Vous êtes sur la page 1sur 11

Introdução

Prevê-se que o tráfego mensal mundial de smartphones será de cerca de 50 petabytes em


2021, o que é 12 vezes o mesmo tipo de tráfego em 2016.

A enorme largura de banda disponível para mmWave proporcionará taxas de muitos Gbps
por usuário. Embora mmWave possa ser usado prontamente em cenários estáticos como
hotspots (indoor), é desafiador utilizá-lo em redes móveis, onde os nós
transmissores/receptores podem ser móveis, os canais podem ter estrutura complicada.

Devido ao fato que o recurso espectral abaixo de 6GHz está se tornando um problema,
enquanto que há abundante largura de banda disponível na bandal mmWave, recentemente
muitos esforços têm sido direcionados para pesquisas nessa faixa (incluindo WLAN); por
exemplo, IEEE 802.11ad operando em 60GHz já está em utilização.

A comunicação em mmWave é amplamente considerada a mais importante tecnologia para


alcançar 10 Gbps, porque há muita banda disponível nessa faixa, e expandir a largura de
banda é uma abordagem eficiente para aumentar a capacidade do sistema.

Uma barreira ao uso do mmWave era o custo. Devido aos avanços da tecnologia CMOS,
dispositivos mmWave de baixo custo são agora possíveis, sendo agora o mmWave um
candidato para o 5G e utilizado em padrões WPAN/WLAN, como WirelessHD e IEEE
802.11ad. Radares automotivos operando em ​bandas mmWave​ já estão no mercado.

Espectro mmWave:

São as RFs no intervalo de 30 (ou pouco menos) a 300 GHz (equivalente a 1 a 10 mm). Na
WRC-15 foram colocadas como candidatas as bandas:
A decisão da alocação será feita na WRC-19.

Capacidade de canal

A capacidade de canal de um canal AWGN é dada por:

Como P é limitada por regulações na prática, a comunicação em mmWave é


particularmente bem adequada para cenários com boas condições de canal, como acesso
em pequena célula de curto-alcance.

Os largos canais espectrais em ​frequência mmWave​ são um meio de atingir taxas de dados
muito mais altas sistemas de comunicação veiculares. Essas taxas altas podem ser usadas
para envio de dados de baixo nível (sensores) sem muito processamento, ou para melhorar
a segurança e eficiência do tráfego.

Desafios na utilização de mmWaves

Apesar das taxas extremamente altas alcançáveis pelo uso das mmWaves, há vários
desafios técnicos para se superar ao usá-las em redes móveis, incluindo perda de caminho
severa, perda de penetração alta, alto consumo de potência, bloqueio devido ao
sombreamento, aspectos de hardware etc. Perda de caminho e sombreamento são as duas
características mais importantes de larga-escala do canal de rádio.

● Perda de caminho - Fórmula de Friis

Assumindo uma antena isotrópica, a densidade de potência observada na recepção é:


A potência absorvida é baseado no conceito de abertura efetiva:

Assim:

Conforme a frequência de operação aumenta, se os ganhos são fixos, a perda de caminho


aumenta.

O comprimento de onda dos sinais mmWave é muito mais curto que o dos sinais
convencionais de micro-ondas, que operam em frequências menores que 6GHz. Então, a
perda de caminho dos sinais mmWave é muito maior que a desses sinais convencionais, se
todas as outras condições incluindo os ganhos das antenas são mantidas. Embora a perda
de caminho das mmWaves seja geralmente bem alta, é viável a comunicação em distâncias
de centenas de metros até alguns kilômetros, como é o caso de redes móveis urbanas.

Antenas direcionais: Em frequências maiores, a antena pode focar mais a energia, o que é
chamado de ganho de array. Com isso, a perda de caminho pode ser mantida constante, ou
mesmo diminuir. Com o uso dessas antenas, conforme demonstrações, a comunicação a
10 km de distância é possível dentro de condições de ar limpo.

● Perda de penetração

A discussão sobre perda de caminho assume uma comunicação com linha de visada, mas a
alta perda de penetração é composta de cenários sem essa linha. Em ambientes indoor,
embora as perdas de penetração para vidro limpo e paredes secas sejam relativamente
pequenas para sinais em 28GHz, as perdas de penetração para tijolos e vidro colorido são
altas para 28GHz (cerca de 28dB e 40dB), o que é muito mais alto que em bandas de
micro-ondas. As perdas de penetração são tipicamente maiores em frequências maiores.
Então, é difícil fazer interfaces entre ambientes indoor e outdoor.

● Alto consumo de potência

A potência de transmissão deve ser maior com a largura de banda para que a SNR
permaneça intacta. Alternativamente, pode ser feito o uso de antenas diretivas ou
tecnologia MIMO para direcionar a potência do sinal espacialmente, levando a um ganho de
array e à flexibilidade da multiplexação espacial.
MIMO e diretividade de array são considerados essenciais para mmWave, particularmente
porque o curto comprimento de onda torna possível dispor muitas antenas de meia onda em
uma pequena área. Devido à larga banda, os amplificadores de potência e conversores de
dados são caros e gastam bastante potência. Então a implementação totalmente digital de
MIMO em mmWaves ainda não apresenta uma boa relação custo x benefício.

● Hardware

Mixers são aplicados no transmissor e no receptor usando osciladores locais para gerar
portadoras em frequências específicas. Devido ao desvio de frequência aleatório, os
osciladores não operam exatamente na mesma frequência, levando ao ruído de fase (PN)
para amostras no domínio do tempo. Por trabalhar em frequências mais altas, mmWaves
são mais sujeitas a PN do que as ondas convencionais.

● Bloqueio

Duas características peculiares das mmWaves são a pobre capacidade de difração e alta
perda de penetração, que tornam o bloqueio um importante aspecto na propagação de
mmWaves. Por exemplo, foi observada uma diferença de mais que 40 dB em 28 e 73 GHz
quando um receptor móvel contornava um prédio. Atenuação severa de sinais difratados
também é observada em ambientes indoor. Perda de penetração é também mais severa em
altas frequências.

Com isso, se a LOS é bloqueada por um objeto, é improvável que o sinal possa propagar
por difração ou penetração, levando a uma acentuada diminuição na potência recebida.
Portanto, alinhamento eficiente é essencial.

● Espalhamento de atraso e espalhamento Doppler

- O espalhamento de atraso (dado em RMS) é uma medida do espalhamento do


atraso de propagação com multipercursos. Cada atraso é ponderado pela sua
respectiva energia de caminho. O espalhamento de atraso provê uma medida da
severidade da ISI, e então do nível de equalização necessário. Em ambientes
indoor, há pouca dependência do local no ambiente e maior dependência da
reflexividade da parede e do tamanho do ambiente. Em ambientes outdoor, notou-se
que feixes mais estreitos, e a própria distância (por causa da perda por absorção),
podem reduzir o espalhamento de atraso.

- Efeito Doppler: Diferença entre a frequência percebida de uma onda viajante e sua
frequência real. Quando o transmissor se move na direção do receptor, a frequência
percebida é maior, e vice-versa. O espalhamento Doppler é o resultado dos efeitos
Doppler para todos os trajetos, e é uma medida da severidade da variação temporal
do canal, bem como do tamanho viável dos pacotes. É um desafio para o projeto da
camada física.

Os dois espalhamentos podem ser reduzidos pelo uso de feixes direcionais.


● Efeitos climáticos e atmosféricos

Causam perda de caminho adicional. A atenuação sob condições normais é de 7 a 15.5


dB/km. As moléculas de chuva, aproximadamente do tamanho das mmWaves, podem
espalhar as mmWaves. Com o uso de feixes direcionais, que compensam a atenuação, as
condições climáticas e atmosféricas não são um grande desafio para a comunicação com
mmWaves em distâncias de até centenas de metros.
Vantagens da utilização de mmWaves

● Largura de banda não usada contínua e ampla. Largura de banda maior nem
sempre assegura taxas maiores em regiões limitadas por ruído. Porém, mmWaves
têm uma ampla faixa a ser explorada e aperfeiçoada. Atualmente, a largura de
banda disponível para redes móveis (2G, 3G, 4G e espectro LTE avançado) é menor
que 780 MHz. Essa largura não é suficiente para taxas de Gbps para vários
dispositivos, já que uma enorme eficiência espectral por dispositivo seria necessária.
Nas bandas mmWave, a largura de banda potencialmente é de 150GHz, mesmo ao
excluir bandas desfavoráveis como a de absorção do oxigênio (57 a 64 GHz) e a de
absorção do vapor d’água (164 a 200GHz). Com 150GHz de espectro, uma
eficiência espectral baixa de 1b/s/Hz é suficiente para taxas de 150Gbps,
simplificando a implementação e tornando o desempenho mais independente do
hardware.

● Curto comprimento de onda e largura de feixe estreita: O curto comprimento de onda


facilita colocar um grande número de antenas em um array compacto. Com muitas
antenas, a largura de feixe é estreita, aumentando a segurança contra
eavesdropping e jamming e a resiliência contra interferência de co-usuário. Isto, por
sua vez, aumenta a reutilização de frequência; muitos sistemas MIMO multiusuários
podem ser utilizados em uma região espacial limitada.
mmWaves em 5G
Sistemas mmWave são atraentes para o 5G por causa da enorme quantidade de espectro
nessas frequências que resultam em taxas de dados muito altas.

As redes 5G serão bem diferentes das 4G em termos de capacidade e tecnologias. É


geralmente aceito que a evolução incremental do 4G não atende os requisitos do 5G.
Mudanças radicais precisam ser feitas na infraestrutura e no projeto. A ITU recomendou oito
requisitos principais para o 5G: picos de taxas de dados maiores que 10Gbps, taxa de
100Mbps para o usuário, eficiência espectral de 3x, taxas nas bordas das células maiores
que 100 Mbps, capacidade de tráfego de 10Mbps/km², eficiência energética de 100x,
latência de 1ms no ar, suporte para mobilidade a 500km/h, e 1 milhão de dispositivos/km².

● Arquitetura MIMO
Sistemas convencionais têm ampla cobertura com baixa frequência. Sistemas mmWave têm
menor cobertura com frequência mais alta. Sistemas MIMO para mmWaves requerem
diferentes projetos de transceptores, até pelo espalhamento que é mais limitado.
O MIMO convencional é totalmente digital, todas as técnicas de processamento de sinal
ocorrem em banda base. Pelo alto consumo de energia e custo de hardware, em mmWaves
o MIMO não é totalmente digital.

Para reduzir a complexidade de implementação, uma arquitetura totalmente analógica


(baixo custo, baixo consumo energético) tem sido adotada em mmWave para indoor, como
o WLAN 60GHz, de forma que um único RF chain é empregado para transmitir um único
fluxo de dados e o circuito analógico (com deslocadores de fase) é utilizado para ajustar
parcialmente os sinais (fase, por exemplo) para obter ganho de array. Por outro lado, não
há ganho de multiplexação para aumentar a eficiência espectral e há complexidade em
ajustar o feixe ao canal, piorando o desempenho.
Arquiteturas híbridas estão em implementação e são a solução para balancear as duas que
são completamente digitais ou analógicas.

● Estimação e acompanhamento de canal : É essencial para o bom proveito do ganho


de array provido pelas várias antenas. Como os canais mudam rapidamente em
redes móveis, a estimação de canal é desafiadora. Nas bandas mmWave, a
mobilidade do usuário resulta em enormes efeitos Doppler e tempo de coerência de
canal muito limitado. Assim, os canais MIMO variam rapidamente. Em
implementações híbridas, não há tempo suficiente para refazer do começo o
treinamento de feixe continuamente.O acompanhamento de canal explora a
correlação temporal dos canais variantes no tempo.

Uma abordagem de acompanhamento de canal é uma versão melhorada do treinamento de


feixe. A ideia é selecionar vários feixes candidatos em vez apenas o melhor (em termos de
SNR), durante a etapa de treinamento. Quando o canal varia, apenas os candidatos são
testados e utilizados. Se todos falharem, o treinamento recomeça. É simples e fácil de
implementar, mas só é eficiente para transmissão de dados de fluxo único. Para vários
fluxos, os cabeçalhos e a busca entre os candidatos ficam complexos.

Depois de obter a informação do estado do canal, é feito a pré-codificação e a combinação


na arquitetura híbrida para alcançar os ganhos de multiplexação e de array oferecidos pelo
MIMO.

● Múltiplo acesso

FDMA, TDMA, CDMA, OFDMA funcionam com mmWaves. Porém, há complexidade


relacionada com a largura de banda maior, as diferentes características de canal (exemplo:
transmissões altamente direcionais).

Mais importantemente, os comprimentos de onda mais curtos tornam o MIMO viável para
mmWave já que é possível usar mais antenas no mesmo espaço físico. Uma das principais
características do MIMO é a resolução espacial e a capacidade de direcionar feixes.
- SDMA: Além de maiores larguras de banda, é possível obter ganho de multiplexação
por multiplexar os usuários temporalmente. Devido às transmissões altamente
direcionais em mmWave, usuários de diferentes direções podem ser bem separados
usando diferentes feixes espaciais, o que é também conhecido como propagação
favorável.

- NOMA: Uma alternativa para a multiplexação espacial não-ortogonal do SDMA é a


NOMA, no domínio da potência, candidata para melhorar a eficiência espectral e a
densidade de conectividade no 5G. Na ERB, diferentes sinais de diferentes usuários
são sobrepostos depois da codificação e modulação. Muitos usuários compartilham
os mesmos recursos de tempo e frequência, e são então detectados nos receptores
por sucessivo cancelamento de interferência (SIC). A eficiência espectral melhora às
custas de maior complexidade no receptor comparada com técnicas de múltiplo
acesso ortogonal (OMA) convencionais, onde a interferência é tratada como ruído.

- Acesso aleatório: É usado primariamente para acesso inicial e handover. Já que o


acesso aleatório não pode aproveitar plenamente a formação de feixes
(beamforming) devido à falta de informação, o projeto se torna mais desafiador em
sistemas mmWave.

● Backhauling:

Redes ultra densas (UDNs) com 1 a 10 Gbps são necessárias para satisfazer os
indicadores de desempenho principais do 5G. Muitas ERBs de células pequenas são
implantadas densamente como hotspots (por exemplo, em escritórios, lojas, apartamentos)
que descarregam as grandes células. Então o backhaul provê ampla largura de banda com
transmissão com link confiável. Usar mmWaves é desejável por causa da ampla largura de
banda, da interferência entre células reduzida (pela alta perda de caminho), pela
multiplexação de backhaul e acesso na mesma banda.

● Cobertura e conectividade

Para ter cobertura aceitável, pode-se aumentar a densidade de implantação de ERBs ou


reduzir o tamanho físico dos links de comunicação entre dois nós na rede por se
implantarem mais relays intermediários.

Para cobertura e conectividade robustas, uma arquitetura de rede heterogênea consistindo


de pequenas células (com mmWaves) e grandes células (em frequências de micro-ondas)
deve ser considerada. As macrocélulas serão usadas como rede de sinalização para
descoberta de célula e transmissão de sinais para garantir cobertura completa e canais de
controle confiáveis. As pequenas células formam uma sub-rede de dados com altas taxas
de dados usando bandas mmWave para os usuários que são por elas cobertos.

● Panorama:

- Maio de 2013: Samsung alcançou 1Gbps em 28GHz.


- Abril de 2015: A Nokia em colaboração com a National Instruments atingiu uma taxa
pico de 15 Gbps usando seu sistema em 73GHz.
- Para as olimpíadas de 2020 no Japão, DOCOMO e Ericsson chegaram a 4,5Gbps
em 15GHz em ambientes outdoor e em 2Gbps em 70GHz em ambientes indoor.
- A Google também tem pesquisado fortemente as comunicações em mmWaves.
- Na China, o ministério da tecnologia tem apoiado projetos usando mmWaves. A
banda Ka (26.5–40GHz) para acesso móvel com taxas de 20Gbps foi demonstrada
no Mobile World Congress de 2017.
- Atualmente o interesse de pesquisas para mmWaves está saindo de redes de área
local para redes móveis.

● Teste de performance

A Samsung realizou um teste de desempenho com mmWaves em Julho de 2017. Estação


base e estação móvel com antenas de formação de feixe com largura de banda do sinal de
800 MHz e modo TDD (time division duplex). Frequência: 28 GHz. Taxa de dados
alcançada: 7.5 Gbps para duas estações móveis paradas no downlink com 2x 2 MIMO para
cada estação. Em um ambiente de uma célula com formação de feixe adaptativa, a taxa de
dados alcançada foi de 1.2 Gbps para um estação a 110 km/h. A conclusão dos autores é
que o teste demonstrou a viabilidade de mmWaves para comunicações celulares.

● Indústria automotiva:

Sensores estão sendo cada vez mais integrados aos veículos, para alertar sobre pontos
cegos, locais proibidos e colisões frontais, além de aplicações não relacionadas com
segurança. O carro autônomo da Google gera até 750 MB de dados de sensoriamento por
segundo. Há predições de que os carros autônomos irão gerar até 1 TB de dados por
viagem. Compartilhar dados (ex: imagem de câmera) com outros veículos é interessante;
por exemplo, algoritmos de processamento de imagem podem ajudar o veículo a detectar
objetos antes ocultos aos seus sensores. Com tanta informação que vem de sensores, há a
necessidade de processamento e transmissão de dados velozes e com pouca latência. O
DSRC (padrão atual de comunicação veicular de curto alcance) permite uma taxa de dados
menor que 6 Mbps na prática, não sendo capaz de suportar o que vem pela frente.

Vous aimerez peut-être aussi