Trabalho de Antropologia da Saúde

Opressões a grupos minoritários, historicamente, sempre existiram. Tais

manifestações são decorrentes de diversas causas. Estas, por sua vez, podem ser
religiosas, educacionais, psicológicas, as quais são capazes de ser englobadas, de
maneira geral, pela cultura. Deste modo, a cultura é definida pela antropologia social
como uma interpretação da vida social, um código através do qual as pessoas de um
dado grupo pensam, classificam, estudam e atribuem valores ao mundo. Em suma, ela
é tida como uma espécie de lente através da qual o ser humano enxerga a realidade ao
seu redor.
Entretanto, a cultura pode servir ainda como uma espécie de arma
discriminatória, a qual, a partir da consideração de um único ponto de vista
sobrepujante, acaba por desconsiderar os grupos a ela não pertencentes. A partir de
então, reconhece-se a postura etnocêntrica e o consequente preconceito por ela
gerado.
Partindo de tal pressuposto, a homofobia pode ser considerada um elemento
de estudo antropológico, posto que a ela estão incumbidos valores de ordem
sociocultural – tais como a cultura, o etnocentrismo e até mesmo a relativização
cultural. Inicialmente, faz-se necessário conceituar a homofobia: significa aversão
irreprimível, repugnância, ódio e preconceito a um grupo minoritário, no qual estão
incluídos homossexuais, travestis e transexuais.
As manifestações homofóbicas, dessa maneira, foram claramente exibidas no
documentário “Conexão Repórter – No rastro da intolerância”, o qual apresenta uma
série de exemplos de agressões a homossexuais, além de mostrar o modo através do
qual a sociedade se comporta diante de manifestações homoafetivas.
Em uma das cenas, é mostrada uma família aderente ao Catolicismo, na qual há
um integrante homossexual. Inicialmente, percebeu-se a completa resistência por
parte dos pais em aceitar a orientação sexual de seu filho. Contudo, posteriormente e
através de bastantes debates e crises familiares, houve a necessidade da reintegração
familiar do ente por parte dos progenitores. Esse caso ilustra, portanto, o impacto que
a existência de um homossexual causa em uma família cuja cultura majoritária é
aquela que condena as práticas homossexuais baseadas em preceitos bíblicos. A partir
de então, houve um choque cultural entre os pais e o filho. Contudo, o instinto
maternal, inconscientemente, foi preponderante sobre o choque cultural, de modo a
tentar “proteger aquele que é desprotegido pela sociedade”.
Ademais, em outras partes do documentário, há a exibição de grupos que se
opõem à existência dos homossexuais – um deles, por exemplo, é o chamado “Carecas
do ABC”. Os integrantes desse grupo afirmam, em seu discurso, que a
homossexualidade é uma prática errônea, condenável por Deus, anti-bíblica, além de
afirmarem que os gays não têm pudor. Partindo desse exemplo, observa-se o caráter
etnocêntrico através do qual enxergam tais pessoas. De maneira agressiva, tentam
extinguir a homossexualidade, alegando que seu ponto de vista é superior aos demais.
A partir de tais ilustrações cenográficas, é possível denotar que o preconceito é
consequente, portanto, de práticas etnocêntricas – ou seja, pautada na tendência que
o indivíduo tem de menosprezar a cultura alheia, caracterizando-a como inferior à sua.
No caso da homofobia, grande parte dos choques culturais existentes é decorrente da
cultura de várias religiões.
Contudo, há a necessidade da compreensão de ambos os lados – não apenas
dos afetados pela homofobia, mas também daqueles que manifestam tais atitudes de
repúdio. Sendo assim, adotando como referência de partida a Idade Média, as práticas
homossexuais foram condenadas a partir de interpretações feitas de textos bíblicos.
Sendo assim, aqueles que se mostravam afeitos a pessoas de mesmo gênero eram
destinados à inquisição, sendo taxados de “impuros” e “demônios”. Apesar de,
notadamente, essa prática ser etnocêntrica, é necessária a compreensão de que a
sociedade da época temia à palavra bíblica, tornando importante a extinção da
homossexualidade. Dessa forma, compreende-se o fato de que, para um católico – ou,
até mesmo judeus e fundamentalistas -, homossexuais estão agindo contra a chamada
Lei Divina, sendo compreensíveis suas manifestações de não aceitação.
Tal preceito cultural foi repassado historicamente e ainda encontra grandes
resquícios na atualidade. Dessa maneira, a existência de culturas cujos preceitos são
antagônicos – a cultura de algumas religiões e a cultura homossexual – provocam,
portanto, o choque cultural, desencadeando práticas de caráter etnocêntrico.

O etnocentrismo é a tendência que o indivíduo tem de menosprezar a cultura alheia,

caracterizando-a como inferior a sua.

Homofobia significa aversão irreprimível, repugnância, ódio,preconceito que algumas pessoas, ou grupos nutrem contra
os homossexuais, lésbicas ebissexuais, e é um termo que vem do grego. Muitas vezes aqueles que guardam estes sentimentos não
definiram completamente sua identidade sexual, gerando dúvidas e revolta, que são transferidas para aqueles que já definiram suas
preferências sexuais.
A homofobia tem causas culturais, religiosas, principalmente entre os católicos e protestantes, judeus, muçulmanos, e fundamentalistas.
Mas mesmo entre estes grupos existem aqueles que defendem e apoiam os direitos dos homossexuais lésbicas e simpatizantes. Mas
mesmo em pleno seculo XXI, alguns países aplicam até mesmo pena de morte contra os homossexuais.

Ele fala sobre um caso de homossexualismo onde a família não aceitava e depois aceitou, ai tem entrevista com um apresentador homossexual, entrevistas
com travetis ai mostra como eles são agredidos. Os carecas do ABC que são um grupo de homofóbicos são entrevistados e "explicam" o por queê de tanto ódio
dizendo que é porque homossexualismo é errado, anti-blibico e que os gays não tem pudor. Mostra também um "experimento" onde eles colocam duas
mulheres e depois dois homens em praças com demonstrações públicas de afeto ai falam sobre a repercussão, dizendo que as mulheres são mais acostumadas
com carinho e portanto não há tava tumulto no caso de homossexulismo.