Vous êtes sur la page 1sur 28

UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE – UNIPLAC

CURSO DE PSICOLOGIA

ELANA COSTA

MARIA EDUARDA MACIEL

RELATÓRIO DE ESTÁGIO BÁSICO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SÃO JUDAS


TADEU PARA PLANO DE CONDIÇÃO DE APRENDIZAGEM

LAGES
MAIO/2018
2

UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE – UNIPLAC

CURSO DE PSICOLOGIA

ELANA COSTA

MARIA EDUARDA MACIEL

RELATÓRIO DE ESTÁGIO BÁSICO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SÃO JUDAS


TADEU PARA PLANO DE CONDIÇÃO DE APRENDIZAGEM

Trabalho de Planejar ou Projetar Condições para o


Desenvolvimento de Aprendizagens apresentado para a 5ª fase do
Curso de Psicologia da Universidade do Planalto Catarinense -
UNIPLAC, como requisito à obtenção de nota.

Orientadora: Profa. Mestre Caroline Carnevalli

LAGES
MAIO/2018
3

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................05

2 CONSIDERAÇÕES TEORICAS...........................................................06

2.1 A PROFISSIONAL................................................................................07

2.1.1 Carreira................................................................................................07

2.1.2 Experiências........................................................................................08

2.1.3 Afetividade...........................................................................................09

2.1.4 Ensino-aprendizagem.........................................................................10

2.2 A INSTITUIÇÃO....................................................................................12

2.2.1 Estrutura percebida pelas pesquisadoras........................................13

2.2.2 Complicantes identificados pela professora....................................13

2.2.3 Plano de aula.......................................................................................15

2.3 A COORDENAÇÃO..............................................................................16

2.3.1 Organização da coordenação............................................................16

2.3.2 Planejamento de aula.........................................................................17

2.3.3 A importância do profissional de psicologia...................................17

2.4 PERCEPÇÕES DAS PESQUISADORAS.............................................18

3 INTERVENÇÃO....................................................................................19

4 PROJETO.............................................................................................21

4.1 RELAÇÃO OBSERVADOR/ PARTICIPANTE......................................21

4.2 OBJETIVO GERAL...............................................................................21

4.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................21

4.4 JUSTIFICATIVA....................................................................................22

4.5 METODOLOGIA....................................................................................22
4

4.6 CONTATO COM A INSTITUIÇÃO........................................................22


4.7 PROCEDIMENTOS...............................................................................23
4.8 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS.................................................................23
5 RESULTADOS E DISCUSSOES..........................................................24

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................25

REFERÊNCIAS..........................................................................................................26

APENDICES...............................................................................................................27

ANEXOS....................................................................................................................28
5

1 INTRODUÇÃO

Numa época em que a desigualdade social e a carência de recursos estão


explicitas aos olhos da humanidade, o conhecimento e o aprendizado se tornaram,
ainda que de forma limitada, um direito básico de todo cidadão. Atualmente as
comunidades em geral contam com instituições de ensino para suprir a necessidade
básica de aprimoramento pessoal e intelectual da sociedade.

No relatório a seguir destacamos os pontos positivos e negativos do estágio


na instituição de ensino São Judas Tadeu, onde também apresentamos uma síntese
reflexiva dos fatos registrados durante o estágio, além de ressaltar a importância do
profissional de psicologia para esse tipo de atividade e acompanhamento nas
escolas. Posteriormente elaboramos um projeto de intervenção na unidade de
ensino, tudo isso considerando possibilidades tangíveis aos profissionais presentes
e ao ambiente em si.

Importante destacar a introdução do trabalho do profissional de psicologia nas


unidades de educação, ainda que gradativamente, para que o indivíduo tenha uma
orientação e possa desfrutar de forma mais completa o conhecimento adquirido,
sabendo equilibrar também sua vida pessoal, profissional, educacional, social e
assim evoluir plenamente como membro da sociedade.

Além de que há a necessidade de acompanhamento com o grupo de


profissionais e principalmente de professores para que saibam como lidar dentre
diversas situações, identificar problemas que precisam de melhor atenção, ter
acesso constante por novas técnicas de proporcionar o aprendizado, produzindo um
trabalho em conjunto, totalizando resultados ainda mais significativos.

De maneira geral, procuramos com o trabalho realizado desenvolver uma


alternativa para educadores e educandos em um âmbito geral, sem tomar uma
postura invasiva, mas complementar, buscando com isso gerar os benefícios
necessários para uma educação mais completa e abrangente.
6

2 CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS

Foi escolhido realizar o estágio em uma instituição da serra catarinense, que


tivesse opção de aulas noturnas, para que se adequassem aos horários das duas
acadêmicas. Após estabelecido contato através de telefonemas e uma visita ao
local, entramos em contato com a GERED que nos deu autorização e levamos esta
até a coordenação da escola, entregando juntamente a carta de apresentação,
assim sendo combinamos datas e horários para a concretização do estágio.

Nos dias previamente agendados o contato direto com a instituição causou


certo receio, pela forma de recebimento inicial. A responsável pela direção da escola
na data marcada não tinha conhecimento da nossa visita e sobre o estágio que seria
realizado. Cada noite uma pessoa diferente fica responsável pelos cuidados da
instituição, assim ficou percebida uma falta de contato e organização entre as
diferentes direções, sem conhecimento das partes pelo que acontecia nos períodos
distintos.

Pelas nossas observações relacionadas às grades de matéria e nas aulas


assistidas, se mostraram mais fracas em comparação a outras instituições,
pensando que os indivíduos, independente do ensino que vivenciam e possuem
acesso competirão futuramente em um vestibular e no mercado de trabalho.

Foi-nos oferecido à conversa com uma das professoras escolhidas pela


própria instituição se concordasse com os termos de nossa pesquisa. A profissional
demonstrou conhecimento perante ao seu trabalho dentro da instituição e ao
conteúdo que procuramos abordar referente a ensino-aprendizagem, afetividade,
condições de aprendizagem e relação aluno-professor.

Em seus relatos demonstrou conseguir fazer ponto entre a sua disciplina e


dos outros professores, transmitindo o conhecimento adequado e ainda assim
conseguir cuidar e dar devida atenção para seus alunos, mostrando um trabalho
multidisciplinar completo, acoplando diversas áreas que são de suma importância
para uma aprendizagem efetiva e de qualidade.

Nossa experiência de debate e conversa foi sublime, os conhecimentos


transmitidos pela profissional para seus alunos, seus objetivos, valorização do aluno
7

como um ser integral na sociedade, vinculando todas as suas experiências fora do


âmbito escolar, sendo destacados suas dificuldades e maneira como foram criados.

Pensa portanto no contexto geral para que o aprendizado possa fluir, e que
assim o aluno consiga transformar o seu modo de viver, e leve para o decorrer de
sua vida os aprendizados adquiridos ali dentro.

2.1 A PROFISSIONAL

2.1.1 Carreira

Está há 21 anos dentro da instituição e 27 anos exercendo carreira como


professora. Passando no decorrer deste período por diversas redes de ensino, tanto
estaduais como municipais.

Iniciou sua função com 16 anos de idade, através de testes vocacionais que
eram utilizados na época surgia uma profissão que deveria seguir. Mas inicialmente
não aceitou com êxito a informação. Cursou magistério, administração de empresas,
trabalhou na área empresarial e não se encontrando decidiu estudar arte.

Hoje possui habilitação em artes plásticas pela UNIPLAC em 2013, tem


especialização em fundamentos estéticos e metodológicos pela UNIPLAC e também
artes visuais pela UNIASSELVI. Adquiriu seu mestrado em educação pela UNIPLAC
em 2018.

Trabalhou nas escolas estaduais, Escola de Educação Básica (EEB) Frei


Nicodemos, EEB Flordoardo Cabral, EEB Pinto Sombra, EEB Maria Quitéria, EEB
Aristilhano Ramos, EEB Mauro Gonçalves e também na cidade de São Jose do
Cerrito. E nas escolas municipais, Escola Municipal de Educação Básica (EMEB)
Santa Helena, EMEB Antônio Joaquim Henrique, EMEB Izidoro Marin e EMEB
Ondina Neves Bleyer e também em uma escola militar.

Trabalha na instituição com turmas do primeiro ano das séries iniciais até o
terceiro ano do ensino médio. No decorrer desse processo passou por diversas
8

outras disciplinas para que fosse possível completar carga horária, mesmo não
possuindo conhecimento dentro das áreas, estudava os conteúdos para poder
repassá-los para os alunos. Dentre as disciplinas dadas estavam ensino religioso,
educação física, história, entre outras.

Explana entusiasmo ao contar seus projetos e experiências, mostrando


dedicação por todo o processo. Destaca muito seu trabalho com diferentes grupos
de alunos e a ligação que tenta ter com os seus colegas de trabalho, preocupando-
se também com o bem-estar daqueles que a cercam na escola. Orgulha-se de suas
realizações, de sua experiência de trabalho e de todo o estudo que tem e de sua
procura ininterrupta pelo crescimento pessoal e profissional.

2.1.2 Experiências

Relata que cada escola por qual trabalhou são experiências únicas e distintas.
Com realidades completamente diferentes, sendo mudados graus de
vulnerabilidade, zonas de drogas, onde para que os alunos chegassem até a
instituição teriam que caminhar horas, estruturas familiares distintas, como também
as defasagens. Acredita que dependendo desses fatores e de diversos outros até
mesmo o respeito com o professor mudou. Relata que mesmo possuindo pouca
idade para ministrar uma aula conseguia manter respeito dentro das turmas, sendo
realmente considerada como a autoridade dentro das turmas, o que muitas vezes
atualmente é discrepante nas salas de aula.

Havia alunos que levavam lanternas, pois tinham que andar


quilômetros a noite, e assim conseguiam espantar os bichos até
chegar em casa, e quando chegavam já era cerca de 1:30 da
madrugada. (WALTULL, 2018.).

Nas escolas mais carentes e no interior não existia a disponibilidade de


possuir materiais comprados para trabalhar, sendo assim os alunos faziam seus
trabalhos a partir do que encontravam em casa, penas de pássaros, galhos, folhas,
sabugo de milho e assim consecutivamente. Conseguia dessa forma, desenvolver
atividades muito ricas, demonstrando o conteúdo na real arte, através de danças,
música e ensaios fotográficos.
9

2.1.3 Afetividade

A profissional procura estar atenta às situações a sua volta, aos humores,


relações, falas, comportamentos, buscando apresentar comportamentos que
demonstrem afeto, priorizando o uso da comunicação.

Em uma das conversas feita também com a coordenadora, ela diz tentar
trabalhar com o comportamento dos alunos, como também destacar questões de
empoderamento.

O fator afetivo é muito importante para o desenvolvimento e a


construção do conhecimento, pois por meio das relações afetivas o
aluno se desenvolve, aprende e adquire mais conhecimentos que
ajudarão no seu desempenho escolar. Ser professor não se constitui
em uma simples tarefa de transmissão do conhecimento, pois vai
mais além e também consiste em despertar no aluno valores e
sentimentos como o amor do próximo e o respeito, entre outros.
(SARNOSKI, 2014, p.6.).

A princípio trazem afetividade como um sinônimo de representações físicas,


como o abraço. Mas em seguida discutem sobre, a atenção, o acolhimento, o uso da
conversa para expor as vivencias, escolhas e dificuldades. Mostrando assim para o
aluno a realidade que esta vivendo, fazendo-o e refletir sobre questões que podem
influenciar no seu futuro. Mostrar aonde quer chegar através do caminho que está
percorrendo. Afinal, a realidade em que o indivíduo vive, interfere diretamente no
andamento de sua aprendizagem.

O educador enquanto sujeito mediador do processo ensino-


aprendizagem faz-se consciente de que não basta apenas educar
para afetividade, é preciso educar na afetividade. Por isso, um
educador consciente da importância da afetividade na construção do
conhecimento de seus educandos, toda ação torna-se uma ação para
transformação. Ação está que possibilita a construção do
conhecimento em sala de aula para a formação de uma nova
sociedade, baseada na justiça, na fraternidade, no respeito, no amor
e na solidariedade. (SARNOSKI, 2014, p. 8.).

Destaca, que para aqueles que estão ali dentro, o único suporte na maioria
das vezes é a escola. Exibindo a necessidade e importância do profissional de
psicologia dentro da instituição, para que possa contribuir no desenvolvimento de
10

orientações, encaminhamentos, assim como de outros processos, para a melhoria


da aprendizagem.

Sem a afetividade não existe aprendizagem de qualidade, podemos perceber


isso quando frequentávamos a escola, onde o conteúdo e a disciplina
consequentemente eram mais agradáveis quando a relação aluno-professor era
satisfatória, ligamos assim a nossa relação de afetividade do professor com o
conteúdo.

Com efeito, constataram que os alunos demonstram maior interesse


pelas disciplinas cujos professores mantém uma relação amistosa
com eles, fazem-lhes elogios, incentivam-lhes, trocam ideias sobre
seus deveres e questionam sobre suas vidas, demonstram afeição
ou, ao menos, não são agressivos [...] Fica evidente que os
estudantes apreciam mais as disciplinas ministradas por professores
com os quais se relacionam melhor, pois a conduta desses
profissionais influencia a motivação, a participação e a dedicação aos
estudos. (CHAVES; BARBOSA 1998; FELDEN, 2008; RIBEIRO, 2008
apud RIBEIRO, 2010, P.404.).

2.1.4 Ensino-aprendizagem

A professora trouxe como ensino uma forma de passagem, onde, é


necessário o acolhimento para que o indivíduo possa se descobrir, se construir na
sociedade. Com isso, o papel do professor é mostrar para o aluno seus próprios
potenciais, percebendo os estímulos necessários, estipulando metas, objetivos e
descobrindo os seus anseios, para que um cidadão seja formado conforme a sua
realidade e subjetividade.

No processo ensino-aprendizagem o professor como elemento mais


importante do processo de desenvolvimento da afetividade com o
aluno, deve passar-lhe metas claras e realistas levando este a
perceber as vantagens de realizar atividades desafiadoras. O aluno
precisa sentir vontade de aprender, e o professor é quem pode
despertar essa vontade no aluno, a afetividade na educação constitui
um importante campo de conhecimento que deve ser explorado pelos
professores desde as séries iniciais, uma vez que, por meio dela
podemos compreender a razão do comportamento humano, pois, a
afetividade é uma grande aliada da aprendizagem. (SARNOSKI,
2014, p. 3.).

Não existe uma separação entre a aprendizagem e o ensino, eles são


atrelados, onde a aprendizagem é constante, tanto para o aluno que aprende com o
11

professor, quanto para o professor que aprende com o aluno, estabelecendo uma
relação recíproca.

Isto tudo vai da minha construção profissional, da experiência e do


conhecimento, pensando em como será, é a minha contribuição como
educadora. Para que se possa formar cidadãos críticos, capazes de
construir sua própria história de vida. (WALTULL, 2018.).

É só quando entendemos que todo dia é dia de aprender, e estando dispostos


a melhorar sempre que isso acontece. Segundo Sarnoski (2014) p. 6, observa-se
que a relação professor-aluno, deve sempre buscar a afetividade e a comunicação
entre ambos, como base e forma de construção do conhecimento e do aspecto
emocional. Assim o aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente
competente pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula.

A coordenadora nos trouxe outra perspectiva sobre esse processo, ela


acredita que o aluno tem que sentir a necessidade de aprender, assim, o professor
deve oferecer os estímulos necessários para que o conteúdo possa ser passado e
os objetivos atingidos. Com isto, são necessárias diversas técnicas e instrumentos
para que o processo aconteça por real competência dos alunos. Acredita que o
ensino transforma a realidade das pessoas, fazendo com que o aluno se torne uma
pessoa melhor.

Hoje se vê por diversas vezes a escola assumindo o papel de família, na falta


dela ou de problemas recorrentes, são relatadas na instituição frequentemente
“famílias de convivência” onde existem duas mães, dois pais, sem a formação de
famílias patriarcais. Muitas situações presenciadas e vistas frequentemente também
é os chamados “filhos da vó” onde os pais se separam e seguem suas vidas
independentes e as crianças ficam sobre o cuidado da avó, que se torna cuidadora e
responsável principal.

As situações de vida diária dos alunos são o material do qual se


originam os temas de estudo. Trata-se de uma escola que ensina não
só habilidades vitais, mas também assuntos globais, valores e
atitudes [...] explora talentos físicos e mentais e revisa todas as
nossas costumeiras versões do que deve ser prioritariamente
aprendido nas escolas, ou seja, os conteúdos disciplinares.
(MANTOAN, 1999, p.6.).
12

Foi muito destacado durante o estágio, as falas da professora, da


coordenadora e nossas próprias observações, sendo assim pode-se trazer a
aprendizagem envolvendo todo o campo de contato que o sujeito mantém e
experiências que teve no decorrer de sua vida.

Muitos aspectos que se destacaram como condições antagonistas foram de


problemas com drogas, gravidez na adolescência, falta de apoio dentro de casa ou
falta de oportunidades. Questões estas que influenciam diretamente no processo de
aprendizagem, nos interesses do indivíduo, suas perspectivas e anseios.

As especificidades do sujeito que aprende não se restringem ao


aspecto psicológico da aprendizagem, entendido como processos de
funcionamento mental, mas têm a ver com valores, interesses,
experiências, cultura, escolhas, rejeições, fins que caminham
internamente as suas ações físicas e/ou mentais, motivando-o a
conhecer, a tomar consciência de si mesmo e do seu entorno.
(MANTOAN, 1999, p.6.).

É o professor que faz essa ponte de mediação entre o conhecimento, a


aprendizagem, o aluno e sua realidade, por isso a importância de conhecer pelo
menos um pouco da vida do sujeito, para que se possa ocorrer o processo de ensino
da melhor maneira esperada. Respeitando-se as limitações, considerando suas
aptidões, necessidades e interesses. “O professor deve fundamentar seu trabalho
conforme as necessidades dos alunos, considerando sempre o momento emocional
e as ansiedades que permeiam a vida do aluno naquele momento.” (TABILE;
JACOMETO, 2017, p. 81.).

2.2 A INSTITUIÇÃO

A escola possui mais de 60 anos, e permanece no mesmo local desde o ano


de 1981. Antes era uma escola de freiras, mas quando ouve esta mudança perdeu o
vínculo. Hoje é dirigida por pessoas que são escolhidas por eleição. Já chegou a ter
de 1300 a 1500 aluno, e hoje tem aproximadamente 500 alunos. Possui professores
efetivos e contratados.

Suas salas de aulas são distribuídas entre ensino médio normal, ensino
médio inovador onde as salas são laboratórios para cada disciplina e são os alunos
13

que trocam de sala a cada aula e ensino fundamental. De materiais a escola possui
dois projetores, cozinha para merenda e para professores, espaço de recriação para
comer, ginásio, parque, secretaria, salas de direção, biblioteca, banheiros com
chuveiro. Continham também outros materiais como microondas e televisão, mas
foram roubados. A merenda funciona conforme um projeto e existe portanto um
cardápio próprio ao qual nós tivemos acesso.

O ambiente escolar influencia muito na adaptação da criança, no


processo aprendizagem e na motivação, colaborando e estimulando
positivamente caso haja um ambiente propício. [...] o estilo de ensino,
tamanho da classe e a infraestrutura da escola contribuem para o
bom desenvolvimento das crianças [...]. (TABILE; JACOMETO, 2017,
p.81.).

2.2.1 Estrutura percebida pelas pesquisadoras

Percebe-se a falta de uma rampa como suporte de acesso para deficientes


físicos, possuem chuveiro no banheiro dos alunos, salas tem pouca ventilação, no
corredor se vê contato externo tornando-se um impasse nos períodos de frio intenso.
A alimentação é disponibilizada pela instituição, no cardápio é pensado na condição
de quem tem diabetes, mas intolerâncias não são mencionadas. A iluminação é boa,
cadeiras se encontram em bom estado de conservação, há muito barulho durante as
aulas, músicas, alunos correndo e falando. Existem exemplares novos de livros
jogados por todos os cantos, mas não se percebe muita utilização desses, na
biblioteca observa-se falta de organização, de móveis e de livros de literatura, só se
identificam livros didáticos.

2.2.2 Complicantes identificados pela professora

Existem professores contratados e efetivos. Quando um professor é


contratado é algo instável, não sabe para onde vai e portanto não tem sequência do
trabalho, sendo isto problema tanto para o professor quanto para seus alunos, não
14

conseguindo assim ver o desenvolvimento. Quando um professor é efetivo ele


consegue ver o desempenho do aluno, consegue assim conhecer sua história, saber
quem ele é e portanto qual é sua realidade.

O que a escola oferece de material é muito pouco e na maioria das vezes


insuficiente portanto o professor acaba colocando a mão no bolso para adquirir
materiais, para que o trabalho possa ter continuidade. “Uma outra queixa muito
frequente é a de que os planos estão longe da realidade concreta da escola, dos
alunos efetivamente existentes em sala, das condições que o professor tem para
trabalhar.” (VASCONCELLOS, 2005, p. 20.).

Vê-se a indignação por parte da professora, por todas as oportunidades que a


educação tem como agarrar e é desperdiçada por pouca preparação, por falta de
projetos de qualidade e principalmente a aplicação desses. Existe falta de verba que
é disponibilizada e principalmente a falta de uma capacitação mais humanizada, os
professores não tem uma perspectiva real do que vão encontrar dentro de sala de
aula, pela falta de experiência.

Há uma contradição muito grande entre os momentos da elaboração


e da execução: encontram-se inúmeras barreiras. Muitas vezes, não
conseguimos executar aquilo que planejamos coletivamente, pois
nem todos se comprometem. O projeto já nasce abortado, pois
ninguém acredita. O que desanima é que não cumprimos o que nós
mesmos decidimos. Na teoria é muito fácil; na pratica, cada um
caminha de um lado [...]. (VASCONCELLOS, 2005, p. 19.).

Boa parte das universidades acreditam que o conteúdo transmitido dentro de


sala de aula é suficiente, mas a parte de sensibilização e demonstração da realidade
das escolas públicas e municipais da maioria do país não é transmitida, sendo assim
o professor chega somente se importando com o conteúdo e meta bimestral que
deve atingir e não com o que realmente o aluno está conseguindo adquirir, o que vai
levar para sua vida, ou todos os empecilhos que pode estar passando fora da
instituição.

Os professores exercem um papel importante no desenvolvimento


afetivo dos alunos, pois estão presentes no processo de ensino-
aprendizagem em todos os momentos de sua escolarização. A
afetividade é como um recurso de motivação na aprendizagem do
aluno, sendo assim, contribui no desenvolvimento das emoções que
se evidenciam dentro da sala de aula. (SARNOSKI, 2014, p. 7.).
15

Existem sim casos de preconceito, de homofobia, sendo apresentadas


violências de todos os tipos além das citadas, como agressão física, arma branca,
bullying, drogas e homicídios.

2.2.3 Plano de aula

O plano de aula é fundamentado na história cultural e filosófica da escola, e


as escolas normalmente tem cunho conteudista.

No cotidiano das escolas, em especial no final e início do ano, é


realizada uma serie de práticas como preencher formulários com
objetivos, conteúdo, estratégia, avaliação, indicação de livros
didáticos, etc. Outras vezes, os professores são convocados para
discutirem a proposta pedagógica da escola. O que se percebe, no
entanto, é que com frequência estas atividades são feitas quase que
mecanicamente, cumprindo prazos e rituais formais, vazios de
sentido. É muito comum o professor considerar tudo isso como mais
uma burocracia [...]. (VASCONCELLOS, 2005, p. 15.).

Consegue fazer algumas observações a partir da realidade dos outros


professores, e vê as suas estratégias de ensino como uma forma de “violência
curricular”, onde para dar conta da meta ficam centrados dentro de seus próprios
objetivos, dentro de seus próprios “quadrados”, não há empatia, não a relação com o
grupo, não existem objetivos ou trabalhos conjuntos. Isto é alarmante, pois acabam
nem se importando com condições de aprendizagem de seus alunos, apenas estão
ali para passar o conteúdo que foi planejado e avaliar seus alunos, vendo se serão
aprovados ou não para o próximo ano letivo.

A professora fala que apesar disso em sua metodologia particular não existe
exatamente um planejamento, por causa do tempo que trabalha com isso, faz,
portanto a utilização do livro didático de uma maneira diferenciada, assim como seus
diversos projetos.

Com relação aos seus planejamentos de aula, são flexíveis e desencadeados


dependendo do nível de cada turma, para que assim consiga saber com quem está
lidando, qual a realidade dos alunos. Procurando não trabalhar com coisas prontas,
e sim com uma proposta rizomática que envolve diversos setores como a música,
16

dança, teatro, linhas, movimento do corpo, histórias, teoria e procurando sempre


elementos novos e atualizados. Além de que trabalha através destes pontos
assuntos dos quais vê necessidade como gênero, preconceito, vida e outras
situações.

Em diversas turmas procura fazer um roteiro de leitura de imagem, onde


consegue determinar o que estava em defasagem. Também através da leitura
conjunta do livro didático, capítulo por capítulo, percebendo os interesses dos
alunos, para os aspectos que dão importância, sendo assim inconscientemente o
conteúdo é estipulado pelos alunos e para eles.

A motivação caracteriza-se por um processo que mobiliza o


organismo para a ação, a partir da necessidade de satisfação. Isso
significa que, na base da motivação, está sempre um organismo que
apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse,
uma vontade ou uma predisposição para agir. (TABILE; JACOMETO,
2017, p.80.).

Explana a necessidade por diversas vezes de fazer trabalhos e oferecer


oportunidades aos alunos que não conseguem vir até a aula, fazendo um trabalho à
distância. Até mesmo por questões religiosas.

A motivação dos alunos depende em parte da motivação dos


professores, do ambiente escolar, das dinâmicas em sala de aula, e
que isso influencia no seu grau de aprendizado, visto as atividades
motivadoras propostas por professores e as motivações do aluno, em
relação à realização do dever de casa e ao entendimento da aula,
resultam em maior qualidade do ensino-aprendizagem. (TABILE;
JACOMETO, 2017, p.82.).

O plano de aula se torna algo automático depois de muito tempo exercendo a


profissão, quando os profissionais são novos na área não conseguem ter uma noção
do que fazer e o plano de aula cabe muito bem. “Há uma visão de que não dá pra
planejar, porque a realidade da escola não é nada simples e a sala de aula é muito
dinâmica (cada dia é cada dia, cada classe é cada classe, cada aula é uma aula)
Tudo muda [...]”. (VASCONCELLOS, 2005, p. 17.).

2.3 A COORDENAÇÃO

2.3.1 Organização da coordenação


17

A coordenadora trabalha na instituição a 8 anos, é o terceiro ano como


coordenadora e exerce a profissão a 30 anos. A instituição funciona com a direção
de 10 assessores mais a diretora, que trabalham em períodos intercalados, 9 de dia
e 1 de noite.

2.3.2 Planejamento de aula

O plano de aula é orientado e corrigido pela orientadora, que diz cobrar e


exigir bastante das questões pedidas. Deve-se dar muita atenção, pois infelizmente
percebe-se que o que se aprende na graduação é só a teoria e não a parte prática.
Portanto assim vê a maior necessidade de auxílio. No plano de aula contém:
objetivo, conteúdo, roteiro, cronologia. Sendo assim, constam quantas aulas vai usar
para determinado conteúdo, como vai trabalhar e quais serão os recursos utilizados,
tendo a possibilidade de ser manuscrito ou digitado.

2.3.3 A importância do profissional de psicologia

O fornecimento de materiais pedagógicos é feito pelo estado, e são


relevantes considerando outros campos que ficam em estado precário. O que
percebe-se a falta são de pessoas e profissionais da área de psicologia para
entender e ajudar aqueles que se encontram na instituição.

A educação é constituída por múltiplos determinantes, dentre os


quais os fatores de ordem psicológica; portanto, a psicologia tem
contribuição para a Educação. Que seja uma educação uma
psicologia capaz de compreender o processo ensino-aprendizagem e
sua articulação com o desenvolvimento, fundamentada na
concreticidade humana, compreendida a partir das categorias
totalidade, contradição, mediação e superação. (ANTUNES, 2008,
p.474.).

A coordenadora trabalha com parapsicologia, e atua um pouco nesta área


mesmo não sendo contratada para isso, pois vê a grande necessidade de um
mínimo de assistência, tenta ao menos fazer uma escuta com os alunos e
professores, e em alguns casos são feitos encaminhamentos. Infelizmente não se
18

tem tempo hábil para se dar a atenção necessária, exercendo varias funções ao
mesmo tempo, afinal precisa realizar reuniões, resolver “furos” de professores que
não vem, e outros problemas. Alerta a necessidade de entender a realidade dos
alunos, compreender porque as faltas nas aulas, o que anda acontecendo, pois é
impossível que o aluno tenha um bom rendimento se este não se encontra em boas
condições.

A psicologia deve assumir seu lugar como um dos fundamentos da


educação e da prática pedagógica, contribuindo para a compreensão
dos fatores presentes no processo educativo a partir de mediações
teóricas “fortes”, com garantia de estabelecimento de relação
indissolúvel entre teoria e prática pedagógica cotidiana. Esta
psicologia deve propiciar a compreensão do educando a partir da
perspectiva de classe e em suas condições concretas de vida,
condição necessária para se construir uma prática pedagógica
realmente inclusiva e transformadora. (ANTUNES, 2008, p.474.).

Intervenções relacionadas ao apoio ao desemprego, sexualidade aflorada,


drogas e família é feita somente através de palestras por falta de um profissional de
psicologia fixo. Isso causa uma desestruturação, até mesmo na orientação dos
professores.

2.4 PERCEPÇÕES DAS PESQUISADORAS

Conseguimos sentir bastante necessidade de escuta e de conversa, assim


como a carência de um profissional de psicologia dentro da escola.

Através da conversa com as duas professoras e a orientadora percebemos ao


nosso olhar que grande parte da falha da educação de nosso pais pode estar
direcionada a vivencia domestica dos alunos, que a problemática maior é onde e
como este aluno vive, em quais condições, sociais, biológicas e financeiras.

A escola é bem equipada com materiais didáticos completos, refeição


programada, banheiros, salas que apesar de poucas janelas conseguem serem
amplas. Deixou transparecer a partir dos profissionais uma motivação e amor pelo
que fazem, querendo estar em constante aperfeiçoamento para melhorar cada vez
mais, conhecendo seus alunos e sua vida fora da escola.
19

O ambiente da escola é saudável, mas um tanto desorganizada, com ruídos


constantes de alunos nos corredores. Percebe-se também que as salas de aula do
ensino fundamental são bem decoradas com conteúdo motivacionais para idade
cognitiva da série.

A falta de opções para os portadores de deficiência física mostra uma


carência de sensibilidade junto com renda baixa para construções. A ausência da
figura do psicólogo na escola nos mostra a importância que as duas profissionais
com as quais conversamos, dão ao auxílio de um profissional, e a mudança que este
poderia estabelecer entre os alunos, suas vivencias, e professores. A escuta
qualificada para uma melhora significativa na aprendizagem ou um encaminhamento
direcionado.

Sentimos um olhar de gratificação por parte das entrevistadas por termos


escolhido a instituição para realizar este “projeto”, apesar de frisarem que seria mais
interessante um olhar para as turmas menores do ensino fundamental. E aparentam
aguardar ansiosamente a devolutiva.

Como a finalidade do estágio era reproduzir um plano de ensino a falta do


retorno da escola em relação ao modelo do plano de ensino e do planejamento
acarretou na escolha de produzir um relatório. Sentimos falta do acesso ao plano
real da escola estagiada.

3 INTERVENÇÃO

Para que se possa elaborar uma intervenção segundo Souza (2012) é preciso
que façamos uma reflexão de nossos objetivos e das realidades observadas. Para
que as possibilidades sejam relevantes. Assim podemos então construir uma análise
crítica e um planejamento das ações e dos procedimentos que serão realizados
nessa instituição. Começamos, assim, por um diagnóstico da realidade da escola e,
a partir daí, planejamos nossa ação.

Para intervenção na escola escolhemos um procedimento que pode estar


dentro da realidade da instituição. Como ter um profissional da psicologia escolar
dentro da escola para atender as demandas exigidas diariamente não seria um
20

plano real para se dispor como mudança, sugerimos um encontro com os


professores em forma de palestra ou então um debate com a finalidade ensinar e
informar a importância do afeto entre aluno e professor, destacando o quanto a
afetividade pode ser uma motivação para ambas as partes de ensinar e aprender.
Afinal a relação casa e escola quando vinculadas conseguem ter um melhor
entendimento sobre a realidade do aluno, quais condições este tem para uma boa
condição de aprendizagem dentro de sala.

[...] constituição de grupos operativos com alunos, professores e


equipe técnica, no sentido de encaminhar uma reflexão crítica sobre a
instituição, incluindo o processo de ensino-aprendizagem, a relação
professor-aluno, as mudanças sociais que estão ocorrendo,
evidenciando com isso, a defasagem cada vez maior que estabelece
entre escola e a vida. (ANDALÓ, 1984, p.46.).

Por queixas da falta de uma escuta qualificada, poderíamos disponibilizar


também instruções de como agir em determinadas situações que causam
perturbação na aprendizagem de uma criança, para que questões como, quem pode
ajudar? para quem posso encaminhar? O que fazer? O que dizer? Como ouvir?
Essa instrução pode ser de grande valia para ocasiões onde o educador precisa dar
um suporte emocional temporário para aquele indivíduo.

Ainda na intervenção sentimos a necessidade de um trabalho conjunto dos


profissionais para a qualidade de aprendizagem dos alunos, um trabalho
multidisciplinar envolvendo todos os setores, dando devida atenção para o aluno
como pessoa real. Assim possibilitando uma melhor comunicação entre alunos,
professores, orientadores e pais.

Temos procurado trabalhar junto ao corpo docente e discente, bem


como junto à direção e à equipe técnica, tentando conscientizá-los da
realidade da sua escola, refletindo com eles sobre os seus objetivos,
sobre a concepção que subjas ao processo educacional empregado,
sobre as expectativas que têm de seus alunos, sobre o tipo de
relação professor-aluno existente, enfim sobre a organização como
um todo. (ANDALÓ, 1984, p.46.).

Conseguindo conciliar casa, escola, aluno e professor as condições de


aprendizagem da escola pode receber uma melhora com o passar do tempo e
afetividade.

O objetivo do psicólogo deve ser o de assumir o compromisso com as


questões da escola, de ser mediador no processo de elaboração das
21

condições necessárias para a superação da queixa escolar e para o


desenvolvimento da educação. A atuação do psicólogo deve visar
uma multiplicidade de ações e permitir a participação de todos no
processo de transformação da realidade, mas, suas potencialidades
são sempre de mediação, pois a superação dos problemas depende
da ação comprometida e consciente de todos os envolvidos. Não
cabe, pois, ao psicólogo, resolver problemas e sim mediar à
investigação, a compreensão e a superação dos obstáculos.
(SOUZA, 2012.).

4 PROJETO

4.1 RELAÇÃO OBSERVADOR/ PARTICIPANTE

A relação entre as observadoras com a professora participante principal


aconteceu de uma forma natural, desde quando houve o primeiro encontro na sala
da coordenadora. Após as apresentações, e esclarecimento da finalidade do
estágio. Houve uma conversa em forma de entrevista semiestruturada que também
ocorreu com naturalidade, ambos os lados demonstraram interesse na participação,
a conversação durou em média três horas. A segunda participante (professora de
química) qual tivemos contato no segundo dia de estagio, nos recebeu de forma
gentil com interesse em demonstrar como aconteciam os trabalhos em suas aulas, a
relação também foi natural e de forma agradável.

4.2 OBJETIVO GERAL

Elaborar um plano de ensino para o desenvolvimento de alguma


aprendizagem a ser utilizado com alguém que necessite de uma aprendizagem
definida.

4.3 OBJETIVO ESPECÍFICO

Viabilizar ao aluno planejar com o máximo de detalhes o que será feito como
trabalho de ensino (características dos aprendizes, suas necessidades de
22

aprendizagem, os objetivos a desenvolver, as aprendizagens e a sequência da


aprendizagem, as avaliações). Possibilitar ao aluno integrar o que aprendeu nas
unidades de aprendizagem dessa etapa. Proporcionar ao aluno integrar as
competências desenvolvidas nas etapas anteriores do curso. Elaborar e desenvolver
um projeto em psicologia da aprendizagem utilizando como base os conhecimentos
adquiridos ao longo do semestre e de outras disciplinas do curso.

4.4 JUSTIFICATIVA

Obtemos como relevância social a importância do papel do psicólogo nas


instituições assim como o estágio dos acadêmicos. Uma escuta qualificada faz toda
a diferença não só dentro das instituições escolhidas como em qualquer situação
necessária. Assim como a justificativa cientifica para a formação dos acadêmicos da
psicologia, curso preenchido com uma grade e conhecimentos com base cientifica
como todas as graduações.

4.5 METODOLOGIA

Foi utilizado como método de entrevista semiestruturada, assim como


utilizamos da pratica de observação participante. As observações foram descritas e
depois digitalizadas em um diário de campo, construindo assim um relato do que foi
observado e coletado durante a entrevista correlacionado com teoria, construindo
também uma compreensão psicológica acerca dos fatos, quanto à entrevista.

4.6 CONTATO COM A INSTITUIÇÃO

Obtivemos o primeiro contato através de uma ligação para saber da


disponibilidade da escola em relação ao estágio, após a confirmação da escola
seguimos com contato á GERED para autorizar o acesso à instituição. Com isso
23

levamos a carta de apresentação para a coordenadora da escola, arquivada e


autorizada foi marcado os estágios para as datas 20/04/2018 e 25/04/2018 durante o
período noturno das 18:00 as 22:00.

4.7 PROCEDIMENTOS

Como procedimento utilizamos a carta de apresentação que foi assinada


inicialmente pela coordenadora do curso e pela professora da disciplina, sendo
entregue para a GERED e para a escola. Seguindo com a ficha de frequência para
que a coordenadora presente assinasse conforme nossa entrada e nossa saída da
escola. Nos primeiros contatos com os indivíduos participantes foi disponibilizando o
TCLE para que assinassem caso aceitassem participar das entrevistas para o
estágio. Ao final do relatório a instituição receberá uma devolutiva com a proposta de
intervenção produzida pelas estagiarias juntamente com a carta de agradecimento
pela participação.

4.8 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

Os integrantes deste estágio tiveram seus direitos reservados, pois o estágio


teve como objetivo de observar a interação adultos e idosos e a realização prática
das entrevistas, com o designo de identificar e caracterizar os fenômenos
psicológicos.

Todos os conteúdos observados e obtidos por meio de entrevistas usados


pelos estagiários serão mantidos em sigilo, serão utilizados apenas para fins de
estudo/acadêmicos. Caso algum participante do estágio viesse a sofrer qualquer
dano de conteúdo e contexto emocional, o mesmo seria encaminhado e receber
atendimento gratuito através do Serviço Escola da Instituição UNIPLAC –
Universidade do Planalto Catarinense conforme descrito no Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE assinado pelos entrevistados e em
anexo neste relatório.
24

5 RESULTADOS E DISCUSSOES

O que podemos perceber é que na instituição estagiada, os profissionais


estão preparados para receber o trabalho de um psicólogo, só falta que as
autoridades reais vejam a importância deste dentro das instituições de ensino, para
que todos aqueles que vivem em nossa sociedade tenham um alto grau de
desenvolvimento e para que muitos problemas futuros possam ser evitados dentro
das escolas e da vida de cada cidadão. Afinal na sociedade em que vivemos hoje já
sabemos da importância do cuidar de nosso psicológico desde criança, e na maioria
das vezes esse processo precisa de ajuda qualificada para que aconteça com êxito.

Falta que muitos dos pedagogos reconheçam o valor do trabalho em


conjunto, e do interesse pela vida de cada um de seus alunos, fazendo assim com
que apreendam o conteúdo e não estejam na escola somente como obrigação de
atingir notas e médias esperadas para que possam passar no ano letivo, mas que
queiram que se tornem pessoas da melhor maneira possível que possam ter
oportunidades no futuro, que cresçam e tenham melhores condições de vida assim
como todos os seres humanos merecem.

Conseguimos com este ter uma ótima experiência e percepção do que ocorre
nas escolas, e de como o profissional de psicologia atua nela. Percebemos que o
mundo a nossa volta é muito maior do que imaginamos, que precisamos
constantemente procurar sermos pessoas melhores, que se importam com os outros
e que querem ver igualdade. É a partir da educação que isso se inicia, se
preocupando com as dificuldades de cada um, procurando novas maneiras de fazer
com que aprendam, possibilitando novas experiências, fazendo com que pratiquem
de verdade, que fiquem dispostos a irem para a aula e que pensem com grandeza
em seus futuros e nas oportunidades que podem ter.

Devem ser discutidos os assuntos que os fazem sentir reprimidos e que


causam dúvida como gênero, drogas, raça, família, meio ambiente, igualdade e
respeito. Para que assim criem respeito pelo próximo e até consigo mesmo.
25

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme a perspectiva das acadêmicas a necessidade do profissional da


psicologia dentro da escola São Judas Tadeu seria de grande importância, portanto
a irrealidade do nosso estado e país faz com que outras formas de mudanças sejam
adotadas.

A afetividade dentro de sala de aula consegue aumentar a motivação em


querer aprender e de querer ensinar, tornando fácil que as condições de
aprendizagem melhorem, mesmo que a situação escolar não esteja como todos lá
desejariam. Os problemas indisciplinares não se torna menor, mas com educadores
que reconheçam o valor do afeto e sejam capazes de identificar às dificuldades do
seu aluno e ter um olhar sensibilizado para repensar situações ao invés de apenar
punir quando não assimilar os conteúdos que vivenciam em sala, as chances de se
sentir acolhido e capaz de mudar a sua realidade futura aumentam.

Nossa educação pública por anos vem vivenciando condições de


aprendizagens médias e reduzidas, que interferem diretamente na vida das nossas
crianças e adolescentes de classe média e baixa que frequentam estas escolas. A
carga familiar interfere bastante nas condições do aluno, com uma situação ruim
acontecendo em casa à motivação reduz tornando o problema doméstico um
problema escolar.

Contudo foi possível identificar o potencial por parte da escola, com matérias
de qualidade disponíveis, professores com vontade e motivação de ensinar e de
estarem em sala de aula, com carga afetiva e demonstração de interesse pela rotina
dos seus alunos. Talvez a carga que possa estar sendo falha esteja vinda de casa,
dentro da motivação familiar. Com um histórico onde a escola não seja o fator mais
importante na vida destas crianças.

Para que as condições de aprendizagem da escola sejam equilibradas é


necessária à doação de todos os lados, um trabalho multidisciplinar por parte da
equipe escolar, da família e a motivação e o interesse do aluno.
26

REFERENCIAS

ANDALÓ, Carmem Silvia de Arruda. O papel do psicólogo escolar. Psicol. Cien.


Profi. v.4, n.1, Brasília, 1984, p.43-46.

ANTUNES, Mitsuko Aparecida Makino. Psicologia Escolar e Educacional: história,


compromissos e perspectivas. Revista Semestral da Associação Brasileira de
Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), v. 12, n.2, jul/dez, 2008, p.469-
475.

MANTOAN, M. T. E. (1999). Por uma escola para todos. (Texto mimeografado).

RIBEIRO, Marinalva Lopes. A afetividade na relação educativa. Estudos de


Psicologia. Campinas, v.27, n.3, jul/set, 2010. p.403-412

SARNOSKI, Elimara Aparecida. Afetividade no processo ensino-aprendizagem.


Revista de Educação do Ideau. v. 9, n. 20, Jul/Dez, 2014, p. 1-12.

SOUZA, Felipe de. Intervenção psicológica nas escolas: a importância do


pensamento crítico. 2012. Disponível em:
<http://www.psicologiamsn.com/2012/12/intervencao-psicologica-nas-escolas-a-
importancia-do-pensamento-critico.html> Acesso em: 05 de junho de 2018.

TABILE, Ariete Frohlich; JACOMETO, Marisa Claudia Durante. Fatores


influenciadores no processo de aprendizagem: um estudo de caso. Rev.
psicopedag. v.34, n.103, São Paulo, 2017, p.76-86.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Planejamento: Projeto de Ensino-


Aprendizagem e Projeto Político-Pedagógico – elementos metodológicos para
elaboração e realização. 14ªed. São Paulo: Libertad Editora, 2005.

WALTULL, Ângela Aparecida Coelho. Entrevista concedida a Elana Costa e Maria


Eduarda Maciel. Lages, 20 abr. 2018.
27

APENDICES
28

ANEXOS

Vous aimerez peut-être aussi