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CAMPUS CUIABÁ – OCTAYDE JORGE DA SILVA

DEPARTAMENTO DA ÁREA DE CONSTRUÇÃO CIVIL

CURSO DE AGRIMENSURA SUBSEQUENTE

AUGUSTO JUNIOR GARCIA DA SILVA

DANIEL VALENTIM PARDAL DOS SANTOS

EDILENE VALENTIM PARDAL DOS SANTOS

FRANCISCO LEONARDO ROSA DE SOUZA

JONAS DANIEL DE AZEVEDO

Utilização do método VERAH e sistema de informação geográfica (SIG)


para análise e identificação de áreas adequadas para implantação de aterros
sanitários na região de Cuiabá- MT.

CUIABÁ – MT

2018
AUGUSTO JUNIOR GARCIA DA SILVA

DANIEL VALENTIM PARDAL DOS SANTOS

EDILENE VALENTIM PARDAL DOS SANTOS

FRANCISCO LEONARDO ROSA DE SOUZA

JONAS DANIEL DE AZEVEDO

Utilização do método VERAH e sistema de informação geográfica (SIG)


para análise e identificação de áreas adequadas para implantação de aterros
sanitários na região de Cuiabá- MT.

Trabalho apresentado ao Curso de Técnico de


agrimensura Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Mato Grosso como requisito à obtenção
do título de obtenção do grau de Tecnólogo em
Comunicação Institucional

Orientador: Sérgio Tavares Crecca

CUIABÁ – MT

2018
RESUMO:

Pretende-se com o presente projeto em estudo, fomentar a contribuição no


desenvolvimento de critérios consubstanciados pelas normas pertinentes em vigor no
nosso país correlacionadas as normas internacionais e atraves de critérios
geomorfológicos, geológicos e hodrológicos, possibilitar a disntinção, classificação e
determinação de possíveis áreas propicias a determinação de aterros sanitários, dada a
complexidade de gerenciamneto de resíduos sólidos.
Segundo dados do IBGE(2017), Cuiabá é uma cidade com cerca de 600
mil habitantes que não possui um aterro sanitário totalmente regularizado e isso acarreta
problemas ambientais e sociais para os moradores do município.
Através do método VERAH - O método de educação ambiental
denominado VERAH (V-Vegetação; E–Erosão; R-Resíduos; A-Água; H-Habitação) foi
criado pela Universidade Guarulhos-, buscamos entender por completo os problemas
gerados na capital do estado de Mato Grosso em relação à alocação dos resíduos no
aterro sanitário existente.
Este método abrange tanto a parte ambiental analisando as caracteristicas
dos solos, flora e água, como também analisa a situação sócio-econômica de moradores
de baixa renda que frequentam o local.
Assim, pretende-se utilizar o Sistema de Informação Geográfica (SIG) para
a identificação de áreas adequadas sob o ponto de vista técnico, ambiental e normativo
para implantação de aterros sanitários na região de Cuiabá- MT.
De forma metodológica, os procedimentos a serem adotados englobam
análises em pesquisa bibliográfica, cartográfica, consulta a normas e leis vigentes no
município subordinadas as normas do país e na utilização de Sistema de Informação
Geográfica para aperfeiçoar o processo de escolha de possíveis áreas para o fim
almejado. Este projeto visa estabelecer possíveis áreas propiciais para a implementação
do aterro sanitário.

Palavras-chave: Aterro sanitário, gestão ambiental, VERAH, SIG´S e gerenciamento


de resíduos sólidos..
SUMÁRIO
1. OBJETIVOS ................................................................................................2
1.1. OBJETIVOS GERAIS: ........................................................................................................ 2
1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:................................................................................................ 2

2. INTRODUÇÃO ...........................................................................................1
3. REVISÃO DE LITERATURA...................................................................3
4. LIXÃO. .........................................................................................................4
5. ATERROS SANITÁRIOS PARA RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS. .....4
6. ATERROS SANITÁRIOS MANUAIS. .....................................................4
7. ATERROS SANITÁRIOS ENERGÉTICOS. ..........................................4
8. ATERROS PARA RESÍDUOS PERIGOSOS ..........................................5
10. ATERROS SANITÁRIOS EM CUIABÁ ....................................................9
11. LICENCIAMENTOS AMBIENTAIS .....................................................11
12. IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS POR ATERRO
SANITÁRIO ..................................................................................................................13
13. UTILIZAÇÃO DE GEOPROCESSAMENTO COMO
FERRAMENTA NO DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ..............................................14
14. ANÁLISES DO ATERRO SANITÁRIO PELO MÉTODO VERAH ..15
15. VEGETAÇÃO ...........................................................................................15
16. EROSÃO ....................................................................................................18
17. ÁGUA .........................................................................................................20
18. METODOLOGIA......................................................................................21
19. CRONOGRAMA/RESULTADOS ESPERADOS .................................23
20. RESULTADOS ESPERADOS .................................................................23
21. REFERÊNCIAS ........................................................................................24
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – RESÍDUOS ENCONTRADOS NO LOCAL ................................15
FIGURA 2 - VEGETAÇÃO ATUAL .................................................................16
FIGURA 3 - ARBÓREAS, VEGETAÇÃO ATUAL ..........................................17
FIGURA 5 – SOLO .............................................................................................18
FIGURA 6 - SOLOS ...........................................................................................19
FIGURA 7 - CHORUME ....................................................................................20
1. OBJETIVOS

1.1. OBJETIVOS GERAIS:

Apresentar uma proposta para regularizar o aterro sanitário da cidade de Cuiabá-


MT, conciliando as exigências ambientais, trabalhistas e sociais. Envolvendo toda a
sociedade em tal iniciativa, dos politicos até a população que usa o lixão como fonte de
renda.

1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

 Identificar os problemas ambientais existentes nesta comunidade através de um


diagnóstico da realidade, saídas de campo e atividades desenvolvidas pela
comunidade escolar e local
 Realizar atividades ambientais com a finalidade de minimizar os danos causados
no ambiente e promover sua recuperação e preservação geral.
 Que o aterro evite a proliferação de vetores, risco a saúde publica e a degradação
ambiental.
 O aterro apresente drenagem das aguas pluviais.
 Que não se queime lixo, e nem produza mal odores.
 As estradas internas devem permitir o acesso a todos os pontos do aterro e que
suportem o transito de veículos, inclusive na chuva.
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2. INTRODUÇÃO

A administração do aterro precisa contar com o mínimo de aparelhagem para


atender os funcionários e usuários do empreendimento, tais como sanitários, escritório,
portaria, estacionamento que possa receber veículos leves e pesados, almoxarifado, da
mesma maneira que precisa possuir um pátio para armazenar matérias como pedras,
tubos, drenos, britas etc.
De acordo com Biana (2007) o não planejamento dos impactos ambientais
causados pelo aterro sanitario é um tema abordado dentro dos órgãos públicos e
entidades naõ governamentais de defesa ambiental. A identificação de locais para se
implantar aterros sanitários deve seguir critérios técnicos, econômico-financeiros e
políticos sociais em harmonia com a legislação ambiental vigente.
Toda entidade que destina-se ao acondicionamento de resíduos dentro do normas
ambientais, deve ter como base o plano de monitoramento das águas subterrâneas, para
preservar a qualidade da água.
Surge então a importância de estudos que viabilizem mecanismos e
metodologias para escolher o local adequado para implantação de aterros sanitários de
forma a minimizar os possíveis impactos ambientais do meio ambiente.
O estudo por essa metodologia propõe-se a contribuir no estabelecimento e
divulgação de critérios geomorfológicos, hidológicos e ambientais adequados a serem
escolhidos para a seleção da área do aterro sanitário, pois a etapa de escolha do local
propicio é considerada umas das mais difíceis no projeto.
Os depósitos são aplicados para a recepção e ordenamento dos resíduos da
construção civil. Sua estrutura é de um aterro simplificado, uma vez que esses resíduos
não são perigosos e são definidos como inertes.
Em conformidade com Nascimento (2001) esse estudo busca alcançar os
principais todos os temas que estão ligados direta ou indiretamente a disposição de
residuso e o que isso irá interferir com o meio físico, destacando a degradação do solo,
aguas, gerando chorume.
Desta forma, o tema versado se relaciona com a definição e discussão a respeito
das diversas classificações dos resíduos sólidos e a poluição ambiental do solo, dos
cursos d’água e águas subterrâneas acometidas pela disposição inapropriada desses
resíduos.
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O emprego de dispositivos computacionais, como o SIG para a análise e


subsequente escolha das áreas é indicado, já que estes são ágeis e eficazes na
diferenciação de áreas potencias. (SAMIZAVA et al, 2008).
Segundo Lima e Guimarães (2001), o SIG é capaz de fazer uma triagem de
locais adequados para a construção do aterro, eliminando áreas improprias para a
localização do aterro, sendo que essa triagem pode abranger um percentual de até 95%.
A utilização do SIG é baseada na análise de: informações espaciais, tais como mapas
temáticos, topográficos, hidrológicos, geológicos, hidrogeológicos, pedológicos e de
vegetação; informações descritivas, como laudos geotécnicos, sondagens, aspectos
geológicos, monitoramento de aquíferos.
Assim, espera-se minimizar os impactos ambientais e socioeconômicos nas
escolhas de áreas para implantação de aterros sanitários. Selecionando áreas
preliminares com a utilização dos SIGs, com as características necessárias exigidas
pelas Leis vigentes.
O aterro sanitário visa assegurar a acomodação de resíduos sólidos urbanos sem
causar danos à saúde publica e ao meio ambiente. O aterro é uma das técnicas mais
seguras e eficientes de alocar os resíduos, apresentando um melhor custo-benefício.
A Sociedade também tem sua parcela de responsabilidade na produção de lixos e
por isso deve participar das tentativas de resolver os problemas de resíduos. Isso torna
uma questão sociopolítica muito importante para o bem estar da população.
Segundo Guedes et. al. foi no decorrer do século XX que os grandes impactos do
desenvolvimento urbano se tornam mais evidentes. Devido ao grande desenvolvimento
econômico no pós-guerra, muitos impactos ambientais e desequilíbrios, que motivou a
elaboração do método VERAH, como analise e auxilio na execução projetos ligados a
gestão ambiental e social.
Este trabalho tem o objetivo de analisar o aterro sanitário de Cuiabá pelo método
VERAH. O VERAH (Vegetação, Erosão, Resíduos, Água, Habitação) é um método de
Politica Nacional de Resíduos sólidos – CONAMA.
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3. REVISÃO DE LITERATURA

Conforme Melo (20018) a disposição adequada dos Resíduos Sólidos Urbanos -


RSU é um dos grandes problemas enfrentados pelos municípios brasileiros, pois esta
exige gastos e conhecimento técnico que, na maioria das vezes, não estão disponíveis
nos municípios.
A destinação final dos RSU é um aspecto que demanda o envolvimento de
diferentes setores da sociedade, sob o ponto de vista técnico, social e político.
A seleção de área de um aterro requer um processo de avaliação para identificar
o local de disposição que melhor atenda às exigências legais e normativas e que
minimize impactos econômicos, sociais e ambientais.
Desta forma, diversos são os fatores a serem analisados para a seleção de uma
área adequada (SIDDIQUI, EVERETT, VIEUX, 1996). De acordo com Portal Resíduos
Sólidos (2013) um dos requisitos para o cumprimento da Lei 12.305/2010 (Política
Nacional de Resíduos Sólidos) é a escolha de áreas favoráveis para a destinação
ambientalmente adequada de resíduos sólidos.
Segundo o mesmo Portal, essa escolha deve obedecer a uma série de critérios
para ser aprovada, desta forma, a escolha de um local para a implantação de um aterro
sanitário não é tarefa simples, devido ao alto grau de urbanização das cidades, associado
a uma ocupação intensiva do solo, restringindo a disponibilidade de áreas próximas aos
locais de geração de resíduos e com as dimensões requeridas para se implantar um
aterro sanitário que atenda às necessidades dos municípios.
A Resolução CONAMA Nº 001, de 23 de janeiro de 1986 em seu Artigo 5º diz
que: “O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, em especial os
princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente,
obedecerá às seguintes diretrizes gerais”.
I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto,
confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto;
II - Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas
fases de implantação e operação da atividade;
III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada
pelos impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os
casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza;
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lV - Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em


implantação na área de influência do projeto, e sua compatibilidade.
Para Nascimento 2001, a escolha deve atender: ao planejamento do
desenvolvimento econômico, social e urbano da região, as diretrizes fixadas para uso e
ocupação do solo, a legislação vigente, a proteção da saúde pública e a defesa do meio
ambiente: sustentabilidade. Assim, de acordo com Biana (2007) como já estudado em
outros trabalhos acerca do tema, os procedimentos empregados envolvem a edição e
manipulação de dados cartográficos e temáticos, a definição de parâmetros de restrição
e sobreposição topológica, desenvolvidos no âmbito de um Sistema de Informação
Geográfica para respeitar as leis e normas vigentes acerca da do tema do projeto.
Há uma variedade de aterros sanitários que são definidos de acordo com a sua
finalidade e com o tipo de material que o mesmo recebe. A seguir algumas definições:

4. Lixão.

Segundo Lanza (2009) Lixão é um método utilizado quando o município sofre


com restrições orçamentárias, com ausência de uma política ambiental satisfatória ou
um descaso das autoridades competentes. São lixões a céu aberto, em sua maioria sem
regulamentação, onde ocorre a degradação do local. Ainda facilita a entrada de animais
vetores de doenças e gera a poluição do ar, água e solo.

5. Aterros sanitários para resíduos não perigosos.

Os aterros sanitários para resíduos não perigosos são obras pré-projetadas que
mudaram a topografia do terreno para melhor adequação dos resíduos. Nesses aterros
constam drenagens pluviais, delimitação e controle de pessoas e veículos.

6. Aterros sanitários manuais.

São construídos geralmente em cidades com pequena demanda com no máximo


20.000 habitantes ou 10 toneladas diárias. As operações de movimento, transporte e
acomodação do lixo são realizadas manualmente com carrinho de mão, pás e picaretas.

7. Aterros sanitários energéticos.


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São aterros que se concentram na coleta dos gases produzidos, através de


tubulações que captam o gás, e em seguidas o purificam retirando o CO2 e armazenado
o gás metano já purificado.

8. Aterros para Resíduos Perigosos

São aterros que estão preparados para lidar com resíduos que possuem riscos
para a população ou para o meio ambiente, mais um risco considerado baixo a principio,
desse modo o lixo pode ser coletado, estocado, transportado e disposto da mesma
maneira que outros resíduos não perigosos originários das residências.

9. As implicações da não existência de um aterro sanitário em uma cidade

A principal preocupação com relação ao sistema de coleta de lixo de Cuiabá é a


destinação. Os dois aterros sanitários da capital estão praticamente com a capacidade
esgotada, além das péssimas condições em que se encontra. O local onde são despejados
os resíduos não existe a mínima estrutura para os recebe, que de acordo com Lei de
Crimes Ambientais nº 9.605 de 1998 a disposição inadequada dos resíduos sólidos –
seja na água ou no solo é crime, podendo vim à paga multa por essa ação.

De acordo com Luciana Souza, “Detectamos que até o ano de 2036 será
produzida na capital mais de 770 toneladas dia de lixo. Um crescimento de 170
toneladas a mais que a atual. Imagina tudo isso sendo conduzida de maneira inadequada
dentro da nossa capital, gerando mais danos a população. Danos esses , que se tratados
antes, evitam os gastos com internações por doenças causada por impacto ambiental,
entre outros. Isso nos traz uma economicidade grande, que poderá ser aplicação no
social; na melhoria estrutural e equipamentos da própria saúde”, ressaltou.

O fato de lixo estar sendo jogado de forma irregular no aterro sanitário pode
ocasionar vários problemas, tanto para o meio ambiente quanto para a população. No
meio ambiente este acumulo de lixos podem causar grandes danos à natureza como:

 Deslizamento de encostas;
 Assoreamento de mananciais;
 Enchentes;
 Estragos na paisagem.
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O lixo acumulado produz um liquido denominado de chorume, esse possui


coloração escura com cheiro desagradável, a substância gerada atinge as águas
subterrâneas (aquífero, lençol, freático) contaminando-os.

Os lixões retratam além dos problemas ambientais os sociais, a parcela da


sociedade excluída que busca nesses locais materiais para vender (papéis, plásticos,
cobres, alumínios entre outros), ou até mesmo buscam alimentos para seu consumo,
muitas vezes estes estão estragados e contaminados, demonstrando o ápice da
degradação humana.
Figura 1: Coleta de Materiais Recicláveis

Fonte: Fotografia realizada em Aterro Sanitário - Cuiabá, pelos discentes de Agrimensura/2018.

O contato direto da população com estes dejetos, podem ocasionar contaminação


de vários tipos de doenças, como, doenças transmissíveis por urina de insetos, ou
podem se contaminar com material hospitalar contaminados, descartados no aterro, ou
pelo fato de sofrerem acidente no local da coleta e contrair infecções que muitas vezes
não tem cura e levam a óbito.

Quais os requisitos necessários e suficientes para implantação de um aterro


sanitário

A criação de um aterro sanitários em grandes cidades necessita seguir varias leis


e normas.
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O CREA-PR (2009) lançou o guia para a elaboração de projetos de aterros


sanitários. Para a escolha da área o CREA-PR analisa:

Atributos antropomórficos como: legislação municipal de planejamento e


legislação ambiental municipal.

Localização: distâncias de rodovias, distâncias de núcleos populacionais ou


áreas urbanas mais próximas, distâncias de aeroportos e aeródromos, acessibilidade,
local com valor histórico, cultural ou arqueológico.

Atributos físicos: Localização: morros, montanhas, manguezais, dunas,


chapadas, cabeceiras de drenagem.

Relevo: declividade do local, recursos hídrico superficiais mais próximos, classe


do recurso hídrico mais próximo, vida útil, área disponível.

Atributos bióticos: Flora e fauna, cobertura vegetal, habitat de espécies


ameaçadas.

Para o atendimento desses quesitos, o estudo da área deve passar por uma
triagem mais aprofundada.

Parâmetros de triagem: uso do solo, unidades de conservação; localização de


linhas de comeada, localização de cabeceiras de drenagem; local com declividade
superior a 30%, localização a menos de 20 Km de aeroportos e 13 Km de aeródromos;
área disponível menor ou igual a 1 hectare; área com vegetação arbustiva em estagio
avançado de regeneração; presença de espécies com risco de serem extintas. Menor
impacto visual em virtude da alteração da paisagem local; menor poluição atmosférica
em virtude da propagação de gases na direção populacional, direção dos ventos
predominantes, existências de barreiras à propagação. Preservação de recursos hídricos,
classe dos recursos hídricos superficiais mais próximos, números e distancia dos
recursos hídricos próximos a área; profundidade do lençol freático, permeabilidade do
solo, espessura do solo, capacidade de troca catiônica, vulnerabilidade dos recursos
hídricos. Menor poluição sonora, existência de barreiras à propagação de som. Melhores
condições de acesso, tempo de descarga estimado, menor custo com o transporte de
resíduos e especulação econômica do local.
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Segundo CREA-PR (2009) no projeto de aterro sanitário devem ser


considerados os seguintes quesitos: drenagem de agua superficiais; sistema de coleta e
remoção de líquidos percolados e impermeabilização do aterro.

Drenagem de águas superficiais: deve constar em todos os projetos de aterro um


sistema de drenagem de águas superficiais, que devem desviar as águas que escoariam
para a área do aterro, impedindo que se infiltrem nos resíduos. No dimensionamento do
sistema deve ser considerado o tempo de retorno de pelo menos 5 anos.

Impermeabilização do aterro: Quando o nível do lençol freático for muito alto, o


subsolo apresentar estrutura muito arenosa e permeável ou as condições climáticas não
forem muito adequadas, faz-se necessário a impermeabilização do aterro. Se a
impermeabilização atingir apenas a superfície inferior do aterro, deverá ocorrer um
sistema de coleta posteriormente, bem como a remoção e tratamento de líquidos
percolados.

Sistema de coleta e remoção de líquidos percolados: o sistema deverá possuir


declividade mínima de 1% em todos os pontos para que os líquidos escoem em direção
ao tanque de coleta. Os tanques devem apresentar fácil acesso para a retirada dos
líquidos, caso as bombas estejam inoperantes ou com mau funcionamento. Os tanques
devem apresentar volume maior que os líquidos percolados esperados num período de
três meses. Os líquidos percolados, após passarem pelos sistemas de tratamento, devem
ser descartados em corpos receptores, capazes de dispersar as concentrações de
contaminantes porventura existentes.
Para o funcionamento do aterro deve ser implementado um rígido controle das
operações como: existência de um profissional capacitado, encarregado de controlar e
fiscalizar as operações, e que conheça completamente quais são os resíduos a serem
depositados, assim como a área disponível; demarcação dos locais para recebimento,
estocagem e disposição dos resíduos.

O aparato de compactação deve ser adequado para a demanda e método de


operação do aterro sanitário, devendo sempre estar disponível no local e sofrer uma
manutenção periódica. Geralmente, são utilizados tratores de esteira providos de lâmina
para espalhamento, compactação e recobrimento dos resíduos e rolos compactadores
especialmente projetados para a compactação de resíduos sólidos.
Sistema de drenagem de gases: A decomposição do lixo produz gases, entre eles
o gás carbônico (CO²) e o metano (CH4), que é inflamável. O aterro deve ser construído
de maneira a minimizar as emissões gasosas e subsequentemente fornecer a captação e
tratamento dos gases emanados. O sistema deve ser monitorado initerruptamente, assim
mantendo os queimadores sempre acessos.
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Sistema de monitoramento ambiental: O aterro sanitário deverá seguir o plano de


monitoramento das aguas subterrâneas, para que a qualidade da agua seja preservada.
Uma rede de pontos e marcos georreferenciados terá que ser criada com a finalidade de
monitorar o comportamento geotécnico da massa de resíduos.

10. ATERROS SANITÁRIOS EM CUIABÁ

Em 2016 seguindo critérios expedidos pela Secretaria de Estado de Meio


Ambiente de Mato Grosso (SEMA), o estudo para criação de um novo aterro sanitário
para a cidade de Cuiabá apresentou três áreas para futura construção do novo aterro.
Essas áreas seguem os critérios de distância de centro urbanos ou núcleos habitacionais,
aeroportos, vilas públicas, zoneamento, corpos de água.
A primeira área está localizada na Estrada da Guia, km 24 e têm 9 hectares. A
segunda na Rodovia BR 364 - Presidente Juscelino Kubitschek, próximo ao km 382 e
possui 341 hectares. Já a terceira, abriu-se a possibilidade para a construção na atual
área, localizada na Estrada Balneário Letícia, s/nº, Quilombo, próximo à Lagoa Bonita,
Garimpo do Mineiro, com 63 hectares. Todas as áreas apresentadas, como citadas no
estudo, atendem os critérios, sendo agora analisadas as definições de influencia indireta,
direta e afetada, levando em considerações os meios físico, biótico e socioeconômico.
Após análise das três áreas apontadas pelo estudo para construção do novo
aterro, decidiu-se pela terceira opção, que é a atual área de funcionamento do aterro.
A área foi escolhida por motivos de diminuição do impacto ambiental, maior
economia, pois a áera já pertence à prefeitura e por proximidade da cidade. De acordo
com o então procurador geral da capital, Rogério Gallo, Cuiabá produz cerca de 600
toneladas de lixo ao dia.

O aterro sanitário deve contar com todos os elementos de proteção ambiental:

 Sistema de impermeabilização de base e laterais;


 Sistema de recobrimento diário dos resíduos;
 Sistema de cobertura final das plataformas de resíduos;
 Sistema de coleta e drenagem de lixiviados;
 Sistema de coleta e tratamentos dos gases;
 Sistema de drenagem superficial;
 Sistema de tratamento de lixiviados;
 Sistema de monitoramento.
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De acordo com a NBR 13896/1997 da ABNT, recomenda-se a construção de


aterros com vida útil mínima de 10 anos. O seu monitoramento deve prolongar-se, no
mínimo, por mais 10 anos após o seu encerramento.

De acordo com a uma pesquisa realizada pela prefeitura do município de Cuiabá


hoje são produzida cerca de 600 toneladas de lixo por dia, número esse que tende a
crescer para 770 toneladas até o ano de 2036, um crescimento de 170 toneladas a mais
que a atual. A questão preocupante para a população é onde depositar todos esses
resíduos produzidos? Cuiabá hoje dispõe de dois aterros sanitários, porém se encontra
com sua capacidade praticamente esgotada e sem a devida estrutura para continuar
recebendo essas toneladas de dejetos.

Em uma visita realizada pelos alunos do Instituto Federal de Educação, ciências


e tecnologia de Mato Grosso (IFMT) ao aterro sanitário de Cuiabá, poderão observar a
falta de infraestrutura para receber esses resíduos. A área destinada ao aterro sanitário
hoje é uma área extensa e distante da urbanização, que é requisito importante para
implantação do mesmo, e que comporta todos resíduos produzidos na capital, porém a
falta de infraestrutura, fiscalização e diria até mesmo a falta de interesse pelos nossos
representantes de fazer com que esse projeto funcione é um descaso total com a
população e principalmente com os seres humanos que sobrevivem e sustentam sua
família com o salário obtido através da venda dos materiais recicláveis coletados no
lixão.
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Figura 2: Resíduos em local impróprio

Fonte: Fotografia realizada em Aterro Sanitário - Cuiabá, pelos discentes de Agrimensura/2018.

Os caminhões que chegam para descarregar os seus resíduos, “vão


descarregando em qualquer lugar, em que, consegue manobrar e arremessar seus
dejetos” deixando estes resíduos a céu aberto. Estes lixos são acumulados em fração de
segundos, dai surgem a aglomeração de insetos, pássaros e pessoas que coletam seus
materiais recicláveis para comercializa-los.

A falta de um local devidamente preparado para receber estes resíduos, e a falta


de controle e acompanhamento nesse processo tem ocasionado problemas para o meio
ambiente e para as pessoas que dependem deste meio. Com o acumulo destes lixos
orgânicos e inorgânicos são produzido um liquido nomeado de chorume, esse possui
coloração escura com um cheiro desagradável, a substância produzida atinge as águas
subterrânea (aquífero, lençol, freático) causando a contaminação de nossas águas.

11. LICENCIAMENTOS AMBIENTAIS

Para que possa se torna regular é necessário obedecer todos os trâmites exigidos
pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), obedecendo aos seguintes
critérios:
 Estudos de três áreas possíveis para a implantação do futuro aterro.
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 Seleção de uma das três áreas estudadas


 Elaboração do EIA e acompanhamento do órgão estadual competente
 Elaboração do RIMA
 Audiência publica
 Obtenção de licença
 Elaboração do projeto executivo de engenharia
 Implantação do aterro
 Obtenção de licença de operação

Segundo Elk (2007) o aterro sanitário para ser implantado necessita seguir
normas no âmbito municipal, estadual e nacional. No âmbito federal o órgão
responsável por regular essa atividade é o Conselho Nacional de Meio Ambiente
(CONAMA), que possui as seguintes resoluções:
Resolução CONAMA 01/1986 – define responsabilidades e critérios para a
Avaliação de Impacto Ambiental e define atividades que necessitam do Estudo de
Impacto Ambiental (EIA), bem como do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA).
Resolução CONAMA 237/1997 – dispõe sobre o sistema de Licenciamento
Ambiental, a regulamentação dos seus aspectos como estabelecidos pela Política
Nacional do Meio Ambiente.
Resolução CONAMA 308/2002 – estabelece as diretrizes do Licenciamento
Ambiental de sistemas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos gerados em
municípios de pequeno porte.
O CONAMA ainda recomenda:
Delimitação e cerca da área para evitar entrada de animais e pessoas.
Cobertura final dos resíduos expostos com uma camada de solo argiloso de 0,50
m de espessura e uma camada de solo vegetal de 0,60 m de espessura sobre a camada de
argila Elk (2007);
Possibilidade de reflorestamento de espécies nativas de raízes curtas e
gramíneas;
Instalação de poços a montante e a jusante do lixão para averiguação da
qualidade da água;
Execução de um ou mais poços verticais para a drenagem de gases;
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Promoção do cadastramento dos catadores, de forma a conhecer o perfil de cada


um;
Estudo e implantação de alternativas de emprego e renda para os catadores,
retirando os da frente de trabalho irregular e insalubre.

12. IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS POR ATERRO SANITÁRIO

O material depositado nos aterros sanitários podem acarretar sérios problemas de


saúdes pública e ambiental como a poluição do solo e água devido o derramamento de
chorume, assim como a emissão de gases poluentes e de odor desagradável, atraindo
animais vetores de doenças.
A poluição da parte superficial da crosta terrestre, causa sérios problemas
diretamente, depositando elementos químicos tóxicos no solo, alterando de forma
negativa a estrutura físico-quimica do terreno, dificultando a vida microbiologia, e a
germinação de qualquer individuo vegetal, bem como o seu posterior desenvolvimento.
Isso dificulta a relação entre fauna e flora, tornando o local desabitado.
As principais causas da poluição do solo são: o acúmulo de lixo sólido, como
embalagens de plástico, papel e metal, e de produtos químicos, como fertilizantes,
pesticidas e herbicidas.
O plástico pode levar 450 anos para se decompor, além de derivados de
borrachas e vidros como pneus e garrafas que possui um período indeterminado de
decomposição.
A poluição da água prejudica a saúde, gera condições adversas as atividades
sociais e econômicas, dificulta o desenvolvimento da biota. Pode diminuir a presença de
oxigênio dissolvidos, podendo causa uma série de doenças como: meningite, desinteria,
Hepatite A e B, cólera, lepra e ainda conter parasitas.A água com alto índice de metais
pesados pode causar tumores hepáticos e de tiroide e diarreia sanguinolenta.
Em termos sociais, o aterro sanitário provoca mudança em duas frentes. A
primeira é tornando o local isolado e inadequado no ponto de vista de crescimento da
construção civil e habitação, mas por outro lado, atrai uma população de baixa renda,
que procura ali matérias para a reciclagem e obtém assim uma forma de renda.
O local onde hoje está implantado o aterro sanitário em Cuiabá fica em uma
região distante do centro urbano, tendo ao seu redor poucos habitantes, conforme
ilustrado no anexo a seguir.
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13. UTILIZAÇÃO DE GEOPROCESSAMENTO COMO FERRAMENTA NO


DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

A utilização do Sistema de Informações Geográficas (SIG) no apoio à tomada de


decisões tem possibilitado uma maior versatilidade nas análises das informações que
são geradas com o uso dessa ferramenta (SCHALLENBERGER, 2012).

Medeiros, 2014, aponta pelo menos quatro grandes problemas enfrentados nos
estudos ambientais, onde o impacto do uso da utilização de sistemas de informação
geográfica (SIG) é grande, sendo eles: Mapeamento temático, Diagnóstico Ambiental,
Avaliação de Impacto Ambiental, Ordenamento Territorial e os Proagnósticos
Ambientais. Nesta visão, os estudos de Mapeamento Temático visam a caracterizar e
entender a organização do espaço, como base para o estabelecimento das bases para
ações e estudos futuros.
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14. ANÁLISES DO ATERRO SANITÁRIO PELO MÉTODO VERAH

15. Vegetação

Onde os resíduos estão localizados não existe vegetação e sim ao redor do


aterro.
Figura 3 – Resíduos encontrados no local

Fonte: Fotografia realizada em Aterro Sanitário - Cuiabá, pelos discentes de


Agrimensura/2018.

A vegetação possui uma predominância de árvores de 5 a 15 metros, uma


abertura de dossel que possibilita a entrada de luz e espaço. Algumas espécies
secundárias já se encontram bem desenvolvidas no sub-bosque e uma cobertura do solo
por gramíneas e arbusto.
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Figura 4 - Vegetação atual

Fonte: Fotografia realizada em Aterro Sanitário - Cuiabá, pelos discentes de


Agrimensura/2018.

Pelas características ecológicas da floresta que rodeia o aterro, ela pode ser
classificada como Capoeira Alta. A presença de plantas ao redor aumenta a umidade
relativa, temperatura mínima, o teor de matéria orgânica, nutrientes disponíveis,
quantidade de agregados estáveis contra a ação da água que pode dispersar os resíduos e
ainda aumenta a velocidade de percolação da água. Por outro lado, a vegetação ajudará
a diminuir a insolação no solo, evaporação, as variações de temperatura na camada
superficial do solo, a temperatura média anual do sítio, as flutuações no teor de umidade
dos horizontes superiores do solo.
Por estar localizado na região centro-oeste, a vegetação no bioma de cerrado
(savana) que tem árvores agrupadas ou separadas, baixas e tortuosas.
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Figura 5 - Arbóreas, vegetação atual

Fonte: Fotografia realizada em Aterro Sanitário - Cuiabá, pelos discentes de


Agrimensura/2018.

As árvores têm caules retorcidos e raízes longas, que permitem a absorção da


água disponível nos solos do cerrado abaixo de 2 metros de profundidade, mesmo
durante a estação seca do inverno.
Dependendo de sua concentração e das condições de vida do lugar, pode
apresentar mudanças diferenciadas denominadas de cerradão e cerrado (latu sensu),
intercalado por formações de florestas, várzeas, campos rupestres e nas matas de
galeria aparecem por vezes as veredas.
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Figura 6 - Vegetação

Fonte: Fotografia realizada em Aterro Sanitário -


Cuiabá, pelos discentes de Agrimensura/2018.

16. EROSÃO

O solo apresenta uma coloração avermelhada, cor essa que normalmente indica a
presença de ferro no solo, isso pode representar um terreno bom para plantação.
Figura 7 – Solo

Fonte: Fotografia realizada em Aterro Sanitário - Cuiabá, pelos discentes de


Agrimensura/2018.
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O local do aterro sanitário apresenta um solo argiloso. O solo argiloso é menos


permeável e, por isso, armazena mais água. Além disso, tem grande quantidade de
óxidos de alumínio e de ferro. A terra roxa, boa para a prática da agricultura, encontrado
na região da baixada cuiabana e muito relacionado a alguns tipos de plantações. Por ser
um solo argiloso, ele dificulta muito a ocorrência de erosão, pois o solo argiloso possui
porosidade e permeabilidade adequada para evitar a lixiviação exacerbada dos materiais
presentes no solo, que geram erosão.
A porosidade se refere à porção do espaço ocupado por líquidos e gases em
relação à massa do solo, ou seja, diz respeito aos “vazios”. Essa característica resulta em
maior ou menor circulação de água no solo. Se há mais poros, a penetração da água é
maior e alcança camadas mais profundas, o que diminui a umidade do solo, enquanto a
permeabilidade do solo está diretamente relacionada à porosidade, pois diz respeito à
condição da água de circular pelo solo.

Figura 8 - Solos

Fonte: Fotografia realizada em Aterro Sanitário - Cuiabá, pelos discentes de


Agrimensura/2018.

O solo possui uma estrutura física adequada para a implantação do aterro, ou


seja, o risco de uma erosão transcorrer no local é muito pequeno.
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17. ÁGUA

Há uma área presente no aterro sanitário, que são utilizados para o


armazenamento do chorume produzido.

Figura 9 - Chorume

Fonte: Fotografia realizada em Aterro Sanitário - Cuiabá, pelos discentes de


Agrimensura/2018.

Um aterro sanitário exige um cuidado extremo com a efetividade da


impermeabilização do solo, para evitar a contaminação do meio ambiente. Um dos
materiais produzidos no aterro é o liquido percolado, este fluido é o resultado da água
da chuva e do chorume produzido pela decomposição do lixo ali presente. O sistema de
drenagem diminui a chance de vazamento para o subsolo, devido à redução da pressão
sobre a massa do lixo.

O aterro pode ser vulnerável a movimentação de maquinas e caminhões,


necessitando uma proteção mecânica, geralmente construída com solo argiloso.
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18. Metodologia

Os procedimentos metodológicos adotados englobam análises em pesquisa


bibliográfica, cartográfica, consulta a normas e leis vigentes e na utilização de Sistema
de Informação Geográfica para aperfeiçoar o processo de escolha de possíveis áreas
para implantação de aterros sanitários. Foi escolhida como sede de estudo o município
de Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, de acordo com fontes do Instituto
Brasileiro de Geografia e estatística - IBGE localiza-se a15º35’46”S; 56º05’48”W e
Altitude de 176 metros, Área 3.291,812km², sendo seus principais Biomas o Cerrado e
Pantanal. De acordo com o censo demográfico de 2017, possui uma população de
aproximadamente 600.00 habitantes.

Em linhas gerais, a seleção do material bibliográfico e consulta a normas e leis


serão organizadas de forma a auxiliar o texto no que se refere à parte conceitual das
características geoambientais da área de estudo que são os aspectos geológicos,
geomorfológicos, pedológicos, climáticos e vegetacionais, para tornar-se possível
compreender a gênese e a evolução das paisagens, e com isso, os potenciais e as
limitações para o seu uso sustentável para assim se utilizar das aplicações das técnicas
de geoprocessamento.

O levantamento cartográfico será em digital ou de acordo com a necessidade da


pesquisa, com o arquivo digital obtido por pesquisas no SIGWEB Google Earth. O
material de estudo deve ser adquirido pela digitalização do material cartográfico
retirado na CPRM – Serviço Geológico do Brasil, IBGE – Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística entre outros sites que disponibilizem as informações necessárias
para a pesquisa. Este levantamento cartográfico será organizado para obter informações
fisiográficas da área pesquisada.

Serão utilizados os sistemas de informação geográfica para analisar e modelar os


dados Espaciais com as técnicas apropriadas para manipular esses conjuntos de dados.

Com objetivo de integrar as informações espaciais provenientes dos dados


cartográficos, dados de censo e cadastro urbano e rural, imagens de satélite, redes e
modelos numéricos de terreno e também oferecer mecanismos para combinar as várias
informações, bem como para consultar, recuperar, visualizar e plotar o conteúdo da base
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de dados georrefenciados, excluindo assim, áreas com restrições para implantação do


aterro, com utilização do programa ArcGis 10.3, sendo os mapas gerados em
coordenadas UTM, na projeção SIRGAS2000.
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19. Cronograma/Resultados Esperados


5.1. Cronograma

ANO/MÊS 2018 2019


J F MA MJ J A S O N D J F MA MJ J A S O N D
ATIVIDADES
Pesquisa bibliográfica X X X X X X X X X X X X X X X
Coleta de dados - Pesquisa X X X X X X X
documental
Coleta de dados - X X
Entrevista estruturada.
Depoimentos X X
Análise e interpretação X X X X
dos dados
Elaboração da redação X X X X X X X
provisória
Discussão e reformulação X X X
da redação
Redação definitiva X X X X X

20. Resultados Esperados

Ao final do projeto, espera-se identificar áreas potenciais para a instalação de


aterros sanitários, e ainda demonstrar de forma prática que os SIG's podem ser
empregados para as soluções de problemas ambientais.
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21. Referências

BIANA, S.M.S.; Seleção de Áreas para Implantação de Aterro Sanitário no Municí


pio de Campina Grande – PB; Universidade Federal da Paraíba, Campina Grande, 2007.
Disponível em: <http://www.prpg.ufpb.br/prodema/novosite/smartgc/uploads/arquivos/
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em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html>. Acesso em: 2016-
06-08.
MARQUES; M. D. Seleção de Área para Implantação de Aterro Sanitário Simplific
ado – Estudo de Caso para Município de Guapó – GO, Goiânia, 2011. Disponível em: <
https://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/621?locale=pt_

MELO, L., Seleção e Hierarquização de Áreas para Implantação de Aterro Sanitári


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de Aracaju (SE). Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação e
m Recursos Hídricos e Saneamento da Universidade Federal de Alagoas. 161 p. Maceió
, 2008. BR>. Acesso em: 2016- 06-08.
NASCIMENTO, Maria Cândida Barbosa; Seleção de sítios visando à implantação
de aterros sanitários com base em critérios geológicos, geomorfológicos e hidrológicos.
2001. Dissertação (Mestrado em Recursos Minerais e Hidrogeologia) - Instituto de Geo
ciências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001. Disponível em: <http://www.tese
s.usp.br/teses/disponi veis/44/44133/tde-05102015-145501/>. Acesso em: 2016-06-11.

PRS, Portal Resíduos Sólidos; Aterro Sanitário, 2013. Disponível em:


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, 200
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NASCIMENTO, Maria Cândida Barbosa; Seleção de sítios visando à implantação
de aterros sanitários com base em critérios geológicos, geomorfológicos e hidrológicos.
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BORGES, T. M.; VIMIEIRO, G. V.; CATAPRETA, C. A. A. Guia para


monitoramento ambiental em aterros sanitários. Engenheira Sanitarista e Ambiental
(CEFET MG). 2016.

CARVALHO, E. M. A. Análise Diagnóstica sobre a Gestão dos Resíduos


Sólidos: um Estudo de Caso no Aterro Sanitário de Cuiabá – MT, 2008.

ELK, A. G. H. P. V. Mecanismo de Desenvolvimento limpo aplicado a


resíduos sólidos: Redução de emissões na disposição final. Rio de Janeiro: IBAM,
2007.
GUEDES, R. C. de M.; OLIVEIRA, A. M. dos S.; GUEDES, I. C. Análise
geoambiental de educação ambiental VERAH.

LANZA, V. C. V. Caderno Técnico de reabilitação de áreas degradadas por


resíduos sólidos urbanos - Belo Horizonte: Fundação Estadual do Meio Ambiente:
Fundação Israel Pinheiro, 2009.

LAUREANO, A. T. Estudos geofísicos no aterro sanitário de Cuiabá – MT.


Dissertação (mestrado) – Instituto de Ciências Exatas e da Terra, Programa de Pós-
graduação em Física e Meio Ambiente, Universidade Federal de Mato Grosso, 2007.

OBLADEN, N. L.; OBLADEN, N. T. R.; BARROS, K. R de. Guia para


elaboração de projetos de aterros sanitários para resíduos sólidos urbanos. Vol. II.
Paraná. 2009.
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PEREIRA, A. V. R. P.; SOARES, S. B.; PEREIRA, S. W; Definição de


critérios para avaliação de sistemas de disposição final de resíduos sólidos urbanos
no estado de Santa Catarina. Santa Catarina. 2004.

SOUZA L. PREFEITURA APRESENTA ESTUDO AMBIENTAL PARA


CONSTRUÇÃO DE NOVO ATERRO SANITÁRIO, 2016. Cuiabá. Acesso em: 24
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apresenta-estudo-ambiental-para-construcao-de-novo-aterro-sanitario/13484>.

SCHALLENBERGER, L. F. A. Mapeamento das Áreas de Risco da Região


Urbana de Santa Maria – RS In: 3º Congresso Internacional de Tecnologias para o
Meio Ambiente. 2012. Bento Gonçalves – RS – Brasil. Anais... Bento Gonçalves, 2012.
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APÊNDICE A
QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO AMBIENTAL – VERAH
BAIRRO:
1 - Quantos funcionários são registrados no local? 2 - Em média qual o valor salarial dos funcionários
registrado?
( )1-3
( ) Um salario mínimo.
(x)4-7
( x ) Um salario e meio.
( ) 8 - 12
( ) Dois salario mínimos.
( )13 – 16
( ) Acima de quatro salários mínimos.
( )20 ou mais.

3 - Quantas toneladas de lixo são recebidas no 4 - Quais os tipos de tratamento no local?


local? R: O único tratamento verificado local é a coleta
R: O aterro sanitário recebe por dia em media de do chorume, realizado através de um dreno que
600 t de lixos orgânico e inorgânico, são direciona o mesmo para um recipiente
aproximadamente 30 caminhões circulando o impermeabilizado, onde fica a céu aberto.
local.

5 - Quais os tipos de resíduos são recebidos no 6 - Em média quantos catadores fazem coleta no
local? local?

R: São depositado no local lixos de todas as R: No local trabalham duas cooperativas:


espécies, mas os lixos coletados pelos catadores Cooperativa União e Cope Mar. Partes dos
são: PETs, PAD ( material fino, latinha e etc). catadores que trabalham no local são terceirizadas
por elas, outras partes são autônomas, coletas seus
materiais e vendem para empresa de reciclagem,
chegando a faturar por dia em torno de 100 reais.

7 - Qual o maior nível de escolaridade entre os 8 – Existe alguma separação dos resíduos antes do
funcionários? acondicionamento ?

( ) Nível fundamental incompleto (x) Sim. Quais:

( ) Nível fundamental completo Separa o orgânico do inorgânico.

( ) Nível médio incompleto ( ) Não

( ) Nível médio completo


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( ) Nível superior incompleto

( ) Nível superior completo

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