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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO

ELETRÔNICA EMBARCADA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

GERENCIADOR DE SISTEMAS AGRÍCOLAS COM SUPERVISÃO REMOTA

DIOGO FRANCISCO DA SILVA DE OLIVEIRA


VINICIUS DE ALMEIDA

CAMPINAS
2017
DIOGO FRANCISCO DA SILVA DE OLIVEIRA
VINICIUS ALMEIDA

GERENCIADOR DE SISTEMAS AGRÍCOLAS COM SUPERVISÃO REMOTA

Projeto do trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao curso de especialização
em Eletrônica Embarcada do Centro
Universitário Salesiano.

Orientador: Prof. Mrs. André Curvello.

Campinas
2017
Ficha Catalográfica
Dedicamos este trabalho a Deus,
nossas famílias, amigos, colegas e aos
companheiros de todas as horas.
AGRADECIMENTOS

Inicialmente, gostaríamos de agradecer a Deus, que sempre iluminou nossos


caminhos e nos ajudou a vencer todas as barreiras encontradas para realização deste
trabalho. Por nos ter dado força e sabedoria para superar todos os desafios e
dificuldades encontradas durante o curso.
Agradecer aos nossos pais, avós e companheiras que, com muito carinho e
apoio, não mediram esforços para que pudéssemos chegar até esta etapa de nossa
vida.
Aos professores e orientadores que contribuíram com o conhecimento para o
nosso desenvolvimento e conquistas.
Aos nossos amigos, por compreenderem a ausência e vibrarem conosco pelas
minhas vitórias sem deixar de serem nossos amigos.
Por fim, agradecemos aos nossos professores, pelo contínuo esforço para que
seus ensinamentos fossem bem aproveitados para nossa formação.
Para conhecermos os amigos é
necessário passar pelo sucesso e pela
desgraça. No sucesso, verificamos a
quantidade e, na desgraça, a qualidade.
(Confúcio).
RESUMO

O conceito central deste trabalho foi desenvolver um sistema de


monitoramento, controle e gerenciamento de sistemas agrícolas. O controle da
aplicação da água na agricultura de pequeno e grande porte foi ponto determinante,
pois atualmente existem muito desperdícios hídricos e alimentares durante o plantio
da lavoura. Este trabalho consiste no desenvolvimento de um gerenciador de sistemas
agrícolas, cujo objetivo é controlar algumas grandezas relevantes a plantios amadores
e caseiros, como também em processos de agronegócio. Tais grandezas são:
Umidade do solo, temperatura ambiente e luminosidade, onde é levada em
consideração a incidência de raios ultravioletas a que o sistema está submetido. A
automatização do sistema de gerenciamento remoto de umidade, garante ao usuário
a comodidade do controle da irrigação no plantio doméstico ou industrial, monitorando
os sensores que aferem os parâmetros necessários para o crescimento da agricultura
e enviando os dados para um serviço em nuvem ao dispositivo móvel, onde irão ficar
registrados os parâmetros de umidade, temperatura e luminosidade realizando a
supervisão sem a necessidade de interação do usuário criando a sensação de
comodidade. Os conceitos de Internet das Coisas podem ser definidos como a nova
revolução tecnológica deste século, ao qual o projeto visa emergir neste novo
emaranhado da tecnologia, pois traz a importância de se ter uma rede inteligente
integrada em diversos ambientes, que se conectam a demais dispositivos propiciando
uma rede de comunicação sem fio e buscando a realidade tecnológica com
ferramentas avançadas visando gerar soluções otimizadas para o dia a dia.

Palavras - chave: Gerenciador, sistemas agrícolas, umidade, temperatura,


ultravioleta.
ABSTRACT

The central concept of this work was to develop a system for monitoring,
control and management of agricultural systems. Control of water application in small
and large-scale agriculture was a determining factor, as there is currently a lot of water
and food waste during the planting of the crop. This work consists in the development
of a manager of agricultural systems, whose objective is to control some relevant
quantities to amateur and homemade plantations, as well as in agribusiness
processes. These values are: Soil moisture, ambient temperature and luminosity,
where the incidence of ultraviolet rays to which the system is subjected is taken into
account. The automation of the remote moisture management system ensures the
user the convenience of irrigation control in domestic or industrial planting, monitoring
sensors that measure the parameters required for agricultural growth and sending the
data to a cloud service to the mobile device , where the parameters of humidity,
temperature and luminosity will be registered, performing the supervision without the
need of user interaction, creating the feeling of comfort. The concepts of Internet of
Things can be defined as the new technological revolution of this century, to which the
project aims to emerge in this new entanglement of technology, because it brings the
importance of having an intelligent network integrated in several environments, that
connect to other devices providing a wireless communication network and seeking the
technological reality with advanced tools aiming to generate solutions optimized for the
day to day.

Key words: Manager, agricultural systems, humidity, temperature, ultraviolet.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Produção mecanizada de soja no Mato Grosso. ............................ 20


Figura 2 - Tecnologia e o agronegócio. .......................................................... 21
Figura 3 - Visões da Internet das Coisas ........................................................ 27
Figura 4 - Diagrama em Blocos ESP8266. ..................................................... 30
Figura 5 - Consumo de corrente ESP8266. .................................................... 31
Figura 6 - Pinos de acesso NodeMCU ESP8266 - ESP -12 ........................... 32
Figura 7 - NodeMCU ESP8266 - ESP -12 ...................................................... 33
Figura 8 - Arquitetura do sistema. ................................................................... 36
Figura 9 - Esquema sensores. ........................................................................ 37
Figura 10 - Esquema NodeMCU. .................................................................... 38
Figura 11 - Esquema saída dos reles. ............................................................ 38
Figura 12 – Layout Placa de Circuito Impresso. ............................................. 40
Figura 13 - Visualização EAGLE 3D. .............................................................. 40
Figura 14 - Protótipo concluído. ...................................................................... 41
Figura 15 - Sensor Umidade HL-69. ............................................................... 42
Figura 16 - Amplificador Operacional Astável. ................................................ 43
Figura 17 - Válvula Solenoide ALCO. ............................................................. 44
Figura 18 - Driver de acionamento do eletroválvula. ...................................... 45
Figura 19 - Circuito de controle de temperatura. ............................................ 46
Figura 20 - Rotina de Leitura da temperatura. ................................................ 47
Figura 21 - Circuito de controle de Luminosidade. ......................................... 48
Figura 22 - Rotina de Leitura da Luminosidade. ............................................. 49
Figura 23 - Saída divisor resistivo. .................................................................. 51
Figura 24 - Chaves Analógicas. ...................................................................... 52
Figura 25 - Iniciando Thingspeak. ................................................................... 54
Figura 26 - Criando um canal de comunicação. ............................................. 54
Figura 27 - Configurando Canais. ................................................................... 55
Figura 28 - Gerando a chave de escrita.......................................................... 56
Figura 29 - Protótipo final................................................................................ 63
Figura 30 - Umidade percentual versus tempo. .............................................. 64
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tabela de orçamento. .................................................................... 57


Tabela 2 - Luminosidade. ............................................................................... 61
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AP Access Point;
ADC Conversor Digital e Analógico;
CAD Computer Aided Design;
FGV Fundação Getúlio Vargas;
GPIO General-purpose input/output;
HTTP Hypertext Transfer Protocol;
IEEE Institute of Electrical and Electronics Engineers;
IP Internet Protocol;
I/O Input / Output;
IoT Internet of Things;
I²C Inter-Integrated Circuit;
LAN Local Area Network;
LDR Light Dependence Resistor;
NC Normally Closed;
NO Normally Opened;
NTC Negative Temperature Coefficient;
PWM Pulse-Width Modulation
PCB Printed circuit board
RFID Radio-Frequency Identification
SNA Sociedade Nacional de Agricultura;
SoC System on Chip;
SPI Serial Peripheral Interface;
TCC Trabalho de conclusão de curso;
UART Universal asynchronous receiver/transmitter;
USB Universal Serial Bus
VCC Volts de Corrente Continua;
Wi-Fi Wireless Fidelity;
WLAN Wireless Local Area Network;
WSN Wireless Sensor Network;
SUMÁRIO

1 Introdução ........................................................................................................... 13

1.1 Estrutura do Trabalho................................................................................... 14

2 Objetivos ............................................................................................................. 17

2.1 Objetivo geral ............................................................................................... 17

2.2 Objetivos específicos ................................................................................... 17

3 Fundamentação Teórica ..................................................................................... 19

3.1 Agricultura .................................................................................................... 19

3.2 Tecnologias no Agronegócio ........................................................................ 20

3.3 Benefícios de ter plantas em casa ............................................................... 21

3.4 Técnicas de Irrigação ................................................................................... 22

3.4.1 Técnicas de Irrigação por Aspersão ...................................................... 22


3.4.2 Técnicas de Irrigação por Superfície ..................................................... 23
3.4.3 Técnicas de Irrigação Localizada .......................................................... 23
3.5 Umidade do Solo .......................................................................................... 24

3.6 Temperatura................................................................................................. 25

3.7 Raios Ultravioletas ....................................................................................... 26

3.8 Internet das Coisas ...................................................................................... 26

3.9 Sistemas Embarcados ................................................................................. 28

3.10 Redes de Comunicação ............................................................................ 28

3.11 Microcontrolador ESP8266 ....................................................................... 29

3.12 Módulo NodeMCU .................................................................................... 31

3.13 Válvula Solenoide ..................................................................................... 33

4 Metodologia ........................................................................................................ 35

4.1 Arquitetura do Hardware .............................................................................. 36

4.2 Hardware Central de Gerenciamento ........................................................... 37

4.3 Sensor de Umidade...................................................................................... 41


4.4 Sensor de Temperatura ............................................................................... 45

4.5 Sensor de Raios Ultravioletas ...................................................................... 47

4.6 Módulo NodeMCU ESP 8266 ....................................................................... 49

4.7 Desenvolvimento Firmware ......................................................................... 52

4.8 Desenvolvimento ThingSpeak ...................................................................... 53

4.9 Custos do Projeto ......................................................................................... 57

5 Testes realizados ................................................................................................ 59

5.1 Teste do Sensor de Umidade ....................................................................... 59

5.2 Teste do Sensor de Temperatura ................................................................ 60

5.3 Teste do Sensor de Luminosidade ............................................................... 60

6 Resultados .......................................................................................................... 63

7 Considerações Finais ......................................................................................... 67

8 Conclusões ......................................................................................................... 69

9 Referências......................................................................................................... 71

Anexos ..................................................................................................................... 73
13

1 Introdução

O setor agrícola é uma das áreas mais importantes e lucrativas da economia


brasileira, pois incorpora em torno de 5% do Produto Interno Bruto (PIB), referente ao
período de 2016, ao qual foi responsável por uma fatia de R$100 bilhões de reais em
produtos de exportações, segundo dados da Secretaria de Relações Internacionais
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa), tornando a
produção agrícola no Brasil uma das principais responsáveis pelos índices da balança
comercial (PENA, 2017a).
Agricultura define-se, basicamente, como uma prática econômica que consiste
na utilização do solo como meio para o cultivo de vegetais e grãos, com finalidade de
produzir alimentos para a população e para animais em atividades agropecuárias.
Também tem por finalidade a produção de matéria prima que serão convertidos em
produtos secundários em outros setores da atividade econômica do país. Esta prática
econômica é uma das mais antigas práticas realizadas pelo homem e importante
forma de transformação e potencialização do espaço geográfico e territorial (PENA,
2017b).
Tendo em vista quão importante é a atividade agrícola na econômica, há a
necessidade de utilizar-se da tecnologia a fim de dar praticidade, comodidade e
autonomia no cultivo, a fim de diminuir custos operacionais e subjacentes ao plantio.
Por outro lado, vê-se atualmente que famílias têm optado em cultivar plantas
em casa, por ser mais saudável e benéfico à saúde. Entretanto os benefícios
propostos são inúmeros em cultivar alimentos em âmbito residencial, pois a
necessidade de obter alimentos imunes a agrotóxicos que por vezes não é possível
saber a real procedência, a economia que é gerada, pois os vegetais estão sempre
em constante aumento de preço no mercado e a melhora na saúde, pois estarão
consumindo produtos livres de toxinas. Porem muitas vezes pela complexidade do
plantio, manutenção, espaço, cuidado e acompanhamento que o plantio exige
afugenta os pequenos produtores domésticos a desenvolver uma pequena horta
(EMBRAPA, 2014).
Somado a isso, o movimento IoT (Internet of Things), em língua vernácula
Internet das Coisas, vem demonstrando que todas as atividades do dia-a-dia podem
ficar muito mais simples e gerenciável, com praticidade e acessibilidade tais que
14

qualquer pessoa hoje é capaz de acessar a internet de onde quer que esteja desde
que exista uma rede disponível (DA SILVA et al., 2015). E assim a ideia desse projeto
nasceu partindo de um nicho de mercado que pode ser explorado largamente tanto
para área domestica que atende micro produtores quanto a grandes centros agrícolas.
O conceito principal está em desenvolver um produto, que irá buscar atender
desde um simples plantio até gerenciar um grande processo de agronegócio ao qual
é possível gerenciar remotamente algumas das principais grandezas relacionadas ao
plantio, sendo: umidade do solo, temperatura ambiente, e incidência de raios
ultravioletas e, assim, incentivar as pessoas a possuírem plantios ou hortas em
residências visando os benefícios para a saúde que tal atividade pode proporcionar.
Além disso, proporciona aos gestores de agronegócios um acompanhamento
remoto em tempo real, tendo o controle e monitoramento sobre o solo, pois o sistema
irá irrigar o solo automaticamente por leituras efetuadas por sensores, toda vez que
houver a necessidade, evitando possíveis perdas durante as colheitas, seja por
excesso /escassez de água, temperaturas extremas e falta de luminosidade.

1.1 Estrutura do Trabalho

Este trabalho está dividido em seis capítulos. Capítulo 1 aborda o estado atual
do tema, a motivação para o desenvolvimento da ideia e mostra algumas referências
de trabalhos relacionados, a solução proposta.
Capitulo 2 contém o objetivo geral e especifico para o desenvolvimento e
elaboração do projeto.
O capitulo 3 contém a fundamentação teórica, onde são mostrados conceitos
básicos sobre as tecnologias e assuntos envolvidos neste projeto, apresentando
conceitos sobre agricultura, tecnologia no agronegócio, benefícios de ter uma
plantação em casa, métodos de irrigação, variáveis ambientais de monitoramento por
rede de sensores, redes móveis sem fio, arquitetura das redes e aplicações, além das
tecnologias utilizadas no desenvolvimento do protótipo, como ferramentas mobile e
módulos de comunicação sem fio.
Capítulo 4 descreve a metodologia utilizada no desenvolvimento, os materiais
que compõem o protótipo do gerenciador de sistemas agrícolas com supervisão
15

remota. Este capítulo também detalha os métodos abordados para a elaboração do


projeto.
Capítulo cinco descreve os testes realizados para aferir o desempenho do
protótipo em relação ao ambiente proposto, relata os resultados encontrados por meio
da realização desses testes funcionais.
Por fim, no Capítulo 6 são descritas a conclusão e considerações finais, os
problemas encontrados, suas soluções e, enfim, o produto gerado com futuras
melhorias propostas e também evidência as conclusões após o desenvolvimento
deste trabalho.
16
17

2 Objetivos

2.1 Objetivo geral

O objetivo deste trabalho foi desenvolver um sistema de monitoramento,


controle e gerenciamento de sistemas agrícolas. O controle da aplicação da água na
agricultura de pequeno e grande porte foi determinado a partir de três métodos:
primeiramente quando a umidade do solo atingir um determinado range ou resistência
do solo especificada pelo agricultor ou usuário, quando a luminosidade (ultravioleta)
estiver em nível aceitável ou dentro de margens especificada pelo usuário, e se a
temperatura ambiente atingir a uma determinada marca configurada previamente.
Com o gerenciamento destes sensores será possível realizar a irrigação do
plantio em horários e situações ambientais corretas, tornando o sistema inteligente e
financeiramente interessante ao agricultor, pois trarão economias significativas em
médio prazo e longo prazo na produção do plantio, otimizando o uso de recursos
hídricos na atividade.

2.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos do trabalho são:


a) Pesquisar e analisar sistemas agrícolas existentes.
b) Compreender os conceitos e tecnologias empregadas;
c) Desenvolver uma plataforma de prototipagem capaz de controlar a
aplicação de água na micro e grande agricultura.
d) Desenvolver uma plataforma de prototipagem capaz de coletar dados
sobre a umidade do solo, temperatura e luminosidade ambiente.
e) Desenvolver uma plataforma de prototipagem capaz de enviar e receber
informações de um servidor web ou um aplicativo móvel.
f) Desenvolver um aplicativo móvel que seja capaz de configurar como o
sistema de irrigação irá funcionar.
g) Desenvolver uma plataforma que contemple todos os sensores de
entradas, acionamentos de saídas e modulo de comunicação Wi-Fi,
periféricos de controle analógicos e microcontrolador.
18

h) Testar e validar o protótipo final.


i) Documentar o desenvolvimento e os resultados.
19

3 Fundamentação Teórica

A seguir serão abordados conceitos necessários para fundamentar o


desenvolvimento e análises do projeto gerenciador de sistemas agrícolas com
supervisão remota.

3.1 Agricultura

A estruturação e modernização da agricultura no Brasil atual estão


intrinsecamente relacionadas ao processo de industrialização que vem ocorrendo no
país durante os últimos anos, fator que foi responsável por um remanejamento no
espaço geográfico e na divisão territorial do Brasil. Tendo em vista esse novo
panorama, o avanço das indústrias, o crescimento do setor, secundário, terciário e a
aceleração do processo de urbanização colocaram o campo economicamente a
mercê dos grandes centros populacionais, tornando-o dependente das técnicas e
produções industriais (máquinas, equipamentos, mão de obra, defensivos agrícolas
etc.) (MARAFON, [s.d.]).
Podemos citar que o grande destaque da agricultura no Brasil atual – e também,
por extensão, a pecuária é a formação de grandes bolsões ou latifundiários agrícolas,
cuja capacidade e possibilidades de melhoria atingiram um estágio de avanço e
progresso nas regiões que englobam os maiores polos de produtores agrícolas sendo
os estados da região Sul, Sudeste e Centro Oeste. Nesse contexto, destacam-se a
produção de soja, grãos, carne bovina e suína para exportação e também a cana-de-
açúcar, em razão do aumento da necessidade nacional e internacional por consumo
do etanol. A figura 1 é possível verificar uma plantação totalmente mecanizada de
grãos (MARAFON, [s.d.]).
20

Figura 1 - Produção mecanizada de soja no Mato Grosso.

Fonte: Mundo Educação, 2017.

3.2 Tecnologias no Agronegócio

Nos últimos anos a tecnologia está vivendo uma revolução no agronegócio


brasileiro, dentro e fora do campo, onde houve um crescente aumento de 70% das
propriedades agrícolas nos pais, que adotaram algum tipo de tecnologia eletrônica no
meio rural, seja para auxiliar nas atividades e manejos de cultivo e colheita, ou para
realizar a gestão do agronegócio. As novas tecnologias aplicadas ajudam a cercear
as lacunas que existem no campo, ao qual poderão ser supridas com a inserção de
novas tecnologias para gerenciar e controlar fatores ambientais externos que possam
afetar a produtividade (SOGLIO; KUBO, 2016).
O trabalho no campo exige uma tecnologia de precisão, pois exigem cuidados
especiais para cada tipo de manejo, onde envolvem diminuir o custo de produção e
do trabalhador, porem sempre mantendo a qualidade do produto final entregue ao
consumidor. Um conceito novo está sendo introduzido nos campos chamado de
“agricultura de precisão” que visa trazer maior efetividade dos produtores rurais
durante o plantio e colheita empregando a tecnologia de maneira eficiente e sucinta
(SOGLIO; KUBO, 2016).
21

Outro ponto importante para a tecnologia da agricultura de precisão são os


métodos mais eficientes de aplicar os agrotóxicos na lavoura, pois um sistema
automatizado com sensores ajuda a agricultura permitindo a rastreabilidade em tempo
real e garantindo as doses corretas para serem aplicadas por metro quadrado,
evitando desperdícios e aumentando a produtividade e o lucro do produtor (SOGLIO;
KUBO, 2016). A figura 2 mostra o logo de uma das empresas envolvidas com a
tecnologia em agronegócios (STARTAGRO, 2016).

Figura 2 - Tecnologia e o agronegócio.

Fonte: Startagro, 2016.

3.3 Benefícios de ter plantas em casa

Os benefícios de cultivar plantas e flores têm o poder de mudar qualquer


ambiente e agradar a todos que convivem ao redor, entretanto são tão utilizadas como
presente em determinadas ocasiões. Entretanto o que mais acontece é o presenteado
gozar do frescor e aroma da planta por um determinado período e descartá-la assim
que a mesma perde a protuberância (PINTO, 2008).
Isso acontece por dois motivos: as pessoas não têm tempo hábil para cuidar
de plantas e poucos sabem dos seus benefícios que trazem para o âmbito psicológico
e saúde. Isso é evidenciado largamente com a população que mora nas grandes
metrópoles, e devido a caos e correria do dia a dia acaba por se distanciar
completamente da natureza e esquece como a mesma pode ser benéfica para saúde
(PINTO, 2008).
22

O cultivo de plantas vai muito além da decoração de ambientes internos ou


externos, mas traz consigo a capacidade de limpar o ar. Através do processo químico
da fotossíntese ao qual absorvem o ar poluído das cidades ou grandes metrópoles e
o transforma em oxigênio. Além disso, elas contemplam a função de umidificam o ar
no processo natural de transpiração. E isso é bom não só para o ambiente, mas
também para os moradores da casa que terão mais qualidade do sistema respiratório
(PINTO, 2008).
Com o advento das plantações orgânicas livre de toxinas, a população começa
a vislumbrar um novo conceito de vida, diminuindo ou trocando a ingestão de produtos
que contem agrotóxicos que pode ser prejudicial em longo prazo para a saúde da
população por produtos naturais (PINTO, 2008).

3.4 Técnicas de Irrigação

A irrigação pode ser definida como uma técnica utilizada na agricultura para
suprir as necessidades de água em uma região ou área de plantio. Essa técnica utiliza
de diversos equipamentos, acessórios, tecnologias e técnicas de manejo. Podemos
destacar três tipos principais de irrigação que são utilizadas pelos grandes
latifundiários sendo: superficial, localizada e aspersão. Algumas características
definem qual tipo de irrigação é adequada para o plantio, como por exemplo, o tipo do
solo, o clima e entre outros (FRIZZONE, 2017).

3.4.1 Técnicas de Irrigação por Aspersão

A técnica por aspersão foi desenvolvida para conceber o efeito da chuva


artificial sobre a plantação distribuindo a água uniformemente e gotas na área por
meio de aspersores espalhados na cultura. Esta técnica é empregada em grandes
áreas de plantio, por causa da grande área coberta pelos aspersores. A técnica por
aspersão pode ser dividida em dois métodos convencionais ou mecanizada. Os
convencionais utilizam de acionamento por motores que levam a água por tubulações
até os aspersores espalhados pela cultura, assim cada aspersor tem por finalidade de
cobrir uma área fixa ao mesmo tempo. Para o processo mecanizado é construído uma
estrutura no qual os aspersores são montados estrategicamente para cobrir uma
23

determinada área durante o movimento da estrutura que percorre toda a cultura


irrigando uniformemente (FRIZZONE, 2017).

3.4.2 Técnicas de Irrigação por Superfície

A irrigação por superfície basicamente consiste em aplicar diretamente a água


no solo, utilizando se da ajuda da gravidade, ao qual a água se percorre
uniformemente pela área de cultivo, abrangendo toda a área irrigada, e se infiltra no
solo. Esta técnica é muito difundida na produção de campos de arroz. A técnica de
irrigação por superfície pode ser classificada em dois modos: Por sulcos ou
inundação. A técnica de irrigação por sulcos consiste na aplicação da água em
pequenos canais nos quais percorrem todas as linhas da cultura e escoando por
sulcos (FRIZZONE, 2017).
Para o método de inundação, a água é aplicada em toda a área e se acumula
até se formar um “espelho d’água” sobre a área de cultivo. Entretanto a técnica de
irrigação por superfície tem inúmeras desvantagens, pois depende de condições
topográficas, o manejo da irrigação é mais complexo, o projeto deve levar em
consideração as características de relevo, solo e sistematização de montagem, pois
se mal executado pode apresentar baixa eficiência de distribuição de água no solo,
ocasionando perdas hídricas em diferentes áreas de plantios (FRIZZONE, 2017).

3.4.3 Técnicas de Irrigação Localizada

A técnica de irrigação localizada tem como característica fundamental a


aplicação de água no solo em pequenas quantias, durante um período maior do que
as demais técnicas apresentadas anteriormente, entretanto é bastante utilizada nos
dias atuais por ser uma técnica pontual aplicada diretamente ao solo, geralmente é
utilizada em pequenas áreas que devem ser planas. Basicamente essa técnica
consiste na aplicação de água próxima a raiz ou tronco de cada planta, formando uma
pequena área irrigada do solo ao redor da planta tornando um método mais eficiente
(FRIZZONE, 2017).
A técnica pode ser dividida em duas categorias, a primeira por micro aspersão
e a segunda por gotejamento. A técnica por gotejamento resume-se em dutos de água
24

que são bombeados levar a água até a raiz de cada planta em alta frequência com
baixa intensidade com rendimentos em torno de 90%. A segunda técnica abordada é
por micro aspersão que tem como constituição um micro aspersor para cada planta e
a vazão, no qual os aspersores são encarregados em distribuir a água ao redor da
planta por meio de gotas de água pulverizadas ao ar, este método tem um alto custo
elevado para implantação porem a efetividade está acima de 90% (FRIZZONE, 2017).

3.5 Umidade do Solo

A umidade do solo pode ser analisada como uma proporção ou massa da água
contida em uma porção de solo ao qual é dividido pela massa de solo seco, sendo
expressa nas seguintes unidades de quilogramas de água por quilogramas de solo,
ou mesmo multiplicando por 100, tem-se em percentagem (REINERT; REICHERT,
2006).
A pesquisa realizada sobre as características intrínsecas do solo tem o intuito
muito importante, para poder identificar o manejo de grandes áreas agrícolas e
pequenas culturas, apesar de ser uma atividade custosa que demanda um estudo
importante, pra saber as propriedades do solo. Entretanto as principais características
inerentes ao solo podem destacar a densidade aparente que significa sendo a relação
entre a massa de uma amostra de solo aquecida e depois seca em torno de 105º C e
analisando a somatória dos volumes preenchidos pelas partículas e poros (REINERT;
REICHERT, 2006).
Estes dados servem para obter se o nível de compactação ou estrutura dos
solos a qual é possível determinarem a quantidades de areia, umidade, densidade de
matéria orgânica presente no solo em analise e entre outros fatores, que influenciam
diretamente o nível de compactação do solo. Entretanto estes dados apresentados
sobre o solo é de suma importância, pois precisamos definir a condutividade elétrica
do solo para realizar a leitura da umidade de forma precisa, salientando que cada tipo
de solo (argiloso, salinos, secos e úmidos) apresenta uma característica exclusiva,
sendo necessário ter calibrações especificas para cada área de plantio (REINERT;
REICHERT, 2006).
25

3.6 Temperatura

O conceito de Temperatura pode ser exemplificado como uma grandeza física


que caracteriza o estado térmico de um sistema ou corpo, ao qual pode ser mensurada
sendo a energia cinética média de cada grau de liberdade de cada uma das partículas
dentro de um sistema que mantém um equilíbrio térmico (KABERTOLLUCCI, 2011).
As variações de temperatura em diferentes altitudes no plantio também afetam
diretamente as propriedades da água contida nos poros do solo, como a relação da
água existente em movimento e outras propriedades solo-água(CORTEZ et al., 2015).
Na natureza pode se disser que sempre existe algum movimento de água
dentro de um meio poroso (solo) como líquido ou vapor. Além disso, na troca de calor,
o movimento da água causa variações nas propriedades do solo devido a variações
na quantidade e tipo de água presente em numa determinada posição, os aumentos
de temperatura induzem diretamente o deslocamento de água. Estes também podem
causar efeitos da variação da temperatura interna do solo, tornando necessário um
controle externo da temperatura para certificar se é necessário o procedimento de
irrigação ao plantio (CORTEZ et al., 2015; SILVA et al., 2016).
A temperatura do solo depende intrinsecamente da incidência solar (raios
ultravioletas) e das propriedades radiativas sobre a superfície (absortividade térmica
e refletividade térmica do solo), além das propriedades térmicas do solo (calor
específico, difusão térmica, capacidade térmica e condutividade térmica). Para cada
característica de solo, as propriedades térmicas e radiativas são diretamente
correlacionadas ao conteúdo de água presente no solo, textura, estrutura,
compactação, porosidade e umidade. A temperatura ao qual o solo é exposto
prejudica diretamente as plantas, desde a germinação da semente até a fase de
colheita, e a temperatura do solo precisa ser aferida constantemente, pois os extremos
de temperatura podem ocasionar estresse térmico no plantio, o que compromete a
absorção de água e demais nutrientes no processo de crescimento das plantas
ocasionando perdas significativas na produtividade das culturas (CORTEZ et al.,
2015; SILVA et al., 2016).
26

3.7 Raios Ultravioletas

Ultravioleta é uma palavra derivada do latim ultra “mais alto” ou "além do", e
violeta é a cor visível do comprimento de onda que está na faixa de espectro de 400nm
a 200nm, sendo um tipo de radiação emitida pelo Sol. Ultravioleta também pode ser
descrita pela sigla UV, onde essa radiação emitida é responsável por manter quase
toda forma de vida presente no planeta Terra (EXPLICATORIUM, [s.d.]).
Para realizar o plantio há a necessidade de saber o nível de luminosidade ao
qual se está aplicando no cultivo em grandes campos ou em lugares fechados com
pouca luminosidade. O gerenciador de sistema agrícola remoto poderá ser instalado
em qualquer ambiente e necessitará saber o valor da intensidade luminosa, para
controlar a irrigação nos horários corretos onde a incidência de raios ultravioleta não
está em um nível alto, prejudicando o plantio (DA SILVA et al., 2015).

3.8 Internet das Coisas

O conceito de Internet das coisas surgiu em meados da década de 90,


entretanto ganhou força na virada do século passado em uma universidade (MIT) dos
Estados unidos, com um projeto de RFID para Journal, a partir deste momento acabou
se difundindo globalmente em nossas vidas, onde anualmente gera milhões de
dólares aos fabricantes de tecnologias (BALAGUER, 2014).
A Internet das Coisas (IoT) é um novo marco na revolução tecnológica, pois foi
responsável por criar um conceito de ambiente inteligente, que pode ou não interagir
com pessoas ou demais dispositivos eletrônicos. O principal objetivo de IoT é
promover automatização ou simplificação de processos do nosso cotidiano - como
ligar uma luz, ventilador, portão, som entre outros dispositivos automaticamente à
distância e para área industrial propiciar um monitoramento de um sistema com
segurança em tempo real. A Internet das Coisas pode ser descrita como uma
infraestrutura de rede capaz de atuar com outros dispositivos por meio de protocolos
de comunicação (HTTP, MQTT) para a troca de informações (BALAGUER, 2014).
No contexto de Internet das Coisas, a palavra “Coisa” pode ser descrita como
um objeto físico ou real como também uma essência virtual. Estes objetos geralmente
utilizam se de uma interface para poder realizar a comunicação entre outros
27

dispositivos que estão integrados na mesma rede. Os dispositivos podem ser


reconhecidos e identificados por meio de um endereço físico (MAC ADRESS) ou
nome atribuído. Quando identificados na rede devem coletar informações existentes
no meio físico ou virtual, trocar essas informações com outras máquinas eletrônicas
ou dispositivas móveis e realizar o processamento das informações coletadas como
as obtidas por meio da rede, para poder realizar um desencadeamento de atividades
ou ações do dispositivo identificado dentro da rede o endereço físico (LACERDA,
2007).
Entretanto essas ações que acabam tornando o processo totalmente
automatizado ou facilitando a atividade do processo que está sendo monitorado. Por
causa dessas características de coletar dados, transmitir dados e processar as
informações automaticamente entendendo-se que o ambiente é inteligente o
suficiente para adaptar-se a diferentes ações ou eventos gerados dentro da rede.
Entretanto não necessariamente as camadas se comunicam com os seus próximos,
elas podem se comunicar com qualquer outra que esteja presente na rede. As
camadas de dispositivos podem ser representadas pelos micro controladores,
microprocessadores, plataformas, módulos de prototipagem junto com seus
componentes, que podem ser sensores de umidade, temperatura e luminosidade, e
saídas à reles eletromecânicos. A figura 3 é possível verificar as varia visões
orientadas a internet das Coisas (SILVA et al., 2016).
Figura 3 - Visões da Internet das Coisas

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias
28

3.9 Sistemas Embarcados

A definição e constituição de sistemas embarcados são complexas, porém,


algumas características inerentes de tais sistemas embarcados pode ser descritas
como: fato de ser projetado para executar uma determinada função dedicada, o que
irá resultar em uma limitação de tamanho e processamento tanto de hardware quanto
de software, resultando em um hardware de baixo consumo e custo, memória limitada,
hardware com tamanho reduzido e funcionalidades reduzidas, e em nível de software
possuindo sistemas operacionais mais reduzidos e otimizados para aplicações
especificas que não demandam um sistema mais complexo, características estas se
comparados a um computador de uso pessoal. Porém com o constante avanço da
tecnologia eletrônica, algumas destas características evoluíram a tal modo que os
sistemas estão cada vez mais análogos aos computadores de arquitetura x86
(CHASE, 2007).

3.10 Redes de Comunicação

Nas últimas décadas, houve um aumento de dispositivos moveis conectadas


as redes e devido a esse novo modelo de vida que a população mundial está
presenciando, os meios tradicionais de acesso à Internet se tornaram obsoletos ou
inadequados. Entretanto os meios de conexões por meio de redes cabeadas estão
sendo substituídas, por redes sem fios que constituem de tecnologia de transmissão
de dados por rádio frequência que se propagam pelo ar que podem cobrir áreas de
até centenas de metros, ao quais não limitam o usuário ou dispositivos moveis em um
determinado ambiente (LACERDA, 2007).
Com o conceito de redes sem fio surgiu Wi-Fi que significa (Wireless Fidelity)
que é o nome dado a agência Alliance que é uma organização que não visa fins
lucrativos e tem por responsabilidade certificar a funcionalidades dos dispositivos que
são baseados na camada física 802.11 ao qual define vários padrões de codificação
e transmissão para comunicação da rede sem fio (LACERDA, 2007).
29

3.11 Microcontrolador ESP82661

Microcontrolador ESP8266 é um circuito integrado capaz de executar


programas e tarefas realizadas por programadores, sendo um dos mais conhecidos
no ambiente de comunicação sem fio e IoT, por conta de sua arquitetura ser aberta
que o permite ser utilizado em diversas aplicações que envolvem projetos para
Internet das Coisas.
O ESP8266 conta com uma vasta capacidade de entradas e saídas comumente
conhecidas como General-Purpose input/output (GPIO) podendo ser configuradas
como entrada/ saída digital ou analógica, além de ter em um único dispositivo diverso
periférico de comunicação sendo: Inter-Integrated Circuito (I²C), Serial Peripheral
Interface (SPI), Universal asynchronous receiver/transmitter (UART) entre outros.
Porém, assim como o Arduino, muitos microcontroladores não possuem acesso à
internet sem a necessidade de um hardware complementar. É neste momento que
entra o ESP8266, pois é um microcontrolador de baixo custo e fácil acesso com
inúmeros materiais disponíveis na internet.
O ESP8266 é um System on Chip (SoC) que integra diversos periféricos em
seu encapsulamento, sendo uma das características importantes para IoT é o baixo
consumo de energia do microcontrolador e alto desempenho de comunicação wireless
que está de acordo com o padrão da camada IEEE802. 11bgn. Destinado a
plataformas móveis, o ESP8266 provê a capacidade de incorporar funções Wi-Fi em
outros sistemas a um custo baixo e foram projetados para projetos de mobilidade,
eletrônicos, vestíveis, domótica e a Internet das Coisas (Internet of Things – IoT). Na
figura 4 é possível observar o diagrama de blocos do ESP8266 produzido pela
Espressif System.

1Datasheet disponível em: http://espressif.com/en/products/hardware/esp-wroom-02/resources


30

Figura 4 - Diagrama em Blocos ESP8266.

Fonte: ESPRESSIF: http://espressif.com/en/products/hardware/esp-wroom-02/resources

O ESP8266 foi desenvolvido pela empresa Espressif System para atender os


dispositivos eletrônicos móveis, eletrônicos wearable e aplicativos de Internet das
coisas com o conceito de alcançar o menor consumo de energia possível com uma
combinação de várias técnicas proprietárias, pois a comunicação Wi-Fi consome um
nível elevado de corrente elétrica durante a sua comunicação. A arquitetura
desenvolvida para a economia de energia é composta em 3 modos: modo ativo, modo
sleep e modo deep sleep.
Ao usar técnicas avançadas para o gerenciamento de energia e lógicas
inteligentes que desligam as funções não necessárias durante a comunicação além
de controlar a mudança de estado entre o modo sleep e modo ativo o ESP8266
consome menos de 10uA no modo sleep, para permanecer conectado ao ponto de
acesso, a figura 5 é possível verificar o consumo de corrente elétrica em diversos
modos de configuração. Quando em modo deep sleep, apenas o clock interno e o
relógio de tempo real permanecem ativos enquanto a CPU e Wi-Fi permanecem
desligados. Para satisfazer a demanda de energia dos dispositivos eletrônicos móveis
e portáteis o ESP8266 pode ser programado para reduzir a potência de saída, de
acordo com a camada 802.11bgn selecionada, para se adequar a vários perfis de
dispositivos.
31

Figura 5 - Consumo de corrente ESP8266.

Fonte: ESPRESSIF: http://espressif.com/en/products/hardware/esp-wroom-02/resources

3.12 Módulo NodeMCU2

O NodeMCU é um firmware e kit de desenvolvimento que permite a


programação de protótipos ou produtos para Internet das Coisas. O firmware utiliza o
conceito de programação orientada a eventos, para facilitar o desenvolvimento de
aplicações que necessitem acesso à rede de internet. Além disso, o firmware integra
módulos de GPIO (analógico e digital), PWM, comunicação 1-Wire, I2C, e um

2 Datasheet disponível em:http://espressif.com/en/products/hardware/esp-wroom-02/resources.


32

conversor analógico digital de 10 bits ADC, entre outros, para facilitar o manuseio de
módulos baseado no microcontrolador ESP8266.
O módulo NodeMCU é uma placa de desenvolvimento completa, que além do
chip ESP8266 conta com um conversor Serial - USB para a comunicação e gravação
do microcontrolador e um regulador de tensão 3.3VCC, lembrando que os pinos do
ESP8266 suportam tensão de no máximo 3.3VCC. O grande diferencial do módulo é
que existem diversas bibliotecas prontas e o modulo pode ser utilizada diretamente
em protoboard para prototipação rápida, integração com diversos Shields, e dispensa
o uso de um microcontrolador externo, já que pode ser programado utilizando a
plataforma IDE ARDUINO que é open source (KURNIAWAN, 2015).
O módulo possui 11 pinos de uso geral (I2C, SPI, PWM) com diversas funções,
como podemos ver na figura 6, conector micro-usb para programação/alimentação
externa e botões para reset e flash do módulo. Como podemos ver na figura 7, o
modulo NodeMCU. De acordo com o Datasheets do fabricante, o ESP8266 suporta
os padrões de comunicação de rede sem fio IEEE 802.11b/g/n e também provêm de
uma pilha de protocolos TCP/IP integrada, sem a necessidade de carregar uma pilha
externa que facilita o desenvolvimento (KURNIAWAN, 2015).

Figura 6 - Pinos de acesso NodeMCU ESP8266 - ESP -12

Fonte: ESPRESSIF:http://espressif.com/en/products/hardware/esp-wroom-02/resources
33

Figura 7 - NodeMCU ESP8266 - ESP -12

Fonte: ESPRESSIF.

3.13 Válvula Solenoide3

A válvula solenoide é a constituição de duas partes, que são: um corpo da


válvula e um pacote eletromagnético. O pacote eletromagnético é constituído por um
carretel plástico ao qual são enroladas inúmeras espirais de cobres formando um
solenoide e a quantidade de espiras e bitola que são enroladas influenciam
diretamente na intensidade do campo magnético e a segunda parte seu
correspondente núcleo de ferromagnético móvel (haste).
O solenoide é uma bobina de fio esmaltado ou envernizado que tem a
funcionalidade de isolar as espiras entre si, quando aplicada uma corrente elétrica
será energizada eletricamente produzindo um campo magnético no seu interior, que
provoca um movimento mecânico de uma haste com propriedades ferromagnéticas,
colocado no centro do campo. No corpo de válvula podem conter um ou vários orifícios

33Dataheet disponível em:


https://docs.wixstatic.com/ugd/26664f_5cde9b1dad7c47e5b40b863a0704cd0a.pdf
34

de entrada, passagem e saída. Esses orifícios permitem a passagem de água ou não


quando a haste é acionada pela força da bobina. Este campo eletromagnético faz com
que o pino seja puxado para o centro da bobina, permitindo a passagem da água. O
processo inverso, o de fechamento, ocorre quando o campo eletromagnético a perde
sua força, pois o pino exerce uma força devido ao seu peso e da mola que tem
instalado internamente no corpo da válvula.
Para definir a escolha ideal da válvula devemos assegurar qual será o fluido
que circulara pelo corpo levando em consideração a viscosidade, pressão de linha,
posição de montagem, fatores ambientais, temperatura de trabalho, contrapressão,
vazão e grau de corrosão e tempo de resposta.
35

4 Metodologia

A proposta, requisitos e objetivos definidos nesta monografia foram alcançados


por meio de uma metodologia inicialmente cerceada pela revisão bibliográfica em
fontes confiáveis como revistas técnicas, artigos técnico-científicos, monografias,
dissertações, sites e teses. Trabalhos previamente concebidos em áreas
correlacionadas da tecnologia em agroindústria foram analisados, possibilitando o
relato de um reduzido conjunto de investigações e informações a respeito de Internet
das Coisas, monitoramento de irrigação e agricultura inteligente.
Após tal investigação das principais tecnologias e pesquisas, um protótipo
experimental foi projetado e desenvolvido para provar os conceitos de Internet das
Coisas para o contexto de monitoramento e gerenciamento de sistemas agrícolas com
supervisão remota.
O protótipo elaborado representa uma versão simplificada e piloto de uma
central de monitoramento e gerenciamento de irrigação, temperatura e umidade do
solo a qual se integra numa arquitetura baseada em atuadores de saída sendo
acionados a partir do sensoriamento das grandezas externas.
De maneira mais técnica e objetiva, a plataforma utilizada foi a open source IDE
Arduino, sendo responsável pela aquisição e manipulação de dados, bem como o
processamento de sensores, atuação de saídas e do hardware em geral do projeto.
Tal plataforma se conecta a Internet por meio de uma placa auxiliar, denominada
NodeMCU, viabilizando o envio e recebimento de dados e comandos em tempo real
para um dispositivo móvel (smartphone, tablets e computadores) por meio de interface
de rede sem fio.
Com isso, o gerenciador de sistemas agrícolas com supervisão remota torna-
se preparado a fornecer e receber dados e a executar operações a partir de uma
arquitetura proposta de Internet das Coisas, vislumbrando comodidade e segurança.
Além do protótipo de hardware experimental, o sistema integra-se a uma aplicação
móvel desenvolvida na plataforma ThingSpeak, um servidor de troca de
mensagens/dados por meio do protocolo HTTP padrão de conectividade
recomendado para soluções concebidas em Internet das Coisas.
36

A seguir são descritos os requisitos utilizados durante o desenvolvimento do


projeto, especificação, concepção e a operacionalidade do trabalho, abordando as
ferramentas e etapas utilizadas no desenvolvimento e idealização do projeto.

4.1 Arquitetura do Hardware

A arquitetura do projeto possui etapas de desenvolvimento tanto de hardware


quanto de software. Visto que o projeto proposto é baseado nos conceitos da Internet
das Coisas, tem-se dispositivos os quais serão os gerenciadores. Estes são capazes
de monitorar e atuar no ambiente em que se encontram, através de sensores e
atuadores, respectivamente. Portanto tal sistema se utiliza de um modulo Wi-Fi
NodeMCU, previamente configurado, para se conectar a um serviço em nuvem por
meio de protocolos HTTP, permitindo ao usuário final monitoramento remoto das
grandezas umidade, temperatura e luminosidade. Para facilitar o entendimento da
arquitetura do sistema, ela está apresentada na figura 8.

Figura 8 - Arquitetura do sistema.

Fonte: MQTT.
37

4.2 Hardware Central de Gerenciamento

Para desenvolvimento do esquemático e layout do hardware foi utilizado o


software CAD PCB EAGLE 8.0.1, pois apresenta uma vasta biblioteca de
componentes de inúmeros fabricantes facilitando o desenvolvimento, pois os
componentes já estarão no padrão dos seus fabricantes.
Ao iniciar o circuito esquemático foram adotadas algumas regras de
nomenclatura utilizando símbolos padronizados ou usualmente empregados na
literatura técnica ou profissional, as referências e valores seguem o mesmo
posicionamento em todo o circuito, referências acima do componente e valores
abaixo, no caso de componentes na vertical, referência e valor à direita na mesma
posição, para circuitos integrados usar preferencialmente os símbolos na horizontal
indicando sua referência acima e o tipo abaixo, no lugar do valor do componente.
Após o termino de criação do esquemático foi gerado três esquemas elétricos
da placa, conforme figura 9 esquemas elétricos dos sensores, figura 10 esquema do
micro controlador NodeMCU e figura 11 esquema das saídas dos relês.

Figura 9 - Esquema sensores.

Fonte: O próprio autor.


38

Figura 10 - Esquema NodeMCU.

Fonte: O próprio autor.

Figura 11 - Esquema saída dos reles.

Fonte: O próprio autor.


39

Após a finalização dos esquemáticos, baseada nas informações coletadas


durante os estudos dos componentes críticos, foi criado um arquivo com extensão
"brd”, denominado board. A função de tal projeto é delinear as trilhas com as larguras
corretas para as diferentes características do hardware, ao qual envolvem
considerações sobre a frequência, tensão e corrente elétrica por onde fluirá o sinal
lógico a ser analisado, mantendo o uso estritamente da norma (NBR 8188/83) para a
confecção do layout além de posicionar os componentes na placa de modo otimizado,
ou seja, o board ou PCB exibe como realmente ficara a placa, diferentemente do
esquemático, onde o intuito principal é apenas realizar as interligações elétricas entre
os componentes.
Durante o desenvolvimento do layout foram adotados técnicas para evitar
ruídos elétricos no circuito eletrônico, ao qual foram introduzidos capacitores de
desacoplamento em todos os circuitos integrados, minimizando possíveis falhas
durante o gerenciamento remoto do dispositivo.
Para que todos os circuitos dos esquemas acima pudessem ser montados de
maneira adequada, na criação layout todos os módulos apresentados, foram
unificados e todos os circuitos estão em uma única placa de dupla face em fibra,
desenvolvidos pelo método térmico de transferência de tonner, utilizando uma prensa
de sublimação para conceber a placa e ao termino deste processo a placa foi corroída
com auxílio de Percloreto de Ferro e realizada a furação e montagem.
Este tipo de placa desenvolvida possibilita a gravação do micro controlador
ESP 8266 on-board, ou seja, é possível alterar a programação do micro controlador
com o mesmo ligado ao circuito, pois o Hardware permite ligar uma fonte externa para
alimentar o circuito, atentando se que a tensão máxima permitida para o protótipo é
12 Volts. Com isso testes podem ser executados e monitorados de maneira a verificar
o correto funcionamento do software. Por exemplo, caso necessite verificar uma
saída, a mesma pode ser simulada por um comando enviado via serial para o
computador.
O projeto do layout da placa pode ser visto na figura 12 e na figura 13 foi
renderizada utilizando EAGLE 3D, possibilitando a melhor visualização de como a
placa ficaria quando confeccionada, já a figura 14 exibe a placa pronta.
40

Figura 12 – Layout Placa de Circuito Impresso.

Fonte: O próprio autor

Figura 13 - Visualização EAGLE 3D.

Fonte: O próprio autor


41

Figura 14 - Protótipo concluído.

Fonte: O próprio autor

4.3 Sensor de Umidade

Com o objetivo de verificar e atuar sobre as variáveis do ambiente em que o


sistema está inserido foi utilizado um sensor de umidade de solo e uma válvula de
solenoide (eletroválvula). Mais precisamente, o sensor de umidade de solo é
responsável por determinar qual a umidade do solo (resistência elétrica) onde a planta
se encontra e a válvula de solenoide possui como função principal a liberação de água
sobre o solo em que a planta está caso os valores programados forem atingidos.
O sensor de umidade utilizado neste projeto foi o conjunto sensor HL-69 (Figura
15), o módulo disponível neste sensor não foi utilizado, pois ele opera com corrente
continua direta que ao longo do período pode danificar a haste do sensor por corrosão .
42

Figura 15 - Sensor Umidade HL-69.

Fonte: O próprio autor

Diante deste problema foi desenvolvido um circuito eletrônico com amplificador


operacional no modo multivibrador astável em frequência de 500Hz e este circuito
eletrônico (figura 16) que tem dois estados, mas nenhum dos dois é estável. O circuito,
portanto se comporta como um oscilador. O tempo gasto em cada estado é controlado
pela carga ou descarga de um capacitor através de um resistor.
O sinal gerado pelo amplificador operacional astável é interligado nas hastes
do sensor de umidade ao qual transmite o sinal elétrico pelo solo e no outro ponto da
haste onde o sinal é recebido é convertido à frequência em nível continuo de tensão
em um amplificador operacional passa baixa de segunda ordem na configuração
SalenKey ao qual tem finalidades de deixar passar somente as frequências abaixo de
500Hz.
O circuito eletrônico proposto elimina a possibilidade de deterioração da haste
do sensor de umidade, pois o sinal será emitido em forma de onda quadrada alternada
com amplitude de 5 Volts, não polarizando a haste em uma determinada polaridade,
evitando à corrosão do sensor.
43

Figura 16 - Amplificador Operacional Astável.

Fonte: O próprio autor

O sensor HL-69 é um modelo de sensor passivo e intrusivo que deve ser


colocado no solo próximo à planta e através da medição de sua resistência, é possível
obter a umidade do solo onde ele se encontra. Entretanto tal medição de resistência
e conversão é feita pelo circuito descrito anteriormente que opera em conjunto com
esse sensor passivo. Sendo assim, a saída do amplificador operacional utilizado por
esse projeto é a analógica. O seu comportamento é simples, a tensão de saída varia
de 0VCC a 1VCC de acordo com a umidade, sendo 1VCC o valor máximo de umidade
(idealmente 100% umidade relativa do ar) e 0VCC o valor mínimo de umidade
(idealmente 0% umidade relativa do ar) em uma escala de precisão de 5%.
A outra parte física do projeto é o conjunto de atuadores responsáveis pela
liberação da água para a planta em determinados momentos durante a medição de
umidade do solo. Para tal função foi utilizado uma válvula de solenoide com entrada
e saída ½ polegadas para a tubulação de água e alimentação de 12VCC. O
funcionamento desse tipo de válvula é bastante simples, quando não estão
alimentadas, se comportam como uma válvula fechada, e ao receberem a alimentação
de 12VCC, trocam o seu estado para aberta enquanto tal alimentação permanecer.
Especificamente, foi utilizada uma válvula plástica do fabricante ALCO com
partes plásticas em ABS e metálicas em aço carbono e vazão de operação variando
de 7 litros/minuto até uma vazão máxima de 15 litros/minuto e temperatura máxima
de operação de 70º C. Portanto tais especificações atendem tranquilamente as
necessidades do projeto, já que a planta receberá uma quantidade pequena de água
em temperatura ambiente, sem a necessidade de operação em temperaturas
44

extremas ou em altas pressões/vazões. A válvula utilizada é apresentada na figura


17.

Figura 17 - Válvula Solenoide ALCO.

Fonte: O próprio autor

Para fazer uso dessa válvula, é preciso um sistema de driver com transistor
bipolar capaz de controlar a ativação da alimentação 12VCC do rele. Sendo assim,
fica evidente a necessidade de um módulo relé e um driver de transistor que, baseado
o nível lógico alto em um pino de baixa tensão 3.3 VCC do ESP8266, será responsável
pela ativação da alimentação 12VCC da válvula, possibilitando o controle através do
modulo NodeMCU. Um relé eletromecânico basicamente é um interruptor controlado
por tensão. Internamente, ele possui duas partes, uma bobina enrolada em um núcleo
e um conjunto de contatos elétricos.
Comumente, quando a tensão de controle é igual à tensão de alimentação, a
bobina é ativada, fazendo com que o contato elétrico altere o seu estado através do
campo magnético induzido. A figura 18 ilustra o circuito eletrônico de acionamento. O
rele apresenta-se duas opções de configuração, normalmente aberto (NO – Normaly
Opened) e normalmente fechado (NC – Normaly Closed). O contato comum se
posiciona em NO quando a bobina está desligada, e comuta para NC quando a bobina
está alimentada.
45

Para indicação visual do operador foi inserido um led smd na cor verde em
paralelo a bobina do rele, pois tem o intuito de indicar quando o sistema de irrigação
está acionado. Para evitar ruídos um diodo está em paralelo com a bobina do rele
para evitar picos de tensão quando a bobina do rele é desligado.

Figura 18 - Driver de acionamento do eletroválvula.

Fonte: O próprio autor.

Nessa implementação foi utilizado um relé que está na configuração


normalmente aberto dos seus contatos, e é controlado por um dos pinos de saída do
módulo NodeMCU.

4.4 Sensor de Temperatura

O sensor de temperatura utilizado para o projeto foi o NTC (negative


temperature coeficient) ao qual é um tipo de sensor onde a relação entre resistência
elétrica e a temperatura são conhecidas, mensuráveis e possuem uma boa tolerância
e precisões além de ter um baixo custo em relação aos demais sensores vendidos no
mercado. Por terem distorções na resistência elétrica devido à temperatura estes
componentes também levam o nome de termistores, que são semicondutores que
podem ter a variação de resistência de forma diretamente proporcional para os tipos
NTC onde a resistência elétrica irá diminuir à medida que se eleva a temperatura.
Com a utilização do NTC de 4700 ohms, foi necessário o desenvolvimento de
um circuito eletrônico com amplificador operacional passa baixa de segunda ordem
na configuração SalenKey ao qual tem finalidades de deixar passar somente as
46

frequências abaixo de 20Hz, a fim de reduzir possíveis oscilações na leitura no sinal


analógico correspondente ao sensor, além de que o circuito também tem a finalidade
de buferizar o sinal de entrada do sensor para o micro controlador, diminuindo a
impedância de saída do sinal. O circuito pode ser verificado na figura 19.
O seu funcionamento é simples, a tensão de saída varia de 0VCC a 1VCC de
acordo com a temperatura, sendo 1VCC o valor mínimo de temperatura (idealmente
0º C) e 0VCC o valor máximo de temperatura (idealmente 100º C) em uma escala de
precisão de 5%.

Figura 19 - Circuito de controle de temperatura.

Fonte: O próprio autor.

Neste projeto o sensor de temperatura é responsável por controlar a


temperatura do solo, para que o mesmo não atinja uma temperatura acima de 30ºC,
este limite foi estabelecido para a proteção do sensor de umidade, pois o mesmo pode
ser danificado se ultrapassar essa temperatura. O código da figura 20 está realizando
a leitura do limite de temperatura do sensor NTC.
47

Figura 20 - Rotina de Leitura da temperatura.

Fonte: O próprio autor.

4.5 Sensor de Raios Ultravioletas

Neste projeto, foi utilizado um sensor LDR (Light Dependence Resistor -


Resistor Dependente de Luz) devido seu comportamento quando a luz incide sobre
ele. Quando a luz atinge o sensor, altera sua resistência proporcionalmente a
quantidade de luz sobre seu encapsulamento.
48

Neste estudo, foi utilizado para fazer a leitura da intensidade luminosa dos raios
ultravioletas. Para a seleção da banda de luz ultravioleta, será necessário a utilização
de um filtro óptico com a finalidade de selecionar os comprimentos de onda de
interesse.
A escolha do LDR como sensor foi devido a sua resposta lenta, com isso
minimiza a necessidade de desenvolvimento de filtros ativos passa baixa para
seletividade maior. O tempo de resposta de um LDR é representado como o tempo
necessário para a condutância (passagem de corrente elétrica) subir em torno de 63%
do valor de tensão após o sensor ter sido iluminado, podemos definir este parâmetro
como (tempo de subida), e o tempo necessário para a condutância descer abaixo de
37% do valor de tensão após ter sido removida a luz definindo o parâmetro tempo de
descida (ROGOVSKI, 2014).
Foi necessário o desenvolvimento de um circuito eletrônico com amplificador
operacional, passa baixa de segunda ordem, na configuração SalenKey com a
finalidade de deixar passar somente as frequências abaixo de 10Hz, a fim de reduzir
possíveis oscilações na leitura no sinal analógico correspondente ao sensor LDR.
Além disso, o circuito também tem a finalidade de casar a impedância do sinal de
entrada do sensor para o micro controlador, diminuindo a impedância de saída do
sinal. O circuito pode ser verificado na figura 21.

Figura 21 - Circuito de controle de Luminosidade.

Fonte: O próprio autor.


49

Para o sensor de luz, após a captação, é necessário fazer a conversão


analógica digital, pois os valores que são obtidos são valores analógicos, e para que
o micro controlador possa processá-los, é necessário que sejam convertidos em
valores digitais. A partir daí os valores que foram captados pelo sensor na placa de
gerenciamento remotos são atribuídos às variáveis para em seguida, ser feita a
comparação. Na figura 22, temos parte do código, onde foi feito esse procedimento.

Figura 22 - Rotina de Leitura da Luminosidade.

Fonte: O próprio autor.

4.6 Módulo NodeMCU ESP 8266

Através das seções anteriores foi possível verificar o funcionamento do


gerenciador de sistemas agrícolas com supervisão remota, entretanto a partir da fase
de desenvolvimento do protótipo de hardware seus circuitos eletrônicos. Todavia,
ainda faltam detalhes de como o sinal analógico da umidade de solo, temperatura,
luminosidade e o controle da válvula solenoide são feitos neste projeto.
Esse controle poderia ser facilmente realizado por alguma outra plataforma de
comunicação ou placa de desenvolvimento, como Arduino, Raspberry ou Atmel,
porém o preço dessas placas inviabilizaria o projeto no ponto de visto do custo que
desde o início foi colocado como um dos alicerces para que o protótipo fosse gerado.
50

Portanto, buscou-se uma solução de baixo custo, ou seja, um microcontrolador não


só com potencial para se conectar na rede sem fio doméstica e industrial, mas também
que envolvesse confiabilidade e facilidade de implementação do produto.
Mediante esse cenário, optou-se então por utilizar o kit de desenvolvimento
NodeMCU, o qual possui o microcontrolador ESP8266, amplamente difundido e
utilizado pela comunidade de eletrônica embarcada, makers, hobistas, quanto aos
desenvolvedores profissionais em provas de conceito e novos projetos.
O modulo NodeMCU foi integrado ao protótipo de hardware desenvolvido com
a finalidade tanto para monitorar e gerenciar as variáveis de entrada, bem como atuar
nas saídas e conectar à rede sem fio.
O kit de desenvolvimento NodeMCU uma IDE amigável sendo a SDK (Software
Development Kit) com diversos exemplos, bibliotecas das mais variadas e
interessantes aplicações. Sendo assim, após a instalação do SDK e do cross-
compiler, o desenvolvedor fica livre para desenvolver a sua própria aplicação no
microcontrolador, atentando se apenas pelo tamanho do código, que deve caber
dentro da memória RAM para instruções (64kbytes).
Por possuir suporte embarcado à Wi-Fi, o nosso dispositivo kit de
desenvolvimento NodeMCU pode se conectar diretamente ao roteador doméstico do
usuário final e comunicar-se com o sistema em nuvem, sem a necessidade de
intermediários, dispositivos adicionais ou concentradores, que aumentaria o custo
geral do projeto inviabilizando sua execução.
Através do SDK do ESP8266, é possível realizar leituras dos sensores,
converterem as grandezas e realizar cálculos, além de gerenciar e ativar as saídas de
eventos pertinentes.
Para fazer a conversão analógico-digital foi utilizado o conversor interno do
ESP8266 acessado através do pino (A0) ADC. Esse conversor possui uma resolução
de 10 bits, ou seja, é capaz de converter o valor de entrada em valores de 0 a 1023
em decimal, e cada bit da conversão tem um valor de 980µV bit.
Além disso, o sinal de entrada a ser convertido deverá variar de 0 a 1.1V, o que
exige um ajuste fino, visto que os sensores de umidade de solo, temperatura e
luminosidade podem retornar um valor de 0 a 3.3 Volts. Ao observar os valores, fica
claro que podemos definir como sinal de entrada é justamente 1/3 do sinal de saída
do sensor de umidade. Logo, um simples divisor de tensão resistivo é utilizado para
essa adequação, conforme figura 23.
51

Figura 23 - Saída divisor resistivo.

Fonte: O próprio autor.

Entretanto o ESP8266 possui somente uma entrada analógica e o projeto


desenvolvido necessitou de três sensores analógicos, ao qual foi necessário elaborar
um circuito eletrônico com chaves analógicas o circuito integrado 4066, ao qual o
ESP8266 seleciona entre os três canais de leitura qual o sensor que deve ser lido em
dado momento do software.
Posteriormente, quando realizamos a leitura de um dos sensores, os demais
deverão estar com a chave analógica desligada a fim de evitar possíveis problemas
de leitura com valores errôneos, pois todas as chaves se encontram em paralelas.
Tal leitura é realizada por multiplexação dos sinais de entradas dos sensores,
onde a seleção das chaves forma uma tabela de três bits de endereçamento com os
valores 1, 2,4 para acesso aos sensores e, 0, todos os sensores permanecerem
desligados não sendo possível a escrita do endereçamento 7, pois todas as chaves
estariam ligadas impossibilitando a leitura analógica. A figura 24 abaixo ilustra o
circuito eletrônico proposto para tal finalidade descrita.
52

Figura 24 - Chaves Analógicas.

Fonte: O próprio autor.

4.7 Desenvolvimento Firmware 4

O firmware foi desenvolvido utilizando a IDE do Arduino, a qual utiliza uma


linguagem de programação C/C++ e é muito difundida no meio acadêmico tendo em
vista sua praticidade, facilidade e por possuir a camada de hardware muito abstraída,
fazendo com que o programador pouco se preocupe com a parte “baixa” do código e
concentre-se na aplicação a qual está sendo desenvolvida.
Basicamente a IDE do Arduino se divide em dois grupos, o setup e o loop. Por
definição, o setup é executado uma vez sempre que o firmware é inicializado e é nessa
função que normalmente são definidas direções de pinos, inicialização de seriais,
inicialização de variáveis, entre outros, ou seja, é nesse ponto que o programa é
preparado para que funcione adequadamente. No loop, é onde o software irá rodar

4 O tutorial de programação do software Arduino pode ser encontrado no site:


https://learn.sparkfun.com/tutorials/installing-arduino-ide
53

ininterruptamente enquanto o hardware estiver alimentado, ou seja, todo o algoritmo


roda no loop sejam por funções, a partir de interrupções, flags, teclas e afins.
Como prova de conceito, o firmware deste projeto foi desenvolvido baseando-
se na leitura dos sensores de umidade, temperatura e luminosidade, onde os mesmos
são lidos por um mesmo canal analógico-digital, sendo que cada sensor é lido através
da seleção de uma chave, fazendo com que nunca dois sensores sejam lidos ao
mesmo tempo, ou seja, cada sensor é lido através da seleção da chave, o valor lido é
armazenado para que, posteriormente seja enviado para a rede junto com os outros
dois sensores.
A definição do range de cada sensor foi feita através de ensaios, simulando
todas as situações que os sensores poderão possuir durante o funcionando dos
mesmos. A cada leitura, há uma conversão interna em porcentual e, este é enviado
para a rede.
A partir desses dados, via hardcode, caso a umidade do solo caia abaixo de
30%, o relé de atuação da bomba d’água é acionado e assim permanece até que a
umidade supere, no mínimo, 50%. Já para temperaturas superiores a 30°C, o relé é
acionado e, após 1 minuto, é desligado. Já para o sensor de luminosidade, caso haja
pouca luminosidade, o relé responsável por acionar a lâmpada de UV é acionado.

4.8 Desenvolvimento ThingSpeak5

Thingspeak é ferramenta online, onde é possível, a partir da criação de um login


de usuário e uma senha, criarem canais públicos ou privados de acompanhamento de
dados enviados de equipamentos embarcados e monitorá-los online. Com esta
ferramenta é possível enviar os dados de temperatura, umidade do solo e
luminosidade da placa de gerenciamento remoto.

5 O desenvolvimento do aplicativo seguiu as indicações do siste do MathLAb (MathWorks) disponível


do site:
https://www.mathworks.com/help/thingspeak/collect-data-in-a-newhannel.html?requestedDomain=
www.mathworks.com
54

Com a conta devidamente criada acesse o menu superior e selecione Canais


e depois Meus Canais para criar o novo canal de comunicação conforme figura 25.

Figura 25 - Iniciando Thingspeak.

Fonte: Thingspeak.

O passo seguinte é criar um canal e configurá-lo de acordo com as


necessidades do projeto. São no canal que serão exibidos os dados enviados pelos
dispositivos embarcados, conforme figura 26.

Figura 26 - Criando um canal de comunicação.

Fonte: Thingspeak.

Neste ponto os dados deverão ser associados aos campos numerados de 1 a


8 que no projeto utilizou-se os Canal1 para Umidade, Canal 2 para Luminosidade e
Canal 3 para Temperatura, conforme figura 27.
55

Figura 27 - Configurando Canais.

Fonte: Thingspeak.

Para ter acesso ao canal é preciso gerar uma chave de escrita que funciona
como um mecanismo de autenticação do seu canal visto na figura 28.
56

Figura 28 - Gerando a chave de escrita.

Fonte: Thingspeak.

Após estes passos o canal está configurado e pronto para receber os dados de
umidade e temperatura. Por se tratar de uma ferramenta gratuita, há uma limitação de
envio de dados a cada 15 segundos, mas por se tratar de um trabalho acadêmico e
uma prova de conceito, foi decidido utilizar tal ferramenta uma vez que tal
periodicidade não acarreta problemas ao projeto.
57

4.9 Custos do Projeto

Neste capítulo foi feito uma abordagem às ferramentas empregadas para a


realização do gerenciador de sistemas agrícolas com supervisão remota. Como um
dos objetivos deste projeto é ser baixo custo, tal balanço é de grande relevância, e
pode ser observado através da Tabela 1, ao qual o valor refere se a produção de um
protótipo.
Tabela 1 - Tabela de orçamento.

Custos do projeto
Componente Valor
Modulo NodeMCU R$ 37,00
Rele 12 VCC R$ 4,00
Fonte 9 VCC 1A R$ 10,00
Resistores SMD 0805 R$ 3,00
Capacitores SMD 0805 R$ 3,00
Diodo 1n4007 R$ 1,00
Circuito Integrado Regulador Tensão
LM7805 R$ 1,50
Circuito Integrado LMV 358 R$ 1,60
Circuito Integrado CD 4066 R$ 1,00
Diodo LED SMD 1206 R$ 0,80
Conector Molex 3 vias R$ 2,00
Conector Molex 2 vias R$ 2,00
Capacitor Eletrolítico SMD 47 uF/ 16 VCC R$ 2,50
NTC R$ 1,20
LDR R$ 1,10
Placa de Fenolite de cobre dupla face R$ 12,00
Transistor bc817 R$ 0,40
Soquete de pinos R$ 1,60
Ferrite Bead R$ 0,30
Sensor Umidade HL-69 R$ 4,80
Total: R$ 93,80

Fonte: Próprio autor.

Vale ressaltar que o custo de desenvolvimento de software não é zero, já que


os softwares livres utilizados tiveram que ser adaptados e outros implementados
58

inteiramente. Entretanto, por falta de uma métrica coerente para medir esse custo, o
preço obtido através da Tabela 1 é apenas da parte de hardware do projeto,
considerando apenas um protótipo para uma única planta, ou seja, prova de conceito.
59

5 Testes realizados

Para avaliar e validar a concepção do protótipo desenvolvido, este capítulo


aborda os experimentos idealizados e a discussão dos testes e resultados obtidos.
Inicialmente é apresentada a plataforma experimental, para então discutir a
metodologia empregada na realização dos experimentos e os resultados obtidos. Por
fim, conclui-se este capítulo com algumas considerações gerais.

5.1 Teste do Sensor de Umidade

O teste do sensor de umidade foi feito medindo a saída de tensão com um


multímetro digital da fabricante Minipa e avaliando os valores para o solo totalmente
seco, encharcado de umidade e valores intermediários.
Para validar o sistema de irrigação, foi necessária a realização de dois testes.
O primeiro para validar o funcionamento do sensor de umidade, e o segundo para
validar o acionamento (atuação) da irrigação.
No sensor de umidade, foi conduzido experimentos em três tipos diferentes de
compactação do solo. Entretanto vale salientar que nesses experimentos foi percebida
a lenta variação da resistência de umidade do solo, podendo concluir que uma leitura
da umidade a cada 30 segundos seria uma periodicidade satisfatória e os erros
encontrados seriam praticamente zero. Dessa forma, foram desenvolvidos três testes:
 Solo Seco: Solo exposto ao sol no período das 08h00min, sem receber
água, durante 2 horas monitorando a umidade e a temperatura do solo.
 Solo Úmido: Solo exposto à luz do dia e molhado uma vez por dia no
período das 07h00min durante três dias seguidos.
 Solo Encharcado: Solo não exposto ao sol ou à luz do dia, e molhado
em abundância no período noturno as 20h00min durante dois dias.
Durante os períodos de testes, foi observado o valor da umidade. Para ter
embasamento para validar o funcionamento do sistema, seria necessário verificar o
acionamento de água baseado na condição de umidade do solo, portanto foi criado
um quarto teste. Ainda, para contemplar os requisitos sem manter histórico e também
comprovar a robustez do sistema, a plataforma experimental foi monitorada por dois
60

dias, analisando os momentos em que o solo era irrigado, e conclui se que o sistema
foi capaz de verificara variação de umidade presente no solo.

5.2 Teste do Sensor de Temperatura

O teste do sensor de temperatura foi feito medindo a tensão de saída com um


multímetro digital da fabricante Minipa e um termômetro digital da fabricante FLIR,
para confirmar a mudança na medida conforme a temperatura do solo era alterada.
Durante os ensaios foram verificados que NTC não possui um comportamento linear
da resistência com a variação da temperatura, ao qual foi necessária a utilização de
cálculos para o ajuste da curva exponencial para tender em uma aproximação linear.
No desenvolvimento prático a equação Steinhart-hart (Eq.1) apresentou uma precisão
maiores durante os ensaios observou se que a temperatura estava no range de 15º C
a 42 º C, denotando uma precisão maior e os resultados foram plausíveis para o
projeto proposto, onde o erro da equação de Steinhart-Hart foi a torno de 2%.

1
= 𝐴 + 𝐵. 𝑙𝑛(𝑅 ) + 𝐶. [𝑙𝑛(𝑅)]3 (1)
𝑇

Na qual, T é a temperatura (Kelvin), R é a resistência (Ohms) naquela temperatura e


os coeficientes A, B e C, são conhecidos como os coeficientes de Steinhart-Hart, os
quais dependem do modelo do termistor e da intervalo de temperatura interesse.

5.3 Teste do Sensor de Luminosidade

O teste do sensor de luminosidade LDR foi feito medindo a tensão de saída


com um multímetro digital da fabricante Minipa, durante determinadas horas do dia,
pois como não havia um instrumento de medição de luminosidade (Luxímetro), foi
desenvolvida uma tabela para estipular qual seria a intensidade de raios ultravioletas.
A tabela 2 consta os valores obtidos durante as aferições sendo compostos o horário
e tensão aferida e a conversão em bits.
61

Para as medidas efetuadas, foi alimentado o circuito com 1 volts, e uma


variação de bits de 0 a 1023. Utilizando a equação 2, foi realizada a conversão de bits
para Volts e os valores equivalentes estão mostrados na tabela 2.

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑏𝑖𝑡𝑠 × 1 𝑉𝑜𝑙𝑡


𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑉𝑜𝑙𝑡𝑠 = (2)
1023

Tabela 2 - Luminosidade.

Luminosidade
Horário Tensão Bits
06h00min 0, 345 Volts 352
07h00min 0, 435 Volts 445
08h00min 0, 485 Volts 496
09h00min 0, 502 Volts 513
10h00min 0, 584Volts 597
11h00min 0, 784 Volts 802
12h00min 0, 831 Volts 850
13h00min 0, 840 Volts 859
14h00min 0, 824 Volts 842
15h00min 0, 801 Volts 819
16h00min 0, 703 Volts 719
17h00min 0, 643 Volts 657
18h00min 0, 570 Volts 583

Fonte: Autoria própria, 2017.

O que pode ser percebido durante os testes, é que o a resposta do sensor é


um pouco lenta, por isso há a necessidade de realizar várias leituras para mostrar o
valor de luminosidade, no aplicativo móvel, entretanto neste tipo de ensaio realizado
não pude mensurar o quanto realmente é o erro gerado, pois dependendo do dia
podemos ter mais ou menos emissão de raios ultravioletas, ocasionando certo erro na
medição efetuada.
62
63

6 Resultados

Depois de concluídas todas as etapas de desenvolvimento iniciaram-se a


instalação de todos os componentes que fazem parte do sistema projetado, como
pode ser visualizado na figura 29 o protótipo montado.

Figura 29 - Protótipo final.

Fonte: O próprio autor.

O teste do sistema foi realizado ligando todos os sensores juntamente ao


modulo NodeMCU para verificar a operação do protótipo em ambiente similar ao que
o dispositivo deve ser instalado.
Idealmente, um solo totalmente seco, ou seja, com umidade próxima a 0%,
deve ter o valor de umidade nesse sistema próximo a 0. Sabendo disso, a figura 31
mostra o comportamento do sistema nesse cenário, observado durante alguns
minutos, através do simulador Thingspeak do aplicativo móvel.
64

Figura 30 - Umidade percentual versus tempo.

Fonte: Thingspeak.

Fica claro que devido a imprecisões do sensor, do solo possivelmente não


estar totalmente seco, e do conversor analógico-digital, o valor obtido não é totalmente
estável, pois varia entre 73% e 74% (valor informado na figura 30 acima), mas ele
atinge as expectativas de proximidade ao comportamento ideal descrito nesta seção.
Na figura 30 é possível observar através do eixo horizontal o horário da
medição da umidade e no eixo vertical o percentual de umidade do solo. Cada ponto
representa um envio do módulo Wi-Fi para o servidor do site. Com estas informações
é possível saber qual o horário ou dia de maior umidade presente no solo. A ideia do
projeto é criar mais gráficos conforme a necessidade da informação.
O teste realizado difere do funcionamento final do dispositivo em dois pontos.
A versão do código utilizado teve parte do código modificada para que o tempo de
leitura dos sensores de umidade e de temperatura e luminosidade fossem a cada
segundos, e não em minutos.
65

Para enviar dados ao Thingspeak, é necessário realizar uma requisição HTTP


ao servidor do Thingspeak. Uma requisição HTTP nada mais é que uma string (que
contém as informações da requisição HTTP) enviada via socket TCP client (quem
deseja fazer a requisição) a um socket TCP Server (servidor que receberá a
requisição, no caso o servidor do Thingspeak) através da porta 80. Entretanto os
envios de dados ao aplicativo Thingspeak ocorre a cada 30 segundos, pois o software
é gratuito e existe uma limitação se isso for desobedecido, os dados enviados fora
deste intervalo de tempo serão ignorados ou não registrados.
O sensor de umidade não estava fixado o período todo em contato com o solo.
Em alguns momentos foi enterrado, mas também ficou ao ar livre ou embebido em
água (não danifica o sensor e é parte do processo de instalação do mesmo). O sistema
funcionou como esperado. A válvula foi aberta e fechada quando as condições de
umidade e temperatura definidas foram atingidas o resultado de tal processo foi feita
visualmente no protótipo por indicadores luminosos, assim como no histórico do
aplicativo móvel.
Fundado nesses testes e resultados fica evidente que o sensor de umidade
se comporta conforme esperado, e o sistema é capaz de oferecer ao usuário o valor
da umidade em um determinado solo, dentro de uma precisão suficiente para a
aplicação proposta.
66
67

7 Considerações Finais

Durante o período de desenvolvimento deste trabalho foi abordado conceitos e


tecnologias que formam o paradigma da Internet das Coisas. Por envolver muitos
conceitos, redes de comunicação e tecnologias, nota-se que existe uma grande
dificuldade em encontrar uma definição unificada sobre o termos e conceitos
utilizados, devido a IoT ainda estar em desenvolvimento.
Além deste estudo, foi proposto e implementado um sistema para gerenciador
de sistemas agrícolas com supervisão remota doméstico e industrial, aplicação que
encontra sua base nos conceitos da IoT. O objetivo deste trabalho foi realizar um
estudo sobre a Internet das Coisas e de elaborar um sistema que permitisse controlar
e monitorar remotamente um conjunto de sensores para agricultura.
O protótipo apresenta grande potencial para a área de automação residencial
e industrial, apesar do requisito não-funcional pretendido neste trabalho ser o fácil uso
pelo usuário final, os demais requisitos de funcionalidade propostos no trabalho foi
atingido com sucesso. O ponto principal, que é controlar remotamente por sensores a
umidade, temperatura e luminosidade da agricultura de plantas utilizando atuadores
de saídas para determinadas respostas obtidas no protótipo.
Resta à parte de melhorias do protótipo para poder torná-lo um produto,
estudando a melhor forma de se apresentar as informações. O projeto proposto para
irrigação baseada na aferição da umidade do solo apresentou seu funcionamento
dentro dos patamares desejados inicialmente. Trata-se de um sistema simplório, com
uma programação que pode ser ajustada facilmente de acordo com as necessidades
solicitadas e possui seus periféricos reduzidos além de se comportar bem a
exposições ao meio.
Como trabalhos futuros entram os seguintes pontos de melhorias:
1. Possibilitar ao usuário o ajuste do cultivo, ou seja, o próprio usuário irá
selecionar o produto a ser cultivado e assim o sistema se adequará
automaticamente a umidade do solo, temperatura e luminosidade.
2. Monitorar o tempo de funcionamento do eletroválvula. Toda vez que a
eletroválvula for acionada o tempo de funcionamento irá ser registrado,
facilitando o total controle do operador.
68

3. Implantação de sensores com comunicação digital para melhorar o


desempenho do projeto, eliminando a construção de filtros ativos.
Embora o aplicativo móvel ThingSpeak não tenha atendido inteiramente as
expectativas da proposta inicial, uma vez que foi utilizado apenas no modo
monitoramento e gerenciamento ficou do lado do firmware, atendeu os propósitos
deste trabalho. Numa aplicação em massa, o ideal é desenvolver aplicativos próprios
ou adequar o sistema a aplicações já existentes.
69

8 Conclusões

O objetivo deste trabalho foi apresentar um sistema de gerenciamento agrícola


remoto que pudesse proporcionar comodidade ao pequeno produtor, a partir da
interação com uma central eletrônica que comunica-se por uma rede wireless na qual
é possível visualizar por aplicativo móvel os dados de temperatura, umidade e
intensidade luminosa no ambiente de interesse.
Para isso, um hardware com sensores luminosos, temperatura e umidade foi
desenvolvido para a coleta dos dados de interesse. Também foi desenvolvido o
software que irá operar e se comunicar com o aplicativo.
Conclui se que, o protótipo desenvolvido para esse trabalho é capaz de fazer a
leitura das medidas do ambiente (temperatura, umidade e intensidade luminosa), e os
dados podem ser armazenados em um banco de dados em nuvem, podendo ser
acessada em tempo real.
Apesar dos bons resultados obtidos, melhorias podem ser realizadas no
sistema como:
 Melhoria na coleta dos dados;
 Uso de sensores com maior precisão;
 Busca de componentes com preço menor a fim de deixar o sistema
financeiramente acessível ao usuário do campo;
Mesmo com algumas limitações, o protótipo desenvolvido alcançou resultados
promissores o que indica que esse trabalho pode trazer frutos para o usuário do
campo.
70
71

9 Referências

BALAGUER, AL Internet das Coisas: das origens ao futuro. Disponível em:


<http://cio.com.br/opiniao/2014/10/29/internet-das-coisas-das-origens-ao-futuro/>.
Acesso em: 1 out. 2017.

CHASE, O Sistemas Embarcados. SBAJovem 2010, p. 7, 2007.

CORTEZ, JW; NAGAHAMA, HJ; OLSZEVSKI, N; PATROCINIO FILHO, AP et al.


Umidade e temperatura de argissolo amarelo em sistemas de preparo e estádios de
desenvolvimento do milho. Engenharia Agrícola, v. 35, n. 4, p. 699–710, ago. 2015.

DA SILVA, TB; ROSA, MMF; GEREMIAS, T; SANTOS, PHS et al. A internet das
coisas: será a internet do futuro ou está prestes a se tornar a realidade do presente?
Engenharias On-line, v. 1, n. 1, p. 41–50, 2015.

EMBRAPA. A agricultura familiar e a difusa conceituação do termo. Embrapa


Hortaliças, n. 14, p. 20, 2014.

EXPLICATORIUM. O espectro eletromagnético. Disponível em:


<http://www.explicatorium.com/cfq-8/espectro-eletromagnetico.html>. Acesso em: 1
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FRIZZONE, JA. Os métodos de irrigaçãoPiracicaba, 2017.

KABERTOLLUCCI. Temperaturas. Disponível em:


<http://fonteatomica.com/temperaturas/>. Acesso em: 1 out. 2017.

KURNIAWAN, A. NodeMCU Development Workshop. [s.l.] PE Press, 2015.

LACERDA, PDS. Análise de Segurança em Redes Wireless 802.11xJuiz de Fora,


2007.

MARAFON, GJ Industrialização da agricultura e formação do Complexo


Agroindustrial no Brasil. Disponível em:
<http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/geografia/0006.html>. Acesso em:
1 out. 2017.

PENA, RFAP. Agricultura no Brasil atual. Disponível em:


<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/agricultura-no-brasil-atual.htm>.
Acesso em: 1 out. 2017a.

PENA, R. F. A. P. Agricultura. Disponível em:


<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/agricultura.htm>. Acesso em: 1 out.
2017b.

PINTO, LDON. Plantas Medicinais Utilizadas em Comunidades do Município de


Igarapé --Miri, Pará: Etnofarmácia do Município de Igarapé Miri - PA. Belém:
Universidade Federal do Pará, 2008.

REINERT, DJ; REICHERT, JM. Propriedades física do soloSanta Maria, 2006.


72

ROGOVSKI, RF. Construção de Um Espectrofotômetro Como Metodologia


DidáticaSinop, 2014.

SILVA, MFA; SANTOS, MN; SANTOS, CEL; WHITE, BLA. Avaliação Da Temperatura
Do Solo, Temperatura Do Ar E Umidade Relativa Do Ar Em Uma Clareira De Mata
Atlântica No Município De São Cristóvão, Sergipe, Brasil. Agro Florestalis News, v.
1, n. 1, p. 0–4, 2016.

SOGLIO, FD; KUBO, RR. Desenvolvimento, agricultura e sustentabilidade. Porto


Alegre: Editora da UFRGS, 2016.

STARTAGRO. AGTECH, A nova fronteira do agronegócio: como o Brasil pode


aproveitar essa oportunidade. Disponível em: <http://www.startagro.agr.br/agtech-
a-nova-fronteira-do-agronegocio/>. Acesso em: 1 out. 2017.
73

Anexos
74
75

Anexo A: Código Fonte

/*-----------------------------------------------------------------------
* UNISAL
* Eletrônica Embarcada
* Ano : 2017
* Autor(es) : Diogo Oliveira e Vinicius de Almeida
* Descrição : TCC - Gerenciador de Sistema agrícola
-----------------------------------------------------------------------*/
/*-----------------------------------------------------------------------
INCLUDES
-----------------------------------------------------------------------*/
//Biblioteca da ESP8266
#include <ESP8266WiFi.h>

/*-----------------------------------------------------------------------
DEFINES
-----------------------------------------------------------------------*/
//Defines da rede e da senha, lembrando que se muda a rede, é necessário mudar aqui
#define SSID_REDE "D-link_DIR-610"
#define SENHA_REDE "diogo"
//Deinfe do intervalo entre envios de dados ao ThingSpeak (em ms)
#define INTERVALO_ENVIO_THINGSPEAK 30000

#define chave_sensor_luminosidade 8
#define chave_sensor_umidade 6
#define chave_sensor_temperatura 7

#define rele_luminosidade 0
#define rele_umidade 1
#define rele_temperatura 2

/*-----------------------------------------------------------------------
LOCAL VARIABLES
-----------------------------------------------------------------------*/
//constantes e variáveis globais
charEnderecoAPIThingSpeak[] = "api.thingspeak.com";
String ChaveEscritaThingSpeak = "KGFP6X4JQTJZFIAP";
longlastConnectionTime;
WiFiClient client;

/*-----------------------------------------------------------------------
LOCAL FUNCTION PROTOTYPES
-----------------------------------------------------------------------*/
76

voidEnviaInformacoesThingspeak(String StringDados);
voidFazConexaoWiFi(void);
floatFazLeituraUmidade(void);
floatFazLeituraTemperatura(void);
floatFazLeituraLuminosidade(void);
voidinit_port(void);
voidchaves_analog_off(void);
/*-----------------------------------------------------------------------
FUNCTIONS
-----------------------------------------------------------------------*/
/*-----------------------------------------------------------------------------
* Envia informações ao ThingSpeak
*
* Entradas :
* - String com a informação a ser enviada
*
* Saídas :
* - NENHUMA
*----------------------------------------------------------------------------*/
voidEnviaInformacoesThingspeak(String StringDados)
{
if (client.connect(EnderecoAPIThingSpeak, 80))
{
//faz a requisição HTTP aoThingSpeak
client.print("POST /update HTTP/1.1n");
client.print("Host: api.thingspeak.comn");
client.print("Connection: closen");
client.print("X-THINGSPEAKAPIKEY: "+ChaveEscritaThingSpeak+"n");
client.print("Content-Type: application/x-www-form-urlencodedn");
client.print("Content-Length: ");
client.print(StringDados.length());
client.print("nn");
client.print(StringDados);

lastConnectionTime = millis();
Serial.println(" Informações enviadas ao ThingSpeak ");
}
}

/*-----------------------------------------------------------------------------
* Faz a conexão WiFI
*
* Entradas :
* Saídas :
* - NENHUMA
77

*----------------------------------------------------------------------------*/
voidFazConexaoWiFi(void)
{
client.stop();
Serial.println("Conectando-se à rede WiFi...");
Serial.println();
delay(1000);
WiFi.begin(SSID_REDE, SENHA_REDE);

while (WiFi.status() != WL_CONNECTED)


{
delay(500);
Serial.print(".");
}

Serial.println("");
Serial.println("WiFi connectado com sucesso!");
Serial.println("IP obtido: ");
Serial.println(WiFi.localIP());

delay(1000);
}
/*-----------------------------------------------------------------------------
* Faz a leitura do nível de luminosidade
*
* Entradas :
* - NENHUMA
*
* Saídas :
* - Luminosidade percentual (0-100)
* Observação: o ADC do NodeMCU permite até, no máximo, 3.3V. Dessa forma,
* para 3.3V, obtem-se 1024 como leitura de ADC
*
*----------------------------------------------------------------------------*/
floatFazLeituraLuminosidade(void)
{
intValorADC;
floatLuminosidadePercentual;

digitalWrite(chave_sensor_luminosidade,HIGH);
digitalWrite(chave_sensor_temperatura,LOW);
digitalWrite(chave_sensor_umidade,LOW);

delay(10);
78

ValorADC = analogRead(0);
Serial.print("[Leitura ADC] ");
Serial.println(ValorADC);
LuminosidadePercentual = 100 * ((1023-(float)ValorADC) / 1023);
Serial.print("[Luminosidade Percentual] ");
Serial.print(LuminosidadePercentual);
Serial.println("%");
chaves_analog_off();

returnLuminosidadePercentual;
}
/*-----------------------------------------------------------------------------
* Faz a leitura do nível de umidade
*
* Entradas :
* - NENHUMA
*
* Saídas :
* - Umidade percentual (0-100)
* Observação: o ADC do NodeMCU permite até, no máximo, 3.3V. Dessa forma,
* para 3.3V, obtem-se 978 como leitura de ADC
*----------------------------------------------------------------------------*/
floatFazLeituraUmidade(void)
{
intValorADC;
floatUmidadePercentual;

digitalWrite(chave_sensor_umidade,HIGH);
digitalWrite(chave_sensor_luminosidade,LOW);
digitalWrite(chave_sensor_temperatura,LOW);

delay(10);

ValorADC = analogRead(0);
Serial.print("[Leitura ADC] ");
Serial.println(ValorADC);
UmidadePercentual = 100 * ((978-(float)ValorADC) / 1023);
Serial.print("[Umidade Percentual] ");
Serial.print(UmidadePercentual);
Serial.println("%");
chaves_analog_off();

returnUmidadePercentual;
}
79

/*-----------------------------------------------------------------------------
* Faz a leitura da Temperatura
*
* Entradas :
* - NENHUMA
*
* Saídas :
* - Temperatura percentual (0-100)
* Observação: o ADC do NodeMCU permite até, no máximo, 3.3V. Dessa forma,
* para 3.3V, obtem-se 978 como leitura de ADC
*----------------------------------------------------------------------------*/
floatFazLeituraTemperatura(void)
{
// Valor do termistor na temperatura nominal
#define TERMISTORNOMINAL 10000
// Temp. nominal descrita no Manual
#define TEMPERATURENOMINAL 25
// Número de amostragens para
#define NUMAMOSTRAS 5
// Beta do nosso Termistor
#define BCOEFFICIENT 3977
// valor do resistor em série
#define SERIESRESISTOR 10000

int amostra[NUMAMOSTRAS];
int i;
float media;

digitalWrite(chave_sensor_temperatura,HIGH);
digitalWrite(chave_sensor_umidade,LOW);
digitalWrite(chave_sensor_luminosidade,LOW);

delay(10);

for (i=0; i< NUMAMOSTRAS; i++)


{
amostra[i] = analogRead(0);
delay(10);
}

media = 0;
for (i=0; i< NUMAMOSTRAS; i++)
{
media += amostra[i];
}
80

media /= NUMAMOSTRAS;
// Converte o valor da tensão em resistência
media = 1023 / media - 1;
media = SERIESRESISTOR / media;

//Faz o cálculo pela fórmula do Fator Beta


float temperatura;
temperatura = media / TERMISTORNOMINAL; // (R/Ro)
temperatura = log(temperatura); // ln(R/Ro)
temperatura /= BCOEFFICIENT; // 1/B * ln(R/Ro)
temperatura += 1.0 / (TEMPERATURENOMINAL + 273.15); // + (1/To)
temperatura = 1.0 / temperatura; // Inverte o valor
temperatura -= 273.15; // Converte para Celsius

Serial.print("Temperatura no Sensor eh: ");


Serial.print(temperatura);
Serial.println(" *C");

return temperatura;
}

/*-----------------------------------------------------------------------------
* Setup do projeto
*
* Entradas :
* Saídas :
* - NENHUMA
*----------------------------------------------------------------------------*/
void setup()
{
Serial.begin(9600);
lastConnectionTime = 0;
FazConexaoWiFi();
Serial.println("TCC Eletrônica Embarcada");
}

/*-----------------------------------------------------------------------------
* Inicializa as chaves em off (Desligado)
*
* Entradas :
* Saídas :
* - NENHUMA
*----------------------------------------------------------------------------*/
voidchaves_analog_off()
81

{
digitalWrite(chave_sensor_luminosidade,LOW); // initialize digital output LOW
digitalWrite(chave_sensor_temperatura,LOW); // initialize digital output LOW
digitalWrite(chave_sensor_umidade,LOW); // initialize digital output LOW
}
/*-----------------------------------------------------------------------------
* void init_port()
*----------------------------------------------------------------------------*/
voidinit_port()
{
pinMode(chave_sensor_luminosidade , OUTPUT); // initialize digital output 8 as an output.
pinMode(chave_sensor_temperatura , OUTPUT); // initialize digital output 7 as an output.
pinMode(chave_sensor_umidade , OUTPUT); // initialize digital output 9 as an output.
pinMode(rele_luminosidade , OUTPUT); // initialize digital output 0 as an output.
pinMode(rele_temperatura , OUTPUT); // initialize digital output 1 as an output.
pinMode(rele_umidade , OUTPUT); // initialize digital output 2 as an output.

digitalWrite(chave_sensor_luminosidade,LOW); // initialize digital output LOW


digitalWrite(chave_sensor_temperatura,LOW); // initialize digital output LOW
digitalWrite(chave_sensor_umidade,LOW); // initialize digital output LOW
digitalWrite(rele_luminosidade,LOW); // initialize digital output LOW
digitalWrite(rele_temperatura,LOW); // initialize digital output LOW
digitalWrite(rele_umidade,LOW); // initialize digital output LOW
}
/*-----------------------------------------------------------------------------
* Loop do projeto
*
* Entradas :
* Saídas :
* - NENHUMA
*----------------------------------------------------------------------------*/
void loop()
{
floatUmidadePercentualLida;
floatLuminosidadePercentualLida;
floatTemperaturalLida;

intUmidadePercentualTruncada;
intLuminosidadePercentualTruncada;
intTemperaturaTruncada;

charFieldUmidade[11];
charFieldLuminosidade[11];
charFieldTemperatura[11];
82

init_port();

//Força desconexão ao ThingSpeak (se ainda estiver desconectado)


if (client.connected())
{
client.stop();
Serial.println("- Desconectado do ThingSpeak");
Serial.println();
}

UmidadePercentualLida = FazLeituraUmidade();
UmidadePercentualTruncada = (int)UmidadePercentualLida;

LuminosidadePercentualLida = FazLeituraLuminosidade();
LuminosidadePercentualTruncada = (int)LuminosidadePercentualLida;

TemperaturalLida = FazLeituraTemperatura();
TemperaturaTruncada = (int)TemperaturalLida;

//verifica se está conectado no WiFi e se é o momento de enviar dados ao ThingSpeak


if(!client.connected() && (millis() - lastConnectionTime> INTERVALO_ENVIO_THINGSPEAK))
{
sprintf(FieldUmidade,"field1=%d",UmidadePercentualTruncada);
EnviaInformacoesThingspeak(FieldUmidade);

sprintf(FieldLuminosidade,"field1=%d",LuminosidadePercentualTruncada);
EnviaInformacoesThingspeak(FieldLuminosidade);

sprintf(FieldTemperatura,"field1=%d",TemperaturaTruncada);
EnviaInformacoesThingspeak(FieldTemperatura);

// Verifica se a umidade está baixa, e se sim, aciona o relé


if(UmidadePercentualLida<= 30.0)
{
digitalWrite(rele_umidade,HIGH);
}
else
{
digitalWrite(rele_umidade,LOW);
}

// Verifica se a luminosidade está baixa, e se sim, aciona o relé


if(LuminosidadePercentualLida<= 30.0)
{
83

digitalWrite(rele_luminosidade,HIGH);
}
else
{
digitalWrite(rele_luminosidade,LOW);
}

// Verifica se a temperatura está acima do limite proposto, e se sim, aciona o relé


if(TemperaturalLida>= 30.0)
{
digitalWrite(rele_temperatura,HIGH);
}
else
{
digitalWrite(rele_temperatura,LOW);
}

delay(1000);
}

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