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O decreto 9.380 modifica o § 2º e insere o § 4º do artigo 23 no decreto 7.827.

Este artigo

trata da aplicação de valores mínimos relacionados aos serviços de saúde (LC 141/2012) e da

aplicação de recursos federais em caso de objeto diverso do originariamente pactuado.

Segundo o caput do artigo 23, quando houver descumprimento das disposições da LC

141/2012 ou detectado a aplicação de recursos federais em objeto diverso do originariamente

pactuado, destinatários listados nos incisos I a VI do referido artigo serão comunicados. O novo §

2º complementa o antigo da seguinte maneira: o antigo dizia que a comunicação aos destinatários

listados no artigo 23 tem como principal objetivo promover a imediata devolução dos recursos

irregularmente aplicados ao Fundo de Saúde. Porém, não dizia qual a finalidade dos recursos

devolvidos. Agora, com a nova redação do § 2º, sabemos que a comunicação visa o cumprimento

do objetivo do repasse. Isto não: o dinheiro devolvido não será apenas recolhido, mas

imediatamente aplicado naquilo que era seu destino.

No que diz respeito ao § 4º do artigo 23 do decreto 7.827, haverá uma cobrança

administrativa que faz parte do controle interno previsto no § 1º do decreto supracitado. É que,

segundo este parágrafo, só haverá a comunicação ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público

após o esgotamento da cobrança pela via administrativa. Assim, se durante a cobrança

administrativa ficar evidenciado que o ente federativo beneficiário não tem mais interesse no

cumprimento do objetivo do repasse, deverá ser feita a devolução dos recursos irregularmente

aplicado ao Fundo de Saúde do ente federativo que repassou os recursos.

O novo decreto ora analisado também traz como novidade o artigo 23-A que trata de

remanejamento de parcelas de recursos. Segundo este artigo, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios poderão, mediante pactuação regional, remanejar entre si parcelas de recursos

financeiros, por meio de transferência fundo a fundo. Mas atenção: desde que tenha sido

celebrado consórcio de saúde, convênio ou outro instrumento congênere que estabeleça, entre

outras cláusulas gerenciais, as obrigações de toso os entes envolvidos, seu âmbito de aplicação,

a periodicidade e os valores de transferência a serem realizados.

Outra novidade do decreto 9.380 é o artigo 23-B. Este artigo trata da transferência de

recursos de capital. Esta transferência será realizada diretamente para os fundos de saúde dos

entes federativos beneficiários, sem a celebração de convênio ou outro instrumento congênere.

Exceto: nas hipóteses em que as definições do objeto do repasse não estejam previamente

estabelecidas em normas do Ministério da Saúde.


DA READEQUAÇÃO DA REDE FÍSICA DO SUS

O inciso IX do caput do artigo 3º da LC 141/2012 trata do investimento na rede física do

SUS, em suas instalações - incluindo aí a execução de obras de recuperação, reforma, ampliação

e construção de estabelecimento públicos para a saúde. O decreto 9.358, por sua vez, traz as

condições para a readequação da rede física do SUS. Este decreto no artigo 2º traz as condições

para a readequação, informando que a tal será oriunda de investimentos realizados pelos entes

federativos com repassados, até a data de publicação do decreto, pelo Fundo Nacional de Saúde.

Para que haja a readequação necessário se faz que:

I - aplique-se os recursos repassados até a data da publicação deste decreto em conformidade

com o objeto de saúde originariamente pactuado;

II - exista justificativa da necessidade da readequação do planejamento inicial;

III - demonstre que o espaço do imóvel será plenamente utilizado em ações e serviços de saúde;

IV - o imóvel construído com recursos repassados pelo Fundo Nacional de Saúde não

tenha sido ainda utilizado para o objeto de saúde originariamente pactuado - Obs: (seria o

caso da UPA em Coité?

V - que caso tenha sido repassados recursos para a aquisição de equipamentos, deverão ser

demonstrados: a) a aplicação dos recursos em conformidade com a legislação vigente; e b) que

os equipamentos serão plenamente utilizados ainda que de forma regionalizada. Entretanto, o § 3º

traz uma exceção a este ponto em particular: fica permitida a readequação ainda que não

cumprida integralmente todos os pontos destacados neste inciso V, desde que o ente federativo

promova a devolução ao Fundo Nacional de Saúde dos recursos relativos aos equipamentos não

adquiridos ou não plenamente utilizados - nos termos do art. 23 do decreto 7.827/2012

6 - haja pactuação da nova utilização do imóvel nas instâncias deliberativas do SUS pertinentes,

em consonância com o Plano de Saúde do ente federativo, submetido ao Conselho de Saúde.

Caso todas as condições acima sejam observadas, a readequação, mediante a alteração

da utilização do imóvel como tipo de estabelecimento de saúde diferente do pactuado, dependerá

de aprovação do Ministério da Saúde, a ser solicitado pelo ente federativo interessado. Destaque-

se que esta aprovação não consistirá em autorização automática para repasse de recursos de

custeio pelo Fundo Nacional de Saúde para viabilização das ações e dos serviços de saúde, que

seguirão as normas específicas de cada política ou programa.


Lembre-se que 1) os repasses do Fundo Nacional de Saúde para a execução do objeto

originariamente pactuado ficarão suspensos a partir do protocolo da solicitação para a

readequação e 2) atendidas as condições para a readequação, a aprovação dispensará o ente

federativo da devolução de recursos ao Fundo Nacional de Saúde. E caso a aprovação da

readequação não seja aprovada, o ente federativo deverá cumprir o objeto de saúde

originariamente pactuado ou devolver os recursos ao Fundo Nacional de Saúde - nos termos do

art. 23 do decreto 7.827.

Agora eis um ponto importante para Coité, no caso da UPA. O art. 3º fala que caso o ente

federativo decida utilizar o imóvel construído com recursos repassados pelo Fundo Nacional de

Saúde em ações e serviços diversos do pactuado, deverá antes proceder à devolução dos

recursos ao Fundo Nacional de Saúde.

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