autoestima, inibição social, depressão e
ansiedade) e sociais (desemprego), que poderão ser minimizadas com um
tratamento precoce e adequado (BRYAN, 2012).

Nos adolescentes tem um efeito negativo maior do que doenças


como a asma e a epilepsia.6 Este distúrbio é frequentemente encarado como
um processo normal do desenvolvimento e como um problema menor pelos
pais, condicionando um atraso na procura por ajuda. O objetivo deste artigo é
revisar a abordagem da acne vulgar em Atenção Primária (SILVA, COSTA E
MOREIRA, 2014)

3.3 TIPOS.

Araújo, Cardoso e Marçal (2011), em afirmam em seu artigo, que


clinicamente a acne é vista como uma é doença genético-hormonal, crônica,
inflamatória que acomete as glândulas sebáceas e o folículo piloso de algumas
regiões do corpo humano, em especial da face e tronco, ocasionando na
formação de comedões, pústulas, e lesões nódulo cística cuja evolução
depende da intensidade do processo inflamatório que leva a formação de
abscessos.

Araújo, Cardoso e Marçal (2011): Clinicamente a acne é


caracterizada pela presença de comedões que por sua vez são dividos em:
microcomedão (lesão acneica inicial, que não pode ser visualizada), Comedão
fechado ou cravo branco (lesão acneica inflamatória) e comedão aberto ou
cravo preto (apresenta a extremidade de cor preta devido à presença de
melanina, que para completar sofre oxidação por contato direto com o meio,
normalmente não inflama)

3.4 CLASSIFICAÇÃO.
Segundo Figueiredo (2011), a acne é constituída por um conjunto de
lesões, as quais, isoladas ou em conjunto, definem o tipo e gravidade da acne.
• Comedão – surge em consequência da hiperceratose de retenção
no folículo pilo-sebáceo. De início fechado, manifesta-se como pequeno grão
miliar, levemente saliente na pele sã. Quando o orifício folicular se dilata passa
a comedão aberto, tomando o aspecto de «ponto negro». É a lesão elementar
e primária da acne; (FIGUEIREDO, 2011)

Fonte: VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. Barueri: Manole, 2003

• Pápula – surge como área de eritema e edema em redor do


comedão, com pequenas dimensões (até 3 mm); (FIGUEIREDO, 2011)

Fonte: VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. Barueri: Manole, 2003

• Pústula (ou borbulha) – sobrepõe-se àpápula,por inflamação da


mesma e conteúdo purulento; • Nódulo – tem estrutura idêntica à pápula, mas é
de maiores dimensões, podendo atingir 2 cm; (FIGUEIREDO, 2011)
Fonte: VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. Barueri: Manole, 2003

• Quisto – grande comedão que sofre várias rupturas e


recapsulações; globoso, tenso, saliente, com conteúdo pastoso e caseoso;
(FIGUEIREDO, 2011)

Fonte: VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. Barueri: Manole, 2003

•Cicatriz–depressão irregular coberta de pele atrófica, finamente


telangiectásica, resultante da destruição do folículo pilo-sebáceo por reacção
inflamatória. (FIGUEIREDO, 2011)
Fonte: VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. Barueri: Manole, 2003

Figura 4: Tipologia da acne e suas características clinicas

Fonte: Adaptado de Manfrinato (2009, p.27-30)


3.5 CAUSAS.
Existem diferentes tipos de acne. A acne mais comum é o tipo que
se desenvolve durante a adolescência. A puberdade faz com que os níveis
hormonais fiquem elevados, especialmente a testosterona. Esses hormônios
estimulam as glândulas da pele, que começam a produzir mais óleo (sebo).
(FIGUEIREDO, 2011)

As crianças e os adultos mais velhos também podem ter acne.


Superprodução de sebo na pele e concentração de células mortas nos folículos
pilosos da pele estão entre as causas de acne. Esses fatores resultam em
obstrução, com acúmulo de bactérias e inflamação.

Araújo, Cardoso e Marçal (2011): Os folículos pilosos estão ligados a


glândulas sebáceas, que secretam uma substância oleosa, conhecida como
sebo, para lubrificar o seu cabelo e pele. Quando o corpo produz uma
quantidade excessiva de sebo e células mortas da pele, os dois podem se
acumular nos folículos pilosos, criando um ambiente onde as bactérias podem
prosperar.

Esse cenário pode fazer com que o folículo se torne inchado e


inflamado, acumulando pus, formando a espinha. Também pode acontecer de
o folículo se abrir e escurecer, gerando um cravo, ou comedão. (ARAÚJO,
CARDOSO E MARÇAL, 2011)

Alterações hormonais no corpo podem provocar ou agravar a acne.


Tais alterações são comuns:

 Em adolescentes
 Dois a sete dias antes do período menstrual
 Em mulheres grávidas
 Em pessoas que usam certos medicamentos, incluindo
aqueles que contêm corticoides, andrógenos ou lítio.
3.6 TRATAMENTOS.
3.6.1 Bases do tratamento
O tratamento da acne pode ser tópico, sistêmico e até cirúrgico,
quando predominam as cicatrizes, os cômedos e cistos. A escolha depende do
grau de acometimento da pele, da tolerância e, no nosso meio, do poder
aquisitivo dos pacientes. Muitas vezes as três modalidades podem ser usadas
simultaneamente para o controle mais rápido das lesões. Nas meninas, o plano
de gestação deve ser considerado. (BRENNER, 2012)

Alguns cuidados do dia-a-dia podem auxiliar o tratamento da acne. A


lavagem das áreas afetadas várias vezes ao dia tem pouco efeito, excetuando-
-se a melhoria do aspecto da face oleosa. Qualquer sabonete de boa qualidade
pode ser utilizado. Sabonetes antibacterianos não são particularmente
benéficos, os abrasivos podem esfoliar a pele, mas também podem irritá-la e
diminuir a aderência ao tratamento. (BRENNER, 2012)As compressas de água
quente ajudam a amolecer os cômedos, tornando a sua remoção mais fácil5. O
uso de produtos pouco oleosos com base alcoólica ou em gel são indicados,
enquanto cremes, loções e cosméticos oleosos devem ser evitados. Apesar de
muitos pacientes referirem piora das lesões com a ingesta de determinados
alimentos, atualmente não há estudos que comprovem tal relação. (BRENNER,
2012)Tratamento tópico

O tratamento tópico tem papel importante em todos os pacientes


com acne e pode ser usado isoladamente nas formas leves a moderadas. Os
produtos prescritos mais freqüentemente são os antibióticos em associação a
outros agentes como peróxido de benzoíla, ácido retinóico, ácido salicílico,
nicotinamida e ácido azelaico. (BRENNER, 2012)

3.6.2 Peróxido de benzoíla


bacteriana e ceratolítica e é a primeira linha de tratamento para acne
leve a moderada. A combinação de peróxido de benzoíla com antibióticos
tópicos (eritromicina ou clindamicina) ou retinóides tópicos é mais efetiva que a
monoterapia8,9. O peróxido de benzoíla possui efeito antinflamatório e
comedolítico menor que os retinóides tópicos. Os microorganismos da flora
residente não desenvolvem resistência ao peróxido de benzoíla. (BRENNER,
2012)

3.6.3 Retinóides tópicos

Os retinóides são os agentes comedolíticos mais efetivos para o


tratamento da acne10. Esses agentes atuam na comedogênese, normalizando
a descamação do epitélio folicular, prevenindo a formação de novos
microcômedos e reduzindo os cômedos preexistentes em até 60%. Devido a
seu efeito comedolítico, permitem a penetração no folículo de outras
substâncias com atividade antibacteriana. (BRENNER, 2012)

Os retinóides tópicos demonstram atividade sobre a acne


inflamatória pelos efeitos imunomoduladores diretos e pela reversão do
microcômedo. Os retinóides não têm efeito antibacteriano. A tretinoína foi o
principal retinóide tópico durante décadas. Contudo o seu uso é limitado pela
ocorrência de irritação logo após o início da terapia. Novos retinóides, como a
isotretinoína, e o adapaleno, são mais toleráveis e podem ser associados aos
antimicrobianos desde o início da terapia para a acne inflamatória. (BRENNER,
2012)Antibióticos tópicos

Os antibióticos tópicos propiciam, de forma geral, um efeito


bacteriostático sobre o P. acnes. A eritromicina (2% a 4%) e a clindamicina
(1%) são os mais utilizados topicamente e estão disponíveis em soluções,
loções e géis, bem como em associação com peróxido de benzoíla e
isotretinoína. O P. acnes é geralmente mais resistente à eritromicina do que à
clindamicina. As combinações de eritromicina ou clindamicina com peróxido de
benzoíla têm demonstrado um efeito aditivo comparado com a administração
desses agentes como monoterapia prevenindo o aparecimento de resistência
bacteriana aos antibióticos tópicos. (BRENNER, 2012)

A clindamicina não deve ser usada durante a gestação, enquanto a


eritromicina pode ser usada nesse período. Os antibióticos tópicos podem ser
usados na acne inflamatória, principalmente nas formas moderadas ou
localizadas. (BRENNER, 2012)
Os antibióticos tópicos são menos efetivos do que os orais e do que
o próprio peróxido de benzoíla. A ação combinada dos retinóides e antibióticos
tópicos, particularmente eritromicina e clindamicina, leva a uma maior redução
dos cômedos e das lesões inflamatórias. A clindamicina reduz os efeitos
irritantes da tretinoína. (BRENNER, 2012)

3.6.4 Outros produtos tópicos


O ácido salicílico é um ceratolítico e ajuda a reduzir os cômedos. É
usado em loções e sabonetes, geralmente em associação com outras terapias.
Contudo pode ser irritante causando eritema e descamação. (BRENNER,
2012)

O ácido azelaico tem efeito clareador nas hiperpigmentações


residuais em concentrações de 15% a 20%, e tem eficácia comparável a
alguns antibióticos (com ação contra Streptococcus epidermidis e P. acnes);
está indicado para acne comedoniana e nas formas leves pápulo-pustulosas e
pode ser usado na gestação. Uma outra opção para o período da gestação é a
nicotinamida tópica, um produto com leve ação antinflamatória. (BRENNER,
2012)

3.6.5 Tratamento sistêmico


O tratamento sistêmico deve ser considerado nas formas
inflamatórias da acne e nas de difícil controle. Podem ser usados antibióticos,
antiandrógenos e retinóides sistêmicos. (BRENNER, 2012)

3.6.6 Tratamento hormonal


Algumas mulheres não respondem à terapia convencional devido ao
excesso de hormônios androgênicos ou hipersensibilidade periférica a eles.
Nesses casos pode ocorrer a associação da acne com hirsutismo, oleosidade
da pele (seborréia) e alopecia. Uma boa resposta clínica pode ser obtida com
bloqueadores de receptores de androgênios, antiandrogênicos e inibidores da
produção de androgênios adrenais ou ovarianos. (BRENNER, 2012)

3.6.7 Contraceptivos orais


Os contraceptivos orais contêm dois agentes, um estrogênio
(geralmente etinilestradiol) e um progestágeno. Têm sido utilizados para tratar
os sintomas androgênicos devido à sua habilidade de suprimir a secreção de
gonadotrofinas e androgênios ovarianos ou adrenais, estimular a síntese
hepática da globulina de ligação aos hormônios sexuais (SHBG), resultando na
diminuição da fração de testosterona livre, além de inibir a enzima 5-alfa- -
redutase, responsável pela conversão de testosterona em dihidro-testosterona.
(BRENNER, 2012)

Efeitos colaterais comuns ao uso de contraceptivos orais incluem


náuseas, vômitos, aumento de peso e sangramentos irregulares. Uma nova
opção no tratamento da acne é a utilização de um contraceptivo combinado de
baixa dose, contendo etinilestradiol e drosperinona, um progestágeno análogo
da espironolactona. A drosperinona possui além de efeitos antiandrogênicos,
ação anti-mineralocorticóide, que reduz a retenção hídrica do paciente.
(BRENNER, 2012)

3.7 ALIMENTOS QUE INFLUENCIAM E OU MELHORAM O


APARECIMENTO DA ACNE

Araújo, Cardoso e Marçal (2011) colocam que para melhora do


quadro de acne é indicado evitar a ingestão de leite e consumir alimentos de
baixo índice glicêmico, além disso, a alimentação deve ser restrita para
alimentos industrializados e refinados, ricos em gorduras hidrogenadas, sódio e
açúcares, que aumentam o processo inflamatório do organismo.

Outros nutrientes e alimentos anti acne são:

 Peixes de água fria: como salmão, atum e sardinha, pois


são ricos em ômega-3, que possui ação anti-inflamatória. Caso o
consumo alimentar seja insuficiente, o uso de suplementos em cápsulas
pode ser indicado.
 Vitamina A: presente em alimentos de coloração
alaranjadas, como cenoura, mamão e abóbora, e em vegetais verde-
escuros, como espinafre.
 Zinco: para acne é um dos nutrientes mais indicados. Pode
ser obtido em sementes e oleaginosas e carnes, contribuindo para o
controle das bactérias que podem causar infecção na pele.
 Vitaminas antioxidantes: como as vitamina C e vitamina E,
ajudam a combater os radicais livres decorrentes do processo
inflamatório. As principais fontes alimentares de vitamina C são as frutas
cítricas, já a vitamina E está presente nos óleos vegetais, oleaginosas,
sementes, abacate e ovos, principalmente na gema.
4 CONCLUSÃO
A pele humana é o maior órgão do corpo humano, e acaba sendo
muito complexa e importante, a pele é formada por diversas camadas, cada
uma com sua função, desde função no sentido até no revestimento do corpo
humano.

A grande prevalência da acne traz a necessidade de outros


especialistas, além do dermatologista, conhecerem a fisiopatologia e as opções
atuais de tratamento. Existem diversos tratamentos tópicos e sistêmicos, eles
estão disponíveis e cada paciente se adapta a um tipo de tratamento. Com
isso, é preciso avaliar o custo e o benefício das drogas e as melhores
indicações conforme o aspecto clínico das lesões.

Podemos dizer que são inúmeras as possibilidades terapêuticas


para o tratamento da acne, as quais são dependentes sobre tudo da tipologia
da afecção sendo, portanto de fundamental importância que todo e qualquer
profissional que trabalhe com estética e que venha tratar pacientes com acne
informe seus pacientes sobre a natureza da acne e sobre o caráter autolimitado
dos tratamentos, pois a maioria deles tem a sua ação limitada a Eliminar as
lesões acnéicas e a prevenir suas complicações.

Com a produção desse trabalho foi possível aprender sobre como é


importante o cuidado com a pele, e algo simples como a acne, pode ter muitas
complicações futuras caso não ocorra o tratamento correto.
5 REFERENCIAS

LOWE, James S. Stevens & Lowe Histologia Humana. Elsevier Brasil, 2015.

BELTRAMINI, Leila Maria. Elementos de histologia e anatomo-fisiologia


humana. IFSC, 1999.

Anderson, Bryan E. (2012). The Netter Collection of Medical Illustrations -


Integumentary System (em inglês). 4 2 ed. Philadelphia: Elsevier
Saunders. ISBN 978-1-4377-5654-8

Junqueira & Carneiro (1995). Histologia Básica 8 ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan. ISBN 85-277-0336-X
VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia Humana. Barueri: Manole, 2003.

Montanari, Tatiana. Sistema Tegumentar. Departamento de Ciências


Morfológicas – ICBS – UFRGS. 2015

BRENNER, Fabiane Mulinari et al. Acne: um tratamento para cada


paciente. Revista de Ciências Médicas, v. 15, n. 3, 2012.

DE ARAÚJO, Ana Paula Serra; DELGADO, Daniela Cardoso; MARÇAL,


Regiane. Acne diferentes tipologias e formas de tratamento. 2011.

FIGUEIREDO, Américo et al. Avaliação e tratamento do doente com acne–


Parte I: Epidemiologia, etiopatogenia, clínica, classificação, impacto
psicossocial, mitos e realidades, diagnóstico diferencial e estudos
complementares. 2011.

Vous aimerez peut-être aussi