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Direito Internacional e das Relações Econômicas Resumo

Prof. Marco Aurélio Moura dos Santos Idade Moderna


E-mail: marco.aurelio.santos@fmu.br
Queda de Constantinopla – era o centro do mundo no
Plano de Ensino momento – início do declínio da hegemonia do catolicismo
Direito Internacional Público: “Paz de Westphalia” – Guerra dos 30 anos – Tratados de
 Contexto Histórico Paz colocam fim ao conflito religioso entre diversas nações
 Sociedade Internacional europeias
 Fontes do Direito Internacional
Colonialismo / Navegações – descoberta de novos
 Sujeitos de Direito Internacional
territórios e novos povos – Espanha, Holanda, Inglaterra
 Organizações ou Comunidades
 Direito Internacional do Meio Ambiente Francisco Vitória / Suarez – teólogos – relacionamento
 Solução de Conflitos entre os povos conquistados e a metrópole,
 Guerra e Conflitos Armados reinterpretaram o ius gentium e o ius inter gentes –
 Jurisdição Internacional tratamento destes novos povos.
 Direito Humanitário
Hugo Grócio – Tempo de Guerra e Paz – direito à
 Direito Penal Internacional
soberania, determinação do território e autodeterminação
Direito Internacional Privado: – interpreta o ius gentium e o ius inter gentes e cria os
 Noções do Direito Internacional Privado conceitos de Direito Natural (denominador comum – para
 Elementos de Conexão todos os povos) e Direito Positivo.
 Contratos Internacionais
Nações – somente após a Revolução Francesa.
 Comércio Internacional
 Nacionalidade – Lei de Imigração Jeremy Bentham – cria o termo International Law –
 Direito Constitucional Internacional Direito entre as Nações.
Bibliografia: Congresso de Viena de 1815 – povos civilizados, o que
criou uma polêmica, pois existiriam povos “não
Direito Internacional Público – Francisco Rezek
civilizados”.
Manual de Direito Internacional Público – Hildebrando
Acciolly / Paulo B. Casella Guerra somente foi considerada ilegal em 1919 no Direito
Direito Internacional Público – Marotta Rangel Internacional, pois antes era política normal de
dominação.
Direito Internacional Privado – Jacob Dolinger
Direito Internacional Privado – Beat Walter Rechsteiner Após a II Grande Guerra, o Direito Internacional passa a
Direito Internacional Privado – Irineu Strenger utilizar como centro a pessoa humana, deixando de tratar
somente dos aspectos econômicos e políticos – relação
Contexto Histórico – Direito Internacional: criar um
entre os Estados.
denominador comum entre os povos e Estados.
Sociedade Internacional
“Genealogia do Direito Internacional”
Fundamentos e Normas
“Ius Gentium” – Direito dos Povos / Gentes – Direito
Romano era somente para os cidadãos romanos (somente Conceito de Sociedade Internacional
os homens) – com as conquistas do Império Romano,
Conjunto de atores e sujeitos que operam no Direito
surge o Ius Gentium – aplicado àqueles que eram
Internacional
conquistados – tática dos romanos era a aculturação –
Atores: são os Estados, Organizações, e Pessoas
Pretor Romano aplicava o ius gentium.
Sujeitos de Direitos: ONGs, grupos armados separatistas,
“Ius Inter Gentes” – Direito entre os Povos / Gentes – grupos terroristas, Santa Sé (sui generis), Cruz Vermelha,
ideia de que havia o direito interno e o direito daqueles Estado Islâmico, entre outros.
que eram apropriados / conquistados – início do Direito
ONU: EI é um grupo armado com intenções terroristas.
Internacional.
Fundamentalista. Islamismo – é o Islã político.
Idade Antiga – 4000 a.C. – 476 d.C.
Conceito de Direito Internacional Público
Tratados sobre Conflitos Armados / Conquistas.
a) Critério dos Sujeitos Intervenientes: Estados,
Alianças Militares (tratados) – Ramsés II indivíduos, corporações, organizações internacionais
e outros que intervêm para que seja tomada uma
Tratados para impedir as Invasões Territoriais.
decisão no Direito Internacional – grupos terroristas
Em razão da deficiência e precariedade nas comunicações e outros.
surge a necessidade de envio de representantes para
b) Critério das Matérias Reguladas: inúmeras – relações
solução de conflitos  surge a “Diplomacia” (primeira
entre os Estados (Tratados e Convenções); regular
ideia de Diplomacia).
clima (meio ambiente), comércio internacional,
Idade Média  ±476 d.C. matérias sanitárias, doenças crônicas (diabetes, aids,
chicungunha), crimes internacionais etc. Direito do
Início do Feudalismo / Declínio do Império Romano (ficou
Mar, Direito Marítimo, Questões Territoriais, Direitos
muito grande) – Ascenção do Catolicismo
Humanos (humanitário), Imigrações etc.
Descentralização Política – Povo, Clero e Nobreza
c) Critério das Fontes Normativas: fontes gerais
Cristianismo: denominador comum – textos religiosos, (Tratados e Convenções), princípios...
sagrados – conteúdo moral.
Características do Ordenamento Jurídico
 Universalidade
 Fraternidade a) Descentralização: não existe um poder central. ONU
 “Igualdade perante Deus” é um órgão global de cooperação entre os Estados –
 Gênero Humano não tem poder central.
Declínio do Feudalismo  surgimento do Absolutismo – b) Horizontalização: igualdade jurídica entre os Estados
relação Igreja e Estado e Soberania. Um Estado não pode se intrometer nos
outros Estados.
Mercantilismo  Burguesia – nova classe com poder
econômico c) Sanções Políticas, Econômicas, Jurídicas: declarações
e resoluções da ONU, retirada de Estado de alguma
Direito Internacional e das Relações Econômicas Resumo
comunidade (Ex.: suspensão da Venezuela do internacionais; passagem inocente ou pacífica (mar
Mercosul), boicote, embargos, descumprimento de territorial ou espaço aéreo).
carta da OEA (indenizações, anulações de decisões
c) Princípios Gerais de Direito – Ex.: respeitar a coisa
etc.). Brasil recebeu punição por violência policial e
julgada, respeitar a lei dos Estados, passagem de
erros judiciários – indenização – OEA.
estrangeiro, diplomatas, extradição, nacionalidade,
Sistemas / Relação do DIP e o Direito Interno identidade (documentação) etc.
a) Dualista: após a assinatura de um tratado, é d) Decisões Judiciárias / Doutrina – é uma fonte do
transformado em norma interna – Brasil – também Direito Internacional – Ex.: parecer consultivo da
faz a constitucionalização dos tratados sobre direitos Corte Internacional de Justiça de Haia.
humanos.
e) Equidade – igualdade entre os Estados.
A partir do momento em que assina o tratado, já cria
obrigações recíprocas, que devem ser cumpridas. “a”, “b” e “c” são Fontes Primárias, e “d” e “e” são
Ratificação pelo Congresso e Decreto Presidencial é Fontes Secundárias.
para criar o procedimento (norma interna). Neste
“Soft Law” – tratados comerciais menores (nem todos os
processo já analisa se há normas contraditórias e as
Estados Americanos são obrigados a seguir) – também é
revoga.
fonte do Direito Internacional.
b) Monista: após a assinatura de um tratado não há a
Questões:
necessidade de nenhum procedimento interno – Ex.:
1. Conceitue no Direito Internacional atores e sujeitos.
França. Não precisa passar no Parlamento para ser
2. Com relação a sistemas de Direito Internacional e
transformado em lei. Maior rapidez.
Direito Interno, conceitue as duas teorias.
Fundamentos e Normas Cogentes – Direito Internacional 3. Do que se trata Jus Cogens (normas cogentes) no
tem normas escritas, é positivado – tratados e Direito Internacional? Exemplifique com uma norma.
convenções (normalmente escritos nas línguas dos dois 4. Considerando o Estatuto da CIJ, cite e explique suas
Estados e uma terceira língua). Não há codificação. principais fontes.
 “Pacta Sunt Servanda” – os pactos (obrigações) Sujeitos do Direito Internacional
devem ser cumpridos de boa-fé – trazido do Direito
a) Estados: ator do Direito Internacional – sujeito
Romano.
principal – dos Estados surgem as relações
 Boa-fé nas relações internacionais e no cumprimento
internacionais.
das obrigações assumidas, em continuação do pacta
sunt servanda. b) Coletividades Interestatais: também é ator do Direito
 “Jus Cogens” – Art. 53 a 64 da Convenção de Viena Internacional – sujeitos de direitos e deveres. Ex.:
sobre o Direito dos Tratados – junto com a Declaração ONU (Carta de São Francisco) – três sedes: EUA,
Universal dos Direitos Humanos é considerada uma Genebra, Viena –; OEA
norma geral (tentativa de codificação) – é cogente,
c) Coletividades Não Estatais: não são sujeitos
imperativa (norma geral e aceita pelo Direito
“completos” no Direito Internacional. Detêm algumas
Internacional). Trata de como se constrói um Tratado.
características e podem celebrar alguns tratados.
Estabelece procedimentos, pessoas que podem
1. Beligerantes: Ex.: Sandinistas (Nicarágua) –
participar das negociações, princípios gerais de Direito
Pacto Andino, 1979; FARCs – grupos armados
Internacional (não agressão, não intervenção,
que tomam parte do território de determinado
respeito à soberania, legítima defesa dos Estados,
Estado e se insurgem contra alguma questão
autodeterminação dos Estados etc.).
(separar, contra ditador, mudar sistema político,
a) Normas Imperativas – todos os Estados têm que fazer revolução etc.). Não difundem o terror.
respeitar. Questões de segurança internacional.
2. Insurgentes: Ex.: grupos paramilitares; militares
b) Regras Gerais – não há a necessidade de
boicotando a monarquia no Brasil – insurgem
assinatura e/ou ratificação, que serão seguidas
contra o sistema político, nem sempre são
pela Sociedade Internacional.
armados e não detêm o controle de um território.
Diferente do TPI, que necessitou da adesão de 90
3. Movimentos de Libertação Nacional: Ex.: OLP,
Estados para o início de sua atuação.
Luta para Independência da Argélia
c) Derrogação apenas por normas de mesmo status 4. Santa Sé – Tratado de Latrão, 1929 – sujeito de
– jurisprudência de Direito Internacional. direito internacional – detém características de
Estado, mas não é um Estado (não está na ONU)
Rol originário das Fontes de Direito Internacional Público
– tem jurisdição sobre seus religiosos; direito
Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça – canônico, eclesiástico; mas um crime dentro do
criou as normas em caráter geral – jurisdição: conflito Vaticano está sob a jurisdição italiana – não tem
entre os Estados, entendimento sobre tratados entre os todos os elementos objetivos de Estado
Estados – somente sobre Estados. Também tem (território, governo soberano, povo).
competência consultiva – Ex.: interpretação de um 5. Soberana Ordem de Malta: ordem criada para
tratado com relação a um caso (entendimento) – parece ajuda de feridos de guerra – é anterior à Cruz
uma jurisprudência. Vermelha.
6. Cruz Vermelha Internacional: ajuda humanitária
Liga das Nações foi criada após a I Grande Guerra e
em conflitos armados (tem imunidade) – sujeito
extinta antes da II Grande Guerra. ONU foi criada após a
de direitos.
II Grande Guerra, e assumiu todos os documentos da
7. Sociedades Comerciais: transnacionais, grandes
extinga Liga das Nações.
grupos, grandes empresas – muito importantes
a) Convenções (multilateral – entendimento sobre nas questões econômicas – são sujeitos de
temas específicos) / Tratados (em geral bilaterais, direitos.
com questões específicas; obrigações assumidas 8. ONGs: Green Peace, Médicos Sem Fronteiras, ILA
entre os Estados) (International Law Association).
9. Indivíduos: após 1945, com a Declaração
b) Costume Internacional – normas que não são
Universal dos Direitos do Homem, o indivíduo foi
escritas, antecedem as normas escritas. Ex.: não
introduzido como sujeito no Direito Internacional
agressão; não intervenção nos Estados; respeito à
(dignidade da pessoa humana) – Ex.:
integridade territorial do Estado; boa-fé nas relações
Direito Internacional e das Relações Econômicas Resumo
responsabilizar os indivíduos por atos de Estado a) Quanto aos Tratados
(Ex.: genocídio, crimes de guerra etc. – Direito b) Quanto à Nacionalidade: aqueles que lá residiam
Penal Internacional). mantêm a nacionalidade com vínculo jurídico
(autonomia da vontade) – mas têm vínculo com a
Estado como Pessoa de Direito Internacional
nação anterior. Na extinção, não haverá mais a
a) Elementos Objetivos nacionalidade anterior. Depende do processo.
 Território: garantia dada ao Estado interna e c) Quanto às obrigações financeiras: no
externa, e é onde exerce sua jurisdição – espaço desmembramento a questão é complexa (faz rateio
aéreo, mar territorial, plataforma continental – entre os novos Estados? Começa de novo e perdoa as
além destes limites é espaço internacional. dívidas?). Existem tratados que versam sobre as
 Governo Soberano: soberania pode ser por questões financeiras.
manifestação popular, ou de outra maneira d) Quanto à legislação interna: pode haver revogação
diferente. total, parcial ou sem revogação (tábula rasa,
 Povo: vínculo jurídico com o Estado – direito de anexação parcial ou total).
nacionalidade – ius solis ou ius sanguíneo –
Sujeitos de Direito Internacional
adotados de forma constitucional.
Organizações Interestatais – transferir as funções
Convenção de Montevidéu sobre Direitos e Deveres
internacionais de interesse comum dos Estados – podem
dos Estados, 1933
celebrar tratados e convenções. Ex.: ONU, OEA, Unidade
1. Povoação Permanente: população que tenha
Árabe, Unidade Africana.
vínculo jurídico de permanência.
2. Território Determinado: história do próprio  Pessoas Jurídicas de Direito Internacional Público criada
Estado, Tratados e Acordos relacionados a regiões mediante tratado constitutivo (carta / constituição).
anexadas. Detém personalidade jurídica própria e não se confunde
3. Governo Autônomo: determina a soberania do com os Estados membros. Mas podem ter extensão de
Estado. interesses, como os Estados Unidos e a ONU.
b) Elementos Subjetivos:  Elementos: composição por Estados (cada estado
1. Governo independente e autônomo na condução decide sua participação ou não). Objetivos comuns,
dos negócios estrangeiros: reconhecimento do multilateralidade (tratado aberto – Estados podem
Estado nas relações internacionais. aderir quando bem entenderem), convencionalidade
2. Existência de autoridade efetiva dentro do (capacidade de criar normas, tratados e convenções –
território: reconhecida pelo povo. Ex.: Resolução da ONU), caráter voluntário de
3. Necessidade de território delimitado: tratados, associação (pode entrar ou sair quando achar
convenções, questões históricas. conveniente).
Ex.: União Europeia – surgiu como um bloco econômico
Direitos Fundamentais do Estado
e evoluiu para outras áreas, como livre circulação de
a) Exercer sua jurisdição em seu território – sem pessoas (reduz custos de fronteiras dos Estados),
impedimentos ou ingerência de outros Estados. unificação monetária, constituição própria etc.
b) Igualdade Jurídica – entre Estados
 Competências:
c) Independência em relação ao demais
 Normativa: regulamentar – emitir normas, políticas
d) Utilização de bens comuns – mar internacional,
globais, barreiras alfandegárias – Ex.: normas da
Antártida e Antártica. Questões sobre a Amazônia.
OMS.
e) Liberdade no comércio internacional – desde que seja
 Controle: das próprias ações – Ex.: Conselho de
uma questão lícita.
Segurança da ONU – imposição de sanções – Ex.:
f) Legítima Defesa: ameaças colocadas de forma clara,
suspensão (Cuba, Honduras).
como no Direito Penal. Conceito da “Paz Armada” – é
 Operacional: funções específicas; funcionários são
para demonstrar a força do Estado.
das organizações e não dos Estados Membros. Têm
Formação do Estado personalidade jurídica própria.
 Impositiva: imposição das sanções – prevista na
a) Fundação Direta: acontecia no final das navegações –
própria carta.
Ex.: Bula Inter Coetera de 1493 – dividia o mundo
entre Portugal e Espanha.  Caso Folke Bernadotte – CIJ (Corte Internacional de
b) Emancipação: desmantelamento dos grandes reinos; Justiça), 1948 – era um funcionário de alto escalão da
emancipação após a 2ª Grande Guerra (Polônia, ONU – negociação no Oriente Médio (Israel, Palestina
Áustria etc.). etc.) – foi assassinado nestas negociações.
c) Separação / Desmembramento: anos 90 – queda do  Responsabilidade por danos causados em serviço
muro de Berlin; queda da União Soviética - USSR das Nações Unidas.
(Ucrânia, Bielorrússia etc.). Iugoslávia –  Organizações têm responsabilidade por seus
desmembramento pela guerra, uso da força armada. funcionários – personalidade jurídica própria.
Ligado à autodeterminação dos povos.
 Espécies de Organizações:
Reconhecimento de Estado / Governo  Integração / Direito Comunitário – são ligadas a
Questão complexa – para as relações internacionais é comércio, comércio internacional, livre circulação de
ligada às relações diplomáticas. Se não reconhecer o novo mercadorias (união alfandegária), livre circulação
Estado ou Governo, corta as relações diplomáticas e traz de pessoas, união comum, união financeira – depois
de volta o Embaixador e o corpo diplomático. podem se desenvolver para a esfera política
(parlamento específico). União Europeia pode impor
Extinção do Estado
sanções, inclusive excluir Estados (retirados);
Ex.: Iugoslávia (desmembramento).
devem garantir direitos humanos.
Efeitos da Sucessão dos Estados: três teorias – 1. Tábula Princípio “non refoulement” – não recusa, não
Rasa (todos os tratados são extintos, e começa a firmar rechaço – devolver as pessoas (refugiados) quando
novos tratados – nascer novamente); 2. Anexação Parcial estas podem ter um tratamento muito pior em
ou 3. Total (pode manter parcialmente os tratados outro Estado.
anteriores, ou pode aceitar todos os tratados).  Cooperação Política – principal é a ONU – outros
exemplos OEA, União Africana.
 Cooperação Regional / Política
Direito Internacional e das Relações Econômicas Resumo
ONU – criada pela Carta de São Francisco de 1945 – Estados E Organizações:
sedes em Nova York e em Genebra. Tratados de bitributação – alíquota única para não ocorrer
Coordenação política. Coordenação entre os Governos. bitributação, união alfandegária para proteger o comércio.
Decisões são feitas de maneira coletiva.
Espécies de Organizações:
FMI, OMC, OMS, UNESCO, FAU, fundos de reparação de
Têm personalidade jurídica.
danos.
União Política.
 Organização Global: o país não é obrigado a fazer parte União Financeira (bancos) e Monetária (Zona do Euro).
da ONU, porém não há país que não faça parte,
União Europeia – pode estabelecer:
somente alguns que não foram ainda reconhecidos. A
Suspensão, sanções.
partir do momento que o país é criado, faz parte da
Refoulement.
ONU, para ter o direito de voto, além de outros
“Non refoulement” – não recusa. Isto é um princípio.
benefícios.
A partir do momento em que é criado o Estado, ele já faz
 Fundamentos / Princípios:
parte da ONU, por conta de um consenso mundial.
 Cooperação Política
 Garantia da Paz
Comissão de Direito Internacional.
 Segurança
 Restrição ao uso da força Relatórios da ONU – recomendações da ONU, são
 Desenvolvimento do Direito Internacional pareceres e não obrigam.
 Dignidade da Pessoa Humana – hoje a cruzada é
Conselho de Segurança: 5 assentos fixos (EUA, França,
por direitos das minorias, grupos vulneráveis e
Rússia, China e Inglaterra – têm maior poderia bélico) +
contra os grupos terroristas.
15 circulantes.
 Órgãos: Ligado à proteção territorial. Tomam decisões conjuntas.
 Assembleia Geral – caráter deliberativo – o que será
Art. 31, Carta da ONU – fala sobre o Conselho de
importante daqui para frente.
Segurança.
 Conselho de Segurança – controvertido – 5
Art. 39 – ações do Conselho de Segurança, como uso da
assentos fixos: EUA, França, Rússia, China e
força no caso de ameaça à paz, se será prejudicada.
Inglaterra; além de 15 assentos não permanentes
Decidem as medidas a serem tomadas.
que são alterados a cada 2 anos – Brasil já fez
Art. 41 – bombardeios etc., interrupções de relações
parte.
econômicas para isolar o país em questão, chegando até o
Art. 31 – estrutura.
fechamento de embaixada.
Art. 39 – decide se vai utilizar de força em ameaça
à paz; se pode promover ruptura ou ameaça global OEA (1948): Democracia como fundamento, permitindo
– por fim decide as medidas que serão tomadas. que se algum país romper este fundamento, pode ser
Art. 41 e 42 – medidas que serão tomadas. suspenso.
Inclusive rompimento diplomático.
Pacto de San José da Costa Rica: manutenção dos
 Conselhos Econômico e Social
princípios da Carta da OEA. Decidem questões de direitos
 Secretaria Geral
humanos e princípios, num sistema regional (democracia,
 Mecanismos / Funcionamento desenvolvimento econômico, tráfico de drogas,
manutenção da estabilidade dos Estados).
 Arts. 39 a 51 – Carta da ONU – Ações relativas a
Os sistemas regionais são mais efetivos. Também tem a
ameaça da paz, ruptura da paz e agressão
Corte Europeia, que permite que pessoas físicas
 Sanções Econômicas / Comunicação denunciem um país por não cumprir acordos.
 Carta da OEA – tem um ponto interessante: Corte Interamericana: princípio da convencionalidade –
manutenção da democracia. Pacto de San Jose da anulação de sentença, pedido de desculpa, indenizações.
Costa Rica – Direitos Humanas – Corte Interamericana
Personalidade jurídica das Nações / Do que se trata a
de Direitos Humanos. Trabalha com questões mais
convencionalidade das organizações / O que são
regionais, próprias – democracia, desenvolvimento dos
organizações (3 espécies de organizações) / Princípio da
Estados, tráfico de drogas etc.
resistência da força no sistema ONU / O que são ações
 Unidade Árabe; União Africana – não há organização relativas à ameaça da paz no sistema ONU.
regional na Ásia
Relações Diplomáticas / Consulares
Organizações
Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas / 1961
 Carta / Constituição
Convenção de Viena sobre Relações Consulares / 1963
 Tribunais
(São Decretos no Brasil).
 Não se confundem com os Estados-membros
OEA – Organização Regional O estabelecimento de Relações Diplomáticas entre
Estados e o envio de missões diplomáticas permanentes
Elementos:
efetuam-se por consentimento mútuo (é imprescindível!).
Os Estados participam voluntariamente, como também
podem se retirar. Se não seguirem os princípios, podem Funções das Missões:
ser suspensos ou retirados. Ex.: Venezuela. Na ONU é  Representar o Estado acreditante perante o Estado
mais difícil. receptor.
 Proteger no Estado receptor os interesses do Estado
As Organizações são multilaterais e seus Tratados são
acreditante dentro dos limites do Direito.
abertos.
 Negociar com o Governo no Estado receptor.
Carta da ONU = obrigações “erga omnes” para novos  Promover relações amistosas.
Estados criados, independente da aceitação ou não.  Informar-se por todos os meios lícitos das condições
do Estado receptor.
Capacidade de criar Normas:
Resolução da ONU (são inúmeras) – entendimento de Classificação do Pessoal:
caráter global, epidemias, intervenção de paz (Conselho 1. Pessoal Diplomático
de Segurança), políticas globais. 2. Pessoal Administrativo / Técnico
3. Pessoal de Serviço
Direito Internacional e das Relações Econômicas Resumo
Chefes de Missão:  Chefes de Estado: somente em viagem oficial fora do
 Embaixadores / Núncios (Igreja) Estado.
 Enviados / Ministro das Relações Exteriores /  Quando Exercem funções próprias de Estado
Internúncios  Diplomatas, Cônsules.
 Encarregados de negócios = intermediação de
Diplomatas: imunidades maiores, não se sujeitam à
acordos comerciais.
jurisdição do território. Alcança a família do Embaixador /
Nomeação de Membros que não o Chefe da Missão: diplomata.
 Adidos Militares: pessoas das forças armadas para
1) Imunidade Penal:
realizar funções logísticas, estratégia militar de
Inviolabilidade: pessoal, bagagem, comunicações,
guerra.
veículos, arquivos, documentos.
 Adidos Policiais: retirados da PF para investigar, fazer
Exceções: bagagem incompatível com o serviço
o operacional.
oficial.
Diplomata – “agreement” (consentimento).
2) Imunidade Cível:
Cônsul – “exequatur” Imóveis. Exceção: imóveis particulares não
residenciais, e ações de profissionais liberais.
Cessação de Funções de Pessoal Diplomático: fechar
Liberação da obrigação de depor como testemunha.
embaixada, romper relações diplomáticas.
3) Imunidade Tributária:
Instalações / Facilidades – Art. 25, CVRD.
Em relação ao diplomata é total (não paga impostos),
CVRD – está ligado às embaixadas – aspecto político. e sua família também.
Questões de Estados, contratos comerciais, econômicos, Exceção: imóveis particulares não residenciais,
aduaneiros. impostos diretos, taxas de serviço.
CVRC – funções tidas como extensão do serviço público. Cônsul: imunidade relativizada
Documentos, emissão de registros, acompanhamento de  Não se estende ao pessoal, apenas se for relacionado
nacionais. ao próprio serviço.
 Possibilidade de prisão em caso de crime grave.
Estado Receptor: aquele que recebe, instala embaixada
 Sentença penal definitiva.
etc.
 Imunidade cível por atos realizados no exercício das
Estado Acreditante: aquele que envia Cônsul. suas funções.
 Ações propostas por terceiros em acidentes.
Consulado: suporte para nacionais.
 Ações de funcionários que resultem de contrato
Rompimento de Relações Diplomáticas = fecha a realizado por ações fora do serviço oficial.
embaixada (não cuida de documentos, poucos serviços  Imunidade tributária: igual ao Diplomata.
consulares), mas o consulado pode permanecer.  Residência do Cônsul não alcança funcionários.
Embaixadas / Consulados – local cedido e tem imunidade Resolução 162, CNJ
em relação à jurisdição do Estado onde está Estrangeiro preso no Brasil: juízes penais / execução
(inviolabilidade). penal, oficiam os consulados – que irão verificar as
Responsabilidade mútua quanto à segurança física das garantias constitucionais, eventuais (de D.H.).
Embaixadas e Consulados.
Direito de Integração
Garantias e privilégios: penais, tributários etc.
Direito Comunitário
Art. 3º, Convenção de Viena: consolidação através de
Blocos Regionais: mecanismos criados e formados por
missões, com consentimento mútuo.
Estados com interesses inicialmente ligados ao
Estado Acreditante: envia missões. desenvolvimento econômico. Intenção de melhorar
aspectos econômicos e circulação de pessoas.
Carros a serviço do Embaixador também são invioláveis,
Ex.: União Europeia.
não podem ser revistados. Diplomatas têm imunidades
totais em relação aos cônsules (que têm menos Direito de Integração: surgiu para remover aspectos
imunidades). negativos da globalização = como as crises regionais.
Renúncia às imunidades: feito pelo Estado que o enviou. Estágios da Integração:
Chefes de Missão Diplomática: nomeadas pelo Presidente 1) Área / Zona de Livre Comércio: liberação de circulação
da República. de bens dentro do bloco regional.
2) União Aduaneira: regras comuns para importações
Questões burocráticas: 1º, 2º, 3º Secretário, Cônsul.
oriundas de Estados fora do bloco. Ex.: Mercosul,
Embaixador: pode não ter relação com funções
Unasul, Alca. Taxa única para importações dentro do
diplomáticas.
bloco. A partir daqui o bloco faz tratados com outros
3º Secretário: função administrativa em algum país. Faz Estados.
questões mais elementares. 3) Mercado Comum: livre circulação de fatores de
produção = questões de fronteira muito mais
Encarregados de Negócios: questões comerciais,
flexibilizada (menor fiscalização).
investimentos no país. São negociadores em caráter
4) União Econômica / Monetária: políticas
internacional.
macroeconômicas, união política. Livre circulação de
Pessoal de Serviço: não precisa ser brasileiro, nacional. pessoas, de trabalho dentro do bloco. Ex.: Euro como
Gozam de privilégios. moeda única. Parlamento legislando.
5) União Política: coordenação de ações no campo
Órgãos de Estado nas Relações Internacionais
político. União Europeia não chegou a consolidar este
 Chefes de Estado – Arts. 84, 52, 59, CF – guerras,
processo, pois não há uma única constituição
acordos de paz, nomeação de ministros, consular e
(“Constituição Europeia”) que se sobrepõe às
diplomático.
Constituições dos Estados.
 Ministros | Relações Exteriores.
Direito Comunitário:
Imunidades | Privilégios:
 Regula mecanismos de Integração que atingiram
 Ao Chefe de Estado e aos que realizam atividades
estágio de desenvolvimento mais profundo.
internacionais, diplomáticas.
 Erasmus Mundus: dupla diplomação.
Direito Internacional e das Relações Econômicas Resumo
 Normas criadas pelos Estados, mas também pelos UNIÃO EUROPEIA – 4º estágio de integração
órgãos comunitários. Legislação do Estado combinado
Histórico:
com Legislação Europeia (superior até em relação à
 Benelux – 1944
legislação dos Estados). Tem que ser harmônica
 Conselho da Europa – 1949
quanto aos Direitos Humanos, Democracia, sob pena
 CECA – 1951
de suspensão do bloco.
 Tratado de Roma – 1957
 Aplicabilidade Direta / Superioridade Hierárquica –
 Ato Único Europeu – 1986
uma norma criada pela União Europeia, por exemplo,
 Tratado de Maastrich – 1992
está acima da legislação dos Estados (superioridade
hierárquica) – e para isto não é necessária nenhuma Composição: 27 Estados.
norma específica.
Estrutura:
 Supranacionalidade.
1. Conselho Europeu: decidem sobre questões políticas
 Autonomia.
macroeconômicas na União Europeia.
Fontes: 2. Parlamento Europeu: aspecto supranacional. Tem
Tratados / atos celebrados pelos Estados. representantes de cada Estado, de acordo com a
Regulamentos / Diretivas. dimensão dele. Regulam questões sobre DH na
Decisões / Recomendações. Europa, acesso à educação, justiça, minorias
Pareceres. vulneráveis, imigrantes, xenofobia etc. Discute-se
questões Europeias, e não somente de um Estado.
Princípios:
3. Comissão Europeia: política nacional de inclusão, DH.
1) Integração – aplicabilidade direta e efeito direto –
4. Tribunal de Justiça: relacionado à Estados da UE.
união da legislação
5. Tribunal de Contas: ligado ao Banco Central Europeu.
2) Primazia – superioridade do Direito Interno.
3) Aplicação Uniforme e Harmonização – Uniformização Se 2ª fase de integração com determinado bloco, este
de legislações para se harmonizarem às legislações da Estado pode fazer tratado com outro bloco.
União Europeia, e os Estados têm que aplicar.
Capital da UE: Bruxelas.
4) Subsidiariedade e Substituição
Tem Supranacionalidade.
Mercosul: fomentar integração dos países menos
Os Estados se subordinam às decisões do Conselho e
favorecidos. Ex.: Paraguai.
Parlamento Europeu.
Alac – 1960
Aladi – 1980 Cidadania Europeia: direitos de circulação, trabalho etc.
Negociações Argentina / Brasil – 1908
Tratados
Tratado de Assunção – 1991
Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados / 1969
MERCOSUL
/ 1986 - Organizações
Membros: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai.
Elementos dos Tratados
Associados: Bolívia, Chile, Colômbia, Guiana, Equador,  Acordo de Vontades / Obrigatoriedade
Suriname, Peru – acordo e livre comércio com o Mercosul  Forma Escrita
– agronegócios, soja, leite, carne etc., commodities.  Elaboração por Estados / Organizações Internacionais
Não precisa ter fronteira para formar Bloco Regional. Terminologia / Espécies
Traz desenvolvimento para os países menos favorecidos.
1) Acordo de Vontades / Troca de Notas
Não há supranacionalidade, nem legislação conjunta
2) Ajuste Complementar / Acordo Complementar
(como ocorre na União Europeia).
3) Carta / Constituição
Cláusula Democrática: 4) Estatuto – OEA, Tribunais Internacionais
Imposição colocada algum tempo depois aos Estados que 5) Compromisso – tratado assinado por Estados com a
compõem o Bloco. O Estado que sofra golpe de Estado, utilização de Arbitragem (resolver sobre as
ruptura de instituições, pode ser suspenso e depois obrigações dos Estados).
retirado. Depois, quando restabelecida a democracia, 6) Concordata – normas da Santa Sé – Direito
pode voltar para o Bloco. Eclesiástico – anulação de casamentos religiosos –
penalidades ao clero
Atual Estágio: União Aduaneira.
7) Convenção – em geral é multilateral e cria normas de
Protocolo de Ouro Preto: PJ de Direito Público.
Direito Internacional (Tratado Lei)
Não há supranacionalidade.
8) Convênio – pesquisa científica, cooperação,
Estrutura: tecnologia, intercâmbio
1. Conselho do Mercado Comum: formado por Ministros 9) Declaração – cria princípios – Ex.: Declaração de
da Economia e das Relações Exteriores. Decidem e Direitos Humanos
criam normas, tratados, pareceres, que regulam 10) Pacto – envolve comprometimento político entre
políticas externas, vistos, permanência etc. Medidas Estados
repressivas se infringida a cláusula democrática. 11) Protocolo – acordo, tratado adicional, que cria metas
2. Grupo do Mercado Comum: medidas relacionadas à de atingimento – Ex.: Protocolo de Kyoto; Acordo de
circulação de produtos. Paris
3. Comissão de Comércio: fiscaliza as políticas internas
Classificação
dos países.
4. Secretaria Administrativa 1) Número de Partes: Bilateral; Multilateral
2) Procedimento de Conclusão: Solene; Simplificado
Tem o Parlamento (Parlasul) em Montevidéu, resolve
3) Execução: Transitório; Permanente
questões aduaneiras.
4) Natureza das Normas: Tratado Contrato; Tratado Lei
Controvérsias: 5) Efeitos: Restrito às Partes; Alcançando Terceiros
Não se judicializa. Parte-se para Arbitragem (Tribunal Ad 6) Adesão: Abertos – aceitam a entrada de componentes
Hoc). Se não resolver, vai para o Tribunal Permanente a qualquer momento; Fechados – não admitem a
(que tem jurisdição). entrada de outros membros.
 Negociações.
Condições de Validade
 Arbitragem (tem uma lista para o Mercosul).
 Tribunal Permanente de Revisão (em Assunção).
Direito Internacional e das Relações Econômicas Resumo
1) Capacidade – sujeitos de direitos: Estados e
Adesão: Art. 15, CVDT – ato unilateral de Estado ou
Organizações
Organização que prevê o seu cumprimento às normas do
2) Habilitação dos Agentes – agentes agindo em nome
Tratado – somente para Tratados abertos.
dos Estados – Chefes de Estado / Governo, Ministro de
Relações Exteriores; diplomatas designados para Alteração / Emendas / Revisões
aquela negociação – “Carta de Plenos Poderes”
Art. 40, § 4º, CVDT
comprova a nomeação do agente.
Duplicidade de Regimes Jurídicos – Estado pode aderir
3) Consentimento Regular – sem erro, dolo, coação,
mediante ressalvas, o que cria este regime dúplice.
corrupção
Há tratados fechados que não permitem alterações, mas
4) Objeto Lícito e Possível – de acordo com os princípios
muitos tratados podem sofrer alterações, revisões ou
do Direito Internacional
emendas (depende da estrutura do tratado).
Processo de Elaboração Denúncia: retirada do Estado do Tratado – mas há uma
“Vacatio legis” de 1 ano.
1) Negociação – assinatura com ressalvas, no caso do
Brasil – dualista – negociação é realizada pelos Reservas  Declaração Unilateral da Parte ao assinar /
agentes habilitados ratificar / aceitar / aprovar tratado ou a ele aderir com
2) Assinatura – no Brasil a competência é privativa do objetivo de excluir / modificar efeito jurídico de certas
Presidente da República disposições. “Salvaguarda”.
3) Ratificação – “mensagem” ao Congresso Nacional para
Extinção / Suspensão dos Tratados
que seja iniciada a ratificação – confirmação do
É possível mediante acordo comum entre as partes; causa
tratado assinado
superveniente; conclusão (edição de um novo tratado
Muitos Estados assinam e não ratificam – mas não
revogando as disposições do tratado anterior); bilateral:
deixa de ser fonte do Direito Internacional – “normas
denúncia; impossibilidade do seu cumprimento.
costumeiras”
Guerra: motivo de suspensão dos Tratados. Também pode
4) Entrada em Vigor – Decreto (do Presidente),
ser de comum acordo.
determinando que o tratado seja cumprido por todos
os órgãos no Brasil Denúncia – Art. 56, § 2º, CVDT
5) Registro – na Comissão de Direito Internacional da  Brasil – Art. 84, VII, CF – ato privativo do Presidente.
ONU Ato unilateral do Estado se retirando do Tratado, mas
deve manter seus efeitos por 12 meses.
Efeitos dos Tratados sobre as Partes e sobre
Terceiros Processo de Internalização de Tratados no Direito
Brasileiro
1) Entrada em Vigor:
Art. 24, § 1º, CVDT (Ius Cogens – Convenção de Viena  Negociação: Governo Executivo Federal (Ministério das
sobre Direito dos Tratados de 1969 dos Estados e de Relações Exteriores)
1986 sobre Organizações Internacionais) – Data
 Assinatura: Representantes / Nomeados – Carta de
Prevista no Tratado.
Plenos Poderes – Ato Delegatório
Art. 24, § 2º, CVDT – Na ausência de disposição da
data, a vigência se inicia com o consentimento dos  Ratificação: Presidente da República mediante
pactuantes. Ex.: Estatuto de Roma só iniciou suas autorização do Congresso Nacional  Promulgação por
atividades após um número de ratificações (que foi Decreto do Presidente da República
60) – Tribunal Penal Internacional. MRE (Ministério das Relações Exteriores)  PR
(Presidente da República)  (mensagem) Congresso
2) Boa-fé: Art. 26, CVDT – pois há normas no direito
Nacional.
internacional que são cumpridas somente com uso da
força, o que é ilegal (dolo, coação, ameaça...) Posição Hierárquica Normativa dos Tratados
Regra Geral: status de Lei Ordinária Federal (maioria dos
3) Inadimplemento dos Tratados: Art. 27, CVDT –
Tratados).
pactuantes não podem alegar o direito interno como
motivo para inadimplemento das obrigações no Atenção: Tratados em geral não tem competência para
tratado. regular matéria de Lei Complementar!
Aplicação dos Tratados no Tempo Tratados Tributários  Art. 98, CTN (status de LC) –
normas de tratados se sobrepõem às leis nacionais.
Princípio da Irretroatividade – Ex nunc – em geral não
Exceção à regra acima.
pode haver retroatividade. É a mesma questão do direito
penal brasileiro. Processo Civil – Cooperação Judiciária – Art. 13, CPC –
envolvem cumprimento de cartas rogatórias, homologação
Caso: Convenção contra Tortura / 1984
de sentença estrangeira e outros.
Lei da Anistia – 6.685/79 – retorno das pessoas
exiladas, mas estabelecia uma “auto anistia” aos Tratados de Direitos Humanos:
próprios militares e policiais. Art. 5º, § 2º, CF – supralegal (acima das leis ordinárias,
Após 1984, houve indagação na Corte mas abaixo da CF e EC).
Interamericana se a Lei da Anistia ainda estava Art. 5º, § 3º, CF (EC 45/2004) – tratados com status de
vigente, em função da assinatura do Tratado Emenda Constitucional.
contra Tortura (caso da Guerrilha do Araguaia).
Conflitos no Direito Internacional
O STF reconheceu que a Lei da Anistia era
constitucional. Porém a Corte Interamericana Soluções de Controvérsias
considerou que violava a Convencionalidade
2) Natureza Jurídica dos Conflitos / Controvérsias – hoje
(obrigação sobre atos do passado – pelo menos
a guerra é um ilícito no Direito Internacional.
descobrir a verdade – Comissão da Verdade).
1. Jurídicas: conversas, entendimentos,
Resumo – Vigência dos Tratados interpretações ou cumprimento de tratados e
convenções; questões de direitos humanos ou
 Pode ser contemporânea (data prevista no Tratado) ou
humanitário; questões institucionais internas dos
diferida (consentimento dos pactuantes).
Estados (acesso à Justiça).
 Pode ser por prazo determinado
2. Políticas: dignidade do Estado, por exemplo, EUA
 Pode ser condicionado à cláusula resolutória
vs. Coréia do Norte; interesses econômicos;
 Não retroagem / salvo disposição
interesses políticos; segurança nacional.
 Não se aplicam à terceiros / salvo disposição
Direito Internacional e das Relações Econômicas Resumo
3) Soluções Pacíficas 5) Meios Coercitivos de Solução de Controvérsias (não
bélicos) – quando não foi possível chegar em uma
1. Meios Diplomáticos – Carta da ONU
solução pacífica. Estado vs. Estado. São meios
a) Negociações Diretas: mecanismos diretos de
legítimos.
soluções de conflitos entre Estados, via
a) Retorsão ou Retaliação (reciprocidade) – resposta a
Embaixadores – troca de notas, ofícios, entre
ato ilícito do agressor. Ex.: circulação de pessoas e
Chefes de Estados – criando uma solução para
bens; vistos de entrada; questões comerciais;
a controvérsia. Clemência para nacionais de
rechaço a produtos nacionais etc. “Lei de Talião” no
outros Estados.
Direito Internacional.
b) Sistemas Consultivos: há um tratado ou acordo
b) Represálias – trata-se de autotutela em resposta a
entre os Estados – revisões periódicas – há
violações anteriores. Já houve uma violação
vários sistemas consultivos – Ex.: meio
anterior que não foi solucionada pacificamente.
ambiente. Os Estados se reúnem
Questões comerciais, sobretaxa, protecionismo etc.
periodicamente para realizar a revisão e
Ex.: sequestro de bens e valores, interrupção de
solucionar eventuais controvérsias.
relações comerciais, retirada de privilégios,
c) Mediações: terceiro (Estado) para solucionar a
denúncia de tratados.
controvérsia – conversas, negociações – sem
Ex.: caso Brasil vs. EUA (algodão). Subsídio muito
indicar solução (o terceiro).
alto para o algodão americano – Brasil criou uma
d) Bons Ofícios: terceiro (Estado) – já existe uma
sobretaxa à importação deste produto.
ruptura entre os Estados em conflito – há a
c) Bloqueio Pacífico – impedimento de circulação de
necessidade do terceiro para intermediar a
veículos / pessoas. Ainda não há a declaração de
negociação e reaproximação.
guerra. Ex.: antes da Guerra das Malvinas –
e) Congressos / Conferências: iniciam acordo ou
Inglaterra bloqueou nos seus portos as
plano de trabalho – iniciativas, entendimentos,
embarcações de bandeira argentina (não podia sair
resoluções.
dos portos).
2. Meios Jurídicos – direito internacional para solução d) Boicote – Ex.: EUA vs. Cuba 1962 – não podia
de conflitos. comprar nem vender nada para Cuba.
a) Comissões de Inquérito: averiguar fato e ONU vs. África do Sul 1984 – Apartheid – regime
autoria (como no direito interno – CPI). Ex.: considerado ilegal. Suspensão de envio de
caso Fukushima e Chernobyl. Depois, tentar produtos e ajuda ao país.
compor um acordo ou tratado. Sempre unilateral – um Estado para o outro.
b) Conciliação: terceiro (Estado ou Organização) e) Rompimento de Relações Diplomáticas – medida
que já traz uma possível solução. bastante coercitiva – pode continuar mantendo
c) Soluções Arbitrais: pode ser obrigatória (Ex.: relações consulares. Retirada da Embaixada.
Mercosul) ou escolha voluntária dos Estados. f) Exclusão de Bloco Regional / OIs – Ex.: Venezuela
Ex.: Estado de São Paulo vs. Alstom – solução – descumprimento de obrigações nos tratados –
não poderia ocorrer somente utilizando a lei suspensão na OEA.
brasileira ou a lei francesa. g) ILEGAL – Embargo – sequestro / expropriação de
d) Soluções Judiciárias bens. Ex.: Pirataria, corsários. No passado era
Corte Internacional de Justiça – 15 membros de legal, para ressarcir os cofres do Estado.
nacionalidades diferentes – 9 anos de mandato,
Direito da Guerra e Neutralidade
reconduzível – Haia na Holanda. Apenas sobre
obrigações dos Estados. 1) Noção de Guerra
Decisões: executor é o Conselho de Segurança  Protocolos I / II – Convenção de Genebra 77 –
da ONU. conceito do que é o conflito com o uso da força no
 Competência – Contenciosa / Consultiva exercício da autodeterminação dos povos – defesa,
(Estados podem solicitar um parecer – criam evitar dominação do colonialismo, invasão de
precedentes). estrangeiros e luta contra o racismo.
 Tratados  “Da Guerra” – Carl von Clausewitz – General
 Convenções Alemão – considera a guerra um ato político –
 Princípios imposição da vontade de um sobre o outro
 Usos e Costumes mediante o uso da força.
 Jurisdição – somente Estados
2) Jus ad Bellum – Direito de Promover a Guerra
 Cláusula facultativa de Jurisdição Obrigatória
 No passado meio lícito / justo – se houvesse um
– aceitação da jurisdição da Corte
conflito (território; entendimento sobre tratado;
Internacional de Justiça sempre. Brasil não é
outros) entrava em guerra – o vencedor tinha o
signatário.
direito de impor a sua vontade. Contratar corsários
 Reino Unido
(piratas) para pilhagem.
 Canadá
 Na atualidade:
 México
 Licitude apenas na Legítima Defesa do Estado
 Japão
(território e integridade do povo, espaço aéreo,
 Austrália
tratados, segurança nacional – diferença entre
4) Meios Políticos self defense e legítima defesa) e em ações
 Instrumento de Solução de Conflitos das OIs: Ex.: aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU
ONU coordena a aproximação dos Estados para a (deve ter aprovação unânime) – são guerras
solução de conflitos. lícitas. Manutenção da Paz – choque moral com
Declarações da ONU – com recomendações para relação à legitimação de guerra para manter a
solução do conflito. paz.
 ONU – Art. 33 da Carta da ONU – funções do:
3) Jus in Bello:
 Conselho de Segurança
 Normas aplicáveis durante os conflitos armados –
 Assembleia Geral
tanto para civis quanto para militares.
 Art. 2º, § 7º da Carta da ONU – Impedimento /
 Direito de Guerra / Haia – não atacar civis, não
Interferência sobre assuntos da Jurisdição Interna
atacar instalações que não são militares – crimes de
dos Estados.
guerra; crimes contra a humanidade; genocídio –
Direito Internacional e das Relações Econômicas Resumo
responsabilizar militares que atacaram civis, para alcançar fatos que aconteceram no passado. São
instalações civis. Tribunais de Exceção. Julgaram oficiais.
 Direito Humanitário / Genebra – questões Diferente de Tribunais Ad Hoc (criados pela ONU em
humanitárias – evitar sofrimento desnecessário. função das condições dos Estados – ou solicitação dos
mesmos) – mas estes julgavam com base nas leis
4) Proscrição da Guerra
nacionais (já existiam no momento que ocorreram os
Mecanismos de Segurança e Manutenção da Paz
fatos) – Serra Leoa; Ruanda; Iugoslávia etc.
 1919 – Pacto das Nações – fim da I Guerra Mundial
– uso de tecnologia; bombardeiros etc. – mudança 18 juízes com mandato de 9 anos – sem recondução.
de paradigma – Estados devem privilegiar as Normalmente o juiz trabalha em somente 1 caso, pois são
soluções pacíficas de controvérsias – a Guerra não longos e demorados.
pode mais ser a principal forma de resolução de Há a Promotoria, que faz parte do TPI e são designados
controvérsias. pelos Estados.
 1928 – Tratado de Renúncia à Guerra (Pacto de Quem pode iniciar os processos: Estados, CS ONU,
Paris – Briand Kellog) – diferente de 1919 – os Promotoria (Procurador) – Inquérito, investigação
Estados deveriam renunciar à Guerra. preliminar.
 1945 – Carta da ONU – após a II Grande Guerra Primeiro caso: Lubanda Dillo – exército de crianças.
Mundial.
Início das Atividades: 2003 / Dec. 4388 de 2002 –
 Proibição da Guerra – não é questão de renúncia
precisava de um número de países que ratificassem o
ou privilegiar soluções pacíficas, é proibição
Estatuto de Roma (perto de 60 Estados).
mesmo, mas com 2 exceções: legítima defesa ou
ações aprovadas pelo CS ONU. Momento da Sede: Haia - Holanda
Guerra Fria (Estados se armam para não haver
Número de Estados que adotam a Jurisdição do TPI: 121
guerra).
Estados
 Uso da força na legítima defesa – deve haver o
ataque inicial. Não pode ser preventivo. Princípios:
 Arts. 39 a 51 da Carta da ONU – intervenção 1) Complementariedade:
para manutenção da paz e ameaça à segurança  Estados têm primazia de Jurisdição, mas pode o TPI
– ação coordenada pelo CS ONU. atuar após o esgotamento de medida nacional.
 1998 – TPI (Tribunal Penal Internacional) – Estatuto Estados, quando ocorre o Genocídio ou outro crime
de Roma – Crime de Agressão – guerra sem a grave, não tem estabilidade, imparcialidade ou lei
legítima defesa ou ação coordenada pelo CS ONU – penal para julgar estes crimes (crimes de grande
guerra “gratuita”. repercussão). Não somente o crime, mas o plano do
 Princípios aplicáveis à Guerra: crime (intenção).
 Em Razão da Pessoa – não pode atingir  Estado não membro pode pedir, aceitar ou
população civil  tipificação de crime pelo TPI submeter-se à jurisdição do TPI.
– responsabilização da pessoa que aprovou ou 2) Ne Bis in Idem / Art. 20 – não pode a pessoa que já
determinou a ação. respondeu a processo (pode ter sido absolvida),
 Em Razão do Lugar  somente pode atingir responder pelo mesmo crime no TPI, mas há uma
alvos militares – não atingir civis – destruir exceção – erro judicial ou corrupção (precisa ter
arsenais militares. provas).
 Em Razão das Condições  criar condições 3) Responsabilidade Individual: somente julga indivíduos
gravosas – armas químicas, biológicas e e não Estados.
nucleares – que aumentem a possibilidade de 4) Legalidade / Vedação de Analogia: tipificação bem
destruição. fechada.
 Tratados: 5) Imprescritibilidade: crimes são imprescritíveis.
 1968 – TNP – Armas Nucleares – Estados não 6) Anterioridade da Lei Penal: ou somente para beneficiar
deveriam proliferar os seus arsenais. o réu. Irretroatividade da Lei Penal.
 1967 – Tlatelolco – América Latina – Estados 7) Exclusão de Menores de 18 anos
se comprometeram a não desenvolver armas 8) Irrelevância da Qualidade de Oficial: em geral são
nucleares. pessoas que ocupam cargos com imunidade que são
 1976 – Armas Biológicas – não criação de julgados no TPI. Estas imunidades não são
armas biológicas – epidemias, gás asfixiante. consideradas no TPI. Ex.: Omar al Bashir.
Ex.: gás sarin.
 1991 – Modificação Ambiental – Ex.: guerra
Crimes:
do Vietnã – vietcongs se escondiam nas
 Art. 6º - Genocídio (5) – grupo nacional, étnico, político
florestas densas – agente laranja que faziam
ou religioso submetido a extermínio ou morte;
as folhas caírem. Depois usavam napalm.
condições físicas ou psicológicas degradantes;
 Neutralidade:
esterilização em massa de grupos; transporte de
 Inviolabilidade Territorial – Direito à
crianças de um Estado para outro; estupro coletivo,
Neutralidade – Ex.: Suíça na II Guerra. Um
perseguição de grupos (gênero, desaparecimento de
dos direitos é a inviolabilidade territorial, caso
pessoas, apartheid).
contrário é Crime de Agressão.
 Art. 7º - Crimes contra a Humanidade (violação da
 Comércio com os combatentes – pode realizar
Convenção de Genebra).
comércio.
 Art. 8º - Crimes de Guerra
Tribunal Penal Internacional  Art. 8º, bis – Crimes de Agressão – ligada à guerra
declarada ilegal – sem legítima defesa ou sem
Estatuto de Roma / 1998 – jurisdição não é somente em
aprovação do CS ONU.
tempo de guerra. Demorou muito para acontecer.
Paz pelo Direito (1944) – Hans Kelsen – Crimes de Penas:
Guerra, para trazer a paz – já falava em jurisdição  Privativa de Liberdade – 30 anos – pode ser cumprida
internacional. no Estado de Origem.
Exemplos anteriores: Tribunal de Nuremberg ou Tribunal  Perpétua – nunca houve.
de Tóquio – definiu crimes (tipificação) para serem  Perda de Bens / Reparação de Danos – principalmente
aplicados aos fatos que aconteceram na II Guerra. Muitos nos crimes contra a humanidade.
doutrinadores são totalmente contra, porque criou o crime
Direito Internacional e das Relações Econômicas Resumo
Brasil / TPI e) Forte participação privada na regulação e solução de
Art. 5º, § 4º, CF – Brasil se submete ao TPI, mas não há controvérsias
tipificação dos crimes, exceto o genocídio. f) Normas elaboradas pelas organizações
internacionais – normas não vêm dos Estados, mas
 Entrega de Nacionais
das organizações.
 PL 4038/2008 – ainda não andou – tipifica os crimes
g) Redução de Barreiras Comerciais – grande
que são julgados no TPI.
recomendação – questão antidumping; imposição de
Direito Internacional Econômico normas alfandegárias e outras.
h) Princípio da Igualdade relativizado
Direito Público – princípios, regras e objetivos. Diferente
i) Proibição de Práticas Comerciais discriminatórias
do Direito Econômico Internacional – OMC.
Estados perceberam que a questão econômica era mais Direito Internacional Privado
preponderante que as questões políticas.
Características:
Perspectiva Histórica:
1) Ramo do Direito (não é ramo do Direito Internacional
1) Desenvolvimento espontâneo do comércio especificamente). Direito Nacional com conexão
2) Mercantilismo (séc. XVII) – Estado tem uma “mão” internacional.
econômica – Comércio e Ordem Econômica como 2) Regulamenta conflitos de leis no espaço: basicamente.
mais uma questão política dos Estados. Intervenção Complexo, pois regula conflito de leis no espaço. Qual
Estatal forte. lei aplicar? Empresas de diferentes países, qual lei
3) Liberalismo Econômico (séc. XIX) – grandes aplicar (nacional ou estrangeira)? Também regime de
empresas que já eram transnacionais (até com sede bens – pais de nacionalidades diferentes, com bens em
fora do país de origem) – Estado que era muito diversos países, como fazer? Guarda de filhos?
grande, deveria reduzir o seu intervencionismo – 3) Norma indicadora do preceito jurídico nacional
Estado mínimo (recuo estatal). aplicável a uma relação privada com conexão
4) Intervenção Estatal (1920/30) – Primeira Guerra internacional.
Mundial – desmantelamento dos impérios; luta por 4) Exceção do Princípio da Territorialidade – pode ser
mercados internacionais – vertente econômica. utilizada lei estrangeira para solucionar o conflito. Ex.:
Especulação financeira – crash de 1929 – nova Lex Mercatória – lei de um terceiro estado,
política, novas constituições (regulando atividade considerando a autonomia da vontade. Muitas vezes
econômica do Estado, buscando desenvolvimento depende do que está definido no contrato, ou onde
social). Volta do intervencionismo estatal. deve ser executado o trabalho, ou onde aconteceu o
ilícito etc.
Marco Inicial do Direito Internacional Econômico
5) Obrigatoriedade de aplicação de Direito Estrangeiro
1944 – Acordos Bretton Woods – Direito Internacional quando assim indicado – comum em contratos.
deveria regular a questão econômica, que era o calcanhar 6) Elementos de conexão definidos pelo próprio
de Aquiles, gerando as grandes guerras. ordenamento estatal – questão de domicílio, onde
a) Regulamentação do Comércio Internacional aconteceu o delito, onde deve ser executado, questões
b) Desenvolvimento Econômico da personalidade etc.
c) Estabilidade Financeira Mundial – criação de 7) Fontes: Interna com repercussão externa, e
órgãos para regulamentação Internacionais.
d) Criação do FMI (questão monetária – impõe
Objeto do Direito Internacional Privado:
projetos para os Estados que são abastecidos
pelo fundo – regular atividade econômica – 1) Disciplinar a solução de conflitos de leis no espaço,
forte interferência na imposição de indicando a norma, nacional ou estrangeira, aplicável à
mecanismos) / BIRD (Banco Mundial – situação concreta.
recuperação da Europa; hoje, projetos sociais) 2) Regular questão pessoal de interesse internacional –
e) NOEI – Nova Ordem Econômica Mundial – vistos, permanência, contrato de trabalho (proteção do
igualdade entre os Estados no aspecto Direito de Trabalho), nacionalidade e outros.
econômico – maior soberania dos Estados nas 3) Tutelar o reconhecimento de direitos adquiridos no
questões econômicas. exterior – questões de ordem pública, permanência no
1964 – UNCTAD – United Nations Conference território e outros.
on Trade and Development
Fontes:
1974 – Resoluções 3201/3202 – Carta dos
Direitos e Deveres Econômicos dos Estados 1) Lei – Fonte Primária
f) Neoliberalismo – anos 90 – liberalismo  LINDB – 12.376/10 – Arts. 7 a 19.
econômico com políticas sociais nas questões  CPC/15 – Cooperação Jurídica internacional em
definidas pelos próprios Estados. matéria de processos, cumprimento de sentenças,
Brasil – desregulamentação – venda de rogatórias (carta de ordem) etc. Ex.: rogatória –
empresas de vários setores para empresas Ministério da Justiça.
privadas, com contrapartida de investimentos  Lei de Arbitragem – 9.307/96.
em tecnologia no país (telefonia, internet e  Regimento STJ – Arts. 216-A a 216-X (EC 45/04) –
outros). sentença é traduzida, para ser executada.
2) Tratados:
Aspectos Gerais do Direito Internacional Econômico
 Código de Bustamante / 1928 – caiu em desuso,
a) Instabilidade / mutabilidade da ordem econômica – mas ainda está vigente.
perfil do mercado, com altos e baixos, sendo normal  Conferência da Haia / 1951 – Ex.: Caso Sean – a
em função do próprio mercado. Instabilidade e decisão sobre a guarda deve ser decidida no país
mutabilidade é uma regra. em que a criança foi subtraída (retirada). Determina
b) Mecanismos mais ágeis para solução de qual é a Jurisdição no caso concreto. Estabelece
controvérsias – “soft law”, convenções quadro, caminhos para a solução de conflitos de leis no
recomendações, resoluções da OMC, UNCTAD. Auto- espaço. Trata de reconhecimento de sentença
regulamentação dos mercados. estrangeira, direitos adquiridos, vistos, aquisição de
c) Flexibilidade de normas – “soft law” (criam cidadania, repatriação de bens etc. Ex.: dívida de
programas – recomendações) jogo nos EUA – sentença pode ser executada no
d) Papel do Estado limitado – mas ainda atuante. Brasil.
3) Costumes
Direito Internacional e das Relações Econômicas Resumo
4) Atos das OIs (Organizações Internacionais). 3) Eleição de Foro (expressa ou tácita).
5) Soft Law
 Art. 23, CPC – Competência exclusiva.
6) Demais Fontes
1) Imóveis situados no Brasil.
Conflitos de Leis no Espaço 2) Sucessão – inventário e partilha de bens situados
no Brasil.
a) Objeto de conexão – matéria ou instituto jurídico ao
3) Divórcio, separação judicial ou dissolução de união
qual se refere a norma. Ex.: direitos de família,
estável – partilha de bens situados no Brasil.
obrigações etc.
b) Elemento de conexão – critério que determina o direito  Art. 24, CPC – ação proposta perante tribunal
aplicável à matéria (caminho para a solução do estrangeiro não induz litispendência.
conflito). Ex.: domicílio, nacionalidade etc.
Homologação de Sentença Estrangeira
Elementos de Conexão
Decisões passíveis de Homologação – STJ
1) Estatuto Pessoal (aplica-se a lei domicílio – Arts. 7º,
 Acórdãos
§§ 1º, 3º e 4º; 8º, §§ 1º e 2º; 10, caput; 12, LINDB),
 Sentenças cíveis, penais, trabalhistas etc.
Domicílio (Lex Domicilii). Principal elemento de
 Decisões de órgãos judicantes de outros poderes (tem
conexão é o domicílio de quem reclama o direito.
efeito jurídico – Ex.: Prefeito no Japão pode celebrar
Família, personalidade, estado civil, sucessões.
casamento; Dinamarca – Rei pode celebrar casamento.
2) Nacionalidade – aplica-se aos conflitos de leis a norma
 Decisões Arbitrais (Acordos Arbitrais e outros)
do Estado de Nacionalidade de uma das partes. Arts.
7º, § 2º e 18, LINDB. Ex.: casamento – proclamas. Cartas Rogatórias – STJ
3) Lex Fori – aplicável a lei do lugar do foro, ou seja, a (Decisões Interlocutórias – cumprimento de diligências)
norma do lugar onde se desenvolve a relação jurídica.
 Citações
4) Lex Rei Sitae – incide a norma do lugar onde a coisa
 Intimações
está situada. Arts. 8º; 10, § 2º; 12, § 1º, LINDB. Art.
 Oitivas
5º, XXXI, CF. Art. 7º, caput; 8º, §§ 1º e 2º; 10, caput,
LINDB com exceções a critério. Sistemas de Homologação – Art. 15, LINDB
5) Lex Loci Delicti Comissi – lei do lugar onde foi
 Revisão de Mérito – alguns países (novo julgamento) –
cometido o delito.
até 1928 era comum, pois não haviam as Convenções
6) Lex Loci Executionis – lei do lugar de execução (do
de Cooperação Judiciária. Ex.: Oriente Médio.
contrato de trabalho, por exemplo) – Súmula 207,
 Reciprocidade – maioria dos países. Estados têm
TST.
Acordo de Reciprocidade.
7) Lex Loci Contractus – Art. 9º, caput, § 2º, LINDB. Lei
 Delibação (Brasil e maioria dos países) – não verifica o
que rege o contrato.
mérito da sentença, somente os aspectos formais (juiz
Caso ainda não foi possível solucionar, utiliza-se a competente, citação válida das partes, revelia, trânsito
Autonomia da Vontade – partes decidem qual lei deve ser em julgado, formalidades para execução, tradução da
utilizada. sentença).
Noções e Preceitos do Direito Internacional Privado Após homologação  Carta de Ordem (para execução na
Justiça Estadual ou Justiça Federal).
1) Ordem Pública – Impedimento à aplicação de Direito
Estrangeiro quando desrespeitam à ordem pública Homologação de decisão nacional  via Ministério da
nacional (soberania, bons costumes) – Art. 17, LINDB. Justiça.
Ex.: poligamia – muçulmano não pode invocar o
direito brasileiro para romper “seus casamentos”
(rompe a ordem pública).
2) Fraude à Lei – alteração de elemento de conexão para
estabelecer benefício legal. Ex.: muda o domicílio para
não se obrigar com um tributo.
3) Reenvio – Art. 16, LINDB – proibido na legislação
brasileira. Procedimento que remete o conflito para
uma lei estrangeira (outra jurisdição), que remete
para outra lei estrangeira (terceira jurisdição) por Pontos para Prova Regimental:
outro elemento de conexão.  Fontes de Direito Internacional Público
 Sujeitos de DIP
4) Qualificação – significa adequar um caso concreto a
 Direito dos Tratados
uma especialidade do direito pertinente (Ex.: família,
 Solução de Conflitos / Guerra
obrigações). Juiz brasileiro pode aplicar o direito
 Elementos de Conexão – DIPr
estrangeiro, mas o processual é brasileiro (lex fori).
 LINDB / CPC Arts. 21 a 26.
Aplicação de Direito Estrangeiro  Noções, Preceitos (Reenvio, Ordem Pública, Fraude à
Lei, Qualificação) – DIPr
Cabe à parte que invocar o direito estrangeiro trazer aos
 Homologação de Sentença Estrangeira
autos a prova de seu teor e vigência. Porém, o processo é
sempre regido pela lei processual brasileira (lex fori).
Limites de Competência Nacional em Processo Civil
 Art. 21, CPC – competência relativa.
 Domicílio do réu.
 Obrigação a ser cumprida no Brasil.
 Fato ou ato ocorrido no Brasil.
 Art. 22, CPC – processamento / julgamento –
competência relativa.
1) Alimentos
a. Domicílio do Credor.
b. Réu com vínculos no Brasil.
2) Consumo – domicílio / residência no Brasil.

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