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Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 14ª Vara Cível desta Capital.

CONDOMÍNIO EDIFÍCIO GRANATTO, já devidamente qualificado na inicial dos


autos n.º 913/2001 de AÇÃO COBRANÇA PELO RITO SUMÁRIO, que nesse
respeitável juízo move contra EDLA SAADS ARAUJO e JOSEMAR BARBOSA
ARAUJO, por intermédio de seus procuradores judiciais infra-assinados, vem
respeitosamente perante V. Exa., oferecer IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO,
pelos seguintes fatos e fundamentos:

O condomínio autor ingressou com a presente ação de cobrança pleiteando o


recebimento de taxas de condomínio em atraso dos meses de outubro de 1997 até
junho de 2001, mais as vincendas.

Devidamente citado fls. 92, compareceu na audiência, que contestou alegando em


síntese:

- Reconhecem o débito;

- Que os juros e as multas são abusivas;

- Que os meses de novembro, dezembro/2001 e março/2002 foram quitados;

- Requer finalmente perícia contábil.

As alegações do contestante de terem tentado composição amigável com o


Condomínio – autor, não corresponde a verdade, pois o maior interessado em receber
as taxas atrasadas é o Condomínio, pois esta passando por sérias dificuldades
financeiras, e é grande a inadimplência.

Os requeridos são os proprietários do apartamento objeto da presente ação, como se


comprova com a certidão do Registro de Imóveis fls. 33 dos autos,

Neste sentido a jurisprudência é pacifica:

“A responsabilidade pelo pagamento das despesas de condomínio é daquele em


nome de quem se encontra registrado o imóvel”. AC da 4ª Câm. Cível do TJPR.

Os julgados de nossos Tribunais, seguindo o entendimento do texto da lei e da doutrina


dominante, tem se manifestado no seguinte sentido:

“DESPESAS DE CONDOMÍNIO. RESPONSABILIDADE PELO


PAGAMENTO. CONDÔMINO COM TÍTULO INSCRITO NO REGISTRO
DE IMÓVEIS. A responsabilidade pelo pagamento das despesas de condomínio é
daquele em nome de quem se encontra registrado o imóvel. A obrigação perante o
condomínio é do condômino, isto é, aquele que ostenta a condição de proprietário
da unidade e contra ele deve ser dirigida a cobrança de cotas em atraso. E,
proprietário, é aquele que tem título de propriedade registrado em seu nome”.
(Ac. 4ª Câm. Cível TARJ - Votação unânime - Rel. Juiz Murillo Fábregas - In.
ADV - n.º 14 - p. 220 - ementa 27/08/82)

Então é indiscutível que os requeridos são os proprietários do imóvel, e como tal tem
obrigação legal de efetuar o pagamento da taxas de condomínio reclamadas na
presente ação, independente de interpelação judicial ou extrajudicial.

E neste sentido, a jurisprudência entende que o condômino é aquele que possui a


titularidade inscrita junto ao Registro de Imóveis, e não da posse, conforme podemos
verificar dos julgados.

Diante do exposto, considerando os documentos juntados aos autos, se comprova, os


requeridos são os responsáveis pelo pagamento das taxas de condomínio, devendo ser
a presente ação julgada procedente, com a condenação dos requeridos ao pagamento
dos encargos condominiais pleiteados na inicial, acrescidas da multa estabelecida no
Regimento Interno artigo 46 fls. 27 dos autos, juros de mora de 1% ao mês, custas e
honorários.
Quanto a alegação de que as multas se acumulam não corresponde a verdade, a multa
incide uma vez e somente após o vencimento, o que muda mensalmente são os juros
de mora e a correção monetária.

O cálculo elaborado pelo Condomínio – autor, esta de acordo com a Lei 4.591/64, com
a Convenção e o Regimento Interno do Condomínio.

Quanto a discordância dos valores pleiteados pelo condomínio – autor, basta que os
autos sejam remetidos ao Contador Judicial, para que seja elaborado um novo cálculo.

Somente para esclarecer que não houve recusa no recebimento das taxa condominiais
vincendas, o que ocorre é que o requerido nunca procurou o procurador do autor para
quita-las.

Quanto ao pedido formulado pelos requeridos de extinção do feito, o autor esclarece


que seu não comparecimento na audiência designada foi por motivo de força maior.
Os requeridos reconhecem o débito, só que estão impossibilitados de efetuar os
pagamentos, o que não é motivo para extinguir o feito.

Os meses que o requerido pagou não estão sendo cobrados na presente ação.

POSTO ISTO, requer a V.Exa., que se digne a julgar procedente a presente ação,
para condenar o requeridos ao pagamento do principal acrescido de correção
monetária desde o vencimento, juros de mora de 1% ao mês, custas processuais e
honorários.

Requer também juntada das taxas condominiais dos meses de julho, agosto,
setembro e novembro de 2001, fevereiro, março e maio de 2002, vencidas no curso
da presente ação.

Requer que se digne determinar a remessa dos autos para o Contador Judicial para
a elaboração da Conta Geral.

N. Termos,
P. Deferimento.
Curitiba 06 de maio de 2002.

Manoel Alexandre S. Ribas


Advogado

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