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BUSINESS INTELLIGENCE 1

Mais fácil do que você imagina


A “Terceira Onda” de Alvin Toffler varreu o universo empresarial e
favoreceu o surgimento de uma nova indústria a partir da década de
80: a da Informação. Começava, então, uma corrida pelo
conhecimento sem precedentes na história da humanidade,
potencializada por computadores, softwares e, em seguida, a Internet.

As informações armazenadas em grande volume pelas organizações


logo necessitariam, entretanto, de critério, método e ordem. Analisar,
interpretar e transformar esta crescente base de dados para apoiar os
processos de tomada de decisão passou a ser um desafio para o
sucesso dos empreendimentos no início do século XXI.

"Business Intelligence – Mais fácil do que você imagina" aborda a


questão sob a ótica da ferramenta do momento. Didático, Marcos
Mylius escreveu um livro para leigos e especialistas, desenvolvedores
e usuários, vendedores e compradores da solução, dividindo com os
leitores sua experiência na implementação de sistemas de BI nos mais
variados segmentos empresariais.

Vale conferir!

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Mais fácil do que você imagina
MARCOS MYLIUS

BUSINESS
INTELLIGENCE
Mais fácil do que você imagina

Créditos

Gráficos e Ilustrações: Marcos Mylius


Revisão de Texto: Lúcia Só Mylius

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Mais fácil do que você imagina
Dedicatória

A minha família, que jamais duvidou do valor


do trabalho, e em especial minha irmã,
Lúcia Só Mylius, que conduziu a revisão do livro.

Aos amigos, Alexandre Horch, Gilnei Marques,


Leonardo Flach Neto e Políbio Braga que
contribuíram com valiosas idéias.

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Sumário


Prefácio ................................................................................................... 7

1. O que é Business Intelligence ........................................................... 10

2. Os componentes de uma solução de BI ........................................... 12


A qualidade das informações.......................................................... 15
As ferramentas ETL........................................................................... 17
O data warehouse .............................................................................. 18
Modelagem de dados ...................................................................... 21
Indicadores de desempenho........................................................... 23
Criando indicadores de desempenho......................................... 23
Utilizando indicadores prontos.................................................. 24
Planilhas ......................................................................................... 24
A plataforma de BI ............................................................................ 26
Funcionalidades para o usuário final ............................................. 27
Ferramentas para analistas desenvolvedores ................................ 27
Controles para administradores.....................................................28

3 | O projeto de Business Inteligence ..................................................30


Adquirindo conhecimento/percebendo o ignorado ......................30
O processo de escolha da solução................................................... 31

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Identificando o melhor patrocinador para o projeto ..................... 33
A metodologia de desenvolvimento ............................................... 33
Tranqüilidade nos projetos ............................................................ 35

4 | Investimento em BI vs. valor das informações .............................. 37


Criatividade através do BI ..............................................................38
Os benefícios do planejamento com BI ......................................... 40
Análise de tendências ..................................................................... 41
O impacto dos fatores externos ...................................................... 43

5 | Exemplos de utilização do Business Intelligence ........................... 45


Aplicações para clientes externos................................................... 45
Lojas Paquetá.................................................................................. 46

Conclusão ............................................................................................. 49
BI não é tecnologia, e sim um processo ......................................... 49

Termos técnicos e siglas ....................................................................... 51

Bibliografia ........................................................................................... 53

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Prefácio

Com o advento do Business Intelligence


está mudando a forma de fazermos negócios

Polibio Braga

Ainda não tínhamos cruzado a fronteira do Século XX para o


Século XXI, quando Marcos Mylius recém migrava de uma posição de
consagrado sucesso na Microsoft para aliar-se a três jovens
empreendedores gaúchos em uma empresa especializada em soluções
de banco de dados, de Porto Alegre. Eu o vi desembarcar ali com
muitas idéias na cabeça e uma experiência nacional que ajudou a
consolidar o grupo como uma empresa focada diretamente sobre a
inteligência dos negócios, através das soluções que implementou na
área de Business Intelligence.

Nos últimos meses, acompanhei semana após semana o parto


deste livro, que possui poucos concorrentes no mercado brasileiro. É
uma obra que li e reli com atenção – e que também estudei. Ela é
muito amigável, mesmo para leigos como eu, que embora trabalhem
no mercado de TI (Tecnologia da Informação) há muitos anos, tanto
na vida pública quanto em minhas atividades como Jornalista e
também empresário, não possui o domínio de vários dos campos

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específicos de empreendimentos que usam as ferramentas da
informática e da Internet para fazer novos negócios.

Os programas de BI são na verdade versões recentes dos


badalados Sistemas de Apoio a Decisão, os conhecidos SAD. Com o
desenvolvimento de novas ferramentas e ampliação do mercado, os
custos desses programas tiveram drástica redução.

De qualquer modo, no caso mais antigo, como nos casos


contemporâneos, o que mais interessam são os processos utilizados,
cuja origem sempre vai acontecer em cima dos dados recolhidos logo
de cara. Tudo começa ali. O que faz o Business Intelligence é
justamente extrair esses dados de onde se encontram, transformá-los
e convertê-los para utilização negocial inteligente.

Há apenas três anos, em 2000, quando Marcos Mylius começou a


conversar comigo a respeito dos seus projetos, tive alguma dificuldade
para entender exatamente o que ele pretendia. Naquela ocasião, ele
me passou uma historinha emblemática no mercado de TI, que é o
caso da loja de conveniências que tentava descobrir por que razão
eram vendidas cervejas e fraldas nas noites de sexta-feira e que
resultado a empresa poderia obter deste conhecimento. Ao utilizar
ferramentas simples de BI, o lojista descobriu que o consumidor era a
mesma pessoa: homens jovens recém casados, pais de primeiro filho,
que ainda continuavam com a mística de beber às sextas-feiras, claro
que não mais com os amigos, e que além disto precisavam levar
fraldas para o fim de semana em casa. Foi só colocar os dois produtos
lado a lado nas gôndolas para aumentar as vendas.

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Quando se fala em Business Intelligence, o que vem logo à
memória das pessoas são sistemas que vão favorecer as vendas, mas
não é assim. Da mesma forma que outras ferramentas parecidas,
como qualquer outra ferramenta que trabalha em cima de
plataformas de sistemas de gestão, o sistema de Bl pode ser utilizado
em qualquer área de empresas agropecuárias, industriais, comerciais
ou de serviços.

Este livro também tenta desmistificar alguns conceitos que


insistem em atribuir à Tecnologia da Informação propriedades que ela
não tem ou que tem como apenas parte de um todo. Assim, quando o
usuário entende que tratar TI é tratar os dados como ciência exata,
vale a pena recordar que se trata mesmo de uma ciência humana. O
caso das Lojas Paquetá, do Rio Grande do Sul, cliente que o próprio
Marcos Mylius atendeu, demonstra de que forma isto é verdadeiro, o
que começa pelo necessário envolvimento da própria direção da
empresa em todo o processo, sem o que nada pode resultar de eficaz e
duradouro.

A história do sucesso dos negócios está sendo repensada,


conforme ensina Mylius, porque nunca antes tratou-se a história do
gerenciamento das transações com tecnologia. É o que ocorre e
ocorrerá com muito mais freqüência neste início de século XXI,
porque o uso da TI está mudando dramaticamente o próprio modo de
fazermos negócios.

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1 | O que é Business Intelligence

Acredito que um bom início seria abordar o significado de BI,


uma das tantas siglas que fazem parte da sopa de letrinhas do
mercado de tecnologia da informação. Portanto, BI, ou Business
Intelligence, significa inteligência de negócios. Concordo que no
português fica horrível, e como o mercado gosta mesmo é de trabalhar
com termos em inglês continuaremos com BI.

Da mesma forma que as montadoras de automóveis criam novas


versões de modelos antigos para gerar demanda, o mercado de
tecnologia inventa siglas e diferentes abordagens para temas já
existentes, e BI é um exemplo clássico. A sigla é uma roupagem nova
para os já conhecidos Sistemas de Apoio à Decisão (SAD) baseados
em fatos, ou Executive Information System (EIS), que existem há
muito tempo mas carregavam no passado um impeditivo para sua
difusão em larga escala: o custo das ferramentas.

Hoje o mercado vive um momento mais interessante por dois


motivos: primeiro porque os executivos estão percebendo que os
módulos do sistema de gestão (transacional) comprados no passado
recente não fornecem os indicadores e/ou dados necessários para as
tomadas de decisão, como por exemplo o ranking dos produtos mais
rentáveis, a margem de contribuição ou até mesmo o resultado de

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vendas com quebra por filial. Para conseguir estes dados eles
necessitam adquirir os módulos de informações gerenciais

O segundo é que novos players estão atuando no mercado de BI


com ferramentas que já atingiram a maturidade e são oferecidas com
bom diferencial de preço.

Quem sai ganhando com esta crescente concorrência no mercado


é o cliente. Projetos antes cotados na casa das centenas de milhares
de dólares são hoje viabilizados por pouco mais de R$ 100.000,00.

É necessário esclarecer que a escolha da solução de BI não deve


basear-se em tecnologia e sim num processo que contemple o
levantamento detalhado das necessidades dos usuários e provas de
conceitos (projetos-piloto), entre outras etapas que serão abordadas
mais adiante.

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2 | Os componentes de uma solução de BI

O homem criativo deve perceber as relações entre pensamentos,


coisas ou formas de expressão aparentemente diferentes entre si e
ser capaz combiná-las de diferentes maneiras – ou seja, ter o poder
de relacionar o que à primeira vista não teria relação.
William Plomer

Ao participar de apresentações de soluções de BI, observe como


os efeitos especiais de tela que muitas delas apresentam na forma de
gráficos, semáforos, velocímetros, termômetros, etc. normalmente
impressionam as pessoas. Mas vá mais além e imagine a
complexidade do trabalho para atingir as consolidações das regras de
negócio de diferentes sistemas, o processamento dos grandes
volumes de dados, os cruzamentos destes e a geração de tantos
diversos indicadores de desempenho. Certamente a maior dificuldade
enfrentada na criação dos efeitos especiais de tela é esta complexa
infra-estrutura de informações localizada no coração de uma “fábrica
de informações corporativas”.

Veja no quadro a representação da estrutural geral e os


componentes de uma solução de BI:

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Origem
dos
Carga
Dados
Dos
ETL Data Plataforma
Data
Dados Warehouse Warehouse
BI

Contabilidade Data Marts

Folha de
Pagamento

Planilhas DW

Outros
Sistemas

A camada origem de dados é o ambiente operacional onde


encontram-se aplicativos de gestão e os consumidores e fornecedores
interagem diretamente com os sistemas administrativos.

Na camada ETL (Extração, Transformação e Carga) os dados


não integrados dos aplicativos de gestão são convertidos para uma
estrutura integrada, onde poderão sofrer severa transformação.

No centro da “fábrica de informações corporativas” está o data


warehouse. Além de conter dados granulares integrados, é
considerado o coração da fábrica.

Na última camada, à direita, está a plataforma de BI,


representando um conjunto de ferramentas que fornece desde
análises dos dados do data warehouse para usuários finais até

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recursos de administração de ambientes operacionais, com alta
disponibilidade e grande número de acessos.

A origem dos dados

O data warehouse de um sistema de BI recebe cargas de dados


de uma ou várias origens, que geralmente constituem os sistemas de
gestão da empresa - como contabilidade, faturamento e vendas - e
sistemas de produção como PCP e automação industrial. Há, sem
dúvida, sistemas de BI que utilizam origens de dados muito
específicas, como por exemplo uma solução de BI para o processo de
cobrança, que além dos sistemas de gestão pode envolver o
telemarketing e o jurídico.

Origem
dos
Carga
Dados Dos Data
Dados Warehouse

Contabilidade Data Marts

Folha de
Pagamento

Planilhas DW

Outros
Sistemas

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Como já mencionado, os dados poderão passar por um processo
de transformação durante a carga, quando são então filtrados para
evitar duplicação, calculados para gerar indicadores, agrupados e
divididos, entre outras funções.

Apesar de todo o poder de transformação deste processo de


carga, é importante ainda levar em conta outras necessidades no que
se refere às origens dos dados. Um exemplo muito comum são as
metas, uma vez que muitos sistemas de gestão não oferecem esta
funcionalidade. Neste caso, telas de inserção são criadas para que o
BI possa trabalhar com metas estabelecidas de vendas, faturamento,
lucro, etc.

As planilhas de cálculo antes mencionadas também podem ser


consideradas origens de dados.

A qualidade das informações

A qualidade das informações numa solução de BI depende


fortemente do input (alimentação) e da administração dos dados nos
sistemas transacionais. Uma boa definição para a administração de
dados é a de Carlos Barbieri: É uma função da organização
responsável por desenvolver e administrar centralizadamente
estratégias, procedimentos, práticas e planos capazes de fornecer
dados corporativos necessários, quando necessários, revestidos de
integridade, privacidade, documentação e compartilhamento.

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Para ilustrar, podemos citar dois exemplos clássicos que
encaixam-se perfeitamente em vários segmentos: o primeiro refere-
se aos principais clientes de todas lojas, aqueles que pagam à vista e
não geram inadimplência. Eles geralmente querem agilidade no caixa,
ou seja, pagar e ir embora. Se têm pressa, é difícil obter as
informações cadastrais necessárias para saber quem são. Assim
sendo, no momento de criar um relatório para análise de vendas à
vista o sistema de BI vai oferecer dados com as mesmas restrições do
momento da venda; o segundo, com algumas semelhanças, diz
respeito à falha em executar regras e procedimentos inerentes à
entrada de mercadorias no estoque. Não me refiro à falta de regras
claras, mas o desrespeito a estas, como no caso de um motorista de
caminhão que chega com carga de São Paulo e não pode esperar para
descarregar. O encarregado de estoque, para liberar de uma vez o
veículo, acaba lançando uma quantidade insuficiente de informações
no sistema. Qual o impacto desta atitude no BI? Escassez de dados
para responder os questionamentos da administração executiva.

É muito comum também as empresas possuírem vários


cadastros de um mesmo cliente, e todos com muito “lixo”. Há casos
de todos os tipos: às vezes um simples acento pode gerar dois
cadastros para uma mesma pessoa, que pode também ser cadastrada
pelo apelido num determinado momento e noutro, pelo nome
completo, gerando até mesmo 3 cadastros. Este é um dos motivos
pelos quais as operadoras de cartões de crédito enviam propostas para
clientes que já os possuem.

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As ferramentas ETL

Todo projeto de BI envolve o uso de uma ou mais ferramentas de


ETL, ou Extraction, Transformation and Loading (extração,
transformação e carga), que podem oferecer vários níveis de serviços
e características.

Independentemente do porte do projeto, é sempre necessário


buscar dados nos sistemas operacionais (sistemas de gestão),
trabalhá-los de alguma forma (ex.: consolidando várias tabelas de
clientes numa única) e por fim carregá-los para o data warehouse.

Imagine um cenário exigindo uma ferramenta de ETL com


recursos mais avançados, ou uma empresa que utiliza os sistemas de
gestão SAP compreendendo diversos módulos de extrema
complexidade (número de tabelas). Ao invés de partir do zero para
definir todas as tabelas e as cargas de dados, a ferramenta de ETL
deve fornecer todas as definições dos modelos de dados do sistema de
gestão (SAP) e todos programas de cargas prontos. É como um
quebra-cabeças, as peças devem estar perfeitamente encaixadas.

Alguns dos principais fornecedores de banco de dados como,


Oracle e Microsoft oferecem ferramentas de ETL. A Oracle, com seu
Warehouse Builder, apresenta módulos de conexão com sistemas de
gestão SAP e características de gerenciamento de dados, tais como
análise de impacto, além de geração do data warehouse a partir das
definições das origens dos dados. A Microsoft fornece o DTS, que tem
como principal característica a facilidade de implementação, mas não
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Mais fácil do que você imagina
oferece conectores (templates de dados da origem prontos) para os
principais fornecedores dos sistemas de gestão.

Além dos fornecedores de bancos de dados, há fabricantes que


desenvolvem somente ferramentas de ETL, como a Informática e a
Ascential. A quantidade de características e módulos oferecidos é
surpreendente, mas o custo também impressiona.

No extremo oposto das características citadas anteriormente


estão alguns projetos que utilizam o próprio Forms da Oracle para
extrair os dados da base dos sistemas operacionais e fazer a carga para
a base do data warehouse. Você pode então se questionar: isto não
seria ETL? Pois bem, o processo de gerar um comando SQL que extrai
dados e depois carrega as tabelas do DW é um processo válido, mas
não podemos dizer que o Forms é uma ferramenta de ETL.

A escolha da ferramenta de ETL ideal depende de um


levantamento detalhado das necessidades da solução e, é claro, do
orçamento do projeto, uma vez que algumas ferramentas podem
chegar a U$ 80,000.00.

O data warehouse

O data warehouse é um banco de dados orientado


por assunto, integrado, não volátil e histórico, criado
para apoiar o processo de tomada de decisão.

Willian H. Inmon

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Os dados que entram no data warehouse, como já mencionado,
provêm de ambientes operacionais, geralmente sistemas de gestão
(transacionais), e antes de entrar no data warehouse (carga) podem
passar por um processo de limpeza e transformação.

Seguem abaixo as características dos componentes do data


warehouse de acordo com a definição de Inmon:

Orientado por assunto: a primeira característica de um DW é


estar orientado para atender os principais assuntos/objetivos da
empresa ou de uma área específica.

Objetivos da Empresa Foco DW (processos)


(processos)
Aumentar as vendas Clientes, faturamento,
Faturamento,
representantes, comercial e
estoque
Melhorar a rentabilidade Estoque, financeiro e compras

Controlar custos Financeiro, estoque e compras

Qualidade Produção e recursos humanos

Integrado: esta é sem dúvida a característica mais importante


de um DW, pois dados de diferentes sistemas de gestão, como folha
de pagamento e produção, podem facilmente ser integrados ao seu
ambiente.

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A figura abaixo representa um exemplo de indicador de
desempenho de uma indústria de aço, onde dados de dois sistemas
são armazenados e integrados ao DW corporativo.

Origem
dos Carga Data
Dados Dos
Warehouse
Data
Dados

Folha de
Pagamento

-320
Funcionários
DW

DW
-31,25kg
por Func
Planilhas
Produção

- 10 Toneladas
De Aço

Não volátil: os dados nos sistemas operacionais (sistemas de


gestão) são construídos para sofrer lançamentos, que por sua vez
geram operações e transações alterando dados existentes. No data
warehouse isto não acontece porque os dados carregados e
disponibilizados para acesso não podem mais sofrer alterações.

Histórico: dados históricos são apresentados de várias formas


no data warehouse. A mais simples é aquela na qual as informações
ali presentes representam um horizonte de tempo maior - de 2 até 10
anos - enquanto que o representado no ambiente operacional
(sistemas de gestão) é bem menor - do valor corrente atual até o sexto
ou nono dia.

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Mais fácil do que você imagina
Modelagem de dados

A modelagem de dados tem diversas abordagens, mas muitos


profissionais conhecem somente a desenvolvida ao longo dos últimos
trinta anos: um instrumento para formatar estruturas de dados que
podem ser implantadas e compreendidas por administradores de
bancos de dados (sistemas).

Esta modelagem tradicional sempre foi uma boa opção para os


sistemas transacionais, aqueles onde uma transação desencadeia
outra, como a emissão de uma nota fiscal, que por sua vez gera um
lançamento no estoque e outro no módulo de contas a receber.

Mas os sistemas de BI contemplam outras necessidades, como


o suporte às tomadas de decisões e grandes volumes de consultas,
inviabilizando assim a modelagem tradicional.

A modelagem de dados resulta da compreensão do negócio por


parte do analista e na capacidade deste para empregar seu
entendimento na formatação de um banco de dados (aderência dos
sistemas ao negócio da empresa).

Assim sendo, a modelagem utilizada para os sistemas de BI é a


Dimensional, mais voltada para muitos pontos de entradas
específicos (dimensões) e menos para dados granulares (fatos).

Exemplo de dimensão: TEMPO

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Mais fácil do que você imagina
TEMPO
-Ano
-Trimestre
-Mês
-Dia

Em uma estrutura dimensional os dados estarão dispostos de


forma quase estelar (daí o termo Star Schema), onde várias tabelas de
entrada (dimensões) estarão se relacionando com algumas tabelas de
informações (fatos).

Nota-fiscal
-Cod Cond Pag
-Série NF Cliente
-Num NF -Nome
Tempo
-Ano -Nome Reduzido
-Trimestre
-Mês
-Dia

Região Cliente
-Pais
Representante -UF
-Nome Reduzido Rep Vendas -Cidade
-Micro Região
Valor
Qtd Produto
-Linha
Custo -Sublinha
-Grupo
Região -Subgrupo
Representante -Item
-Pais
-Estado
-Cidade Pedido
-Num Ped
-CodPed
-Item
-Data Entrega
-Aberto
-Atendido

A modelagem dimensional permite ao usuário perceber e


visualizar os dados de forma similar a sua compreensão, ou seja: em
várias perspectivas, entre elas tempo e espaço. Apesar de cumprir
um papel relativamente menor no conjunto de componentes do data

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warehouse, ela é certamente um dos principais motivos de insucesso
para muitas soluções de BI, uma vez que um desenvolvedor de
sistemas desatento às diferenças entre a modelagem tradicional e a
dimensional pode comprometer a qualidade e a vida útil dos sistemas.

Indicadores de desempenho

Os indicadores de desempenho, ou Key Performace Indicators,


são pontos de análise de resultado medidos de diferentes formas e
periodicidades. Podem ser criados a partir de uma necessidade
específica ou utilizados modelos prontos, conforme a área ou
processo a ser analisado.

Criando indicadores de desempenho

Imagine uma universidade implantando uma campanha interna


de Qualidade. O corpo docente e a área administrativa recebem
treinamento de qualificação e a oferta de cursos é expandida. Os
consultores acompanhando a iniciativa desenvolvem diversos
indicadores e metas para capacitar a universidade a avaliar o
resultado destas iniciativas. Entre eles:

• número de alunos matriculados;


• vagas oferecidas;
• área construída do campus sede.

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Todos indicadores devem ser comparados por períodos (anuais
ou mensais) para verificar a evolução ou regressão dos números.

Utilizando indicadores prontos

O exemplo mais comum são os indicadores de desempenho das


áreas financeiras, que podem ser utilizados em diferentes segmentos
de mercado:

• margem de contribuição;
• rentabilidade;
• ROI.

É importante esclarecer que quando nos referimos a indicadores


de desempenho estamos falando de parâmetros que podem ser
utilizados para comparar diferentes cenários. É necessário, portanto,
buscar indicadores de desempenho de outras empresas do mesmo
segmento. Apesar de ser uma tarefa quase impossível para
determinados setores, cabe lembrar que índices e médias do
segmento, normalmente mais acessíveis, já são uma grande
conquista.

Planilhas

Freqüentemente participo de reuniões para levantar dados e


definir escopos de projetos de BI. Um dos assuntos mais abordados é
a multiplicação das planilhas de cálculos dos usuários. Alguns

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executivos nem aos menos sabem o que fazer com tantas
informações.

Apesar disto, muitos usuários são reconhecidos pela


complexidade das planilhas e dos indicadores de desempenho que
geram para suas empresas. São profissionais que tendem a
participar de reuniões como seres superiores porque detêm
informações privilegiadas. Mas, afinal, de quem são as informações?
Da empresa ou do funcionário?

Esta é uma questão complexa e engloba vários pontos de vista,


mas sem dúvida as planilhas são a principal fonte dos indicadores de
desempenho para projetos de BI, e é vital que sejam disponibilizadas.
Há casos de vários semanas de atraso porque um executivo resistia
em fornecer senhas ou as próprias planilhas para o projeto.

Como diz um colega: A Tecnologia da informação não é ciência


exata, é ciência humana, portanto a interação do usuário com o
projeto de BI é fundamental. Ele precisa entender que passa hoje
80% do tempo preparando um relatório e somente 20% analisando
seu resultado. Com uma ferramenta de BI estes valores se invertem,
resultando em maior disponibilidade de tempo para atingir o
chamado insight, ou a compreensão intuitiva da situação do negócio
através dos dados obtidos.

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A plataforma de BI

As empresas colhem diariamente uma grande quantidade de


informações sobre seus negócios. Todavia, os usuários necessitam de
ferramentas que lhes permitam analisar, interpretar e transformar
esta crescente base de dados para apoiar os processos de tomada de
decisão e desta forma garantir o sucesso dos empreendimentos.

O problema é que cada área (financeiro, vendas, produção, etc.)


possui exigências específicas, que vão de um extremamente complexo
painel de controle (scorecard), com vários indicadores de
desempenho, até um simples relatório em grade (planilha).

Na verdade, a comunidade de usuários de BI é muito


diferenciada, e entre suas várias distinções podemos citar as
inúmeras necessidades dos profissionais que criarão relatórios mais
complexos (desenvolvedores) e dos profissionais de infra-estrutura
que, para exemplificar, farão a manutenção do ambiente para que
esteja disponível vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana.

Existem produtos de BI no mercado que não atendem aos três


grandes grupos citados abaixo e por isso não podem ser considerados
uma “plataforma de BI”.

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Funcionalidades para o usuário final

A vontade do usuário é ter uma interface amigável e intuitiva


para acessar, analisar e compartilhar informações. Eles precisam
obtê-las através de uma interface de sua própria escolha, como Web,
Windows, Excel ou e-mail.

• Relatórios Web e portal: através de um portal (Web) os usuários


poderão compartilhar seus melhores relatórios, e com a
possibilidade de acessar as informações a partir de qualquer
computador conectado a Internet/Intranet/Extranet;
• E-mail: o envio de relatório customizado é uma prática
interessante para quem deseja as informações certas, na hora
certa e somente quando solicitadas.

Ferramentas para analistas desenvolvedores

Os desenvolvedores necessitam de uma ferramenta de alta


tecnologia para gerar qualquer tipo de análise. Estes relatórios
podem exigir que a ferramenta disponha de análises matemáticas,
financeiras e estatísticas, entre outras.

A facilidade de desenvolvimento dos relatórios que estarão


disponíveis na Web é uma questão bastante importante, tendo em
vista que algumas ferramentas exigem muita programação.

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A manutenção e criação dos objetos do sistema, como métricas,
atributos e dimensões, demandam uma ferramenta que possua
metadados e outra ferramenta case para a modelagem de negócios e
dos dados.

Controles para administradores

Os administradores estão preocupados com a aderência do novo


sistema à rede de computadores da empresa. E nesse sentido, em se
tratando de informações estratégicas, o quesito segurança é o
principal.

Conforme o produto, ele poderá ou não exigir do usuário mais


um login e senha na rede, bem como um novo sistema operacional
para ser dominado pelos profissionais de infra-estrutura.

No caso de sistemas de alta disponibilidade (24 x 7), a


preocupação dos administradores é se a solução permite ser instalada
em cluster (duas ou mais máquinas interligadas para garantir a
tolerância a falhas e performance).

A escalabilidade é outro ponto muito questionado pelos


administradores no momento de avaliar uma solução. Ela representa
a capacidade do produto em absorver o crescimento do volume de
dados e a quantidade de acessos por parte dos usuários.

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3 | O projeto de Business Inteligence

O projeto de business intelligence não difere em termos gerais de


outros projetos de desenvolvimento de sistemas. As maiores
diferenças encontram-se nas tecnologias utilizadas, nos objetivos, na
modelagem de dados e nos usuários alvo.

Para melhor guiar os profissionais buscando uma solução e


pretendendo implantar um projeto, sugiro atenção especial aos
seguintes pontos básicos, que certamente influenciarão o sucesso do
mesmo.

Adquirindo conhecimento/percebendo o ignorado

Não poderia deixar de comentar o artigo de Phillip G. Armour,


The Five Orders Of Ignorance, ou Os Cinco Mandamentos da
Ignorância, que recebi como uma espécie de prêmio num evento em
que fui o mais “questionador” da platéia, com apenas duas perguntas.

Mr. Armour há muito tem argumentado que software não é


produto e sim um meio de armazenar conhecimento, o quinto
existente desde o início dos tempos. Segundo ele, a ordem destes
meios seria: DNA, cérebro, ferramentas, livros e software. Este
último seria um meio ativo de armazenagem, ao contrário dos livros,
que são passivos, e do cérebro, que também possui suas limitações,

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entre outras diferenças. E fabricar ou criar um software é bem mais
difícil do que o processo que está sendo coberto pelo sistema, pois
acima de tudo é necessária a compreensão global de todo o processo.
Logo, a maior complexidade enfrentada para construir um sistema
vem a ser o momento em que se dá a compreensão do que é realmente
necessário construir, viabilizado pela aquisição de conhecimento.

Assim sendo, se um software não é um produto e sim um meio


de armazenagem de conhecimento, então o desenvolvimento de
software não é uma atividade de produção e sim de aquisição de
conhecimento.

“Um ex-CEO da Unilever disse que se sua empresa soubesse o


que sabe dobraria seus lucros”

O processo de escolha da solução

É possível reduzir os riscos de uma solução de BI através da


utilização de metodologia no processo de escolha da melhor
alternativa. Esta metodologia nada mais é do que um passo a passo
no processo de avaliação, onde a escolha da ferramenta é somente
uma das etapas críticas que garantirão a melhor opção para seu
projeto. Conforme descrito abaixo, elas devem abranger desde o
mapeamento das necessidades até a escolha do fornecedor:

1. Defina os objetivos do negócio: a missão principal do projeto, os


objetivos específicos dos processos do negócio e os benefícios
desejados;

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2. Defina as exigências do negócio: para atingir os objetivos é
preciso estabelecer as ações e os itens específicos que devem ser
realizados antes de tudo;

3. Defina os usuários: estabeleça quem estará envolvido em atingir


os objetivos do negócio e, principalmente, o patrocinador;

4. Defina as funcionalidades: estabeleça as que devem


obrigatoriamente ser fornecidas pela solução a fim de atender as
exigências e necessidades dos usuários;

5. Defina uma lista inicial de fornecedores: estabeleça os que mais


se encaixam às funcionalidades levantadas anteriormente;

6. Estabeleça os critérios de tecnologia e do negócio: faça uma lista


detalhada dos critérios para seleção de fornecedores e filtre a
lista inicial;

7. Selecione e avalie um fornecedor: estabeleça critérios e utilize


uma prova de conceito de produtos (aderência às
funcionalidades) para avaliá-lo.

Ao final da avaliação e definição dos fornecedores algumas empresas


chegam a conclusão que já possuem boa parte do conjunto de

BUSINESS INTELLIGENCE 32
Mais fácil do que você imagina
software de BI licenciado (adquirido anteriormente) para
implementar a solução.

É interessante destacar que a expressão inglesa one size fits all,


ou “tamanho único”, não se aplica a soluções de BI, uma vez que o
objetivo destas é colocar no sistema a forma do “executivo pensar e
avaliar”, justamente a maior diferença entre uma empresa e outra.

Identificando o melhor patrocinador para o projeto

O patrocinador do projeto muitas vezes é confundido com aquele


executivo que detém o orçamento para implementar o projeto e
adquirir as ferramentas. Mas ele é mais que isso: o patrocinador deve
ser o defensor do projeto perante toda a empresa, ter um grande
conhecimento do negócio e capacidade para engajar todos
participantes no processo de passagem do conhecimento para a
equipe de desenvolvimento do sistema.

A metodologia de desenvolvimento

Existem algumas metodologias de desenvolvimento no mercado,


todas focadas no desenvolvimento de sistemas em geral. Portanto, se
bem aplicadas, podem ajudar perfeitamente na construção e
implementação do projeto. O conteúdo aqui abordado é baseado na
disciplina de desenvolvimento de MSF da Microsoft -Microsoft

BUSINESS INTELLIGENCE 33
Mais fácil do que você imagina
Solutions Framework - e no livro de Ralf Kimball – Data Warehouse
Lifecicle Toolkit.

Podemos definir a metodologia como um conjunto de processos


e formulários desenvolvidos para orientar os desenvolvedores e
analistas participando da construção do sistema. Entre eles
encontram-se as entrevistas com os usuários do sistema, que não
devem negligenciar qualquer pergunta chave, e os pacotes de cargas
de dados, que em muitos casos são aproveitados em diversos projetos.

A metodologia deve contemplar os seguintes pontos:

• no mínimo as quatro fases distintas de levantamento,


planejamento, desenvolvimento e estabilização;
• documentação detalhada de todas as fases;
• objetivos claros;
• análises de recursos, prazos e características (triângulo
eqüilátero);
• versão de software;
• foco no usuário final;
• simplicidade.

As fases de levantamento e planejamento devem ser


respeitadas devido a sua importância para reduzir ao máximo o risco
do sistema não atender as necessidades do usuário e o objetivo do
projeto.

BUSINESS INTELLIGENCE 34
Mais fácil do que você imagina
Na fase de planejamento do projeto, é necessário decidir que
abordagem será utilizada na abrangência do escopo. Existem duas, e
a mais recomendada é a segunda (bottom-up):

Abordagem Top-down

• mais tempo com entrevistas de usuários potenciais e entre áreas;


• preparação de um modelo de dados corporativo;
• pode levar até um ano.

Abordagem Bottom-up

• criação incremental dos data marts;


• preparação de um modelo de dados menor;
• leva de 90 a 120 dias.

Tranqüilidade nos projetos

A reflexão sobre a paz também se aplica aos projetos. Sejam


eles de BI, de implementação de um sistema de folha de pagamento
ou outro qualquer, as adversidades enfrentadas com o
relacionamento interpessoal dos envolvidos é ainda o maior risco de
insucesso.

Os primeiros conflitos podem ocorrer já no momento da


contratação: fornecedor vs. cliente. O orçamento apertado das
empresas hoje em dia resulta na negociação de projetos com valores

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Mais fácil do que você imagina
fechados (tempo estimado sem alterações). Muitos fornecedores e
clientes lendo este livro certamente já passaram pela experiência de
discutir horas técnicas que ultrapassaram o escopo inicial. Os atrasos
e as conseqüentes horas extras podem resultar de uma série de
eventos ou até mesmo de uma questão pontual, como um diretor
ausente por algumas semanas, a negócios, que precisa ser
entrevistado para o levantamento das necessidades do sistema.

Por isto é indispensável utilizar bases sólidas para a metodologia


de desenvolvimento do sistema, incluindo uma detalhada
documentação das reuniões e das etapas do projeto na proposta
técnica que vai dar sustentação ao fechamento do negócio, para que
numa futura vistoria possa ser constatado se um eventual aumento
do número de horas foi gerado pelo cliente ou pelo fornecedor.

BUSINESS INTELLIGENCE 36
Mais fácil do que você imagina
4 | Investimento em BI vs. valor das
informações

O volume de investimentos alocado nos projetos de business


intelligence está diretamente ligado ao retorno obtido através do
“valor das informações”. O primeiro nível deste retorno pode ser
considerado a capacidade de geração de relatórios simples que antes
da implantação do BI não era possível porque os dados não estavam
integrados. O ponto máximo do valor das informações seria o data
mining, onde são viabilizados prognósticos e revelações através da
exploração da base de dados e utilização de algoritmos matemáticos.

Consultas Contexto Data Mining


e e
Relatórios Relevância
Valor das Informações

Ø Prognósticos
Ø Segmentações
Ø Revelações
Ø Análises
Ø Relatórios Ø Fatiar o cubo Insight/
Ø SQL Ø Indicadores Previsão
Ø Tabela
dinâmica Conhecimento

Info
Dados

Investimento em Business Intelligence

BUSINESS INTELLIGENCE 37
Mais fácil do que você imagina
Criatividade através do BI

De certa forma, juntei elementos que já estavam ali, mas isso é


o que os inventores sempre fazem. Normalmente, você não pode
criar novos elementos. O novo elemento, se é que ele existe, foi a
combinação, a maneira pela qual eles foram utilizados.”

Kary Mullis, com relação ao processo utilizado em


seu trabalho sobre reação em cadeia da polimerase,
vencedor de Prêmio Nobel.

O significado de polimerase não importa, mas o cientista ganhou


o consagrado prêmio e sua declaração é relevante para nossa reflexão.
Há muito sendo publicado sobre criatividade, em diferentes fontes
que vão de revistas de publicidade e propaganda a livros, e quanto
mais leio mais me convenço que o conceito estabelecido para pessoas
criativas não existe. Em reportagem recente, até mesmo conceituados
criativos - como são chamados os profissionais de criação das
agências de propaganda - admitiram que as grandes idéias não
acontecem num piscar de olhos, ou durante o banho, quando de
repente surge aquela sacada que vai fazer a diferença na campanha de
lançamento de um novo modelo de uma grande fabricante de
automóveis. As grandes sacadas geralmente ocorrem quando o
profissional de criação está mergulhado (e não na banheira) no
estudo do case há bastante tempo e compreende muito bem as
necessidades do cliente.

BUSINESS INTELLIGENCE 38
Mais fácil do que você imagina
Dentre as condições propícias para o surgimento do pensamento
criativo, os especialistas citam cinco:

• interesse pelo assunto ou a necessidade de resolver determinado


problema;
• conhecimento específico do mesmo;
• estado de liberdade para pensar, sem restrições ou censuras;
• grande tendência para imaginar (força da imaginação);
• coragem para enfrentar o medo.

A ousadia é a companheira inseparável da criatividade. Se


Santos Dumont tivesse medo de cair, jamais teria chegado ao 14 Bis.
Os livros reforçam que a criatividade é bem menos misteriosa, e
novos produtos, serviços e teorias não são criados do nada. A
criatividade resulta da utilização de antigas idéias em novas formas,
em diferentes lugares ou combinações. Por isto Thomas Edison
precisava de uma pilha de lixo em seus laboratórios: coisas já
existentes lhe permitiam inventar coisas novas.

Mas qual a relação disto com BI? Tudo! A competição de


mercado força cada vez mais os profissionais a ter criatividade –
para não falar do inglês, espanhol, MBA etc. - e parte dela pode ser
buscada no data warehouse da empresa, onde encontra-se o histórico
dos produtos mais vendidos, os de melhor rentabilidade, dos
melhores mercados, entre outras informações. Tudo que ele precisa é
buscar as melhores práticas (antigas idéias) e utilizá-las de uma nova
forma, em novos lugares ou em novas combinações.

BUSINESS INTELLIGENCE 39
Mais fácil do que você imagina
A questão fundamental reside em entender a criatividade do
homem como uma função do cérebro, assim como são funções o
raciocinar, o memorizar, o equilibrar-se etc. E, pelo que se sabe,
todas as funções da mente humana podem ser desenvolvidas.
Tudo é uma questão de treinamento.

Howard Gardner

Os benefícios do planejamento com BI

Naquele momento crucial e geralmente tumultuado em que as


empresas preparam seus planejamentos estratégicos para o próximo
ano, quando supervisores precisam gerar informações para gerentes,
estes para diretores e assim por diante, com uma solução de business
intelligence todo processo ocorre mais tranqüilamente, pois um de
seus principais objetivos é fornecer uma base consolidada de
informações do negócio, incluindo dados históricos e diversos
indicadores de desempenho.

As necessidades de geração de informações mais conhecidas são


aquelas referentes a clientes, faturamento, margem e custos. Seguem
abaixo alguns exemplos, valendo lembrar que foram escolhidos casos
possíveis de ser compreendidos pela maioria dos leitores, sem
subestimar qualquer capacidade de análise e disponibilidade de
informações:

• Analisando a margem líquida, quem são nossos principais


clientes?
BUSINESS INTELLIGENCE 40
Mais fácil do que você imagina
• Analisando os custos, quem são os clientes com menores e
maiores custos?
• Analisando os pedidos, quem são os clientes com maior
quantidade e itens de produto por nota?

Imagine um caso em que um funcionário gera com antecedência


várias informações solicitadas pelo chefe, que vai participar de uma
reunião de planejamento em outra cidade. No entanto, durante o
evento surgem outras dúvidas, ele necessita mais dados e telefona
para o encarregado. Como fazer para as informações chegarem de
forma rápida? Se houver uma ferramenta de BI disponível no dia a
dia da empresa, ele terá as seguintes opções:

• consultar o sistema de business intelligence e prontamente


fornecer os dados necessários ao chefe;
• disponilizar o sistema de BI via Internet para que ele possa
acessá-lo a partir do local da reunião;
• disponibilizar um cubo off-line para o chefe levar no notebook e
fazer as consultas necessárias durante o evento.

Análise de tendências

Entre as várias formas de analisar os números das empresas


encontramos a “análise de “tendências”. Uma vez que as variáveis

BUSINESS INTELLIGENCE 41
Mais fácil do que você imagina
homogêneas foram extraídas do data warehouse, elas podem ser
colocadas lado a lado para a verificação de tendências.

Algumas vezes o usuário não resiste a tentação de extrapolar


uma tendência tendo por base somente quatro ou cinco pontos de
impacto. Havendo nestes uma base sólida que justifique a
continuação da tendência, a extrapolação pode ser válida e muito útil.
Por outro lado, se não existir uma base consistente nos pontos de
impacto, criar esta extrapolação representa então um perigo.

Imagine um cenário em que a BOVESPA tenha fechado em alta


por seis dias consecutivos. As variáveis mostram aqui uma tendência
real: após seis dias consecutivos operando em alta, seria seguro
extrapolar e projetar que o mesmo ocorrerá no sétimo dia? A
extrapolação da tendência indica que isto realmente deve ocorrer.
Contudo, os fatores de impacto nas bolsas são tantos que torna-se
impossível afirmar esta continuação da alta.

Por outro lado, suponha que seja feito um estudo do número de


transações comerciais sendo realizadas pela Internet. Há uma
mudança no padrão de compras dos consumidores, que tem impacto
direto na rede. No momento que mais pessoas estão acessando e
fazendo negócios pela Web, é possível estabelecer uma linha de
tendência de extrapolação? Sim, porque os fundamentos comerciais
identificam tal ação.

Pense nestas duas variáveis, ambas com forte relação indireta:


(1) a temperatura externa e as vendas de cerveja; (2) o índice de
acidentes e a idade dos motoristas do sexo masculino.
BUSINESS INTELLIGENCE 42
Mais fácil do que você imagina
O impacto dos fatores externos

Existem dois conjuntos de fatores de impacto nos resultados


dos negócios das empresas: os de fatores internos e externos. O
primeiro é sempre muito bem contemplado nos projetos, e pode ser
representado pelos esforços da força de vendas, margens de desconto
e custos de produção, entre outros exemplos. Já o segundo, o de
fatores externos, muitas vezes não é levado em consideração pelos
executivos, o que pode ser um erro grave dependendo do segmento da
empresa.

Uma expressão muito usada hoje em dia é “comparar banana


com banana”. Imagine que um supervisor solicita a um vendedor
ou representante de calçados um relatório de vendas comparando
julho/2002 com julho/2001: cada ano é uma fruta, logo é necessário
certificar-se de estar comparando os mesmos tipos. Para tanto, é
necessário saber a temperatura média e o clima dos dois períodos
para fazer uma comparação adequada, pois o clima é um fator externo
com impacto na venda de sapatos. Quanto mais frio, maior a venda.

Podemos também citar a cerveja como outro exemplo clássico


do impacto de fatores externos devido a influência das altas
temperaturas nas vendas do produto. Para não falar de um ano de
competições esportivas vitoriosas, como o Penta. Ao analisar vendas
passadas e sazonalidades, os fabricantes certamente encontrarão

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Mais fácil do que você imagina
distorções no período da Copa do Mundo de 2002. Um sistema de BI
tem a função de ajudar a apontar estes tipos de discrepância.

Um dos principais objetivos de um sistema de business


intelligence é aliviar o profissional do ônus da elaboração de
relatórios. Ele fica encarregado apenas da análise para chegar aos
insights.

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Mais fácil do que você imagina
5 | Exemplos de utilização do Business
Intelligence

Aplicações para clientes externos

A grande maioria dos projetos de BI atendem as necessidades


internas das empresas, somente alguns poucos fornecem informações
para fornecedores ou clientes. No caso de clientes, pode-se pensar
que tipo de informações sobre sua empresa eles poderiam necessitar.
Geralmente eles querem apenas interagir, e não acessar dados.

São pouquíssimos os exemplos de utilização de BI com o


chamado close-loop, que nada mais é do que o fechamento de uma
transação iniciada no BI e finalizada nos sistemas transacionais. Para
exemplificar, dois cases de clientes que utilizam a plataforma de BI da
MicroStrategy (empresa americana fabricante do produto de mesmo
nome, o MicroStrategy 7i).

• Blockbuster: nos Estados Unidos ela disponibiliza um site onde o


cliente pode interagir com a empresa, solicitando o recebimento de
um aviso em seu celular Wap (ou outros dispositivos) no momento
que um determinado filme, com este ou aquele ator, atriz, estúdio,
diretor, etc. estiver disponível. Ao ser avisado, terá no aparelho a
opção de discar X para reservar o filme ou Y para descartar a oferta.
BUSINESS INTELLIGENCE 45
Mais fácil do que você imagina
Entretanto, ele não tem a alternativa de receber a fita em casa por
que a empresa trabalha com BI e sabe que, se o cliente for à loja,
há 80% de probabilidade dele levar outra fita, além de pipoca,
chocolate, etc., que representam 15% do faturamento da empresa.
No momento que efetua a reserva discando X, seu celular retorna a
transação para o BI, que por sua vez encaminha a solicitação aos
sistemas transacionais.

• Ameritrade: é uma empresa líder em brokerage online (compra


e venda de ações) que oferece um serviço personalizado a seus
clientes: a facilidade de receber relatórios e alertas via e-mail,
pager ou celular. Por exemplo: seus clientes podem optar por um
alerta toda vez que as ações de uma determinada empresa subir
mais que um determinado patamar. Ao receber o aviso, têm
disponíveis duas opções: discar 1 para vender ou 2 para comprar.
O case completo está disponível no site da Microstrategy:
www.microstrategy.com. Digite Ameritrade na ferramenta search.

Lojas Paquetá

A necessidade de cruzar informações de modo eficiente e ágil,


bem como a dificuldade em obter dados sobre históricos de vendas e
controles na área de estoques, levaram as Lojas Paquetá a adotar um
sistema de BI. Utilizado para apoiar a tomada de decisões, o sistema
permite o cruzamento de informações através de análises sob todos

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Mais fácil do que você imagina
ângulos de abrangência, resultando em agilidade e facilidade na
obtenção dos dados, que podem ser visualizados na forma de tabelas
ou gráficos, pela Internet, Extranet ou Intranet.

Através do mapeamento executado pelo sistema, a área


Comercial pode acompanhar as deficiências de estoque em cada loja e
região (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro). Além
disso, é possível fazer um balanço para determinar quais vendedores,
lojas e produtos vendem mais ou menos. A ferramenta também
possibilita trabalhar a informação de maneira livre, permitindo o
acesso histórico de outros anos para que o planejamento seja feito
baseado em períodos anteriores.

Com a maturidade da utilização da solução, os usuários


descobriram a possibilidade de obter também outras informações
através da ferramenta. Traçar o perfil dos fornecedores foi uma
destas novidades.

No início, cerca de 15 funcionários do departamento comercial


trabalhavam direto com a aplicação de dados das 70 lojas. Mas os
benefícios logo se estenderam também para o marketing, que hoje
utiliza a ferramenta como forma de acompanhar as campanhas
publicitárias e seus os efeitos nas vendas dos produtos.

A expectativa da empresa é que futuramente estes benefícios se


estendam às áreas de RH e finanças, pois com uma ferramenta de BI
pode-se saber o faturamento obtido por vendedor, o custo por
funcionário, o número de cheques devolvidos em determinada loja, o
índice de utilização de cartão de crédito e até o histórico do número de
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funcionários temporários contratados em datas comemorativas, como
o Natal.

Antes da implantação, o processo de busca de informações era


deficiente e pouco ágil.

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6 | Conclusão

BI não é tecnologia, e sim um processo

Agora, com a apresentação de todos os componentes do Business


Intelligence, vê-se que ele nada mais é do que a obtenção e utilização
de fatos baseados no conhecimento para melhorar a estratégia dos
negócios e as vantagens competitivas no mercado. Como um processo,
BI pode ser “suportado” por tecnologia, mas esta não pode substituí-
lo.

Desde o início da revolução industrial a história de sucesso dos


negócios tem sido a história do gerenciamento das transações com
tecnologia. Fabricantes produziram produtos de forma mais rápida e
mais eficiente e a integração das linhas de produção melhoraram os
processos ainda mais.

Hoje, cada vez mais a tecnologia da informação permite que se


obtenha o antes inimaginável. Qualquer computador pode ser
conectado a outro facilmente, até mesmo sem cabos permitindo a
navegação, para buscar e fornecer informações valiosas ao ser
humano e aos negócios. Ao mesmo tempo, na retaguarda, aplicações
(sistemas) podem trocar informações entre si utilizando protocolos
padrão para identificar os diversos tipos de dados disponíveis.

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O rápido avanço da computação está mudando radicalmente a
forma como fazemos negócios. O aspecto revolucionário não está
mais em “como fazemos as coisas”, i.e. utilizando a tecnologia
para incrementar tarefas e deixá-las mais confiáveis. Ele está nas
“coisas que fazemos”, ou seja: utilizando a tecnologia para
conduzir a estratégia dos negócios.

Isto tudo significa que a tecnologia tem mudado a própria


natureza dos negócios: a história de sucesso dos empreendimentos
tornou-se a história da administração da inteligência.

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Termos técnicos e siglas

BI – Business Intelligence: inteligência de negócios

Celular Wap: “WAP” é um protocolo de comunicação usado para


interoperabilidade entre em diversos dispositivos entre eles o telefone
celular.

Close-loop: O processo de retorno de uma transação que iniciou no


sistema de BI e retornou ao sistema de produção (ERP)

Cluster: Um grupo de dispositivos físicos controlados pelo mesmo


AMP.

Cubo offline: Cubo de dados que pode ser carregado em um


notebook ou desktop para acesso local a partir da estação e não do
servidor.

Data Marts: mercados de dados

Data Mining: mineração de dados

Data Warehouse: banco de dados orientado por assunto

DTS (Microsoft): Data Transformation Services (ferramenta de


extração de dados das origens)

EIS - Executive Information System: Sistema de informações


executivas

ERP: Enterprise Resource Planing

ETL: Extração, Transformação e Carga

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Ferramenta CASE: Computer Aided Software Engineering
(engenharia de software auxiliada pelo computador)

Insight: a compreensão intuitiva da situação do negócio através dos


dados obtidos

Key Performance Indicators: indicadores de desempenho

Login: a prática inserção de dados pessoas para habilitar a


entrada em sistemas e redes de computadores

PCP: Planejamento e Controle da Produção

ROI - Return on Investment: retorno sobre o investimento

SAD: Sistemas de Apoio a Decisão

Scorecard: Painel de Controle

SQL: Linguagem estruturada de consulta

Warehouse Builder (Oracle): Ferramenta de extração de dados da


origens

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Bibliografia

ARMOUR, Phillip G. The Five Orders of Ignorance. DATA

BARBIERI, C. Business Intelligence: Modelagem &


Tecnologia. Rio de Janeiro. Axcel Books, 2001.

INMON, W.H., TERDEMAN, R.H., IMHOFF, Cláudia. Como


Transformar Informações em Oportunidades de Negócios.
São Paulo. Editora Berkeley, Ano 2001.

KIMBALL, Ralph, REEVES, Laura, ROSS, Margy,


THORNTHWAITE, Warren. The Data Warehouse Lifecycle
Toolkit: Expert Methods for Designing, Developing and
Deploying Data Warehouses. New York. John Willey & Sons,
1998.

SERRA, Laércio. A Essência do Business Intelligence. São


Paulo. Editora Berkeley, Ano 2002.

Sutton, I Robert. Idéias Malucas que Funcionam. Editora


Campus, Ano 2002

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