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Acerca do termo toxicomania cabe esclarecer que este tem origem em meados do

século XIX quando a psiquiatria estabeleceu os critérios para definir a relação de

dependência do sujeito com uma determinada substância psicoativa, delimitando-a

enquanto quadro clínico relacionado aos impulsos e comportamentos maníacos, a partir

disso elaboraram-se as classificações das substancias e seus respectivos efeitos

químicos. A psicanálise se opõe a essa concepção e contribui para a mudança de

paradigma afirmando que a toxicomania é o efeito de um discurso, cada sujeito possui

seu modo singular de relacionar-se com a droga amarrado ao modo estrutural, portanto

ao contrario do defende a psiquiatria a droga não determina o sujeito. Para psicanálise

clínica a realidade é da singularidade do sujeito metaforizada em seu discurso. (Gianesi,

2005).

Ressalva-se que o sintoma só existe quando falado pelo sujeito, não é aquilo que

aparece no concreto, mas aquilo que foi metaforizado, ressignificado a diversas vezes

muda de forma no discurso embora permaneça relacionado à castração. Para a

psicanálise a toxicomania não existe a priori, mesmo quando o sujeito afirma-se em

uma relação tóxica com a droga – como toxicômano – e resume a isso sua identidade

cabe ao analista compreender como um fenômeno próprio do campo das identificações.

O sujeito restrito a droga, um objeto externo, afasta-se de formular questões sobre o seu

gozo (Gianesi, 2005).

Ainda de acordo com a referida autora “Não é o psicanalista quem indica ao

sujeito essa terminologia – toxicômano” (Gianesi, 2005, p. 132). Em análise é

contraindicado reforçar essa identificação. Não é o denominado toxicômano que será

acessado, mas ao sujeito singular em sua estrutura, e se houver questão sobre o objeto

droga esta virá à tona através do discurso particular de cada um. (Gianesi, 2005).

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