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Formação da Identidade Nacional

Entre 1822 e 1889, o Brasil foi um império governado por uma monarquia
hereditária, isto é, o rei transmitia o poder para seus descendentes. D.
Pedro I ficou no poder até 1831, quando retornou a Portugal, deixando em
seu lugar, seu filho, também chamado Pedro, que ainda era uma criança
e não poderia assumir o governo.

Por isso, entre 1831 e 1840, houve um regime político chamado de


regência, pois um político escolhido pelas elites ocupou o poder
temporariamente. Finalmente, entre 1840 e 1889, o governo esteve nas
mãos de D. Pedro II, último monarca brasileiro.

Um dos principais desafios do governo imperial do século XIX foi a


construção da identidade nacional brasileira, de forma a torná-la
significativamente distinta daquela associada à herança portuguesa. Em
uma sociedade analfabeta em sua maior parte, as imagens tinha papel
particularmente importante como meio de comunicação de ideias.

As pinturas foram utilizadas com a finalidade contribuir para a construção


de um glorioso passado nacional em comum, de maneira a soldar o
imaginário popular com os grandes eventos coletivos. Eram retratadas
a figura imponente do imperador e um passado épico nacional, associando-
o a guerras e a heróis do país, destacados na historiografia brasileira da
época.

Por exemplo, nas cenas representativas da Independência do Brasil, o “7


de setembro”, são lembrados os artistas que preferiram retratar D. Pedro I
e sua comitiva montados a cavalos. Há uma monumentalidade nas cenas,
isto é, a transformação do acontecimento em um “monumento”, um
episódio tão importante que mereceria ser lembrado por toda a história.

Algumas dessas cenas transformaram-se na representação quase “oficial”


e muito conhecida por todos os brasileiros. Sabe-se, no entanto, que a
subida da serra entre Santos e São Paulo exigia o uso de mulas e não de
cavalos, uma montaria que foi mudada nas representações com o claro
intuito de exaltar os personagens e o ato político que funda a nação.

A produção artística local, que obedecia aos padrões europeus, voltou-se


para a criação de uma identidade nacional. Em função dos valores do
Romantismo como movimento estético e cultural, muitos foram os literatos
e artistas que apresentaram em suas obras – romances, poemas, pinturas
históricas ou de paisagens – temas locais.
Esse movimento buscou, entre outras temáticas, valorizar a “cor local”, nos
aspectos que pudessem individualizar a cultura, o povo e a nação
brasileira, entre eles: a natureza tropical, as populações indígenas, a
extensão do território, a valorização do português falado no Brasil.

Os letrados e artistas que abraçaram e protagonizaram esse movimento


se envolveram diretamente em debates, polêmicas, iniciativas e
realizações comprometidas com a perspectiva de diferenciar os brasileiros
frente aos portugueses e a outros povos.

Essa valorização da natureza e da vida brasileira era feita muitas vezes de


maneira fantasiosa e mitificada, como quando se referia aos indígenas. As
obras de José de Alencar foram um exemplo de aliar a imagem da nação
brasileira às suas belezas naturais, como também a mitificação do
indígena. Os poemas de Gonçalves Dias também são um exemplo de
exaltação do indígena como símbolo do país. Esse trabalho literário e
cultural buscava criar uma interpretação genuinamente brasileira, afastada
das influências estrangeiras.

O Romantismo também passou a influenciar a música erudita brasileira.


Foi então que começou-se a pensar na criação de obras com temas
nacionais. O maior representante desse período foi Carlos Gomes (1836-
1896), que buscou conciliar temas brasileiros com o Romantismo europeu.
Sua obra mais famosa é a Ópera “O Guarani”, baseada no romance de
mesmo nome de José de Alencar.

Ainda durante a Regência houve outros esforços nesse processo de


construção da identidade nacional. A criação do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro em 1838 foi o primeiro passo na tentativa estatal de
refletir sobre temas que estariam relacionados à nação brasileira.

Porém, durante o Primeiro Reinado e o Período Regencial, não houve


grandes avanços na construção da identidade nacional, a não ser a
formação de forças repressivas militares para garantir a ordem latifundiária
e escravocrata em todo o território nacional. Os conflitos separatistas
provinciais das décadas de 1830 e 1840 eram um obstáculo à
integralidade territorial e também à coesão social do país recém-
independente.

A forma com que esses conflitos foram reprimidos permite perceber que a
violência repressiva do Estado contra conflitos sociais que pretendiam
alterar a ordem vigente passou também a ser constitutiva da identidade
nacional. A cultura da violência estatal permeou desde o início a formação
da identidade nacional.
Interessante notar que já após a independência, a imigração passou a
fazer parte da política Imperial, pois o Sul do Brasil continuava despovoado
e alvo da cobiça dos países vizinhos. O governo passou a incentivar a
implantação de núcleo de colonos imigrantes no Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul.

O Imperador do Brasil passou a se dedicar a ocupação das terras vazias


do Sul do Brasil. Para cumprir essa tarefa, o governo brasileiro optou pela
vinda de imigrantes. O Brasil acabara de se tornar independente de
Portugal, portanto, os portugueses não podiam ser. A imperatriz do Brasil,
Dona Leopoldina, era austríaca e, por essa razão, o Brasil optou por
trazer imigrantes germânicos para o país. Os alemães tornaram-se os
terceiros imigrantes europeus a se estabelecerem no Brasil, após os
portugueses, que já ocupavam o território ao longo do litoral brasileiro, e
os suíços que fundaram Nova Friburgo.

A formação de uma identidade nacional no Brasil foi se constituindo à


medida em que a sociedade se tornou mais complexa, com a urbanização
(o crescimento das cidades) e o fim da escravidão, em 1888.

O Estado teve papel importante nessa construção da identidade,


especialmente, a partir da Proclamação da República, em 1889. Portanto,
na história do Brasil, o Estado republicano garantiu a unidade do território
e criou as condições para que surgisse um sentimento de nacionalidade
que só se consolidou muito tempo depois, já no século XX.

Mao de Obra Escrava

No Brasil, o uso do escravo como mão de obra teve início com a atividade
açucareira, nos engenhos de cana, atravessou todo o período colonial e
só foi oficialmente extinto em 1888, já no fim do Império. Durante
praticamente todo esse período, o trabalho compulsório (forçado)
constituiu a base da economia do país: eram os escravos que realizavam
a coleta, a pesca, o serviço doméstico e a agricultura.
Inicialmente foram escravizados apenas os indígenas; depois, os
africanos, que logo se tornaram majoritários. Trazidos pelo tráfico
negreiro – que dava enorme lucro à metrópole -, os negros, assim como
os índios, eram mantidos subjugados mediante uma política desumana de
repressão e controle.

Mão de obra negra


Estima-se que, entre 1550 e 1850, tenham chegado ao Brasil 4 milhões de
negros trazidos do continente africano, especialmente da Guiné, da Costa
do Marfim, do Congo, de Angola, Moçambique e Benin; de diversas etnias
(iorubas, nagôs, geges, berberes, fulas, malês, bantos, etc).

Para aprisioná-los, inicialmente os portugueses promoviam invasões às


aldeias. Mais tarde passaram a incentivar a luta entre tribos rivais para
depois negociar com os vencedores a troca dos derrotados por panos,
alimentos, cavalos e munições.

Os negros eram trazidos para a America nos porões superlotados


dos navios negreiros, conhecidos como tumbeiros. A sujeira, os maus-
tratos e a má alimentação matavam até metade dos escravos
transportados. No Brasil, os africanos eram vendidos em praça pública
como mercadoria. Quando comprados, tornavam-se propriedade do
senhor e ficavam sujeitos a punições. Os castigos mais comuns eram a
palmatória, o chicote e o açoite.
Mas não se pode pensar na escravidão como algo estático. As imagens
de violência e exploração não são as únicas resultantes desse processo.
A escravidão deve ser entendida como um espaço de negociação. Mesmo
a exploração física tem os seus limites de execução. Um elemento que
comprova a forma multifacetada como se estruturou a escravidão é a
existência de escravos de ganho: escravos urbanos que vendiam seus
serviços em troca de dinheiro que parte ia para seus senhores parte ia
para seu sustento.

Resistência
os negros sempre lutaram contra a escravidão. Algumas práticas adotadas
eram a fuga, a queima de plantações, os atentados a feitores e a senhores
e até mesmo a morte de recém-nascidos e o suicídio. Mas a mais
expressiva forma de resistência foi a organização de quilombos,
comunidades autossuficientes formadas por escravos fugidos.
Havia quilombos por todo o país. O mais importante foi o de Palmares,
criado no fim do século XVI, em uma área onde fica a divisa de Alagoas
com Pernambuco. Em seu auge, chegou a ser formado por nova aldeias,
denominadas mocambos, contando com uma população de 20 mil
habitantes. Tinha uma economia bem organizada, realizando comércio
com o entorno. Abrigava, além de negros fugidos, índios e brancos
marginalizados.
A existência de Palmares estimulava ainda mais a fuga de escravos. Com
isso, já no século XVII, os fazendeiros da região decidiram reunir milícias
para atacá-lo. O líder da comunidade, Ganga Zumba (“grande chefe”),
firmou um acordo de paz com os brancos em 1678. Contudo os conflitos
continuaram com o inexplicado assassinato de Ganga Zumba.
Seu sucessor, Zumbi, liderou a resistência contra os invasores até 1694,
quando o principal mocambo de Palmares caiu diante de um batalhão
comandado pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, contratado pelas
autoridades coloniais. Nos meses seguintes, as outras aldeias
capitularam. Zumbi fugiu, mantendo a resistência. Mas, em 1695, traído,
teve o esconderijo descoberto e foi morto numa emboscada.

Ao contrário do que muitos pensam, a formação dos quilombos não foi


exclusiva do período colonial. Durante a década de 1880 a formação de
quilombos foi intensa, incluindo o período posterior à Lei Áurea. Uma parte
significativa das populações quilombolas contemporâneas tem origem
nesses quilombos pós 1888.

Leis Emancipacionistas
A partir de 1830, já no período imperial, a expansão da cultura cafeeira
aumentou a necessidade de mão de obra. Ao mesmo tempo cresciam as
pressões contra o tráfico negreiro, principalmente da Inglaterra,
preocupada com a concorrência, já que nas colônias inglesas no Caribe o
comércio de escravos havia sido proibido, e os produtos exportados
tinham ficado mais caros.

Em 1831, cumprindo acordos financeiros com a Inglaterra, o governo


brasileiro declarou o tráfico ilegal no território nacional. Mas o comércio
continuou em grande escala. Diante disso, o Parlamento britânico
aprovou, em 1845, a Bill Aberdeen, lei que dava à Marinha de Guerra
inglesa o direito de aprisionar tumbeiros em qualquer ponto do Atlântico.
A pressão inglesa era cada vez maior, e, em 1850, foi promulgada a Lei
Eusébio de Queiroz, que novamente proibia a entrada de escravos no
país. Dessa vez, o governo brasileiro emprenhou-se em cumpri-la. Com o
fim do tráfico, a escravidão entrou em declínio.
Para suprirem a mão de obra, os fazendeiros e o governo imperial
começaram a incentivar a vinda de imigrantes europeus. O trabalho
assalariado tornou-se cada vez mais comum, em oposição à escravatura,
que passou a ser vista como algo anacrônico. Além disso, percebeu-se
que o trabalho compulsório era um empecilho ao desenvolvimento do
capitalismo, pois atravancava a formação do mercado interno.

A pressão sobre o governo levou à publicação de outras duas leis, que,


lentamente, conduziram ao fim do trabalho forçado no país:

1871: Lei Rio Branco – também conhecida como Lei do Ventre


Livre assinada em 28 de setembro de 1871 tornava livre todos os filhos
de escravos nascidos a partir de então. Para as crianças livres eram
colocadas duas possibilidades: serem entregues ao governo após o
nascimento ou ficarem sob os cuidados dos senhores até os 21 anos. Um
importante detalhe: era comum que as crianças de ventre livre fosse
enviadas às escolas de aprendizes da marinha, como foi o caso de João
Cândido (importante nome da Revolta da Chibata em 1910)
1885: Lei Saraiva-Cotegipe – também conhecida como Lei dos
Sexagenários, foi assinada em 28 de setembro de 1885. Tornava os raros
escravos maiores de 60 anos livres, com a condição de serem os senhores
indenizados pelo Estado.
Em termos de efeito prático, a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários
são consideradas por muitos autores como paliativas, visto que seus
efeitos foram muito limitados. Contudo são importantes marcos e sintomas
do progresso do movimento emancipacionista no Brasil.

Movimento Abolicionista
Só por volta de 1880 surgiu uma movimento pró-abolição, que contava
com jornalistas, políticos, artistas, etc. Foi nessa época que o termo
“abolição” passou a ser utilizado. Até então toda e qualquer ação no
sentido de promover a libertação dos escravos era nomeada
de emancipacionista.
O movimento abolicionista correspondeu a uma das mais significativas
manifestações sociopolíticas ocorridas na sociedade brasileira na década
de 1880. Mobilizou letrados, escravos, forros, grupos médios urbanos e
tantos outros segmentos sociais da época, estimulando debates que, em
alguns casos, coincidiram com críticas à ordem monárquica. As camadas
urbanas não mais aceitavam o domínio político das antigas aristocracias
agrárias. Identificadas com o trabalho assalariado e com a
industrialização, queriam um novo regime político no qual tivessem maior
representatividade.

Em 13 de maio de 1888, pressionado, o governo publicou a Lei Áurea,


abolindo a escravidão. Havia uma grande expectativa de que, a abolição,
para alguns de seus defensores, deveria representar uma transformação
estrutural nas condições de trabalho e de cidadania da sociedade
brasileira. Todavia, as expectativas de mudanças estruturais, no que se
refere à produção agrária, às condições de vida nas áreas rurais e ao
acesso à propriedade fundiária, não se concretizaram, tendo sido
preservados os interesses de grandes latifundiários e mantida a exclusão
social dos que então se tornaram trabalhadores livres.
Mas a lei abalou a monarquia, que perdeu o apoio dos latifundiários
escravocratas. Os republicanos aproveitaram o momento e intensificaram
a conspiração contra o regime monárquico. Comandante de prestígio,
Deodoro da Fonseca foi convidado a chefiar o levante. Em 15 de novembro
de 1889, no Rio de janeiro, à frente de suas tropas, ele proclamou a
República. A família real foi desterrada para a Europa, e Deodoro assumiu
o governo provisório.

Mao de Obra assalariada


A transição da mão de obra escrava para a assalariada se dá no período
conhecido como Segundo Reinado, o governo mais longo da história do
Brasil, que teve início com o golpe da maioridade, em 1840, e terminou
com a proclamação da República, em 1889.

Sob a liderança de dom Pedro II, a economia foi impulsionada pelo café,
que contribuiu para uma série de mudanças, ocorridas no fim do período,
que acabariam colaborando para a queda da monarquia: a substituição
da mão de obra escrava pela assalariada e a vinda em massa de
imigrantes europeus.
O café foi o maior responsável pelas transformações sociais e econômicas
pelas quais o Brasil passou durante o Segundo Reinado (1840 -1889).
Inicialmente produzido apenas para o consumo interno, a partir do começo
do século XIX o café passou a ser explorado para os Estados Unidos e
para a Europa. Na década de 1830, já era o principal produto da nossa
economia. O cultivo, de início restrito ao Rio de Janeiro, expandiu-se no
decorrer do século pelo interior do Sudeste, encontrando, no oeste paulista
seu polo de desenvolvimento.
O produto teve papel fundamental na disseminação do uso da mão de
obra assalariada. Em 1850 quando a pressão inglesa pelo fim da
escravidão levou à proibição do tráfico negreiro o café estava em plena
expansão, e os imigrantes europeus passaram a ser alternativa aos
escravos negros.

Inicialmente, vigorou o sistema de parceria, segundo o qual os


fazendeiros financiavam a vinda e a instalação dos estrangeiros em troca
de parte da produção. Porém, os imigrantes ficavam altamente
dependentes dos latifundiários, sem nunca conseguir quitar suas dívidas,
acabando submetidos a um estado de semisservidão – uma espécie de
escravidão disfarçada. No fim da década de 1850, esses trabalhadores se
rebelaram e o sistema fracassou.
Foi então que foi adotado o sistema de colonato. O governo pagava a
viagem desde a Europa, o fazendeiro custeava o primeiro ano de estada
no brasil e o imigrante recebia um salário fixo anual e mais um rendimento
variável, conforme a colheita. Como resultado, os europeus afluíram em
massa para o país, principalmente os italianos.

Nesse contexto, difundiu-se, em maior escala, entre letrados e políticos, a


defesa de teorias raciais que associavam progresso e modernidade ao
branqueamento da população, apontando para uma superação do atraso
derivado da vigência da escravidão por meio de mudanças demográficas
na sociedade brasileira da época.

Industrialização
Desde 1844, os preços dos produtos importados estavam mais elevados
em razão da Tarifa Alves Branco, aprovada com objetivo de aumentar a
arrecadação do governo.

Com o fim do tráfico de escravos, em 1850, os capitais alocados no tráfico


buscaram nova forma de se valorizar. Essa combinação de fatores
favoreceu o surgimento de novos empreendedores, entre os quais se
destacou o gaúcho Irineu Evangelista e Sousa, o visconde de Mauá.

Mauá investiu em companhias de bonde, navegação, iluminação urbana,


fundição, em estradas de ferro e até na instalação de um telégrafo
submarino ligando o Brasil à Europa. Sua atuação foi tão importante que
as primeiras décadas da segunda metade do século XIX ficaram
conhecidas como Era Mauá.
Sem o apoio do governo, porém, ele acabou falindo. A industrialização
brasileira durante o Império foi apenas um surto que só teria
prosseguimento décadas depois, já na República.

CRISE NO IMPERIO
Por volta da década de 1870, as forças políticas que apoiavam o império
brasileiro e o governo de D. Pedro II começaram a enfraquecer. Com o
tempo, o imperador foi perdendo o apoio dos principais setores sociais que
sustentavam a estrutura política do seu governo. Estes setores eram a
Igreja Católica, o Exército e as elites de cafeicultores do Sudeste,
especialmente, de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Diversos grupos e segmentos sociais demandavam por reformas políticas


e sociais – fim da escravidão, federalismo, republicanismo, reforma
eleitoral, por exemplo – defendiam mudanças sob a bandeira da
modernização e da maior eficiência administrativa.

A população do Rio de Janeiro, capital do Império, a essa altura já era


significativamente maior, o que se fazia notar na proliferação de moradias
coletivas e na ampliação da necessidade de serviços urbanos – iluminação
das ruas, fornecimento de água, transportes, entre outros.
Nesse contexto de insatisfação generalizada, a decisão do governo de
cobrar a taxa de um vintém sobre a passagem de bondes puxados a burro
foi o estopim para uma onda de protestos. A quantia, em termos absolutos,
para os padrões da época era pequena; porém, no clima de contestação
contra o governo, no início da década de 1880, o aumento foi entendido
como abusivo pelos usuários, gerando protestos e quebra-quebras.

O governo revogou a taxa e a Revolta do Vintém, como veio a ser


denominada, simbolizando a força das pressões de segmentos populares
e favorecendo o clima de contestação contra a monarquia.

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