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LICENCIATURA EM
QUÍMICA
3° Aula
Email:pedro.merat@ifrj.edu.br
1
Termodinâmica – O que significa?
TERMODINÂMICA
calor força,
movimento
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Conceitos e Relações Fundamentais da Termodinâmica
3
Dos porquês (alguns):
4
Das limitações (algumas):
5
Um sistema termodinâmico é qualquer coleção de objetos que
troca energia com o ambiente
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Chamamos SISTEMA TERMODINÂMICO a qualquer parte do
universo que selecionamos para estudo.
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O sistema termodinâmico a ser estudado é demarcado através de uma
FRONTEIRA ou SUPERFÍCIE DE CONTROLE a qual pode ser
móvel, fixa, real ou imaginária
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A figura abaixo, por sua vez, constitui um sistema aberto pois temos
fluxo de massa atravessando a superfície de controle do sistema.
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A figura abaixo, por sua vez, constitui um sistema isolado pois não temos fluxo
de massa e nem de energia atravessando a fronteira do sistema.
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O sistema Termodinâmico Pode Ser:
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Estado e Propriedades de uma Substância
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O estado pode ser identificado ou descrito por certas propriedades
macroscópicas observáveis; algumas das mais familiares são:
temperatura, pressão, volume, etc.
De fato, uma propriedade pode ser definida como uma quantidade que
depende do estado do sistema e é independente do caminho (isto é,
da história) pelo qual o sistema chegou ao estado considerado.
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O processo termodinâmico é aquele no qual ocorrem variações no estado do
sistema termodinâmico
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Propriedades Termodinâmicas - As propriedades termodinâmicas
podem ser divididas em duas classes gerais, as intensivas e as
extensivas.
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Propriedade Específica - Uma propriedade específica de uma dada
substância é obtida dividindo-se uma propriedade extensiva pela
massa da respectiva substância contida no sistema.
Volume específico , v , v = V / M
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Mudança de Estado de um Sistema Termodinâmico
Exemplos de processos:
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CALOR – TEMPERATURA – TRABALHO
CALOR
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Um outro aspecto dessa definição de calor é que um corpo ou
sistema nunca contém calor. Ou melhor, calor só pode ser
identificado quando atravessa a fronteira. Assim o calor é um
fenômeno transitório.
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Unidades de Calor
1cal = 4,1868 J
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Calor transferido para um sistema é considerado positivo e
transferido de um sistema é negativo.
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Convenções de Sinais:
Calor
Calor - Modo de transferência de energia resultante da diferença de
temperatura entre dois sistemas (ou um sistema e a vizinhança):
Na integração escrevemos:
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TEMPERATURA
O termo temperatura refere-se especificamente à quantidade
de energia cinética das partículas de um corpo, ou seja,
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Vimos anteriormente que
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Tipos de Termômetros
-Termômetro de Mercúrio em vidro (expansão volumétrica)
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Escreva a relação entre graus Celsius ( oC) e Fahrenheit (oF)
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Pressão
Pressão é uma propriedade termodinâmica definida como sendo a
relação entre uma força e a área normal onde está sendo aplicada a
força.
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Manômetro em U usado junto com um orifício calibrado
ΔP = ρ g L
onde g é a aceleração da gravidade, em m/s2, ρ é a densidade do fluido
manométrico, em kg/m3 e L é a altura da coluna de líquido, em m (metros)
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Trabalho
Podemos definir o trabalho termodinâmico como: um sistema realiza
Trabalho se o único efeito sobre as vizinhanças seja um abaixamento
(ou levantamento) de um peso!!
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Note-se que o levantamento de um peso é realmente uma força que
age através de uma distância.
Observe também que nossa definição não afirma que um peso foi
realmente levantado ou que uma força agiu realmente através de uma
dada distância, mas que o único efeito externo ao sistema poderia
ser o levantamento de um peso.
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Exemplo: líquido num recipiente
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Convenções de Sinais:
Trabalho
Em termodinâmica, O trabalho realizado por um sistema é considerado positivo e o
trabalho realizado sobre o sistema é negativo. O símbolo W designa o trabalho
termodinâmico.
O trabalho realizado pelo gás é positivo O trabalho realizado sobre gás é negativo
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Podemos dizer que o trabalho também é energia em transito.
Resumindo!!!!
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RELAÇÃO ENTRE CALOR E TRABALHO
O calor (Q) e o trabalho (W) são duas modalidades diferentes de energia que
podem ser interconvertidas. O calor pode ser usado para realizar trabalho e
é possível converter trabalho em calor.
W / Q = Constante
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Unidades de Trabalho
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O trabalho realizado pelo sistema
depende do processo.
W P f (V f Vi ) W P i (V f Vi ) Vf
W PdV
Vi
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O gás, inicialmente no estado p1, V1, T1, recebe calor Q da chama e
passa para o estado p2, V2, T2, realizando o trabalho p (V2 — V1)
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O trabalho em ambos os casos pode ser obtido pelo produto da força
pelo variação de altura.
W = F x Δh
A força é o resultado da pressão exercida pelo ou sobre o gás em
contato com a área do êmbolo.
F=PxA
Logo temos que: W = P x A x Δh onde, A x Δh = ΔV
Então: W = P x ΔV
Para um gás ideal P V = n R T Logo temos que: P ΔV = n R ΔT
Ou seja: W = n R ΔT
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No diagrama da pressão em função do volume (diagrama de
trabalho), o produto corresponde numericamente à área destacada
na figura, compreendida entre a reta representativa da
transformação e o eixo das abscissas.
dW Fdy PAdy
ou
dW PdV
Vf
W PdV
Vi
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Entre dois estados quaisquer do gás, podemos considerar uma infinidade
de processos e, portanto, uma infinidade de valores para o trabalho
realizado.
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Energia Interna
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Não se mede diretamente a energia interna U de um sistema!!!!
Por exemplo, durante uma fusão, o estado líquido tem maior energia interna
que o estado sólido, embora durante o processo não esteja ocorrendo
variação de temperatura.
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Retomemos a transformação isobárica descrita anteriormente. Vimos
que o gás recebeu a quantidade de calor Q e realizou o trabalho.
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Da teoria cinética dos gases, sendo n o número de mols do gás temos que:
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Note que, se a temperatura final T2 é maior que a temperatura inicial
T1, a energia interna do gás aumenta.
Por exemplo:
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Portanto, sendo Q a quantidade de calor trocada pelo sistema, W o trabalho
realizado e ∆U a variação de energia interna do sistema, podemos
escrever:
∆U = Q - W
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Primeira Lei Da Termodinâmica
∆U = Q - W
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Transformações Gasosas
∆U = Q - W = 0
Q=W
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Note que, no processo isotérmico, não há variação de temperatura,
mas há troca de calor.
Expansão isotérmica
W = p.∆V
Q = m ⋅ cp ⋅ ∆T
Q = n ⋅ M ⋅ cp ⋅ ∆T
Cp = M . cp Logo, Q = n ⋅ Cp ⋅ ∆T
V= KT (K = constante).
∆T > 0
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Pela primeira lei da Termodinâmica, temos:
∆U = Q – W
Q>W
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Transformação Isocórica (volume constante)
W=0
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Então, a quantidade de calor trocada pode ser escrita como:
ΔU = Q - W Como W = 0, temos:
ΔU > Q
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Observação:
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Como há o trabalho ≠ 0 no processo isobárico, concluímos que o calor trocado
sob pressão constante QP é maior que o calor trocado a volume constante QV.
Sendo assim, temos:
QP - QV = W (1)
Por outro lado, temos: QP = n.CP.ΔT (2) ; QV= n.CV.ΔT (3) e W = p .ΔV = n.R.ΔT (4)
Substituindo 2, 3 e 4 em 1, temos:
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Essa fórmula, válida para qualquer que seja a natureza do gás, é
denominada relação de Mayer.
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Transformação Adiabática
Um gás sofre uma transformação adiabática quando não troca calor com o
meio exterior, ou seja:
Q=0
ΔU = Q - W , sendo Q = 0, temos:
ΔU = - W
Observe que o gás não pode trocar calor com o ambiente, mas, havendo
variação de ele pode trocar energia com o ambiente, sob a forma Trabalho.
Expansão Compressão
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Numa expansão adiabática o trabalho é realizado pelo gás.
Por exemplo, seja 50J o trabalho realizado por ele. Esse trabalho equivale
uma perda de energia por parte do gás. Como não há trocas de calor, essa
energia provém do próprio gás, isto é, a energia interna do gás diminui de
50J (Q = 0; W = 50J logo, ΔU= -50J).
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Numa compressão adiabática o trabalho é realizado sobre o gás.
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A área destacada em cinza entre a curva e o eixo das abscissas mede
numericamente o trabalho realizado na transformação adiabática.
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Observação:
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Pela primeira lei da Termodinâmica, temos:
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Transformação Cíclica
Sejam A e C dois estados de uma massa gasosa. Imaginemos que o gás passa
de A para C, realizando uma expansão isobárica AB seguida de uma
diminuição isocórica de pressão BC.
W1 > O
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Considere que, na volta de C para A, o gás realize uma compressão isobárica CD
seguida de um aumento isocórico de pressão DA.
W2 < 0
Considerando todo o ciclo ABCDA, o trabalho total realizado é dado pela soma algébrica
dos trabalhos nas diferentes etapas do ciclo:
W = W 1 + W2
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Esse trabalho é, no caso, positivo, pois |W 1| > |W 2|, sendo medido numericamente
pela área do ciclo destacada no gráfico 3.
O calor trocado em todo o ciclo é também dado pela soma algébrica dos calores
trocados em cada uma das etapas do ciclo:
Como o estado inicial é igual ao estado final, é nula a variação de energia interna
no ciclo:
∆U = Q – W
0=Q–W
Q=W
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De modo geral, se o ciclo for percorrido em sentido horário, há
conversão de calor em trabalho.
Q W W Q
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Transformações Reversíveis e Irreversíveis
Tomemos como exemplo um copo de água no estado líquido. Colocamos esse copo
com água no interior de um refrigerador de baixa temperatura de modo que esta seja
suficientemente baixa para ocasionar a mudança de estado para o sólido.
Pois bem se, depois de transcorrido determinado tempo, retirarmos esse copo com
água congelada e deixarmos a uma temperatura ambiente de 20oC, a água vai
receber energia térmica do meio ambiente e tornará a ficar líquida. Esse é um
exemplo bastante prático de um processo reversível.
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Uma forma bastante útil de se verificar a consistência de um processo
em termos de reversibilidade é pensar na conservação de energia
do sistema.
Supondo que não haja atrito com o ar, a bola ao cair, retoma energia
cinética e perde energia potencial ocasionando um acréscimo na sua
velocidade.
Isso acontece até que ela retorne ao ponto de partida com a mesma
velocidade inicial.
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Os processos irreversíveis são aqueles que só podem ser executados em um sentido, sem
que haja a possibilidade da manutenção do processo ao primeiro estado.
Imagine você faminto, querendo preparar um pequeno omelete com apenas um ovo. Agora
imagine você deixando esse ovo se espatifar no chão.
Veja um automóvel que vem em alta velocidade onde o motorista aciona bruscamente o
sistema de freios. O resultado é o carro "queimando" os quatro pneus no asfalto.
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Segunda Lei da Termodinâmica
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Conversão de Calor em Trabalho
Máquina Térmica
Vimos que, quando um sistema, por exemplo, um gás, realiza um ciclo em sentido horário
no diagrama de trabalho, há transformação de calor em trabalho.
Todavia, de acordo com a segunda lei, essa ocorrência não é possível, com o sistema
retirando calor de uma fonte e convertendo-o completamente em trabalho.
Estudando essas máquinas, Carnot evidenciou que uma diferença de temperatura era tão
importante para uma máquina térmica quanto uma diferença de nível d’água para uma
máquina hidráulica. Estabeleceu, então, que:
Uma máquina para converter calor em trabalho de modo contínuo, deve operar em ciclo
entre duas fontes térmicas, uma quente e outra fria: retira calor da fonte quente (Q1),
converte-o parcialmente em trabalho (W) e o restante (Q2) refeita para a fonte fria.
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Funcionamento da máquina de Carnot
A figura abaixo mostra a energia e a temperatura em Q
e T respectivamente, que durante cada ciclo do motor, a substância de
trabalho absorve a energia Qa sob a forma de calor de um reservatório
térmico mantido a temperatura constante Ta e libera a energia Qb sob a
forma de calor para um segundo reservatório térmico mantido a uma
temperatura inferior, também constante Tb.
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Rendimento da Máquina de Carnot
Onde:
Tf = Temperatura da fonte fria(em Kelvin)
Tq = Temperatura da fonte quente (em Kelvin)
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O rendimento de uma máquina térmica é dado pelo quociente do trabalho
pela energia útil, onde o trabalho é definido pela diferença entre a energia
útil e a energia dissipada.
A equação do rendimento pode ser reescrita como a diferença entre a
unidade e o quociente da energia dissipada pela energia útil.
Trabalho (W)
onde:
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Duas máquinas térmicas diferentes que operem sob
mesma temperatura (no Ciclo de Carnot) possuem
rendimentos iguais.
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Carnot demonstrou que o rendimento de uma máquina térmica ideal só
iria depender das temperaturas absolutas dos reservatórios quente (T)
e frio (T’).
Assim, r = W / Q → r = (T - T’) / T
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Conversão de Trabalho em Calor
Máquina Frigorífica
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Na figura Q2 é a quantidade de calor retirada da fonte fria, W é o trabalho
externo e Q1 é a quantidade de calor total rejeitada para a fonte quente.
e = Q2
W
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Exercícios
1- Uma máquina de Carnot é operada entre duas fontes, cujas
temperaturas são 472 ºC e 25 ºC. Admitindo que a maquina receba
da fonte quente uma quantidade de calor igual a 1500 calorias,
calcule:
a) O rendimento térmico da máquina;
b) O trabalho em Joules realizado pela máquina;
c) A quantidade de calor em calorias rejeitada para a fonte fria.
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