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2.1. Formalização
Prevê a Lei nº. 8666/1993 em seu art. 60, parágrafo único, que é nulo o
contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto
pagamento feitas em regime de adiantamento. No mesmo sentido dispõe o § 4º
do art. 142 da Lei Estadual nº. 16.920/2010, definidas como pequenas compras
as de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido para
compras e serviços que não sejam de engenharia, na modalidade convite.
Dispõe, por sua vez, o art. 143, caput e § 1º da Lei Estadual nº. 16.920,
semelhantemente à disposição do art. 62 da Lei nº. 8666, que o instrumento de
contrato é obrigatório nos casos de concorrência, tomada de preços, bem como
nas dispensas, inexigibilidades e pregão cujos preços estejam compreendidos
nos limites daquelas duas modalidades de licitação, sendo facultativo para os
demais casos em que puder ser substituído por outros instrumentos hábeis como
carta-contrato, nota de empenho da despesa, autorização de compra ou ordem
de execução de serviço.
Prevê o § 3º do art. 124 da Lei Estadual que o CRRC deverá ser feito em
obediência ao disposto na Lei e sua apresentação pela parte não a exime de
declarar, sob as penalidades legais, a superveniência de fato impeditivo à
habilitação.
2.1.2. Publicação
Estabelece o § 3º do art. 142 da Lei Estadual nº. 16.920 que “os aditivos
contratuais, salvo justificativa, serão formalizados em autos apartados do
processo originário da contratação e serão publicados nas mesmas condições
do contrato aditado, mencionando-se, obrigatoriamente, em caso de alteração do
seu valor, o que consta do instrumento originário, sob pena de responsabilidade
da autoridade signatária.”
8
Art. 154. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, mediante justificação
expressa, nos seguintes casos:
(...)
§ 1º. O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos
ou supressões que se fizerem em obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por
cento) do seu valor inicial atualizado, e, no caso particular de reforma de edifício ou de
equipamento, até o limite de 50% para os seus acréscimos.
O art. 56 da lei nº. 8.666 e art. 147 da Lei Estadual nº. 16.920 prevêem
que, a critério da autoridade competente, em cada caso e desde que prevista
no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas
contratações de obras, serviços e compras.
Estabelece o art. 31, III da Lei nº. 8.666 e art. 123, III da Lei Estadual
que a documentação relativa à qualificação econômico-financeira, no tocante à
garantia para participação no procedimento licitatório, quando exigida no edital,
limitar-se-á a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação.
10
JUSTEN FILHO, Marçal. Ob. cit., p. 694.
A Lei nº. 8.666, porém, admitiu exceções. Para projetos cujos produtos
estejam contemplados nas metas estabelecidas no plano plurianual, por
exemplo, a construção de uma obra, a duração do contrato deve ser
estabelecida em conformidade com o prazo fixado para a execução do projeto.
11
MEIRELLES, Hely Lopes. Ob. cit., p. 241.
2.3.1. Prorrogação
Muito embora a literal disposição do art. 57, II da Lei nº. 8.666, o prazo
de prorrogação da vigência dos contratos pode ser igual, inferior ou até
superior ao ajustado inicialmente, observados os limites de duração contratual
mencionados no item anterior, a vantagem para a Administração e a
peculiaridade de cada caso13.
12
MEIRELLES, Hely Lopes. Ob. cit., p. 242.
13
Nesse sentido, Marçal Justen Filho, ob. cit., p.702.
Dispõe o art. 152 da Lei Estadual nº. 16.920 que os prazos de início das
etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem prorrogação,
mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu
equilíbrio econômico-financeiro, nos seguintes casos, devidamente registrados:
14
JUSTEN FILHO, Marçal. Ob. cit., p. 700/701.
Aponta a Lei nº. 8.666, em seu art. 65, II, e a Lei Estadual, no art. 154, II,
outras formas de alteração contratual que podem ser procedidas por acordo
entre as partes, como:
• quando for conveniente a substituição da garantia da execução ou
o reforço da mesma;
• quando necessária a modificação do regime de execução da obra
ou do serviço ou o modo de fornecimento, em razão de verificação técnica de
inadequação das condições contratuais originárias;
• quando necessária a modificação da forma de pagamento;
Do mesmo modo, prevê o art. 65, II, “d” da Lei nº 8.666 e art. 154, II, “d”
da Lei Estadual a possibilidade de os contratos administrativos serem
alterados, por acordo entre as partes, na hipótese de sobrevirem fatos
imprevisíveis, ou previsíveis mas de conseqüências incalculáveis, que onerem
a execução do contrato, configurando situação econômica extraordinária e
extracontratual, que desequilibre a equação econômica estabelecida
inicialmente pelas partes, para o fim de restabelecer o equilíbrio econômico-
financeiro do contrato.
Prevê o art. 98, XIII da Lei Estadual nº. 16.920, em semelhança com o
art. 40, XI da Lei n.º 8.666, que o edital deverá conter o critério de reajuste
anual, o qual deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, com a
indicação, sempre que possível, de índices específicos ou setoriais, desde a
data prevista para apresentação da proposta ou do orçamento a que esta
referir.
15
Lição de Hely Lopes Meirelles, ob. cit., p. 210.
Prevê o art. 55, III da Lei nº. 8.666 e art. 137, V da Lei Estadual nº.
16.920 que o contrato deverá prever os critérios de atualização monetária entre
a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento.
A Lei nº. 8.666 dispôs, ademais, em seu art. 65, § 5º, que a criação,
alteração ou extinção de tributos ou encargos legais, ou a superveniência de
outras disposições legais, após a data da apresentação da proposta e que
repercutam nos preços anteriormente contratados, implicarão na revisão dos
mesmos para mais ou para menos, em conformidade com a variação dos
encargos do contratado. No mesmo sentido, a disposição do § 5º do art. 154 da
Lei Estadual.
16
Nesse sentido, Marçal Justen Filho, ob.cit., p. 760.
17
Ob. cit, p. 763.
Em todo caso, nos termos do § 2º do art. 73 da Lei nº. 8.666 e art. 175
da Lei Estadual nº. 16.920, o recebimento provisório ou definitivo não exclui a
responsabilidade civil do contratado pela solidez e segurança da obra ou do
serviço, a responsabilidade ético-profissional pela adequada execução do
objeto, nos termos estabelecidos na legislação civil aplicável ou no instrumento
contratual. Pode ocorrer até eventual responsabilidade penal do contratado na
hipótese de culpa ou dolo na execução do contrato que venha causar lesão a
terceiros.
18
Ob. cit., p. 238.
Estabelece o art. 200 da Lei Estadual nº. 16.920/2010 que constitui ilícito
administrativo, sem prejuízo das sanções penais cabíveis, a prática dos atos
previstos nos artigos 81 a 85 e 89 a 99 da Lei nº. 8.666/1993 ou em
dispositivos de norma que vier a substituí-la.
(...)
Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em
lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à
inexigibilidade:
Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, tendo
comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade,
beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar
contrato com o Poder Público.
Nos termos do art. 84, caput e § 1º da Lei nº. 8.666, considera-se servi-
dor público, para os fins da lei, aquele que exerce, mesmo que transitoriamente
ou sem remuneração, cargo, função ou emprego público em órgão ou entidade
O artigo 87 da Lei Geral, por sua vez, disciplina que pela inexecução
total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a defesa prévia,
aplicar ao contratado as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no
contrato,
III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento
de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois)
anos;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes
da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria
autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o
contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após
decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.
19
MEIRELLES, Hely Lopes. Ob. cit., p. 237/238.
2.10.1. Advertência
20
In Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 13. ed. . São Paulo:
Dialética, 2009, p. 845.
2.10.2. Multa
II - 0,3% (três décimos por cento) ao dia, até o trigésimo dia de atraso,
sobre o valor da parte do fornecimento ou serviço não realizado ou
sobre a parte da etapa do cronograma físico de obras não cumprido;
21
Nesse sentido, Justen Filho, ob. cit., p. 858.
22
Nesse sentido, Jessé Torres Pereira Júnior, in Comentários à Lei das Licitações e
Contratações da Administração Pública – 6. ed. – Rio de Janeiro: Renovar, 2003, p. 797.
23
Idem, p. 797.
24
Nesse sentido, lição de Hely Lopes Meireles, ob. cit., p. 263.
2.11.2.Término do prazo
2.11.3. Rescisão
Prevê o artigo 77 da Lei nº. 8.666 e artigo 176 da Lei Estadual nº. 16.920
que a inexecução total ou parcial do contrato enseja sua rescisão, com as
consequências contratuais e as previstas em lei ou regulamento.
25
Nesse sentido, Marçal Justen Fillho, ob. cit., p. 837/839.
2.11.4. Anulação
Nos termos do art. 139 da Lei Estadual n.º 16.920 e art. 59 da Lei n.º
8.666, a declaração de nulidade do contrato administrativo opera
retroativamente, desconstituindo os efeitos jurídicos já produzidos e impedindo
os que seriam ordinariamente produzidos.
26
JUSTEN FILHO, Marçal: ob. cit., p. 712.