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UFRJ – Fac. de Medicina – “RESUMÃO DO CORUJÃO” (M1, 2014.

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Como um pequeno incentivo à solidariedade entre o colegas na família Fundão... Saudações do Dinno

Apontamentos de Embriologia
CONTROLE DO CICLO CELULAR NA MEIOSE GAMÉTICA E NAS CLIVAGENS

1) Introdução
- Um rigoroso controle do ciclo celular do ovócito é fundamental para que essa célula, totipotente e com citoplasma
riquíssimo, não comece a se proliferar e origine eventualmente um teratocarcinoma.

- O ciclo celular obedece, assim, a uma organização mecânico-química programada, que impede tanto a proliferação
equivocada quanto a apoptose da célula.

2) Revisão – Quem determina a sucessão das fases no ciclo celular?


- Enzimas reguladoras de transcrição específicas são necessárias para que cada fase do ciclo se inicie.
--- Ex. No caso do checkpoint em G1 (ponto de parada do ciclo à iminência do início da fase S da intérfase), a enzima-
chave a ser expressa é a DNA polimerase (principal efetor da replicação do material genético na fase S).

- Mas quem de fato define a passagem de fase são as ciclinas e as CDKs (quinases dependentes de ciclina), proteínas
produzidas e acumuladas ao longo de determinada fase.
--- Essas duas moléculas são sintetizadas continuamente, mas sua ação é desencadeada sobretudo quando a sua
concentração intracelular alcança um patamar programado.
* A fase G1 do ciclo é geralmente a maior justamente porque é necessário um acúmulo maior de ciclinas e cdks
específicas para a entrada em S.

- Todo complexo ciclina-CDK atua fosforilando outro complexo (um regulador de transcrição) na subunidade inibidora
Rb, de modo a ser liberada a subunidade catalítica E2F, que age estimulando a RNA polimerase a transcrever enzimas que
promovam os eventos da fase seguinte do ciclo.
* No caso do checkpoint de entrada em M, o complexo ciclina-CDK recebe o nome especial de MPF (fator promotor da
mitose).

- As fases do ciclo em geral se sucedem continuamente, exceto em células de tecidos não programados para proliferar ->
nesse caso, elas param esse ciclo apenas durante a fase G1, num estado estacionário denominado G0.
--- Porém, as células embrionárias são capazes de permanecer estacionárias em outros momentos do ciclo celular –
durante a fase M da meiose.

3) O controle da meiose no ovócito


- A programação do ovócito primário prevê um único checkpoint, sendo esse dependente de sinalização externa: o
checkpoint da prófase I (ou checkpoint de entrada em M).
--- O ovócito “estaciona” na prófase I porque o seu complexo MPF (ciclina e CDK indutores da metáfase) está inativo –
assim, não ocorre o pareamento dos cromossomos no fuso mitótico.
- Para que a meiose continue, é necessária a estimulação da progesterona (produzida pelo ovário em resposta ao LH
hipofisário).
--- A sinalização do hormônio leva à fosforilação da enzima c-MOS, que ativa o complexo MPF no ovócito e “reativa a
meiose”.
--- O ovócito pode então terminar sua 1ª divisão meiótica – forma-se o primeiro corpúsculo polar – e, como não há
intérfase entre as duas divisões meióticas, entra novamente na fase M.

- Agora, o ovócito (secundário) estaciona no checkpoint da metáfase II (ou checkpoint de saída de M, na 2ª divisão
meiótica)
--- O ovócito consegue entrar em metáfase porque, dessa vez, o MPF está ativo. Porém, a ativação do MPF aqui é
duradoura – pareados no fuso mitótico, os cromossomos não se separam enquanto a célula não inativa o MPF.
--- É a presença de um CSF (fator citoestático) que não permite a degradação da ciclina nessa célula.

- Apenas com a onda de cálcio que ocorre durante a fertilização (cascata de sinalização que ocorre por ocasião da fusão
dos gametas), esse CSF perde atividade, a célula sai da metáfase e completa a segunda divisão meiótica.

4) O controle das primeiras divisões do embrião


- As primeiras divisões embrionárias (até que o zigoto forme 8 blastômeros) são denominadas clivagens – um tipo
especial de mitose em que se dividem sem antes crescerem significativamente (graças ao tamanho e reservas do zigoto)
--- Assim, elas têm os eventos de transcrição do DNA inibidos, uma vez que estão sob a influência de um fator inibidor da
transcrição.

- Nesse período, as células não passam por G1 nem G2 em seus ciclos celulares
--- Após o checkpoint de saída de M, as células expressam imediatamente ciclinas e CDKs de entrada em S ("pulando" as
ciclinas e CDKs da fase G1) para que seja transcrito o gene fundamental de entrada em S: o gene da DNA polimerase.
--- Da mesma forma, ao finalizar a replicação, as células expressam diretamente as ciclinas e CDKs de entrada em M: o
MPF ("pulando" as ciclinas e CDKs da fase G2).
--- Por fim, o MPF se degrada – não continua a influência do fator citoestático CSF –, de forma que as células saiam da
metáfase e terminem a mitose.

- Em suma, o embrião faz divisões simples "pré-programadas" até apresentar 8 células. A partir de então, o processo de
transcrição se inicia, e o embrião começa a produzir suas próprias proteínas, RNA e outras moléculas, crescendo seu
citoplasma antes de uma nova divisão.
* Isso porque, quando o embrião chega à fase de 8 células, o fator inibidor da transcrição já está diluído o suficiente para
que as células desenvolvam um ciclo celular completo.

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