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MAIÊUTICA - WIKIPÉDIA, A ENCICLOPÉDIA LIVRE.

A maiêutica socrática tem como significado “dar à luz”, “parir” o conhecimento (em grego, μαιευτικη —
maieutike — significa “arte de partejar”)[1]. É um método ou técnica que pressupõe que a verdade está latente em
todo ser humano, podendo aflorar aos poucos na medida em que se responde a uma série de perguntas simples,
quase ingênuas, porém perspicazes[2][3]. Sócrates conduzia este “parto” em duas etapas:
 Na primeira, levava o interlocutor a duvidar de seu próprio saber sobre determinado assunto, revelando as
contradições presentes em sua atual forma de pensar, normalmente baseadas em valores e preconceitos sociais.
 Na segunda, levava o interlocutor a vislumbrar novos conceitos, novas opiniões sobre o assunto em pauta,
estimulando-o a pensar por si mesmo[4].
Ou seja: a maiêutica primeiro demole, depois ajuda a reconstruir conceitos, transitando do básico ao elaborado,
“parindo” noções cada vez mais complexas.
A autorreflexão, expressa no nosce te ipsum — "conhece a ti mesmo" — põe o Homem na procura das verdades
universais que são o caminho para a prática do bem e da virtude.
A maiêutica, criada por Sócrates no século IV a.C., tem seu nome inspirado na profissão de sua mãe, Fanerete, que
era parteira. Sócrates esclarece isso no famoso diálogoTeeteto[5].
Há certa divergência historiográfica sobre o uso de tal método por Sócrates[6]. Historiadores afirmam que a
denominação e associação de tal método ao filósofo decorre da narração, não necessariamente fiel, da vida de
Sócrates por Platão. Deve-se chamar, então, a instrumentação argumentativa do filósofo de elenkhos.
SINÔNIMOS
Dialética: na Grécia antiga, “arte do diálogo”. Aos poucos, passou a ser a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese
através de uma argumentação capaz de definir e distinguir claramente os conceitos envolvidos na discussão[7].
Gnosiologia: ramo da filosofia que se preocupa com a validade do conhecimento em função do sujeito cognoscente,
ou seja, daquele que conhece o objeto. Em grego, gnosissignifica “conhecimento” e logos, "doutrina"[8].
Tictologia: composta de ticto, do verbo tíctein (parir, dar à luz), e logos (doutrina, teoria, tratado) [9].

MÉTODO SOCRÁTICO - ORIGEM: WIKIPÉDIA, A ENCICLOPÉDIA LIVRE.


O método socrático é uma técnica de investigação filosófica feita em diálogo, que consiste em o professor conduzir o
aluno a um processo de reflexão e descoberta dos próprios valores. Para isso o professor faz uso de perguntas
simples e quase ingênuas que têm por objetivo, em primeiro lugar, revelar as contradições presentes na atual forma
de pensar do aluno, normalmente baseadas em valores e preconceitos da sociedade, e auxiliá-lo assim a redefinir
tais valores, aprendendo a pensar por si mesmo[1].
Tal técnica deve seu nome "socrático" a Sócrates, o filósofo grego do século V a.C., que teria sido o primeiro a utilizá-
la. O filósofo não deixou nenhuma obra escrita, mas seus diálogos nos foram transmitidos por seu discípulo Platão.
Nesses textos Sócrates, utilizando um discurso caracterizado pela maiêutica (levar ou induzir uma pessoa, por ela
própria, ou seja, por seu próprio raciocínio, ao conhecimento ou à solução de sua dúvida) e pela ironia, levava o seu
interlocutor a entrar em contradição, tentando depois levá-lo a chegar à conclusão de que o seu conhecimento é
limitado. No entanto, Aspasia é referida por Sócrates como uma das mais importantes personalidades a orientá-lo
em seu desenvolvimento intelectual e filosófico, sobretudo na arte da retórica [2]. Alguns acadêmicos acreditam que
teria sido Aspasia quem inventou o método socrático [3] [4].
Desde seu princípio na antiguidade o método socrático foi utilizado e desenvolvido por diversos filósofos até a
atualidade. Leonard Nelson e Gustav Heckmann são dois importantes nomes ligados ao uso atual do método em
filosofia. Além disso, sobretudo com o desenvolvimento da terapia cognitiva nos anos 60 do séc. XX, o método
socrático passou a ser utilizado como método de entrevista em diversos contextos de psicoterapia e
aconselhamento[1].
Nietzsche viu em Sócrates a mudança da filosofia, a que denomina funesta, intuitiva, para uma filosofia da
"racionalidade" desagregadora da vida, referindo-se a Teoria dos Dois Mundos surgida pelos seus ensinos no
discípulo Platão. Já Kierkegaar [5] salienta no método socrático o destaque à ironia. Apreço à ironia é a opinião com
que concorda Schuster, e define nele o pouco apreço à própria ciência no saliente ditado: "só sei que nada sei"; e
a elevação da ética e da arte de viver, visto que no seu ensino a felicidade seria o fim a ser alcançado na vida. [6]
DIÁLOGO SOCRÁTICO - WIKIPÉDIA, A ENCICLOPÉDIA LIVRE.
Diálogo socrático (em grego: Σωκρατικός λόγος, transl. Sokratikós lógos, ou Σωκρατικός διάλογος, Sokratikós
diálogos) é um gênero de obra literária em prosa desenvolvido na Grécia Antiga por volta do século IV a.C., e
preservado atualmente nos diálogos de Platão e nas obras socráticas de Xenofonte,
tanto dramáticas quanto narrativas, nas quais os personagens discutem problemas morais e filosóficos, ilustrando
alguma versão do método socrático. Sócrates, tutor do próprio Platão, frequentemente é o personagem principal
destas obras.
O termo pode se referir mais especificamente a estas obras específicas nas quais Sócrates é um personagem, embora
outros textos sejam incluídos; as Leis, de Platão, eHierão, de Xenofonte, por exemplo, são diálogos socráticos nos
quais um sábio, que não é Sócrates conduz a discussão (o Estranho Ateniense e Simônides, respectivamente). Da
mesma maneira, o formato estilístico dos diálogos pode variar; os diálogos de Platão contêm geralmente a
transcrição direta de cada um dos falantes, enquanto os diálogos de Xenofonte são escritos na forma de uma história
contínua, que contém, juntamente com a narrativa das circunstâncias do diálogo, as "citações" dos seus
participantes.
Sócrates costumava iniciar uma discussão sobre algo com uma pergunta, que obtinha opiniões de seu interlocutor,
que ele primeiramente as aceitava. Depois, por meio de perguntas e respostas, mostrava o contraditório ou absurdo
das opiniões originais, levando ao interlocutor a reconhecer seu desconhecimento sobre o assunto. Esta primeira
parte do método de Sócrates, destinada a levar o indivíduo à convicção do erro, é a ironia. Depois, continuando o
diálogo, e partindo da opinião primitiva do interlocutor, constrói com o interlocutor o conhecimento daquilo que se
discute. Sócrates deu a esta última parte a designação de maiêutica - a arte de fazer nascer as ideias. É este o
método que encontramos amplamente desenvolvido nos diálogos socráticos de Platão, onde a verdade nasce da
discussão e não de uma "verdade" anterior afirmada.
De acordo com um fragmento de Aristóteles, o primeiro autor do diálogo socrático teria sido Alexameno de Teos,
porém nada se conhece a respeito do autor, se o próprio Sócrates aparecia em suas obras, ou quão preciso
Aristóteles era em seu julgamento desfavorável a seu respeito. Além de Platão e Xenofonte, Antístenes, Ésquines de
Esfeto,Fedo de Élis, Euclides de Megara, Simão, o Sapateiro, Teócrito, Tissafernes e Aristóteles teriam todos escrito
diálogos socráticos, e o romano Cícero também teria escrito obras semelhantes, em latim, sobre
temas filosóficos e retóricos (por exemplo, De re publica).

MAIÊUTICA SOCRÁTICA
Sócrates desenvolveu um método próprio de análise filosófica, denominado de “maiêutica” (em grego “parto das
ideias”), o qual tem como objetivo possibilitar ao homem o conhecimento de si mesmo.
A maiêutica consiste em fazer perguntas e analisar as respostas de maneira sucessiva até chegar à verdade ou
contradição do enunciado. Ela estimula o pensamento a partir daquilo que não conhecem, ou seja, pela ignorância.
Daí a sua famosa frase: “eu só sei que nada sei”.
Essa técnica pode se tornar pedagógica, por exemplo: um professor faz uma série de perguntas não apresentando as
respostas diretamente, resultando em uma consciência mais profunda dos limites do conhecimento estabelecida a
partir da busca das respostas para as questões problemas. Assim, através de questionamento a mente consegue
encontrar, em si mesma, a verdade.
Logo, esse método socrático está relacionado com o aspecto que induz a uma pessoa a formular conceitos latentes
através de uma dialética ou sequencia lógica de perguntas.
Sócrates diz que todos carregam dentro de si o saber, sem saber. O questionamento traz a reflexão e compreensão
do que é real:
"Minha arte tem o mesmo poder maiêutica do que as parteiras. A diferença é que ela oferece aos homens e não às
mulheres e que as almas é que monitora o seu trabalho de parto, e não o corpo" (Sócrates).
Fonte: Maiêutica. Disponível em: http://www.answers.com/topic/maieutic#ixzz1uE928Rrh
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.
MAIÉUTICA SOCRÁTICA
A Maiêutica foi elaborada por Sócrates no século IV a.C. Através desta linha filosófica ele procura dentro do Homem
a verdade. É famosa sua frase “Conhece-te a ti mesmo”, que dá início à jornada interior da Humanidade, na busca do
caminho que conduz à prática das virtudes morais. Através de questões simples, inseridas dentro de um contexto
determinado, a Maiêutica dá à luz idéias complicadas.
Sócrates, seu criador, nasceu por volta de 470 ou 469 a.C., na cidade de Atenas. Ao longo de sua vida ocupou alguns
cargos públicos, mas seu comportamento sempre foi modelo de integridade e ética. Sua educação se deu
principalmente através da meditação, moldada na elevada cultura ateniense deste período. Ele acreditava não ser
possível filosofar enquanto as pessoas não alcançassem o autoconhecimento, percebendo assim claramente seus
limites e imperfeições. Assim, considerava que deveria agir conforme suas crenças, com justiça, retidão, edificando
homens sábios e honestos, ao contrário dos sofistas, que só buscavam tirar vantagens pessoais das situações.
Sua forma de viver, porém, com liberdade de opinião, considerações críticas, ironia e uma maneira específica de
educar, provocaram a ira geral e lhe angariou uma lista de inimigos. Sob a ótica de seus contemporâneos, ele era
visto como líder de uma elite intelectual. Acusado de perverter os jovens e de substituir os deuses venerados em sua
terra natal por outros desconhecidos, ele negou-se a elaborar uma defesa própria, pois argumentava que seus
ensinamentos eram imortais, não algo para ser compreendido e aceito naquele momento, no âmbito da vida
material. Assim, preferiu morrer, recusando inclusive a fuga providenciada por seu discípulo Criton, porque não
desejava ir contra as leis humanas. Assim, morreu aos 71 anos de idade, vítima da execução à qual fora condenado.
O filósofo busca o conhecimento através de questões que revelam uma dupla face – a ironia e a maiêutica. Através
da ironia, o saber sensível e o dogmático se tornam indistintos. Sócrates dava início a um diálogo com perguntas ao
seu ouvinte, que as respondia através de sua própria maneira de pensar, a qual ele parecia aceitar. Posteriormente,
porém, ele procurava convencê-lo da esterilidade de suas reflexões, de suas contradições, levando-o a admitir seu
equívoco.
Por intermédio da maiêutica, ele mergulha no conhecimento, ainda superficial na etapa anterior, sem atingir porém
um saber absoluto. Ele utilizava este termo justamente porque se referia ao ato da parteira – profissão de sua mãe -,
que traz uma vida á luz. Assim ele vê também a verdade como algo que é parido. Seu senso de humor costumava
desorientar seus ouvintes, que na conclusão do debate acabavam admitindo seu desconhecimento. Deste diálogo
nascia um novo conhecimento, a sabedoria. Um exemplo comum deste método é o conhecido diálogo platônico
‘Mênon’ – nele Sócrates orienta um escravo sem instrução a adquirir tal conhecimento que ele se torna capaz de
elaborar diversos teoremas de geometria.

O QUE É MAIÊUTICA:
Maiêutica ou Método Socrático consiste numa prática filosófica desenvolvida por Sócrates onde, através de
perguntas sobre determinado assunto, o interlocutor é levado a descobrir a verdade sobre algo.
Para este filósofo grego, todo o conhecimento é latente na mente humana, podendo este ser estimulado por meio
de respostas a perguntas feitas de modo perspicaz.
Deste modo, a maiêutica é associada com a técnica de "parir o conhecimento", visto que este está presente em todo
o ser humano, devendo apenas ser aflorado aos poucos com a ajuda de alguns estímulos de orientação.
Uma das frases mais icônicas deste filósofo simplifica a ideia do que seria a maiêutica de Socrátes: "Conhece-te a ti
mesmo". Ora, de acordo com a dialética socrática, a verdade está dentro do Homem, cabendo a ele refletir e atingir
as chamadas "verdades universais".
Etimologicamente, maiêutica se originou a partir do termo gregomaieutike, que significa "arte de partejar". Socrátes
usou esta expressão em associação ao trabalho das parteiras - profissão de sua mãe, aliás - visto que para o filósofo,
o seu método proporcionava o "parto intelectual" dos indivíduos.

MAIÊUTICA SOCRÁTICA
A maiêutica, como dito, é o método dialético criado por Sócratesdurante o século IV a.C, e que visa a elucidação do
verdadeiro conhecimento sobre determinado assunto, a partir da reflexão sobre as respostas obtidas de perguntas
aparentemente simples e ingênuas.
As perguntas propostas por Sócrates têm um duplo caráter: ironia e maiêutica, sendo que cada uma delas
representam uma parte do método socrático.
Ironia e Maiêutica
Pode-se dizer que o método socrático é dividido em duas etapas, sendo a primeira representada pela ironia - quando
são aplicadas perguntas que confundem o conhecimento dogmático - e, por fim, a maiêutica - quando as respostas
obtidas geram novos conhecimentos mais complexos:
1ª etapa: o interlocutor é levado a duvidar sobre o assunto que julgava conhecer. Para isso, deve-se fazer algumas
perguntas simples que possam levantar contradições nas ideias ou na forma como este pensa, revelando que, na
realidade, estas estão ligadas com preconceitos ou valores sociais;
2ª etapa: o interlocutor passa a questionar algumas das ideias que tinha, criando novas ideias sobre o assunto,
estimulando a reflexão individual sobre o tema.
Em suma, a maiêutica primeiro "destrói" os conceitos pré-definidos do interlocutor, guiando-o no processo de
reconstrução das ideias, "parindo" noções mais complexas sobre o tema que julgava conhecer.

O QUE SIGNIFICA A FRASE “SÓ SEI QUE NADA SEI”?


Só sei que nada sei é uma famosa frase atribuída ao filósofo grego Sócrates que significa um reconhecimento da
própria ignorância da parte do autor.
Alguns pensadores e filósofos contestam que Sócrates disse a frase desta maneira, mas não parece haver dúvida que
o conteúdo é associado ao filósofo grego.
Existem, no entanto, pessoas que afirmam que Sócrates não proferiu esta frase, porque ela não se encontra nas
obras de Platão (o seu aluno mais conhecido), que contêm os ensinamentos de Sócrates.
Supõe-se que esta frase foi proferida em uma conversa com atenienses, que não sabiam muitas coisas. Neste diálogo
com os habitantes de Atenas, Sócrates afirmou não saber nada de nobre e nada de bom. Por outro lado, os
atenienses achavam que eram sábios em várias áreas, enquanto Sócrates afirmava que não tinha conhecimento
nessas áreas, ou seja, Sócrates sabia que não sabia.
Há alguma controvérsia porque alguns dizem que esta confissão de ignorância transmite um sentimento de
humildade da parte de Sócrates. Outros autores indicam que o conceito de humildade só surgiu com o cristianismo e
não foi abordado com Sócrates.
Existe também uma versão que explica que a frase "só sei que nada sei" foi proferida por Sócrates quando o oráculo
declarou que ele era o homem mais sábio da Grécia.
EXPLICAÇÃO DA FRASE “SÓ SEI QUE NADA SEI”
Podemos afirmar que existe a contraposição de dois tipos de conhecimento: o conhecimento através da certeza e o
conhecimento através da crença justificada. Sócrates se considera ignorante porque não tem certezas, afirmando
também que o conhecimento absoluto ou com certeza, só existia nos deuses.
Assim, muitas vezes esta frase significa que não é possível saber algo com a certeza absoluta e não significa que
Sócrates não sabia absolutamente nada.
Com esta frase, é possível aprender e adotar uma maneira de viver. É melhor assumir que não se tem conhecimento
sobre alguma coisa, do que falar sem saber. Quem pensa que sabe muita coisa, normalmente tem pouca
disponibilidade ou vontade de aprender mais. Em contraposição, quem sabe que não sabe, muitas vezes quer mudar
essa situação, mostrando desejo de aprender.
Aprenda mais sobre o conceito de conhecimento.
Vários pensadores debatem sobre o posicionamento de Sócrates com esta frase, indicando que ele poderia ter uma
intenção didática ou irônica. Alguns afirmam que esta declaração de Socrates era uma estratégia didática para
ensinar e chamar a atenção dos seus ouvintes. Por outro lado, existe o posicionamento que indica que Sócrates
estava usando a ironia.
MÉTODO SOCRÁTICO
Sócrates usava o diálogo como método para chegar à verdade, fazendo perguntas aos interlocutores até que eles
chegassem a uma conclusão válida. Frequentemente, a conclusão era que afinal não sabiam nada ou sabiam pouco
sobre um determinado assunto.
Alguns filósofos indicam que Sócrates usava dois passos no seu método: a ironia e a maiêutica. O primeiro - a ironia -
consistia em admitir a própria ignorância para poder aprofundar na verdade e destruir o conhecimento ilusório. O
segundo passo - a maiêutica - é associado ao ato de esclarecer ou "dar à luz" ao conhecimento na mente de uma
pessoa.
O método socrático também causa debate no mundo acadêmico, pois enquanto alguns defendem que o método é a
maiêutica, outros indicam que o método usado por Sócrates é baseado no elenkhós, que significa refutação.

O QUE É SOFISMO:
Sofismo ou sofisma significa umpensamento ou retórica que procura induzir ao erro, apresentada comaparente
lógica e sentido, mas com fundamentos contraditórios e com a intenção de enganar.
Atualmente, um discurso sofista é considerado uma argumentação que supostamente apresenta a verdade, mas sua
real intenção reside na ideia do erro, motivado por um comportamento capcioso, numa tentativa de enganar e
ludibriar
Em um sentido popular, um sofisma pode ser interpretado como uma mentira ou um ato de má fé.
Saiba mais sobre o significado de capcioso.
O sofismo não deve ser confundido com o paralogismo, que também se baseia em um raciocínio falso, uma falácia
ou pensamento ilógico, mas com a diferença de ser feito de boa fé. O paralogismo é relacionado com a ignorância,
quando o indivíduo não tem a consciência de sua falsidade.
No entanto, a definição de sofismo mudou bastante ao longo dos séculos. Na Grécia Antiga, por exemplo, o termo
era utilizado no sentido de “transmitir sabedoria” através de técnicas de retórica e argumentação.
Etimologicamente, sofismo deriva do grego sophisma, em que sophia ousophos significam respectivamente
“sabedoria” e “sábio”. Esta palavra passou a denotar todo tido de conhecimento sobre os assuntos humanos gerais.
Os sofistas da Grécia Antiga eram conhecidos por serem importantes professores, que viajavam pelas cidades e
ensinavam aos seus alunos a arte da retórica, que era muito importante para quem desejasse seguir na vida política.
Os sofistas eram considerados mestres nas técnicas de discurso, fazendo com que o interlocutor acreditasse
rapidamente naquilo que falava, sendo verdade ou não.
O principal compromisso dos sofistas seria em fazer com que o público acreditasse naquilo que diziam, e não com a
busca pela verdade ou em instigar este sentimento no interlocutor.
Sócrates foi um dos principais opositores ao pensamento sofista, que além disso também detestava as elevadas
taxas que os professores sofistas cobravam de seus alunos.
Platão e Aristóteles também foram importantes filósofos que desafiaram o sofismo, que a partir de então passou a
ter uma conotação pejorativa como uma forma de desonestidade intelectual.
SOFISMO E SILOGISMO
O silogismo é um pensamento filosófico apresentado por Aristóteles, que possui uma relação intrínseca com a
definição do sofismo.
Silogismo seria a ideia de juntar duas premissas com o objetivo de se chegar a uma conclusão, baseada na dedução.
Por exemplo: “Todo ser humano é mortal” (premissa 1) / “João é um ser humano” (premissa 2) / “Logo, João é
mortal” (conclusão).
Mesmo sendo um pensamento lógico, o silogismo pode apresentar conclusões equivocadas, caracterizando-se como
um silogismo sofístico.

IRONIA E MAIÊUTICA DE SÓCRATES


Sócrates, que viveu no séc. IV a.C., enfrentou o relativismo moral no qual se degenerou a democracia grega, com um
método simples: é preciso conhecer para se poder falar.
A democracia pressupunha umaisonomia ou igualdade entre os cidadãos, capacitando-os a exprimir suas opiniões e
interesses em assembleia na construção da comunidade. Porém, um escândalo proporcionou a inquisição de
Sócrates: o escândalo do lógos. Este perdeu seu vínculo com as coisas (sua consubstancialidade) e era ensinado
como uma ferramenta que visa apenas a convencer o seu adversário (tese oposta).
Os sofistas, esses professores mercenários que ensinavam em troca de salários, diziam poder falar bem sobre
qualquer assunto, pretendendo, pois, serem portadores de um saber universal. No entanto, a um homem não
convém saber tudo (só a um deus). Era preciso, então, mostrar que os discursos desses pretensiosos homens eram
discursos de ilusão, que convenciam pela emoção ou imaginação e não pela verdade.
Com isso, Sócrates criou um método que muitos confundem ainda hoje apenas com uma figura de linguagem.
A ironia socrática era, antes de tudo, o método de perguntar sobre uma coisa em discussão, de delimitar um
conceito e, contradizendo-o, refutá-lo. O verbo que originou a palavra (eirein) significa mesmo perguntar. Logo, não
era para constranger o seu interlocutor, mas antes para purificar seu pensamento, desfazendo ilusões. Não tinha o
intuito de ridicularizar, mas de fazer irromper da aporia (isto é, do impasse sobre o conceito de alguma coisa) o
entendimento.
Porém, sair do estado aporético exigia que o interlocutor abandonasse os seus pré-conceitos e a relatividade das
opiniões alheias que coordenavam um modo de ver e agir e passasse a pensar, a refletir por si mesmo. Esse exercício
era o que ficou conhecido como maiêutica, que significa a arte de parturejar. Como sua mãe, que era parteira,
Sócrates julgava ser destinado a não produzir um conhecimento, mas a parturejar as ideias provindas dos seus
interlocutores, julgando de seu valor (a parteira grega era uma mulher que não podia procriar, era estéril, e por isso,
dava a luz aos corpos de outra fonte, avaliando se eram belos ou não). Significa que ele, Sócrates, não tinha saber
algum, apenas sabia perguntar mostrando as contradições de seus interlocutores, levando-os a produzirem um juízo
segundo uma reflexão e não mais a tradição, os costumes, as opiniões alheias, etc. E quando o juízo era exprimido,
cabia a Sócrates somente verificar se era um belo discurso ou se se tratava de uma ideia que deveria ser abortada
(discurso falso, errôneo).
Assim, ironia e maiêutica, constituíam, por excelência, as principais formas de atuação do método dialético de
Sócrates, desfazendo equívocos e deslindando nuances que permitiam a introspecção e a reflexão interna,
proporcionando a criação de juízos cada vez mais fundamentados no lógosou razão.
Por João Francisco P. Cabral. Colaborador Brasil Escola. Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de
Uberlândia – UFU. Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
CABRAL, João Francisco Pereira. "Ironia e Maiêutica de Sócrates "; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/ironia-maieutica-socrates.htm>. Acesso em 20 de julho de 2017.

MAIÊUTICA - SÓCRATES
A maiêutica é um método ou uma técnica que consiste em realizar perguntas a uma pessoa até que esta descubra
conceitos que estavam latentes ou ocultos na sua mente. O questionário é desenvolvido por um professor que deve
encarregar-se, com as suas perguntas, de guiar o seu discípulo (aluno) para o conhecimento não conceptualizado.
A técnica da maiêutica pressupõe que a verdade se encontra oculta na mente de cada pessoa. Através da dialéctica,
o próprio indivíduo vai desenvolvendo novos conceitos a partir das suas respostas.
Em geral, a maiêutica é atribuída a Sócrates, sendo nomeadamente considerada um método socrático. Porém,
alguns especialistas fazem a distinção entre a maiêutica e o método socrático, uma vez que sustentam que este se
baseava na ironia e em demonstrar ao interlocutor que aquilo que julgava conhecer, na realidade, se sustentava em
juízos antecipados ou preconceitos.
A origem etimológica da maiêutica remonta à língua grega e está relacionada com a obstetrícia, a disciplina que
ajuda ao nascimento. Sócrates orientou o conceito para a filosofia uma vez que a maiêutica ajuda no nascimento,
não de um bebé, mas de um ser pensante/pensador.
A ideia da maiêutica pode aplicar-se ao sistema educativo quando se entende que o conhecimento se constrói de
maneira colaborativa. O docente não deve dar respostas ao aluno, mas incentivá-lo a ter dúvidas e preocupações,
isto é, a desenvolver a sua heurística, que o levem a pensar e a reflectir até produzir as suas próprias noções. O
professor, por conseguinte, deve dialogar com o estudante e ajudá-lo a encontrar respostas nas suas análises.
Leia mais: Conceito de maiêutica - O que é, Definição e Significado http://conceito.de/maieutica#ixzz4nOhu6RJG

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