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“Sgt.

Pepper's Lonely Hearts Club Band”, (muito mais do que) um disco e

respectiva capa

por Paulo César Gonçalves, A44153

Trabalho elaborado para a UC de Cultura Inglesa, curso de Estudos


Culturais, Universidade do Minho
RESUMO

Trabalho sobre o disco (com especial enfoque na capa) "Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club
Band", dos Beatles, tendo por finalidade ressalvar o impacto cultural do mesmo, à época, e
também cinquenta anos após o seu lançamento (que ocorreu em 1967).
Partindo do pressuposto da relevância das figuras elencadas na capa do referido disco,
especular-se-á sobre que personalidades poderiam, hoje, caso o disco tivesse sido lançado nos
tempos que correm, aparecer em destaque.

1. Sergeant Pepper’s: da génese ao nascimento

Para se compreender o nascimento de “Sergeant Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, é


necessário recuar até 1965, ano de edição de “Rubber Soul”.

A partir desse ano, principia a noção de que os Beatles se desdobravam em duas diferentes
bandas, como se sofressem de “dupla personalidade”: Uma, mais agarrada à sua génese,
realizava e cumpria, de forma escrupulosa, os compromissos relativos aos concertos e às
constantes tournées para que era solicitada; A outra, a menos conhecida, era aquela que vivia
em clausura auto-inflingida no habitat do estúdio, geralmente Abbey Road, estudando as
diferentes formas de trabalhar (n)as canções, procurando aperfeiçoar as letras, inovando ao
nível dos arranjos, cada vez mais arrojados, tendo que, para isso, com a preciosa ajuda de
George Martin, socorrer-se de insturmentos que não eram habituais ao estilo de música que
praticavam.

Assim, quando em concerto, os Beatles resgatavam as suas antigas canções, as dos primeiros
discos; No estúdio, entregavam-se à construção de material que seria irreproduzível em palco,
por falta de meios, à altura.
O grupo de Liverpool tocou, após completo desgaste, e frustração, o seu último concerto ao
vivo a 29 de Agosto de 1966, em Candlestick Park, São Francisco, EUA. Nesse concerto, não
figurou qualquer tema de “Revolver”, recentemente editado (nesse mesmo mês).

Para a banda, 1966 fôra o zénite do mau-estar na sua relação com os concertos: era por
demais óbvio de que não havia qualidade de som, de que tocavam cada vez pior, de que não
se conseguiam escutar em palco. Os quatro rapazes de Merseyside tinham a impressão de que
a sua música era o que menos importava.

A Beatlemania fazia as suas primeiras vítimas: os próprios Beatles. A conclusão era, ou


parecia ser, trivial: os Beatles, que desejavam reinvenção, estavam fartos. Ansiavam por
mudança. Shea Stadium, os mop-top e a estética dos primeiros discos eram memórias que já
não lhes interessavam. Os gritos do público, som característico daquela época, contrastavam
com os sons novos que John, Paul, George e Ringo avidamente procuravam, quando em
estúdio. Aí, o interesse transbordava. E, bênção, escutavam-se e escutavam o que estavam a
compor.

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Como já foi mencionado, “Rubber Soul”, de 1965, é o primeiro disco dos Beatles no qual,
declaradamente, a banda se tenta libertar das amarras impostas pelo sucesso instantâneo,
optando pela experimentação. Com “Revolver”, o álbum seguinte, os Beatles aderem à magia
da engenharia de estúdio.

Os anos 60 foram pródigos no surgimento de grandes bandas da música popular, quer do lado
de cá, quer do lado de lá do Atlântico. Após o início da “British Invasion”, iniciada pelos
Beatles a 9 de Fevereiro de 1964, aquando da participação no “The Ed Sullivan Show”, o
impacto foi tal, que nunca um grupo “Pop” logrou atingir tamanho destaque. Os Beatles
haviam aberto o caminho para que outras bandas inglesas se aventurassem pelos EUA, e
também fizeram com que muitas outras, americanas, surgissem ou neles se inspirassem.
Foi o caso dos Beach Boys. Inicialmente um grupo excessivamente despretensioso e
conotado com a música “Pop” de cariz adolescente, depressa os californianos, pela acção de
Brian Wilson, principal compositor, se deixaram enlear pelo som que ecoava desde as terras
de Sua Majestade. “Rubber Soul” causou tamanha impressão em Wilson, que o músico se
fechou em estúdio. O resultado desse conclave nasceria sob a forma de uma das obras-primas
da música popular: “Pet Sounds”, editado em 1966, pouco antes de “Revolver”.

O disco dos americanos teve um enorme impacto entre os membros dos Beatles, sobretudo
em Paul McCartney, rendido aos arranjos de Wilson, e à utilização do estúdio como, de facto,
um instrumento. O estímulo, “Rubber Soul”, de que Brian Wilson beneficiara para escrever
“Pet Sounds”, seria usado por McCartney e pelos restantes Beatles, em relação a “Pet
Sounds”, para criarem algo superior.
McCartney, na companhia de Mal Evans, o homem-forte das digressões dos Beatles,
regressava do Quénia. Foi a bordo de um avião que nasceu o conceito do que viria a ser “Sgt.
Pepper’s”: O serviço de refeições a bordo incluía dois pequenos sacos com sal e pimenta (salt
& pepper). Uma troca de palavras entre McCartney e Evans originaria o termo “Sergeant
Pepper”, e depois a ideia de criar uma banda que fosse um alter-ego dos Beatles, encabeçada
pelo fictício “Sergeant Pepper”.

Em Novembro de 1966, a 24, mais concretamente, os Beatles regressaram aos míticos


estúdios de Abbey Road. Só de lá sairiam, com o disco finalizado, a 21 de abril de 1967. O
álbum, “Sergeant Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, exigiu setecentas horas de sessões de
gravação. Nas salas anexas, Jimi Hendrix e os Pink Floyd gravavam, respectivamente, os
primeiros discos das suas carreiras. A feliz reunião (Beatles, Pink Floyd e Jimi Hendrix)
dentro dos mesmos estúdios ficaria conhecida como “O Triângulo Psicadélico”.

“Sgt. Pepper’s” fechava a ambiciosa trilogia iniciada com “Rubber Soul” (com “Revolver”
pelo meio).
Nada mais seria como dantes.

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2. O impacto cultural à época

‘Mama’ Cass Elliot, do grupo Mamas and The Papas, e os seus vizinhos, do bairro londrino
de Chelsea, foram os primeiros, fora os envolvidos nas gravações, a terem o privilégio de
escutar “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, do início ao fim.

Terminadas as gravações, e com uma cópia do disco em acetato, os membros dos Beatles
foram a casa de Cass. Conta a lenda que “Pepper’s” foi tocado por diversas vezes, pela noite
dentro, com o volume bem alto, as janelas do apartamento completamente abertas e com as
colunas estrategicamente voltadas para a rua. Não se conheceram, nem conhecem, protestos.
Quando “Sgt. Pepper’s” chegou às lojas de discos, em 2 junho de 1967, a crítica ao disco era
praticamente unânime: Arte, pura.
Richard Goldstein foi um dos escribas que escapou a essa unanimidade, apelidando o álbum
de “estragado”, acusando-o de excesso de “efeitos especiais”. A caixa de correio do jornal
nova-iorquino, para o qual Richard escrevia, não foi suficiente para acolher todas as cartas de
protesto. Nunca, até então, uma crítica musical havia desencadeado uma reacção tão
veemente por parte dos fãs/leitores.

Poucos dias após o lançamento do disco, Jimi Hendrix apresentou a sua própria versão, ao
vivo, do tema-título do álbum. Na plateia, Harrison e McCartney ficaram impressionados
com a homenagem.

“Sgt. Pepper’s” foi um sucesso imediato. No Reino Unido, venderam-se 250 mil cópias
durante a primeira semana de edição: o disco entrou directamente para o primeiro lugar da
“Record Retailer”, aí permanecendo durante 27 semanas. Permaneceria mais 121 semanas no
top 40, assim como 88 semanas no top norte-americano (Billboard). No total, “Sgt Pepper’s”
venderia 32 milhões de discos. Apesar dos números esmagadores, que poderiam revelar a
ligeireza costumeira da cultura de massas, Paul Gleed, em “The Rest of you, if you just rattle
your jewelry: the Beatles and questions of mass and high culture”, observa que "a música
dos Beatles foi, em resumo, arte de alto nível para o público de massas".

Na edição de 1968 dos Grammy Awards, quatro prémios para o grupo: melhor álbum
contemporâneo, melhor capa, melhor engenharia de som e melhor álbum do ano, distinção
atribuída pela primeira vez a um trabalho de música pop/rock.
Sobre o tempo exacto em que “Sgt. Pepper’s” foi lançado, Langdon Winner, professor norte-
americano de Ciência Política, partilhou a sua euforia. À revista Rolling Stone, o académico
declarou que “foi a semana em que a civilização ocidental mais se aproximou da unidade
desde o Congresso de Viena, em 1815”, evento que colocou fim às guerras que devastaram a
Europa. Winner acrescentou ainda que “em todas as cidades europeias e americanas, as
rádios passaram o álbum e toda a gente o escutou”.

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3. O legado
O uso, pela primeira vez, de personagens ficcionadas, em disco; o facto de, pela primeira vez,
figurarem impressas as letras das canções numa capa ou contra-capa, a primeira vez em que
uma capa envolveu um fabuloso trabalho de produção (recurso, que se viria a tornar usual,
após este disco); as secções de cordas, de sopros (clarinetes e saxofones); o uso de
instrumentos tradicionais indianos e participação de músicos que actuavam em orquestras
sinfónicas; o desenvolvimento de um amplo manancial de inovadores truques de estúdio,
imaginados, em conjunto, pelos membros dos Beatles, com a ajuda de George Martin e do
engenheiro de som Geoff Emerick. Em Abbey Road, inovou-se a sério, impulsionando a
música em direcção ao futuro: novas técnicas de gravação, fitas magnéticas em reverso,
instrumentos novos (como o mellotron), ou em desuso (como o cravo).
Christopher Scapelliti, escrevendo para a Guitar World, em Junho de 2007, no assinalar dos
40 anos do disco, declararia:

(...) “é o som de quatro homens em rebelião contra as convenções musicais, escancarando as


portas para a experimentação sonora pelo meio da qual nasceriam o hard rock, o punk, o
metal, o new wave, o grunge e toda as outras formas de música popular que se seguiram.”

“Pepper’s” foi considerado, em 2003, pela Rolling Stone, o melhor disco de sempre, numa
lista com 500 discos (em segundo, curiosamente, ficou “Pet Sounds”, dos Beach Boys); É
frequentemente citado como o melhor e mais influente álbum da história do rock e da música.
“Sgt. Pepper’s” rompeu com as barreiras da música pop e tornou o habitual conjunto de
canções numa obra-prima de identidade própria e singular. Vários musicólogos consideram
“Sgt. Pepper’s” a sequência lógica, ainda que arrojada, de “Revolver” e de “Rubber Soul”,
facilitador do desenvolvimento do rock progressivo, através das suas letras instrospectivas, da
experimentação em estúdio e do esforço em expandir as barreiras características das
tradicionais músicas comerciais de 3 minutos, ou “radio-friendly”. Há quem o defina como
um dos primeiros álbuns de “art rock”, ou uma obra-prima do psicadelismo britânico.

Há quem nele veja a legitimação cultural da música popular, ou apenas uma importante
representação musical de sua geração. Eis um disco que é vitoriado por jornalistas da área,
enquanto influenciador do desenvolvimento da contracultura dos anos 60.

Em “Encyclopedia of Popular Music”, Larkin escreveu: "ocorreu que [o trabalho] não foi
somente um mero álbum pop, mas sim um ícone cultural, abraçando os elementos
constitutivos da década de 1960: pop art, moda extravagante, drogas, misticismo instantâneo
e liberdade contra o controle parental.”

Para terminar, de forma contundente, David Scott Kastan define “Sgt. Pepper’s” como "o
mais importante e influente trabalho de rock and roll de todos os tempos".

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4. A capa do disco: História e a sua iconicidade

Foi McCartney quem idealizou a capa. Contou a sua ideia a Robert Frazer, um negociante de
arte de quem era amigo. Foi Frazer quem lhe apresentou Pete Blake. O artista logo ensaiou
um desenho (ver anexo 1), mudando, de alguma forma, o conceito inicial.
Nessa primeira reunião entre Blake, Frazer e McCartney, surgiu a proposta de ser a banda (os
Beatles) a escolher, individualmente, quem viria a ser representado na capa. Paul apresentou,
posteriormente, a proposta aos restantes membros. De todos, apenas Ringo Starr não
contribuiria com nenhuma sugestão, limitando-se a aceitar as que os seus parceiros de grupo
elencaram. Assim, para a capa contribuiriam John Lennon, George Harrison, Ringo Starr
(apenas corroborando), Paul McCartney, Pete Blake, Jane Haworth (companheira de Pete
Blake e artista) e Robert Frazer.

A opção Gandhi, uma das avançadas, seria posta de parte por Sir Joe Lockwood, presidente
da EMI (distribuidora dos discos dos Beatles) à época, que chegou a visitar pessoalmente
Paul McCartney para confessar essa impossibilidade, com receio de virem a ser processados.
Outras personalidades seriam, também, excluídas da capa:
Leo Gorcey – que pediu dinheiro em troca do uso da sua imagem;
Jesus Cristo – era um pedido de Lennon, mas não atendido, por ter passado apenas 1 ano
desde a célebre tirada “We’re bigger than Jesus” (do próprio Lennon);

Adolf Hitler – chegou a figurar em estudos embrionários, mas foi removido pelo facto de a
sua inclusão poder ser considerada ofensiva.
O custo final da capa, 3 mil libras, foi, para a época, um luxo. As capas dos discos custavam,
em média, 50 libras.
A capa de “Sgt Pepper’s” fez com que se respeitasse o trabalho de arte gráfica utilizado em
capas de discos. Podemos falar, seguramente, num “antes de (...)” e num “depois de Sgt.
Pepper’s”.

A capa de “Sgt. Pepper’s” é, ainda hoje, inovadora em todas as suas propriedades estético-
visuais, design imaginativo e precursora da fusão entre a arte visual e a música. A esse
propósito, no final da década de 90, a BBC inclui-a na lista de obras-primas britânicas da arte
e do design do século XX. Foi, ao longo dos anos, muitas vezes, reproduzida por outros
artistas, de música ou não.

5. A capa, os intervenientes originais e sua possível re-leitura (ou de como poderíamos


reconstruir, a partir da original, uma outra capa com figuras contemporâneas)

Como exercício meramente especulativo, esta parte do trabalho almeja, sem grandes
pretensões, oferecer, a partir da original (ver anexo 2), uma alternativa escrita à icónica capa
de “Sgt. Pepper’s”, com figuras/personagens de relevo dos finais do Século XX/ princípio do
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Século XXI.

A ordem e critério obedeceram às áreas de intervenção, com uma ou outra pequena variação,
dos agentes originais, de modo a serem esses substituídos por figuras do mesmo campo.

Os números são meramente informativos, em relação à posição que cada figura ocupa (ver
anexo 3) no(a) desenho/configuração da capa.

Optou-se por não substituir os Beatles (membros reais e figuras de cêra), Stuart Sutcliffe (por
ser um antigo membro dos Beatles, numa das suas formações mais precoces) e
personalidades que ainda permanecem vivas: para além dos antigos Beatles (McCartney e
Starr), o cantautor e (agora) Nobel da Literatura, Bob Dylan, bem como o artista Larry Bell e
ainda o cantautor de blues Dion DiMucci.

Assim, Sri Yukteswar Giri (1), Guru Hindu, poderia, perfeitamente, ser substituído pelo Papa
Francisco I, figura mediática da espiritualidade universal; Aleister Crowley (2), o famoso
ocultista inglês do início do Século XX, com quem Fernando Pessoa trocou correspondência,
cederia o seu lugar ao místico Konstantinos, da badalada e controversa “new age” psíquica; A
actriz e autora Mae West (3) trocaria de posição com a, igualmente bem-sucedida, actriz e
autora Meryl Streep; Lenny Bruce (4), o comediante adorado por Lennon, passaria a pasta ao
também comediante (e anfitrião de talk-shows) Conan O’Brien; O compositor alemão de
música contemporânea Karlheinz Stockhausen (5) passaria a batuta ao compositor
(recentemente galardoado com o seu segundo Oscar) de bandas-sonoras para filmes
Alexandre Desplat; W. C. Fields (6), comediante e actor, ficaria bem representado pelo
multifacetado (e também) comediante e actor Jim Carrey ; Carl Gustav Jung (7), o
psiquiatra/psicólogo Suiço que se distinguiu de Freud pelo enfoque dado à questão espiritual,
teria como honroso susbtituto Robert Spitzer, o eminente Professor da Universidade de
Columbia; O pioneiro da escrita policial, e também jornalista, Edgar Allan Poe (8), teria
como equivalente, ou quase, Stieg Larsson, do mesmo campo de acção (jornalismo e escrita);
Fred Astaire (9), o longilíneo dançarino e actor, seria rendido pelo actor (e dançarino em “La
La Land”) Ryan Gosling; O artista Richard Merkin (10) sairia, entrando o, igualmente
artista, Pat Vale; A “Vargas Girl”(11), do artista Alberto Vargas, perderia a sua vaga para
uma boneca, em tamanho idêntico, da Barbie (talvez a mais conhecida boneca do mundo
consumista); Leo Gorcey (12), cuja imagem foi removida da capa, mantendo-se o espaço
vazio, entre a "Vargas Girl" e Huntz Hall, veria esse mesmo espaço vazio ‘ocupado’ pelo
espaço vazio de Donald Trump; O actor Huntz Hall (13) substituído por Owen Wilson, actor
de comédias; Simon Rodia (14), o idealizador das “Watts Towers”, por Oscar Niemeyer,
arquitecto; Bob Dylan (15), cantautor e (agora) prémio Nobel; O ilustrador Aubrey Beardsley
(16) por Robert Sabuda, o autor de livros infantis em pop-up; O antigo primeiro-ministro
britânico Sir Robert Peel (17) pela actual primeira-ministra, Theresa May;
O escritor ‘beatnick’Aldous Huxley (18) pelo Nobel turco Orhan Pamuk; O poeta Dylan
Thomas (19) pela ‘Pulitzer’ Tracy K. Smith; O escritor Terry Southern (20) pelo mitómano
autor Dan Brown; Dion DiMucci (21), cantautor de Blues; O actor Tony Curtis (22) pelo
também actor George Clooney; O artista Wallace Berman (23) pelo incógnito (mas
aclamado) artista/activista britânico Banksy; O comediante Tommy Handley (24) pelo

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comediante e anfitrião de talk-shows Jimmy Fallon; A icónica actriz americana Marilyn
Monroe (25) pela também icónica actriz britânica, Helen Mirren; O escritor William S.
Burroughs (26) pelo também aclamado escritor (autor de “The Infinite Jest”) que se suicidou
em 2008) David Foster Wallace; O Guru Sri Mahavatar Babaji (27) pelo Tibetano Dalai
Lama; O comediante Stan Laurel (28), metade da dupla “Laurel & Hardy”, por Robin
Williams, o brilhante actor e comediante (falecido em 2014); Richard Lindner (29), artista
plástico, por Jeff Koons, reconhecido artista plástico contemporâneo; Oliver Hardy (30), a
outra metade de “Laurel & Hardy”, pelo comediante, apresentador (dos Oscars) e actor Billy
Crystal (e grande amigo de Robin Williams); Karl Marx (31), filósofo político, por Noam
Chomsky, professor universitário e famoso pensador; O escritor H. G. Wells (32) pelo
brilhante autor sul-americano Luís Sepúlveda; O guru hindu Sri Paramahansa Yogananda
(33) pelo antigo Papa João Paulo II; O escritor James Joyce (34A), autor da colossal obra
“Ulysses”, pelo Nobel colombiano, precursor do realismo mágico, Gabriel García Márquez;
Um boneco de cêra (34) por um boneco ‘pókemon’; O antigo Beatle Stuart Sutcliffe (35);
Um boneco de cêra (36) por um boneco de pelúcia do personagem “Chase” (da série infantil
“Paw Patrol”); O comediante Max Miller (37) pelo polémico actor e comediante britânico
Sasha Baron Cohen (aka Borat); Uma "Petty Girl", do artista George Petty, pela igualmente
“pin-up” Betty Boop; O marcante actor Marlon Brando (39) pelo igualmente marcante
Johnny Depp; O actor de “westerns” Tom Mix (40) pelo ‘duro’ Clint Eastwood ; O escritor
Oscar Wilde (41) pelo inventivo autor japonês Haruki Murakami; O actor Tyrone Power (42)
pelo, também, actor Antonio Banderas (ambos interpretaram o papel de “Zorro”, no grande
ecrã); O artista Larry Bell (43); O explorador David Livingstone (44) por Bear Grylls,
destemido montanhista; (45) O nadador olímpico e actor Johnny Weissmuller (45), famoso
por ter interpretado “Tarzan”, pelo campeoníssimo (e recordista olímpico de medalhas)
nadador Michael Phelps; O escritor Stephen Crane (46) pelo, igualmente, escritor Milan
Kundera; O comediante Issy Bonn (47) pelo “Monty Phyton” John Cleese; O dramaturgo
George Bernard Shaw (48) por Tom Stoppard, conceituado dramaturgo dos tempos
modernos; O escultor H. C. Westermann (49) pelo mais actual Damián Ortega (também
escultor); O futebolista inglês Albert Stubbins (50) por Steven Gerrard, lenda futebolística do
Liverpool FC; O guru Sri Lahiri Mahasaya (51) por Paulo Coelho, guru burlesco; O autor
Lewis Carroll (52) pelo também autor Roald Dahl, famoso pelas suas adaptações de clássicos
da literatura infantil; T. E. Lawrence (53), o “Lawrence da Arábia”, pelo salteador Indiana
Jones (celebrizado por Harrison Ford); Modelo, em cêra, do lutador de boxe Sonny Liston
(54) por Floyd Mayweather, campeão do mundo de boxe; Uma (outra) "Petty Girl" (55), do
artista George Petty, por uma boneca de Amy Winehouse (cantora de look “pin-up”);
Modelo, em cêra, de George Harrison (56); Modelo, em cêra, de John Lennon (57); A juvenil
actriz Shirley Temple (58) por Lindsay Lohan, actriz que se notabilizou por interpretar
muitos papéis durante a sua infância; Modelo, em cêra, de Ringo Starr (59); Modelo, em cêra,
de Paul McCartney (60); O físico Albert Einstein (61) pela personagem Sheldon Cooper (de
“The Big Bang Theory”), interpretado por Jim Parsons; John Lennon (62), segurando um
instrumento clássico; Ringo Starr (63) segurando um instrumento clássico; Paul McCartney
(64) segurando um instrumento clássico; George Harrison (65) segurando um instrumento
clássico; A actriz Bette Davis (65A) pela, também, actriz Sarah Jessica Parker; O cantor/actor
Bobby Breen (66) pelo, igualmente, actor de musicais Zac Efron; A actriz e cantora Marlene
Dietrich (67) pela australiana Nicole Kidman, actriz e (a espaços) intéprete; Mahatma Gandhi
(68), ou o espaço livre que lhe estava destinado, por Master Yoda (de “Star Wars”); Um

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legionário americano (69) por um “Storm Trooper”, soldado da saga cinematográfica (“Star
Wars”) de George Lucas; Modelo, em cêra, da actriz Diana Dors (70), pela excêntrica Lady
Gaga, cantora (e quase a estrear-se como actriz); (71) A pueril actriz Shirley Temple (71) –
pela segunda vez representada na capa – por Lindsay Lohan, novamente.

6. Conclusão

Este trabalho, centrado em "Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band" (disco e capa) procurou,
não só, captar e elencar factos, curiosidades e números, em torno deste marco da cultura
“pop” ocidental, como também conjecturou e especulou sobre novas possibilidades, a nível
criativo, no que à iconicidade da capa diz respeito.
Os Beatles, passe o anacronismo, continuam absolutamente vivos, mais de 40 anos (quase
50), após o seu fim, enquanto banda.

O seu filão é praticamente inesgotável, e, tal como George Martin profetizava, “aqueles
rapazes parecem sempre conseguir captar, geração atrás de geração, para a sua música.”

Ainda hoje os discutimos. Ainda agora os admiramos.


Julgo que est(ar)ão para ficar.

7. Bibliografia

Etlinger, Sarah A., “Beyond the music: rethinking Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band”;

Gleed, Paul (2006, p.161), “The Rest of you, if you just rattle your jewelry: the Beatles and questions of mass
and high culture”;

Larkin, “Encyclopedia of Popular Music”;

Southall, Brian, “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band - The Album, The Beatles and The World in 1967”

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Anexos

1. Primeiro desenho/esboço de Pete Blake

2. O esboço final (com as posições das personagens)

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3. Capa Final

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