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Esse equipamento, quando ligado a uma instalação, tem como função permitir o
funcionamento de outros aparelhos conectados ao mesmo ou em outro circuito elétrico
que estejam ligados ao relé, devido a uma alteração nas condições do equipamento pela
passagem da corrente elétrica. Funciona como uma chave automática comutadora que
atua pela alteração de algumas variáveis predeterminadas como temperatura, corrente
elétrica, ar e campo magnético.
Com funcionamento simples, mas de vital importância para a atuação dos equipamentos
elétricos, os relés eletromecânicos, baseados no princípio eletromagnético, são
compostos, de modo geral, por um eletroímã, em forma de bobina; uma armadura
metálica, que possa ser atraída pelo campo magnético criado pelo eletroímã; uma mola e
um conjunto de contatos elétricos, que serão abertos, fechados ou comutados, conforme
a configuração de cada relé. Quando a corrente elétrica percorre a bobina e dá origem a
um campo magnético, a armadura é atraída por essa força que altera a posição dos
contatos, abrindo, fechando ou comutando, dependendo da posição e do tipo de relé,
fazendo o dispositivo atuar. Quando a corrente da bobina é interrompida, o campo
magnético se anula e os contatos, pela ação da mola, retornam à posição original.
A exemplo dos outros tipos, os relés podem ser construídos com princípio de atuação
térmica, pneumática ou de impulso. Nesse caso, outras variáveis são responsáveis pela
operação do dispositivo. No relé térmico, como citado por Correa, ao invés de a ação do
campo magnético ser a responsável pela operação do aparelho, é a temperatura que o
faz. Quando uma determinada temperatura predefinida é atingida, o relé dispara. Essa
elevação térmica pode ser provocada, por exemplo, por uma corrente de sobrecarga ou
de curto-circuito.
Nesse tipo de dispositivo, o elemento sensor da temperatura é uma lâmina bimetálica,
composta por dois ou mais metais trefilados com diferentes coeficientes de dilatação.
Quando os metais são aquecidos, eles dilatam de maneira diferente entre si, provocando
uma deformação entre as lâminas. Essa deformação faz com que o bimetal seja curvado,
os contatos móveis alteram suas posições iniciais e o relé atua.
Existem ainda os relés de impulso que são uma variação de um relé eletromagnético.
Com o mesmo funcionamento de um dispositivo eletromecânico, o de impulso não
necessita que bobina fique sempre energizada para mudar o estado de seus contatos.
Para isso, o equipamento precisa de apenas um pulso de tensão, pois não é o campo
magnético que faz com que os contatos permaneçam comutados, mas sim a catraca
mecânica.
A armadura, por sua vez, deve ser de um material metálico que possa ser atraído pelo
campo magnético gerado pela corrente. Em geral, são utilizados materiais
ferromagnéticos flexíveis. Nela, podem ser acopladas articulações e molas para garantir
mobilidade à peça. Enquanto isso, os contatos, que variam de número e disposição de
acordo com a aplicação do relé, devem ser de materiais condutores resistentes para
suportarem possíveis altas correntes. É comum a utilização de materiais como cobre,
prata e tungstênio.
Relés que têm contatos NA são aqueles em que os contatos estão abertos, ou seja,
desligados, quando a bobina não está energizada. No momento em que a corrente
elétrica começa a percorrer a bobina, os contatos se fecham e o relé começa a operar. A
utilização de dispositivos com contatos normalmente abertos é feita quando se quer
ligar uma carga externa a partir da energização da bobina.
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Cada dispositivo elétrico deve ser aplicado em uma instalação dimensionada para ele,
levando em conta as características e as peculiaridades de cada circuito. Mas, em termos
gerais, existem algumas vantagens em utilizar relés ao invés de outros equipamentos
elétricos com ação semelhante. Uma dessas é que eles podem ser energizados com
correntes muito pequenas, comparada à corrente que o circuito controlado utiliza
nominalmente. Dessa forma, eles são utilizados para controlar correntes elétricas de
grande intensidade usando uma pequena corrente elétrica. Isso é importante porque em
muitas aplicações o valor de corrente circulante é tão alto que o controle com outros
tipos de dispositivos elétricos ficaria. Essa característica permite que circuitos de altas
correntes sejam controlados diretamente.
Um relé permite ainda que seja acionado mais de um circuito ao mesmo tempo com um
único sinal. Entre outras características do dispositivo, pode-se destacar que os sinais de
saída são isolados e independentes dos sinais de entrada; a tensão da bobina pode ser
diferente, muito menor que a dos contatos; além de poder controlar sinais de corrente
contínua por meio de tensão alternada, assim como o inverso.
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Assim como os relés, estes também são chaves originalmente eletromagnéticas que,
com o processo de evolução tecnológica que a área técnica experimentou em meados do
século passado, desenvolvendo e aprimorando a eletrônica, passaram a ser fabricados
também com sistema de funcionamento eletrônico, como no caso do contator de estado
sólido, por exemplo.
Olimpio Correa, da Siemens, relata que ³os contatos principais são a parte mais delicada
do contator e são construídos com ligas de prata especiais. Dessa forma, garante-se não
somente uma manobra efetiva, mas também uma vida útil muito elevada, evitando que
os contatos se grudem ou se destruam durante seu funcionamento normal´.
O funcionamento padrão dos contatores dá-se da seguinte forma: quando a bobina
eletromagnética é energizada, forma-se um campo magnético que se concentra na parte
fixa do dispositivo e atrai o núcleo móvel, onde estão localizados os contatos móveis,
que, por consequência, também são deslocados. O comando da bobina é feito por meio
de uma botoeira com duas posições, que tem seus elementos ligados à bobina. A
velocidade de fechamento dos contatos é uma junção da força proveniente da bobina e
da força mecânica das molas de separação que atuam em sentido contrário. As molas de
compressão são também as responsáveis pela velocidade de abertura do circuito, quando
a alimentação da bobina cessa.
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