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Justiça Comum
a) Estadual:
1º Grau: Juiz de direito/ varas estaduais
2º Grau: Tribunal de justiça/ Câmaras Cíveis
b) Federal:
1º Grau: Juiz federal/ Varas federais
2º Grau: Tribunais Regionais Federais
* Bahia: TRF 1ª Região – Sede: Brasília
Juizados:
a) JECs - Turmas recursais
b) JEFs – Turmas recursais
Condições da Ação
- Legitimidade de parte
- Possibilidade jurídica do pedido
- Interesse de agir
Sem as condições da ação o processo não chega ao seu fim desejado, a análise do mérito.
* Dá-se o nome de sentença terminativa àquela que extingue a ação sem a resolução de
mérito – inobservância de condição da ação ou pressuposto processual.
Interesse de agir:
a) Adequação: Utilização dos mecanismos jurídicos adequados para exercer a ação.
b) Necessidade: existência de uma pretensão resistida, controvérsia.
Legitimidade de parte
a) Legitimidade ordinária: O detentor do direito material violado é quem deve, em regra,
buscar a reparação junto ao poder judiciário, salvo quando expresso por lei. Art. 6º,
CPC.
b) Legitimidade extraordinária: Ocorre excepcionalmente, mediante previsão legal.
Também conhecida como “substituição processual”, ocorre quando a pessoa, em
nome próprio, protesta em juízo por direito alheio.
Pressupostos Processuais
* Art. 267, IV, CPC: extingue-se o processo, sem resolução de mérito, quando se verificar a
ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo.
3- Demanda, materializada em uma petição inicial: Arts. 282 e 283, CPC: a petição inicial
indicará o juiz ou tribunal a que é dirigida; a qualificação do autor e réu; os fatos e
fundamentos jurídicos do pedido; o próprio pedido, com as suas especificações; o
valor da causa; as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos
alegados; o requerimento para a citação do réu; os documentos indispensáveis à
propositura da ação.
Art. 284, CPC: faltando um dos requisitos acima, ou defeitos e irregularidades capazes
de dificultar o julgamento de mérito, o juiz determinará que o autora a emende no
prazo de 10 dias. Não havendo cumprimento, o juiz indeferirá a petição incial.
4- Citação: Art. 216, CPC: A citação efetuar-se-á em qualquer lugar em que se encontre o
réu. Em regra, deverá ser realizada em dias úteis entre o horário das seis e vinte horas,
podendo, em casos excepcionais, e mediante a autorização do juiz, realizar-se em
domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido como regra (Art.
172, §2º, CPC). Deve-se, no entanto respeitar a regra constitucional da inviolabilidade
do domicílio (Art. 5º, XI, Cf). Vale dizer que a citação é pessoal.
Art. 219, CPC: A citação: a) Torna prevento o juízo; b) Induz litispendência; c) faz
litigiosa a coisa. Quando ordenada por juiz incompetente, consitui em mora o devedor
e interrompe a prescrição.
Litispendência
A litispendência ocorre quando se repetem em duas ações distintas, que ainda estão em curso,
as partes, a causa de pedir e o pedido. Art.301, §§ 1º, 2º e 3º, CPC. É pressuposto de validade
negativo. A ação litispendente deve ser extinta (Art. 267, V, CPC).
A litispendência é argüida em sede de preliminar, devendo-se pedir a extinção do processo
sem análise de mérito. Possibilidade de condenação por litigância de má-fé daquele que ajuíza
mais de uma vez ação com mesmo conteúdo (partes, causa de pedir e pedidos).
* Enunciado FONAJE 05: Validade de citação com AR assinado por terceiro.
* Possibilidade de impugnação da citação (caso haja prazo) – ou proposição de querela
nulitatis insanabilis: Pede a rescisão da coisa julgada por violação de pressuposto de existência
– Não há prazo para sua propositura (pode ser proposta a qualquer tempo).
Art. 267, §3, CPC: O juiz conhecerá de ofício, em qualquer tempo e grau de jurisdição,
enquanto não proferida sentença de mérito, da matéria de ausência de pressupostos
processuais e condições da ação, bem como da existência de litispendência, perempção e coisa
julgada, bem como das condições da ação.
Pressupostos de Validade
Podem também ser argüidos a qualquer tempo e em qualquer instância.
Pressupostos positivos de validade:
1- Imparcialidade e competência: As decisões de um juiz imparcial são consideradas
nulas.
Art. 134, CPC: Hipóteses de impedimento. Situações objetivas. É defeso ao juiz exercer
as suas funções no processo contencioso ou voluntário de que for parte, me que
interveio como mandatário da parte; oficiou como perito, funcionou como órgão do
MP, ou prestou depoimento como testemunha; que conheceu em primeiro grau de
jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou decisão; quando nele estiver postulando,
como advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer parente seu, consangüíneo ou
afim, em linha reta; ou na linha colateral até o segundo grau 9neste caso o
impedimento só se verifica quando o advogado já estava exercendo o patrocínio da
causa. É, porém, vedado ao advogado pleitear no processo, a fim de criar o
impedimento do juiz); quando cônjuge, parente, consangüíneo ou afim, de alguma das
partes, em linha reta, ou, na colateral, até o terceiro grau; quando for órgão de direção
ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa.
Art. 135, CPC. Hipóteses de suspeição de parcialidade. Situações subjetivas. Quando
amigo ou íntimo ou inimigo capital estiver em uma das partes; alguma das partes for
credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou
na colateral até o terceiro grau; herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de
alguma das partes; receber dádivas antes ou depois de iniciado o processo; aconselhar
alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender às
despesas do litígio; interessado no julgamento em favor de uma das partes. Poderá,
ainda, declarar-se o juiz suspeito por motivo íntimo.
* As hipóteses de impedimento e suspeição se estendem ao órgão do ministério
público, ao serventuário de justiça, ao perito e ao interprete.
* Soluções para os problemas de suspeição e impedimento: Exceção de impedimento,
pode ser alegado à qualquer tempo; Exceção de suspeição: prazo de 15 dias do
conhecimento do fato.
2- Petição Inicial apta: Artigos 282 e 283, CPC + Art. 15 da Lei de processos judiciais
eletrônicos.
2- Coisa julgada: Decisão judicial sobre a qual não cabe mais qualquer tipo de recurso.
Duas facetas, formal e material. A coisa julgada formal é oriunda de uma sentença
terminativa (extingue o processo sem a resolução de mérito). Ela não impede uma
nova ação, desde que o vício tenha sido sanado. Coisa julgada material é aquela em
que há análise do mérito – torna imutável aquela descisão, salvo nas hipóteses do Art.
485, CPC (Possibilidade de ação rescisória).
Sujeitos processuais
Advogado
Advogado Público – Procurador Estadual/ Municipal, Atua junto a administração direta desses
entes.
O advogado da união é chamado por este nome, o órgão em que este é alocado é a Advocacia
Geral da União (AGU). O procurador federal é aquele que atua junto as autarquias federais.
Juiz – Art. 125, CPC: O juiz dirigirá o processo conforme as disposições do CPC, competindo-lhe
assegurar às partes igualdade de tratamento; valer pela rápida solução do litígio. Prevenir ou
reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça; tentar, a qualquer tempo, conciliar as
partes.
Art. 126, CPC: O juiz não pode se eximir de sentenciar ou despachar um processo alegando
lacuna ou obscuridade da lei. No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as normas legais; não
as havendo, recorrerá à analogia, aos costumes e aos princípios gerais de direito.
Art. 127, CPC: O Juiz só decidirá por equidade nos casos previstos por lei.
Art. 128, CPC: O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer
de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte. Princípio da inércia
da jurisdição; vedação às decisões extra, ultra ou cita petita; princípio da adstrição ou da
congruência. O juiz deve se ater ao que consta na inicial ou eventual reconvenção.
Art. 129, CPC, disserta a respeito da lide simulada: Convencendo-se, pelas circunstâncias da
causa, de que autor e réu se serviram do processo para praticar ato simulado ou conseguir fim
proibido por lei, o juiz proferirá sentença que obste aos objetivos das partes.
Art. 130, CPC: caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas
necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente
protelatórias. Este artigo dá a entender que o juiz deve agir de modo a buscar a verdade
material. Entretanto, não há possibilidade de inovação, somente destrinchamento das provas
já existentes. Verdade formal X verdade real.
Art. 131, CPC: Provas: O juiz apreciará livremente a prova, atendendo aos fatos e
circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes; mas deverá indicar
na sentença, os motivos que lhe formaram convencimento.
Existem alguns sistemas de apreciação de provas. O sistema da tarifação de provas não é
adotado no Brasil. O sistema da intima convicção, em que não há necessidade de motivação, é
aquele que vigora no tribunal do júri. O sistema do livre convencimento motivado é o disposto
neste artigo e aquele que vigora no direito brasileiro.
Art. 132, CPC: O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo se
estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos
em que passará ou autos ao seu sucessor. Princípio da identidade física do juiz.
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5- Citação