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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e
na jurisprudência dos Tribunais.
Sumário
2.1.2. Max Weber (1864-1920) – continuação ........................................................... 3
2.1.2.1. Pressupostos................................................................................................... 3
2.1.2.2. Ação social ...................................................................................................... 3
2.1.2.3. Especificidades de Weber .............................................................................. 4
2.1.3. Karl Marx ........................................................................................................... 7
2.1.3.1. Pressupostos do pensamento de Marx .......................................................... 7
2.1.3.2. Classe social .................................................................................................... 9
2.1.3.3. Especificidades ............................................................................................. 10
3. Controle Social e Direito ............................................................................................... 11
4. Transformação social e Direito .................................................................................... 11
5. Direito e Comunicação .................................................................................................. 12
5.1. Comunicação Social e Opinião Pública ................................................................... 12
5.2. Elementos da Comunicação ................................................................................... 12
5.3. Opinião Pública....................................................................................................... 13
5.3.1 Características .................................................................................................. 13
5.4. Comunicação Institucional ..................................................................................... 13
6. Resoluções do CNJ ........................................................................................................ 14
6.1. Resolução 85 do CNJ .............................................................................................. 14
6.2. Resolução 79 do CNJ .............................................................................................. 15
6.3. Resolução 102 do CNJ ............................................................................................ 16
7. Novas Mídias ................................................................................................................. 16
7.1. Manual de Redes Sociais do CNJ ............................................................................ 17
8. Mecanismos de Resolução de Conflitos........................................................................ 17
8.1. Judicial .................................................................................................................... 17
8.1.1. Novas Configurações ....................................................................................... 18
8.2. Métodos Alternativos ............................................................................................. 18
8.2.1. Arbitragem, Mediação e Conciliação ............................................................... 18
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Sociologia do Direito
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2.1.2.1. Pressupostos
Na aula passada, vimos dois pressupostos importantes:
Multicausalidade (a realidade é multicausal);
A questão de que os indivíduos agem com relação a si mesmos (a sociedade não
se impõe aos indivíduos).
- Sociologia Weberiana:
É uma sociologia compreensiva (conceito do próprio Weber).
Weber procura entender o sentido subjetivamente visado das ações. Em uma palavra,
sentido subjetivo das ações significa “vontade”.
Diferentemente de Durkheim e Marx, para Weber, a vontade do individuo importa (ex.:
importa saber porque a pessoa se casou, porque prestou concurso para Juiz, etc).
2.1.2.2. Ação social
A unidade de análise de Weber é a ação social. Weber analisa a sociedade através da
ação social e, esta, possui 03 características:
Existência e presença do outro (alteridade): ‘alter’ significa outro; alteridade
significa “ter interação com o outro”. Para que haja ação social, é necessária a
presença do outro; pressupõe mais de uma pessoa. (Ex.: se a pessoa está em
casa, sozinha, assistindo TV, há uma ação individual – não social).2
Intenção de emitir uma mensagem: toda ação social possui “um querer”. A
intenção é decisiva para que haja uma ação social.
Reação à emissão da mensagem do outro.
Em suma: toda ação social tem mais de uma pessoa, a qual tem uma vontade e que
busca, de alguma maneira, provocar uma reação nas outras pessoas.
E, reação, não significa, necessariamente, algo impactante; pode ser uma reação
simples. A ação social precisa ter essas características, mas, para Weber, o foco é no indivíduo.
Vale dizer, trata-se de uma ação social, mas que parte do indivíduo. Portanto, a ação social será
sempre intersubjetiva, ou seja, existe a subjetividade de uma determinada pessoa e daquela
com quem se está interagindo. Ex.: marketing político do Brasil.
1
O presente índice segue a sequência da aula anterior.
2
Hoje, pode-se falar em várias formas de interação social, como as redes sociais (internet), o que não
havia na época de Weber.
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A preocupação é como produzir ações sociais, com uma mensagem e com o propósito
de uma reação, considerando que a interação com o outro é intersubjetiva. Assim, o desafio é
“conectar” as subjetividades (a do remetente da mensagem e a do destinatário), para que a
ação social ocorra.
Os marqueteiros políticos têm, portanto, a missão de interligar candidato e eleitor,
partindo da premissa de há essa intersubjetividade. Eles pensam no que falar e como falar para
que o candidato possa ser eleito.
Tipos de ação social
Para Weber, existem 04 tipos de ação social:
Tradicional;
Afetiva;
Relacional a valores;
Relacional a fins.
Os indivíduos agem uns em relação aos outros, de maneira intersubjetiva, buscando
provocar um tipo de desenvolvimento quer seja de modo tradicional, afetivo, relacionado a
valores ou, ainda, relacionado a fins.
Em outras palavras, os indivíduos podem agir em virtude de uma tradição 3 (costumes);
de maneira afetiva (ex.: casamento por amor; amor entre pais e filhos); por valores – religiosos,
morais, etc. - (ex.: há indivíduos que jamais se corrompem, em virtude de seus valores
internos; por outro lado, há pessoas fracas que se corrompem facilmente); e, por último, as
pessoas também agem buscando um determinado fim, uma determinada finalidade (ex.: pode
ser que a ação do estudante para concurso seja prioritariamente atingir um fim: ser aprovado
por mero interesse pessoal ou por um fim social, ajudar as pessoas, etc.).
Assim, para Weber, não existe exclusivismo (a ação social é multicausal). O indivíduo
pode realizar uma ação social, inclusive, por todos esses motivos em conjunto. Ex.: a pessoa
presta concurso porque toda sua família prestou, tradicionalmente, concurso para o serviço
público; por afetividade à profissão; por valores sociais, pela democracia etc.; o individuo age
de acordo com esses 04 elementos (isolados ou em conjunto).
2.1.2.3. Especificidades de Weber
a) Religião desempenha um papel político e econômico;
b) Sociedade é permeada de formas de dominação;
c) No estado moderno, é a burocracia quem governa.
3
Não, necessariamente, no sentido de realeza (Rei/ Monarquia), mas a tradição pode se dar por um
costume.
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A dominação legítima é aquela que usa a violência de forma autorizada pelo Estado. A
violência, aqui, é no sentido amplo, pois decisão judicial, atuação da polícia ou do oficial de
justiça é violência.
4
Weber contrapõe a ética protestante à ética do Catolicismo, nos séculos XVI, XVII e XVIII (não é o
Protestantismo dos séculos XX ou XXI).
5
São as 02 principais, mas não as únicas. Mais tarde, o capitalismo se expande para outras partes do
mundo e não apenas em países protestantes.
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Tema bastante cobrado em provas de concurso.
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Por seu turno, dominação ilegítima, é aquela que usa violência não autorizada pelo
Estado (ex.: assalto à mão armada é forma de dominação ilegítima).7
Dentro da dominação legitima, Weber cita 03 tipos de dominação:
b1) Dominação legítima
b1.1) Tradicional: o individuo manda porque a tradição diz que ele pode mandar (ex.:
Rainha da Inglaterra).
b1.2) Carismática: o indivíduo manda porque tem carisma (ex.: ex-Presidente Lula)
b1.3) Racional-legal (ou, simplesmente, legal): é a dominação em função da lei; não
precisa de carisma nem de tradição.
c) No estado moderno, é a burocracia quem governa
Por fim, Weber entende que o mundo moderno é um “mundo desencantado”.
Para que as coisas do mundo sejam aceitas pelas pessoas é preciso que haja
demonstração racional. Weber afirma que o “mundo da técnica” ficou muito forte no mundo
contemporâneo, pois, hoje, só são aceitas justificativas racionais. Por exemplo, no Tribunal do
Júri, não será aceita a justificativa de que o réu deve ser absolvido porque matou por estar
“possuído pelo demônio”.
Para Weber, nesse mundo desencantado, quem manda - através da lei - é a burocracia
(no sentido de “agente do Estado”).
Na vida tudo depende da burocracia, por isso Weber afirma que, no mundo moderno,
as pessoas estão “estratificadas”.8
O estudo da pirâmide social tem origem na análise weberiana, ou seja, as faixas da
sociedade são denominadas “estratos”; por isso as pessoas estão estratificadas, em camadas
sociais, nas faixas.
Segundo Weber, a posição que cada pessoa ocupa na sociedade moderna é decorrente
de 03 fatores:
1. Classe,
2. Estamento e
3. Partido.
7
Na aula sobre “Política” o professor abordará a questão do “Poder”, inclusive, na visão de Weber.
8
Nota do monitor: Estratificação (disposição em camadas ou estratos); Estratificação social (processo ou
sistema social em que a população se distribui de maneira mais ou menos rígida, em estratos, classes e castas). –
Fonte: dicionário on line.
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Classe, para Weber, significa dinheiro, bens, patrimônio. Quem tem mais poder
econômico está na posição acima da pirâmide social; quem tem menos, está abaixo (na faixa
abaixo).
Estamento ou ‘status’; quem tem ‘status’ está em uma faixa superior àquele que não o
tem. (Ex.: aristocracia falida do Brasil, que não tem dinheiro – não tem classe - mas ainda tem
algum ‘status’ devido ao sobrenome da realeza). Estamento significa prestígio social; classe,
dinheiro.9
Partido é o meio através do qual o indivíduo tem ascensão política (no Brasil, não é
possível candidatura avulsa, sem partido).
9
Outros exemplos: alguns jogadores de futebol, ou ex-BBB, podem ter classe (muito dinheiro), mas não
têm estamento, não tem prestígio.
10
Em primeiro lugar está Jesus Cristo que influenciou o mundo há mais de 2000 anos e em grande
abrangência geográfica; e, em segundo lugar Sócrates, no mundo ocidental, há 2500 anos, mas numa abrangência
menor que Jesus.
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Na obra “O Manifesto Comunista”, Marx afirma que o Estado é um gerenciador dos interesses da
burguesia.
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Marx não acredita no individuo e prega que a revolução somente é possível a partir do
coletivo. Marx afirma que tanto o proletário quanto o burguês são alienados. O proletário
alienado, que tem falsa consciência, reforça a burguesia porque age e/ou pensa como burguês.
Diferentemente de Weber e Durkheim que pregam uma sociologia neutra,12 Marx
pretende despertar o proletariado para uma revolução coletiva.
Para Marx, não há neutralidade. A sociologia tem que ser ativa, revolucionária,
propositiva e política. Não existe conhecimento neutro, pois todo conhecimento é de classe (o
conhecimento é inventado para favorecer os dominantes).13
12
Esses autores pregam uma sociologia neutra; sociologia que conhece o mundo pelo fato social, pela
ação social.
13
Ex.: hoje há quem entenda que não há interesse em se descobrir a cura para HIV por questões
econômicas que favorecem as grandes indústrias e laboratórios farmacêuticos.
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2.1.3.3. Especificidades
Marx é um autor que propõe o fim da sociedade de classes, que é o comunismo.
Segundo ele, vivemos no capitalismo, que é exploração e desigualdade enormes. A aposta de
Marx é que os trabalhadores vão se organizar, terão as condições objetivas (armas e
planejamento) e subjetivas (ter na mente a ideia de revolução; ter consciência de si e para si)
e vão promover a revolução. O individuo deve ter a consciência de quem ele é; de qual classe
pertence (consciência de si) e, o que vai fazer para mudar a situação (consciência para si).
Ainda, segundo o autor, a revolução não pode ser nacional e sim internacional porque a
burguesia é internacional.
Ao promover a revolução (pegar em armas) o proletariado vai instituir o socialismo. O
socialismo é a ditadura do proletariado – é uma ditadura. Não é democracia. E tem que ser
uma ditadura porque, ao tomar o poder, o proletário deverá começar a revolução social, a
promover a igualdade material das pessoas e, por isso, começa a expropriar os bens do
burguês, tirar-lhe as terras, etc. Então, o socialismo, ao expropriar de maneira autoritária,
instaura uma ditadura do proletariado. Quando chegar o momento, o socialismo transformou
as pessoas em iguais e, por isso, extingue-se o Estado, a propriedade e a família e se cria o
comunismo, que é uma vida sem Estado. No comunismo, os indivíduos se organizam em
comunas e vão fazer sua gestão sem ter Estado, polícia, Judiciário, etc. Não temos nenhuma
experiência comunista como Marx estabeleceu: ou é capitalista ou socialista. Ex.: Cuba, URSS,
Venezuela, Iugoslávia, etc.
No “Manifesto Comunista”, Marx diz que a burguesia vai fazer os seus próprios
coveiros porque a condição para a burguesia para se expandir é que o proletário aumente –
quanto mais indústria, mais proletário. Assim, como a burguesia cresce em progressão
aritmética e o proletário em progressão geométrica, a burguesia está criando um exército
conta ela. Marx não contava com a capacidade do capitalismo se reinventar. Na época de Marx
trabalhava-se com uma ideia de mais valia absoluta: o máximo de proletários com o máximo
de trabalho. Mas, existe outra forma de explorar, que é a mais valia relativa: reduz-se o
proletário e aumenta-se a produtividade. Ex.: pode-se produzir 100 sapatos por dia
“descascando” o proletário ou, pode-se introduzir uma linha de montagem (fordismo, de Ford)
na qual o proletário fica fixo e o produto passa por ele. Assim, quem dita o ritmo de produção é
o dono da máquina e, ao fazer o trabalhador ficar fixo olhando na esteira, evitam-se conversas
e articulações. Trabalhando menos, pode-se expandir as indústrias sem tanto proletário e a
complexidade do trabalho é menor.
Para Marx, a escola serve para perpetuar comportamento dominante, de agir de
acordo com a ordem. O indivíduo não consegue produzir uma mudança na sociedade, pois o
que é forte é a sociedade como um todo, não o indivíduo.
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5. Direito e Comunicação
Não é assunto clássico de sociologia, mas acabou ganhando destaque nos editais por
conta da integração entre as instituições jurídicas e a sociedade. Como as instituições jurídicas
devem trabalhar a sua imagem na sociedade? Como elas podem ser permeadas pela sociedade
e influenciadas pela sociedade?
5.1. Comunicação Social e Opinião Pública
Todo comportamento comunicativo objetiva uma reação por parte do interlocutor – é
uma ideia Weberiana. Quando se comunica, busca-se uma reação; a comunicação não
pressupõe somente o emissor, consistindo-se numa relação complexa que envolve uma série
de elementos para ser considerada eficaz, inclusive a comunicação corporal.
5.2. Elementos da Comunicação
5.3.1 Características
A opinião pública está ligada a um fenômeno social, político, econômico, etc.; não é
uma mera soma de opiniões, pois há algo que dá liga a ela, que é o consenso. Ademais, ela é
influenciada pelos veículos de comunicação de massa há muito tempo. Ex.: o principal Ministro
de Hitler era da comunicação, por exemplo. Hoje há os mecanismos tradicionais (jornal, rádio e
televisão) e cada vez mais veículos on line.
A opinião pública não deve ser confundida com a vontade popular porque esta é o que
a população quer, enquanto que a opinião pública é o que a população acha.
A opinião pública sempre tem um dinamismo, fazendo com que ela possa ser alterada
com o tempo.
5.4. Comunicação Institucional
Como as instituições jurídicas se comunicam com a sociedade, mas não só. Através da
comunicação institucional se averigua como as instituições têm trabalhado a sua imagem
perante a sociedade e essa é a grande missão: a construção de uma imagem e identidades
fortes e positivas. É como se constrói a imagem.
Em geral, é para conquistar simpatia, credibilidade, confiança e, no final de contas, a
ideia é de uma influencia político-social. Em cada Tribunal, os setores de comunicação social
têm sido fortes. O conceito de comunicação institucional é muito amplo.
A comunicação institucional pode se desdobrar em diversas coisas: relações públicas,
jornalismo empresarial, Assessoria de Imprensa, da Publicidade/Propaganda institucional, a
imagem e identidade corporativa, e a Editoração Multimídia.
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6. Resoluções do CNJ
6.1. Resolução 85 do CNJ
Resolução 85, de 08 de setembro de 2009, do Conselho Nacional de Justiça – dispõe
sobre a Comunicação Social no âmbito do Poder Judiciário; é maneira de comunicação
institucional. Segundo ela, a linguagem deve ser clara e acessível, pois ela também deve ter
finalidade pedagógica para as pessoas entenderem o mundo do direito.
A informação deve ser disponibilizada com transparência e direta. Deve ter informações
sobre o papel, as ações e as iniciativas do Poder Judiciário – de modo algum deve um
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magistrado ter intenção de autopromoção – hoje essa iniciativa é mais utilizada para divulgar
os mutirões. Os atos judiciais e administrativos, comunicação institucional como notícias, são
relevantes. Os dados orçamentários e de desempenho operacional devem ser publicados.
Observa-se uma pluralidade de elementos que podem ser utilizados na comunicação
institucional.
Alguns objetivos da comunicação que podem ser aplicados também ao MPF, com
adaptações:
a) Dar amplo conhecimento à sociedade das políticas públicas e programas
desenvolvidos pelo Poder Judiciário;
b) Divulgar, em linguagem acessível e clara, os direitos e serviços colocados à
disposição dos cidadãos;
c) Disseminar informações corretas sobre assuntos que sejam do interesse público
e envolvam ações do Poder Judiciário;
d) Promover o Poder Judiciário junto à Sociedade de modo a conscientizá-la sobre a
missão exercida pela Magistratura, conscientizando os cidadãos a respeito da
importância da Justiça como instrumento de garantia de seus direitos e paz
social.
Nenhuma ação contra esses objetivos pode ser realizada. Os objetivos são muito
programáticos, mas são também freios contra medidas que vão de encontro a eles.
Essa Resolução tem algumas diretrizes. Devem-se respeitar algumas coisas quando se
faz a comunicação:
a) Afirmar princípios constitucionais;
b) Valorização da diversidade étnica, cultural e o respeito à igualdade;
c) Ênfase no caráter educativo, informativo e de orientação social.
Fica vedado o uso dos meios de comunicação social para a promoção pessoal de
magistrados e servidores, em ações desvinculadas das atividades inerentes ao exercício de suas
funções. Deve-se tomar muito cuidado para esses veículos não divulguem algo que não seja
inerente ou que esteja desvinculado das atividades.
6.2. Resolução 79 do CNJ
Resolução 79 de 09 de junho de 2009, do Conselho Nacional de Justiça – dispõe sobre a
transparência na divulgação das atividades do Poder Judiciário Brasileiro. Essa resolução tem
uma importância grande porque deu um grande murmurinho por estabelecer a importância de
se divulgar os rendimentos dos servidores, magistrados ou qualquer pessoa vinculada ao
judiciário.
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7. Novas Mídias
Hoje a comunicação institucional não se dá só por radiodifusão, TV e mídia impressa.
Hoje se tem novas mídias, outros meios para desenvolver, divulgar, fazer a comunicação
institucional. Hoje o Judiciário usa bastante o Facebook, o Linkedin, Twitter, etc. – já introduziu
na doutrina os meios virtuais. Tanto o é que há um manual de redes sociais.
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito (...)
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Tudo pode ser submetido ao Judiciário. Mas, na história, a força do Judiciário é muito
recente e, no Brasil, isso ocorre por uma série de fatores, como controle de
constitucionalidade, a questão do indivíduo ser superdotado de direitos, a autocompreensão
do Judiciário de que ele é legítimo para resolver questões de políticas públicas, a arquitetura
constitucional que busca aprofundar o acesso à justiça, mecanismos de microlitigação, etc. O
Judiciário se torna um grande poder e, na sociologia, a sociologia do Poder Judiciário e também
tem a sociologia das instituições jurídicas (MP, defensoria, etc.).
O importante a se destacar é que o Judiciário passa a ser algo importante de ser
pensado dentro da sociologia do Direito e, por isso, devemos saber as características.
É um modelo adversarial, no qual as partes são adversárias. É uma decisão polarizada,
tendo o juiz declarar quem vence e quem perde – no máximo declarar uma sucumbência
recíproca, mas deve ter sempre um vencedor e um perdedor. As relações do processo devem
ser sempre binárias. Por fim, é uma decisão institucionalizada com a aplicação de arcabouço
jurídico-positivo, devendo estar a decisão amparada no arcabouço jurídico atual, o que faz que
esse tipo de decisão seja caracterizado por uma perspectiva particular de atuação do judiciário
e de norma jurídica.
8.1.1. Novas Configurações
O CNJ estimula novas formas de resolução de conflito, em que pese cada vez mais
regular o método judicial. Hoje, todavia, temos a Conciliação e Mediação como instrumentos
importantes. Temos também a Juridicização da política e das relações sociais.
8.2. Métodos Alternativos
Em paralelo aos mecanismos judiciais temos os métodos alternativos. Faz-se uma crítica
a essa nomenclatura porque eles não são alternativos, são extrajudiciais e, segundo, que
alternativo passa a ideia de que ele é pejorativo e secundário e, em terceiro, são métodos
ainda mais antigos que o Judiciário.
8.2.1. Arbitragem, Mediação e Conciliação
Os principais são arbitragem e mediação, que não são iguais. A arbitragem é decisão,
é modelo judicial extrajudicial, é a lógica do modelo adversárial, com adversários em
situações opostas binárias que são resolvidas em um laudo arbitral. Ou seja, é tão decisória
quanto o modelo judicial. A mediação é um mecanismo extrajudicial, em que pese ter sido
incorporada dentro do judiciário no Brasil.
a) Arbitragem: As partes outorgam a uma pessoa ou um grupo de pessoas a tarefa de
pacificar um litígio. A arbitragem não é livre de regulamentação no Brasil, mas as pessoas são
escolhidas pelas partes com base na confiança e saber. As decisões de arbitragem têm força de
sentença.
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9. Resolução de Questões
9.1. A ciência que apresenta ao Poder Judiciário ferramentas como método de controle
e planejamento, gestão de pessoas e de conhecimento e valorização dos recursos humanos
denomina-se:
a) Economia judiciária.
b) Axiologia judiciária.
c) Contadoria judicial
d) Administração judiciária.
e) Epistemologia jurídica.
Gabarito: D
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por direito próprio, de meios de gestão, substituindo-se a tais funcionários, inclusive no topo
da hierarquia”.
No trecho acima, extraído do ensaio “A Política como Nação”, Max Weber refere-se
ao Estado moderno, resultante de seu desenvolvimento racional. Para o autor, este Estado
é caracterizado como um estado:
a) Burocrático.
b) Autoritário.
c) Autocrático.
d) Democrático.
e) Nação.
Gabarito: A
9.4. No ensaio “A Política como vocação”, Max Weber realiza uma caracterização de
três tipos de dominação legítima, a saber:
− A dominação que repousa sobre a “autoridade do ‘passado eterno’, isto é, dos
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costumes santificados pela validez imemorial e pelo hábito, enraizado nos homens, de
respeitá-los”.
− A dominação que se funda em “dons pessoais e extraordinários de um indivíduo”,
na “devoção e confiança estritamente pessoais depositadas em alguém que se singulariza
por qualidades prodigiosas, por heroísmo ou por outras qualidades exemplares que dele
fazem o chefe”.
− A dominação que se impõe “em razão da crença na validez de um estatuto legal e
de uma ‘competência’ positiva, fundada em regras racionalmente estabelecidas”.
Estes modos de dominação correspondem, respectivamente, ao que Weber entende
por dominação:
a) carismática, tradicional e legal.
b) tradicional, carismática e legal.
c) carismática, legal e tradicional.
d) tradicional, legal e carismática.
e) legal, tradicional e carismática.
Gabarito: B
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9.7. Nascida como uma espécie de física social, a sociologia desenvolveria seus cânones
e modelos por meio de um processo de adaptação metodológica mecânica ao mundo das
ciências exatas. FALSO: a sociologia é estudada pela própria sociologia.
9.8. Marx critica [TEM] o entendimento dos liberais de que as desigualdades sociais
eram construídas pelas relações de produção, o que mantinha preservados os direitos de
igualdade, liberdade e justiça naturais, que eram os pilares do liberalismo. FALSA
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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
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